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LAURA DIAS
Interseções entre projetos como construção de uma poética individual
Universidade de Évora
Dissertação de Mestrado Integrado em Arquitetura
Orientadores: Profª. Sofia Salema; Prof. Daniel Jimenez
Julho de 2018
Agradeço aos professores, Sofia Salema e Daniel Jiménez pela
orientação deste trabalho, pela disponibilidade e observações
pertinentes, contributo imprescindível para a coerência da
dissertação.
O presente trabalho de investigação compreende uma reflexão The thesis show us a reflection about interrelationships in
sobre as inter-relações nos projetos de arquitetura, entendendo-os architectural projects, understanding them as part of a whole,
como parte de um conjunto, de uma família, ponderando a sua questing their capacity to generate an individual poetics.
capacidade de gerar uma poética individual.
Assim, pretende-se questionar a sua capacidade de, mesmo This way will be possible to questing the capacity of singular
"La arquitectura, como la es enquanto elementos isolados, partilharem questões, possibilitando elements, sharing similarities, will be possible to build a narrative,
una permanente entre el a construção de uma narrativa contínua, construída a partir das based in the interrelations of multiples singular elements,
sonido y el sentido, entre se hace y suas inter-relações segundo uma forma pessoal de ver a according to a personal way of seeing architecture.
es; es una permanente arquitetura.
entre cosas e ideas que se produce entre For this idea it is important to identify the issues that are common
el mundo abstracto y el figurativo, entre Importa, para este raciocínio, identificar as questões que lhe são to it, but also those which they differ, that will generate another
el constructivo y las ideas ." comuns, mas também aquelas em que se diferenciam, podendo dialogue, to extend the narrative as a continuous construction of
estas, por sua vez, tornarem-se capazes de gerar um outro diálogo, an individual poetics, which has in the architectural personality it's
densificando a narrativa como contínua construção de uma poética unifying element.
individual, que tem na personalidade arquitetónica o seu elemento
unificador.
Mansilla e El Croquis Palavras-chave: arquitetura, projetos, Sines e Almada, Keywords: architecture, projects, Sines and Almada, relationships,
115-116, p.14, 2003 inter-relações, igual e diferente, linguagem pessoal equal and different, personal language
001 002
Índíce
LIVRO I Resumo 002
005
1 Ícones 007
009
Enric Miralles - Intersecciones 031
Santiago Ortiz - Esfera de las relaciones 035
Ray e Charles Eames - What's design? 037
- Walls 039
- Powers of ten 041
- House. After five years of living 043
Afastamento
Projeto 047
Lugar 049
Cidade 051
Geologia 053
Morfologia 055
Edificado 057
059
061
063
Aproximação
Projeto 065
Programa 071
079
Detalhe 083
093
Bibliografia 095
003 004
A presente investigação estabelece a relação entre projetos
diferentes, colocando-os em confronto, identificando os tópicos
daquilo que é igual e diferente entre si, no sentido de questionar a
sua capacidade de gerar uma narrativa comum, tornando-os parte
de um conjunto, como construção de uma linguagem pessoal.
Apresentam-se dois projetos diferentes, o projeto de Sines e o
projeto de Almada, cada um deles com caraterísticas próprias. Um
contexto, uma posição no território, uma relação com a cidade e
com a água e nomeadamente um conjunto de referências (figura
001).
005 006
Intersecciones
What's design?
Walls
Powers of ten
ÍCONES
007 008
Luís Mansilla e Emílio Tuñon
Luís Mansilla (1959-2012) e Emílio Tuñon (1958-) fundaram, em Vetores de interesse - Pontos de partida para o projeto
1992, o atelier Mansilla + Arquitetos (M+T). Após a morte de
Luís Mansilla, em 2012, Tuñon continua a desenvolver o trabalho 1º vetor -
do atelier, agora segundo o nome de Emilio Arquitectos. Em
2003, no número 115/116 da Revista El Croquis, surge o artigo e Ao colocar-se o coração do trabalho segundo um olhar tão
entrevista, onde se depreende a abordagem do atelier ao conceito, abstrato quanto humano, os projetos adquirem independência e
através da explicação dos seus projetos segundo as suas podem ser pensados anteriormente à existência de um lugar, de
interelações. um programa ou de um cliente. Dessa forma a presença do igual e
do diferente tornar-se num campo de reflexão que inunda o
Com referência à morte de Mansilla, Tuñon realizava sempre a trabalho, concretizando-se apenas no confronto com as condições
mesma conferência, na qual mostrava os seus projetos como uma do limite. A ligação de cada projeto, cada ação, cada pensamento a
um território de reflexão comum permite atribuir ao trabalho um
constelação de estrelas (figura 003), através dos desenhos em
caráter abstrato, e como tal, independente da forma. Uma reflexão
axonometria dos seus projetos e as suas conexões. Através desse ou um conjunto de interesses que se torna particular em função de
desenho eles falavam da forma como um projeto levava a outro e condições concretas. Dessa forma podia explicar-se o ponto de
um outro se relacionava com um projeto anterior. Todos os partida de alguns projetos, todos eles vinculados à presença do
projetos pertencem a um conjunto, uma família, que se define pelo igual e do diferente. (Mansilla e Tuñon, "Sistema y Subjetividad ", in
território de interesses, partilhado por todos aqueles que faziam El Croquis, nº 115/116, p.22, 2003)
parte do atelier, através dos projetos e da escrita. Esse território de
interesses subdivide-se em três vetores - Iguais e diferentes; As coberturas do Museu de Zamora (figura 004), a sua quinta
e potencialidade; Sistemas e subjetividade - que fachada e única visível, comandam toda a construção, trabalhando
servem como ponto de partida para a prática projetual. com uma única secção de lanternins que, dispostos com diferentes 004
orientações, alturas e larguras distintas, permite alcançar uma
Importa perceber que estes temas surgem na sua obra de forma diversidade nos espaços interiores, fazendo com que estes se
consequente, ou seja, o trabalho a partir da presença do igual e do tornem diferentes entre si. Desta forma aparece a presença do
diferente, levou o atelier a uma problemática - Como trabalhar o igual e do diferente. Isto constrói o verdadeiro coração do edifício,
e qualquer outra decisão não se limita por esta mas nasce desta.
conceito de “família” sem ficar preso à forma? - como resposta a
(Mansilla e Tuñon, "Sistema y Subjetividad ", in El Croquis, nº
esta questão surge o vetor da restrição e da potencialidade, no qual 115/116, p.22, 2003)
se limita o processo ao uso de um único elemento como forma de
potenciar a forma e de chegar a soluções anteriormente A família de lanternins aparece aqui também como uma secção
impensáveis. Ao cruzar-se a presença do igual e do diferente com a feita a um tronco de árvore, que se encontra na mesma visão
potencialidade criativa das restrições apresenta-se uma nova rasante em muitas outras construções, move-se para a fachada, de
questão - Que capacidade expressiva pode ter a regra? - desta uma forma frontal no Ciudad de (figura 005),
pergunta surge o que se pode chamar de - sistemas expressivos - deslizando até a uma família de janelas, que se dispõem lado a
no qual se verifica o abandono do sistema ortogonal na tentativa lado, como num retrato de família, ou quiçá, como numa pintura
que a regra se mantenha pela permanência do sistema, mas que a cubista de mil olhos. (Mansilla e Tuñon, "Sistema y Subjetividad ", in 005
forma se transcenda através da sua expressão não limitada pela El Croquis, nº 115/116, p.22, 2003)
geometria ortogonal.
