Computadores

SEGUNDA-FEIRA 4 ABRIL 2005 DIRECTOR JOSE MANUEL FERNANDES EDITOR RUI JORGE CRUZ

HP já tem um Toshiba lança Novos Lifebook O aspecto do Acção a dobrar

novo CEO o EasyGuard da Fujitsu Siemens MacOS X num PC e quanto chegue
A empresa foi buscar Mark Um conjunto de protecções Dos ‘tablet PC’ aos portáteis Um programa de ‘shareware’ De ‘Star Wars: Knights of the
Hurd, de 48 anos, que físicas e lógicas para para uso mais convencional, que emula a interface dos Old Republic II’ a ‘Star Wars:
era presidente da NCR os portáteis da marca desempenho e autonomia novos Mac num vulgar PC Republic Commando’
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TEK PANEL 460 LANÇADO RECENTEMENTE NOS EUA

Um PC-televisor
com diagonal de 115 cm
J. D. BIERSDORFER / NYT Circuits
VARIANTE DE COMPUTADORES pes-
para outros tantos formatos de cartões como os computadores e as máquinas suporte, o Tek Panel 460 traz consigo
de memória, usados para transferir fotográficas digitais. colunas de som Klipsch ProMedia pre-
conteúdos digitais entre dispositivos… Podendo ser pendurado na parede ou paradas para som Dolby Digital — mais

A soais denominada Windows

Media Center está a começar
a surgir um pouco por todo
o lado, permitindo usufruir
— numa só máquina — de filmes em for-
mato digital, da televisão e da panóplia
de recursos multimédia hoje disponíveis.
colocado num uma razão para o seu (elevado) preço de
11.000 dólares nos EUA.
Mas se o utilizador
quiser colunas melhores
e eventualmente outras
opções, terá que pagar
ainda mais…
E este tipo de computadores está mesmo Como qualquer bom
a realizar um assalto em forma à sala computador, o Tek Panel
comum das nossas casas, pretendendo 460 traz ainda um conec-
afirmar-se como sistemas multimédia tor de rede Ethernet
do tipo “tudo em um”, capazes mesmo de para ligação por banda
distribuir diferentes conteúdos para as larga à Internet, portas
restantes divisões da casa desde que esta USB 2.0 e FireWire,
disponha de uma rede (com ou sem fios). bem como um conector
Outras vezes, são aparentemente S-Video.
apenas televisores mais sofisticados. Para quem não
Nos EUA, surgiu agora este Tek Panel tenha tanto espaço
460, que, na verdade, é um computador — livre em sua casa ou
com 512 MB de RAM e o sistema ope- ocupado na carteira —,
rativo Windows XP que também já está o fabricante também
preparado para a TV de alta definição vende um modelo com
(HDTV na sigla norte-americana) no seu um ecrã mais pequeno,
esplendoroso ecrã gigante de cristais de 37 polegadas (cerca
líquidos com diagonal de 46 polegadas de 93 centímetros),
(algo como 115 centímetros!!). Pois o Tek mas que servirá igual-
Panel 460 dispõe de um sintonizador de mente para o utilizador
TV para 125 canais, um disco rígido de navegar na Internet enquanto se
80 GB, leitor-gravador de CD-ROM e estira no sofá, como qualquer “couch
de DVD e um conjunto de ranhuras potato” que se preze! ●

7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552
 NOVA VERSÃO DO ERP NAVISION JÁ LOC ALIZADA PARA PORTUGUÊS
Chegar a mais pequenas
e médias empresas
NOVA VERSÃO do “software”
A
de “enterprise resource
management” (ERP) da
Microsoft para as peque-
nas e médias empresas
— o Navision 4.0 — vai ser formal-
mente apresentada ao mercado nesta
semana, contando já com a locali-
zação para português e novidades
a nível da integração com sistemas
e aplicações da Microsoft. Francisco
Ramos Chaves, responsável pela
divisão de Business Solu-
tions da Microsoft, afirma
que, com esta versão, a
empresa espera alargar o
número dos seus clientes
de soluções de ERP já que
o potencial de crescimento
é elevado.
“Assistimos a uma
grande ‘democratização’
das soluções de ERP.
As empresas de média e
pequena dimensão têm
cada vez mais acesso a
ferramentas que, antes,
estavam limitadas às
grandes empresas, pelo
que hoje podemos chegar
a um conjunto maior de
organizações”, disse Fran-
cisco Ramos Chaves. Hoje,
o Navision conta com
cerca de 300 clientes em
Portugal, estando dispo-
níveis mais de 30 soluções
verticais, desenvolvidas
pelos 26 parceiros espe-
cializados da Microsoft
nesta área.
Durante este ano, a
divisão de “software” da
Microsoft para as peque-
nas e médias empresas
(PME) deverá crescer
30 por cento em termos
de volume de negócios
— mas Francisco Ramos Chaves não
adianta previsões para o número de
clientes das soluções Navision até ao
final de 2005, realçando que existe
um grande potencial de crescimento
em número de clientes e também no
âmbito dos clientes já existentes.
A base instalada de clientes
das soluções Navision usa, na sua
maioria, versões actuais das apli-
cações, havendo pelo menos 70 por
cento a utilizarem já
soluções posteriores FÁTIMA
à 3.x mas Francisco / Casa
Ramos Chaves não
adiantou também qual a percenta-
gem destes clientes que poderá, num
curto prazo, mudar para o Navision
4.0. Estimando que o tempo de vida
médio de um ERP se situa nos 5 a
7 anos, o responsável pela área de
soluções empresariais acredita que
vamos assistir agora a um novo ciclo
de renovação, já que muitas das
mudanças anteriores se verificaram
aquando da preparação para o ano
2000 e para o euro.
A versão 4.0 do Navision já foi
lançada a nível internacional há
cerca de quatro meses mas só agora
será disponibilizada no mercado
nacional devido ao processo de loca-
lização. Francisco Ramos Chaves
explica que este passa pela tradução
da interface do ERP mas também
computadores .2 S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5
pela adaptação às regras portugue- —, pelo que não gozou ainda da
sas da contabilidade, existindo uma integração no desenvolvimento
equipa que tem por missão manter o nem passou pelos sistemas de
acompanhamento das novas regras a validação da Microsoft antes da
fim de as introduzir no Navision. chegada ao mercado.
Desenvolvido especificamente A integração com o ambiente
para as pequenas e médias empre- da Microsoft é evidente na inter-
sas, o Navision pretende facilitar a face do Navision 4.0 — que se
gestão das áreas de contabilidade assemelha agora à do Outlook
e finanças, produção, distribuição — mas também na ligação a outras
e gestão de clientes — integrando aplicações dos pacotes de produti-
todas estas funcionalidades num só vidade da empresa e mesmo a fer-
ramentas empresariais.
Os utilizadores gozam
agora da possibilidade
de fazer modificações
em documentos de Word
ou contactos do Outlook
que são imediatamente
reflectidos no Navision,
podendo ainda fazer
envios directos de docu-
mentos cujos registos de
“evento” são apresenta-
dos na ficha de cliente.
Para resolver eventu-
ais conflitos decorrentes
de alterações em dife-
rentes aplicações — que
podem ser realizadas
até por diferentes utili-
zadores —, o Navision
inclui ainda um sistema
de resolução de tais con-
flitos que valida as alte-
rações de dados.
Outra das faces mais
evidentes da integração
do Navision no ambiente
de desenvolvimento da
Microsoft é o módulo
Business Analytics, que
ainda não está disponível
mesmo na versão inter-
nacional. Utilizando as
ferramentas de OLAP
Services da base de
dados SQL, este módulo
produto que pode ser usado como é uma abordagem baseada na
solução completa. Como ERP II, o filosofia de “business intelligence”,
Navision junta as áreas tradicionais permitindo uma grande flexibili-
de um planeamento dos recursos dade em termos de apresentação
empresariais com as ferramentas de dados segundo as necessidades
de “costumer relationship mana- de análise dos utilizadores.
gement” (CRM), garantindo a inte- Armando Pinto, gestor de pro-
gração dos dados e a visão global do duto da área Business Solutions da
negócio da empresa. Microsoft, diz que este módulo será
O Navision 4.0 é a primeira disponibilizado em inglês ainda em
solução de ERP para as PME já Abril mas que, até ao final do ano,
completamente deverá ser feita a tradução para
CAÇADOR desenvolvida sobre português da interface. Do mapa
dos Bits plataformas da de desenvolvimento da solução
Microsoft. A ante- consta ainda uma nova versão do
rior versão 3.7 foi lançada ainda Navision 4.x em 2006, só se espe-
numa fase de transição — após a rando para 2007 a próxima grande
compra da empresa dinamarquesa renovação, com o lançamento da
Navision pela Microsoft, em 2002 versão 5.0. ●
Um modelo de negócio assente em parceiros
A área de Business Solutions da Microsoft tem um modelo de negócio
assente nos parceiros, que “verticalizam” a solução para os diferentes
segmentos de mercado. Entre os 26 parceiros certificados pela Microsoft,
foram já desenvolvidas adaptações do Navision para os mais diversos
segmentos, sendo a presença bastante distribuída entre eles, explicou
Francisco Ramos Chaves.
Estes parceiros estão já a trabalhar com a nova versão do Navision, pelo que,
no dia 12, com o lançamento oficial da aplicação, estarão já alguns “add-on”
prontos — mas Francisco Ramos Chave deixou para a data de lançamento a
revelação de quais os parceiros e dos módulos cujo desenvolvimento já tiver
sido concluído. ● F.C./CdB
 HP ESCOLHE EX-PRESIDENTE DA NCR

