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FACULDADE IDEAL (FACI) – DeVray

Curso de graduação em bacharel em engenharia mecânica

HEBSON PINHEIRO BEZERRA

NORMAS TÉCNICAS DE DESENHO

BARCARENA – PA

2016
HEBSON PINHEIRO BEZERRA

NORMAS TÉCNICAS DE DESENHO

Trabalho apresentado no curso de


bacharel em engenharia mecânica

Faculdade ideal (FACI) – DEVRAY

Orientador: Anna Cristina Resque L. da


Silva

BARCARENA – PA

2016
NORMAS TÉCNICAS DE DESENHO DA ABNT - 2012
A padronização ou normalização do desenho técnico tem como objetivo
uniformizar o desenho por meio de um conjunto de regras ou recomendações
que regulamentam a execução e a leitura de um desenho técnico, permitindo
reproduzir várias vezes um determinado procedimento em diferentes áreas,
com poucas possibilidades de erros.

Assim, têm-se como benefícios da normalização:

- a melhoria na comunicação entre fabricante e cliente;

- a redução no tempo de projeto, no custo da produção e do produto


final;

- a melhoria da qualidade do produto;

- a utilização adequada dos recursos (equipamentos, materiais e mão de


obra);

- a uniformização da produção;

- a facilitação do treinamento da mão de obra, melhorando seu nível


técnico;

- a possibilidade de registro do conhecimento tecnológico;

- melhorar o processo de contratação e venda de tecnologia;

- redução do consumo de materiais e do desperdício;

- padronização de equipamentos e componentes;

- redução da variedade de produtos;

- fornecimento de procedimentos para cálculos e projetos;

- aumento de produtividade;

- melhoria da qualidade;

- controle de processos;
Há várias instituições, nacionais e internacionais, que definem e
produzem normas sobre diversos assuntos. Como exemplo tem-se a
organização européia ISO (International Organization for Standardization), a
americana ANSI (American National Standards Institute) e a brasileira ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).

A ABNT é responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a


base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro e é a representante
oficial no Brasil das seguintes entidades internacionais: ISO, IEC (International
Eletrotechnical Comission); e das entidades de normalização regional COPANT
(Comissão Pan-americana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação
Mercosul de Normalização). O conjunto de normas brasileiras que regem o
desenho técnico abrange questões referentes a representação de desenho,
tais como: formatos de papel, representação de desenho, linhas e suas
espessuras, escala, caligrafia técnica, cotas, legendas, dobramento de folhas,
dentre outros. Para cada um destes temas há uma NBR específica que fixa as
regras referentes à cada assunto.

NBR 8196/1999 - Desenho Técnico – Emprego de Escalas

Esta Norma fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e


suas designações em desenhos técnicos. A designação completa de uma
escala deve consistir na palavra “ESCALA” ou a abreviatura ESC, seguida da
indicação da relação:

a) ESCALA 1:1, para escala natural, dimensão do objeto representado é


igual a dimensão real, 1:1;

b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1), quando a dimensão


do objeto no desenho é maior que sua dimensão real, X:1, Ex.: 2:1, 5:1, 10:1;

c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1), quando a dimensão do


objeto representado no papel é menor que sua dimensão real, Ex.: 1:2, 1:5,
1:10.

A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho. Quando for


necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala
geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a
que se referem; na legenda, deve constar a escala geral. A escolha da escala é
feita em função da complexidade e da finalidade do objeto a ser representado.
Devendo permitir uma interpretação fácil e clara da informação representada. A
escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros para a
escolha do formato da folha de desenho.

NBR 10068/1987 - Folha de Desenho, Leiaute e Dimensões

Esta norma padroniza as características dimensionais das folhas em


branco e pré- impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos.
Além de apresentar o layout da folha do desenho técnico. O formato básico
para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m2 e de lados medindo
841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma relação que existe
entre o lado de um quadrado e sua diagonal x/y = 1/2 1/2. A partir deste formato,
denominado A0, derivam-se os demais formatos.

