Vous êtes sur la page 1sur 6

Universidade Federal de Ouro Preto

Instituto de Ciências Humanas e Sociais

Disciplina: História Antiga (HIS 105)

Período: 2º semestre de 2018

Docente responsável: Fábio Duarte Joly

I – Ementa

Introduzir os alunos ao estudo de alguns aspectos selecionados da História Antiga


(sobretudo, Grécia e Itália clássicas), destacando as principais características das formas de
organização política e social das sociedades estudadas, bem como as principais interpretações
acerca dessas sociedades.

II – Objetivos

A disciplina visa, por um lado, abordar questões relativas à documentação disponível ao


historiador da Antiguidade, com foco nos seus diversos gêneros e processos de difusão. Por
outro lado, de modo mais específico, pretende-se analisar os processos de integração no
Mediterrâneo antigo entre o primeiro milênio antes da era cristã e o século V d.C.

III – Conteúdo Programático (textos disponíveis na Plataforma Moodle)

1. História Antiga, a tradição clássica e o trabalho com a documentação

Esta unidade introdutória visa discutir a definição de “História Antiga”, bem como de
“Antiguidade clássica”, termos correntemente utilizados, mas que devem ser problematizados a
fim de possibilitar uma visão crítica da formação da disciplina e de seus pressupostos científicos
e políticos. Também serão abordadas questões relativas à documentação disponível ao
historiador da Antiguidade, com foco no seu processo de preservação e difusão.

Textos básicos:

FUNARI, P. P. A. Antiguidade Clássica: a história e a cultura a partir dos documentos.


Campinas: Editora da Unicamp, 1995, caps. 1 e 2.

GUARINELLO, N. L. Uma morfologia da História: as formas da História Antiga.


Politeia: História e Sociedade 3, 2003, n. 1, p. 41-62.

MILLAR, F. Taking the measure of the Ancient World. In MILLAR, F. Rome, the
Greek World, and the East: Volume 3: The Greek World, the Jews, and the East. Edited
by Hannah M. Cotton and Guy M. Rogers, University of North Carolina Press, 2002, p.
25-38. (Tradução para o português de Carlos Machado)

1
Textos suplementares:

BEARD, M; HENDERSON, J. Classics: a very short introduction. Oxford: Oxford


University Press, 2000. (há tradução brasileira: BEARD, Mary; HENDERSON, John.
Antiguidade Clássica: uma brevíssima introdução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
1998.)

Dossiê “História Antiga no Brasil: ensino e pesquisa”. Revista Mare Nostrum, São
Paulo, v. 8, n. 8, 2017.

ERSKINE, A. (ed.). A companion to Ancient History. London: Blackwell, 2009.

REYNOLDS, L. D. e WILSON, N. G. Scribes and Scholars: A Guide to the


Transmission of Greek and Latin Literature. Oxford: Oxford University Press, 1991,
cap. 1.

2) Da “cidade antiga” ao Mediterrâneo: a História Antiga e suas balizas

Apresentar a mudança de paradigma atualmente atravessada pela História Antiga, com sua
crítica das narrativas tradicionais centradas no conceito de “cidade antiga” e em recortes como
“História da Grécia” e “História de Roma”, e na tentativa de se escrever uma história no/do
Mediterrâneo para inserir a história da Antiguidade numa escala global.

Textos básicos:

FINLEY, M. A economia antiga. Porto: Afrontamento, 1986, cap. 1.

GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013, caps. 2 a 4.

HARRIS, W. V. O Mediterrâneo e a História Antiga. Mare Nostrum, 2, 2011, p. 2-37.

Textos suplementares:

HORDEN, P. e PURCELL, N. The Corrupting Sea: A Study of Mediterranean History.


Oxford: Blackwell Publishers, 2000, cap. 5.

MORRIS, I. Mediterranization. Mediterranean Historical Review, 18.2, 2003, p. 30-55.

3) Os sistemas palacianos da Idade do Bronze e a integração no Mediterrâneo oriental


(séculos XX-XIII a.C.)

Tratar dos processos de integração, em especial no Mediterrâneo oriental, a partir do


desenvolvimento e crise dos sistemas palacianos em Creta e Micenas.

Textos básicos:

ABULAFIA, D. Insulados e isolados, 22000 a.C.-3000 a.C. In: O grande mar: uma
história humana do Mediterrâneo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014. p. 35-46.

LEFÈVRE, F. História do mundo grego antigo. São Paulo: Martins Fontes, 2013, p. 51-
73.

