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Olá!
Confira abaixo as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados que participaram do CONCAP. Ainda estão faltando algumas, mas a
expectativa é que ainda esta semana esteja tudo aqui.
>Adinoél Sebastião – Auditor Fiscal do Trabalho (AFT)
Pergunta: Quais são e como funcionam os benefícios (plano de saúde (coparticipativo?) e odontológico, participação lucro, seguro de vida,
previdência, vale alimentação, prêmio/gratificação, convênios e descontos comercias como em academias, auxílio creche) do cargo de Auditor
Fiscal do Trabalho. Quantos dias de férias o concursado tem direito (conta como dia corrido ou dias úteis?) e em quantas parcelas pode dividir
as férias no ano.
Resposta: O AuditorFiscal do Trabalho recebe o subsídio mensal (assim como os AFRFB, ATRFB, ABIN, BACEN, PRF, PF, etc) e o vale
alimentação (R$ 373,00).
Não existe qualquer outro benefício.
Os planos de saúde (coparticipativo?) e odontológico, participação lucro, seguro de vida, convênios e descontos comerciais como em
academias, auxílio creche não existem.
As férias seguem a Lei 8112/90 (30 dias que podem ser parcelados – 3 parcelas).
Abaixo segue link com a tabela de remuneração em vigor para os servidores públicos federais:
http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/servidor/publicacoes/tabela_de_remuneracao/tab_rem_14/tab_64_2014_4.pdf
(http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/servidor/publicacoes/tabela_de_remuneracao/tab_rem_14/tab_64_2014_4.pdf)
Abaixo segue tabela de subsídio, conforme Lei 12808/2013.
VALOR DO SUBSÍDIO
CARGOSCLASSE PADRÃO EFEITOS FINANCEIROS A PARTIR DE
1o JUL 2010 1o JAN 2013 1o JAN 2014 1o JAN 2015
IV 19.451,00 20.423,55 21.403,88 22.516,88
Auditor ESPECIAL III 18.910,61 19.856,14 20.809,23 21.891,31
Fiscal da II 18.576,24 19.505,05 20.441,29 21.504,24
Receita I 18.247,78 19.160,17 20.079,85 21.124,01
Federal
IV 17.545,94 18.423,24 19.307,55 20.311,54
do
Brasil B III 17.201,90 18.062,00 18.928,97 19.913,28
II 16.864,61 17.707,84 18.557,82 19.522,82
I 16.533,93 17.360,63 18.193,94 19.140,02
Auditor V 15.898,01 16.692,91 17.494,17 18.403,87
Fiscal do IV 15.586,28 16.365,60 17.151,15 18.043,01
Trabalho A III 15.280,67 16.044,70 16.814,85 17.689,22
II 14.981,05 15.730,10 16.485,15 17.342,37
I 13.600,00 14.280,00 14.965,44 15.743,64
P: Durante a entrevista o único critério mencionado para a remoção foi a antiguidade. Esse, em geral, é o único critério utilizado? Ou, a exemplo
do que acontece na RFB, é uma pontuação que leva em conta tempo de casa, lotação e tempo na lotação atual?
R: Não existe pontuação para as cidades e tempo na lotação atual. Para a remoção conta a antiguidade e a classificação no concurso.
Vamos a um exemplo:
Digamos que abra o concurso de remoção. Os AFTs Alfa e Beta participam do concurso. Ficará classificado em melhor posição o AFT que tiver
mais tempo de casa no MTE. Se Alfa e Beta tiverem o mesmo tempo de casa (eles são do mesmo concurso), contará a classificação no
concurso em que eles passaram.
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
Isso é o que vem sendo adotado. No entanto, a Portaria MTE 1855/2013 poderá estabelecer critério diferente:
“Art. 6º O processo seletivo de remoção será determinado por ato da Administração Central, sempre que for necessária a readequação do
quadro de lotação das unidades administrativas, observando a conveniência e a oportunidade para a Administração.
1º A instauração de processo seletivo de remoção fica condicionada aos casos em que o número de servidores interessados for superior
ao quantitativo de vagas específicas, oferecidas para determinadas localidades.
2º O processo seletivo de remoção será instaurado por ato da CGRH, que disporá sobre o regulamento do processo, contendo no
mínimo:
I – quantitativo das vagas disponíveis por localidade;
II – período de inscrição;
III – formulário de inscrição;
IV – cronograma de execução;
V – requisitos para participação;
VI – critérios de classificação e de desempate; e
VII – demais regras necessárias à realização do processo seletivo.”
Link para a portaria MTE 1855/2013:
http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/63/MTE/2013/1855.htm
(http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/63/MTE/2013/1855.htm)
P: Já houve assédio por parte de algumas empresas inidôneas na tentativa de oferecer propina aos auditores bem como ameaças durante o
exercício da função?
R: A maioria dos empresários são pessoas honestas. Não existe essa história de que todo empresário é o “lobo mal”.
O que encontramos na maioria das fiscalizações são empresários mal preparados para exercerem sua atividade. Falta uma política de governo
para preparar aquele que quer investir em alguma atividade. Desse modo, em muitos casos a empresa está irregular porque o empresário
desconhece suas obrigações.
É claro. Há aqueles que desrespeitam a lei porque querem fazer isso.
A parte do assédio e ameaças depende da postura do AFT. O assédio somente acontecerá se o AFT deixar brechas para isso. No mais, somos
autoridades e somos respeitados por isso.
As ameaças poderão acontecer em virtude de algumas situações. No entanto, os nossos chefes sempre planejam o nosso trabalho para que
estejamos seguros. Em situações que possam envolver algum tipo de conflito, nunca vamos para campo sem o auxílio policial (Polícia Federal,
Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil).
P: Qual a probabilidade de no próximo concurso, existirem vagas para outras regiões do país, além do Norte? Mais especificamente ainda, para
o estado da Bahia? Desejo saber também qual deve ser a organizadora do próximo concurso CESPE ou ESAF?
Com certeza, as maiores vagas serão para a região Norte, pois quase todos que entraram no último concurso querem sair dessa Região. No
último concurso, foram lotados 7 AFTs no Estado da Bahia (5 em Barreiras e 2 Teixeira de Freitas).
Ainda não sabemos qual será a banca para o próximo AFT.
P: Como fica a aposentadoria após a previdência complementar? Quem entrar agora já cai direto na previdência complementar ou ainda tem a
opção de escolher?
R: No último concurso, quem já era servidor federal e estava no regime antigo, pode escolher fica nesse regime ou aderir ao novo sistema.
Quem estava entrando no serviço público federal não teve opção, foi para o novo sistema.Não podemos dizer se isso continuará, pois as “minis”
reformas previdenciárias estão acontecendo o tempo todo.
P: Há um direcionamento dos auditores do trabalho quanto ao ramo das empresas? Comércio, indústria, serviços etc.. ou eles recebem o
planejamento de fiscalização incluindo todos esses ramos?
R: Os AFTs são lotados em superintendências e em gerências.Nas superintendências e nas gerências maiores há uma divisão em núcleos de
trabalho. Por exemplo, conforme página do MTE na internet, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Rondônia tem os seguintes
núcleos (onde são lotados AFTs):
Núcleo de Multas e Recursos;
Núcleo de Fiscalização do Trabalho;
Núcleo do FGTS;
Núcleo de Segurança do Trabalhador;
Assim, nas lotações maiores há uma divisão do trabalho. Um AFT pode trabalhar com a fiscalização de apenas um ramo de atividade ou com
vários ramos. Já nas gerências menores, o AFT poderá fiscalizar todos os ramos de atividades da sua jurisdição.
P: É fornecido qualificações/treinamentos ao Auditores Fiscais do Trabalho?
R: Sim. A última turma que entrou esteve em curso de formação de março a setembro (se não me engano). Pelo menos até agora, para nossa
turma de Porto Velho já foram oferecidos vários treinamentos práticos (fiscalização de frigoríficos, fiscalização de hospitais, fiscalização FGTS).
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
Também há alguns cursos online oferecidas por meio da ENIT (Escola Nacional de Inspeção do Trabalho).
Link para ENIT: https://enit.mte.gov.br/login/index.php (https://enit.mte.gov.br/login/index.php)
P: Gostaria de saber como são escolhidas as lotações. No momento da inscrição já se define a região de interesse?
R: No último concurso, no momento da inscrição do concurso, ninguém sabia quais seriam as lotações a serem oferecidas para os aprovados.
Nem mesmo o Ministro do Trabalho e Emprego sabia.
Por quê?
Porque antes da nomeação dos aprovados se faz um concurso de remoção. Nesse concurso, são oferecidas vagas em algumas cidades e só a
partir daí é que começa a “danças das cadeiras” para se saber quais lotações ficarão para os aprovados.
Portanto, no momento da inscrição não se sabe qual cidade e não dá para definir a região de interesse.
P: Como são as metas de trabalho? Comentam que são muito puxadas. Em quantitativo, você poderia dar um exemplo?