A escolha do formato deve ser feita de forma a não prejudicar a


representação (clareza) do desenho, devendo-se escolher formatos menores
sempre que possível. As margens são limitadas pelo contorno externo da folha
e quadro. O quadro limita o espaço para o desenho. A margem esquerda serve
para ser perfurada e utilizada no arquivamento, por isso tem dimensão maior
que as margens restantes.

Tabela 1 – Formatos da série “A”

A legenda é representada dentro da margem no canto inferior direito da


folha. A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. A
legenda contém informações sobre o desenho (título, escala, unidade
dimensional utilizada, data de realização do desenho, número de registro, etc.),
nome da empresa proprietária, nome do desenhista ou projetista, número da
folha e total de folhas. A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos
formatos A4, A3 e A2, e 175 mm nos formatos A1 e A0. Nas folhas de formatos
de série "A" devem ser executadas quatro marcas de centros. Estas marcas
devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria (horizontal e vertical)
à folha.

NBR 8402/1994 - Execução de Caractere para Escrita em


Desenho Técnico

Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em


desenhos técnicos e documentos semelhantes. As principais exigências na
escrita em desenhos técnicos são:

a) legibilidade;

b) uniformidade;

c) reprodução de desenhos sem perda da qualidade.

As dimensões dos caracteres (largura, espaçamento entre caracteres,


linhas e palavras, espessura da linha) são definidas com base na altura da letra
maiúscula. A razão entre estas alturas é 21/2, mesma razão usada nos formatos
de papel da serie A.

Deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras maiúsculas e


minúsculas. E os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se
cruzem ou se toquem, aproximadamente, em ângulo reto. A norma NBR 8402
apresenta ainda uma tabela com as proporções e dimensões dos caracteres.

Figura 1 – Características da forma de escrita


Tabela 2 – Proporções e dimensões de símbolos gráficos

NBR 8403/1984 - Aplicação de Linhas em Desenho, Tipos de


Linhas e Larguras das linhas

Esta norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso


em desenhos técnicos e documentos semelhantes. As espessuras das linhas
correspondem ao mesmo escalonamento (21/2) que os formatos de papel.
Desta forma, ao se reduzir ou ampliar um desenho são mantidas as larguras
originais das linhas. As espessuras das linhas devem ser escolhidas, conforme
o tipo, dimensão e escala do desenho, de acordo com o seguinte
escalonamento: 0,13 - 0,18 - 0,25 - 0,35 - 0,50 - 0,70 - 1,00 - 1,40 e 2,00 mm.
As espessuras devem ser mantidas para todos os desenhos na mesma escala.

A NBR 8403 define 10 tipos de linhas e respectivas espessuras que


devem ser utilizadas de modo a facilitar a interpretação e compreensão dos
desenhos. São elas:
Tabela 3 – Tipos de Linhas em Desenho

(*) se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser


aplicada uma opção.

NBR 10126/1987 - Cotagem em Desenho Técnico Esta norma fixa os


princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos
técnicos.

Cotagem é a representação gráfica no desenho da característica do


elemento, através de linhas, símbolos, nota e valor numérico numa unidade de
medida. Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente,
clara e completamente, deve ser representada diretamente no desenho. A
cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais claramente
o elemento. Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por
exemplo, milímetro) para todas as cotas sem o emprego da unidade. Se for
necessário, para evitar mal entendimento, o símbolo da unidade predominante
para um determinado desenho deve ser incluído na legenda. Quando outras
unidades forem empregadas como parte na especificação do desenho, o
símbolo da unidade apropriada deve ser indicado com o valor. Cotar somente o
necessário para descrever o objeto ou produto acabado. Nenhum elemento do
objeto ou produto acabado deve ser definido por mais de uma cota.

