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Universidade Candido Mendes

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU


ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO

ELISANDRO FRANCISCO DA SILVA SANTOS

PERIGOS E RISCOS NOS DISPOSITIVOS DE


MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NA INDÚSTRIA
PETROLÍFERA (OFFSHORE).

Itaperuna, RJ
Junho / 2018
ELISANDRO FRANCISCO DA SILVA SANTOS

PERIGOS E RISCOS NOS DISPOSITIVOS DE


MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS NA INDÚSTRIA
PETROLÍFERA (OFFSHORE).

Monografia apresentada à Universidade Candido Mendes


como exigência parcial à obtenção do título de Especialista
em Engenheiro de Segurança do Trabalho, sob a orientação
do Professor Luiz Roberto Pires Domingues Junior.

Itaperuna, RJ
Junho / 2018
Agradeço muito a Deus, diante de tantas
dificuldades que apareceram em nosso
caminho, por permitir meios para podermos
vencê-las, aumentado a cada dia a confiança
(fé) que estávamos no caminho que o Senhor
tinha traçado.
À minha esposa Diana Ribeiro de Souza
Santos e minha filha Maria Eduarda Ribeiro
Santos, que tiveram a compreensão
necessária nos momentos de ausência em
datas importantes para nossa família. E foi
em nosso lar onde busquei força para passar
por essas e outras dificuldades ao longo deste
sonho.
Dedico aos meus pais, Everardo Francisco
dos Santos e Elizabet de Souza e Silva
Santos, que me deram educação, dignidade e
suporte necessário para busca de objetivos e
sonhos
“A SORTE FAVORECE OS
DESTEMIDOS”. (ALEXANDRE, O
GRANDE).
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 Guindaste Pedestal............................................................................................ 12

Figura 2 Princípios de Funcionamento do Guindaste .................................................... 13

Figura 3 Guindaste Articulado........................................................................................ 15

Figura 4 Ilustração das Tensões dos Cabos X Ângulos de Inclinação........................... 17

Figura 5 Guincho de Perfuração.................................................................................... 19

Figura 6 Guincho Auxiliar............................................................................................. 21

Figura 7 Empilhadeira.................................................................................................... 23

Figura 8 Ponte Rolante................................................................................................... 25

Figura 9 Talhas (Elétrica e Manual)............................................................................... 27

Figura 10 Guincho de Alavanca....................................................................................... 28

Figura 11 Posições da Alavanca da Paleteira Manual..................................................... 30

Figura 12 Diversos Acessórios de Içamento.................................................................... 31

Figura 13 Cabo de Aço.................................................................................................... 32

Figura 14 Volta Completa do Arame No Cabo................................................................ 32

Figura 15 Composições de Cabo de Aço......................................................................... 33

Figura 16 Representação Gráfica de Tipos de Alma....................................................... 34

Figura 17 Ilustração de Tipos de Torções........................................................................ 35

Figura 18 Exemplos de Cabos Danificados pelo Uso Incorreto...................................... 35

Figura 19 Cores X Capacidades....................................................................................... 37


Figura 20 Exemplos de Desgastes do Equipamento........................................................ 40

Figura 21 Desenho Técnico da Pastesca.......................................................................... 41

Figura 22 Bastão Regulável............................................................................................. 42


ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 01 Resistencia X Temperatura de Trabalho.............................................. 36


RESUMO

O assunto abordado é de larga utilização nos atuais processos produtivos industriais do setor
de exploração e produção offshore de petróleo, e está em evidência no contexto relacionado a
acidentes e incidentes envolvendo esta atividade. O conhecimento dos equipamentos e
acessórios de içamento é de fundamental importância para o planejamento das operações de
movimentação de materiais e cargas. Visando aperfeiçoar o processo, o presente trabalho
aborda a importância do conhecimento dos recursos disponíveis para realização de forma
segura e dos riscos e perigos inerentes à atividade de movimentação/içamento de cargas em
embarcações que atuam nesse cenário.

Palavras-chave: Equipamentos de içamento, Acessórios de içamento, Movimentação de


carga, Indústria de exploração e produção de petróleo offshore e Aspectos
de segurança.
ABSTRACT

The subject is widely used in the current industrial production processes of the offshore oil
exploration and production sector, and is evidenced in the context related to accidents and
incidents involving this activity. The knowledge of hoisting equipment and accessories is of
fundamental importance for the planning of operations of movement of materials and loads.
Aiming to improve the process, the present work addresses the importance of the knowledge
of the resources available to carry out safely and of the risks and dangers inherent in the
activity of handling / lifting loads in vessels that operate in this scenario.

Keywords: lifting equipment, lifting accessories, cargo handling, Offshore oil exploration
and production industry and Security aspects.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 11

2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 12

2.1 Equipamentos de Içamento.................................................................................... 12

2.1.1 Guindastes............................................................................................................ 13

2.1.1.1 Inspeção Geral.................................................................................................... 15

2.1.1.2 Princípios de Tensão........................................................................................... 16

2.1.1.3 Aspectos de Segurança....................................................................................... 17

2.1.2 Guinchos de Perfuração...................................................................................... 19

2.1.2.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 20

2.1.3 Guinchos Auxiliares............................................................................................ 20

2.1.3.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 21

2.1.4 Empilhadeiras...................................................................................................... 22

2.1.4.1 Tipos de estabilidade..................................................................................................... 23

2.1.4.2 Aspectos de Segurança....................................................................................... 24

2.1.5 Pontes Rolantes.................................................................................................... 24

2.1.5.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 25

2.1.6 Talhas.................................................................................................................... 26

2.1.6.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 27

2.1.7 Guinchos de Alavanca (Tirfor)........................................................................... 28

2.1.7.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 29

2.1.8 Paleteiras Manuais.............................................................................................. 29

2.1.8.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 30


2.2 Acessórios de Içamento.......................................................................................... 31

2.2.1 Cabos de Aço........................................................................................................ 31

2.2.1.1 Construção e Tipos............................................................................................. 31

2.2.1.2 Tipos de Almas................................................................................................... 33

2.2.1.3 Torção................................................................................................................. 34

2.2.1.4 Inspeção dos Cabos............................................................................................ 35

2.2.1.5 Aspectos de Segurança....................................................................................... 36

2.2.2 Cintas.................................................................................................................... 37

2.2.2.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 38

2.2.3 Manilhas............................................................................................................... 39

2.2.3.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 40

2.2.4 Polias / Patescas................................................................................................... 40

2.2.4.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 41

2.2.5 Ferramentas de Controle de Cargas.................................................................. 42

2.2.5.1 Aspectos de Segurança....................................................................................... 43

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................................ 44

4 CONCLUSÃO........................................................................................................... 45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS....................................................................... 46
1 – INTRODUÇÃO

Na atual situação da indústria petrolífera offshore, algumas tendências de um


passado recente foram alteradas, forçando a quem faz parte da cadeira produtiva se
tornar cada vez mais eficiente em suas atividades. Um mercado que, atualmente, é mais
influenciado com as decisões geopolíticas dos governantes, do que com as notícias de
novos investimentos. O desinvestimento, principalmente na área perfuração de poços
marítimos, é o resultando de tantas variações: valor de comercialização do barril, preço
do dólar, escândalos de corrupção, recuperação financeira da PETROBRAS, conflitos
políticos pelo mundo, etc. Enquanto a indústria sobrevive, na expectativa de um futuro
melhor, contratos se encerram e se fecham milhares de postos de trabalho em todo país.
As plataformas marítimas ou navios de exploração/produção, estão localizadas a
alguns quilômetros da costa brasileira. Para exploração e produção do petróleo, se faz
necessário diversas operações, manobras, cálculos e planejamentos. Tais atividades são
consideradas de alto risco, devido ao grau de periculosidade que atividade está exposta.
A movimentação de materiais e cargas compreende na elevação, transporte e
descarga de objetos, que podem ser efetuadas manualmente ou com recursos de
sistemas mecânicos. Neste cenário, direcionamos a nossa explanação com intuindo de
proporcionar ao profissional de movimentação de cargas, o conhecimento dos perigos e
riscos inerentes nos diversos dispositivos de içamento existentes em uma unidade
marítima de exploração e produção de petróleo.
Na legislação, existe a norma regulamentadora nº11 do Ministério do Trabalho e
Emprego, definindo os requisitos mínimos e obrigatórios de segurança que devem ser
observados no transporte de cargas e as normas técnicas (ABNT) para a construção de
acessórios e dispositivos que serão destinados a atender o mercado.
Vários tipos de equipamentos e acessórios são empregados nos processos de
movimentação de materiais e cargas, e a tecnologia é parte integrante deste processo.
Com o avanço, foram implementados diversos dispositivos e máquinas para o fim,
restringindo a exposição do ser humano aos riscos das atividades. Muitos destes são
aplicados na indústria petrolífera offshore. Foram citados e discutidos pontos
importantes dos mais comuns equipamentos e acessórios de içamento, levando em
consideração, que cada unidade marítima tem suas particularidades e nomenclaturas.

