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Unidade XI São as chamadas normas de cultura.

Exemplo: tratamento médico dos


filhos, pelos pais (“exercício ilegal da medicina”).
Antijuridicidade
5. Estado de Necessidade
1. Conceito
Artigo 24.
Trata-se de um direito concedido ao sujeito, pelo Estado.
Crime = fato típico + antijurídico
Pressupõe um conflito entre titulares de interesses lícitos, legítimos, em
Para a existência do ilícito penal é necessário que a conduta, além de
que um pode perecer licitamente para que outro sobreviva.
típica, seja antijurídica.
Exemplo: antropofagia no caso de pessoas perdidas.
A antijuridicidade é a contradição entre uma conduta e o ordenamento
jurídico. É um juízo de desvalor que recai sobre a conduta típica, no
Requisitos:
sentido de que assim o considera o ordenamento jurídico.
É um agir contrario a norma.
- ameaça a direito próprio ou alheio;
- existência de um perigo atual e inevitável;
Os inimputáveis praticam crime (fato típico e antijurídico), mas não
- inexigibilidade do sacrifício do bem ameaçado;
recebem pena, pois está ausente na sua conduta a culpabilidade.
- uma situação não provocada voluntariamente pelo agente;
- inexistência de dever legal de enfrentar o perigo; e
2. Exclusão da antijuridicidade - conhecimento da situação de fato justificante.

O direito prevê causas que excluem a antijuridicidade do fato típico. São Obs.: Não está incluído o perigo iminente, todavia o estado de
normas permissivas, também chamadas tipos permissivos, que excluem a necessidade abrange o perigo prestes a ocorrer. O que não abrange é a
antijuridicidade por permitirem a pratica de um fato típico. lesão possível em futuro remoto, ou se o perigo já está evitado.

Todavia, a exclusão da antijuridicidade não implica o desaparecimento da Não se pode confundir, também, o estado de necessidade, com o estado
tipicidade e, por conseguinte, deve-se falar em “conduta típica justificada”. de precisão. É insuficiente a alegação de dificuldades de ordem econômica
para justificar o furto, por exemplo.
Existem normas permissivas na Parte Geral (artigo 23), bem como na Para ser acolhida a excludente, mister se torna que o agente não tenha
Parte Especial (ex.: artigo 128). outro meio ao seu alcance, senão lesando o interesse de outrem.

3. Elementos objetivos e subjetivos Como o artigo se refere a situação não provocada voluntariamente, a
doutrina entende que não está excluída a justificativa quando o agente
causou culposamente o perigo.
Para que o agente atue juridicamente é necessário, além dos elementos
objetivos das descriminantes, preencha, também, o elemento subjetivo.
Há estado de necessidade não só no sacrifício de um bem de menor valor,
Ou seja, para praticar fato típico não antijurídico, deve agir no
pra salvar um de maior valor, mas também no sacrifício de um bem de
conhecimento da situação de fato justificante e com fundamento em uma
valor idêntico ao preservado.
autorização que lhe é conferida através disso.
Todavia, presente os demais requisitos legais, é facultado ao juiz a
redução da pena em casos de sacrifício de um bem de maior valor do que
4. Causas supralegais de exclusão da antijuridicidade o protegido.
O ônus da prova, no transcorrer da ação penal, pertence ao réu que alega
Sustentam, a doutrina e a jurisprudência, que além das causas de o estado de necessidade.
justificativas expressamente autorizadas a lei, existem outras, supralegais,
não explicitas. Tratando-se de um mesmo fato típico, a justificativa estende-se a todos
co-autores ou participes.
6. Exclusão do estado de necessidade Pode-se reagir contra uma agressão culposa.

§ 1º, art. 24. Atual é a agressão que está desencadeando-se, iniciando-se ou que ainda
está desenrolando-se porque não se concluiu.
Dever legal é aquele previsto em uma norma jurídica. Exemplo: obrigação
funcional do policial, do bombeiro etc. Responderão eles pelo crime Iminente é a que está prestes a ocorrera, a que existe quando se
praticado para salvar direito próprio. Todavia, os limites da exigência de apresenta um perigo concreto, que não permita demora à repulsa. Não há
sacrifício devem coincidir com os limites legais ou sociais do exercício de legitima defesa contra uma agressão futura, remota, incerta, que pode ser
sua profissão. evitada por outro meio.
Defende-se, porem, que existe legitima defesa antecipada, nos casos de
agressão futura e certa.
7. Excesso
Não age em legitima defesa aquele que pratica o fato típico após uma
Excedendo o agente na conduta de preservar o bem jurídico, responderá agressão finda que já cessou.
por ilícito penal se atuou dolosa ou culposamente.
Injusta é a agressão não autorizada pelo Direito.
8. Estado de necessidade putativo
11. Direito próprio ou alheio
Supondo o agente, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias,
estar no meio de um incêndio, não responderá pelas lesões corporais ou Qualquer Direito pode ser preservado pela legitima defesa.
morte que vier a causar para salvar-se. Todavia, é controvertida a possibilidade de legitima defesa da honra. A
maioria da doutrina e da jurisprudência entendem que não há legitima
9. Legitima Defesa defesa nesses casos.