Os elementos de cotagem são: a linha auxiliar, a linha de cota, limite da


cota e cota. As linhas auxiliares e de cotas são desenhadas como linhas
estreitas contínuas. A linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da
respectiva linha de cota. Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de
contorno e linha auxiliar. As linhas auxiliares e de cota, sempre que possível,
não devem cruzar com outras linhas. A linha de cota não deve ser
interrompida, mesmo que o elemento o seja. O cruzamento das linhas de cota
e auxiliares devem ser evitados, porém, se isso ocorrer, as linhas não devem
ser interrompidas no ponto de cruzamento. A linha de centro e a linha de
contorno, não devem ser usadas como linha de cota, porém, podem ser usadas
como linha auxiliar. A linha de centro, quando usada como linha auxiliar, deve
continuar como linha de centro até a linha de contorno do objeto.

Figura 2 – Elementos de cotagem

A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num
mesmo desenho e é feita por meio de: - setas cheias (desenho mecânico),
desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15° e colocadas entre as
linhas de chamada, apontando para fora; - traços oblíquos ou pontos (desenho
arquitetônico), desenhado com uma linha curta e inclinado a 45°.

Figura 3 – Indicações dos limites de linha de cota

Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota


devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota. Quando o espaço for
limitado, as setas de limitação da linha de cota podem ser apresentadas
externamente, no prolongamento da linha de cota, desenhado com esta
finalidade. Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na
cotagem de raio. Pode ser dentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar)
dependendo do elemento apresentado.

Figura 4 – Cotas entre os limites de cota Figura 5 – Cotas no prolongamento


da linha de cota

As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com


tamanho suficiente para garantir completa legibilidade, tanto no original como
nas reproduções efetuadas nos microfilmes (NBR 8402/1994). As cotas devem
ser localizadas de tal modo que elas não sejam cortadas ou separadas por
qualquer outra linha. Existem dois métodos de cotagem, mas somente um
deles deve ser utilizado num mesmo desenho, sendo a primeira mais
recomendada:

1) as cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas


de cotas e preferivelmente no centro. As cotas devem ser escritas de modo que
possam ser lidas da base e/ou lado direito do desenho. Na cotagem angular o
número deve ser centralizado sobre a linha de cota ou ser escrito na horizontal.
Figura 6 – Exemplos de cotas alinhadas às linhas de cota

2) as cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de


cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da
cota. Na cotagem angular o número é colocado no centro da linha de cota,
sendo esta interrompida.

Figura 7 – Exemplos de cotas lidas da base da folha

A localização das cotas freqüentemente necessita ser adaptada às


várias situações. Portanto, por exemplo, as cotas podem estar:

a) no centro submetido da linha de cota, quando a peça é desenhada


em meia peça;

Figura 8 – Cota no centro submetido da linha de cota

b) sobre o prolongamento da linha de cota, quando o espaço for


limitado;
Figura 9 – Cota no prolongamento da linha de cota

c) sobre o prolongamento horizontal da linha de cota, quando o espaço


não permitir a localização com a interrupção da linha de cota não horizontal.

Figura 10 – Cota no prolongamento da horizontal da linha de cota

Os seguintes símbolos são usados com cotas para mostrar a


identificação das formas e melhorar a interpretação de desenho. Os símbolos
de diâmetro e de quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente
indicada. Os símbolos devem preceder à cota: Ø Diâmetro, Ø ESF: Diâmetro
esférico, R: Raio, R ESF: Raio esférico e Quadrado.

Figura 11 – Exemplos de cotas utilizando símbolos


As cotas podem ser dispostas em um desenho de várias formas:

1) cotagem em cadeia: Deve ser utilizada somente quando o possível


acúmulo de tolerâncias não comprometer a necessidade funcional das partes;

Figura 13 – Cotas em paralelo

2) cotagem por elemento de referência: é usado onde o número de cotas


da mesma direção se relacionar a um elemento de referência. Cotagem por
elemento de referência pode ser executada como cotagem em paralelo ou
cotagem aditiva. - cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples
paralelas uma às outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota;

Figura 13 – Cotas em paralelo

- cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode


ser utilizada onde há limitação de espaço e não haja problema de nterpretação.
A origem é localizada num elemento de referência e as cotas são localizadas
na extremidade da linha auxiliar.
Figura 14 – Cotas aditivas