003 O Museu de Belas Artes de (figura 006) encontra na sua
primeira restrição - a necessidade de comportar quatro museus em
Assim, os projetos surgem como resposta às inquietações do
um - a oportunidade para se definir através de espaços semelhantes
atelier, como meios de verificação e experimentação, no sentido da e diferentes: quatro plantas iguais nas quais o deslocamento de um
evolução destes conceitos. Desta forma é possível identificar o duplo espaço, atribui a cada espaço uma personalidade própria,
modo como cada projeto se relaciona com cada um destes vetores, com mecanismo semelhante. Família de lanternins na cobertura,
003_ "Playgrounds"- de Mansilla e dos seus projetos pela forma como se materializou em cada um deles a exploração família de vãos na fachada, famílias de espaços em corte. Famílias
desse mapa de interesses. Para isso é importante compreender um que continuam na planta do Musac de (figura 007), ou nas
004 pouco melhor estes conceitos e de que forma a obra do atelier se secções do Museu de (figura 008) (Mansilla e Tuñon,
005 vai construindo através dos mesmos. "Sistema y Subjetividad ", in El Croquis, nº 115/116, p.22, 2003).
009 010
2º vetor - 3º vetor - Sistemas expressivos
Adotando esta atitude a dificuldade estava em aplicá-la sem Aquilo que nos primeiros projetos aparecia como forma visível,
restringir a forma. No sentido de responder a esta problemática a interiorizou-se contaminando a estrutura conceitual dos projetos:
tensão entre o igual e diferente confronta-se com outro principio: o como se tivesse escorregado pela cobertura e pela fachada, até ao
da restrição e da potencialidade. interior, primeiro no corte em e posteriormente na
organização espacial do Musac.
Este é o ímpeto para a conceção projetual do Centro de de
San Fernando de Henares , no qual se aplica somente um único
elemento - uma travessa de betão - através da qual se tenta domar Ao cruzar-se a presença do igual e do diferente com a
potencialidade criativa das restrições, surge uma nova questão: Que
um conjunto de questões de diferentes caráteres. A vontade de
capacidade expressiva pode ter a regra? Desta pergunta surge os
restrição, concretiza-se na máxima redução dos elementos com os denominados - sistemas expressivos.
quais se trabalha.
O Musac de (figura 007), parte da combinação de duas peças
O caráter central do projeto é aqui a procura de uma peça capaz de - um quadrado e um losango - que se repetem indefinidamente
resolver possíveis inquietações; redesenhar a divisão entre plantas, como de uma tela se tratasse. Com a necessidade de um programa
de forma a evitar o aparecimento de um pilar, permitir a ventilação extenso restringido a uma planta, compreendida por espaços
006 na parte inferior, iludir a vista desde fora até ao interior da piscina, iguais, que se torna diferente pelos distintos pátios ou lanternins
forçar a ambiguidade entre uma estrutura reticulada e uma que a acentuam.
muralha, etc.
011 012
Luís Mansilla e Emílio Tuñon
Recorriendo la igualdade y la diversidade, en sus distintas manifestaciones
A conferência para a X Bienal de Arquitetura e Urbanismo de
2009, inserida no debate sobre o autor e a sua obra, trata de
pensar ou expressar a ideia de que não existe apenas um conjunto
de coisas que formam os projetos, como existem também
diferentes lugares ou diferentes territórios que têm a sua influência
no modo de fazer arquitetura. Sendo que, muitas vezes o esforço
consiste em juntar todas essas coisas numa única forma. Esta ideia
poderia ser explicada de muitas formas.
013 014
Território de interesses
1 - Pessoal
015 016
No caso do Musac esta ideia introduz-se no projeto através dos Mansilla e Tuñon ao trabalharem segundo a ideia de restrição,
sistemas expressivos. Em todos os projetos existem determinadas tinham decidido que tudo o que saísse por cima do edifício teria
condições, de encomenda, de cliente, de programa, no entanto, que ser o mesmo. Ou seja, se a única coisa que saía eram
para Mansilla e Tuñon esta ideia de igualdade e diversidade está lanternins, então tinha que ser o mesmo, aqui também teria que
sempre presente. haver um lanternim. O que acontece neste caso é que a viga na sua
parte central dá lugar a dois lanternins, que recebem luz de
diferentes orientações.
Para se conseguir uma visão rápida, Mansilla e Tuñon mostram
através da representação de três projetos, que para além de serem Esta situação tornou-se para os arquitetos uma das manifestações
muitas outras coisas, são os rostos deste conceito de igualdade e mais bonitas e intensas que já fizeram desta condição de igualdade
diversidade. Colocados lado a lado, uma família de lanternins, uma e diversidade. O mais interessante é que estas situações não são
planeadas, mas que são o resultado de uma série de condicionantes
família de vãos e uma família de duplos espaços, exemplos da
que são impostas ao projeto e que acabam por resultar em
concretização formal desta ideia. Revelando a importância desta situações surpreendentes.
condição, do que é igual e diferente, como algo que está presente
ao longo da sua obra.
Desta forma, os arquitetos contam que o que acontece muitas
vezes na arquitetura e se torna atrativo, é que quando as coisas
Para Mansilla e Tuñon os projetos estão de algum modo resultam de um sistema, ou de uma determinada ideia ganham
interligados pela sua condição de igualdade e diversidade. Ou seja, uma criatividade que está muito para além da própria criatividade
cada projeto está relacionado com o o outro, porque são uma pessoal. Neste caso o que é interessante de perceber é que uma
família de círculos, por exemplo. A importação de algumas dificuldade, um problema, técnico, construtivo ou estrutural, acaba
questões, transformadas em geometria torna visíveis essas por ser solucionado de uma forma que acrescentará muito mais ao
convicções ou ideias. No caso concreto do Musac isto traduz-se edifício, do que se esse problema nunca tivesse existido.
através da ideia de sistemas expressivos, mas neste caso em planta,
através de uns espaços que se repetem e que, no entanto, através
dos diferentes modos de iluminação se convertem em pátios
diferentes.
017 018
2 - Intelectual
019 020
3 - Geométrico. Material pessoal
inteletual
Outro de interesse referido por Mansilla e o da igualdade
geometria e da este sim, referido como o sitio oscilações
Campo que seria introduzido no projeto da procedimentos diversidade
materialidade, da construção de sistemas e sobretudo
do conceito da restrição e transformação.
sistemas sistemas expressivos
abertos séries
Esta ideia de concretiza-se no uso de apenas um
elemento que que responder as diversas necessidades do
projeto, transformando-se. construção campos
de sistemas campos
geométrico restrição
matemáticos bandos natural
No caso do museu esta ideia de descrita pelos arquitetos sem hierarquia
como primordial para o processo, tendo em conta que uma das material transformação projeto sazonal
rios
era a necessidade de ser uma obra e por isso era materialidade
preciso desenhar-se um sistema que fosse capaz de acolher a
de vigas e desta forma foi resolver o
pixelização
variação
de atividade
Desde o ponto de vista das cores, o Musac da de uma escalando encontro
parte dos vitrais da Catedral de da cidade, vitral
que de um processo de resultam num conjunto
de cores que essa atrativa que se pode logotipo
reconhecer uma ordem que existe e por sua vez incapaz de pavimento artístico
reconhecer a ordem que existe. romano
histórico social
012
012
021 022
4 - Histórico
013
013
023 024
5 - Artístico. Social
025 026
6 - Natural
procedimentos diversidade
Voltando ao território da natureza, os arquitetos descrevem-no a
partir da história das suas viagens até León em que observavam
uns bandos de pássaros que levou a que se questionassem sobre a sistemas expressivos
sistemas
sua capacidade de fazer um edifício que refletisse aquela situação. abertos
campos
Num conjunto de pássaros é indiferente o número de pássaros, o de sistemas campos
que é relevante para o funcionamento do conjunto é o tipo de bandos natural
pássaro, a distância entre pássaros, a velocidade do vento e a material sem hierarquia
velocidade do conjunto. Ou seja, a existência do bando de projeto sazonal
rios
pássaros não depende do número de pássaros. Esta ideia materialidade
verifica-se no Musac, no qual os arquitetos procuraram desenhar
um edifício que fosse independente da quantidade de peças que
necessitava e por isso tivesse uma geometria mais livre.
