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APOSTILA I - MORFOLOGIA
Substantivo
ou A ADN A Adn Verbo:
Pronome Ação
substantivo Fenômeno da
A Adn natureza
Pronome
Adjetivo
Numeral
1
NOME SUBSTANTIVO E NOME ADJETIVO
ESQUEMA:
Relativo
SUPERLATIVO: Absoluto
2
Classificação
e) Pronome relativo: é uma subclasse especial dos pronomes que possui um duplo
papel dentro da frase: por um lado, refere-se a um termo anteriormente
expresso, substituído-o na construção; por outro, atua como um conectivo,
introduzindo uma oração adjetiva subordinada a esse antecedente.
Por exemplo, a frase Ontem, ela não agiu muito bem. tem quatro advérbios: ontem,
de tempo; não, de negação; muito, de intensidade; bem, de modo.
As circunstância podem também ser expressas por uma locução adverbial - duas ou
mais palavras exercendo a função de um advérbio. Por exemplo, a frase Ele, às
vezes, age às escondidas. Tem duas locuções adverbiais: às vezes, de tempo; às
escondidas, de modo.
VERBOS:
Modos, tempos e aspectos verbais
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Tempos Simples
Preposição: Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração,
subordinando-os. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a
substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo,
advérbio a substantivo, etc.
Ex:
Estudo porque preciso.
O ignorante vê que o céu é azul.
Estudei, mas não passei de ano.
Nesses períodos, os vocábulos porque, que, mas são conjunções porque são os
conectivos das orações.
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II - Qual é a opinião do autor sobre a questão posta em discussão? Disseminados
pelo texto, aparecem vários indicadores da opinião de quem escreve. Por isso, uma
leitura competente não terá dificuldade em identificá-la. Não saber dar resposta a
essa questão é um sintoma de leitura desatenta e dispersiva.
III - Quais são os argumentos utilizados pelo autor para fundamentar a opinião
dada? Deve-se entender por argumento todo tipo de recurso usado pelo autor para
convencer o leitor de que ele está falando a verdade. Saber reconhecer os
argumentos do autor é também um sintoma de leitura bem feita, um sinal claro de
que o leitor acompanhou o desenvolvimento das idéias. Na verdade, entender um
texto significa acompanhar com atenção o seu percurso argumentatório.
SEMÂNTICA
Em sentido largo, pode-se entender semântica como um ramo dos estudos
linguísticos que se ocupa dos significados produzidos pelas diversas formas de
uma língua. Dentro dessa definição ampla, pertence ao domínio da semântica tanto
a preocupação com determinar o significado dos elementos constituintes das
palavras (prefixo, radical, sufixo) como o das palavras no seu todo e ainda o de
frases inteiras.
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Exercícios:
De Gramática e de Linguagem
Mário Quintana
A propósito do texto:
Questão 1- Tomando como base o poema acima, conceitue:
a) substantivo:
b) adjetivo:
Questão 3- A palavra cousa, hoje em dia, não é mais usada na língua falada. Que
variante usamos em seu lugar?
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Questão 4- Retire do seguinte trecho do poema os adjetivos existentes:
7
a) O cão desapareceu no campo vazio.
b) Permaneci imóvel.
- permaneci: __________________________________________________
- imóvel: _____________________________________________________
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Questão 10- Leia e analise o texto de Rubem Braga e as opções que ele fez para
construí-lo. Depois faça a análise morfossintática das orações ou termos
destacados.
— Is this an elephant?
Minha tendência imediata foi responder que não; mas a gente não deve se
deixar levar pelo primeiro impulso. Um rápido olhar que lancei à professora bastou
para ver que ela falava com seriedade, e tinha o ar de quem propõe um grave
problema. Em vista disso, examinei com a maior atenção o objeto que ela me
apresentava.
Não tinha nenhuma tromba visível, de onde uma pessoa leviana poderia
concluir às pressas que não se tratava de um elefante. Mas se tirarmos a tromba a
um elefante, nem por isso deixa ele de ser um elefante; mesmo que morra em
consequência da brutal operação, continua a ser um elefante; continua, pois um
elefante morto é, em princípio, tão elefante como qualquer outro.
Refletindo nisso, lembrei-me de averiguar se aquilo tinha quatro patas,
quatro grossas patas, como costumam ter os elefantes. Não tinha. Tampouco
consegui descobrir o pequeno rabo que caracteriza o grande animal e que, às
vezes, como já notei em um circo, ele costuma abanar com uma graça infantil.