3) cotagem por coordenadas;

4) cotagem combinada: cotagem simples, cotagem aditiva e cotarem por


elemento comum podem ser combinadas no desenho

5) cotagem de cordas, arcos, ângulos e raios: - quando o centro do arco


cair fora dos limites do espaço disponível, a linha de cota do raio deve ser
quebrada ou interrompida, conforme a necessidade de localizar ou não o
centro do arco; - quando o tamanho do raio for definido por outras cotas, ele
deve ser indicado pela linha de cota do raio com o símbolo R sem cota.

6) cotagem de elementos eqüidistantes: - onde os elementos


equidistantes ou elementos uniformemente distribuídos são parte da
especificação do desenho a cotagem pode ser simplificada.

- se houver alguma possibilidade de confusão, entre o comprimento do


espaço e o número de espaçamentos, um espaço deve ser cotado;

- espaçamentos angulares de furos e outros elementos podem ser


cotados de forma similar aos espaçamentos lineares;

- espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente, dando o


número de elementos e seu diâmetro.

7) cotagem de elementos repetidos: se for possível definir a quantidade


de elementos de mesmo tamanho e assim, evitar de repetir a mesma cota, eles
podem ser cotados uma única vez;
Figura 15 – Cotas de elementos repetidos

8) cotagem de chanfros e escareados: devem ser cotados a


profundidade e ângulo dos chanfros. Nos chanfros de 45° a cotagem pode ser
simplificada em uma única cota, representado a profundidade e o ângulo.

Figura 16 – Cotas de chanfros

9) outras indicações: normalmente não se cota em conjunto, porém,


quando for cotado, o grupo de cotas específico para cada objeto deve
permanecer, tanto quanto possível, separados.

NBR 10582/1988 - Apresentação da folha para desenho técnico

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição


do espaço para desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e
respectivos conteúdos, nas falhas de desenhos técnicos. A folha para o
desenho deve conter:

a) espaço para desenho;

b) espaço para texto e,

c) espaço para legenda.


Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical. O desenho
principal, se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço para desenho.
Os desenhos são executados, se possível, levando em consideração o
dobramento das cópias do padrão de desenho, conforme formato A4.

Figura 17 – Espaços da folha de desenho

Espaço para o texto

- Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do


espaço para desenho são colocados no espaço para texto e escritas conforme
NBR 8402/1994;

- O espaço para texto é colocado a direita ou na margem inferior do


padrão de desenho;

- Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior, a altura


varia conforme a natureza do serviço;

- A largura de espaço para texto é igual a largura da legenda ou no


mínimo 100 mm;

- O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas


levando em consideração o dobramento da cópia do padrão de desenho,
conforme formato A4;

- O espaço para texto deve conter as seguintes informações:

a) explanação: informações necessárias a leitura de desenho tais como:


símbolos especiais, designação, abreviaturas e tipos de dimensões;
b) instrução: informações necessárias a execução do desenho. Quando
são feitos vários são feitas próximas a cada desenho e as instruções gerais são
feitas no espaço para texto, tais como: lista de material, estado de superfície,
local de montagem e número de peças;

c) referência: informações referentes a outros desenhos e/ou outros


documentos;

d) tábua de revisão: usada para registrar a correção alteração e/ou


acréscimo feito no desenho depois dele ter sido aprovado pela primeira vez. A
tábua de revisão tem dimensões ≥ 100 mm com linhas de até 5 mm de altura, e
contém as seguintes informações: designação da revisão (nº ou letra que
determina a seqüência da revisão); referência da malha (NBR 10068);
informação do assunto da revisão; assinatura do responsável pela revisão e
data da revisão.