R: As metas de trabalho não são puxadas, “são astronômicas”. (risos) Elas são definidas pelo órgão central (Brasília) e são enviadas para as
regionais. O trabalho é puxado. Mas nada que não se possa dar conta.
Por exemplo:
(1) em alguns locais para quem trabalha com fiscalização de comércio (informalidade = empregado sem registro) a meta de um AFT é fiscalizar
30, 40 ou 50 empresas por mês (uma empresa por dia, duas empresas por dia). Depende do critério adotado pela chefia do núcleo.
(2) em alguns locais para quem trabalha com segurança do trabalhador a meta é fiscalizar 10, 12, 15 empresas por mês. Depende do critério
adotado pela chefia do núcleo.
Por que a diferença de metas acima?
Porque a fiscalização de informalidade basicamente é verificar se há empregados sem registro num comércio (geralmente microempresa). Já a
fiscalização de segurança do trabalhador envolve visitas a construções de prédios, de pontes, de usinas ou visitas a indústrias que não são
microempresa.
No final, tanto faz onde o AFT trabalha, pois há muito o que fazer.
P: A respeito do tato com as pessoas, você já tinha esse tato ou precisou adquirilo? Vocês aprendem a ter esse tato no treinamento? Aliás, o
treinamento dura quanto tempo e é feito onde? Você o considera suficiente para já iniciar o trabalho em campo? Quanto tempo durou?
R: O tato com as pessoas se adquire com o trabalho diário. Sempre trabalhei em contato com outras pessoas. Quando garoto vendia picolé na
caixinha. Depois, fui ser guardamirim. Como guardamirim trabalhei em mercadinho, cooperativa, indústria metalúrgica (naquele tempo podia).
Depois, fui trabalhar comprando e vendendo ferro velho. Depois, fui trabalhar na prefeitura atendendo ao público. Depois passei na Receita
Federal.
Na Receita Federal, fui chefe de agência (chefe faz tudo em agência). Depois, fui para o Centro de Atendimento ao Contribuinte. Depois, fiz
várias coisas e acabei voltando ao Centro de Atendimento ao Contribuinte.
Ufa! Minha vida de trabalho foi praticamente falar com o público.
Como eu disse o tato com o público, aprendemos no dia a dia.
O nosso treinamento (curso de formação) durou de março até setembro (não sei precisar o dia que terminou). Fizemos teoria e prática.
Começamos com a primeira parte teórica na lotação inicial e fizemos uma fiscalização prática antes de irmos para a segunda parte teórica em
Brasília.
Fizemos a segunda parte teórica em Brasília e voltamos para a lotação para continuar a parte teórica e fiscalizações práticas.
Voltamos para outra parte teórica em Brasília. Depois disso, tivemos teoria e prática.
Por fim, em outubro saímos a campo sozinhos.
Nossa! Tivemos um curso de formação puxado. Mas valeu. Ao final, tínhamos “munição” para ir a campo.
>Ali Jaha – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)
Pergunta: Como funciona o sistema de remoções dentro da RFB?
Resposta: Existe o concurso de remoção (CR). O CR é aberto antes da nomeação de uma nova turma de auditores ou de analistas e consiste
em levantar a quantidade de pontos que cada servidor tem acumulado e disponibilizar numa planilha de forma decrescente. Essa pontuação é
obtida pela multiplicação da quantidade de dias trabalhados na RFB pelo peso da cidade. Quanto pior a cidade, maior o peso. Curitiba tem peso
1 e Corumbá tem peso 2,2. Realizado esse levantamento, cada servidor preenche um formulário eletrônico com as suas intenções de remoção
(cidades para onde deseja se mudar) numerando a ordem de preferência de 1 até n (não existe limite). Feito isso, o sistema, de forma
informatizada, cruza a lista decrescente com as opções de cada um, sendo que ao final temos quem serão os removidos. Em suma, quanto pior
a cidade, provavelmente menos tempo você morará nela.
P: Como AFRFB, tem tempo para sua família?
R: Sim! Todos temos! Cumprimos uma jornada de 40h/s como qualquer outro servidor ou empregado da iniciativa privada. A profissão não exige
que me debruce sobre assuntos do trabalho nas minhas horas de folga.
P: A profissão é segura? (No sentido de violência, ameaças, corrupção, estas coisas…)
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
R: Sim. Como já disse na palestra, se você tiver um bom comportamento e não se envolver com pessoas erradas, nunca terá problema. Isso
vale para RFB e qualquer outro órgão/entidade.
P: Viaja muito a trabalho? E no começo da carreira, viajase muito a trabalho?
R: Viajo pouco. Fui umas 2x para Brasília e 2x para Curitiba, a depender do setor, se viaja mais ou menos, mas tudo isso é negociável com a
chefia. Fique tranquilo, você não ficará na estrada o tempo todo. =)
P: Existe algum tipo de escala ou plantão em feriados, final de ano, natal, ou todos são liberados nestas épocas?
R: No final do ano, todos os servidores federais têm direito a gozar uma semana com compensação posterior. Isso vale para todos os
órgãos/entidades federais.
P: Durante o curso preparatório na ESAF, o senhor era remunerado? No curso preparatório, os alunos tinham opção entre ficar em alojamentos
ou alugar um imóvel fora da escola?
R: Curso de Formação (CF) você quer dizer? Atualmente, o CF é realizado após a posse e o exercício, ou seja, você já vai para o CF como
servidor e não como candidato (não existem mais as famosas e cabeludas provas do CF, rs). Durante o curso, você recebe o seu subsídio e as
diárias (quase R$ 200,00 por dia, eu acho). A ESAF não fornece alojamento nem imóvel funcional, é tudo por sua conta.
P: Suas férias, como AFRFB, podem ser tiradas de forma parcelada ou obrigatoriamente o senhor tem que tirar os 30 dias na época que lhe for
oferecida?
R: Podemos parcelar em até 3x, basta negociar com a sua chefia imediata. =)
P: Caso eu passe para Analista eu consigo escolher ficar atuando mais em fiscalização (na rua) e não ficar somente trabalho administrativo?
R: Analista não fiscaliza. Além disso, atualmente, com o grande avanço da Tecnologia da Informação (TI), o Auditor vai cada vez menos para
as ruas. O Analista trabalha em atividade meio (RH, compras, etc.) ou auxiliando o Auditor na atividade fim (aduana, cobrança, arrecadação,
etc.).
P: Dentro da Receita existe alguma discussão ou pretensão de exigir nos futuros concursos públicos experiência profissional mínima para
ingresso ao cargo, assim como se faz em alguns concursos do Judiciário?
R: Até o momento não ouvi nada a respeito… Mas ouvi um professor, no meu Curso de Formação (CF), falar assim: “Deveríamos ter prova
oral”. =)
P: O horário de trabalho é flexível como exposto pelo professor Érick Alves do TCU, ou lá na RFB, há um horário rígido para entrar e sair do
expediente?
R: O horário é 40 h/s, mas não é rígido. Você pode se ausentar, negociar horários flexíveis com seu chefe, etc.
P: Existem Auditores da Receita Federal com formação em cursos superiores de Tecnologia?
R: Não sei responder, mas acredito que sim, temos de tudo em nossos quadros.
P: Caso a lotação inicial seja em uma das unidades de fronteira quanto tempo, em média, para conseguir remoção para uma capital? Como é
feito esse processo? Quais os requisitos para essa mudança?
R: Depende para onde você quer ir! Se for uma cidade de baixa procura, 1 ano você está fora da fronteira. Se for uma cidade de média procura,
uns 3 anos. Se for um paraíso (interior do PR, Floripa, Rio, etc.) pode chutar uns 5 anos.O processo ocorre por meio do concurso de remoção
(CR).
O CR é aberto antes da nomeação de uma nova turma de auditores ou de analistas e consiste em levantar a quantidade de pontos que cada
servidor tem acumulado e disponibilizar numa planilha de forma decrescente. Essa pontuação é obtida pela multiplicação da quantidade de dias
trabalhados na RFB pelo peso da cidade. Quanto pior a cidade, maior o peso. Curitiba tem peso 1 e Corumbá tem peso 2,2. Realizado esse
levantamento, cada servidor preenche um formulário eletrônico com as suas intenções de remoção (cidades para onde deseja se mudar)
numerando a ordem de preferência de 1 até n (não existe limite). Feito isso, o sistema, de forma informatizada, cruza a lista decrescente com
as opções de cada um, sendo que ao final temos quem serão os removidos. Em suma, quanto pior a cidade, provavelmente menos tempo você
morará nela.
P: Existe teletrabalho em alguma função da Receita?
R: Existem alguns projetos pilotos com alguns colegas já trabalhando. Eu não estou por dentro, pois nunca tive interesse nisso, mas acredito
que será muito difundido nos próximos anos.