Mark Hurd
sucede a
Carly Fiorina
LOU DEMATTEIS/REUTERS

HURD de execução e para liderar e

M
ARK
foi nome- melhorar o desempenho das
ado “chief equipas com que trabalha”,
executive disse Patricia Dunn, que
officer” salientou o trabalho por ele
(CEO) da HP e irá suceder realizado na NCR, “que,
a Carly Fiorina, afastada apesar de ser uma empresa
do cargo por decisão do mais pequena que a HP, é
conselho de administração uma organização complexa
da empresa há cerca de e que abarca diversas áreas
dois meses. Com 48 anos de negócio”.
de idade, Hurd (na foto) Na NCR, que fabrica
ocupava, desde Março de máquinas ATM (ou de Mul-
2003, o cargo de presidente tibanco, como cá são conheci-
da NCR, empresa onde das), diversos equipamentos
trabalhava há 25 anos. para pontos de venda ( “point
O afastamento de Carly of sales” ou POS) e soluções
Fiorina teve lugar no início para a área financeira, Mark
de Fevereiro, motivado pelos Hurd foi durante três anos
resultados alcançados pela presidente e “chief operating
empresa e por divergências officer” (COO), tendo sido
estratégicas com os restan- responsável por melhorar o
tes membros do conselho de desempenho de cinco áreas
administração. Na passada de negócio distintas. No ano
quinta-feira foi nomeado o fiscal de 2004, a NCR registou
novo CEO, a quem caberá receitas na ordem dos 6000
agora encontrar — e execu- milhões de dólares, mais 7
tar — as soluções para os por cento que no ano ante-
principais rior, tendo o
problemas ISABEL GORJÃO SANTOS lucrolíquido
com que a quase quin-
empresa se defronta. Hurd tuplicado para 290 milhões
reconheceu as dificuldades de dólares — números que
mas mostrou-se optimista; mostram bem a diferença
e, nas primeiras declarações de dimensão entre a NCR e
após a sua nomeação, falou a HP, cujas receitas deverão
mesmo no “conjunto de chegar aos 86 mil milhões.
oportunidades” que pretende A nomeação de Mark
aproveitar. “Quero inteirar- Hurd coloca um ponto final
me de todos os aspectos do no momento de indecisão
negócio e concentrar-me-ei vivido na HP desde a des-
em fazer o meu melhor para tituição de Carly Fiorina,
optimizar cada vertente da motivada pelas críticas
empresa”, disse Mark Hurd, de diversos membros do
quando confrontado com as conselho de administração,
primeiras perguntas sobre a que a responsabilizaram
estratégia que irá adoptar. pelos resultados financeiros
Patricia Dunn, presidente — considerados fracos — e
não executiva do conselho de pela redução das margens de
administração da HP, anun- lucros em áreas fundamen-
ciou a nomeação de Mark tais para a empresa, como é
Hurd e referiu que fora uma o caso das impressoras desti-
decisão unânime do conselho. nadas ao grande consumo.
Os seus membros — em par- Por ter saído da NCR
ticular, Dunn, Jay Keyworth antes do final do seu
e Tom Perkins — escolheram contrato, Mark Hurd irá
um novo CEO de entre uma receber da HP uma indem-
lista de diversos candidatos nização de 2 milhões de
que entrevistaram. “Mark dólares, passando a auferir
Hurd captou a nossa atenção um salário anual de 1,4
pela sua forte capacidade milhões de dólares. ●

S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5 computadores .3
 TOSHIBA PROTEGE MELHOR OS SEUS COMPUTADORES PORTÁTEIS

EasyGuard contra
o choque e a intrusão
TOSHIBA APRESENTOU recente- ínfimas dos pratos do disco — tocarem Mas os riscos físicos não são os únicos

A
nentes e produtos baseado em memória
mente um conjunto de tecno- a superfície destes (o que dita imediata- contemplados nesta estratégia Easy- do tipo Flash), a Toshiba passou a dispor
logias e soluções destinadas mente a perda da informação contida nos Guard, da Toshiba, para a protecção dos de um “chip” de memória Flash NAND
a reforçar a resistência dos segmentos tocados). A colocação de mate- seus portáteis. Também a nível lógico com a extraordinária capacidade de 8
computadores portáteis aos riais absorventes de choque e protectores esta foi reforçada. Um elemento dessa gigabytes graças ao uso de tecnologia
choques, quedas e outros “maus-tratos” passou também a ser feita noutros com- protecção é a tecnologia Execute Disable CMOS de 70 nanómetros — que permite
a que eles se vêem sujeitos ponentes dos computadores Bit (XD-Bit), que confere ao processador a dotá-lo de 3 mil milhões de transístores
mais frequentemente. capacidade de distinguir o código normal — e de células multinível. O desempenho
Esse conjunto dá pelo e muito do mal-intencionado, como o dos do novo “chip” é impressionante (60 MB/
nome de EasyGuard vírus e “worms”, sobretudo quando estes segundo), algo como 40 por cento supe-
e, para além de tentam introduzir-se na chamada memó- rior ao da anterior geração deste tipo de
outros atributos já ria intermédia do computador. semicondutores, cuja capacidade era de
presentes noutros Acresce ainda a adopção de um “chip” 4 GB e baseada em tecnologia CMOS de
modelos ante- da Infineon — o fabricante de semicon- 90 nanómetros. ●
riores da marca dutores do grupo
japonesa (como Siemens — que,
certos ele- em combinação
mentos de com “software”
“software”), e soluções de
dele sobres- cifragem de
saem os dados de identi-
cantos arredon- ficação, permite
dados dos computadores — reduzindo portáteis da Toshiba, como o ecrã e o proporcionar uma
assim uma dimensão física muitas inversor das máquinas (um componente segurança acrescida
vezes responsável pelas quedas, ao de elevada voltagem que gere a lumino- dos dados e do acesso
mesmo tempo que, quando os portáteis sidade do ecrã). ao próprios compu-
caem ao cão sobre um canto, aumentam A protecção física é como que com- tador.
as probabilidades de eles resvalarem e, pletada por uma caixa cuja estrutura é Mas a colabora-
assim, reduzirem a força do impacto. constituída por um composto de magnésio ção da Toshiba com
Outro elemento reside na protecção e por uma protecção do teclado contra o os fabricantes de
física do disco rígido, que derrame de líquidos, capaz semicondutores não
passa ser montado sobre RUI JORGE CRUZ de evitar os danos por estes se fica por aqui. Com
apoios amortecedores de causados até um volume na efeito, em cooperação
choques e vibrações, de forma a reduzir ordem dos 200 centímetros cúbicos. O com a SanDisk Corp.
as probabilidades de as cabeças de lei- Toshiba Portégé M300 é o primeiro a (mais conhecida por
tura e escrita — separadas por distâncias dispor destes recursos de protecção. todo o tipo de compo-