11
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 – Equipamentos de Içamento

Uma plataforma ou navio, seja de produção ou de perfuração de petróleo, não


atente seus compromissos operacionais sem movimentar cargas. Foram mostrados no
presente trabalho os equipamentos mais comuns e seus principais riscos e perigos
inerentes, evidenciando assuntos do cotidiano do trabalhador da indústria offshore de
petróleo com detalhes técnicos básicos de cada equipamento.

2.1.1 – Guindastes

Guindaste é um equipamento usado para o içamento e movimentação de


equipamentos e eventualmente de pessoas. Através da projeção de um braço chamado
de lança, é capaz de girar a carga suspensa para qualquer dos lados, assim como
aproximá-la ou afastá-la. Por esta razão, necessita de maior cuidado e atenção, no
sentido de preservação da segurança da plataforma ou navio, da equipe envolvida e da
carga a ser movida. Indiferentemente de suas características peculiares todos os
guindastes seguem alguns princípios mecânicos que ilustram o uso de uma ou mais
máquinas simples para criar uma vantagem mecânica.

FIGURA 01: GUINDASTE TRELIÇADO


FONTE: QGOG - ALASKAN STAR

12
No contexto da movimentação de carga, este é o dispositivo mais utilizado em
plataformas e navios. Infelizmente, existe um elevado grau de risco nas suas operações.
Devido os diversos acidentes e incidentes que este equipamento esteve envolvido,
foram criadas centenas de ações mitigadoras e alterações/evoluções tecnológicas para
minimizar os perigos para os operadores, para a equipe de içamento de cargas e para a
própria unidade marítima.
Um guindaste de contrapeso contém um eixo horizontal (a alavanca). Na física,
a alavanca é um objeto rígido que é usado com um ponto apropriado do fulcro para
multiplicar a força mecânica que pode ser aplicada a um ou a outro objeto. O princípio
da alavanca permite que uma carga pesada unida à extremidade mais curta do eixo
possa ser içada por uma força menor aplicada no sentido oposto (extremidade mais
longa do eixo). A relação do peso da carga à força aplicada é igual à relação dos
comprimentos do braço mais longo e do braço mais curto, e é chamada a vantagem
mecânica. Os cabos são enrolados várias vezes em volta de um bloco fixo e presos a um
ou a outro bloco que se unira à carga a ser içada. Quando a extremidade livre do cabo é
puxada manualmente ou por uma máquina, o sistema da polia emprega uma força à
carga que é igual à força aplicada multiplicada pelo comprimento do cabo que passa
entre os dois blocos. Este número é a vantagem mecânica.

FIGURA 02: PRINCÍPIOS DE FUNCIONAMENTO DO GUINDASTE


FONTE: WWW.WIKEPEDIA.COM.BR

A maoria das plataformas perfuração ou produção de petróleo utilizam


guindastes dotados de lanças treliçadas, de comprimento constante, fixos à estrutura da
plataforma (figura 01). Os guindastes possuem dispositivos de segurança extras para o

13
seu uso em plataformas marítimas, como: a balança de carga para aferir com exatidão o
peso de cada material que está sendo içada, intertravamento entre algumas ações (uma
determinada ação não pode ser executada, se houver o mínimo de chance de causar
acidente ou incidente) e o bloqueio automático de execesso de peso a ser içado,
repeitando os limites do equipamento. Utilizado em serviços repetitivos, onde não é
necessária a variação do comprimento da lança, pois o mesmo é definido pelo tamanho
da área da embarcação que se deseja atender. Na concepção do projeto original da
unidade já são calculadas as variáveis e dimensionado o equipamento para as atividades
que são planejadas para aquela embarcação. São dotados de lanças treliçadas com tubo
de aço mais leve, e cantoneiras de aço mais pesadas, ou mistas.
Nas embarcações offshore, que atuam neste mercado, construídas nos últimos
dez anos, o avanço tecnológico permitiu a instalação de outro tipo de guindaste. Com
recursos de segurança superiores aos já desenvolvidos anteriormente, e que se diferem,
nas características dos componentes e princípios técnicos. Com muita precisão, tem a
possibilidade de colocar a carga em quase todas as posições dentro do trabalho.
O guindaste articulado offshore (Knuckle Boom) foi construído para atender as
diversas operações, deste ambiente de trabalho, com segurança e a máxima eficiência. O
mesmo é constituído por partes hidráulicos, mecânicas e dispositivos eletrônicos. Para
assim, alcançar o que se propõe na sua concepção. Através das articulações existentes
em sua lança, seus movimentos passam a ser mais precisos e direcionados. Já que, para
efetuar manobras o comprimento da lança pode atrapalhar em determinadas situações
e/ou interagir com os efeitos da natureza em uma embarcação (vento, chuva e ondas).
Neste equipamento, os movimentos verticais e horizontais da lança do guindaste
dependem da atuação do sistema elétrico/hidráulico. Pistões são responsáveis pelos
movimentos verticais. Elevando e estendendo a lança de acordo com a necessidade da
operação. Os movimentos horizontais (giro) são acionados através de motores elétricos
e/ou hidráulicos. Fazendo com o equipamento possa giram em cima de seu próprio eixo.
Uma das principais vantagens deste tipo de guindaste para uma embarcação
consiste na possibilidade de se ajustar a lança de acordo com o trabalho a ser realizado.
Com isso, a interação com os ventos e principalmente, com os movimentos do mar é
minimizada. Acarretando maior possibilidade de precisão do operador e segurança nas
manobras.

14
FIGURA 03: GUINDASTE ARTICULADO
FONTE: QGOG - LAGUNA STAR

2.1.1.1 – Inspeção Geral


A inspeção é a primeira ação mitigadora, inspecione os itens que são
imprescindíveis para uma operação segura do equipamento. Sempre que forem
encontradas irregularidades, comunique de imediato ao setor de manutenção.
Verifique pinos de conexões, parafusos, travas e demais dispositivos antes de
iniciar qualquer operação. Troque-os, em caso de aparentarem graves avarias.
Inspecione as roldanas da ponta da lança e do moitão, quanto a desgaste.
Roldanas danificadas deterioram rapidamente os cabos de aço. Ao inspecionar o cabo
de carga, proteja suas mãos com luvas adequadas. Saiba o significado das notificações e
siga as instruções. Mantenha as notificações limpas.
Os diagramas de cargas representam a máxima tolerância absoluta de carga,
baseada nos limites estruturais ou de tombamento. O conhecimento do raio de operação
exato, do comprimento de lança e do ângulo de trabalho é uma rotina diária.
Antes de executar qualquer içamento, verifique a capacidade no diagrama de
carga existente na cabine do guindaste. Posicione a linha de carga correspondente ao
raio necessário para depois começar a operar. Todos acessórios utilizados para o
içamento da carga, são eles: bloco princip10al (moitão), bloco auxiliar (bola), manilhas,
cabos e etc, são partes da carga a ser içada e devem ter pesos somados à mesma.
Não exceda as tabelas de cargas e não confie na estabilidade da mesma para
determinar a máxima capacidade de levantamento.