P: Quais são os cuidados para trabalhar em fronteira? Há riscos? Como se prevenir para não cair nos esquemas de corrupção? Conhece
colegas que passaram por essa situação? Como se livrar disso?
R: Como já disse na palestra, se você tiver um bom comportamento e não se envolver com pessoas erradas, nunca terá problema. Isso vale
para RFB e qualquer outro órgão/entidade.
P: Mulheres também são lotadas em fronteira? É tranquilo ou é um ambiente mais masculino?
R: Tem muitas mulheres em fronteira! Fronteira é um lugar como outro qualquer, basta ter os mesmos cuidados que você teria em qualquer
lugar.
Como já disse na palestra, se você tiver um bom comportamento e não se envolver com pessoas erradas, nunca terá problema. Isso vale para
RFB e qualquer outro órgão/entidade.
P: Já ouvi falar que em determinadas localidades não têm casa para alugar, e os fiscais moram dentro da repartição e então existe um esquema
de revezamento, isso é verdade? Por exemplo um auditor faz uma semana de turno dobrado e na semana seguinte folga, (volta para casa) ou
faz 2 semanas de turno dobrado e folga duas semanas depois. Isso é verdade ou é de acordo com local?
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
R: Toda cidade, por menor que seja, sempre tem algum imóvel para alugar. Algumas unidades de localidade inóspita (interior da região norte)
abrem as portas dos apartamentos funcionais para os colegas, mas eu não sei como funciona.
E existe a turma do plantão (24×72), que troca com os colegas e fica um tempão viajando para casa.
P: Existe alguma área dentro da RF em que o Auditor poderia ser remunerado por algum tipo de prêmio ou bônus por produtividade, ou outro
meio?
P: Existe um projeto, tramitando nas instâncias do governo federal, para implementar o bônus de eficiência, que seria algo próximo da
participação recebida pelos fiscais estaduais.
P: É possível ao auditor fiscal trabalhar em outros países ou se sua rotina deve ser desempenhada sempre no Brasil?
R: Sempre no Brasil.
P: Existe ainda, após 5 anos de trabalho sem faltas, a licença prêmio de 3 meses?
R: Licença capacitação de até 3 meses.
P: Quanto o cargo exige do servidor AFRFB de estudos/atualizações para o desempenho da função?
R: É sempre bom estar atualizado, mas não se preocupe, tudo que é importante a RFB informa por notes (email institucional). =)
P: Como funciona o Regime Próprio dos Servidores Públicos da RFB e a previdência complementar? (Tempo de contribuição necessário para
aposentadoria, % de contribuição sobre o salário tanto do regime próprio quanto do complementar, aproveitase contribuições pagas ao Regime
Geral de Previdência Social inclusive as contribuição especial como dona de casa? Quais benefícios tem se direito a partir de tal filiação?
R: Atualmente, quem entrar na RFB e não for servidor federal, entrará opcionalmente para a Funpresp. Desde 2013, todo servidor está incluído
no RGPS, ou seja, até o teto do regime, contribuise com 11%, como ocorre no setor privado e, aos que optarem, sobre o valor que extrapolar
esse teto, contribuise com 7,5%, 8,0% ou 8,5%, sendo que o governo paga o mesmo valor mensalmente. Logo, juntase as duas parcelas (sua
e do governo) e colocamnas no seu fundo de pensão e deixa rendendo até você se aposentar.
Aproveitase todo o seu tempo anterior, não importa se era RGPS ou RPPS. Mas não se esqueça de averbar esse tempo quando entrar na RFB.
P: Como tem sido o dia a dia dos funcionários com as constantes trocas de Ministros da Fazenda? Tais mudanças ameaçam os direitos dos
atuais e futuros servidores da RFB?
R: Não houve nenhuma mudança. Decisões políticas não alteram procedimentos e rotinas.
P: Como as lideranças gerenciam suas equipes de trabalho? Como é o relacionamento afetivo social entre os funcionários da RFB? Há
treinamentos para exercício das atividades e se sim com qual frequência eles acontecem? Os mesmos são realizados em horário extra ou
dentro da carga horária normal de trabalho?
R: Hoje em dia, utilizase cada vez mais os cursos EAD (a distância, no site da ESAF). Eventualmente, temse algum curso presencial, quando
o servidor é deslocado.
P: A RFB incentiva a formação de seus funcionários? (pósgraduação, mestrado, doutorado) de seus funcionários? De que forma?
R: Infelizmente, não existe um incentivo formal neste aspecto.
P: Gostaria de saber se todas as atividades dentro da receita são de auditoria e fiscalização tributária, obviamente para exercer as funções
dentro da receita é necessário de uma infraestrutura de Tecnologia e não é aberto concursos de Tecnologia para a Receita, essas funções
referentes a tecnologia são exercidas por auditores que possuem a conhecimento em tecnologia?
R: Para trabalhar na RFB, você não precisa ter formação específica nenhuma. O concurso já te dará uma excelente base, depois, tem o Curso
de Formação e tem o cotidiano com os colegas mais experientes.
P: Os concurseiros que estão estudando para o concurso do INSS, caso almejem ingressar na Receita Federal futuramente, possuem alguma
vantagem no que tange ao estudo de conteúdos? Qual o peso da disciplina de Direito Previdenciário para o concurso da Receita Federal? É
parecido com o do INSS ou mais aprofundado? Ou estão num mesmo patamar de importância?
R: Quem já está estudando, sempre está em vantagem. =)
O INSS virou uma espécie de trampolim para a RFB (percebi isso nos últimos 2 concursos). O Direito Previdenciário para RFB cobra “apenas” a
parte de Custeio, mas de forma muito aprofundada, enquanto que o INSS cobra tanto Custeio (de forma superficial) quanto Benefícios.
P: Qual o limite de idade para ingressar na carreira de auditor fiscal da Receita Federal?
R: Não existe…. Só tem que ter menos de 70 anos (aposentadoria compulsória).
P: Pra quando está previsto o próximo concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal, pra onde e quantas serão as vagas?
R: AFRFB em 2016. Chuto umas 300 vagas. Para onde? Geralmente na fronteira, SP, DF e Manaus.
> Anderson Hermano – Analista Judiciário do Tribunal Regional Eleitoral (TRE)
Pergunta: No TRE é possível mudar o horário de trabalho? Ex: quem faz um curso de tarde ou faculdade pode começar a trabalhar um pouco
mais cedo de manhã ou começar à noite?
Resposta: Como regra, não. Existe a possibilidade do servidor solicitar horário especial para estudante, mas fica a critério da administração
deferir ou não. A carga horária no TRE não impede você de estudar. Tenho colegas que já eram graduados em arquitetura, por exemplo, e que
após o ingresso no TRE se graduaram em Direito. Claro que um curso que exigisse o dia inteiro dificultaria bastante a conciliação com o
trabalho no TRE, a exemplo de medicina, mas como regra é possível conciliar o trabalho com os estudos.
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
Em resumo, o horário de expediente, em regra, deve ser cumprido, mas não vejo a impossibilidade absoluta de, entrando em acordo com o
chefe de cartório e juiz eleitoral, você trabalhar em horário distinto, desde que cumpra a carga horária prevista na sua Zona Eleitoral.
P: Existe um estímulo para que os servidores façam cursos de aperfeiçoamento, participem de eventos ligados a área em outras cidades etc?
R: O maior estímulo que existe hoje é o pagamento do adicional de qualificação (7,5% para especialização, 10% para mestrado e 12,5% para
doutorado, além de 1% para cursos diversos de interesse do exercício do cargo até o limite de 3%). Contudo, não existe um estímulo no sentido
de liberar o servidor para participar de tais eventos. Normalmente o servidor aproveita o banco de horas para participar de tais eventos ou pode,
em acordo com a Chefia do Cartório, compensar as horas não trabalhadas.
P: Você falou, em sua entrevista, que o candidato deve estudar a lei seca e fazer muitas questões. Mas fora isso o que você diria para quem
vai começar a estudar pros concursos do TRE hoje, precisa estudar a parte específica logo no início?
R: Eu costumava dividir a minha carga horária disponível entre todas as disciplinas de modo a estudar uma ou duas disciplinas por dia. Se o
estudante está no início – está no zero em alguma disciplina – e não conseguir absorver o conteúdo sozinho, recomendo buscar um curso
preparatório (PDF, vídeos etc). É importantíssimo o planejamento: por tudo no papel – as disciplinas a estudar no dia, hora de descanso,
atividade física, atenção aos filhos, lazer – e cumprir o máximo que puder.
Concurso para Técnico do TRE, por exemplo, é exigida quase que totalmente a legislação seca. Para analista, aprofundase um pouco, mas 70
a 80% da prova está na legislação.
Em resumo: estude logo a parte específica (direito eleitoral, regimento interno) concomitantemente com a parte básica (português, informática,
direito administrativo e constitucional – sim, essas duas pra mim são básicas porque caem eu tudo). Elabore o seu planejamento de modo a
estudar tudo ao mesmo tempo.