Legenda

A legenda é usada para informação, indicação e identificação do


desenho e deve ser traçada conforme a NBR 10068/1987. As informações
contidas na legenda são as seguintes:

a) designação da firma;

b) projetista, desenhista ou outro, responsável pelo conteúdo do


desenho;

c) local, data e assinatura;

d) nome e localização do projeto;

e) conteúdo do desenho;

f) escala (conforme NBR 8196/1999);

g) número do desenho e da revisão: colocado no canto direito do padrão


de desenho;

h) designação da revisão;
i) indicação do método de projeção (conforme NBR 10067/1995);

j) unidade utilizada no desenho conforme a NBR 10126/1987.

NBR 13142/1999 - Dobramento de cópia

Esta Norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de


desenho técnico. O formato final do dobramento de cópias de desenhos nos
formatos A0, A1, A2 e A3 deve ser o formato A4. As dimensões do formato A4
devem ser conforme a NBR 10068/1987. As cópias devem ser dobradas de
modo a deixar visível a legenda (NBR 10582/1998). O dobramento deve ser
feito a partir do lado direito, em dobras verticais, mantendo a dimensão da
legenda como base para a dobra. Quando as cópias de desenho formato A0,
A1 e A2 tiverem que ser perfuradas para arquivamento, deve ser dobrado, para
trás, o canto superior esquerdo. Para formatos maiores que o formato A0 e
formatos especiais, o dobramento deve ser tal que ao final esteja no padrão do
formato A4.

Figura 18 – Dobramento Formato A0


Figura 19 – Dobramento Formato A1

Figura 20 – Dobramento Formato A2

Figura 21 – Dobramento Formato A3


NBR 6492/1994 – Representação de projetos de arquitetura

Esta norma fixa as condições exigíveis para a representação de projetos


de arquitetura.

Em relação ao TIPO DE PAPEL, a escolha deve ser feita levando em


consideração o objetivo, o tipo de projeto e a reprodução de desenho. A norma
recomenda utilizar papel transparente, como por exemplo, papel vegetal ou
sulfurizê, ou papel opaco, como por exemplo, o papel sulfite.

Em relação ao FORMATO DO PAPEL, deve-se respeitar a NBR


10068/1987 (Tabela 1). A área útil de desenho é delimitada por uma margem
de 10 mm a partir das bordas inferior, superior e direita do papel e de 25 mm a
partir da borda esquerda. Nota-se que para o formato A4 as margens inferior,
superior e esquerda deve ser de 7 mm. No canto inferior esquerdo, junto à
margem, deve ser deixada uma área para o carimbo ou legenda, conforme
descrito na NBR 10068/1987 As regras de dobramento das cópias de desenho
são fixadas pela NBR 13142/1999, sendo que o formato final deve ser o A4, de
modo que a legenda fique visível.

As ESCALAS (NBR 8196/1999) utilizadas em desenho de arquitetura


geralmente são as escalas de redução (1:X, com X > 1), isto é, o objeto é
representado em dimensão menor que a dimensão real. Em algumas
situações, como na representação de detalhes, pode-se utilizar a escala real
(1:1) ou escala de ampliação (X:1, com X > 1). A escolha da escala deve ter
em vista o tamanho do objeto a ser representado, as dimensões do papel e a
clareza do desenho. As escalas mais utilizadas em desenho de arquitetura são:
1:50, 1:75, 1:100, 1:200, 1:250 e 1:500, podendo também ser utilizadas as
escalas: 1:5, 1:10, 1:20 e 1:25.

As regras de ESCRITA TÉCNICA são fixadas pela NBR 8402/1994,


porém a NBR 6492/1994 apresenta no anexo os tipos de letras e números para
o desenho de arquitetura.

A escrita deve ser sempre com letras em caixa alta (maiúsculas) e não
inclinadas. Os números também devem ser grafados sem inclinação. Dimensão
entrelinhas não deve ser inferior a 2 mm. As alturas das letras e números
devem ser definidas em função da escala do desenho, sendo adotadas as
alturas de;

- 2 mm – régua 80 CL – pena 0,2 mm;

- 2,5 mm – régua 100 CL – pena 0,3 mm;

- 3,5 mm – régua 140 CL- pena 0,4 mm;

- 4,5 mm – régua 175 CL – pena 0,8 mm.