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Lembre-se de que as capacidades do diagrama de carga são baseadas nas seções
igualmente espaçadas, calculadas pelo fabricante do equipamento.

2.1.1.2 – Princípios de Tensão


A tensão que os cabos estão sujeitos em um içamento bem equilibrado:

W = Peso da carga
L = Comprimento dos cabos
N° = Números de cabos
H = Altura (distância vertical entre o centro de gravidade da carga e o ponto de
amarração a cima dela)

L (ft)

H (ft)
E1 E2
Tensão = P(tons) x L(ft)
______________
N° x H(ft)

P (tons)

Sempre que os cabos sejam içados em ângulo, a tensão aplicada pelo peso da
carga em cada uma das suas pernas depende da medida do ângulo formado. Este
princípio aplica-se nos levantamentos com cabos múltiplos e com duplo
“estrangulamento”. O ângulo dos cabos é o ângulo interno formado pelos cabos.
À medida que ângulo dos cabos aumenta a tensão nas suas pernas também
aumentam. Apesar do peso da carga ser constante, a tensão nos cabos pode atingir
valores muito superiores ao peso da carga devido ao efeito dinâmico das mesmas.
Existe uma relação entre o comprimento dos cabos e a distância entre os olhais
de amarração nas cargas:

 Se o comprimento de cada estropo (cabo de aço) for igual á distancia na diagonal,


medida entre os olhais de amarração na carga, o ângulo formado pelos cabos é de
sessenta graus.

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 Se o comprimento de cada estropo (cabo de aço) for dobro dessa diagonal, o ângulo
formado pelos cabos é de trinta graus.
 Como margem de segurança, o maior ângulo permitido é de noventa graus.
 Para se trabalhar com ângulos controlados, recomenda-se que o comprimento de
cada estropo (cabo de aço) seja maior do que a distância na diagonal, entre os olhais de
amarração da carga, obtendo um ângulo menor que sessenta graus, diminuindo o peso
que cada perna do estropo (cabo de aço) está suportando para elevação da carga.

FIGURA 04: ILUSTRAÇÃO DAS TENSÕES DOS CABOS X ANGULOS DE INCLINAÇÃO


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

2.1.1.3 – Aspectos de Segurança


É da responsabilidade de toda equipe envolvida na operação e manutenção deste
equipamento compreender as medidas de segurança, pelas quais os perigos são
reduzidos ou eliminados. O pessoal deve se familiarizar com todos os aspectos de
segurança e operação do equipamento antes de iniciar qualquer trabalho.
O operador de guindaste é responsável pelas operações sob seu controle direto.
Sempre que houver alguma dúvida quanto à segurança, o mesmo deve ter autoridade

17
para parar e recusar-se a manusear cargas. Somente pessoal qualificado deve operar o
guindaste. A empresa é a responsável por assegurar a qualificação necessária do
operador, de acordo com os requisitos das autoridades nacionais.
Familiarize-se com o equipamento de emergência no guindaste. As instruções e
advertências devem ser lidas e seguidas. Apenas utilize o equipamento para o fim
prescrito e de acordo com as condições operacionais. Não opere quando a velocidade
do vento e outras condições climáticas excederem as especificações e normas vigentes.
Assegure o uso correto das travas de segurança nos blocos do gancho e nos giros.
Certifique-se de que a área de configuração esteja apta para a carga máxima imposta.
. O equipamento utiliza óleo hidráulico sob alta pressão. Cuidado com o risco de
ruptura da mangueira / tubo, resultando em vazamento deste óleo pressurizado. Se
houver contaminação de óleo hidráulico em seus olhos ou feridas abertas, lave
imediatamente com muita água fresca. Consulte um médico, se necessário. O óleo
hidráulico e os lubrificantes podem conter aditivos tóxicos que por contato repetitivo
com a pele ou inalação pode ser prejudicial para sua saúde. Analisar as fichas de
informações de segurança de produtos químicos (FISPQ) e proteja-se conforme
necessário.
Antes de qualquer manutenção no sistema hidráulico, despressurize e bloqueie o
equipamento, evitando assim, o acionamento acidental. O ponto de combustão é 200
graus Celsius. No caso de um incêndio, esteja ciente de que o óleo hidráulico e a sua
névoa são inflamáveis.
O operador deve sempre poder ver a área de posicionamento da carga ou estar
em contato direto com um sinaleiro, que precisa ter a visão plena de onde será
estacionada o material ou carga. Esta área deve ser bem iluminada e o operador de
guindaste deve responder aos sinais apenas do sinaleiro, mas deve obedecer a sinal de
parada de emergência a qualquer momento, não importa a pessoa o que faça. O
guindaste não deve içar, abaixar ou balançar enquanto qualquer pessoa estiver na carga.
Nunca movimente cargas sobre pessoas. Se alguém não envolvido nas operações de
elevação entrar na área de trabalho, o operador deve estar informado imediatamente.
Sempre use proteção auditiva fora da cabine quando o guindaste estiver
funcionando. Mantenha a porta da cabine, janelas escotilha de ventilação natural
fechadas quando o guindaste está funcionando para manter o menor nível de ruído
dentro da cabine. Fique alerta para qualquer alarme.

18
Deve-se também ter muito cuidado ao operar o guincho e o movimento da lança
quando o ângulo da lança for próximo ao seu valor máximo e o gancho está próximo ao
batente, pois a carga pode atingir a parte inferior da lança ou o cilindro da lança.
Nunca sobrecarregue deliberadamente o guindaste. Se defeitos ou desempenhos
anormais forem observados, o guindaste deve ser bloqueado para os serviços
imediatamente. Antes da operação de elevação de pessoas, consulte os procedimentos, o
operador deve ter comunicação contínua com as pessoas que serão içadas ou com
sinaleiro destinado a manobra.

2.1.2 – Guinchos de Perfuração

O guincho de perfuração é o centro do controle de energia de elevação da sonda,


departamento dentro de uma embarcação offshore responsável pela perfuração de poços
de petróleo, recebe a energia mecânica necessária para a movimentação de cargas e
assegurar a frenagem destas cargas sempre que preciso. Através da transmissão
principal, no caso de sua alimentação ser fornecida diretamente do motogerador
principal da unidade ou diretamente de um motor elétrico acoplado no equipamento.
Seus principais componentes são basicamente: tambor principal, tambor auxiliar,
freios mecânico, freios eletromagnético ou hidráulico, molinetes e embreagens. Pela sua
importância o guincho de perfuração é considerado o coração da sonda, pois é baseada
na sua capacidade que se caracteriza a mesma.

FIGURA 05: GUINCHO DE PERFURAÇÃO


FONTE: WWW.NOV.COM

19
O tambor principal tem a função de acionar o cabo de perfuração,
movimentando as cargas dentro do poço. O freio é um mecanismo de grande
importância, pois realiza as funções de parar ou de retardar o movimento de descida de
carga no poço, permitindo dois tipos de freios: o freio principal, que é mecânico, por
fricção, tem a função de parar e assim manter a carga que está sendo movimentada; e o
freio secundário, que é hidráulico ou eletromagnético, e tem a função de apenas
diminuir a velocidade de descida da carga, de modo a facilitar a atuação do freio
principal.

2.1.2.1 – Aspectos de Segurança


Somente pessoal qualificado deve ter permissão para operar e manutenir o
equipamento, não se deve operar a menos que esteja completamente familiarizado com
todas as unidades, controles e funções operacionais.
O pessoal de operação e manutenção deve usar roupas de proteção adequadas
(EPI). Atenção com partes móveis do equipamento, nunca interagir quando o mesmo
está em operação. Apesar das partes mecânicas estarem enclausuradas, perto da
unidade: cuidado com mãos, roupas, panos, ferramentas, etc.
Não tente operar o equipamento com visibilidade inadequada. Os pesos
envolvidos nas operações devem estar compatíveis com a capacidade do mesmo.
Certifique-se de que tenha sido totalmente despressurizada e bloqueada
eletromecanicamente antes de executar qualquer a manutenção.
É de responsabilidade do proprietário do equipamento estabelecer medidas de
segurança, bem como aplicá-las e promover boas práticas, incluindo treinamentos, em
todas as fases operacionais.