O Regimento interno você deve entrar no site do tribunal e baixar. Leia incansavelmente. Nele estarão umas 5 questões pelo menos.
Direito Eleitoral: baixe o Código Eleitoral no site do TSE. Ele é ótimo porque indica o que vale ou não diante da CF88.
P: O candidato pode ter qualquer formação de ensino superior?
R: Para o cargo de analista administrativo, sim. Existem concursos para cargos específicos: Direto, Medicina etc. Para Técnico Judiciário
exigese o nível médio.
P: Após aprovado e nomeado, o analista do TRE pode ter outras fontes de renda ( exemplo: fotografar, dar aula, prestar serviços de design,
ilustração, shows de música, sociedade em empresas…)?
R: Advogar, não pode. Pode dar aulas na iniciativa privada e em universidades públicas. Dê uma olhada no art.117, da Lei nº 8.112 de 1990.
Nele constam as proibições a que estão sujeitos os servidores públicos federais.
P: Qual a previsão para outros concursos? É um concurso nacional ou regional?
R: Os concursos são realizados por cada TRE, cada um em sua época própria de acordo com o encerramento da validade do certame. Para o
TRE/BA, por exemplo, teremos concurso nesse ano de 2015. Para saber quando será o próximo concurso, pode mandar e mail para o TRE do
teu interesse que eles informam a previsão.
Outra forma de saber é verificar a data da homologação do último concurso para o cargo desejado.
P: Quais os benefícios do cargo e seus respectivos valores?(auxílio creche, capacitação, adicionais de qualificação, etc).
R: Auxíliocreche: R$ 596,00 por filho pago até a criança completar 06 anos.
Adicional de Qualificação: 7,5% do vencimento básico para especialização; 10% para mestrado; 12,5% para doutorado.
Adicional de Qualificação por ações de treinamento: 1% para cada 120h de cursos realizados que não se enquadrem nas hipóteses acima e que
sejam de interesse do órgão até o limite de 3%.
AuxílioAlimentação: R$ 751,00.
Para quem exerce Chefia de Cartório: hoje, R$ 1.019,00 (tramita um projeto de lei que passa esse valor para R$ 3.072,00 e cria mais uma
função de assistente no primeiro valor citado. Como cada cartório possui, em regra, 02 servidores efetivos cada um receberá um dos dois
valores).
P: Se você passar como técnico você consegue subir de cargo como analista com concurso interno no TRE? Ou seria preciso fazer outro
concurso para analista?
R: É necessário novo concurso público.
P: Quem entra no cargo de técnico e possui mestrado (fora da área de direito) pode ganhar mais?
R: Sim, desde que o curso seja de interesse do TRE (normalmente tem sido aceito administração e outros que seja de interesse do órgão).
P: O último escalão da carreira tem uma remuneração de quanto? Fora do período eleitoral qual é a rotina desse profissional?
R: De Técnico, se não tiver outros adicionais, em torno de R$ 8.867,00. Para analista, se não tiver outros adicionais, em torno de R$ 14.029,00.
Fora do período eleitoral existe atendimento ao eleitor, tramitação de processos, audiências etc. Nada que vá te deixar estressado…rs…
No TRE/BA hoje existe a possibilidade de se fazer 6h diárias. Não saberia citar a situação específica de outros TRE, mas sei que alguns
também estão fazendo a mesma carga horária e outros 07 h.
P: Há impedimento para advogar em outras regiões?
R: O Servidor do Poder Judiciário não pode advogar em nenhum lugar do país em virtude de previsão do Estatuto da OAB. Tenho colegas que
eram advogados e, hoje, somente querem aproveitar o que a vida oferece de bom após a jornada de trabalho…rs
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
P: Quando consegue mudar de região o salário que recebe será de qual região?
R: É o mesmo salário em todo país.
P: Há previdência complementar?
R: Sim, facultativa.
P: Há facilidade em conseguir licença para pós strictu sensu?
R: Depende de cada Tribunal. O que se consegue mais facilmente é o horário especial para estudante. Como o quadro de servidores dos TRE é
ínfimo, nem sempre se consegue. São 02 servidores efetivos por zona eleitoral.
>Diego Carvalho – Analista de Finanças e Controle – Especialidade Governança e Gestão em Tecnologia da Informação da Secretaria
do Tesouro Nacional (STN)
Pergunta: Após aprovação no concurso, há curso de formação? Qual o tempo de duração e quais os dias em que normalmente é ministrado o
curso? Qual o intervalo entre a convocação para o curso de formação e o início do curso? Qual a nota mínima para aprovação no curso de
formação? Houve reprovados no último curso de formação?
Resposta: Sim. Há um Curso de Formação extremamente rigoroso durante cerca de 2 meses na ESAF (Escola de Administração Fazendária),
com duas provas, de segunda a sexta, ministrado pelos próprios servidores do órgão, além de outros professores, psicólogos, etc. Bem, a
princípio, o intervalo é apenas o tempo para homologar o resultado do Curso de Formação. A nota mínima é 5! Apesar de ser um curso pesado,
manhã e tarde, sem poder faltar mais de 2 vezes, em termos de prova, é um curso de formação tranquilo – não houve nenhuma reprovação. Se
servir de estímulo, fiz amigos para a vida nesse curso de formação, foi extremamente divertido e enriquecedor – é quase como voltar a ter
amigos de escola. Grande abraço.
>Jeferson Borges – Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro (ICMS/RJ)
Pergunta: Os triênios são aplicados a militares das forças armadas que passam no concurso para Fiscal de Rendas do RJ?
Resposta: Só uma observação quanto a nomenclatura do cargo, no RJ o seu nome é Auditor Fiscal da Receita Estadual.
Sim são aplicados a militares de qualquer força armada. Na verdade se aplica a qualquer servidor público, de qualquer das Unidade da
Federação. Atentar que, por exemplo, no concurso para Auditor Fiscal do Munício do Rio de Janeiro, ISS RJ, só leva o tempo de serviço, para
fins de triênio, servidores com atividades afins ao de Auditor Fiscal. Outro detalhe é que a maiorias dos Estados e a União aboliram a
gratificação por tempo de serviço (no Estado do Rio de Janeiro é chamado de triênio). Diante desses fatos podemos perceber o grande atrativo
que é o ICMS/RJ.
P: Como é feita a escolha do local de trabalho (capital ou interior), podese optar ou é feita por designação e depois podese requisitar
transferência? Há um tempo mínimo de trabalho para que essa transferência possa ser feita?
R: A designação do local de trabalho é feita pela administração da SEFAZ/RJ, mas há sim a possibilidade de escolha por parte do recém
aprovado. Geralmente a designação é feita após o curso de formação, que dura em torno de 3 meses.
Podese sim requisitar transferência e não há tempo mínimo de permanência em determinado local. Também não há concurso de remoção como
existe na RFB.
Também existem alguns detalhes quanto a lotação do Auditor, por exemplo, o que nós chamamos de fiscal de barreira é um dos mais
procurados, pois além de receber um adicional, ainda trabalha num regime de 2×6. Para quem gosta de trabalhar por escala é uma boa pedida,
mas tem um detalhe, como é uma lotação muito “peruada”, a concorrência para ir para uma barreira é muito grande, tornandose para o recém
aprovado difícil esse tipo de lotação.
P: Quanto a aposentadoria, existe diferencial no ICMSRJ de na aposentadoria manter o teto do salário quando na ativa?
R: Quanto a aposentadoria, não sei dos detalhes. Mas sei que o plano previdenciário do RJ foi alterado e a última turma que utiliza ainda a
aposentadoria integral para auditor fiscal foi a minha, 5ª turma.
P: Qual o valor da gratificação do cargo? Benefícios – como plano de saúde, auxilio escola (filhos) e alimentação existem? Se positivo, quais os
valores? Existe participação na arrecadação dos tributos estaduais? Poderia dizer os Valores?
R: Quanto às gratificações por cargos, vai depender da necessidade do serviço. É bem provável que após a aprovação não demora para ser
designado para ocupar algum cargo comissionado.
Quanto a auxílios, a nossa classe possui atualmente o auxílio deslocamento no valor de 2.800,00 e a famosa PPE. Essa última possui a letra E
de eventual e é paga aos servidores da SEFAZ/RJ quando uma meta estipulada é atingida, ela é semestral, ou seja, se a meta for atingida,
poderemos ganhar um prêmio de participação todo semestre.
P: Gostaria de saber se esse posto de fiscalização ainda existe:Posto de Controle Interestadual de Jamapará.
R: Sim existe. Fica localizado na Rodovia BR 116 e Rodovia BR 393. Não sei de maiores detalhes, pois não o conheço.
Algumas informações sobre as repartições fazendárias existentes hoje na estrutura da SEFAZ/RJ podem ser obtidas no site da
fazenda.rj.gov.br > Instituição > Quem Somos > Repartições Fazendárias > Endereços e Telefones.