Em relação aos TIPOS DE LINHAS a norma NBR 8403/1984 dispões


sobre a aplicação de linhas, sendo que na NBR 6492/1994 estão apresentados
às aplicações e os tipos de linhas mais utilizados em desenho de arquitetura:
As espessuras das linhas variam em função da escala; usualmente adota-se:

- LINHAS CONTÍNUAS GROSSAS: 0,6 ou 0,7 mm, linhas de contorno;

- LINHAS CONTÍNUAS MÉDIAS: 0,4 ou 0,5 mm, linhas internas, linhas


de indicação e chamada;

- LINHAS CONTÍNUAS FINAS: 0,2 ou 0,3 mm, linhas internas, linhas de


cota, linhas auxiliares;

- LINHAS TRACEJADAS: 0,4 ou 0,5 mm, linhas situadas além do plano


do desenho;

- LINHAS TRAÇO E PONTO: 0,2 ou 0,3 mm, linhas de eixo ou


coordenadas.

REPRESENTAÇÃO NORTE

Figura 22 – Exemplo de representação do Norte


INDICAÇÃO DOS ACESSOS

Figura 23 – Exemplo de indicação dos acessos

INDICAÇÃO SENTIDO ESCADAS E RAMPAS

Figura 24 – Exemplo de indicação de sentido de escadas e rampas

INDICAÇÃO INCLINAÇÃO DE TELHADOS E PISOS

Figura 25 – Exemplo de indicação de inclinação de telhados e pisos

COTAS - linhas de cota devem estar sempre fora do desenho, salvo em


casos de impossibilidades;
Figura 26 – Exemplo de cotagem

- linhas de chamada devem parar 2 mm a 3 mm do ponto dimensionado;

- os números devem ter 3 mm de altura e espaço entre número de linha


de cota deve ser de no mínimo 1,5 mm;

- quando não for possível escrever o valor da cota dentro das linhas de
chamada, coloca-se a cota logo ao lado;

- nos cortes são indicadas somente cotas verticais; - evitar a duplicação


de cotas;

- a indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho


num mesmo desenho e é feita por meio de pontos ou traços oblíquos
desenhados com uma linha curta e inclinados a 45°.

As cotas de nível são sempre em metro, sendo representadas em planta


e em corte da seguinte maneira:

Figura 27 – Exemplo de cotas de nível em corte e em planta


INDICAÇÃO E MARCAÇÃO DE CORTES

A marcação do corte deve ser feita de forma clara e com traçado forte
para evitar dúvidas sobre sua localização. A linha de corte termina com traço
do tipo traço e ponto grosso e com a indicação do corte.

Figura 28 – Exemplo de indicação de corte

INDICAÇÃO DE FACHADAS E ELEVAÇÕES

Figura 29 – Exemplo de indicação de elevação

DESIGNAÇÃO DE PORTAS E ESQUADRIAS

Utilizar para portas P01, P02, etc e para janelas J01, J02, etc.

Figura 30 – Exemplos de indicação de esquadrias


REPRESENTAÇÃO DOS MATERIAIS MAIS USADOS

Figura 31 – Representação de concreto em vista e em corte

Figura 32 – Representação de mármore/granito em vista e em corte

Figura 33 – Representação de madeira em vista e em corte

Figura 34 – Representação de aço em corte

Figura 35 – Representação de isolamento térmico


REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8196


Desenho Técnico: emprego de escalas. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 13142


Desenho Técnico: dobramento de cópias. Rio de Janeiro: ABNT, 1999.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6492


Representação de Projetos de Arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8402


Execução de Caractere para Escrita em Desenho Técnico. Rio de Janeiro:
ABNT, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10582


Apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10068


Folha de desenho: leiaute e dimensões. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 10126


Cotagem em Desenho Técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 8403


Aplicação de Linhas em Desenho - Tipos de Linhas - Larguras das linhas.
Rio de Janeiro: ABNT, 1984.

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