1) Descreva com detalhes três técnicas utilizadas para aumentar a resistência e a
dureza de uma liga de aço justificando cada caso. Há três maneiras de se aumentar a resistência do aço: Alteração na composição química do aço, mais precisamente a porcentagem de carbono em sua composição, esse aumento de resistência se da pelo fato de o carbono entrar nos interstícios dos átomos de ferro dificultando o deslizamento dos planos atômicos. A segunda forma de aumentar a resistência do aço é o método do encruamento onde é feita uma deformação plástica do aço, neste processo há um achatamento dos grãos do aço tornando-os mais rígido. O terceiro método é fazer um tratamento térmico no momento do resfriamento este deve ser feita de forma rápida para que se forme a martensita, que é uma fase mais resistente em forma de agulhas, o que torna a liga de aço mais dura e resistente. As três técnicas empregadas são: a manipulação da composição química, refinamento dos grãos (encruamento a frio) e o tratamento térmico (têmpera e revenimento). Tratamento térmico é o conjunto de operações de aquecimento e resfriamento a que são submetidos os aços, sob condições controladas de temperatura, tempo, atmosfera e velocidade de resfriamento, com o objetivo de alterar as suas propriedades ou conferir-lhes características determinados. Os tratamentos térmicos mais utilizados são a tempera e o revenimento. A tempera consiste no resfriamento rápido do aço de uma temperatura superior à sua temperatura crítica em um meio como óleo, água, salmoura ou mesmo ar. A velocidade de resfriamento, nessas condições, dependerá do tipo de aço, da forma e das dimensões das peças. Resultam também da têmpera redução da ductilidade (baixos valores de alongamento e estricção), da tenacidade e o aparecimento de tensões internas. Tais inconvenientes são atenuados ou eliminados pelo revenimento. Para que a têmpera seja bem-sucedida vários fatores devem ser levados em conta. Inicialmente, a velocidade de esfriamento deve ser tal que impeça a transformação da austenita nas temperaturas mais elevadas, em qualquer parte da peça que se deseja endurecer. E o revenimento é o tratamento térmico que normalmente sempre acompanha a têmpera, pois elimina a maioria dos inconvenientes produzidos por esta; além de aliviar o remover as tensões internas, corrige as excessivas dureza e fragilidade do material, aumentando sua ductibilidade e resistência ao choque. Estágios das Transformações no Revenimento Até cerca de 100 ºC: redistribuição dos átomos de carbono. 100 a 300 ºC: precipitação de carbonetos. Nos aços de alto C: além dos carbonetos ε também os carbonetos. 200 a 300 ºC: austenita retida em aços de médio e alto carbono se decompõe: precipitação de carbonetos na austenita, reduzindo seu teor de carbono em solução e viabilizando a formação de martensita no resfriamento pós-revenimento. Acima de cerca de 300 ºC: inicia-se a recuperação e a recristalização da martensita, com a eliminação de discordâncias, combinado com o crescimento e a esferoidização das partículas de cementita, resultando em queda de dureza/resistência mecânica. Entre 500 e 650 ºC: precipitação de carbetos de elementos de liga (V4C3, Mo2C e etc), aumentando a dureza/resistência mecânica. A maior parte destes processos não pode ser observada em microscópio ótico, que permite apenas verificar o aumento da velocidade de ataque metalográfico à medida que os carbonetos se precipitam, e eventualmente coalescem, se o revenimento for longo. Composição química Grãos o aço padrão possui grãos bem grandes, mas o aço pode ser tratado obtendo um grão bem mais uniforme, com as moléculas perfeitamente alinhadas o aço pode se torna praticamente impenetrável. Após feita aliga desejada, lamina-se o aço criando o RHA que é o blindado laminado homogêneo, que é super-resistente. Estica-se o aço, possibilitando grãos longos com propriedades excelentes. A medida em que o RHA esquenta, sua estrutura de grãos se alinha de forma a obter uma super resistência, cada chapa fica cerca de 1 hora no forno acerca de 760 graus, e o calor força a estrutura de grãos dentro do RHA a se alinharem uniformemente. Antes de a estrutura uniforme dos grãos perca a resistencia o metal é resfriado a um banho de agua fria, e isso resfria rapidamente, e essa diferença do grão é suficiente para aumentar significativamente a restiencia do aço, mas isso torna o aço bastante rígido e de difícil de se trabalhar, ou dobrar. A partir dai ele passa pela tempera, que deixa o aço mais flexível mantendo a rigidez do tratamento térmico. 