XEROX INSTALOU NOVA INFRA-ESTRUTURA DE IMPRESSÃO NO GRUPO SUMOL

Reduzir as máquinas e controlar os custos

SUMOL PRETENDIA remo- todo, imprimiam cerca de 12 milhões de

O
GRUPO O facto de os novos equipamentos dispo- papel timbrado de determinada empresa.
delar todo o seu sistema de documentos por ano. rem de quatro gavetas para outros tantos Se outra impressão fosse realizada ao
impressão de documentos. Com uma tão vasta infra-estrutura, o tipos de papel resolveu um outro problema: mesmo tempo, os documentos podiam ser
Procurou um parceiro e esco- grupo Sumol deparava-se com vários pro- antes, como as várias empresas do grupo impressos no papel errado, que assim era
lheu a Xerox para concretizar blemas: era difícil calcular quanto custava usavam as mesmas impressoras, nem desperdiçado.
o projecto. Mais de 300 máquinas foram cada impressão e imputar esse custo à sempre corriam bem as impressões com o Com a nova infra-estrutura, é também
substituídas por cerca de 60 e a empresa respectiva empresa, era complicado possível garantir a confidencialidade
prevê uma redução nos custos de impres- gerir o suporte técnico aos equipa- dos documentos, uma vez que cada
são de cerca de 30 por cento. mentos de diferentes marcas (quase utilizador possui um código de acesso
O objectivo deste grupo alimentar foi tantas como as que existem no mer- que pode usar para que a impressão
reduzir os custos de impressão e simplificar cado) e também não era simples a seja feita apenas quando o seu número
a infra-estrutura que possuía, composta por gestão dos consumíveis adequados pessoal (“pin”) é introduzido e o autor
mais de 300 máquinas — entre as quais, a cada equipamento. da impressão se encontra junto da
impressoras, copiadoras e aparelhos de fax. Para resolver todas estas difi- máquina. A velocidade de impressão
Consultadas diversas empresas, a opção culdades, os responsáveis do grupo aumentou de 4 páginas por minuto
acabou por recair sobre a solução apresen- pensaram em substituir toda a infra- (em média) para as 40 páginas por
tada pela Xerox. Na semana passada, as estrutura por equipamentos de um minuto.
duas empresas apresenta- só fabricante, ao “Este projecto permitiu uma redu-
ram o “caso de estudo” em ISABEL GORJÃO SANTOS qual seria também ção nos custos totais de impressão na
que este projecto se tornou adjudicada toda a ordem dos 30 por cento e, ao mesmo
devido à dimensão da infra-estrutura refor- gestão dos consumíveis e a manu- tempo, possibilitou a emissão de docu-
mulada e das empresas envolvidas. tenção e suporte técnico dos equipa- mentos oficiais para cada uma das sete
Tratando-se de um conglomerado mentos. A Xerox encarregou-se do empresas do grupo de forma simples
empresarial que agrega várias marcas projecto, ficou responsável pelo des- e automática”, declarou Adriano Ser-
de refrigerantes, água e cerveja, o grupo tino das 329 máquinas retiradas e rano, administrador do grupo Sumol.
Sumol possui um sector a que chamou substituiu-as por 64 unidades novas. José Miranda Clara, director
Centro de Serviços Partilhados de Foram instalados 54 equipamentos de “marketing” da Xerox Portugal,
Sistemas de Informação (CSP-SI), que multifunções, que imprimem a preto salientou, por seu lado, que a impres-
gere uma infra-estrutura informática e branco, e outros dez equipamentos são representa um dos principais
composta por 500 PC de secretária, 150 que imprimem ou efectuam cópias custos da empresa nos seus escri-
computadores de bolso e 22 servidores. a cores. O contrato foi estabelecido tórios. “É necessário compreender
A essa infra-estrutura estavam também em regime de “outsourcing”, o que esses custos e modificar a forma de
ligados, até há pouco tempo, 329 equipa- significa que o grupo Sumol passou trabalhar. Através de uma avaliação,
mentos de impressão — 97 impressoras a pagar um montante mensal pelo é possível identificar formas de redu-
a laser, 139 impressoras a jacto de tinta, uso dos equipamentos e pelos servi- ção de custos que poderão chegar aos
44 fotocopiadoras e 49 faxes —, que, ao ços prestados. 40 por cento”. ●

