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28 de março de 2015
Penso que o grande desafio do professor nos dias atuais seja se desdobrar
para conseguir ensinar uma Ciência competindo pela atenção dos seus alunos
com smartphones, tablet, laptop, vídeo game e tantos outros recursos tecno-
lógicos que fazem a sala de aula à “cuspe e giz” parecer algo pré-histórico.
Para nós professores de Matemática esta disputa é ainda mais cruel, pois
historicamente há certo receio ou aversão a área de exatas e principalmente
a Matemática. Portanto tornar as aulas agradáveis e ao mesmo tempo esti-
mular o raciocínio lógico é o nosso grande desafio.
Para início o uso inteligente de uma calculadora pode ser uma importante e
rica ferramenta didática neste propósito. Temos atualmente dois grupos de
pensadores na educação que divergem quanto ao uso ou não da calculadora
como um recurso didático. O mais tradicional acredita que este instrumento
cumpre o papel de alienar os alunos levando ao ponto de usar a calculadora
até mesmo para somar dois mais dois. O outro grupo acredita que o uso
inteligente e adequado da calculadora pode auxiliar muito os alunos a per-
ceberem e entenderem processos aritméticos e algoritmos, noções de limites,
somas de infinitos termos, convergência entre outros.
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Além da grande variedade de atividades que podem ser desenvolvidas com o
uso da calculadora, há uma enorme gama de jogos que podem ser trabalha-
dos com os alunos usando como apoio uma calculadora. Veja dois exemplos
de jogos. O primeiro mostra como trabalhar o cálculo mental e a estimativa,
desenvolvendo a capacidade de elaborar estratégia.
Os alunos são divididos em duplas, e cada uma delas vai usar uma cal-
culadora simples. Em cada dupla, escolhe-se um jogador para começar. O
aluno escolhido deve dizer um número entre 1 e 10 e digitá-lo na calculadora.
O segundo jogador deve multiplicar o número inicial por 2,3,4,5,6,7,8 ou 9.
Alternadamente, os jogadores vão multiplicando os números de acordo com
cada escolha. Vence o jogo quem atingir 10.000. Se ninguém alcançar o valor
exato 10.000, perde o jogador que ultrapassá-lo.
Os alunos são novamente divididos em duplas e cada uma delas vai usar
uma calculadora simples. O professor deve escrever um número de oito dígi-
tos na lousa que, de preferência, possua muitos divisores. Os alunos devem
digitar esse número na calculadora, e a cada rodada, um aluno deve esco-
lher um dos números da lista: 2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12 que seja um divisor do
número inicial. A divisão será feita na calculadora e, se for exata, o aluno
ganha como pontos o número escolhido. Por sua vez, se a divisão tiver resto,
o aluno não pontua. Ganha quem tiver mais pontos no final.
Bibliografia