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CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

Av. Filadélfia, 568, Setor Oeste - Araguaína / TO - CEP 77.816-540 - 63' 3411 8500 - www.itpac.br
CNPJ: 02.941.990/0001-98 Inscrição Municipal: 8452

Estudo Dirigido Direito Internacional Privado


Data da entrega: no dia da N3
Atividade em DUPLA
Manuscrito

ATIVIDADE 1
UNIDADE 5 COMPETÊNCIA INTERNACIONAL
1. O que difere nos critérios de fixação da competência internacional, dos critérios de
fixação da resolução do conflito aparente de leis no espaço internacional? Explique.
2. A quem compete a verificação e a prova do conteúdo, teor e vigência da norma
internacional? Explique abordando quem possui obrigatoriedade e quem possui
facultatividade.
3. Em quais hipóteses não serão aplicadas as normas do direito internacional? Explique
as hipóteses.
4. Explique as situações que incidem a competência internacional concorrente a
competência internacional exclusiva, abordando os critérios de efetividade e
submissão, assim como a exceção que recai sobre a ação de alimentos.

ATIVIDADE 2
UNIDADE 6 DIREITO DE FAMÍLIA E O DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
1. No tocante a tutela do casamento internacional explique: critério utilizado para
celebração conjugal e a solução dos demais conflitos; a necessidade (ou não) de
publicidade da relação no território brasileiro; as relações conjugais não previstas na
ordem jurídica pátria.
2. No tocante a tutela do divórcio internacional explique: o divórcio consensual
simples/puro/ próprio; o divórcio consensual qualificado; e o divórcio litigioso.
3. No que diz respeito a prestação de alimentos internacional explique: as autoridades
centrais; a necessidade de homologação; disponibilidade da ação; aplicação analógica
da lei mais favorável.
4. No que se refere a adoção internacional explique: conceito; finalidade; objetivos;
órgãos de cadastro; procedimento; estágio de convivência; natureza jurídica e efeito da
sentença.

ATIVIDADE 3
Atividade: Realizar um fluxograma ou mapa mental a respeito do texto abaixo que
mobiliza Sequestro Internacional de Crianças.
SEQUESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS

INTRODUÇÃO
A Constituição Federal, no Título VIII, Capítulo VII, dedicou alguns dispositivos
voltados à proteção das crianças e adolescentes. Eles versam sobre o reconhecimento de
direitos humanos fundamentais a esses sujeitos que são seres humanos em estágio de
desenvolvimento, físico, moral e psíquico, in verbis: Art. 227. É dever da família, da
sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
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e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,