2) Descreva com detalhes a laminação a quente e a trefilação como processos de fabricação do aço para concreto armado. A laminação a quente e o processo de trefilação são formas de se fazer aço para construção civil, mais precisamente para o concreto armado, estes processos resultam produtos diferentes com características diferentes. O processo de laminação a quente dá origem as barras, este processo é feitos com a barra ainda quente, nas barras são imprimidas as nervuras e informações sobre o fabricante, após as impressões, são borrifadas nas barras água para o resfriamento externo e assim aumentar a dureza na camada externa, isso ocorre porque durante o resfriamento é gerado a martenssita , material mais duro, enquanto isso o interior mantem-se quente e com um resfriamento mais lento tornando-se ferrita e perlita, que são materiais que conferem a barra maior ductilidade. O processo de trefilação produz os fios, neste processo a liga de aço sofre encruamento, pois ao passar pelos trefiladores a sua seção é reduzida, achatando-se os grãos do aço, desta maneira os fios são produzidos na classe CA-50. Os fios são produzidos em diâmetros menores que 10 mm enquanto as barras são produzidos com diâmetros a partir de 5 mm. 3) Elabore um texto relacionando os conceitos de elasticidade e ductilidade como propriedades de materiais metálicos. Em seguida, comente detalhadamente pelo ensaio de tração no aço para concreto armado definindo de forma clara os conceitos de escoamento e estricção bem como a importância dessas características durante o regime de trabalho do material. A elasticidade e ductilidade são características pouco presentes em materiais puros, normalmente os metais puros são duros e frágeis. Por conta disso corriqueiramente são criadas ligas para conferir essas propriedades por materiais. Elasticidade é a capacidade que um material tem de sofrer deformações antes de se romper e a ductilidade é a capacidade de formar fios e de sofrer deformações elásticas. 4) Descreva as principais diferenças entre barras e fios de aço para concreto armado (processo de fabricação, bitolas, classes, existência de nervuras, formato de vendas ao consumidor e etc.). Em seguida, comente sobre a importância das nervuras nas barras de aço para concreto armado. Existem diversas diferenças entre barras e fios dentre eles estão: -Processo de fabricação: as barras são produzidas por laminação a quente, enquanto os fios são produzidos por trefilação. -Bitolas: as barras são produzidas nas bitolas maiores ou iguais a 5 mm enquanto os fios são produzidos em bitolas inferiores a 10 mm. -Classes: as barras são produzidas nas classes CA-25 e CA-50 com resistência de 25 MPa e 500MPa respectivamente, enquanto os fios são produzidos nas classes CA-60 com resistência de 600 MPa. -Existência de nervuras: nas barras existem nervuras e nos fios não. -Formato de vendas ao consumidor: as barras são vendidas em pedaços enquanto os fios são vendidos em rolos. A importância de nervuras para o concreto armado, é conferir maior aderência com o concreto, assim fazendo com que o aço não ‘‘escorregue’’ dentro do concreto, e fazendo com que a barras “trabalhe” junto ao concreto para combater os esforços. 