computadores .4 S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5
 NOVOS MODELOS DE COMPUTADORES PORTÁTEIS DA FUJITSU SIEMENS
Maior mobilidade e menor
consumo de energia
FUJITSU SIEMENS aprovei- dado muitos problemas. O ecrã de
A
tou a ocasião da CeBIT
2005, em Hanover (Ale-
manha) para apresentar
um conjunto de novos
modelos de computadores portáteis, acelerador de 3D.
que vieram renovar as suas linhas
de “notebooks”
profissionais.
Embora ainda
não contem-
plando os
mais recentes
processadores
da família
“Sonoma”, da
Intel, os novos
Lifebook tiram
partido do que
de melhor tem a
série imediata-
mente anterior
— dos Pentium
M Centrino a
menores fre-
quências de reló-
gio mas também
proporcionando maio-
res tempos de auto-
nomia — para exibirem
diferentes mas atraentes
combinações de robustez e
de desempenho para os utili-
zadores profissionais, sejam eles
empresariais ou não.
Assim, o Lifebook T4010 é um
“tablet PC” que enche o olho de
qualquer potencial utilizador da
mobilidade extrema e diversifi-
cada. Pesando apenas 1,9 Kg, pode
conter processadores entre 1,6 e
2 GHz, entre 256 MB e 2 GB de
RAM, comporta todas as tecnolo-
gias sem fios — nomeadamente
WLAN assente em Wi-Fi (a, b e g)
e Bluetooth em versão 1.2 — para
além das proverbiais conexões de
rede Ethernet, de FireWire, portas da Corel, e o
USB, ranhuras para
PC Card e memórias RUI JORGE CRUZ
Flash Secure Digital
(SD) ou Memorystick (da Sony), etc. utilitários de gestão da máquina.
Isto para além de um replicador de
ligações para ampliar o leque de
possibilidades.
Os discos deste T4010 poderão
ser de 40, 60 ou 80 GB — mas
ainda apenas de 5400 rotações
por minuto (rpm), pois são poucos
os fabricantes que se aventuram
nos novos de 7200 rpm, que têm
XGA e aceita processadores desde
matriz activa é de 12,1 polegadas e o Celeron M ao Pentium M entre
permite a escrita manual, apoiado os 1,5 GHz e os 1,7 GHz. Dotado de
por um controlador gráfico da uma robustez permitida também
Intel, o 855GME, de 32 bits e com pelo seu “form factor”, o Lifebook
C1110 consegue, mesmo assim
Quanto a “software”, o sistema (e segundo a Fujitsu Siemens)
operativo é proporcionar até nove horas de
o Windows autonomia se se usar uma segunda
XP Tablet bateria. Os conectores de rede e
PC Edition outros são os convencionais nos
2005, da computadores portáteis para uso
Microsoft,
e entre as
aplicações
profissional.
Também com um ecrã TFT de
15,1 polegadas mas capaz de reso-
avultam
o Norton
G h o s t
luções SXGA+ — suportada por
um controlador gráfico ATI Mobile
Radeon X600, com 64 MB de
2003 (para memória dedicada —, o Lifebook
cópias de E8020 conta entre as suas opções
segu- com recursos de ligações sem fios
WLAN e Bluetooth. Os processa-
dores deste modelo poderão ser os
Pentium M a 1,73 GHz e 2 GHz,
também com RAM entre 256
MB e 2 GB. A segurança pode
ser reforçada através do uso de
SmartCard. As opções de disco
são de 40 e 80 GB, com uma ter-
ceira de 60 GB a partir do próximo
mês de Maio.
Um pouco menor na dimen-
são do ecrã (14,1 polega-
das), o Lifebook S7010
volta a privile-
giar a leveza
— 1,75
Kg
— e a
autono-
rança do mia (10
sistema), horas com
o Grafigo, segunda bateria)
apesar de apenas
Acrobat vir com o processa-
Reader, da Adobe, d o r Pentium M a 2 GHz, da
para além de diversos Intel. Para maior segurança, este,
como outros
Num registo mais convencional
mas na categoria dos ultraleves,
surge o Lifebook P7010. Com
apenas 1,3 Kg, este portátil pode
proporcionar até 10 horas e 30
minutos de autonomia (se se recor-
rer a uma segunda bateria) graças
à tecnologia de baixa voltagem dos
seus processadores Pentium M
de 1,2 GHz.
O ecrã
d o
P7010
é de TFT
e 10,6 polega-
das mas suporta mode-
resoluções até 1028 l o s ,
x 768 pixels graças propor-
a um controlador cionam a opção de um leitor de
gráfico análogo ao impressão digital que faz o “scan-
usado pelo T4010 ning” da ponta do dedo com este
— sendo as opções em movimento, o que garante uma
de disco de 60 e 80 superior infalibilidade no reconhe-
GB. cimento e permite que ele não “se
Nos antípodas atrapalhe” com pequenas cicatrizes
do Lifebook P7010 ou “defeitos” passageiros. Sendo um
surge o C1110. leitor de menores dimensões (como
Quase a pesar 3 se pode ver numa das imagens, no
Kg, tem ecrã de canto superior esquerdo), facilita o
15,1 polegadas “engineering” dos portáteis e consu-
com resolução mirá menos energia. ●
S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5
uma pergunta a
Barbara Schädler
Vice-presidente da Fujitsu
Siemens Computers para a área
do ‘marketing’
A Fujitsu apresentou a sua previsão de
resultados, que apontam para um cresci-
mento de 13 por cento. Como avalia essas
previsões e a que factores se devem? A
presença no mercado europeu e o investi-
mento nos parceiros são parte fundamen-
tal da estratégia da empresa?
Mercado das TI
em recuperação
O
nosso ano fiscal de 2004 terminou
agora, pois, apesar de sermos uma
empresa europeia, adoptámos o ano
fiscal japonês. Os resultados obtidos
são algo de que nos orgulhamos,
porque vamos superar a média do mercado em mais
de 5 por cento, o que representa um crescimento de
mais de 13 por cento. Podemos, portanto, falar de
orgulho, pois este foi o nosso melhor ano de sempre.
A empresa conta agora seis anos e tem registado
resultados acima da média do mercado. Isso consti-
tui uma boa oportunidade, um bom desempenho na
disponibilização de “software” e de soluções de tec-
nologias de informação, o que está relacionado com
o facto de sermos uma empresa com sede na Europa
e que compreende o mercado a que se dirige.
Há muitas razões que levaram a estes resultados.
O mercado não esteve assim tão mal em 2004 mas,
para conseguir resultados superiores à média do
mercado, houve também outros motivos, como o
facto de estarmos muito próximos dos parceiros,
tais como os ISV (fornecedores independentes de
“software” e aplicações) e os integradores de siste-
mas. Houve também diversas inovações relacionadas
com as soluções que fornecemos. A inovação é muito
importante, bem como a eficiência no que se refere
ao fornecimento das soluções — e essa é uma das
razões por que continuamos a produzir na Europa.
Quando tentamos fazer o “outsourcing” da produção
na Ásia, por exemplo, podemos poupar cerca de 9
euros por computador (em termos de mão-de-obra)
mas teremos um custo de transporte definitivamente
superior. Para além disso, há imensas vantagens em
estar perto dos clientes.
O mercado das tecnologias de informação está agora
em recuperação. Já 2004 foi um ano bom e 2005
também não se prevê que seja mau. A mobilidade
é um tópico fundamental, bem como os centros de
dados e a respectiva eficiência. As tecnologias de
informação têm vindo a ser cada vez mais usadas,
por exemplo, na área da saúde.
O mercado europeu é diferente dos outros por uma
série de razões. Há muitas línguas diferentes, diver-
sas culturas, clientes e comportamentos distintos.
Quando planeamos uma campanha, temos que estar
certos de que vai funcionar em cada região.
Na última edição da CeBIT [a feira de tecnologias
que decorreu em Hanover, na Alemanha, há cerca
de três semanas], apresentámos diversas soluções
de mobilidade [ver notícia ao lado]. Por outro lado,
há que salientar que somos uma empresa completa-
mente centrada nos parceiros, tanto no que se refere
ao negócio de grande consumo como no que toca
às pequenas e médias empresas. Este último sector
tem vindo a interessar-se por novas soluções e pelas
suas vantagens, e tem também investido bastante na
mobilidade — sendo uma das áreas em que regista-
mos maior crescimento. ●
Depoimento colhido por Isabel Gorjão Santos
computadores .5
 virose
Três novos ‘worms’ potencialmente perigosos
Na continuação das semanas calmas que temos tido em termos
de aparecimento de novas grandes ameaças na área dos vírus
informáticos, a semana passada não destoa das anteriores. No
entanto, surgiram três novos “worms” que, embora ainda não
representem um perigo real, estão a ser seguidos com atenção pelas
empresas de segurança informática, pois trazem em si ameaças
potencialmente perigosas.
O primeiro deles chama-se Kelvir-F e propaga-se através do
Windows Messenger, aparecendo a coberto de uma protecção
de ecrã humorística. Ele usa várias mensagens para se propagar e
envia-se a si próprio para todas as pessoas da lista de contactos do
computador infectado.
As mensagens são escolhidas aleatoriamente de entre as seguintes:
“hey check this out I almost pee’d my pants”,“wow, i almost fell off
the chair when i saw this”,“haha i just found the funniest drawing,
check it out”,“wow, this drawing
makes you feel like your’re on some
type of drug” ou “crazy, its like a virtual
acidtrip or something, check it out”.
Clicando sobre o endereço que
aparece logo a seguir à mensagem,
o utilizador é direccionado
para uma página na Web que
contém um ficheiro chamado
Funnyashell.scr a fim de
o descarregar. Este
ficheiro contém,
por sua vez, o vírus
Rbot-ZU, que, sem
a intervenção do utilizador,
pode infectar rapidamente
computadores desprotegidos.
O segundo “worm” é o Mytob, que
viu surgir, só durante a última semana,
oito variantes — das quais as últimas
foram as R e S. O Mytob é um “worm”