P: Tecnólogo pode prestar este concurso?
R: Hi, essa questão é tormentosa, não saberia informar.
P: Os fiscais quando vão fiscalizar uma empresa o fazem individualmente, em dupla, ou equipe? Isso varia de acordo com o tamanho da
entidade a ser fiscalizada ou existe um padrão préestabelecido?
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
R: Aqui são várias perguntas. Existe a possibilidade sim de fiscalizar em dupla ou em equipe, e isso é até aconselhável, pois além de um ajudar
o outro, ainda o companheiro serve de testemunha para os procedimentos aplicados. Inclusive existe no campo do Fiscal Autuante, do Auto de
Infração, espaço para colocar mais de um Auditor Fiscal.
Sim o tamanho da entidade pode aconselhar o trabalho de mais de um Auditor. Por exemplo, um grande atacadista com 20 filiais espalhadas por
todo o Estado vai ser um trabalho hercúleo para apenas uma pessoa. Só uma observação, para quem pensa que o trabalho é moleza, tá
enganado, já vi amigos pegarem fiscalização de durar muito tempo, um ou dois anos.
P: Na entrevista com um fiscal do TCU, ele disse que após a fiscalização emitem um relatório onde para discordância do fiscal o chefe tem que
ter um grande motivo muito bem embasado, ou seja, o fiscal tem grande autonomia para exercer sua função, isso acontece também no Fisco do
RJ?
R: Excelente pergunta.
Esse é um dos grandes destaques desse cargo. Há uma grande independência do Auditor Fiscal, quanto ao resultado da sua fiscalização. No
geral, da sua fiscalização é emitido um relatório e um ou vários autos de infração que, na maioria das vezes, não sofre nenhum tipo de
intervenção da administração. O trabalho do fiscal é solitário e autônomo, sem interferências externas e vai muito do seu discernimento,
vontade de trabalhar, capacidade técnica e experiência.
P: Existe previsão de concurso para o ICMS RJ para o 1º semestre deste ano?
R: Existe sim essa expectativa. O ideal é intensivar estudos.
P: Já houve assédio por parte de algumas empresas inidôneas na tentativa de oferecer propina aos auditores bem como ameaças durante o
exercício da função? Como se deve agir diante destas situações, caso tenha acontecido este fato?
R: Olha, como falei antes, o trabalho do Auditor é autônomo e isso pode favorecer esse tipo de prática. O contribuinte sabe que o poder da
caneta de um fiscal é grande, então pode tentar esse tipo de assédio. Mas creio plenamente que os novos servidores públicos, devido a
aspectos como maior educação, princípios morais, dificuldades nos concursos públicos, tendem a se posicionarem contra essas práticas.
Assim no futuro tenho a esperança de termos uma classe respeitada e valorizada perante a sociedade.
Jetro Coutinho – Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU)
Pergunta: Caso ingresse no TCU como Auditor de auditoria governamental escolhendo BSB há possibilidade de remoção outra cidade/estado?
Se sim, acredita que leva quanto tempo e como é feito?
Resposta: Sim, há a possibilidade de remoção, no entanto, esta não é imediata. Quando você toma posse no TCU, você assina um termo se
comprometendo a ficar pelo menos 3 anos na sede. Após esse tempo, há a liberação para a participação nos concursos de remoção interna.
O tempo para remoção varia conforme o Estado e cada seleção tem seu edital específico. Nesse edital são estabelecidas regras de pontuação.
Se houver duas vagas para o Mato Grosso, por exemplo, os dois servidores com maior pontuação conseguem as vagas. Os critérios para
pontuação são, entre outros, tempo efetivo de exercício na localidade de lotação atual, tempo de exercício efetivo no cargo e tempo de
exercício, no TCU, de função de confiança maior ou igual a FC3.
P: Para quem é advogado, é possível exercer a profissão após ser aprovado no concurso do TCU?
R: Sim, é possível. No entanto, a fonte pagadora (União) não pode compor o polo passivo ou ativo da lide, nem mesmo como interessada.
P: Sendo Auditor do TCU em área de auditoria Governamental há muitas viagens? se sim, há pagamento de diária?
R: Tudo dependerá da Secretaria onde você for lotado. As Secretarias de Obras apresentam um maior número de viagens do que as demais
secretarias, mas em todas elas há a possibilidade de viagem.
Eu já tive oportunidade de viajar a trabalho. No entanto, as viagens dependem de justificativa da chefia. Quem gosta de viajar a trabalho, terá
muitas oportunidades. Quem não gosta de viajar, vai viajar bem pouco.
Se a viagem for do interesse do tribunal, há o pagamento de diárias. Atualmente, a diária é de R$ 378,00, mas o valor pode ser maior, se você
exercer algum cargo de chefia.
P: Como é a questão das férias e do período de recesso? há plano de saúde? e auxílio moradia, existe?
R: As férias seguem o regramento da 8.112. Você pode parcelar seu período em até 3 vezes (por exemplo, tirar 5 dias, depois 15 e depois os
outros 10). E é possível a acumulação de férias por, no máximo, 2 períodos (60 dias).
O pedido de férias é feito eletronicamente e homologado pela chefia. O pessoal lá no TCU respeita bastante os direitos do servidor, inclusive
quanto ás férias.
Há plano de saúde. Os servidores possuem uma associação chamada ProTCU que negocia com os planos de saúde. Atualmente, as empresas
passíveis de escolha são Amil e Unimed. Ao escolher uma delas, o servidor ainda pode escolher o plano (com maior ou menor cobertura,
segundo o seu grau de necessidade).
Além da disponibilidade, o TCU reembolsa quase a totalidade do valor gasto com o plano de saúde.
Atualmente, que eu saiba, não existe auxílio moradia no TCU. Houve uma discussão sobre seu pagamento aos ministros da corte, mas ainda
não houve decisão porque os ministros seguem regramento específico. Se eventualmente esse benefício for estendido aos servidores da
Secretaria do TCU, ele seguirá as regras previstas na Lei 8.112.
P: Qual o grau de instrução exigido para o cargo de Técnico Federal de Controle Externo?
R: Para Técnico, é exigido Diploma de Graduação em Nível Médio.
P: Quando está previsto o próximo concurso de Auditor Federal de Controle Externo e também de Analista e pra onde serão as vagas?
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
R: Temos um concurso autorizado para os cargos de Auditor em TI (10 vagas para Brasília), Auditor – Biblioteconomista (2 vagas para Brasília)
e Técnico (19 vagas, 11 para o DF, 1 para o Acre, 1 para o Amazonas, 2 no Maranhão, 1 no Mato Grosso, 1 em Pernambuco, 1 em São Paulo e
1 em Roraima). Você pode consultar esta autorização em:
http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/concursos/concursos_andamento/aufc2014
(http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/concursos/concursos_andamento/aufc2014)
Para os demais cargos (AUFC – Auditoria Governamental e AUFC – Auditoria de Obras) ainda não há previsão, mas há boas chances de haver
concurso no 2º semestre de 2015, em virtude do número de cargos vagos.
P: Como é contado no banco de horas os trabalhos que são levados para serem feitos em casa?
R: No TCU, não costumamos levar trabalho para casa. As vezes acontece com quem possui cargo de chefia. Estes, por serem chefes, ficam
condicionados exclusivamente ao TCU.
Após os 3 anos do estágio probatório, é possível aderir ao teletrabalho. Com o teletrabalho, o servidor fica dispensado de bater ponto no TCU e
pode trabalhar em casa. No entanto, ele receberá 30% a mais de trabalho e menos tempo para bater cada meta. Existem algumas outras
condições para entrar no teletrabalho, mas é possível a sua fruição.
>Marcos Piñon – Analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)
Pergunta: Como funciona a questão de cursos de Pós Graduação e Mestrados? A partir de quanto tempo após a entrada no órgão é possível a
realização destes? Em especial, gostaria de saber a respeito do Mestrado em Economia do Setor Público da UNB, mestrado específico para
funcionários públicos. Quais os requisitos para que o órgão patrocine o funcionário nestes?
R: Bom, existem algumas instituições que são parceiras da SOF, que é a secretaria que trabalho e que posso falar uma pouco melhor. Cursos
na Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, Escola de Administração Fazendária – ESAF ou Associação Brasileira de Orçamento
Público – ABOP são mais fáceis de se conseguir. Além disso, após 5 anos no cargo, o servidor adquire o direito à licença capacitação de 3
meses, que é negociada com a chefia de cada um, e pode ser usada para diversos cursos, inclusive de idiomas. Quanto ao Mestrado em
Economia do Setor Público, ele é uma parceria da UNB com a ESAF e já tivemos servidores da SOF participando. Acredito que seja possível
que o órgão patrocine o servidor, exigindo que ele permaneça no cargo após o término do curso o mesmo tempo de sua duração.
P: Nas atividades de APO, terei menos contato com Direito do que nas áreas fiscal?
