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ANTROPOLOGIA-CRIMINAL

O período antropológico de estudo da criminalidade foi aberto pelo


italiano Cesare Lombroso, numa época em que a preocupação nesse
campo deixava a abstração da Escola Clássica e passava para as
verificações objetivas, concretas, sobre o delito e o criminoso, sendo
este o maior de seus méritos.

Lombroso investigou durante cinco anos - entre 1871 a 1876 - os


delinqüentes encarcerados em seu país. Após publicou o resultado de
seus estudos concluindo (falsamente, como se comprovou depois) que
o verdadeiro criminoso ou criminoso nato possuía sinais
característicos, tanto físicos como psíquicos, que o distinguia dos
demais indivíduos.

Tais individualidades seriam: crueldade, leviandade, aversão ao


trabalho, instabilidade, vaidade, tendência, superstição, precocidade
sexual, sensibilidade dolorosa diminuída (razão das tatuagens).

Seguindo esse raciocínio, ele classificou os criminosos em três tipos:

1.O criminoso nato

2.O falso criminoso ou delinqüente ocasional

3.O criminalóide (era "meio delinqüente")

Para Lombroso, os indivíduos denominados criminosos natos seriam


aqueles que permaneceram atrasados em relação aos demais durante
a evolução da espécie, e ainda não perderam a agressividade.

Tentando defender suas pesquisas, dizia que não era todo criminoso
que seria nato, mas que os verdadeiros criminosos seriam natos.
Estes seriam indivíduos propensos ao crime devido às taras
ancestrais.

Enrico Ferri, embora integrante da Escola Antropológica Criminal,


fundou a Sociologia Criminal com a divisão dos delinqüentes em sua
"Sociologia Criminal", de 1914, classificando-o em cinco tipos distintos:

1.O nato, dito por Lombroso, sem qualquer senso moral


2.O louco (incluídos os semi-loucos)

3.O ocasional

4.O habitual (reincidente)

5.O passional (levado ao crime pelo abatimento, pelo ímpeto).

Quanto às causas dos delitos, Ferri classificou-as em três categorias :

a) Biológica (relacionadas à herança, à constituição orgânica, aos


aspectos psicológicos etc.);

b) Físicas (relacionadas ao meio ambiente, ao clima, à umidade etc.);

c) sociais (relacionadas ao meio social, às desigualdades, às


injustiças, ao jogo de azar, à prostituição etc.).

Essa última classificação foi mais tarde agrupada pela escola alemã
de Naecker em duas categorias:

a)causas endógenas (relacionadas às causas biológicas);

b)causas exógenas (abrangendo as causas físicas e sociais).

SOCIOLOGIA CRIMINAL

Para compreendermos esse novo período da Criminologia é


fundamental a lição do grande mestre Roberto Lyra, que dizia serem
as causas da criminalidade – e não do crime – sempre sociais.
Afirmava isso referindo-se às causas externas que influíam na prática
delituosa, não nas internas, hereditárias, inerentes ao indivíduo.

Essa nova fase criminológica contestava, senão plenamente, ao


menos em parte, a teoria lombrosiana do criminoso nato.

A Escola Francesa, ou sociológica, ao contrário da italiana, de


Lombroso, busca nos fatores exógenos, ambientais, a resposta para a
conduta delituosa do indivíduo, em determinadas circunstâncias.
Para essa nova escola contribuíram as idéias de Augusto Comte
(1798-1857), fundador da Sociologia Moderna, e os estudos de
Adolphe Quetelet (1796-1874).

Por outro lado, podem as teorias desse período ser classificadas em


três grupos:

1) teorias antropossociais: buscam relacionar os princípios de


Lombroso com os sociais então sob enfoque. Assim, o delinqüente dito
nato sofreria influência do meio social, que o predisporia a cometer
delitos; negando a teoria do delinqüente nato, prefere o termo
"predisposto". Seus defensores maiores foram Manouvrier e
Lacassagne;

2) teorias sociais propriamente ditas: elas enfatizam tão somente os


fatores exógenos, deixando de lado qualquer fator endógeno. Seus
principais defensores foram Gabriel Tarde e Vaccaro;

3) teorias socialistas: defendendo a influência dos fatores sociais,


atribuem maior influência ao econômico. Menos aceita, destacaram-se
Turati e Colajanni.

POLÍTICA CRIMINAL

Trata-se de uma época de trégua nas discussões entre as teorias


italiana e francesa, sobre os estudos de Lombroso.

Surgiram três escolas distintas:

1) a Terza Scuola: fundada em três postulados, dizia que:

a) o Direito Penal deve ser tido como ciência independente e não parte
da Criminologia, como queria Lombroso;

b) o delito é causado por vários fatores, inclusive influências do meio


ambiente;

c) os penalistas e os sociólogos devem promover reformas sociais, no


intuito de modificar para melhor as condições de vida da população.
Assim, percebe-se nítida conotação sócio-político-econômica em tais
concepções, restando, nesse ponto, exatamente a relação entre a
Criminologia e a Política Criminal. No mais, seria através desta que as
propostas da Criminologia seriam programadas e executadas
administrativamente.

2) a Escola Espiritualista: retorna aos postulados da Escola Clássica


do Direito Penal. Aceita a preponderância do conceito de livre arbítrio.
Dessa forma, cada indivíduo deve responder pelos atos criminais que
eventualmente pratique, já que os realizou de forma livre.

3) a Escola de Política Criminal: ligada fortemente com a Criminologia,


em busca dos objetivos da Terza Escola.

CRIMINOLOGIA “CIENTÍFICA” - Modelos teóricos explicativos do


comportamento criminal:

1) De Cunho Biológico:
a) Antropometria (Bertillion) - ligada à Antropologia Criminal;
características e medidas corporais;
b) Biotipologia (Krestschmer, Glueck, Cortés) – tipo humano:
predomínio de um órgão ou função; associação entre características
físicas e psicológicas;
c) Neurofisiologia (Sttaford, Monroe, Zayed) – anomalias
eletroencefálográficas e patologias celebrais);
d) Sistema Nervoso Autônomo (Ensenck e Mednick) – sistema
nervoso neuro-vegetativo, condicionamento e processo de
socialização;
e) Endocrinologia – disfunções hormonais e comportamento delitivo.
Testosterona e delinqüência (sexual ou violenta) masculina;
f) Sociobiologia e Bioquímica (Jeffery: teoria biossocial) substrato
bioquímico da conduta humana – hipoglicemia, déficit vitamínico,
alergias contaminantes - e
g) Genética Criminal: Hereditariedade e delito: Genealogias criminais e
estatísta familiar. Estudos sobre gêmeos e adoção. Malformações
cromossômicas.

2) De Cunho Psicológico (Psicologicistas): Psicanálise, Psicopatologia


e Psiquiatria (criminal)

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