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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
cotidiano, construindo uma aprendizagem com significado. Concretizar essa meta não é
nada fácil, mas ela torna-se possível com o uso de espaços e instrumentos apropriados.
Todo o PCN (3º e 4º ciclo) foi explorado para que se entendesse a ciclo que se
trabalharia, situando o futuro educador matemático nos objetivos dessa modalidade e em
suas especificidades. Logo após, definiu-se alguns objetivos para cada aluno, para que se
construíssem sequências didáticas e um jogo matemático para trabalhar um determinado
conteúdo. Todo o material construído seria validado em uma escola pública do município
com grupos de alunos determinados na ficha do jogo. No processo de validação do jogo,
os acadêmicos analisariam todo o jogo e sua funcionalidade no processo de construção do
conhecimento matemático.
Para o ensino da Matemática, que se apresenta como umas das áreas mais
caóticas em termos da compreensão dos conceitos nela envolvidos, pelos alunos,
o elemento jogo se apresenta com formas específicas e características próprias,
propícias a dar compreensão para muitas estruturas matemáticas existentes e de
difícil assimilação.
XV Encontro Baiano de Educação Matemática
Educação Matemática na Formação de Professores: um novo olhar
UNEB CAMPUS X – Teixeira de Freitas – BA
3 a 5 de Julho de 2013
A integração dos aspectos lúdicos na formação docente implica em ações por parte
das faculdades de educação, as quais devem repensar os seus currículos e,
consequentemente, as propostas de trabalho dos professores desses cursos, a fim de
integralizar o lúdico na educação.
É importante voltar o olhar para essa questão e buscar entender esse espaço como
lugar de constante interação, um espaço que permite um processo de formação que
desmitifique a imagem negativa da Matemática para que se veja a sua aplicabilidade e a
sua real importância para o educando.
3. O RELATO DA EXPERIÊNCIA.
Vale ressaltar que todo o material aqui evidenciado foi construído durante a
disciplina, após o trabalho de discussão dos textos e vivência de oficinas em sala, por
perceber como necessário para a prática uma boa articulação com as questões teóricas.
validados em sala. Serão enfatizadas as falas dos acadêmicos e dos alunos da Educação
Básica durante a vivência dos jogos.
“Esse jogo foi muito bom para nossa aprendizagem, ajudou a resolver os
problemas de forma divertida”. Fala do aluno D
XV Encontro Baiano de Educação Matemática
Educação Matemática na Formação de Professores: um novo olhar
UNEB CAMPUS X – Teixeira de Freitas – BA
3 a 5 de Julho de 2013
Outro jogo construído e validado foi o CORRIDA GEOMÉTRICA, que teve como
público alvo alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Quanto à experiência de Validação
a acadêmica B deixa claro:
Foi uma experiência muito gratificante e significativa. Pois, foi possível detectar
que através do jogo o aluno aprende mais rápido e assimila melhor os conteúdos,
isso devido à característica lúdica e interessante que os jogos possuem. O assunto
escolhido foi cálculo da área da superfície total de alguns sólidos geométricos
(prismas e cilindros). E de acordo com o PCN (1997) “O estudo de Grandezas e
Medidas é outro articulador entre diversos conteúdos matemáticos, por
proporcionar um vasto campo de problemas que permitem consolidar e ampliar a
noção de número e possibilitar a aplicação de noções geométricas”. Os alunos
que iriam jogar sinalizaram que não sabiam calcular a área de prismas e
cilindros. Então, primeiramente expliquei como é que calculava por meio de
exemplos, ou seja, fiz a explanação do conteúdo, para não interferir durante a
vivência do jogo, evitando que o mesmo perdesse o caráter lúdico.
Observa-se que o estudo e discussão dos diversos textos em sala de aula, bem
como a vivência das oficinas de análise e construção de jogos e outros materiais didáticos
foram importantes na formação lúdica do docente por permitir, aos mesmos, estabelecerem
a diferença entre o jogo educativo e lúdico, como foi apresentado pela acadêmica B em sua
fala e corroborando com a fala de Santos (1998, p. 14) “quanto mais o adulto vivenciar sua
ludicidade, maior será a chance de este profissional trabalhar com a criança de forma
prazerosa”.
O jogo A TRILHA DAS EXPRESSÕES foi criado tendo como objetivo o trabalhar
as expressões algébricas com pelo menos uma variável X. Teve como púbico alvo alunos
do 8º ano do Ensino Fundamental. Segundo a acadêmica, a ideia para construção desse
jogo surgiu após a leitura do livro Jogando com a matemática: números e operações de
Ana Ruth Starepravo.
Neste livro, Ana Ruth afirma a importância dos jogos e das atividades lúdicas
para o desenvolvimento das capacidades do aluno e ressalta ainda o quanto os
jogos facilitam a aprendizagem matemática e na resolução de situações
problema. Na chamada escola ativa os jogos e brincadeiras eram tidos como
instrumentos essenciais, recebendo um papel de destaque na organização do
trabalho escolar, foi nessa perspectiva que este jogo foi pensado e realizado, para
que os alunos compreendam a matemática não como uma ciência impossível,
mas como algo alcançável e de certa forma divertida. Para mim como educadora
foi bastante produtivo porque realizamos uma aula diferente e com resultados
bastante gratificantes vou levar com certeza essa experiência para meu futuro,
pois foi algo que deu muito certo. Fala da Acadêmica C
“O jogo foi muito interessante, pois como envolve a disputa, estimulou agente a
pensar mais rápido. O jogo ajudou a gente a resolver as expressões com mais
segurança.” Fala do aluno F
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Destarte, a formação lúdica, viria como necessária para que o futuro professor
conhecesse essas ferramentas e soubesse como aplica-la e explorá-la em sala de aula.
Infelizmente muitos cursos, embora tenham espaços de formação que carregam a imagem
de espaço lúdico, pouco tem contribuído na formação lúdica dos educadores matemáticos.
5. REFERÊNCIAS