2.1.3 – Guinchos Auxiliares

Os guinchos auxiliares são equipamentos que estão dispostos em vários pontos


na unidade marítima com intuito, como o nome já diz, de auxiliar nas diversas
movimentações de carga dentro da embarcação.
Compreendem o mesmo princípio e as mesmas partes do guincho de perfuração,
porém com estrutura e capacidades de tração bem menores. Podem ser dimensionados
para duas finalidades distintas: o içamento apenas de pessoas, de acordo com a operação
a ser realizada, com a necessidade de acompanhamento de perto de outro trabalhador

20
para a sua execução, e o içamento de cargas, com os princípios de segurança
normalmente adotados para realização desta atividade.

FIGURA 06: GUINCHO AUXILIAR


FONTE: QGOG - ALASKAN STAR

2.1.3.1 – Aspectos de Segurança


O cabo deve estar sempre bem enrolado no tambor do guincho, não deve ficar
folgado e mesmo quando estiver sem carga, deve se usar a velocidade reduzida para
enrolar o cabo de perfuração no tambor do guincho. A polia de linha viva deve estar
bem alinhada com o centro do tambor principal.
Nunca deve ser colocado clipe ou grampo no cabo que é conectado a âncora,
linha morta. Realizar periodicamente inspeção visual, lubrificação das polias
constantemente e em todo os componentes que compões o sistema.
Somente pessoal qualificado pode realizar manutenção e detecção de falhas.
Inspecione o guincho em busca de sinais de danos causados por colisão com outros
equipamentos. Certifique-se de que não há objetos soltos (ferramentas ou
equipamentos) esquecidos em locais altos.
O equipamento pode utilizar óleo hidráulico sob alta pressão. Cuidado com o
risco de rompimento de mangueiras. Se alguém colocar óleo hidráulico nos olhos ou
feridas abertas, lave imediatamente com água em abundância. Consulte um médico, se
necessário. O óleo hidráulico e os lubrificantes podem conter aditivos tóxicos que por

21
contato repetitivo com a pele ou inalação pode ser prejudicial para sua saúde. Analisar
as fichas de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ) e proteja-se
conforme necessário.
Antes de qualquer manutenção no sistema hidráulico/pneumático, despressurize
e bloqueie o equipamento, evitando assim, o acionamento acidental. O ponto de
combustão é 200 graus Celsius. No caso de um incêndio, esteja ciente de que o óleo
hidráulico e a sua névoa são inflamáveis.

2.1.4 – Empilhadeiras

Define-se empilhadeira como um veículo autopropulsor de três rodas, pelo


menos, projetado para levantar, transportar e posicionar materiais. As empilhadeiras
constituem um dos equipamentos mais versáteis no transporte interno. Destina-se tanto
à movimentação vertical quanto horizontal de praticamente todos os tipos de materiais,
sem as limitações de um trajeto fixo.
As cargas são carregadas em garfos, com movimento para cima e para baixo,
sobre um quadro situado na parte dianteira do veículo. As rodas traseiras são
direcionadas e as frontais, de tração, podem ser motorizadas ou manuais.
É uma máquina onde o peso da carga movimentada é balanceado por um
contrapeso colocado na parte traseira do veículo. Construída segundo o princípio da
"gangorra", onde a carga, nos garfos, é equilibrada pelo peso da máquina. O centro de
rotação ou o "apoio da gangorra" é o centro das rodas dianteiras. Dessa maneira, é
muito importante sabermos a distância do centro das rodas até o centro da carga
colocada. A capacidade de elevação de uma empilhadeira é afastada por dois fatores:

 PESO DA CARGA;
 DISTÂNCIA DO CENTRO DE GRAVIDADE DA CARGA.

As capacidades são referidas com centro de carga a sessenta centimetros. Para


informações exatas, deve-se referir ao gráfico de capacidade publicado nos folhetos de
especificações de cada empilhadeira, que indica a capacidade.
A maioria das empilhadeiras tem uma suspensão de três pontos, mesmo quando
se locomove em quatro rodas. Normalmente, o eixo traseiro pivota sobre um pino no
centro, de modo que a empilhadeira está suspensa em três pontos: no pino de articulação

22
do eixo traseiro e em cada uma das rodas dianteiras. A área compreendida dentro dos
pontos de suspensão é chamada de “triângulo de estabilidade”.
Se o ponto de equilibrio inicidir fora do triangulo da estabailidade, a empilhadeira
tomba ao longo de umas das linhas do triângulo. Quando o ponto se desloca também, em
resposta a uma aceleração e desaceleração repentina e/ou viradas bruscas, a emplilhadera
tomba para frente.
A estabilidade é resultante de vários fatores. Distância entre eixos, largura total do
eixo de tração, altura de elevação e distribuição do peso são os maiores. Acessórios
requeridos e tipos de cargas a serem manipulados também são considerações importantes.
A transferência de peso e os movimentos do centro de gravidade resultantes, as
forças dinâmicas criadas quando a máquina está em movimento, freando, elevando,
inclinando e descendo cargas, são considerações de estabilidade.

FIGURA 07: EMPILHADEIRA


FONTE: WWW.PORTALDOSEQUIPAMENTOS.COM.BR

2.1.4.1 – Tipos de estabilidade


 Estabilidade longitudinal de empilhamento - considerando o manuseio de cargas nas
elevações do empilhamento e o efeito de paradas repentinas. Cabe atenção em todas as
opções de establidade, no movimento que está sujeito a maquina devido ao ambiente de
trabalho (navios, plataforma, etc) e ressaltar que a estabilidade de uma máquina só será
realmente assegurada com um adequado treinamento do operador.

23
 Estabilidade longitudinal – considerando a habilidade de parar a máquina, estando ela
em movimento, vazia ou carregada, com a carga aproximadamente a trinta centimetros do
solo;
 Estabilidade lateral – considerando a habilidade de manobrar rapidamente, quando
estava trabalhando vazia, a carga abaixada, a trinta centímetros do chão;
 Estabilidade lateral – considerando o alto empilhamento de cargas e o efeito ao
declive do solo, nas operações de alto empilhamento;

2.1.4.2 – Aspectos de Segurança


A maioria dos acidentes envolvendo o equipamento é causada pela não observância
de regras de segurança ou precauções. Um acidente pode muitas vezes ser evitado
através do reconhecimento de situações potencialmente perigosas antes que ocorra. A
equipe deve estar alerta para possíveis riscos potenciais e ter os treinamentos, as
habilidades e as ferramentas necessárias antes de tentar executar as operações e
manutenções. Reparos incorretos podem ser perigosos, resultar em ferimentos ou morte
e acidentes de alto potencial.
Não opere ou realize qualquer tipo de lubrificação, manutenção ou reparo até que
tenha lido e entendido as informações técnicas.
Siga sempre os avisos de advertências de segurança fixados no equipamento. Se estes
avisos não são atendidos, lesões corporais ou morte podem ocorrer com você ou com
outras pessoas.
Esteja familiarizado com o funcionamento adequado da empilhadeira, esteja sempre
alerta evite ações ou condições que possam resultar em acidente.
Não opere o equipamento se precisar de reparo ou de qualquer forma insegura.
Comunicar todos os defeitos e condições inseguras imediatamente. Não tente quaisquer
ajustes ou reparos, a menos que esteja treinado e autorizado a fazê-lo.