R: Dentro do serviço público acredito que todo cargo exige algum contato com o Direito e na carreira de APO não é diferente. Não posso falar
pela área fiscal, mas na carreira de APO existem funções que necessitam de uma afinidade maior com o Direito e outras em que o contato é
bem menor.
P: Quais matérias devo estudar para a preparação ao concurso de APO? Qual o tempo de hora/aula em média e quanto tempo no mínimo deve
ser estudado?
R: Algumas matérias são fundamentais e possuem um peso importante na prova: Economia, AFO, Direito Financeiro e Tributário, Contabilidade
Geral e Pública e Administração Geral e Pública. Além disso, devese estudar Português, Inglês, Raciocínio Lógico, Direito Administrativo e
Constitucional que sempre são cobrados na parte básica. No último concurso foi cobrado Ciência Política, mas foi uma novidade e não é certo
que seja cobrado novamente. Já se cobrou também Políticas Públicas, mas no último concurso ficou de fora. Quanto ao tempo, é difícil
estabelecer uma quantidade de horas, mas o que eu aconselho é tentar incluir estas matérias citadas num ciclo de estudo de pelo menos 4
horas líquidas por dia, até a publicação do edital, e após o edital tentar aumentar essa carga horária para o máximo possível, não passando de 8
horas líquidas por dia para que o cansaço não atrapalhe o aprendizado.
>Rafael Rocha Analista de Comércio Exterior do MDIC
Pergunta: Onde podem ser lotados os aprovados nesse cargo?
Resposta: Os aprovados podem ser lotados no MDIC, MAPA, Fazenda, Planejamento, Desenvolvimento Agrário ou Secretaria da Micro e
Pequena Empresa da Presidência da República.
P: O local de trabalho é somente Brasília ou há a possibilidade de se trabalhar em outras capitais?
R: Em tese, há possibilidade. Na prática, entretanto, quase que a totalidade dos ACEs trabalha em Brasília.
P: Em caso de viagem, vocês recebem diária ou outra forma de compensação pela viagem? Se recebem, qual seria o valor?
R: As diárias pagas aos servidores federais em viagens nacionais e internacionais são definidas em legislação específica (para diárias
nacionais, ver DECRETO Nº 5.992, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006
(http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%205.9922006?OpenDocument) e, para diárias
internacionais, DECRETO No 71.733, DE 18 DE JANEIRO DE 1973 (http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC%2071.733
1973?OpenDocument)).
P: Para assumir o cargo, é preciso ter inglês fluente?
R: Não é necessário inglês fluente para assumir o cargo, basta que se pontue o mínimo nas provas (ao menos foi assim em todos os concursos
já realizados para ACE). Entretanto, a fluência é desejável em áreas onde o uso oral do idioma seja cotidiano.
P: Como são as progressões (semestrais, como o TCU ou anuais como a Receita Federal)?
R: As progressões são como as da Receita Federal e de outras carreiras federais, de ano em ano ou de 18 em 18 meses, a depender do
enquadramento nos critérios previstos em lei.
P: Como são feitas as movimentações para outros departamentos?
R: Não há regra formal estabelecida. Em geral, há conversas informais e, havendo possibilidade em termos de quantitativo de pessoal, a
movimentação acontece.
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
P: Existe algum concurso previsto?
R: Existem cargos vagos, porém não há previsão oficial.
P: É possível trabalhar em casa?
R: Hoje, não. Espero que AINDA não, rs.
P: É nível federal esse cargo? Há possibilidade de transferência? Se sim, como funciona na prática?
R: Sim. Possibilidade, há, mas não é corriqueiro. Cada caso é um caso.
P: O MDIC paga cursos de idiomas ou faculdade para os funcionários? Quais são as vantagens concedidas pego órgão em relação a
aprimoramento e aperfeiçoamento, além da remuneração?
R: Há coparticipação do MDIC em cursos de idiomas e, no caso de faculdade, para funcionários que estejam cursando a primeira graduação
(não será o caso do ACE). Quanto às vantagens para aperfeiçoamento, tem sido concedida licença com remuneração para mestrado e
doutorado.
>Ricardo La Cava – Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)
Pergunta: O pessoal que trabalha em aduana tem porte de arma e a possibilidade de trabalhar com a equipe de cães de faro. Isso se aplica
somente aos auditores ou também é uma possibilidade para os analistas tributários?
R: Todos os trabalhos na vigilância e repressão aduaneira são abertos para as duas carreiras de auditoria ( auditor e analista).
P: O Auditor da Receita, para fazer parte do efetivo de pilotos de helicópteros da Receita Federal, tem que, necessariamente, fazer
um curso de pilotagem particular, sem a União custear esse curso? Não há um curso de pilotagem para os Auditores no local onde você
trabalha?
R: Essa é uma questão conjuntural e vai depender da situação numa futura seleção.
Quando foi criada a a aviação, em 2006, foi dimensionada a necessidade de 12 pilotos. Existiam apenas 2 servidores pilotos de helicópteroe
4 pilotos de avião. Para preencher as 6 vagas faltantes, foi feito um processo de seleção na 7ªRF. Os 6 colegas selecionados tiveram sua
formação de piloto helicóptero inteiramente custeada na escola de aviação naval e os pilotos de avião aprenderam a voar helicoptero numa
escola privada. Ou seja, em 2006 tudo foi pago pela receita federal.
Em 2012, foi autorizada uma nova seleção para a DIOAR. Com as restrições orçamentárias existentes a receita federal optou por selecionar
somente servidores que já fossem pilotos. Foram selecionados 7 colegas já pilotos e a receita pagou o curso de PILOTO COMERCIAL DE
HELICÓPTERO (PCH) e a adaptação para o modelo EC135.
Numa próxima seleção, sempre terá prioridade aquele mais experiente. Caso faltem colegas com prévia formação de piloto é possível que
novamente a receita selecione não pilotos e custeie toda a formação.
P: Você recebe nos seus vencimentos a compensação orgânica, por ser piloto e as diárias nas missões?
R: O subsídio não comporta o pagamento de compensação orgânica ou indenização de periculosidade.
Diárias são pagas a qualquer servidor que viaje a serviço.
P: Gostaria de saber sobre o incentivo à pósgraduação e qualificação na receita federal: liberação para especialização, mestrado e doutorado,
bolsas e parcerias com instituições…
R: O servidor pode tirar uma licença remunerada para capacitação de 3 meses a cada 5 anos de serviço.
Não posso falar sobre programas de incentivo para pósgraduação, mestrado, etc. Apenas sei que a receita paga alguma coisa, mas não sei
como funciona.
P: Há um concurso interno para exercer estas atividades “diferentes”, como a de piloto? Como se fica sabendo que há vagas deste tipo no
órgão? Há prioridade para quem tem mais tempo de casa ou há uma seleção igualitária?
R: A seleção é feita pelo PIAP. O servidor insere seu currículo e as áreas de interesse para trabalhar. Quando a administração precisa de
pessoas para atividades específicas, vai no sistema e procura os voluntários cadastrados para analisar os currículos. Na DIOAR, os colegas
são chamados para uma entrevista de seleção também.
Importante frisar que pela sistemática do PIAP, as despesas de movimentação são arcadas pelo servidor voluntário.
P: A Receita Federal dá a possibilidade para o aprovado no concurso escolher se ele quer fazer esse tipo de trabalho nas fronteiras ou se ele é
“obrigado” a ir?
R: Aprovados no concurso deverão escolher dentre as cidades disponibilizadas. A maioria tem sido na fronteira. Vocês irão render os colegas do
concurso anterior.
Nunca soube de ninguém obrigado a ir para a fronteira. Depois que você sai de lá, só volta se quiser.
>Rodrigo Fontenelle – CoordenadorGeral de Auditoria da Área Fazendária da Controladoria Geral da União (CGU)
Pergunta: Como funcionam as movimentações para as CGU’s estaduais, ou seja, por mérito, tempo, qual seria um tempo mínimo, onde são as
lotações iniciais, etc.
R: Normalmente há vagas para o DF e região norte nos concursos. Remoções ocorrem antes de cada concurso e é por tempo na CGU.
P: Quais são as remunerações das funções gratificadas mencionadas na entrevista?
R: DAS 1: ~ R$ 800,00 líquidos
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
DAS 2: ~R$ 1300,00 líquidos
DAS 3: ~R$ 2200,00 líquidos
DAS 4: ~R$ 3700,00 líquidos
P: Qual é o limite máximo de armazenamento do correio eletrônico de trabalho?
R: 100 MB
P: As pessoas que trabalham na CGU viajam mais do que os auditores do TCU em média? Com que frequência um analista da CGU viaja para
outra cidade para trabalhar?
R: Depende muito da área. Tem áreas que não viajam e tem outras que viajam 1 vez por mês, na média.