de atividade
Outra ideia que insere neste território é a relação estabelecida com escalando encontro
os campos arados, que tem a ver com a ordem que existe, que é a vitral
distância de um arado a outro e que os campos nascem em função
desta condição, não importando a geometria do perímetro final, tal logotipo
como acontece no Musac. pavimento
romano
social
Concluindo, Mansilla e Tuñon explicam que existe um conjunto
de mundos que se encontram ao redor do arquiteto. Sendo que,
cada vez que se inicia a conceção de um projeto faz-se uma seleção
de uma parte desses mundos que introduzimos no projeto através
de uma transformação.
027 028
Aplicação
Mansilla e provocam entre as obras, cada obra Isto permite, obter em uma leitura singular de cada
isolada, de forma clara e ideias para a outra. obras com uma das sem perder a do conjunto, daquele que
o conceito de esta mesma ideia que se procura
estabelecer do confronto entre dois projetos, colocando-os
Como que o projeto de Sines se relaciona com o projeto de lado a lado, na procura daquilo que igual e do que diferente
Almada? Por aquilo em que iguais e diferentes e por isso um entre si, conseguindo-se obter em a sua
leva ao outro e vice-versa, apesar de serem projetos diferentes. enquanto conjunto.
Desta forma, os ou temas resultam das que se
estabelecem entre os projetos.
Relativamente ao mecanismo de verifica-se um processo
diferente. No sentido em que o processo de desenvolvimento dos
A forma como Mansilla e desenvolvem o seu trabalho, projetos apresentados parte de um conceito ou de um
permite-nos ter uma das que se interesse pessoal.
estabelecem entre os seus projetos. Esta justifica-se, pelo
fato de todos eles serem a de um de
Ambos surgem, desde o seu do confronto com as suas
condicionantes desde, o enquadramento territorial, o contexto do
lugar, o programa, etc., contrariamente ao que acontece na obra de
Semelhante desenvolve-se do presente trabalho, Mansilla e cujo trabalho de se inicia
no qual ambos os projetos apresentados, de autoria com um processo de constituindo-se apenas
possuem e que partilham, como uma uma ideia, que posteriormente se vai
estabelecendo-se entre ambos, de identificar, redesenhando pelo confronto com as que definem as
como partes constituintes de uma atmosfera mais abrangente, de regras do jogo e limitam as possibilidades daquilo em que essa
um conjunto, cujo elemento unificador se prende a uma linguagem ideia se pode concretizar.
029 030
Enric Miralles
Intersecciones
031 032
Os projetos que se agregam ao Museu de Santa Catarina Aplicação
inter-relacionam-se pelo contacto muito com a e
as suas das quais se reflete sobre o modo Enric Miralles provoca inclusivas. Fala a partir de
como temas nos quais os projetos se inscrevem. Permitindo que
que o mesmo projeto possa estar inserido em diferentes temas.
Partes integrantes deste grupo os pensamentos sobre Roma e
Veneza. No caso do Parque de Mollet e do Diagonal del Mar
partilham a dos motivos florais, estes que se transformam Isto demonstra-nos a de perceber na entre o
em manchas, em fontes ou em As flores de Mackintosh que projeto de Sines e o projeto de Almada, aquilo semelhante, mas
se vislumbra no Parlamento da e se repetem no Campus da aquilo que diferente, porque aquilo que diferente pode
Universidade de Vigo. Da mesma forma que se repetem provocar uma com outro projeto, tal como mostra
as um tipo de infantil, que se corporificam no Miralles.
Centro Comercial de Leeds ou no interior do Parlamento. E no Laban
Centre e na Escola de de Hamburgo surge como sinal Segundo a presente perspetiva, os que resultam da
misterioso nascimento do algo como o do
entre os dois projetos, corporificam-se como temas,
como grupos, nos quais o projeto de Almada e o projeto de Sines
se poderiam ou inserir. Esta uma outra abordagem sobre a
Existem sempre entre os diferentes mesma ideia - a entre projetos diferentes e a sua
trabalhos, quase justifica que os projetos como conjunto, como parte de um todo, que se unifica, neste caso,
tenham a capacidade de fazer recuar a e o pensamento, de um tema. Mesmo como isoladas, os seus projetos,
desenvolvem que independentes dos aspetos em que constroem uma determinada narrativa e valor enquanto
logicamente se distinguem, como o o lugar, a e conjunto sem, no entanto, perderem a sua leitura como objetos
o seu mas ainda assim se procuram, quase de forma singulares e complexos naquelas que as suas
oculta. individuais.
O seu processo apresenta-se como um processo Miralles provoca entre as obras de uma forma inclusiva.
que envolve todos os projetos e lhes atribui unidade, temas e as obras inserem-se nesses temas, porque a mesma
estabelecendo-se temas comuns, conciliando individuais, obra pode interseccionar-se com diferentes temas e logo com
misturando diferentes programas, alargando cada para diferentes obras.
033 034
Santiago Ortiz
Esfera de las Relaciones
A esfera das relações é uma obra virtual, do artista gráfico, Santiago
Ortiz. Foi exposta, como peça integrante da coleção do Museu
Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporânea (MEIAC).
Composta por inúmeras palavras, a esfera compreende uma rede
de combinações do campo semântico, na qual a riqueza se
encontra através das suas relações. Desta forma, duas palavras
distintas podem desencadear inúmeras narrativas e reflexões.
035 036
Charles e Ray Eames
What's design?
Charles Eames (1907-1978) e Ray Eames (1912-1988) - foram um
casal de designers norte americanos, autores de contribuições
significativas para a arquitetura e mobiliário moderno, com uma
vasta obra no campo do design gráfico e industrial, belas artes e
cinema.
037 038
Charles e Ray Eames
Walls
“Mathematical Modern. A world of numbers…and Beyond" - foi uma
criada por Eames, com a de proporcionar a
039 040
Charles e Ray Eames
Powers of ten
Power's of Ten são dois breves documentários americanos, escritos e
dirigidos por Charles e Ray Eames.
041 042
Charles e Ray Eames
House. After five years of living
House. Five years after living , de 1955 - é uma curta-metragem que
permite ver através de uma sucessão de fotografias a casa e o
atelier, desenhados por Charles e Ray Eames após viverem nela
por cinco anos.
043 044
SINES ALMADA
045 046
PROJETO
Cais
Escadas de acesso ao porto
Percurso do Ginjal
do porto
Centro Cultural
Rampa de varadouro
DESENHO DE ESPAÇOS
EXTERIORES
Limite superior da arriba
Museu do Mar
Largo
FORMA
GERAL
CIDADE
AFASTAMENTO
Comum aos dois projetos destaca-se o desenho de exterior, com o intuito de gerar novas onde confluem o uso do porto, a sua com o molho e as atividades de lazer
e quer com os respetivos aos programas propostos, quer com as associadas ao Museu do Mar.