Artigo 23, II, regulado pelo artigo 25. É admissível a legitima defesa de terceiro, desde que a defesa seja feita a
bens indisponíveis, mesmo que o terceiro tenha consentido com a
Teoria subjetiva: confere licitude ao ato de quem se defende, pela agressão.
perturbação de animo da pessoa agredida.
12. Uso moderado dos meios necessários
Teoria objetiva: fundamenta-se na existência de um direito primário do
homem de defender-se, na retomada de uma faculdade de defesa que Na reação deve o agente utilizar moderadamente os meios necessários
cedeu ao Estado. para repelir a agressão atual ou iminente e injusta, levando-se em
consideração as circunstâncias do fato, o bem jurídico defendido e o tipo
Requisitos: de crime em que a repulsa enquadraria.

- reação a uma agressão atual ou iminente e injusta HUMANA; No caso de flagrante desproporção entre a ofensa e a reação, desnatura-
- defesa de um direito próprio ou alheio; se a legitima defesa.
- moderação no emprego dos meios necessários à repulsa; e
- elemento subjetivo.
13. Inevitabilidade da agressão
10. Agressão atual ou iminente e injusta Embora não se obrigue o homem a ser covarde, deverá evitar o confronto
se, sem desonra, puder evitar a agressão a ele dirigida.
A reação deverá ser contra aquele que se está praticando uma agressão.
Embora, em geral, implique violência, nem sempre esta estará presente
14. Elemento subjetivo
(reação a carcereiro que não cumpre o alvará de soltura).
Como em todas as justificativas, o elemento subjetivo, ou seja, o
conhecimento de que está sendo agredido, é indispensável. Reconhecendo-se para o autor, estende-se para o co-autor ou participe.
Deve estar presente, aqui, também, o elemento subjetivo.
15. Excesso
21. Exercício regular de direito
O excesso pode decorrer do uso inadequado do meio, quando o sujeito
podia utilizar meio menos vulnerante, ou de falta de moderação na Artigo 23, III, segunda parte.
repulsa. Qualquer pessoa pode exercitar um direito subjetivo ou faculdade previsto
em lei. Exemplo: prisão em flagrante por particular.
16. Legitima defesa recíproca
Não é um dever, e sim uma FACULDADE.
Não há ERD quando um cônjuge agride outro por se recusar à prestar
Pressupondo uma agressão injusta, não é possível falar-se em legitima
débito conjugal.
defesa recíproca. Um dos contentores estará agindo ilicitamente quando
tomar a iniciativa da agressão.
É necessário obedecer às condições objetivas do direito, seus limites
traçados em lei. Fora deles, haverá abuso.
17. Provocação e desafio
Deve haver elemento subjetivo, também.
A provocação do sujeito que alega a legitima defesa, em si, não afasta a
possibilidade da justificativa, desde que não consista em agressão. Porem, Ofendículos = caco de vidro no muro, arame farpado, cerca elétrica, etc.
caso a provocação visava justamente desencadear a agressão do = ERD.
provocado, desconsiderar-se-á a legitima defesa.
Violência esportiva = autorizada em lei (ex.: lei pelé) = ERD (desde que
18. Legitima defesa putativa não haja excessos)

Intervenções médicas = ERD. Sem a autorização do paciente ou seu


O agente supõe por erro que está sendo agredido, repelindo esta suposta
representante é estado de necessidade em favor de terceiro (art. 146, §
agressão. Está excluída a legitima defesa. Todavia, pode incidir, neste
3º, I).
caso, a excludente de culpabilidade nos termos do artigo 20 § 1º

22. Consentimento do Ofendido


19. Legitima Defesa e Estado de Necessidade
Não está na lei, e sim na doutrina.
Entende-se que atingindo bens disponíveis (de interesses privados) pode
EN há conflito entre titulares de interesses jurídicos lícitos, na LD está uma não haver crime. Mas, se o bem for indisponível (interesse coletivo ou do
agressão a um bem tutelado. EN há uma ação, na LD há uma reação. Estado) haverá crime.
Pode coexistir a LD e o EN num mesmo fato. Sujeito quebra o vaso de
terceiro para se defender de uma agressão. O consentimento pode atuar como causa de diminuição da gravidade do
fato. Exemplo: Aborto (artigos 124 e 126).
20. Estrito cumprimento de dever legal
23. Excesso nas causa justificativas
Artigo 23, III, primeira parte.
Artigo 23, parágrafo único.
Pressupõe no executor um funcionário ou agente público que age por
ordem da lei, ou o particular que exerça função pública (jurado). Doloso: após iniciar sua conduta conforme o direito, o sujeito extrapola
Exemplo: policial que cumpre mandato de prisão. seus limites querendo um resultado antijurídico desnecessário. Responde
pelo resultado ocorrido.
Como a lei não obriga à imprudência, negligência ou imperícia, não se
admite o estrito cumprimento de dever legal nos crimes culposos.
Culposo: Agente queria um resultado necessário, proporcional, porem
ocorre um excessivo, proveniente de sua indesculpável precipitação ou
desatenção. Responderá pelo resultado culposo.

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