de distribuição em massa por correio
electrónico que pode abrir “backdoors” nos
computadores infectados e que, nas variantes
mais recentes, tenta mesmo impedir o acesso dos
.com
Fujitsu Siemens cresceu 13 por cento…
A Fujitsu Siemens apresentou os resultados provisórios
relativos ao ano fiscal de 2004 (findo em 31 de Março),
tendo registado receitas na ordem dos 6 mil milhões de
euros e um crescimento de 13 por cento face ao ano fiscal
anterior. Os lucros antes de impostos deverão atingir os 94
milhões de euros, mais 32 milhões que no ano anterior, ou
seja, mais cerca de 51 por cento. Entre as áreas que mais
contribuíram para estes resultados estão os computadores
portáteis de grande consumo (que terão registado
um crescimento de 58 por cento) e os computadores
portáteis destinados ao sector empresarial, cujo aumento
de vendas deverá ser de 28 por cento. O crescimento
relativo a serviços deverá ser de 32 por cento e, no que se
refere aos servidores Primergy, o aumento será de 18 por
cento. A Europa Oriental é a região onde a empresa teve
maior crescimento (58 por cento), seguindo-se o Reino
Unido e a Irlanda (34 por cento), o Médio Oriente e África
(32 por cento) e a Itália (27 por cento). Na Alemanha, o
crescimento cifra-se nos 9 por cento. ●
… e 15 por cento em Portugal
Quanto à sua actividade em Portugal, a Fujitsu Siemens
anunciou uma facturação para o ano fiscal de 2004 na
ordem dos 44 milhões de euros — mais 15 por cento que
no ano anterior — e uma progressão de 20 por cento nos
lucros. A empresa avançou ainda com a sua previsão de
resultados para o ano fiscal que agora decorre, esperando
que a facturação em Portugal alcance os 51 milhões
de euros em 2005. Em termos globais e no segundo
semestre do ano fiscal de 2004, a empresa prevê alcançar
um crescimento nos lucros na ordem dos 13 por cento.
As vendas deverão chegar aos 3440 milhões de euros,
prevendo-se lucros antes de impostos de 74 milhões de
euros — um acréscimo de 24 milhões de euros (46 por
cento) quando comparado com o ano anterior. ●
Parceria Unisys-JBoss para ‘open source’
A Unisys Corporation e a JBoss formalizaram uma parceria
que irá permitir à Unisys oferecer aos seus clientes
computadores .6
OS VÍRUS DA SEMANA
Dia 4
WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.C;D;E, W97M/
Alamat, VBS/Aqui
computadores infectados aos sítios das empresas de programas de Dia 5
segurança para evitar a actualização dos respectivos programas e VBS/Aqui, VBS/Zync, VBS/Irvine@MM,
bases de dados de vírus. VBS/Alphae, W32/Winur.worm.a, W32/
O último destes “worms” chama-se Sory-A e propaga-se através Winur.worm.b, W97M/Alamat, X97M/Anis,
das partilhas de rede. Ele tenta roubar informação confidencial dos W32/Urick@MM, W32/Supova.d.worm,
sistemas infectados: fazendo um registo dos dados introduzidos W32/Supova.e.worm, W32/Supova.f.worm,
através do teclado; copiando as configurações do correio X97M/Hopper.r, W97M/Jackal.A, WM/Eraser.A:
electrónico; copiando também as informações sobre o “hardware” Tw, WM/HELPER.F;G;H, AOS.A, VBS/Count,
do computador e o registo do Windows. JS/Gigger.a@MM
Falhas corrigidas no ‘kernel’ do Linux Dia 6
WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.C;D;E, WM/
O “kernel” do Linux foi actualizado de modo a colmatar seis falhas KOMPU.A, W97M/Alamat, VBS/Aqui
graves de segurança que podiam ser exploradas para o desencadear
de ataques do tipo “denial of service” (DoS), desproteger informação Dia 7
confidencial ou obter privilégios de utilizador ilimitados. VBS/Aqui, W97M/Alamat, WM/Alliance.A,
São as seguintes as falhas: W32/Supova.f.worm, W32/Supova.e.worm,
— Erros não especificados no “handler” W32/Supova.d.worm, WM/Eraser.A:Tw, WM/
do sistema de ficheiros ISO9660, incluindo ERASER.H
as extensões Rock Ridge e Juliet, que
podiam ser exploradas para desenvolver
Dia 8
ataques de DoS ou
WM/Eraser.A:Tw, VBS/San@M, VBS/
corromper memória para
Valentin@MM, WM/KOMPU.A, W97M/Alamat,
poder executar código
VBS/Aqui, W97M/Tolu
arbitrário;
— Um erro na função “bluez_
Dia 9
sock_create()” que, ao criar
VBS/Aqui, VBS/Alphae, VBS/Inself, W97M/
“sockets” de Bluetooth,
Alamat, TRASHER.D, WM/Eraser.A:Tw, Acid.A
pode ser explorado para
(intended), W97M/Jackal.A
obter privilégios do tipo
“root” num sistema vulnerável;
— Uma fuga de informação Dia 10
existente no “ext2” quando se X97M/Hopper.r, W97M/Nono.A, WM/Helper.B,
cria novas directorias e que pode AOS.A, WM/Eraser.A:Tw, WM/Helper.A;B,
desproteger memória do “kernel”; VBS/Loveletter.ar, W97M/Alina.a@mm,
— Um erro no “load_elf_library” W97M/Melissa.ao@mm, W97M/Hope.p, VBS/
que pode ser explorado para Baracu.A@mm, VBS/Count, VBS/Godzilla@M,
desencadear ataques de DoS. W97M/Alamat, X97M/Anis, W32/Urick@MM,
A versão actualizada do “kernel” VBS/Zync, VBS/Aqui, JS/Gigger.a@MM, VBS/
do Linux é a 2.6.11.6. ● JOSÉ DOUTIL IISDel.worm
empresariais suporte relacionado com sistemas baseados 60 por cento de todo o tráfego de correio electrónico é
no Application Server JBoss. Quer isto dizer que a JBoss gerado por “spam”. ●
e a Unisys vão trabalhar em conjunto para garantir a
instalação do servidor aplicacional JBoss nas plataformas Adobe facturou 472,9 milhões no trimestre
de servidores escaláveis da Unisys. “A nossa relação de
parceria com a Unisys tem crescido rapidamente. Há A Adobe Systems anunciou os seus resultados financeiros
um evidente contributo por parte da Unisys ao nível do relativos ao primeiro trimestre deste ano fiscal, que
‘software’ JBoss Application Server, principalmente nas terminou a 4 de Março. A empresa registou receitas de
áreas de escalabilidade e desempenho”, referiu Marc Fleury, 472,9 milhões de dólares, montante superior aos 423,3
presidente da JBoss. “Esta colaboração é fundamental para milhões de dólares reportados no primeiro trimestre do
a nossa estratégia de mostrar que o ‘open source’ é seguro ano fiscal de 2004 e aos 429,5 milhões registados no quarto
para as empresas”, concluiu. A JBoss fornece recursos e trimestre de 2004. “O crescimento explosivo dos conteúdos
tecnologia para projectos empresariais baseados em digitais continua a motivar a procura das soluções da
“open source” e a colaboração com a Unisys tem permitido Adobe para todos os segmentos de clientes”, afirmou Bruce
integrar o “software” JBoss Application Server em toda a Chizen, “chief executive officer” (CEO) da empresa. “Esta
linha de servidores da Unisys. ● procura é particularmente evidente nos nossos negócios
da área de ‘documentos inteligentes’, onde assistimos a
Trend Micro parceira da Sina um aumento da adopção de fluxos de trabalhos baseados
em documentos PDF, da Adobe, por organizações e
A Trend Micro, fornecedora de soluções antivírus e organizações governamentais de todo o mundo”. ●
de segurança de conteúdos para a Internet, acaba de
anunciar um acordo com a Sina, o portal de Internet mais Colt aposta no crescimento orgânico
visitado na China, para fornecimento de uma solução
de protecção e segurança que contemplará mais de 100 A Colt Telecom está a apostar num crescimento orgânico,
milhões de utilizadores de correio electrónico. A Trend não prevendo adquirir outras empresas do sector. Jean-
Micro irá oferecer diversos serviços de segurança aos Yves Charlier, presidente executivo deste grupo britânico
clientes da Sina, os quais serão associados ao correio de telecomunicações, admitiu há dias em Lisboa que
electrónico disponibilizado pelo portal. Num futuro ainda existe margem para uma maior concentração no
próximo, as duas empresas planeiam apresentar serviços mercado das telecomunicações fixas mas vê essa evolução
adicionais, tais como análise “on-line” de vírus, segurança como mais provável entre operadores alternativos. A
antivírus para telemóveis e aparelhos “wireless”, e Colt não pretende, por seu lado, entrar nesse movimento,
protecção “anti-spam”. Eva Chen, administradora da Trend continuando a apostar no crescimento das suas infra-
Micro, salientou a importância de uma infra-estrutura estruturas e não na aquisição de outras empresas
de Internet protegida na China: “Pretendemos criar um — esperando crescer, em receitas, entre 10 e 12 por cento
mundo seguro para a troca de informações digitais e esta neste ano, após ter registado uma taxa de crescimento
parceira com a Sina permite-nos alcançar esse objectivo entre os 7 e os 8 por cento nos anteriores exercícios. A
numa das economias mundiais com maior crescimento empresa prevê alcançar um “cash-flow” positivo neste ano e
e dimensão”. No ano passado, um inquérito realizado já apresentar lucros em 2007. A Colt Telecom não defende,
pelo Ministério da Segurança Pública chinês revelou que por outro lado, a separação das redes de fio de cobre e de
88 por cento dos computadores do país tinham sido já cabo da Portugal Telecom (PT) mas admite que, a manter-se a
infectados por vírus informáticos. Paralelamente, um situação actual, a Europa poderá regressar a uma situação de
estudo da Internet Society of China concluiu que mais de monopólio nas telecomunicações (ver notícia na pág. 7). ●
S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5
 IBM SALIENTA IMPORTÂNCIA DO PRODUTOR, DO CONSUMIDOR E DAS PLATAFORMAS
Colt não defende
separação das redes