LUGAR
cidades e os seus planos de Na do seu desenho o desejo de atenuar a
PROJETO
Em Almada, desenha-se o cota alta, junto urbe. Recebe as pessoas da cidade e organiza os
percursos e criadas em volta dos do permitindo, ainda cota alta o contacto
No caso de Sines, o ganha a de localizada cota inferior. Com uma visual com o rio. As dos exteriores refletem o comportamento da cobertura do
PROGRAMA
articula os percursos confluentes da cidade que se desenvolvem pelas rampas da
Calheta rampa de varadouro, ativando, desta forma, o contacto com o mar. do redesenho
do porto de pesca, no sentido da sua e este passou a ocupar a zona de Diferentes em e forma, os exteriores articulam diferentes percursos, no
DETALHE
aterro criada pela da marginal, libertando-se a que agora parte integrante da
PORMENOR 047 048
LUGAR
Rio Tejo
Castelo Cais do Ginjal
Rua Direita
Cais fluvial de Cacilhas
10
1112
Museu do Mar
Molho Oeste
026_ 027_
0 100 FORMA LINEAR 0 100
GERAL
AFASTAMENTO
CIDADE
LUGAR
No confronto entre os lugares de - de Sines e o Ginjal de Almada - evidencia-se a de estabelecer a entre a cota
PROJETO alta da cidade e os seus portos, cota baixa. Procura-se, em ambas as propostas, atenuar a escassez de acessos e potenciar a entre as
PROGRAMA
No caso de Sines, essa concretiza-se da Calheta, atuando sobre o seu edificado e requalificando aquela que fora a primeira
da cidade em ao mar, no extremo poente da Em Almada, a de um novo corpo, que remata a cidade cota alta
DETALHE
PORMENOR
049 050
CIDADE
Faixa Costeira
EDIFÍCIO COMO
REMATE DA MALHA
URBANA À COTA ALTA
Calheta
Ponte 25 de Abril
Praia Vasco da Gama
Cais do Ginjal
Porto de recreio
10
11
12
Pontal
GERAL
Sines e Almada, partilham as das cidades costeiras: relevo, clima e No caso de Sines, esta ideia concretiza-se da Calheta, extremo oeste da e ponto de remate da
plano de com a dos urbanos cota alta dos respetivos rochosos, cidade. a dos seus que rematam a cidade cota alta, e direcionam e
CIDADE
AFASTAMENTO
servindo a zona de contacto com os respetivos planos de para as atividades dos portos comerciais e orientam os percursos que recuperam a entre a urbe e o mar. No caso de Almada, verifica-se
industriais. O atual estado de dos portos (porto de pesca de Sines e o Cais do Ginjal em uma A urbe encontra na Quinta do Almaraz, o culminar do seu edificado. no
LUGAR
Amada) e o terreno acidentado, criam uma barreira, que dificulta o contacto entre as cidades e as suas do aglomerado urbano cota alta que se insere o lugar de Desta forma,
PROJETO
frentes de mar. um novo corpo, como remate do do qual o edificado se extingue cota alta e onde
PROGRAMA
nos remates dos urbanos, cota alta, que ambos os projetos ganham a sua e a
partir desses lugares que estabelecem as quer com as cidades, quer com os planos de O olhar que diverge.
Desta forma, reconhece-se que ambas as procuram ser pontos-chave, de Enquanto Sines orienta o seu urbano de frente para o mar, Almada, devido sua
DETALHE
PORMENOR
051 052
EDIFÍCIO COMO
REMATE DA MALHA
URBANA À COTA ALTA
CIDADE
GEOLOGIA
MACIÇOS ROCHOSOS
C:\Users\Laura\Desktop\Dissertação\8.11.17\TESE.LIVRO
II _ ALMADA.Parte
2\stockvault-white-grunge-texture117715.jpg
C:\Users\Laura\Desktop\Dissertação\8.11.17\TESE.LIVRO
C:\Users\Laura\Desktop\Dissertação\8.11.17\TESE.LIVRO
II _ ALMADA.Parte
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II _ ALMADA.Parte
2\stockvault-white-grunge-texture117715.jpg
"Arenitos de Grilos"
"Argilas de Xabregas"
"Areias do Vale de Chelas"
GERAL
Considerando as das duas cidades verifica-se a similar da sua sobre rochosos, talhados
AFASTAMENTO
CIDADE
LUGAR
No entanto, estes rochosos distinguem-se entre si pelos diferentes tipos de solos que compreendem. Sines, assenta sobre um
PROJETO
que se estende ao extremo poente da (lugar de no qual, as litologias dominantes correspondem a rochas
sedimentares e eruptivas. em Almada, verifica-se a de um solo arenoso, apresentando na sua faixa de contacto com
PROGRAMA
DETALHE
PORMENOR
053 054
MACIÇOS ROCHOSOS
CIDADE
MORFOLOGIA
032_ Mapa das curvas de nível de Sines 033_ Mapa das curvas de nível de Almada
0 500 PROFUNDIDADE DO MAR 0 500
GERAL
TERRITÓRIO
REGIÃO
Comparando a morfologia, de Sines e de Almada, das suas curvas de o similar de um declive
CIDADE
AFASTAMENTO
acentuado, com maior nas zonas costeiras, assim como o contacto das topografias com os seus planos de
da linha de finisterra. Verifica-se que ambas se caraterizam topograficamente por estarem em dois pisos, um junto ao
LUGAR
PROJETO
De diferente destaca-se a batimetria correspondente duas cidades. Sines apresenta um maior de profundidade do mar,
PROGRAMA
APROXIMAÇÃO
MATÉRIA
DETALHE
PORMENOR
055 056
CIDADE
EDIFICADO
AFASTAMENTO DO
NÚCLEO URBANO EM
RELAÇÃO À LINHA DE
COSTA
034_ Mapa do edificado de Sines DENSIDADE DA MALHA URBANA 035_ Mapa do edificado de Almada
0 500 DESENVOLVIMENTO DA CIDADE 0 500
GERAL
Comum duas cidades a barreira formada pelos rochosos e as infraestruturas que afasta a malha urbana em sua frente de No caso de Sines, a frente que
CIDADE
AFASTAMENTO se encontra paradoxalmente afastada do mar, no caso de Almada a frente ribeirinha, que por sua vez, se afasta do Tejo. Esta ainda no caso de Almada enfatizada pelo fato das infraestruturas
LUGAR
PROJETO
Distingue-se a malha urbana de Sines e de Almada, primeiramente pelo desenvolvimento dos seus edificados. No caso de Sines a malha urbana acompanha a nascente-poente do cabo e apesar da
sua junto ao mar que envolve a zona o resto da cidade desenvolve-se e expande-se para o interior do No caso de Almada o edificado toma a nordeste-sudoeste,
delineando uma malha urbana bastante mais densa em com aquela que se verifica em Sines. Reflexo desta entre as cidades o desenvolvimento e das
PROGRAMA
DETALHE
PORMENOR
057 058
CIDADE
INDÚSTRIA
Oleoduto
Terminal petroleiro
INDUSTRIALIZAÇÃO
MODIFICAÇÃO DA PAISAGEM
Porto de pesca
Porto de recreio
Terminal multipurpose
Terminal de contentores