P: Sobre a carreira de técnico na CGU, gostaria de saber um pouco sobre a mesma. Salário inicial e final, perspectiva de novos concursos para
técnicos, principais atribuições, entre outros pontos considerados importantes.
R: Quanto ao salário, começa com R$ 5400,00 e termina com R$ 9300,00. Não há concurso desde 208 e, embora se especule que vai haver,
não há previsão.
P: O Órgão costuma pagar o curso dos servidores quando esses se interessam em fazer uma pós, um mestrado? Há esse incentivo? É
possível fazer outra faculdade paga pelo órgão? Quais são os cursos oferecidos ou pagos pela CGU?
R: Sim. Geralmente, se alinhado aos temas da CGU, pagase até 70% dos cursos. Atualmente a CGU disponibilizou dois mestrados fechados
para servidores da CGU, na área de administração pública.
P: Existe função em que ocorra o teletrabalho?
R: Não.
P: O órgão funciona apenas em Brasília ou existe a possibilidade de se trabalhar pela CGU em ouros estados? Como seria a forma de remoção
ou lotação?
R: Todas as capitais têm uma CGU regional. A remoção ocorre por tempo de serviço.
P: Você disse planejar as ações, mas como elas são desempenhadas no dia a dia? Gostaria de saber se a sua profissão é estressante? É um
trabalho mais interno ou externo,e quais os riscos dessa profissão?
R: Não acho estressante. Quando estamos no período de campo, geralmente o trabalho é externo. Quando estamos planejando a auditoria ou
redigindo o relatório, interno. Em termos de riscos à integridade física do auditor, isso é raro, e acontece geralmente quando é realizada alguma
operação especial, juntamente com a Polícia Federal, ou em alguma fiscalização de verbas federais aplicadas por um município. Nas capitais
esse risco é mínimo.
P: Gostaria de saber se existe uma área com foco em auditoria de obras para pessoas formadas em engenharia civil por exemplo. Além disso,
gostaria de saber se você trabalhou na iniciativa privada antes de estudar para os concursos.
R: Há sim essa área. Trabalhei dos 18 aos 26 anos na iniciativa privada.
P: Os concursos para a CGU são para profissionais de qualquer formação?
R: Sim.
P: Diante desse contingenciamento que será implantado neste novo mandato, você acha que haverá concursos para CGU neste ano de 2015?
R: Acredito que só em 2016.
>Sérgio Mendes – Câmara dos Deputados
Pergunta: Existe algum processo anual ou sistema interno que possibilite a inscrição para um processo de mobilidade interna?
R: Dá para fazer a inscrição no RH para permuta. Para as áreas específicas é bem difícil de sair da lotação prevista nos primeiros anos. Para as
áreas gerais, como de Técnico, é relativamente mais fácil, ainda mais se receber convite para função comissionada.
P: Qual a carga horaria padrão por dia/semana? Geralmente, aqueles que tem horário mais fixo trabalham em qual horário? Como funciona o
pagamento de horas extras?
R: 40 horas semanais conforme a Lei 8.112. Geralmente há horas extras se houver sessão do Congresso ou da Câmara após as 19h, limitado a
duas horas diárias, e marcado por meio de ponto eletrônico.
P: Ainda sobre o horário, vemos que os Congressistas tem um bom recesso no fim do ano. (e um pouco no meio); Isso é estendido aos
servidores? Como é o horário de trabalho durante o recesso parlamentar, caso os servidores trabalhem?
R: Cada servidor tem dispensa de ponto de uma semana em julho e uma em dezembro. Sobre o trabalho em janeiro (recesso apenas
parlamentar), na área administrativa não muda nada. Na área Legislativa o ritmo diminui, o que compensa o ritmo pesado das últimas semanas
antes do recesso parlamentar.
P: Sobre o regime de aposentadoria, a Câmara entende como serviço público, para fins de manutenção de regime, o tempo de serviço prestado
em outra esfera ou outro ente?
R: Sim, por enquanto. A interpretação tem mudado muito no serviço público, mas na Câmara ainda não.
P: Como é o plano de saúde? A cobertura é boa? Tem coparticipação? É possível cadastrar dependentes (pais, cônjuges, filhos, etc)?
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19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
R: Excelente plano de saúde, com cobertura em qualquer lugar, pois é operado pela Caixa, que tem muita capilaridade. Tem coparticipação,
mas compensa pela abrangência e pela mensalidade de apenas 250 reais por família, independente da quantidade (servidor, cônjuge e filhos).
Colocar pai e mãe é bem mais caro e tem que atender diversas condições, como renda baixíssima.
P: Quanto é o auxílio alimentação?
R: Quase R$800,00. Quando falei da remuneração inicial, já incluí no bruto, apesar de não ter citado o valor.
P: Haverá concurso também para Analista da sua área esse ano? Vejo muita informação sobre o concurso para Técnico, mas para Analista não
vejo tanta movimentação. Em caso positivo, saberia dizer se há previsão para muitas vagas (não somente para o seu cargo, mas para o
concurso como um todo)?
R: Sim. Os concursos de Analistas de áreas muito muito específicas (como o meu que é de Analista Legislativo – Atribuição Técnico em
Material e Patrimônio) não são muito badalados. No concurso de 2007 foram 11 vagas e nomearam os cerca de 25 aprovados. No concurso de
2012 foram 8 vagas e nomearam todos os 15 aprovados. Hoje temos apenas 4 cargos vagos. Quase todas essas nomeações foram de
aposentadorias e faltou aprovado para completar. Expectativa de muitas aposentadorias pelos próximos quatro anos. Para técnico, já há quase
100 cargos vagos.
P: Como funciona a parte de previdência na CD? Tem algum plano próprio?
R: Quem já for servidor permanece com a regra que tiver hoje. Quem não for servidor ainda entra no Funpresp
(http://www.funpresp.com.br/portal/?page_id=641 (http://www.funpresp.com.br/portal/?page_id=641)).
>Victor Dalton – Câmara dos Deputados
Pergunta: A remuneração do consultor já é quase o teto, como ele faz pra receber os demais adicionais de títulos, tempo de serviço, entre
outros?
R: Se passar do teto devolve. Simples assim.
P: O analista ou consultor pode advogar?
R: Pode, mas fica impedido de advogar contra a Fazenda Pública da União. Essa restrição fica inclusive na carteira da OAB.
P: Precisa trabalhar de terno?
R: Depende do cargo. Quem trabalha envolvido com os parlamentares trabalha de terno, o restante não.
P: Existe ponto eletrônico?
R: Está em fase de testes, mas ainda não foi implementado. Não posso dar uma data quanto à efetivação do ponto.
P: Possui banco de horas ou gratificações de desempenho?
R: Não.
P: Como funciona os recessos na Câmara dos Deputados e qual o horário NA PRÁTICA, dos servidores?
R: Recesso de uma semana no meio do ano e uma semana no fim do ano. Não tenho como falar sobre horários, são muitos setores com muitas
rotinas diferentes.
P: Como é a parte de segurança de TI na câmara? Possui muitas oportunidades após o concurso?
R: Oportunidades existem em qualquer órgão público, com competência e networking.
P: Sei que já foi autorizada a realização do concurso para o cargo de técnico – assistente técnico administrativo da câmara dos deputados.
Existe algum ato normativo que regulamenta quais matérias serão cobradas no vindouro concurso? Ainda haverá prova de digitação para esse
cargo? Qual é a previsão de vacância para os próximos 4 anos para esse cargo?
R: Não. Não saberia dizer. Existe muita gente de 82/83/84 (ano de ingresso na Câmara) que pode se aposentar nos próximos anos. Eu chutaria
possibilidades de surgirem mais que o dobro do número atual de vagas (91) durante a vigência do concurso.
P: Como estão sendo enquadrados os novos servidores da Câmara que já eram servidores públicos estatutários oriundos de outros entes da
federação (Estados, Municípios e DF) e que ingressaram no serviço público antes da entrada em vigor da Funpresp? Existe possibilidade de
mudança no entendimento da Câmara ou este é definitivo?
R: não sei falar sobre esse assunto, mas a regra é passar a ser abraçado pela 8112 apenas quando entrar na esfera federal.
P: Tem abertura de vagas previstas para a especialidade Administração ou já tiveram concursos específicos para essa área? Se sim, alguma
previsão de liberar cursos no Estratégia para essa área específica?
R: Não há vagas para Administrador na Câmara, não vejo porque estudar para esse cargo agora. Confira em:
http://www2.camara.leg.br/transparencia/recursoshumanos/quadroremuneratorio/TabelaEstatisticaEfetivos.pdN
(http://www2.camara.leg.br/transparencia/recursoshumanos/quadroremuneratorio/TabelaEstatisticaEfetivos.pdN)
P: Por ser do Poder Legislativo, o Analista Legislativo também tem o mesmo recesso no final do ano ou não, apenas as férias normais?
R: Existe recesso de uma semana no meio do ano e uma semana no fim do ano, além das férias normais.