exploração, violência, crueldade e opressão.
O texto constitucional contempla, inclusive, o princípio da proteção especial à
criança e ao adolescente. Essas normas constitucionais, com clareza solar, reconhecem que
as crianças e adolescentes são sujeitos de direitos que demandam uma proteção
diferenciada, dada a sua fragilidade e natureza peculiar. Logo, são sujeitos de direitos
especiais.
Não obstante isso, muitos indivíduos da família, em especial os pais, insistem em
atribuir tratamento às crianças e adolescentes como objeto, destituído de vontade ou como
instrumento para a perpetração de vingança ou para alcançar os seus desejos mais fúteis e
egoístas. Essa conduta de instrumentalização da criança não escolhe idade nem classes
sociais, e isso é verificável, com certa frequência, inclusive no âmbito do sequestro
internacional de crianças.
O Sequestro Internacional de Crianças consiste na transferência de uma criança, de
sua residência habitual, para outro país, com violação ao direito de guarda unilateral ou
bilateral, geralmente perpetrada por um dos pais, sem o consentimento do outro que lhe
tem a guarda unilateral ou compartilhada com o “sequestrador”.
O tema encontra-se regulado na Convenção da Haia sobre Aspectos Civis do
Sequestro Internacional de Crianças, subscrito em 25 de outubro de 1980, referendado no
Brasil pelo decreto legislativo 79, de 12 de junho de 1999 e aqui promulgado pelo decreto
3413, de 14 de abril de 2000.
O presente paper discorrerá sobre o “Sequestro” Internacional de Crianças,
utilizando-se, em passant, de um precedente de grande repercussão internacional: Caso
Sean Goldman. A partir da análise do referido precedente, faremos um cotejo entre a
Constituição e a sentença proferida nos autos do caso em tela e concluiremos sobre a (des)
necessidade de uma reforma no procedimento de busca, apreensão e regresso das crianças
vítimas de sequestro internacional.
1. Nomenclatura
A Convenção da Haia, que atualmente conta com 82 Estados contratantes 1, foi
redigida em Inglês e Francês. No direito inglês e no direito norte-americano, e, em geral,
nos países do common law, utiliza-se, para a subtração dos menores, a expressão: The
International Child Abduction. Logo, a subtração internacional do menor é chamada
de abuction que vertida para o português corresponde à abdução. Entretanto, ao se verter a
Convenção da Haia para o português não se utilizou a palavra abdução para não se
confundir com o fenômeno de igual nomenclatura no Direito Internacional, que tem outro
sentido2.
Em francês a abduction foi redigida como enlèvement, que significa retirada,
remoção3. No Brasil, optou-se por traduzir a conduta em comento por Sequestro. Todavia,
não se refere ao sequestro do direito processual nem do sequestro do direito penal.
A tradução para o português foi, nesse aspecto, sofrível e lamentável. É certo que
geralmente a conduta em questão é praticada por um dos pais que retira o filho menor de
sua residência habitual para outro País em virtude de um conflito familiar. Ora, chamar
esse genitor de sequestrador é equipará-lo a um criminoso que, no Brasil, pratica um delito
hediondo de natureza diversa, mediante exigência de paga.

2. Objetivo da Convenção
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Estatui o art. 1º da Convenção da Haia de 1980 que seu objeto é a) assegurar o


retorno imediato de crianças ilicitamente transferidas para qualquer Estado Contratante ou
nele retiradas indevidamente; b) fazer respeitar de maneira efetiva nos outros Estados
Contratantes os direitos de guarda e de visita existentes num Estado Contratante.
Destarte, o escopo da Convenção é assegurar o retorno da criança ao País onde ela
residia, restaurando-se, por conseguinte, o seu status quo ante, bem como assegurar o
respeito ao direito de guarda e visitação.
A Lei de Introdução ao Código Civil dispõe em seu art. 7º que a lei do país em que
domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o
nome, a capacidade e os direitos de família.
Portanto, as questões relativas à guarda e ao direito de visitação são da competência
da justiça em que a Criança possui sua residência habitual. Assim, se ela residia no Brasil,
é aqui que se processarão as ações relativas à guarda. Se ela residia nos Estados -Unidos,
por exemplo, são da competência da justiça norte-americana as referidas demandas.

3. Lapso temporal de aplicação da convenção.

A aplicação da Convenção da Haia de 1980 cessa quando a criança atingir a idade


de 16 anos (art. 4º da Convenção).
Assim, iniciado um pedido de busca, apreensão e regresso de um menor, haverá
perda superveniente do objeto da ação civil respectiva se a criança alcançar a idade de 16
(dezesseis) anos.

A regra é elogiável, pois, em tese, os maiores de 16 (dezesseis) anos já possuem


discernimento e capacidade civil absoluta, em alguns países, e relativa em outros.

No caso brasileiro, os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos são


relativamente capazes (art. 4º do CCB).

4. Procedimento no Caso de Subtração internacional de criança trazida ao Brasil

O art. 6º da Convenção da Haia de 1980 estabelece a obrigação de cada Estado


Contratante designar uma Autoridade Central encarregada de dar cumprimento às
obrigações assumidas no Tratado.
No caso brasileiro, a Autoridade Central (ACAF- Autoridade Central
Administrativa Federal) é a Secretaria Especial de Estado dos Direitos Humanos do
Ministério da Justiça, conforme preceitua o decreto 3.951/01.
Ela receberá e analisará os requisitos formais do pedido de regresso do menor
apresentado pela Autoridade Central estrangeira. Caso estejam presentes os requisitos, a
ACAF comunicará a Interpol para a localização da criança e, no caso de frustrada a
conciliação, comunicará a Advocacia-Geral da União (AGU) para que ingresse com a ação
de busca, apreensão e repatriação do menor.
No caso de crianças trazidas ao território nacional por estrangeiros que estejam em
situação irregular no Brasil, a Polícia Federal pode atuar, diretamente, para promover-lhes
a deportação, independentemente de ordem judicial.
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A ação supramencionada é proposta pela União perante a justiça federal, pois