2
MONZANI, J. C. Processos de integração e desintegração na Grécia no final da Idade
do Bronze e início da Idade do Ferro (1300 a 800 a.C.). Mare Nostrum – Estudos sobre
o Mediterrâneo Antigo, São Paulo, v. 4, n. 4, 2013, p. 1-21.

VERNANT, J.-P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,


1994, p. 9-25.

Textos suplementares:

PRICE, S; THONEMANN, P. The birth of Classical Europe: a history from Troy to


Augustine. London: Penguin Books, 2011, cap. 1.

4) Navegações, colonização e cidades-estados no Mediterrâneo (séculos X-VI a.C.)

Trata-se aqui de debater o surgimento das chamadas “cidades-estados” no Mediterrâneo como


produto da crescente interligação do mar seja pelo comércio, seja pela fundação de colônias, ou
ainda por trocas culturais. Neste mesmo módulo discutir-se-á a estrutura das cidades-estados e
como operavam suas fronteiras internas e externas.

Textos básicos:

ALFÖLDY, G. A História Social de Roma. Lisboa: Presença, 1995, p. 17-35.

DABDAB TRABULSI, J. A. Ensaio sobre a mobilização política na Grécia antiga.


Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001, p. 17-45.

FINLEY, M. Escravidão antiga e ideologia moderna. Rio de Janeiro: Graal, 1991, cap.
2.

GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013, caps. 5 e 6.

LEFÈVRE, F. História do mundo grego antigo. São Paulo: Martins Fontes, 2013, p. 87-
117.

Textos suplementares:

GRANDAZZI, A. As origens de Roma. São Paulo: Editora Unesp, 2010, p. 1-61.

QUIROGA, P. L. B. de; SALMONTE, F. J. L. Historia de Roma. Madrid: Akal, 2004,


p. 25-76.

VLASSOPOULOS, K. Between East and West: the Greek poleis as part of a world-
system. Ancient West and East, 6, 2007, p. 91-111.

5) Hegemonias no Mediterrâneo (séculos V-II a.C.)

Abordar o surgimento de grandes centros de poder no Mediterrâneo e suas consequências


políticas, econômicas e culturais. O foco recairá na expansão do poder ateniense no século V
a.C. e na unificação da Itália por Roma no século III a.C.

3
Textos básicos:

DE MAN, A. Das guerras samnitas ao controlo da Itália. In BRANDAO, J.L.;


OLIVEIRA, F. de. (Org.). História de Roma antiga: das origens à morte de César.
1ed.Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015, v. 1, p. 127-144.

FAVERSANI, F.; JOLY, F. D. Da Liga Latina ao saque de Roma. In BRANDAO, J.L.;


OLIVEIRA, F. de. (Org.). História de Roma antiga: das origens à morte de César.
1ed.Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015, v. 1, p. 103-125.

GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013, cap. 7.

LEFÈVRE, F. História do mundo grego antigo. São Paulo: Martins Fontes, 2013, p.
156-202.

MONTEIRO, J. G. Expansão no Mediterrâneo. In BRANDAO, J.L.; OLIVEIRA, F. de.


(Org.). História de Roma antiga: das origens à morte de César. 1ed.Coimbra: Imprensa
da Universidade de Coimbra, 2015, v. 1, p. 145-232.

Textos suplementares:

PRICE, S; THONEMANN, P. The birth of Classical Europe: a history from Troy to


Augustine. London: Penguin Books, 2011, caps. 4 a 6.

6) A expansão imperialista de Roma

Apresentar os aspectos políticos, econômicos e sociais da expansão romana no Mediterrâneo e


seu impacto no centro do Império, ou seja, Roma, com a eclosão das guerras civis no final da
República.

Textos básicos:

ALFÖLDY, G. A História Social de Roma. Lisboa: Presença, 1995, p. 81-109.

GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013, cap. 8.

SILVA, B. S. Romanização e os séculos XX e XXI: a dissolução de um conceito. Mare


Nostrum, 2, 2011, p. 1-19.

Textos suplementares:

ECKSTEIN, A. M. Conceptualizing Roman Imperial Expansion under the Republic: An


Introduction. In: ROSENSTEIN, N.; MORSTEIN-MARX, R. (Eds.). A Companion to
the Roman Republic. Oxford: Blackwell, 2006, p. 567-589.

SCOPACASA, R. Repensando a Romanização: a expansão romana na Itália a partir das


fontes historiográficas. Revista de História, São Paulo, n. 172, 2015, p. 113-161.

