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Resumo sobre a Filogênese do Sistema Nervoso

Pretendo começar a compartilhar alguns resumos que fiz para o meu próprio estudo durante as
férias, em vista das dificuldades encontradas por alguns dos meus colegas para com questões
básicas sobre Psicofisiologia. Assim aproveito para retomar tais resumos e para buscar respostas
para eventuais dúvidas que tenham ficado.

Filogênese

Os primeiros neurônios surgiram como células que se diferenciaram das demais para receber
estímulos do meio-ambiente, transmitindo-os às células musculares vizinhas para gerar uma
resposta adaptativa. Tais células receptoras eram especializadas em irritabilidade e condutividade,
o que significa que elas eram capazes de transformar um estímulo externo em uma mensagem
interna que se propagava no organismo.
Exemplos destas células nervosas primitivas podem ser visto nos tentáculos de uma anêmona do
mar, no qual existem células nervosas com apenas um prolongamento (unipolares) que se ligam
com células musculares protegidas do exterior. O prolongamento de tais células unipolares é um
axônio dotado de uma formação especial denominada receptor, que transforma vários tipos de
estímulos físicos ou químicos em impulsos nervosos. A esta transformação se dá o nome de
transdução. Os impulsos nervosos são transmitidos a um efetuador, que pode ser um músculo ou
uma glândula.
Com a evolução das espécies começaram a surgir, por meio de mutações adaptativas, receptores
mais complexos e capazes de lidar com estímulos mais variados.
A anêmona do mar é um celenterado e, como em outros seres desta espécie, em seu corpo existe
uma rede de fibras nervosas formadas por ramificações dos neurônios de superfície, que permite a
difusão dos impulsos nervosos em várias direções.
Já nos platelmintos, como a planária, e nos anelídeos, como as minhocas, este tipo de sistema
nervoso foi substituído por algo mais avançado, no qual os elementos tendem a se agrupar
centralmente, ao invés de irradiar da superfície.
Na minhoca, o sistema nervoso é segmentado, sendo formado por um par de gânglios cerebróides
e uma série de gânglios unidos por uma corda ventral, correspondendo aos segmentos do
animal.Funciona da seguinte maneira: na superfície do animal, em seu epitélio, existem neurônios
especializados em receber estímulos do meio externo (neurônios sensitivos ou aferentes), capazes
de realizar a transdução, e conduzir o impulso gerado em direção ao interior do animal. Estes
neurônios estão ligados a outros neurônios mais centrais por meio do seu axônio (sinapse axo-
somática cf. as ilustrações que eu vi). O soma destes neurônios mais centrais encontra-se no
gânglio e possui um axônio que faz conexão com os músculos do animal para gerar uma resposta
comportamental. Tais neurônios são especializados, então, na condução do impulso do centro até o
efetuador, e por isso são chamados de neurônios motores ou eferentes.
Importante:
Neurônio sensitivo ou aferente: realiza a transdução do estímulo do meio externo e o conduz para
o interior do animal.
Neurônio motor ou eferente: conduz o impulso recebido até um efetuador, que pode ser um
músculo ou uma glândula.
Outra forma de colocar isto é que os neurônios aferentes trazem o impulso de uma determinada
área e os neurônios eferentes levam o impulso a uma determinada área do sistema nervoso. Mas
eu não gosto desta definição por causa dos neurônios de associação. De qualquer forma, como em
qualquer classificação espacial, a denominação é relativa ao que se descreve. Um exemplo citado
por Angelo Machado é de que "neurônios cujos corpos estão no cérebro e terminam no cerebelo
são eferentes ao cérebro e aferentes ao cerebelo." E por isso "deve-se sempre especificar o órgão
ou área do sistema nervoso em relação à qual os termos são empregados."
O estudo da evolução das células nervosas, sua filogênese, é importante para que possamos
compreender como se organizam e qual a importância de cada tipo diferente de neurônio que
iremos encontrar nos organismos mais complexos.
Fica claro, também, por meio deste estudo, que existem três tipos básicos de neurônios existentes:
neurônios aferentes, neurônios eferentes e neurônios de associação.