P: Qual a diferença entre Analista Legislativo e Consultor Legislativo?
R: Consultor Legislativo é um Analista Legislativo com Função Comissionada nível 3 (FC3) permanente, cuja especialidade é consultoria
legislativa, para a área de conhecimento a qual ele prestou concurso. Daí a diferença na remuneração.
P: Qual é o percentual pago para quem tem pósgraduação? Incide em cima do vencimento básico, ou em cima da remuneração total?
http://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/concapconfiraasperguntasrespostasenviadasaosentrevistados/ 12/19
19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
R: Consulte
https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0AvmtWnDHbhLvdEp6YUFzUzlsYmxpREF0cnExYXU5QlE#gid=9
(https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0AvmtWnDHbhLvdEp6YUFzUzlsYmxpREF0cnExYXU5QlE#gid=9)
P: Tendo em vista que os funcionários da Câmara não possuem subsídios como é a aposentadoria? É integral? Enfim como se dá a
aposentadoria, em termos de valores, para consultor e analista?
R: Não há perda salarial. A única coisa que pode ser “perdida” é a função comissionada. Para consultor, há um adicional que compensa a perda
da função dedicada que ele possui por natureza (FC3).
>Wander da Silva – Analista de Comércio Exterior do MDIC
Pergunta: Qual a nota mínima para se passar no curso de formação de ACEMDIC? Qual a duração do curso e em quais dias da semana ele é
ministrado e quais os horários? é possível alguém se reprovado?
Resposta: A nota mínima para aprovação em nosso curso de formação foi de 60 pontos, contudo, pelo que você pode observar nos editais de
resultado do site da ESAF (http://www.esaf.fazenda.gov.br/concursos_publicos/encerrados/2012/analistadecomercioexterioracemdic
(http://www.esaf.fazenda.gov.br/concursos_publicos/encerrados/2012/analistadecomercioexterioracemdic)), o aproveitamento dos
candidatos foi muito superior a isso.
No último concurso tivemos dois cursos de formação: 1º (2012) – 29.out a 20.dez e 2º (2014) – 19.mai a 22.jun.
No primeiro (2012) as aulas eram de segunda a sextafeira das 9h às 18h com intervalo de 1h para almoço.
No segundo (2014), dada a redução no número de dias, os colegas ACE tiveram aulas até mais tarde (19h), aos sábados e provas aos
domingos.
Em suma, o formato do curso de formação dependerá muito da quantidade de dias que estarão disponíveis para cumprimento da carga horária.
É possível a reprovação por faltas e também por nota; contudo não se preocupe. A primeira fase do concurso já é extremamente seletiva e
aqueles que conseguem passar por ela tem toda capacidade para concluir com tranquilidade o curso de formação. Além do que, o intuito de um
concurso não é reprovar, mas sim, selecionar!
P: Onde podem ser lotados os aprovados nesse cargo?
R: Nossa carreira permite a lotação em diversos órgãos (MDIC [óbvio], MAPA, MFaz, MPOG, MDA, SMPEPR) conforme consta no Dec.
2908/98 com redação do Dec. 8233/14 – http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2908.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2908.htm).
No MDIC os ACE podem ser lotados em qualquer das secretarias do ministério, contudo, o grande contingente está na Secretaria de Comércio
Exterior.
P: O local de trabalho é somente Brasília ou há a possibilidade de se trabalhar em outras capitais?
R: É possível que um ACE tenha exercício em outra cidade que não Brasília, desde que ele integre o quadro de ACE de outro órgão que não o
MDIC e tal órgão tenha suas atividades realizadas em outra cidade.
Pessoalmente, conheço apenas um caso assim, cujo exercício se dá no MFaz do Rio de Janeiro.
Tratase de situação muito peculiar e a existência de vagas em outros órgãos é rara (dada a distribuição feita pelo Decreto 2908/98 concentrar a
carreira no próprio MDIC).
P: Em caso de viajem, vocês recebem diária ou outra forma de compensação pela viajem? Se recebem, qual seria o valor?
R: Sim, recebemos diária. É uma indenização pelos gastos extraordinários com hospedagem, locomoção e alimentação. A passagem aérea é
comprada pelo próprio MDIC.
Vale a pena sinalizar que há situações nas quais o valor recebido é inferior aos gastos com hospedagem (diárias absurdamente altas,
principalmente no Rio de Janeiro). Por isso, alguns servidores comentam que “pagam” para trabalhar quando são destinados a atividades nesses
locais e é uma grande verdade!
Quanto às viagens internacionais, elas existem e há também a indenização. Contudo não tenho detalhes a dar nesse aspecto (minha locomoção
pelo MDIC, até hoje, concentrouse em cidades do Brasil).
P: Para assumir o cargo, é preciso ter inglês fluente?
R: O concurso cobra uma prova relativamente fácil para quem domina o idioma e não tão difícil para quem se empenha em aprender a disciplina.
No dia a dia, contudo, há departamentos nos quais o inglês é imprescindível (DECOM, DEINT…) e outros nos quais o inglês é um ótimo aliado
(DECOE, DECEX…).
Mesmo para aqueles que não têm o idioma fluente, há várias escolas que fazem parceria com o ministério, dando descontos a alunos que
pretendem aperfeiçoar o idioma.
http://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/concapconfiraasperguntasrespostasenviadasaosentrevistados/ 13/19
19/01/2015 CONCAP Confira as perguntas/respostas enviadas aos entrevistados
Também existe programa de incentivo ao conhecimento de línguas no qual o ministério arca com parte dos custos de seu estudo de uma outra
língua (Espanhol, Inglês, Mandarim, Francês, etc.). Neste último caso, é necessário um processo de habilitação no qual sua chefia e o gestor
da unidade em que você está lotado anuam a necessidade (o que não é raro) e também há análise de viabilidade orçamentária (onde vários
pedidos são rejeitados).
P: Como são as progressões (semestrais, como o TCU ou anuais como a Receita Federal)?
R: A progressão leva em consideração todos os servidores (antigos e novos).
O melhor que tenho a lhe dizer é para analisar o Dec 84669/80 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/19801989/D84669.htm
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/19801989/D84669.htm)
Ainda assim, de forma breve, indico que em Setembro/14 houve a primeira análise de progressão da qual a turma ACE2012 participou.
Vários colegas progrediram já nessa avaliação e os que não progrediram o farão em Março/15.
Para determinar quem progride primeiro é usada uma escala de pontos atribuídos segundo avaliação de desempenho (feita pela chefia imediata)
e, havendo empate (o que não é raro), pontos do critério de desempate (tempo de serviço público, tempo na classe…).
P: Como são feitas as movimentações para outros departamentos?
R: Geralmente na entrada de novas turmas há forte movimentação entre secretarias e mesmo entre departamentos.
Acredito que é um momento no qual as pessoas aproveitam para se recolocar conforme habilidades e interesses de desenvolvimento.
Depois dessa movimentação é possível identificar quantos servidores irão para cada unidade, recompondo a força de trabalho.
No interstício entre nomeações, há movimentações decorrentes de permuta e sempre no interesse do serviço público. Também há casos de
movimentação por um servidor estar indo assumir cargo de direção, assessoramento ou supervisão em outra unidade.
P: Existe algum concurso previsto?
R: Ainda não, mas mantenhase atualizado pelas notícias no www.estrategiaconcursos.com.br (http://www.estrategiaconcursos.com.br/). A
necessidade de pessoal é muito clara, contudo a elaboração de um concurso não leva em consideração apenas tal necessidade…
P: É possível trabalhar em casa?
R: Infelizmente não. Este é um pleito que pessoalmente tenho forte interesse em defender, contudo, há outros interesses que dominam a pauta
de discussões da carreira no momento. Quem sabe com a entrada de mais colegas que entendam ser o “trabalho remoto” uma ótima forma de
maximizar efetividade e qualidade de vida não emplacamos isso para o MDIC?!
P: É nível federal esse cargo? Há possibilidade de transferência? Se sim, como funciona na prática?
R: Sim, é uma carreira de estado em nível federal. Há possibilidade de exercício em outro órgão dentro da mesma carreira ou mediante
transferência. Na prática, o exercício em outro órgão se dá conforme explicado nas perguntas 2 e 3; e o desempenho de atividade de
direção, assessoramento ou supervisão em outro órgão é feito com base em pedido daquele órgão e análise pelo órgão requisitado.
P: O MDIC paga cursos de idiomas ou faculdade para os funcionários?
Quais são as vantagens concedidas pego órgão em relação a aprimoramento e aperfeiçoamento, além da remuneração?
R: Há programas de incentivo ao aperfeiçoamento acadêmico e de idiomas. Tais programas demandam abertura de processo no qual o servidor
solicita, a chefia avalia e estando de acordo encaminha ao RH que verifica a disponibilidade orçamentária.
Não é algo fácil, porém existe e funciona.
Assessoria de Comunicação
comunicacao@estrategiaconcursos.com.br
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