036_ 037_
0 500 PROFUNDIDADE DO MAR 0 500
GERAL
Sines e Almada, possuem desde a sua uma forte das atividades comerciais e industriais no seu Esta justifica-se, em ambos os casos pela de abrigo dos
AFASTAMENTO
seus portos e pela sua privilegiada de contacto com o mar. dos planos de que se possibilita a e da via
CIDADE
LUGAR
De diferente destaca-se a escala da e o seu desenvolvimento. No caso de Sines, comparativamente a Almada, as infraestruturas do complexo industrial e representam uma
PROJETO superior e um bastante mais avassalador sobre o acabando por se transformar numa cidade predominantemente industrial. desta a Calheta (lugar de
PROGRAMA
Em Almada, grande parte da frente ribeirinha moldada necessidades industria, como o caso do Cubal (lugar de que resulta de um corte feito arriba, posteriormente
betonado, de modo a aumentar a de dos industriais e a de a sul das suas fachadas. Com a de grande parte da atividade industrial, a frente
DETALHE
PORMENOR
059 060
REGIÃO
Rio Tejo
Lagoa
Cacilhas
Almada
BACIA
RIO
ESCALA
038_ 039_
0 2000 (ENVOLVENTE) PROXIMIDADE COM O MEIO RURAL / URBANO 0 2000
GERAL
A encontrada no toque entre a linha e o plano. A proximidade com o plano de conjuntamente com a dos ventos e
AFASTAMENTO
CIDADE
LUGAR
Com territorial distinta, a referida conseguida de forma diferente pelas duas cidades. Enquanto que, no caso de Sines o
PROJETO
seu cabo, que abriga de forma natural a em Almada o canal desenhado pelas duas margens do rio Tejo que o permite. Diferentes
em escala, as cidades distinguem-se na sua Sines orienta-se a sul; enquanto que Almada se volta a norte. Destaca-se a
diferente envolvente em que as urbes se encontram. Enquanto que a periferia de Sines se desenha em contexto predominantemente rural, Almada
PROGRAMA
DETALHE
PORMENOR
061 062
TERRITÓRIO
LITORAL
LISBOA LISBOA
BEJA BEJA
GERAL
O litoral. Linha limite, onde terra e mar se encontram, onde o bordeja, em forma de ventos e Sines e Almada. A partilha desta territorial, revela-se
CIDADE
AFASTAMENTO na similar das como o caso dos ventos predominantes de norte e noroeste; no clima com moderados e invernos
LUGAR
Com naturalmente distintas, apresentam um conjunto de no que diz respeito sua territorial, como o caso das suas coordenadas, da e
PROJETO
PROGRAMA
DETALHE
PORMENOR
063 064
PROJETO
Cais
Escadas de acesso ao porto
Percurso do Ginjal
do porto
Centro Cultural
Rampa de varadouro
DESENHO DE ESPAÇOS
EXTERIORES
Limite superior da arriba
Museu do Mar
Largo
FORMA
GERAL
CIDADE
AFASTAMENTO
Comum aos dois projetos destaca-se o desenho de exterior, com o intuito de gerar novas onde confluem o uso do porto, a sua com o molho e as atividades de lazer
e quer com os respetivos aos programas propostos, quer com as associadas ao Museu do Mar.
LUGAR
cidades e os seus planos de Na do seu desenho o desejo de atenuar a
PROJETO
Em Almada, desenha-se o cota alta, junto urbe. Recebe as pessoas da cidade e organiza os
percursos e criadas em volta dos do permitindo, ainda cota alta o contacto
No caso de Sines, o ganha a de localizada cota inferior. Com uma visual com o rio. As dos exteriores refletem o comportamento da cobertura do
PROGRAMA
articula os percursos confluentes da cidade que se desenvolvem pelas rampas da
Calheta rampa de varadouro, ativando, desta forma, o contacto com o mar. do redesenho
do porto de pesca, no sentido da sua e este passou a ocupar a zona de Diferentes em e forma, os exteriores articulam diferentes percursos, no
DETALHE
aterro criada pela da marginal, libertando-se a que agora parte integrante da
PORMENOR 065 066
PROJETO
Cidade
Arriba
Plataforma
Escadas de acesso ao Museu EDIFÍCIO ENTRE MEIOS
DISTINTOS
LIGAÇÃO PEDONAL
FITSAN
FITSAN
ENTRE COTAS
Molho oeste
Marginal
entre cotas
Escadas de acesso ao Museu
Escadas de acesso ao Museu
RAMPAS
ESCADAS ROLANTES
GERAL
AFASTAMENTO
CIDADE
LUGAR
PROJETO
Contudo, existem entre si. Em Sines, a Calheta insere-se entre o meio urbano e o meio industrial, interligando a cidade e o porto
de pesca. Enquanto, em Almada, o proposto marca a entre a natural da arriba, que se assume em toda a sua
PROGRAMA
A entre cotas faz-se em ambos os projetos por pedonais. No caso de Sines de rampas e no caso de Almada por
DETALHE
FITSAN
PROJETO
Centro Cultural
Igreja das Salvas cota ...
PROGRAMA À COTA ALTA
27.40 E COTA BAIXA Arriba
24.40
21.30
20.30
CONFLUÊNCIA DOS
Museu do Mar 16.00
PERCURSOS EM DIREÇÃO
11.70
7.90
pedonal entre cotas
3.90
AO PLANO DE ÁGUA
0.00
Rampa de varadouro
NOVO CORPO
GERAL
AFASTAMENTO
CIDADE
Quer o Museu do Mar, quer o Centro Cultural desenvolvem os seus programas a dois um corpo cota alta e um segundo cota baixa. Um junto
LUGAR cidade e o outro junto ao plano de Partilham a dos seus percursos, ao plano de Percursos que se desenham ou pelo
exterior ou pelo interior dos provocando um jogo de visuais a diferentes cotas e em diferentes momentos com a paisagem. Desta forma
PROJETO
chega-se a diferentes perspetivas e muitas formas de olhar, o mar ou o rio, que se desenha aos seus e cujo toque, no do percurso finalmente,
PROGRAMA
De diferente, distingue-se a do preexistente da Calheta, com cinco pisos, como do Museu, enquanto que, o Centro Cultural
se desenha de raiz. Um novo corpo, com dois pisos, que procura introduzir novas ao lugar, potenciando a sua Outra
DETALHE
Rampas
Escadas pedonais
CONJUNTO DE DISTINTOS Escadas rolantes
CORPOS
PROGRAMA CULTURAL
Largo
cota 21.30
MUSEU DO MAR
CENTRO CULTURAL
SALAS DE EXPOSIÇÃO E PROJEÇÃO
SALA DE EXPOSIÇÃO, CAFETARIA E AUDITÓRIO
048_ 049_
ESPAÇOS CONTIDOS NO SEU CONTATO COM O EXTERIOR
0 10 ESPAÇOS COM MAIOR ABERTURA PARA O EXTERIOR 0 10
GERAL
Inerente a ambos os projetos é a sua condição programática de índole cultural. O Museu do Mar, em Sines, procura contar a história da sua comunidade na sua relação com
o mar. Já no caso do Centro Cultural importou conferir à cidade um espaço de lazer, que permitisse à população o contacto com o rio, um espaço público.