2.1.5 – Pontes Rolantes

A ponte rolante tem seus movimentos longitudinal, transversal e vertical


motorizados. Dependendo de seu tamanho e potência, tem os seus movimentos
comandados por um operador na cabine, ou por botoeira ao nível do piso.
O movimento longitudinal esquerdo ou direito é feito pelas rodas sobre os
trilhos. O transversal esquerdo ou direito é feito pelo carro sobre a ponte. O vertical

24
ascendente ou descendente é feito pelo enrolamento ou desenrolamento do cabo de aço
ou corrente.
Os tipos de pontes rolantes variam em função dos fabricantes e são grandes as
opções oferecidas. De forma geral, as pequenas têm uma potência de carga até três
toneladas e as grandes podem chegar até cento e vinte toneladas. As pontes rolantes
podem ser montadas em pequenos vãos, de aproximadamente oito metros, até em
grandes vãos que chegam a trinta metros.
Convencionou-se dividir as pontes em grupos em função da capacidade de
carga. O grupo leve engloba as pontes de três a quinze toneladas; o grupo médio, as de
vinte a cinquenta toneladas e o grupo pesado, as de cinquenta a cento e vinte toneladas.
Os grupos médios e pesados são equipados com gancho auxiliares nos carros, que
permitem maior versatilidade no levantamento da carga.

FIGURA 08: PONTE ROLANTE


FONTE: WWW.FERROINDUSTRIA.COM.BR

2.1.5.1 – Aspectos de Segurança


Antes de iniciar a jornada de trabalho, o operador deve realizar uma inspeção
visual no equipamento. Caso observe qualquer anomalia, tanto na inspeção inicial
quanto ao longo da atividade, comunique ao supervisor imediato. Isto se faz necessário
para o cumprimento do item 11.1.8 da NR 11, que prevê que estes equipamentos devem
ser permanentemente inspecionados, e se encontradas deficiências, esta deverá ser
imediatamente substituída.

25
A manutenção de pontes rolantes cabe apenas a profissionais especializados,
sendo que, antes de qualquer serviço, é necessário o bloqueio mecânico/elétrico do
equipamento e instalar sinalização de alerta no quadro de energia de comando.
É obrigatório o uso de crachás de identificação, por parte dos operadores de
pontes-rolantes, constando nome, foto, tipo de equipamento autorizado a operar, prazo
de validade, data e assinatura do emitente. O crachá deve ficar visível a todos, conforme
previsto no item 11.1.6 da NR 11.
Utilize corretamente os equipamentos de proteção individuais indicados para a
atividade: capacete, luvas, óculos de segurança, protetores auriculares e botinas com
biqueira de aço. Observando se algum deles se encontra danificado solicite a
substituição imediata.
A operabilidade de pontes-rolantes só é permitida a profissionais devidamente
habilitados, treinados e aprovados em testes específicos, conforme se verifica no item
11.1.5 da norma regulamentadora 11.
Ao fazer movimentação de carga, avalie seu peso e demais condições e conheça
a capacidade da ponte rolante, selecionando o cabo de aço auxiliar adequado ao tipo de
carga e peso. Para o içamento, faça-o com cuidado e lentamente. Durante a elevação da
carga, certifique-se de que há espaço suficiente para que ela seja içada, tomando
cuidado com possíveis instalações aéreas (tubulações de água, gás e elétricas). Nunca
passe a carga sobre pessoas. É proibido suspender ou descer pessoas com a ponte.
Equipamentos que serão utilizados para movimentação de pessoas requerem condições
especiais de segurança, que as pontes rolantes não possuem.
Verifique sempre se os cabos ou correntes não estão cruzados. Além disto,
nunca os estique repentinamente. Não posicione mão e pés debaixo da carga. E
mantenha distância mínima de dois metros entre as cargas suspensas por pontes rolantes
que trabalhem no mesmo trilho.

2.1.6 – Talhas

A talha é montada em ponte rolante, no carro trole, sendo responsável pelo


movimento de elevação e em monovias e/ou olhais dimensionados para realização da
atividade. Geralmente se utiliza um cabo de aço ou outro acessório de elevação, para
realização do serviço desejado.

26
FIGURA 09: TALHAS (ELETRICA E MANUAL)
FONTE: MANUTTECH.COM.BR/TALHAS

2.1.6.1 – Aspectos de Segurança


 Estudar o manual de instruções do fabricante, mesmo que você seja um experiente
operador de talhas.
 Manter sempre a talha centralizada sobre a carga antes do içamento. Tração lateral
excessiva pode danificar a talha, o trole ou a corrente de carga. Não transporte cargas
lateralmente.
 Nunca torcer a corrente ou virar o bloco inferior ao contrário.
 Nunca enrole a corrente em alguma estrutura.
 Proceder sempre uma inspeção visual da talha antes de iniciar uma operação, que
inclui os ganchos, a corrente de carga, chaves limitadoras e freios. Certifique-se de que
os mesmos se encontram em condições de operação.
 Nunca usar a corrente de carga como uma linga. Utilizar sempre lingas apropriadas.
 Nunca exceder a capacidade de carga da talha. Existe um modelo apropriado para
cada tarefa. Certifique-se que os suportes de suspensão estão dimensionados para a
carga a ser içada. Em caso de dúvidas não realizar a operação.
 Não operar uma talha até os limites extremos da corrente de carga. A chave
limitadora destina-se somente as paradas de fim de curso.
 Nunca deixar cargas suspensas por longo período ou quando o operador não estiver
presente. Utilizar um recolhedor de correntes, quando necessário.
 Nunca colidir a talha com outras talhas ou objetos.
 Nunca utilizar uma talha para transportar pessoas.
 Nunca transportar cargas sobre pessoas.

27
 Levantar cuidadosamente a carga. Nunca levantar aos trancos.
 Sempre faça a elevação da carga em linha reta. Nunca em ângulos.
 Nunca utilizar uma talha além de seu ciclo projetado de trabalho.
 Não acione a talha em solavancos desnecessários.
 Assegurar que a carga esteja livre para movimentação. A área deve estar
desobstruída.
 Assegure-se sempre que a área de desembarque esteja desobstruída.
 Assegurar-se que a carga está equilibrada e presa na corrente da talha.
 Assegurar-se que a linga é própria para a carga e se o gancho é próprio e que esteja
fechado.
 Ao operar a talha, estar atento ao movimento da carga para evitar acidentes com
pessoas que possam estar passando pelo local.
 Utilizar o bom senso no transporte de cargas, observando onde ela está indo.
 Assegurar-se que a corrente de carga está bem assentada, de maneira apropriada no
côncavo do gancho e com a trava fechada.

2.1.7 – Guinchos de Alavanca (Tirfor)

Os guinchos de alavanca (Tirfor) possuem alta força de arraste, mesmo a longas


distâncias. Utilizados principalmente em montagens industriais e estruturais,
levantamento de cargas, operações portuárias, agricultura e silvicultura.

FIGURA 10: GUINCHO DE ALAVANCA


FONTE: HTTP://WWW.CABOSDEACOCABLEMAX.COM.BR

28
2.1.6.1 – Aspectos de Segurança
Certifique-se de que o seu guincho manual seja mantido em condições de trabalho

seguras e apropriadas observando as seguintes regras e limites operacionais. Inspecione o

cabo regularmente para examinar as ranhuras ou distorções. O cabo deve ser substituído

uma vez que qualquer das situações anteriores ocorra. Não puxe o cabo sobre ou ao redor

de um canto (quina viva). Saiba quanto é a carga permitida quando você estiver puxando,

não ultrapasse os limites operacionais. É proibido utilizar um tubo ou outro dispositivo

para elevar a alavanca para nível adicional, isso vai danificar o guincho. Não opere o

guincho com menos de três voltas de cabo na bobina. Utilize sempre os acessórios de

movimentação de carga adequados. Certifique-se que há fixação está correta antes de

iniciar a manobra. Extremamente proibido a movimentação pessoas utilizando o

equipamento.

2.1.8 – Paleteiras Manuais

O usuário da Paleteira Manual deve possuir conhecimentos básicos sobre as

condições de operação do equipamento, seus comandos e capacidade, de modo a garantir

a perfeita utilização e segurança durante o processo.

O conhecimento básico deve tomar como base as instruções de utilização do

equipamento, constantes no manual do fabricante.