5) Descreva com detalhes as diferenças entre aço para concreto armado e aço para concreto protendido explorando os processos de fabricação, tipos, classes de resistências, especificações e etc. Em seguida justifique o fato do aço para concreto protendido não ser utilizado em concreto armado (concreto de armadura passiva) e vice e versa. As principais diferenças entre o aço para concreto armado e aço para concreto protendido são: -Processo de fabricação: os aços para concreto armado são feitos por laminação a quente e trefilação, enquanto o aço para concreto protendido é feito apenas por trefilação. -Tipos: para o concreto armado existem as barras e os fios e para o concreto protendido há o aço d baixa relaxação e o de relaxação normal. -Classes de resistência: o aço para concreto armado possui as classes CA-25, CA-50 E CA-60 -Especificações: o aço para concreto armado é produzido em barras ou fios, enquanto o aço para concreto protendido é produzido em cordoalhas, fios trançados que podem ser de 3, 5 ou 7 fios traçados. O fato de o aço para concreto armado e protendido não podem ser usados um no lugar do outro se dá pela diferença de ductilidade entre eles. O aço para concreto armado é pouco dúctil e não resistiria as tensões aplicadas no processo de protensão, enquanto o aço para concreto protendido por ser muito dúctil deformaria ao ser solicitado e geraria trincas no concreto facilitando a entrada de umidade e a corrosão do aço. 6) Conceitue os termos “água livre”, “água de impregnação” e “água de absorção química” no estudo das madeiras. Em seguida, defina “ponto de saturação das fibras”. Agua livre é a água que preenche seus espaços capilares, formados pelos lumens e espaços intercelulares. Agua de impregnação é a água impregnada nos espaços submicroscopicos da parede celular Agua de absorção química é a água aderidas interfaces existentes entre moléculas de celulose e moléculas de hemicelulose, por força de valências secundarias monomoleculares. O ponto de saturação das fibras (PSF) pode ser definido como o teor de umidade da madeira no momento em que esta já perdeu toda a sua agua livre (dos lumens e espaços intercelulares), porem ainda matem as paredes celulares saturadas de umidade. Segundo a literatura, ele varia de espécie para espécie, e dentro de toda a variação observada por espécies valores situando-se para: Coníferas e folhas com porosidade difusa, sem cerne distinto, em aproximadamente 32% a 35% de teor de umidade Folhas com porosidade em anel, ambas com cerne distinto, em aproximadamente 22% a 24% de teor de umidade. 7) Defina e comente sobre “equilíbrio higroscópico” e “umidade de equilíbrio” no estudo da madeira. Em seguida, comente detalhadamente sobre o fenômeno da “histèrsis” nas madeiras e proponha uma justificativa para a existência desse fenômeno. Como a madeira é um material higroscópico, ou seja, que absorve umidade do ar, e por usualmente estar sujeita a alterações no teor de umidade em função das variáveis do ambiente em que se encontra, elara esta quase sempre perdendo ou ganhando umidade para aatingir um estado de equilíbrio com a atmosfera. Quando isso ocorre, diz-se que a madeira está em equilíbrio higroscópico com o ambiente. O teor de umidade, quando a madeira atinge o equilíbrio higroscópico com o ambiente, esta em função das condições climáticas e da espécie florestal e é conhecido como umidade de equilíbrio da madeira. Isso ocorre quando se estabelece um equilíbrio entre a pressão do vapor d1agua contido no ar do ambiente em que a madeira se encontra e a pressão de vapor existente no interior do lenho. Histeresis é a variação em teor de umidade de equilíbrio, é explicada pelo fato de que o ganho de agua pela madeira (adsorção), nos espaços vazios sos capilares já secos, é um processo mais moroso e mais difícil que o com a perda de agua desses espaços por evaporação (desorção), quando a parede celular ainda contem umidade 8) Comente sobre a contração e inchamento ocorridos na madeira devido a variação de umidade. Em seguida, comente sobre a importância dessas características no uso de madeiras para construção civil. É considerada uma das propriedades físicas mais importantes, afetando e limitando consideravelmente o seu uso industrial em vários ramos de utilização. O aumento do volume(inchamento) deve-se principalmente á inclusão de moléculas de água nos espaços submicroscópicos da parede celular entre as micelas (feiches formados por moléculas de celulose) e nas suas regiões amorfas, afastando-as e alterando as dimensões da madeira.