Os média e o da Portugal Telecom

O presidente executivo do grupo
britânico Colt Telecom não defende

entretenimento em 2010 a separação das redes de fio de

cobre e de cabo da Portugal
Telecom (PT) mas admite que,
a manter-se a situação actual,
a Europa poderá regressar a
tecnologias e as

A
S NOVAS uma situação de monopólio nas
formas de consumir os média telecomunicações. “A Colt não
e o entretenimento vão mudar defende a separação das redes
— obrigando a uma redefinição de cobre (rede fixa) e de cabo da
radical dos modelos de negócio Portugal Telecom. Esse não é o
das empresas do sector nos próximos cinco caminho”, afirmou Jean-Yves Charlier,
a sete anos. A conclusão é do recente estudo num encontro com jornalistas.
“Media and Entertainment 2010”, realizado Ainda segundo a agência Lusa, esta
pelo Institute for Business Value da IBM e empresa distancia-se, assim, de
da autoria de Saul J. Berman. Durante os outros operadores concorrentes
próximos cinco anos, refere o documento, da PT, como a Sonaecom, que tem
estas empresas vão ser obrigadas a disponi- defendido a separação das redes
bilizar conteúdos pagos a diferentes valores, para assegurar uma verdadeira
dirigidos aos consumidores e tendo em conta concorrência no sector. Jean-Yves
as diferentes plataformas tecnológicas. Charlier acredita, no entanto, que
Entre os vencedores e os perdedores, os os operadores incumbentes têm
primeiros serão aqueles que conseguirem um papel a cumprir na construção
evoluir dos tradicionais modelos de negócio de “um ambiente concorrencial
“proprietários” (ou seja, exclusivos) para as dores através de contratos publicitários, por conhecê-los e ajustar os seus interesses saudável” e, se “deixarem de pensar
normas abertas, minando a economia actual transmissões pela Web ou “merchandise”, empresariais aos dos consumidores, nome- apenas na manutenção da sua
do negócio dos média, conhecendo e forne- ajudados e generalizados por sistemas de adamente através de sistemas sofisticados quota de mercado”, só “terão a
cendo conteúdos aos seus consumidores e pagamento “on-line” ou de “micropagamen- de gestão e relação, das novas plataformas ganhar”. Mas, para Jean-Yves Charlier,
parceiros “como, quando e onde tos” — tendência igualmente tecnológicas e com custos variáveis, ligados a manter-se a resistência dos
eles quiserem”. “A gestão das PEDRO FONSECA seguida para fornecer conteú- também às “janelas” de oportunidade para o incumbentes a uma maior abertura
capacidades digitais dos média dos em formato digital novos lançamento de conteúdos. do mercado, a Europa correrá o
será a linha demarcadora entre as empre- ou de arquivo pelas empresas tradicionais. O sentido do negócio estará, assim, risco de voltar a uma situação de
sas de média”, salienta Arvind Mahajan, Tudo isto passa pela digitalização dos ligado a um “ambiente de média omnipre- monopólio no sector — e a grande
responsável da IBM. conteúdos, novos ou antigos, preparados e sentes” (“pervasive”), onde os equipamen- questão que os reguladores se
Esta empresa de informática e de ser- com preços variados para distribuição nas tos tecnológicos constituirão a plataforma devem pôr é se esse será o caminho
viços agregados tem óbvios interesses na novas plataformas tecnológicas, ajustados para o acesso a conteúdos quando e como mais conveniente. ●
dinamização das vendas de equipamentos igualmente a parcerias estratégicas eficien- se quiser. Esta é a “coming era”, em que
e serviços nesta área. Mas este trabalho tes. “A tecnologia melhora, é mais pequena empresas e consumidores estão profunda-
demonstra a existência de um público inte- e barata”, refere-se. mente ligados por via electrónica 24 horas Português aprendido
ressado em aceder a conteúdos segundo os “O impacto de experiências interactivas, por dia. Não só as empresas podem disponi-
seus próprios interesses, horários e equi- envolventes — e utilizadores facilmente bilizar qualquer conteúdo a qualquer hora,
no estrangeiro através
pamentos tecnológicos — donde resulta a equipados em vários níveis para participar, como os utilizadores poderão interagir com da Net ou de ‘software’
necessidade de as empresas se adaptarem personalizar, criar e distribuir conteúdos eles em simultâneo.
a esta nova tendência. Em 2010, prevê o — vai animar os mercados e os modelos de “As empresas de média necessitam de O secretário de Estado das
estudo, as empresas com maior sucesso negócio entre o presente e 2010”, enquanto novas estratégias para responderem às Comunidades, António Braga,
nestas áreas serão aquelas que, a par dos as “empresas de sucesso respondem pela experiências dos ‘media’ emergentes e aos anunciou que o Executivo
conteúdos criativos, apostem na “inteligên- formação de relações abertas ao longo da comportamentos dos consumidores”, refere vai recorrer a suportes
cia criativa” face os clientes, aos mercados e criação mediática e da cadeia de distribui- o estudo. “Apesar de o consumo passivo con- informáticos para que o ensino
aos seus recursos digitais. ção, bem como com as audiências”. tinuar a representar uma grande quota de do português no estrangeiro
Esta “inteligência” está relacionada com O estudo apresenta quatro principais mercado, as capacidades dos média digitais chegue a todos os emigrantes.
as “opiniões, preferências e gostos nos média razões ou características que ajudarão a vão produzir novas formas de interacção, “O Governo está a preparar uma
e no entretenimento”, e a sua consequente moldar o futuro das empresas de média, permitindo mesmo aos utilizadores tradicio- abordagem diferente do ensino
disseminação será monitorizada, ajudando embora nenhuma seja particularmente nais a criação de conteúdos mais significati- do português no estrangeiro.
a perceber o interesse dos consumidores e nova nos dias de hoje: os ambientes emer- vos em termos individuais”. Pretende complementar o
a moldar a oferta das empresas. O acesso a gentes dos média, os novos comportamentos “Para se manterem rentáveis, as empre- ensino tradicional com outras
material de arquivo — músicas, filmes ou dos consumidores, a decorrente inovação sas de média e entretenimento deverão abordagens, nomeadamente com
qualquer outro tipo de média —, tornado tecnológica e a crescente insuficiência ou responder à convergência da inovação suportes informáticos actualizados
possível a preços variados mas dependendo falta de atenção prestada aos média pelos tecnológica com a imaginação dos consumi- e modernos em contexto de
do tipo de aquisição e de comprador, será consumidores. dores e o seu sentido de aptidão, dado que inserção na comunidade onde
generalizada. Este último aspecto é uma das principais estas tendências principais evoluem para residem”, afirmou António Braga
A concorrência independente deverá razões para os conglomerados de média ten- se encontrarem no ambiente aberto possi- no final de uma recente reunião
centrar-se em conteúdos gratuitos mas tarem criar padrões de consumo mediático bilitado pelas tecnologias digitais”, conclui com uma delegação do Conselho
com retorno financeiro para os seus cria- que cativem os utilizadores — o que passará o documento. ● Permanente das Comunidades
Portuguesas. António Braga
explicou que o recurso aos
suportes informáticos será feito ou
Dez estratégias para 2010 6. Criar novas janelas e modelos de negócio para produtos, por via directa de ligação à Internet
desenvolvendo novas estratégias, ciclos e oportunidades de (com uma base de operação de
O estudo do Institute for Business Value da IBM, com o título “Media lançamento de novos conteúdos. dados interactiva que permita a
and Entertainment 2010”, apresenta dez recomendações estratégicas 7. Gerir de forma aberta e comunicar em tempo real através da infra- aprendizagem da língua materna)
para as empresas que querem transformar-se nos futuros “open estrutura digital; as normas abertas (os chamados “open standards”) ou através da distribuição de
media business”: propiciam a interconexão de sistemas de forma independente das “software”. Segundo o secretário
1. Arrumar a “casa digital” através da criação ou conversão dos plataformas tecnológicas. de Estado, o recurso ao suporte
conteúdos para formato digital. 8. Potenciar uma nova forma de “business intelligence” através das informático será complementado
2. Gerir os conteúdos para uma flexibilidade óptima e de valor, ou tecnologias digitais para obter maior eficiência. pelo sistema educativo dos
seja, vendável a diferentes preços e para vários canais de distribuição. 9. Adoptar estratégias de associação que propiciem a eficiência países de acolhimento, pelo
3. Estar aberto à distribuição dos conteúdos, qualquer que seja o e optimizem a atenção dos clientes; a mensagem é clara para as ensino no movimento associativo
momento ou a plataforma tecnológica. empresas em geral: o centro das atenções deverá residir nas suas e pelo ensino financiado pelo
4. Estar preparado para a distribuição em múltiplos pacotes, com competências naturais, subcontratando outras, especializadas, para próprio Estado português. O
preços variados e serviço “always-on” ao cliente; este complemento complementar o negócio. novo responsável pela pasta
ao ponto anterior reforça a atenção aos nichos de mercado num 10. Tornar-se um negócio “on-demand”. Num ambiente em que as da Emigração garantiu ainda
mercado fragmentado, tendo em atenção a análise de dados em empresas de média e entretenimento emergentes estão sujeitas que “o ensino do português no
tempo real para melhorar o negócio. a uma concorrência intensiva, devem ser flexíveis, rápidas e estrangeiro é uma prioridade
5. Abrir as “portas digitais” no sentido de contribuir, produzir ou criar atentas aos seus clientes, às oportunidades de mercado ou a para este governo e consta do seu
conteúdos dinâmicos para as plataformas “on-line”. ameaças externas. ● P.F. programa”. ●