CIDADE
AFASTAMENTO Para ambas as propostas é importante a relação dos espaços interiores com o exterior do espaço público, sendo através do controlo dos vãos e aberturas, que esse diálogo
se vai estabelecendo, oferecendo aos espaços, luz e enquadrando o exterior através de um jogo que se vai estabelecendo nas transições entre os diferentes ambientes e
LUGAR
espacialidades. Para além disso, ambas as propostas se corporificam como um conjunto de diferentes peças, sendo através da sua composição, que o programa se completa.
PROJETO
No entanto, as propostas divergem no seu grau de abertura para o exterior. O Museu do Mar, fruto do trabalho sobre o edifício preexistente e do seu caráter fortemente
industrial, é mais contido, apresentando um número de vão reduzido e um maior controlo de vistas em relação ao mar. É intenção de projeto, controlar a visão com o
plano de água, de forma a intensificar essa relação, quando ela finalmente acontece, à saída do edifício, em toda a sua força e intensidade.
PROGRAMA
No Centro Cultural há uma maior permeabilidade de percursos e de ligações, quer visuais, quer físicas, entre os espaços propostos. Interessa outro ambiente, outra
atmosfera, mais clara, mais leve, onde a noção do peso se dissipa por entre a horizontalidade do edifício que pousa sobre a paisagem e lhe confere sentido.
DETALHE
PORMENOR
071 072
PROGRAMA
cota 16.00
PLANTA PISO TÉRREO
cota 16.00
Foyer
cota 7.90
Copa
cota 2.45 cota 26.30
cota 24.00
cota 24.00
Arrumos
cota 24.00
LOJA DO MUSEU
050_ CAFETARIA E AUDITÓRIO 051_
0 10 ÁREAS 0 10
GERAL
AFASTAMENTO
CIDADE
LUGAR
O Museu do Mar e o Centro Cultural partilham uma ação de caráter e força semelhantes. Parte dos seus espaços resultam de uma
ação de subtração. No caso do Museu do Mar é a loja que se "incorpora" no "braço" da antiga Calheta, subtraindo a sua matéria,
PROJETO de modo a que o programa o ocupe.
PROGRAMA
No caso do Centro Cultural, as volumetrias que se assumem no exterior, descem de cota e desenham ligações ocultas entre os seus
distintos elementos. A copa da cafetaria, ao se desenhar no piso inferior, liberta a área disponível no piso superior, enquanto que o
piso -1 da sala de exposição, permite a entrada para o foyer e consecutivamente para o auditório, articulando ambos os espaços.
DETALHE
PORMENOR
073 074
PROGRAMA
Arriba
Largo de entrada
ENCAIXE NA TOPOGRAFIA
Rampas POSIÇÃO DE DOMÍNIO
SOBRE A PAISAGEM
Lanternim
Cais
Zona de leitura
Rio
Foyer
052_ 053_
0 10 ESTRUTURA OCULTA 0 10
GERAL
AFASTAMENTO
CIDADE
LUGAR
da entre os respetivos cortes que se torna a forma como em ambos os
PROJETO
DETALHE
PORMENOR
075 076
PROGRAMA
ENQUADRAMENTO DA
PAISAGEM
ESPAÇO EXTERIOR
COBERTO
GERAL
AFASTAMENTO
CIDADE Em ambos os projetos se verifica a de exteriores cobertos, que permitem, pela sua o enquadramento visual com a
LUGAR
PROJETO No caso de Museu do Mar, em Sines, esse conseguido pela da marginal sobre a enquadrando a vista sobre o mar quando se
chega da cidade e em sentido oposto do percurso, a vista para os do Museu, virando costa ao mar. No Centro Cultura, em Almada, essa moldura
PROGRAMA
De diferente a proporcionada com o plano de Em Sines, no seguimento do referido enquadramento visual o percurso
DETALHE
PORMENOR
077 078
MATÉRIA
USO DO BETÃO
CAIXA DE AR
PREOCUPAÇÕES ACÚSTICAS
PREOCUPAÇÕES TÉRMICAS
VENTILAÇÃO MECÂNICA
ESPAÇOS SEMI-ENTERRADOS
LOJA
GERAL
CIDADE
AFASTAMENTO
A construtiva de ambos os projetos define-se essencialmente pelo uso do como elemento base de constante e inerente aos
projetos, com o ambiente e de modo a conseguir os ambientes desejados, capazes de responder e necessidades
LUGAR
PROJETO
No caso do projeto do Museu a grande estrutural estava na da estrutura (preexistente) da marginal sua nova de cobertura da loja do
Museu e dos do porto de pesca. Enquanto que no Centro Cultural a estrutura foi desenhada de raiz, estando a estruturais somente relacionadas com
PROGRAMA
as especificidades de cada De diferente, destaca-se a com a tendo em conta que, no caso Museu, importante isolar os
da loja e do porto do som exterior da marginal, enquanto que, no Centro Cultural a no caso do em isolar o som produzido no interior.
DETALHE
PORMENOR
079 080
MATÉRIA
MATÉRIA
TEXTURAS
ATMOSFERA
GERAL
AFASTAMENTO
CIDADE
LUGAR
Ambientes. do tempo, que por sua vez o e lhe define os limites. que
PROJETO
sombras, onde as irregularidades contrastam com o desgaste das lisas, gastas. Texturas que
pormenorizam o olhar. O encontro das que aquilo que reconhecemos. A luz refletida nos
PROGRAMA
DETALHE
PORMENOR
081 082
DETALHE
VÃO
LUZ
CAIXA DE AR
ISOLAMENTO TÉRMICO
Tela de Prolipropileno
ISOLAMENTO ACÚSTICO
Espuma de Vidro ESTRUTURA DE BETÃO
ARMADO
Brita
Argila expandida
Caleira
GERAL
AFASTAMENTO
CIDADE
A da forma como a luz chega aos a ambos os projetos. Era importante compreender que quantidade de luz se desejava em cada
LUGAR
PROJETO
No caso da loja do Museu, mais precisamente na zona de leitura, desenha-se um lanternim, que pretende responder de obter uma luz com menor foco,
PROGRAMA
pouco e com menos capaz de conferir a esse a quietude e conforto sua No caso do do Centro Cultural
DETALHE
083 084
PORMENOR
DETALHE
Membrana drenante
ISOLAMENTO TÉRMICO
ISOLAMENTO ACÚSTICO
BETÃO ARMADO
ENROCAMENTO
TERRA COMPACTA
Betonilha armada GEODRENO
Enrocamento Enrocamento
Terra Geodreno
Areia grossa Terra compacta
Geodreno
Seixos
Sapata
CAIXA DE AR NO PAVIMENTO
GERAL
AFASTAMENTO
CIDADE
A linguagem dos desenhos representados demonstra como a forma como os trabalhados reflete, mesmo escala do detalhe, as aos
LUGAR projetos e como essas ideias se refletem nos ambientes dos quais os se constroem. Ambos, demonstram como o dos projetos se e
PROJETO
comum a todas as escalas de dos projetos. As estruturais fruto da ideia, da de cada projeto, o que faz com que em
PROGRAMA
Diferentes nos seus ambientes, a loja do Museu apresenta um mais austero, onde as linhas se geometrizam procurando a pureza formal, como reflexo da
linguagem industrial inerente ao projeto. Enquanto que, no do Centro Cultural se depreende uma bastante mais delicada. O desenha-se
de uma "caixa" de madeira que se insere numa "caixa" de O som produzido no interior toca a madeira e as suas por vezes, irregulares. O
pavimento aqui a laje de vista, mas sim a de camadas, que lhe conferem um grau de maior e aos detalhes.