WEBSTER, J. Creolizing the Roman Provinces. American Journal of Archaeology,


105(2), 2001, p. 209-225.

4
7) O Império Romano

Descrever as particularidades do Império Romano, em especial o fato de ser um império de


cidades sob o poder de uma cidade, e suas bases políticas de sustentação que permitiram uma
longa duração e relativa estabilidade.

Textos básicos:

ALFÖLDY, G. A História Social de Roma. Lisboa: Presença, 1995, p. 110-171.

FAVERSANI, F. Entre a República e o Império: apontamentos sobre a amplitude desta


fronteira. Mare Nostrum. Estudos sobre o Mediterrâneo Antigo, vol. 4, 2013, p. 100-11.

GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013, cap. 9.

GUARINELLO, N. L. Ordem, integração e fronteiras. Mare Nostrum – Estudos sobre o


Mediterrâneo Antigo, São Paulo, v. 1, n. 1, 2010, p. 113-127.

Textos suplementares:

WALLACE-HADRILL, A. The imperial court. In: BOWMAN, A. K.; CHAMPLIN, E.;


LINTOTT, A. (eds.), The Cambridge Ancient History. v. 10: The Augustan Empire, 43
B.C. - A.D. 69. Cambridge: Cambridge University Press, 1996, p. 283-308.

WINTERLING, A. “State”, “Society”, and political integration. In: WINTERLING, A.


Politics and society in imperial Rome. Oxford: Wiley-Blackwell, 2009, p. 9-33.

WOOLF, G. Análises do sistema-mundo e o Império Romano. Mare Nostrum – Estudos


sobre o Mediterrâneo Antigo, São Paulo, v. 5, n. 5, 2014, p. 165-196.

8) A Antiguidade Tardia

A “Antiguidade Tardia”, como um conceito que aparece hoje consolidado na historiografia


europeia e norte-americana, envolve debates sobre as continuidades e rupturas ao longo da
história do Império de Roma, em sua abrangência ocidental e oriental, e, particularmente, nos
conduz a reflexões acerca das representações da desagregação desse Império ou “crise”,
conceito aliás que está voltando à tona, revelando os limites que a forma histórica “Antiguidade
Tardia” atingiu pelo seu emprego ao longo do século XX.

Textos básicos:

GONÇALVES, A. T. M. Os Severos e a Anarquia Militar. In SILVA, G. V. da;


MENDES, N. M. (eds.), Repensando o Império Romano. Rio de Janeiro: Mauad, 2006,
p. 175-192.

GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013, cap. 10.

MACHADO, C. A. R. A Antiguidade Tardia, a queda do Império romano e o debate


sobre o “fim do mundo antigo”. Revista de História, 173, 2015, p. 81-114.

5
SILVA, G. V. da; MENDES, N. M. Diocleciano e Constantino: a construção do
“Dominato”. In SILVA, G. V. da; MENDES, N. M. (eds.), Repensando o Império
Romano. Rio de Janeiro: Mauad, 2006, p. 193-221.

Textos suplementares:

BROWN, P. El mundo en la Antigüedad Tardía. Editorial: Editorial Gredos, 2012.

MAGALHÃES DE OLIVEIRA, J. C. ‘O conceito de Antiguidade Tardia e as


transformações da cidade antiga: o caso da África do Norte’. Boletim do CPA
(UNICAMP) 24, 2008, 125-137.

SILVA, U. G. A Antiguidade Tardia como Forma da História. Anos 90 (Porto Alegre),


v. 16, n. 30, 2009, pp. 77-108.

SILVA, U. G. A historiografia do Império Romano tardio: do Estado máximo ao Estado


mínimo, e de volta outra vez. Revista de História, 176, 2017, p. 01-28.

WARD-PERKINS, B. La caída de Roma y el fin de la civilización. Madrid: Espasa


Calpe, 2007, p. 66-131.

IV – Funcionamento do Curso

O curso será desenvolvido por meio de aulas expositivas e análise de textos


(historiografia e documentação primária).

V – Avaliação

As avaliações constarão de duas provas escritas, no valor de dez cada uma, e da entrega
de uma resenha crítica de livros e/ou artigos constantes na bibliografia da disciplina, também no
valor de dez. A nota final será a média resultante. As provas serão, a princípio, dias 16 de
outubro e 07 de dezembro, precedidas de aulas de revisão. A entrega da resenha é dia 7 de
dezembro.

Vous aimerez peut-être aussi