Posicionar o acionador manual na posição “levantar” e acionar o sistema

hidráulico até a carga ficar elevada, sem haver contato com o piso. Para transportar a

paleteira até o ponto desejado, puxá-la pela alavanca com o acionador manual na posição

“neutro”. Para abaixar a carga, basta colocar o acionador manual na posição “abaixar”.

29
FIGURA 11: POSIÇÕES DA ALAVANCA DA PALETEIRA MANUAL
FONTE: WWW.PALETRANS.COM.BR

2.1.6.1 – Aspectos de Segurança


A paleteira manual foi projetada para transportar e levantar cargas, porém é
preciso que a carga esteja devidamente equilibrada em cima dos dois garfos, com o peso
distribuído igualmente. Caso não, você pode acabar danificando o equipamento e
causando danos a carga.
É fundamental que, antes de usar uma paleteira manual, a mesma tenha passado
por uma checagem mecânica, a fim de avaliar as condições das rodas de carga e direção,
dos controles de elevação, além dos demais dispositivos existente na paleteira manual.
Essa medida visa garantir a segurança de quem for operar o equipamento, evitando
acidentes durante o transporte e avarias no carregamento. Antes de colocar sua carga
em cima da paleteira manual, observe a indicação da capacidade máxima que pode ser
transportada e verifique se a sua carga se enquadra nesta indicação.
É importante estar sempre atento na hora de transportar sua carga. Observe se
existe espaço entre as paredes e a paleteira, veja se existem obstáculos, e se é possível
passar por eles sem causar nenhum problema. Outra condição que deve ser observada é
a velocidade durante o deslocamento: ela deve se igualar a velocidade de uma pessoa
caminhando, normalmente.

30
Movimentar a paleteira manual mais rápido que isso pode tornar sua operação
completamente insegura. A paleteira manual foi projetada para ser puxada, e não
empurrada. Por isso, evite ao máximo fazê-lo; mas, se não houver alternativa, empurre
com muito cuidado.

2.2 – Acessórios de Içamento

São inúmeros os acessórios de movimentação de carga relacionados a processos


produtivos industriais, abordaremos com destaque alguns de maior evidencia no
ambiente das embarcações offshore.

FIGURA 12: DIVERSOS ACESSÓRIOS DE IÇAMENTO


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

2.2.1 – Cabos de Aço

2.2.1.1 – Construção e Tipos


A construção de um cabo de aço é o termo usado para indicar o número de
pernas, a quantidade de arames em cada perna, a sua composição e o tipo de alma. As
pernas dos cabos podem ser fabricadas em uma, duas ou mais operações, conforme sua
composição. Nos primórdios da fabricação de cabos de aço as composições usuais dos
arames nas pernas eram as que envolviam várias operações, com arames do mesmo
diâmetro. Assim eram torcidos primeiramente seis arames em volta de um arame
central. Posteriormente, em nova passagem, o núcleo formado por um mais seis (1 + 6)

31
arames era coberto com doze arames. Esta nova camada tem por força um passo
(distância em que um arame dá uma volta completa) diferente do passo do núcleo, o que
ocasiona um cruzamento com arames internos, e o mesmo se repete ao se dar nova
cobertura dos doze arames com mais dezoito, para o caso da fabricação de pernas de
trinta e sete arames.

FIGURA 13: CABO DE AÇO


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

Com o aperfeiçoamento das técnicas de fabricação, foram desenvolvidas


máquinas e construções de cabos que nos possibilitam a confecção das pernas em uma
única operação, sendo todas as camadas do mesmo passo. Assim surgiram as
composições "Seale", "Filler" e "Warrington", formadas de arames de diferentes
diâmetros. Estas composições conservam as vantagens das anteriores e eliminam sua
principal desvantagem, ou seja, o desgaste interno ocasionado pelo atrito no cruzamento
dos arames.

FIGURA 14: VOLTA COMPLETA DO ARAME NO CABO


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

32
Na composição "Seale" existem pelo menos duas camadas adjacentes com o
mesmo número de arames. Todos os arames de uma mesma camada possuem alta
resistência ao desgaste. "Warrington" é a composição onde existe pelo menos uma
camada constituída de arames de dois diâmetros diferentes se alternando. Os cabos de
aço fabricados com essa composição possuem boa resistência ao desgaste e boa
resistência à fadiga. A composição "Filler" possui arames principais e arames finos, que
têm a função de enchimento para a boa acomodação dos outros arames.
Os arames de enchimento não estão sujeitos às especificações que os
arames principais devem satisfazer. Os cabos de aço fabricados com essa composição
possuem boa resistência ao desgaste, boa resistência à fadiga e alta resistência ao
amassamento. Por outro lado, ainda existem outros tipos de composições que são
formadas pela aglutinação de duas das acima citadas, como por exemplo, a composição
"Warrington-Seale", que possui as principais características de cada composição,
proporcionando ao cabo alta resistência à abrasão conjugado com alta resistência à
fadiga de flexão.

FIGURA 15: COMPOSIÇÕES DE CABO DE AÇO


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

A classificação por classes é feita de seguinte forma: p x a TTT; sendo p o


número de pernas, a o número de arames por perna e TTT tipo de alma e outras
qualificações que variam de fabricante para fabricante. A norma brasileira que contém
especificações sobre cabos de aço é a NBR ISO – 2408:2008.

2.2.1.2 – Tipos de Almas


Almas de fibras em geral proporcionam maior flexibilidade ao cabo de aço. Os
cabos de aço podem ter almas de fibras naturais (AF) ou de fibras artificiais (AFA),

33
sendo que as almas de fibras naturais são normalmente de sisal, e as almas de fibras
artificiais são geralmente de polipropileno.
As almas de aço garantem maior resistência ao amassamento e aumentam a
resistência à tração e podem ser formadas por uma perna de cabo (AA) ou por um cabo
de aço independente (AACI), sendo esta última modalidade preferida quando se exige
do cabo maior flexibilidade, combinada com alta resistência à tração. Com exceção dos
cabos até oito milímetros. Um cabo de seis pernas com alma de aço apresenta um
aumento de 7,5% na resistência à tração e aproximadamente 10% na massa em relação a
um cabo com alma de fibra do mesmo diâmetro e construção.

FIGURA 16: REPRESENTAÇÃO GRAFICA DE TIPOS DE ALMA


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

2.2.1.3 – Torção
Quando as pernas são torcidas da esquerda para a direita, diz-se que o cabo é de
"Torção à direita" (Z). Quando as pernas são torcidas da direita para a esquerda, diz-se
que o cabo é de "Torção à esquerda" (S). Nenhum cabo de aço com torção à esquerda
deve ser pedido ao fabricante sem que primeiro sejam consideradas todas as
características de sua utilização.
O cabo de torção regular ou normal, os arames de cada perna são torcidos em
sentido oposto à torção das próprias pernas (em cruz). Como resultado, os arames do
topo das pernas são posicionados aproximadamente paralelos ao eixo longitudinal do
cabo de aço. Estes cabos são estáveis, possuem boa resistência ao desgaste interno e
torção e são fáceis de manusear. Também possuem considerável resistência a
amassamentos e deformações devido ao curto comprimento dos arames expostos.
O cabo de torção Lang, os arames de cada perna são torcidos no mesmo sentido
que o das próprias pernas. Os arames externos são posicionados diagonalmente ao eixo
longitudinal do cabo de aço e com um comprimento maior de exposição que na torção
regular. Devido ao fato dos arames externos possuírem maior área exposta, a torção

34
Lang proporciona ao cabo de aço maior resistência à abrasão. São também mais
flexíveis e possuem maior resistência à fadiga. Estão mais sujeitos ao desgaste interno,
distorções e deformações e possuem baixa resistência aos amassamentos. Estes cabos de
aço devem ter sempre as suas extremidades permanentemente fixadas para prevenir a
sua distorção e em vista disso, não são recomendados para movimentar cargas com
apenas uma linha de cabo, a não ser em casos especiais. Não se deve usar cabos de
torção Lang com alma de fibra por apresentarem pouca estabilidade e pequena
resistência aos amassamentos.