Terminadas as minhas observações, voltei-me para a professora e disse
convincentemente:
— No, it's not!
Ela soltou um pequeno suspiro satisfeita: a demora de minha resposta a
havia deixado apreensiva. Imediatamente perguntou:
— Is it a book?
Sorri da pergunta: tenho vivido uma parte de minha vida no meio de livros,
conheço livros, lido com livros, sou capaz de distinguir um livro a primeira vista no
meio de quaisquer outros objetos, sejam eles garrafas, tijolos ou cerejas
maduras— sejam quais forem. Aquilo não era um livro, e mesmo supondo que
houvesse livros encadernados em louça, aquilo não seria um deles: não parecia de
modo algum um livro. Minha resposta demorou no máximo dois segundos:
— No, it's not!
Tive o prazer de vê-la novamente satisfeita — mas só por alguns segundos.
Aquela mulher era um desses espíritos insaciáveis que estão sempre a se
propor questões, e se debruçam com uma curiosidade aflita sobre a natureza das
coisas.
— Is it a handkerchief?
Fiquei muito perturbado com essa pergunta. Para dizer a verdade, não sabia
o que poderia ser um handkerchief; talvez fosse hipoteca... Não, hipoteca não. Por
que haveria de ser hipoteca?
Handkerchief! Era uma palavra sem a menor sombra de dúvida antipática;
talvez fosse chefe de serviço ou relógio de pulso ou ainda, e muito provavelmente,
enxaqueca. Fosse como fosse, respondi impávido:
— No, it's not!
Minhas palavras soaram alto, com certa violência, pois me repugnava
admitir que aquilo ou qualquer outra coisa nos meus arredores pudesse ser um
handkerchief.
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Ela então voltou a fazer uma pergunta. Desta vez, porém, a pergunta foi
precedida de um certo olhar em que havia uma luz de malícia, uma espécie de
insinuação, um longínquo toque de desafio. Sua voz era mais lenta que das outras
vezes; não sou completamente ignorante em psicologia feminina, e antes dela
abrir a boca eu já tinha a certeza de que se tratava de uma palavra
decisiva.
— Is it an ash-tray?
Uma grande alegria me inundou a alma. Em primeiro lugar porque eu sei o
que é um ashtray: um ash-tray é um cinzeiro. Em segundo lugar porque, fitando o
objeto que ela me apresentava, notei uma extraordinária semelhança entre ele e
um ash-tray. Era um objeto de louça de forma oval, com cerca de 13 centímetros
de comprimento.
As bordas eram da altura aproximada de um centímetro, e nelas havia
reentrâncias curvas — duas ou três — na parte superior. Na depressão central,
uma espécie de bacia delimitada por essas bordas, havia um pequeno pedaço de
cigarro fumado (uma bagana) e, aqui e ali, cinzas esparsas,
além de um palito de fósforos já riscado. Respondi:
— Yes!
O que sucedeu então foi indescritível. A boa senhora teve o rosto
completamente iluminado por onda de alegria; os olhos brilhavam — vitória!
vitória! — e um largo sorriso desabrochou rapidamente nos lábios havia pouco
franzidos pela meditação triste e inquieta. Ergueu-se um pouco da cadeira e não
se pôde impedir de estender o braço e me bater no ombro, ao mesmo tempo que
exclamava, muito excitada:
— Very well! Very well!
Sou um homem de natural tímido, e ainda mais no lidar com mulheres. A
efusão com que ela festejava minha vitória me perturbou; tive um susto, senti
vergonha e muito orgulho.
Retirei-me imensamente satisfeito daquela primeira aula; andei na rua com
passo firme e ao ver, na vitrine de uma loja, alguns belos cachimbos ingleses, tive
mesmo a tentação de comprar um.
Certamente teria entabulado uma longa conversação com o embaixador
britânico, se o encontrasse naquele momento. Eu tiraria o cachimbo da boca e lhe
diria:
__It's not an ash-tray!
E ele na certa ficaria muito satisfeito por ver que eu sabia falar inglês, pois
deve ser sempre agradável a um embaixador ver que sua língua natal começa a
ser versada pelas pessoas de boa-fé do país junto a cujo governo é acreditado.
Maio, 1945
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