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A ideia de polícia a que o conceito evoca pouco tem a ver com o sentido corrente da palavra.
Na verdade, tradicionalmente a noção está associada à atividade do Estado na manutenção da
ordem pública, em sentido amplo. Falava-se assim de uma função policial administrativa, que
não se limitava a segurança, mas também à ordem econômica e social. Com o tempo,
evoluindo da prerrogativa de constranger a ação privada para deixar de fazer o que é contrário
ao público, passou a impor igualmente obrigações positivas de fazer aos particulares, tal qual o
regular aproveitamento da propriedade, do solo, etc. (DI PIETRO).
A previsão positivada do tema em questão encontra-se no art. 78 do CTN, uma vez que este é
um dos fatos geradores do tributo denominado taxa. Eis a disposição legal:
O poder de polícia é exercido pelo Poder Executivo e pelo Legislativo. O primeiro edita
medidas coercitivas, ordens, licenças, autorizações, dentre outras espécies de atos
administrativos para dar fiel cumprimento a lei. O segundo, através da própria edição da lei,
cria as limitações administrativas que vão servir de fundamento para a edição dos supracitados
atos administrativos, prestigiando o princípio da legalidade.
Destaca-se ainda que o poder de polícia é sempre uma atividade negativa, no sentido de que
mesmo quando impõe uma obrigação de fazer o que se pretende, indiretamente, é que o
particular não faça algo de maneira nociva ou irregular.
O poder de polícia, assim como os demais atos administrativos, estão sujeitos aos requisitos de
validade da competência, finalidade, forma, motivo e objeto. A finalidade deve dizer respeito
sempre ao interesse público, e quando não o for, consistirá no vício de desvio de poder e a
consequente nulidade do ato.