S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5 computadores .7
 agenda
RAW 2005 – The 12th Reconfigurable E-mail: fccm@fccm.org
Architectures Workshop URL: www.fccm.org
“Run-Time Reconfiguration
& Adaptative Computing: VLSI International Symposium on
Architectures, Algorythms, Technology System and Applications
Technologies” Data: 25-04-2005 a 29-04-2005
Data: 4-04-2005 a 5-04-2005 Local: Hsinchu, Taiwan
Local: Denver, Colorado, EUA Contacto: Stacey Hsieh
Contacto: Serge Vernalde E-mail: vlsitsa@itri.org.tw
E-mail: vernalde@imec.be URL: vlsitsa.itri.org.tw
URL: www.ece.lsu.edu/vaidy/raw05/
ETS’05 – 10th European Test Symposium
IPDPS 2005 – The 19th IEEE International Data: 22-05-2005 a 25-05-2005
Parallel and Distributed Processing Local: Tallinn, Estónia
Symposium Contacto: Raimund Ubar
Data: 4-04-2005 a 8-04-2005 E-mail: raiub@pld.ttu.ee
Local: Denver, Colorado, EUA URL: sisc.ttu.ee/ati/ETS
E-mail: info@ipdps.org
URL: www.ipdps.org ISPSD 2005 – The 17th International
Symposium on Power Semiconductor
IP Voice Meeting Devices and ICs
Data: 6-04-2005 a 7-04-2005 Data: 22-05-2005 a 26-05-2005
Local: Centro Cultural de Belém, Lisboa Local: Santa Barbara, Califórnia, EUA
Organização: HanseCom Media & Contacto: Daniel Kinzer
Communication E-mail: dkinzer1@irf.com
URL: www.hansecom.net URL: www.ecse.rpi.edu/conf/ISPSD2005/

Linux 2005/III Encontro Nacional sobre 2nd PhD School on Innovation and
Tecnologia Aberta Economic Development: Globelics
Data: 14-04-2005 Academy 2005
Local: Fórum Tecnológico de Lisboa Data: 23-05-2005 a 2-06-2005
Organização: Adetti, Caixa Mágica e Sybase Local: Lisboa
E-mail: marketing@sybase.pt URL: www.globelicsacademy.net/2005.asp
Tel.: 21-424-6713
URL: www.sybase.pt; www.caixamagica.pt; Service & Content Delivery Conference
www.adetti.pt; Data: 13-06-2005 e 14-06-2005
Local: Mortimer House, Londres
GLSVLSI 2005 – The 15th edition Contacto: Helen Robinson
Data: 17-04-2005 a 19-04-2005 E-mail: helen.robinson@informa.com
Local: Chicago, Illinois, EUA Tel.: +44 (0)20-7017-4837
Contacto: John Lach Organização: Informa – Telecoms & Media
E-mail: jlach@virginia.edu URL: www.telecomsacademy.com
URL: www.glsvlsi.org
Seminar on Using Film Financing Methods
FCCM’05 – 2005 IEEE Symposium on to Fund Mobile Content Creation
Field-Programmable Custom Computing Data: 14-06-2005
Machines Local: Earl’s Court, Londres (Reino Unido)
Data: 17-04-2005 a 20-04-2005 Organização: Informa – Telecoms & Media
Local: Napa, Califórnia, EUA URL: www.mem05.com

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computadores .8 S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5
 S H A R E WA R E
Dar a um PC a interface
de um Macintosh
APPLE sempre foi reco-
A
nhecida por desenvol-
ver os computadores
mais atraentes — pelo
menos, em termos de
“design” — disponíveis no mer-
cado. Desde sempre usados em
trabalhos gráficos, no multimé-
dia, na música ou no cinema, os
Macintosh, apesar de terem uma
quota de mercado inferior a 10 por
cento nos computadores pessoais,
sempre foram um produto ape-
tecível. Para tal, muito contribui
o “design” dos monitores e das
caixas (muitas vezes mais sofisti-
cado que o das banais caixas que
encontramos nos PC) e um sis-
tema operativo com uma interface
visual muito gráfica e intuitiva.
O grande entrave à prolifera-
ção dos Macintosh — pelo menos,
em mercados pequenos e com
baixo poder aquisitivo — sempre
residiu no seu preço face aos PC.
Para a mesma capacidade de pro-
cessamento, os Macintosh sempre
foram mais dispendiosos, bem
como sempre foram mais caros os
“upgrades” de processador ou de
memória. Por outro lado, a rede de
distribuição e o “marketing” nunca
foi tão eficaz como no mundo dos
PC baseados em Windows.
Mas esta situação poderá estar
a inverter-se: recentemente, a
Apple lançou o MiniMac, disponí-
vel em Portugal por menos de 500
euros, o que oferece uma porta de
entrada a baixo custo no mundo
dos Macintosh.
Não obstante, se o leitor não
está a pensar em trocar o seu fiel
PC por um Macintosh mas gostava
de poder usar a interface disponí-
vel no sistema operativo MacOS X,
da Apple, fique sabendo que exis-
tem diversas opções disponíveis no
mercado que permitem alterar a
interface gráfico do Windows XP,
da Microsoft, e torná-la idêntica à
do concorrente Macintosh.
Uma dessas soluções dá pelo
nome de FlyakiteOSX e é um uti-
litário que permite dar ao sistema
operativo de um PC um aspecto
próximo do do MacOS X. Fundos,
janelas, menus, sons, cursores,
ícones — tudo é substituído pelos
elementos usados no sistema ope-
rativo da Apple, incluindo as jane-
las com transparências e alguns
efeitos visuais animados que, até
FLYAKITEOSX
ção, o programa irá reinicializar o
computador e, da vez seguinte que
arrancar, toda a interface gráfica
do sistema operativo será, em
tudo, idêntica à do MacOS X, dos
Macintosh.
Além das alterações visuais
referidas, o programa instala
diversos estilos visuais, sons e
cursores afim de que o PC passe a
assumir uma outra identidade: a
de um Macintosh. Não é que o PC
passe a ter uma dupla personali-
dade: apenas todo o seu aspecto
passa a ser idêntico ao do sistema
operativo da Apple. Isto não sig-
nifica que o PC passe a correr
programas do Macintosh nem que
ganhe as vantagens e desvanta-
gens do MacOS X. No fundo, con-
tinua a ser um sistema Windows,
com todos os seus pontos fortes e
os seus problemas, apenas tem
uma capa diferente.
Após instalar e usar o Flyaki-
teOSX durante algumas horas
e dias, poderá começar a sentir
falta das suas janelas do Windows
XP. Caso se queira voltar atrás,
o programa oferece um eficaz
desinstalador, que removerá todas
as opções e ficheiros instalados
— e o aspecto do sistema opera-
tivo ficará igual ao que era antes
da instalação do FlyakiteOSX. Por
outro lado, embora seja de utiliza-
ção gratuita, o programa não ins-
agora, só os utilizadores de Macin- 2003. O processo de instalação tala qualquer sistema intrusivo
tosh poderiam usar. é bastante simples e não requer de publicidade. O utilizador não
O FlyakiteOSX pode ser qualquer configura- corre, assim, o risco
copiado gratuitamente a partir ção especial. Depois NUNO BERNARDO de ver o seu Win-
de http://osx.portraitofakite.com de instalado, o pro- dows danificado ou
e instalado num PC a correr uma grama irá alterar o fundo da área com problemas por casa de vírus
qualquer versão do Windows XP, de trabalho, os ícones usados pelo informáticos.
do Windows Media Center Edition sistema operativo e as janelas do O FlyakiteOSX é uma aplica-
ou mesmo do Windows Server programa. Terminada a instala- ção divertida e que permite alterar
a apresentação visual do sistema
operativo, aproximando-o do
aspecto de um Macintosh. O pro-
Utilitários e ferramentas grama é de uso gratuito, pelo que
para levar mais longe a cosmética poderá ser instalado, testado e, se
o leitor não gostar do novo “look”
No caso de o leitor ter ficado interessado nestas operações de cosmética do seu Microsoft Windows, optar
à interface do Windows XP, da Microsoft, deverá visitar o sítio na Web http: por removê-lo. Após alguns dias
//www.osx-e.com/, onde encontrará dezenas de utilitários e ferramentas de utilização nos nossos testes,
que permitem alterar completamente a apresentação do sistema operativo não se verificou qualquer pro-
e transformá-lo num “falso” Macintosh — ou seja, com “pele” de MacOS e blema ou instabilidade no sistema
coração de Windows. O sítio está bem organizado por tipo de utilitários e pelo operativo, pelo que a utilização
aspecto pretendido. Na lista de programas que encontrará aqui, recomenda- parece não ter contra-indicações
se o Aqua Dock, utilitário que simula a barra de ferramentas do MacOS X, ou o — a não ser ficar-se apaixonado
Nexplorer, que simula o explorador de ficheiros e programas do mais recente pela nova interface gráfica e ficar
sistema operativo da Apple. N.B. tentado a comprar um verdadeiro
Macintosh. ●
S E G U N D A - F E I R A . 1 . M A R Ç O . 2 0 0 4
S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5
FICHA
Editor
Rui Jorge Cruz
Redactores, colaboradores
e cronistas
Ana Gerschenfeld, Ana Machado,
André Ruivo, António Granado,
Casa dos Bits, Fernando Santos,
Helena Viegas, Henrique Carreiro,
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Santos, João Cruz, José Antunes,
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Crespo, Nuno Bernardo, Nuno
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Fonseca (pedrof@journalist.com),
Rita Cruz, Rita Hasse Ferreira
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especiais para Macau, Timor, São
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IVA à taxa legal em vigor.
computadores .9
 JOGOS
‘STAR WARS: KNIGHTS OF THE OLD REPUBLIC II - THE SITH LORDS’ E ‘STAR WARS: REPUBLIC COMMANDO’
Que a Força
esteja convosco
80 que a saga “A Guerra
D
ESDE OS ANOS
das Estrelas” tem servido para inúmeras
adaptações jogáveis para as mais varia-
das plataformas. Aliás, depois da trilogia
original, foram os jogos que mantiveram a
chama acesa para uma geração que não viu os filmes
no cinema. Com o regresso ao grande ecrã, “Star
Wars” voltou a estar na moda. O curioso
é que os filmes originais tinham tanto de MIGUEL
bom como os jogos tinham de mau. Agora,
a história inverte-se: contrariando a qualidade decres-
cente das películas, os jogos ultrapassaram o estigma
computadores .10
do licenciamento, em que quase sempre o nome vale
tudo e o conteúdo muito pouco. Os mais recentes jogos
com a chancela “Star Wars” valem muito mais do que
apenas o título, afirmando-se como referências de
qualidade.
O ponto de viragem deu-se com o excelente “Star
Wars: Knights of the Old Republic”, que, em 2003, foi
possivelmente o melhor RPG (“role playing
CRESPO game”) do ano e certamente na Xbox. O
regresso com “The Sith Lords” em 2005
vem confirmar tudo o que de bom havia e prolongar
o prazer de se envolver no mundo dos cavaleiros Jedi.
S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5
Apostando num esquema que deu muitos bons frutos,
esta sequela tem muito bons personagens, uma história
envolvente (na fase inicial, pelo menos) e uma jogabili-
dade viciante.
O tom dominante deste RPG é mesmo a riqueza de
emoções que passa pelos personagens, que estão muito
longe da bidimensionalidade habitual em 99 por cento dos
jogos e se comportam com uma riqueza que muitos acto-
res de carne e osso apenas conseguem sonhar. A história
em geral flui da mesma maneira: aqui não há “bons” de
chapéu branco e “maus” de chapéu preto. O bem e o mal
são os dois lados simultâneos de cada uma das persona-
 dica