Aprofundando o assunto sobre os neurônios aferentes, podemos afirmar que estes levam
informações sobre modificações ocorridas no meio externo para o sistema nervoso central. No
caso de organismos mais complexos, os neurônios aferentes também podem levar informações
sobre o meio interno do organismo para o sistema nervoso central.
Quando em contato direto com o meio externo, o neurônio aferente é unipolar, ou seja, é composto
por um soma e um axônio. Esta é uma das formas mais primitivas de organização neuronal. Nos
moluscos, os neurônios sensitivos se conectam a superfície por meio de um prolongamento e seus
somas ficam no interior do animal.
Nos vertebrados, quase todos os neurônios sensitivos têm seus corpos localizados em gânglios
próximos ao sistema nervoso central, porém sem penetrar nele. A maioria dos neurônios sensitivos
dos vertebrados é unipolar. A vantagem de tal configuração é uma menor suscetibilidade a lesões
decorrentes do contato direto com o meio externo.Uma dúvida que ficou, estudando a filogênese
dos neurônios sensitivos, é quanto ao que pude depreender da descrição do autor, no caso o
Angelo Machado:
Primeiro surgiram neurônios compostos de um soma e de um axônio terminado em um receptor
que se projetava ao meio externo, nos celenterados. Depois surgiram neurônios cujos somas
encontram-se diretamente expostos ao meio externo, com um axônio projetando-se ao interior do
animal, conectando o neurônio sensitivo a um neurônio motor, formando um arco-reflexo. Então
nos celenterados não havia algo como um arco-reflexo? Um neurônio recebia a informação do
meio e já providenciava a resposta? Gostaria de saber mais sobre o sistema nervoso dos
celenterados... Se alguém que estiver lendo isso quiser comentar esclarecendo estes pontos, ficarei
muito grato.

Continuando... Os neurônios eferentes, ou motores, têm a função de conduzir o impulso nervoso


ao órgão efetuador, determinando uma secreção (glândulas) ou uma contração (músculos).
No animal humano, os neurônios eferentes do sistema nervoso autônomo (S.N.A.) que enervam
músculos lisos, músculos cardíacos ou glândulas, têm seus corpos fora do sistema nervoso central
(S.N.C.), nos gânglios viscerais, e são denominados neurônios pós-ganglionares.
Já os neurônios que enervam os músculos estriados esqueléticos têm seus corpos sempre dentro do
S.N.C. e são denominados neurônios motores primários, neurônios motores inferiores ou via
motora final comum de Sherrington.
Os neurônios de associação trouxeram consigo um aumento considerável no número de sinapses e,
por tanto, na complexidade do sistema nervoso. Tal complexidade trouxe consigo a possibilidade
do surgimento de padrões de comportamento. Quanto maior o número de neurônios de associação,
mais complexos e elaborados podem ser os padrões de comportamento apresentados pelo animal.
O soma do neurônio de associação permanece sempre dentro do S.N.C., e seu aumento se deu
principalmente na extremidade anterior dos animais. Nos vertebrados, os neurônios de associação
são a grande maioria.

Retomando: na evolução filogenética, os neurônios mais primitivos, ou os primeiros a surgirem


são os neurônios sensitivos ou aferentes, seguidos pelos neurônios motores ou eferentes, para
então surgirem os neurônios associativos.
Neurônios aferentes:
1. Na superfície: unipolares (anelídeos)
2. Intermediários: bipolares (moluscos)
3. Próximos ao S.N.C.: pseudo-unipolares (vertebrados)

Neurônios eferentes:
1. Fora do S.N.C. nos gânglios viscerais: Sistema Nervoso Autônomo
2. Dentro do S.N.C. terminações em músculos estriados esqueléticos.

Neurônios de associação:
Internos ao S.N.C., permitiram o aumento do número de sinapses e o surgimento de padrões de
comportamento e funções superiores.

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