FIGURA 17: ILUSTRAÇÃO DE TIPOS DE TORÇÕES


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

2.2.1.4 – Inspeção dos Cabos


O trabalhador que conecta o equipamento/acessórios a carga (lingador) têm
obrigação de se certificar, de que todo o equipamento e acessórios estão em bom estado,
ao alcance dele, a fim de poder suportar o peso da carga. Para tal, existem três tipos de
inspeção:

FIGURA 18: EXEMPLOS DE CABOS DANIFICADOS PELO USO INCORRETO


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

35
 Inspeção visual: é uma inspeção visual realizada pelo lingador a carga, sempre feita
antes da utilização e em locais danificados por içamentos;
 Inspeção Minuciosa: Realizada por empresa contratada com técnicos devidamente
qualificados. Quando aprovado o equipamento é pintado ou uma parte dele com uma
cor característica, que muda com ano correspondente, identificando que aquele material
foi inspecionado. É marcada no equipamento a sua capacidade máxima de utilização
(CMU) e registrado em formulário próprio. Novas inspeções devem ser realizadas em
um período não superior a seis meses em instalações offshore;
 Inspeção Anual: Realizada uma vez por ano por empresa contratada com técnicos
devidamente qualificados, com as mesmas exigências da inspeção minuciosa.

2.2.1.5 – Aspectos de Segurança


Devido ao esforço de cargas dinâmicas, que geram pesos superiores do valor real
das cargas no momento da movimentação, e condições extremas que estes
equipamentos têm de suportar, são construídos com uma margem adicional de
segurança. Essa margem de segurança é calculada, dividindo a carga mínima de ruptura
por fator de segurança especificado de acordo com a legislação. É extremamente
proibido o uso dos equipamentos quando superada a sua capacidade máxima de carga.

GRAFICO – 01: RESISTENCIA X TEMPERATURA DE TRABALHO


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

36
 Cabos Multipernas: 7,5:1
 Cabos ou cabos com alma de aço: 5:1
 Cabos ou cabos com alma de fibra: 7:1
 Cabos de corrente: 6:1
 Equipamento de içamento de pessoal: 10:1
 Manilhas de ferradura ou tipo “D”: 6:1
 CMU = Capacidade Máxima de Utilização
 CMR = Carga Mínima de Ruptura
 FS = Fator de Segurança
 CMU = CMR : FS

2.2.2 – Cintas

As cintas de movimentação são fabricadas a partir de fibras sintéticas. Com


relação ao seu próprio peso, as cintas têm uma capacidade de carga e não prejudicam a
sua superfície do material que deseja ser içado.
As cintas de poliéster devem ter uma etiqueta azul para que sejam reconhecidas.
Têm uma boa resistência quanto à luz, calor e ácidos solventes, com boa elasticidade se
torna o tipo de cinta mais utilizada. A desvantagem é fato de não ser recomendado lavá-
las utilizando sabão, pouca resistência a bases.

FIGURA 19: CORES X CAPACIDADES


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA
37
As cintas de poliamida devem ter uma etiqueta verde de identificação e são
resistentes a bases. A desvantagem das cintas de poliamida está no fato de que elas
absorvem muita água em ambientes úmidos o que reduz sua capacidade. Acumulando
água pode também fazer com que em dias muito frios ela possa se enrijecer (congelar) e
ficar quebradiça.
Cintas de movimentação feitas de polipropileno (etiqueta marrom) tem uma
baixa capacidade de carga, levando-se em conta seu peso próprio, e são pouco flexíveis.
Mas elas têm uma boa resistência química e são utilizadas em casos especiais.
O nylon é a mais forte das fibras sintéticas e apresenta uma alta capacidade de
absorção de força, além de excepcional resistência a sucessivos carregamentos. Para
utilização de cintas em banhos químicos, o fabricante deverá ser consultado para
maiores esclarecimentos.
Lembrado que, nenhum tipo de cinta deve trabalhar em condições que venham
expor sua estrutura contra quinas vivas e/ou materiais que possam perfurar a mesma.
Atualmente se restringe o uso deste acessório de içamento, devido má utilização
dos responsáveis pela movimentação de carga ocasionando inúmeros acidentes e
incidentes no ambiente offshore.

2.2.2.1 – Aspectos de Segurança


Na seleção e especificação de cintas, deve-se dedicar uma consideração especial
à carga máxima de trabalho exigida, levando-se em conta o modo de uso e a natureza da
carga a ser içada. As dimensões, forma e peso (kgf) da carga, associados ao método de
uso pretendido, a área de trabalho e a natureza da carga são todos fatores que afetam a
seleção correta.
A cinta selecionada deve suportar a carga, ser suficientemente forte e ter o
comprimento correto para o modo de uso. Caso mais de uma cinta seja usada para
elevar uma carga, todas devem ser do mesmo material e capacidade. O material do qual
a cinta é manufaturada não pode ser afetado adversamente pelo ambiente de trabalho ou
pela carga. Deve-se também considerar os acessórios auxiliares e os dispositivos de
elevação devem ser compatíveis. Os terminais das cintas podem ser olhais flexíveis ou
acessórios metálicos escolhidos em função da adequação ao acoplamento com o
equipamento de levantamento de carga.
Utilizarem cintas com olhais flexíveis, o comprimento mínimo do olhal para
uma cinta a ser usada com gancho deve ser no mínimo três vezes e meia a espessura

38
máxima do gancho em contato com a cinta e em qualquer circunstância o ângulo interno
formado no olhal da cinta não pode ser superior a vinte graus. Ao se conectar uma cinta
com olhais flexíveis a um equipamento de elevação, a parte do conjunto que suporta a
cinta deve ser essencialmente reta, a menos que a largura de suporte da cinta seja
inferior a cento e cinquenta milímetros, caso em que o raio de curvatura da fixação do
dispositivo de elevação deve ser de no mínimo uma vez e meia a largura de suporte da
cinta.
As cintas não podem ser sobrecarregadas. Deve-se utilizar de modo correto o
indicado na etiqueta. No caso de cintas de varias pernas, o ângulo máximo com a
vertical não pode ser ultrapassado, sessenta graus. As boas práticas de segurança na
movimentação de cargas devem ser seguidas. As operações de guindar, suspender e
abaixar cargas devem ser planejadas antes de se iniciar a elevação (evitar movimentos
bruscos). As cintas planas devem ser corretamente posicionadas e fixas à carga de
maneira segura, de tal forma que a carga fique uniformemente distribuída pela largura
da cinta. As cintas nunca podem estar torcidas ou com nós. Não podem ser emendadas
cintas diretamente com outras cintas. Utilizar exclusivamente conectores ou manilhas.
Danos às etiquetas de identificação podem ser evitados, mantendo-as distantes
da carga e do gancho de elevação.

2.2.3 – Manilhas

Acessório para movimentação ou fixação de carga, formado por duas partes


facilmente desmontáveis, consistindo em corpo e pino. O corpo uma das duas partes da
manilha, consistindo em uma barra de seção adequada conformada ou forjada em um
formato apropriado, o seu arco é parte curva do corpo da manilha, oposta ao pino. Nas
extremidades do corpo da manilha, existem orifícios coaxiais para introdução do pino.
O pino consiste em uma barra reta de seção circular que passa através dos olhais,
disposta de modo seguro quando em posição, podendo ser facilmente desmontada.
Existindo dois tipos tradicionais deste equipamento: manilha reta, cujo arco forma um
semicírculo de raio interno igual à metade da abertura entre olhais e manilha curva cujo
arco forma um semicírculo de raio maior do que a metade da largura entre olhais.

39
2.2.3.1 – Aspectos de Segurança
Nunca exceder a carga máxima de trabalho gravada no corpo da manilha e evite
cargas aplicadas lateralmente na manilha. É proibido soldar a manilha. Inspecione a
manilha periodicamente e sempre verifique, antes da sua utilização, os seguintes itens:
corpo e pino estão identificáveis como sendo do mesmo tamanho (tipo e aço), a
marcação está legível, as roscas do pino e do corpo da manilha não estão danificadas, o
corpo e o pino não demonstram trincas/torções/desgastes excessivos ou qualquer defeito
e verificar sempre antes da utilização se o pino está montado corretamente no corpo da
manilha. Estritamente proibido trocar o pino da manilha por outro que não seja
adequado para a carga de trabalho aplicada.