DETALHE
PORMENOR
085 086
UM OLHAR SOBRE A ARQUITETURA
087 088
Um olhar sobre a arquitetura
Considerações finais
Sines e Almada. diferentes, surgem separados em
tempo e em no decorrer do percurso Ambos Cada autor estabelece essas entre os elementos segundo
da unidade curricular de projeto e, por isso, um pensamento pessoal, que assume uma determinada
enquadrados segundo os limites do enunciado e dos linguagem. Um conjunto que todos os elementos e lhe
docentes. Desta forma, compreende-se que todo o seu processo confere uma narrativa comum.
decorreu de forma isolada e por isso, ambos os projetos se
assumem enquanto corpos singulares e consequentemente Essa assume diferentes formas, como por exemplo,
distintos entre si. a dos projetos como uma de estrelas
(Mansilla e Tuñon); um que organiza de forma associativa os
projetos em temas, conferindo-lhes uma determinada
No entanto, a sua foi identificar que e leitura enquanto conjunto (desenho de Enric Miralles); uma esfera
existiam comuns, que permitiam ligar um virtual composta por um conjunto de diferentes palavras, sobre as
projeto ao outro e vice-versa. Esta ainda que pouco quais se estabelecem infinitas (A esfera das relações - Santiago
fundamentada e fruto apenas de um reconhecimento mental de um Ortiz); uma parede feita de colagens de diferentes elementos, como
conjunto de que era identificar nos dois textos, desenhos ou imagens, com um tema comum (Muros -
projetos, gerou a inquietude da Eames); um diagrama que relaciona diferentes interesses,
- Seriam os projetos, apesar de elementos isolados e procurando o que resulta das suas (What's design -
distintos entre si, capazes de estabelecer um das Eames); uma curta-metragem sobre uma casa, feita a partir de
diversas fotografias que, colocadas e organizadas segundo uma
permite uma ideia de conjunto e uma leitura global
(House. After five years of living - Eames); e por um filme, que
A ideia de que, ao relacionar entre si diferentes elementos, mostra uma determinada segundo diferentes escalas,
permitindo compreender aquele acontecimento como o conjunto
do que lhes comum e daquilo em que se diferenciam, serviu de
de todas as suas Diferentes camadas, que no seu
conjunto ganham um outro carater e identidade (Power's of Ten -
Eames).
No sentido de procurar compreender a da
importou conhecer e analisar as abordagens de diferentes autores.
Era importante perceber de que forma se estabeleciam essas Power's of
no sentido de obter um maior e conhecimento Ten
sobre o conceito. Ao observar o trabalho de Mansilla e
Enric Miralles, Santiago Ortiz e Charles e Ray Eames,
Os dois projetos apresentados, dos quais se percebe
pelo comparativo que coisas comuns e que coisas
diferentes. pela escala do projeto, uma
Apesar das muitas compreende-se que em todos os escala dada pela planta de coberturas, sendo a partir
casos, ao provocar-se a entre os projetos, objetos ou coisas, deste ponto que os movimentos de afastamento e
uma ideia mais geral, uma mental, como posteriormente e por sua vez, acontecer. De seguida, inicia-se
resultado dessas e Interessante, o movimento de afastamento, desde a escala do projeto escala
do Depois volta-se novamente escala do projeto
compreender que a individualidade dos elementos
comprometida, ou seja, se perde a singularidade, tendo em
conta que, os projetos continuam a ter que lhe
No entanto, permite-se atingir um outro grau de A escolha da escala inicial, escala do projeto, faz-se, porque
realmente a de ambos os projetos pela escala
Os elementos passam a pertencer a um universo
do projeto, dada pelo lote e por um determinado enunciado. Logo,
mais abrangente, que lhes confere um novo uma outra
089 090
Sucessivamente, consegue-se ver o que existe de comum e de Ao colocar numa situação de conf ronto os dois projetos, LIVRO II - SINES vs ALMADA
diferente, no lugar, na cidade, e no território, regressando-se consegue-se convocar e reconhecer que em ambos, se torna
novamente ao projeto, vendo o que existe de igual e de diferente, possível comparar o seu contexto, e em simultâneo, Em complemento a este livro, o Livro II, é composto pela
entre a forma, a geometria, a relação com a envolvente mais reforçar a qualidade dos lugares em que se inserem. representação de ambos os projetos, o projeto de Sines e o projeto
próxima, até à escala do detalhe construtivo. de Almada, permitindo analisar com maior detalhe as carateristicas
próprias a cada proposta projetual e o seu processo projetual.
Esta organização procura refletir o mecanismo de conceção dos As ligações, outrora invisíveis, emergem agora como uma fina
projetos e a forma como a arquitetura é concebida. O início dá-se camada que traz ao nosso olhar a capacidade de ver as pequenas
conexões entre as coisas. De ver, por fim, construída a narrativa. Com o objetivo de provocar um confronto contínuo entre os dois
pela encomenda, um programa ou enunciado, para olhar para o projetos, textos e desenhos são colocados em espelho, permitindo,
território e só depois de olhar para o território, se consegue obter a ao observador não só validar as inter-relações assinaladas no Livro
perceção e domínio necessários para voltar à escala do projeto (à Este mecanismo de comparação, procura mostrar como realmente I, como também tirar as suas próprias elações, gerando-se outros
escala do lote) e poder então atuar de forma consciente. funciona um projeto, segundo o raciocínio do arquiteto. Podendo entendimentos sobre a forma como, apesar de diferentes, os dois
constituir-se como uma espécie de manual que mostra como projetos se relacionam entre si.
Charles e Ray Eames , em Power's of Ten, refletem perfeitamente a encarar, como confrontar um projeto. Tomando como referência
mesma ideia. Começa pelo olhar sobre a mão de uma pessoa que os Eames , o trabalho procura estabelecer uma ligação entre uma
está num jardim a fazer um piquenique, e depois começa a afastar maneira, que me é própria, pessoal, de ver a arquitetura.
até pensar no universo e depois de pensar no universo, regressa à
mão e aproxima-se até pensar na célula. A representação das coisas Claramente, o projeto de Sines e o projeto de Almada, são agora
começa-se pela escala própria ao ser humano. parte da mesma entidade, um fio condutor, fruto das suas
inter-relações que se tornam agora visíveis. Contam a história da
À representação dos projetos segundo esta ordem acrescenta-se qual os dois fazem parte, onde se afastam e aproximam, num
informação, os dados próprios a cada projeto e os tópicos daquilo diálogo que lhes é comum.
que é igual e diferente entre si. Tal como a informação que Eames
vai acrescentando no seu filme através do locutor, que à medida
que as imagens vão aparecendo, conta imensos dados. Para além Importa ainda referir que ao selecionar-se somente dois projetos,
no sentido de provocar a sua comparação com o objetivo de
dos dados e tópicos encontram-se também parágrafos
compreender as suas inter-relações e de que forma estas podem ser
interpretativos sobre a relação que se estabelece pela comparação reflexo de uma linguagem pessoal, é um processo que está
dos desenhos. consciente do seu enquadramento e naturais condicionantes.