segundo preceitua o art. 109, III da CF, compete aos juízes federais julgar as causas
fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional. Tendo em conta que o Brasil subscreveu e referendou a Convenção da Haia
de 1980, a União ingressa com a ação, presentada pela Advocacia-Geral da União, pois o
art. 10 da Convenção obriga o Estado Contratante, onde a criança se encontrar, a fazer com
que se tomem todas as medidas apropriadas para assegurar a entrega da mesma 4.

5. Limitações materiais à cognição judicial

Na demanda de busca, apreensão e regresso de criança vítima de sequestro


internacional, o art. 16 da Convenção da Haia contempla uma causa que limita a
competência cognitiva do juiz. Com efeito, o referido dispositivo convencional veda que o
Estado Contratante para onde a criança tenha sido levada ou retida tome decisões sobre o
fundo do direito de guarda.
A medida se justifica para não dar guarida a quem, ilicitamente, retirou a criança de
sua residência habitual. Ademais, a própria Lei de Introdução ao Código Civil, que é
norma de direito internacional privado, contempla, em seu art. 7º, já supracitado, que a
competência será a da residência habitual da pessoa para a resolução de questões atinentes
ao direito de família, a exemplo da guarda da criança.
A vedação contemplada no art. 16 da Convenção, todavia, não é de caráter absoluto,
eis que é possível que o regresso da criança seja negado se restar demonstrado que é
inapropriada a devolução da criança ou que tenha decorrido tempo razoável sem que seja
apresentado pedido de aplicação da Convenção, fazendo com que a criança já tenha se
adaptado ao novo País de residência 5.

6. Causas excludentes do regresso da criança

O art. 13 da Convenção da Haia de 1980 elenca algumas causas excludentes ao


retorno da criança ao país onde originariamente residia.
Se restar provado que a pessoa, instituição ou organismo que tinha a seu cuidado a
criança não exercia efetivamente o direito de guarda, ou que consentiu ou concordou
posteriormente com a retenção ou transferência do menor, o Estado requerido não é
obrigado a ordenar-lhe o retorno.
Também constitui causa que exclui o dever de regresso o fato de existir risco grave
de a criança ficar sujeita a perigos de ordem física ou psíquica, ou, de qualquer outro
modo, ficar numa situação intolerável.
Se a criança se opuser a voltar e atingiu idade e grau de maturidade tais que seja
apropriado levar em consideração as suas opiniões, é possível que o Estado requerido deixe
de enviá-la ao País requerente.
Ao nosso sentir, alguns desses casos demandam uma dilação probatória, inclusive
com a elaboração de um estudo multidisciplinar que possa servir de elemento para a
decisão judicial.
Caso interessante, que se embasou em estudo social acostado aos autos, é
encontrado na justiça federal do Rio de Janeiro. Nos autos do processo nº
2003.5101016976-2, a magistrada federal, ao analisar o referido estudo, com base no art.
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13 da Convenção, julgou improcedente o pedido de regresso da Criança ao Estado de


Israel, por restar provada a personalidade violenta do pai subtraído do direito de guarda
pela mãe que fugiu com a filha para o Brasil.
A decisão embasou-se no princípio constitucional da proteção especial à criança
sem desrespeitar a convenção. O caso, entretanto, não teve repercussão na mídia o que, em
certa medida, atribui maior liberdade de decisão ao magistrado, que não encontra pressão
da sociedade internacional, dos meios de comunicação e do governo brasileiro para que
ocorra o regresso do menor subtraído, em face do princípio da reciprocidade que é nuclear
ao sistema internacional de cooperação.
Além desses casos, o art. 20 da Convenção estabelece que o retorno da criança pode
ser recusado quando não for compatível com os princípios fundamentais do Estado
requerido com relação à proteção dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.

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