Libertar espaço
em disco removendo
Pontos de Restauro
Os discos rígidos dos computadores têm cada
vez maiores capacidades — o que levaria a
pensar que deixaria de haver problemas de
espaço livre nos mesmos. Mas tal não é verdade
por várias razões, em especial por duas: os
sistemas operativos e os próprios programas
são cada vez maiores e ocupam cada vez mais
espaço, quer directa quer indirectamente (pela
reserva de espaço em disco para memórias
temporárias, por exemplo); a generalização
do multimédia leva a que, cada vez mais, a
informação contida em disco seja enorme, a uma
escala que não tem nada a ver com a do tempo
dos ficheiros de texto e similares.
Em anteriores edições, já vimos métodos de libertar
espaço no disco; nesta semana, vamos apresentar
mais um. O Windows XP inclui uma ferramenta para
Restauro do Sistema que cria automaticamente
Pontos de Restauro todos os dias — ou seja,
guarda os ficheiros necessários para poder voltar à
configuração do sistema de 24 horas atrás (e que
funcionou, visto o sistema ter arrancado), de modo a
poder anular quaisquer alterações à configuração do
computador que entretanto possam ter sido feitas e
que não permitam que ele inicie correctamente.
Para além desta recolha diária de pontos de
restauro, o sistema também os cria sempre que
se fazem alterações importantes à configuração
do sistema ou se instala novos programas. De
modo a poder armazenar toda esta informação,
o Windows XP reserva, automaticamente, até
12 por cento do espaço em disco (num mínimo
de 200 MB) para que a função de Restauro do
Sistema possa funcionar.
Quando o limite dos 12 por cento é alcançado, o
Título “Star Wars: Knights Restauro do Sistema elimina automaticamente os
of the Old Republic II 9/10 Pontos de Restauro mais antigos contidos na sua
base de dados, com vista a libertar espaço para
– The Sith Lords”
poder armazenar novos pontos de restauro.
Estilo RPG
Em caso de absoluta falta de espaço em disco —
Plataforma PC
e se não se fizer nenhuma alteração ao sistema
Produtor: LucasArts
ou instalar novo “software” —, pode-se limpar
Distribuidor Ecofilmes
toda a base de dados de Pontos de Restauro. Para
Edição Março 2005
isso, abre-se o utilitário Limpeza do Disco (Iniciar,
Todos os Programas, Acessórios, Ferramentas
Título “Star Wars: Republic
Commando” 8/10
do Sistema). Na janela respectiva, escolhe-se o
separador Mais Opções e, dentro deste, carrega-
Estilo Acção
se no botão Limpar da área Restauro do Sistema
Plataforma: PC (ver imagem).
Produtor LucasArts Isto permite remover todos os pontos de restauro
Distribuidor Ecofilmes guardados excepto o mais recente, o que garante
Edição Março 2005 sempre a possibilidade de voltar à última
configuração do computador que funcionou.
O sistema faz ainda aparecer uma janela de
confirmação para garantir que o utilizador não se
enganou ao carregar no botão. ● JOSÉ DOUTIL

gens, os fins podem justificar os meios e fazer o mal pode
ser o caminho para atingir um objectivo positivo.
O ambiente “Star Wars” está muito bem recriado,
apesar de graficamente não ser de deixar o queixo caído,
e leva o jogador a percorrer vários locais já conhecidos
da história passada, além das indispensáveis novida-
des. O jogo inclui todas as componentes habituais do
género, como a interacção com inúmeros personagens,
que podem desencadear missões obrigando a explorar
locais e, quando bem sucedidas, dão recompensas. Pelo
meio, há muitas lutas que fazem com que o personagem
evolua e se torne mais forte em várias componentes, de
forma a melhor enfrentar situações futuras mais difíceis
e desbloquear items necessários.
Pena é que o ritmo inicial se desvaneça a partir
de certa altura, mostrando claramente que houve um
apressar da equipa de produção para o pôr na rua,
com notória perda de qualidade e até de coerência.
Que, mesmo assim, não lhe retiram o muito mérito
descrito.
Abordagem diferente tem “Star Wars: Republic Com-
mando”. Surgindo não muito tempo após “Battlefront”,
um jogo muito de arcada e ligeiro, esta é outra proposta
de acção mas com uma visão mais adulta em todos os
sentidos. Para jogar apenas na primeira pessoa, des-
tina-se a jogadores empenhados e a todos os que querem
situar-se entre os filmes 2 e 3 da “nova trilogia”. Serve,
assim, de aperitivo para o filme “A Vingança dos Siths”,
que chegará aos cinemas em breve.
No entanto, não põe o jogador na pele de um dos
heróis mas no meio dos exércitos “anónimos” que lutam
contra os separatistas — e nem sequer são personagens
humanos mas um quarteto de clones. Posto isto, depara-
se com um jogo de esquadrões, onde o jogador controla
directamente o líder e orienta os restantes colegas. Além
das instruções habituais neste tipo de jogos, sempre
acessíveis de forma simples, há uma variação baseada
não nos personagens mas nas situações: por exemplo,
quando se passa com o cursor num local onde é passível
realizar algo, basta carregar na tecla dedicada para o
soldado mais adequado ao desafio realizar a missão.
Para garantir variedade, há missões em equipa e
a solo, os colegas têm iniciativa q.b. e os adversários
inteligência a condizer. Um jogo destes tem obrigato-
riamente de permitir jogo em rede local ou via Internet
e “Republic Commando” não é excepção mas também
se limita ao rotineiro. Mais impressionante é a banda
sonora, mesmo muito cinematográfica, que até ajuda a
fazer os gráficos parecerem menos bem conseguidos do
que realmente são… ●

S E G U N D A - F E I R A . 4 . A B R I L . 2 0 0 5 computadores .11
7c1bf3e5-024b-435b-bb28-84bbcd8a7552