Os projetos são colocados lado a lado, com a intenção de Quando se fala, por exemplo, da obra de Mansilla e Tuñon ou da
potenciar o seu confronto e identificar por efeito de comparação abordagem de Miralles, observa-se uma narrativa bastante mais
as suas inter-relações. Os layers de sobreposição e os tópicos que se complexa, tendo em conta o número de projetos que a costroem e
encontram na interseção das duas circunferências mostram o que a densidade da sua obra arquitetónica.
existe de igual entre os dois projetos e demonstram como
realmente existe uma narrativa que é comum a ambos. Naturalmente, enquanto estudante, esta reflexão é feita com base
num número de projetos bastante mais reduzidos e segundo um
enquadramento diferente, dado pelo contexto curricular em que
A relação é estabelecida e é através dela que os projetos ganham ambos os projetos se inserem. Neste sentido, é relevante destacar
uma nova leitura. Obtém-se a ideia de conjunto, de família, da qual que o trabalho pretende ser ponto de partida e não apenas uma
ambos os projetos fazem parte, nunca perdendo a sua reflexão sobre o que foi feito. Trata-se de um processo contínuo e
singularidade, mas potenciando-os enquanto parte de um pessoal, que naturalmente, se irá densificar, através de outros
pensamento comum. projetos, já em contexto profissional, enquanto arquiteta.
091 092
p. 006 001 Esquema do comportamento inicial dos dois projetos p. 026 014 Destaque para a observação do quinto território p. 050 027 Secção horizontal do Ginjal de Almada p. 069 046 Secção transversal do Museu do Mar
Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018
Adaptado de https://youtu.be/JPpaorWKNB0
p. 006 002 Esquema da interseção dos dois projetos p. 051 028 Secção horizontal da cidade de Sines p. 070 047 Secção transversal do Centro Cultural
Laura Dias, 2018 p. 028 015 Destaque para a observação do sexto território Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018
Laura Dias, 2018
p. 009 003 Playgrounds Adaptado de https://youtu.be/JPpaorWKNB0 p. 052 029 Secção horizontal da cidade de Almada p. 071 048 Secção horizontal do Museu do Mar
Mansilla + Tuñon Arquitectos, 2006 Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018
http://4.bp.blogspot.com p. 032 016 Esquema de organização dos seus projetos
Enric Miralles p. 053 030 Carta geológica de Sines p. 072 049 Secção horizontal do Centro Cultural. Piso Térreo
p. 010 004 Família de coberturas no Museu de Zamora ,"Mapas para una cartografía" Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018
Mansilla + Tuñon Arquitectos, 2001 1996 -2000
,"Sistema e Subjectividad", p. 054 031 Carta geológica de Almada p. 073 050 Secção horizontal do Museu do Mar. Piso -1
2001-2003 p. 036 017 Esfera de las relaciones Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018
Santiago Ortiz, 2004
p. 010 005 Família de vãos na fachada no Auditório da cidade de http://moebio.com/esfera/esfera.htm p. 055 032 Mapa das curvas de nível de Sines p. 074 051 Secção horizontal do Centro Cultural. Piso -1
León Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018
Mansilla + Tuñon Arquitectos, 2001 p. 036 018 Esfera de las relaciones
,"Sistema e Subjectividad", Santiago Ortiz, 2004 p. 056 033 Mapa das curvas de nível de Almada p. 075 052 Secção transversal do Museu do Mar
2001-2003 http://netescopio.meiac.es/files/imagen_6/160.jpg Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018
p. 011 006 Família de espaços em corte no Museu de Belas Artes de p. 036 019 Esfera de las relaciones p. 076 053 Secção transversal do Centro Culural
p. 057 034 Mapa do edificado de Sines
Castellón Santiago Ortiz, 2004 Laura Dias, 2018
Laura Dias, 2018
Mansilla + Tuñon Arquitectos, 2001 http://moebio.com/esfera/esferaemportugues/index.gif
,"Sistema e Subjectividad", p. 077 054 Fotomontagem do Museu do Mar
p. 058 035 Mapa do edificado de Almada Laura Dias, 2018
2001-2003 p. 038 020 What's Design? Laura Dias, 2018
Charles e Ray Eames, 1969
p. 011 007 Família de espaços em planta no MUSAC de León http://www.eamesoffice.com/the-work/charles-eames-design p. 078 055 Fotomontagem do Centro Cultural
p. 059 036 Mapa da indústria de Sines Laura Dias, 2018
Mansilla + Tuñon Arquitectos, 2001 -process-diagram/# Laura Dias, 2018
,"Sistema e Subjectividad",
2001-2003 p. 040 021 Walls p. 079 056 Secção construtiva da loja do Museu
p. 060 037 Mapa da indústria de Almada Laura Dias, 2018
Charles e Ray Eames, 1966 Laura Dias, 2018
p. 012 008 Família de espaços no Museu de Cantábria https://i.pinimg.com/564x/5d/70/ce/5d70cebae4d1d
Mansilla + Tuñon Arquitectos, 2001 a59eee24d2487a4f736--charles-ray-ray-eames.jpg p. 080 057 Secção construtiva do Auditório
p. 061 038 Secção horizontal da região de Sines Laura Dias, 2018
,"Sistema e Subjectividad",
Laura Dias, 2018
2001-2003 p. 042 022 Powers of Ten
Charles e Ray Eames, 1977 p. 081 058 Fotografia do túnel da antiga Calheta
p. 014 009 Territórios de interesse p. 062 039 Secção horizontal da região de Almada Laura Dias, 2018
https://sites.google.com/a/wcastl.org/the-westminster-scho Laura Dias, 2018
Laura Dias, 2018 ol-of-business-and-communication/_/rsrc/14888549891
Adaptado de https://youtu.be/JPpaorWKNB0 p. 082 059 Fotografia do Cais do Ginjal
75/entrepreneurship/powersof10/Stills-from-Powers-of-Te p. 063 040 Localização de Sines. Mapa de Portugal Laura Dias, 2018
n-1977.jpg Laura Dias, 2018
p. 016 010 Destaque para a observação do primeiro território
Laura Dias, 2018 p. 044 023 House. After five years of living p. 083 060 Detalhe construtivo da loja do Museu
Adaptado de https://youtu.be/JPpaorWKNB0 p. 064 041 Localização de Almada. Mapa de Portugal Laura Dias, 2018
Charles e Ray Eames, 1955
Laura Dias, 2018
https://images.adsttc.com/media/images/5530/fc36/e5
p. 020 011 Destaque para a observação do segundo território 8e/ceb8/7700/0110/slideshow/YouTubeStills.jpg?142 p. 084 061 Detalhe construtivo do Auditório
Laura Dias, 2018 9273640 p. 065 042 Secção horizontal do Museu à cota 21.30 Laura Dias, 2018
Adaptado de https://youtu.be/JPpaorWKNB0 Laura Dias, 2018
p. 047 024 Secção horizontal do Museu à cota 21.30 p. 085 062 Detalhe construtivo da loja do Museu
p. 022 012 Destaque para a observação do terceiro território Laura Dias, 2018 p. 066 043 Secção horizontal de coberturas do Centro Cultural Laura Dias, 2018
Laura Dias, 2018 Laura Dias, 2018
Adaptado de https://youtu.be/JPpaorWKNB0 p. 048 025 Secção horizontal de coberturas do Centro Cultural p. 086 063 Detalhe construtivo do Auditório
Laura Dias, 2018 p. 067 044 Secção logitudinal do Museu do Mar Laura Dias, 2018
p. 024 013 Destaque para a observação do quarto território Laura Dias, 2018
Laura Dias, 2018 p. 049 026 Secção horizontal da baía de Sines p. 087 064 Fotomontagem. Composição através dos diferentes elementos
Adaptado de https://youtu.be/JPpaorWKNB0 Laura Dias, 2018 p. 068 045 Secção logitudinal do Centro Cultural dos projetos
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