FIGURA 20: EXEMPLOS DE DESGASTES DO EQUIPAMENTO


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

2.2.4 – Polias / Patescas

A polia (roldana) e patesca é uma peça mecânica, seu uso é muito comum em
diversas operações de movimentação de carga, utilizada para transferir força e
movimento. Uma polia é constituída por uma roda de material rígido, normalmente
metal, antigamente era comum em madeira, lisa ou sulcada em sua periferia. Acionada
pelo deslizamento do cabo de aço no seu interior, transferindo movimento e energia a

40
carga desejada. Quando associada à outra polia de diâmetro igual ou não, a polia realiza
trabalho equivalente ao de uma engrenagem. Deve sempre ser dimensionado para o
cabo de aço com diâmetro correto ao groove da polia, podendo gerar desgastes
prematuros das polias e dos cabos e/ou acidentes quando não seguidos os
procedimentos corretamente.
Para os efeitos de especificação entende-se por patesca o conjunto constituído de
roldana, eixo da roldana, eixos auxiliares, gancho e dois tirantes sendo um destes
articuláveis, para permitir a colocação do cabo de aço por acesso lateral. O conjunto
destina-se basicamente a redução do esforço. Quando, com o auxílio de cabos, é
utilizado para tracionar cargas.

FIGURA 21: DESENHO TECNICO DA PASTESCA


FONTE: CURSO DE CABO DE AÇO - SIVA

2.2.4.1 – Aspectos de Segurança


Executar sempre uma inspeção visual antes de iniciar uma operação verifique os
gancho e movimento da roldana. Certifique-se que tudo se encontra em condições para
utilizar, nunca exceder a capacidade de carga ou dos acessórios. Existem modelos
apropriados para cada tarefa. Em caso de dúvidas não execute a operação. Nunca impor
carga súbita ou choque e não circule abaixo da carga ou eleve pessoas. Evitar o balanço
ou movimento súbito por esforço da carga

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2.2.5 – Ferramentas de Controle de Cargas

Devido o elevado número de acidentes e incidentes, ao longo da história,


envolvendo mãos e dedos na indústria petrolífera offshore. Atualmente existem vários
acessórios para que o trabalhador mantenha as mãos protegidas no momento das
operações de movimentação de materiais e cargas (conceito hands free).
O cabo guia é um pedaço de corda que se liga à carga para ajudar a controlar o
seu movimento (balanço), geralmente sisal trançado. Por anos, foi o único acessório na
embarcação responsável por minimizar os riscos da equipe no momento de movimentar
cargas.
Com avanço tecnológico, proporcionou a inclusão no mercado de opções
específicas para a indústria, porém mantendo sempre o mesmo conceito de proteção das
mãos e dedos. Um exemplo desta evolução, o bastão regulável que consiste na
ferramenta que auxilia na diminuição do balanço da carga a ser movimentada. No
mesmo, existem ganchos para ajudar a “pescar” o cabo guia que foi fixada a carga antes
de sua movimentação. Para quem estiver utilizando a ferramenta, existe um recurso de
estender o bastão para posicionar-se de forma mais segura em relação à carga.
O bastão além de trazer muito mais segurança à operação, atendem as exigências
normativas que proíbem o contato das mãos com o material elevado, funcionando como
um guia rígido.

FIGURA 22: BASTÃO REGULÁVEL


FONTE: WWW.BRASILOFFSHORE.COM

42
2.2.5.1 – Aspectos de Segurança
O controle de cargas requer atenção em pequenos detalhes, evitando possíveis
acidentes e/ou incidentes:
 O cabo guia na maioria das operações de movimentação de carga corre por cima
de outras cargas posicionadas no convés, por isso, nunca se deve fazer qualquer tipo de
nó que possibilite que o cabo se prenda, ocasionando acontecimentos indesejáveis.
 É necessária uma inspeção visual no cabo guia antes da sua utilização, pois sua
matéria prima geralmente é muito susceptível as intempéries. Manchas escuras e
esfacelamento do cabo são sinais importantes para descarte do mesmo.
 A percepção do momento de pegar o cabo guia, quando a carga está sendo
movimentada, é de tamanha importância. Exigindo experiência dos responsáveis pela
movimentação de carga, pois aumenta consideravelmente os riscos para trabalhador,
com isso, utilize o gancho do bastão para conseguir “pescar” o cabo guia mantendo-se
fora do raio de queda da carga.
 Com o içamento da carga, não se deve enrolar o cabo guia nas mãos e/ou pernas,
pois existe a possibilidade do mesmo se entrelaçar e içar quem esteja manuseando o
cabo.
 É necessária uma inspeção visual no bastão regulável antes da sua utilização,
observando a integridade de suas proteções e se sua haste não está travada.

43
3 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

O campo de pesquisa é limitado ao ambiente de trabalho em uma plataforma ou


navio de exploração e produção de petróleo offshore. Dentro deste cenário, destacamos
um processo que é fundamental e imprescindível para a cadeia produtiva, a
movimentação de materiais e cargas.
Os estudos acadêmicos relacionados ao tema são escassos e genéricos. Por se
tratar de um mercado extremamente fechado e específico, poucos têm as vivências
necessárias para despertar interesse para tal aprofundamento. Segundo a norma
regulamentadora nº11 do Ministério do Trabalho e Emprego, “Os equipamentos
utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga,
guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-
rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira
que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança, conservados em
perfeitas condições de trabalho” (NR11 - 11.1.3, 2004, p. 1).
Devido à experiência e atuação na área, consideramos o tema extremamente
complexo e com a necessidade de um aprofundamento de conceitos. Entendemos que a
norma citada não contempla, de forma mais abrangente, os riscos inerentes na atividade.
Com isso, por falta de maiores estudos, diretrizes e orientações os profissionais de
movimentação de carga offshore poderão estar expostos há perigos evitáveis no
exercício de seu trabalho.
Acreditamos que o trabalhador deveria ser mais bem selecionado e preparado
para assumir funções na unidade marítima, passando por etapas pré-determinadas de
treinamentos. Aja vista, que a uma decisão equivocada pode acarretar acidentes e
incidentes de proporções catastróficas. Em nenhuma indústria a necessidade de investir
no conhecimento e qualificação da força de trabalho se torna tão primordial.

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4 – CONCLUSÃO

Com a economia mundial oscilando e o Brasil passando por dificuldades


financeiras e políticas, se caracteriza assim, um momento desfavorável para
investimentos na indústria do petróleo em nosso país. As empresas atualmente não
priorizam novas aquisições ou grandes projetos e estão deixando de valorizar, com a
devida importância, a capacitação de seus funcionários nos conhecimentos básicos dos
seus próprios equipamentos. Tentando se adequar a nova realidade financeira do setor,
investem somente nos treinamentos exigidos pelos seus clientes para sua força de
trabalho.
A filosofia de qualificar mão de obra, inicialmente gera custos elevados, mas
preveni contra acidentes e incidentes futuros relacionados à falta de conhecimento e/ou
imperícia. São vários os recursos para realizar um içamento de qualquer tipo de carga, a
decisão de utilização do mais adequado para aquela determinada operação, na maioria
das vezes, depende exclusivamente da força de trabalho. Com que parâmetros o
operador decide qual recurso utilizar, na experiência ou no conhecimento? O ideal seria
que resposta da pergunta se baseasse nos dois parâmetros, já que os lucros e os
prejuízos da empresa estão diretamente associados às decisões de campo destes
trabalhadores. Qualificar este funcionário e sinônimo de redução na probabilidade de
prejuízos (decisões equivocadas) e um aumento na segurança operacional (cultura de
trabalho seguro).
Quando deixamos de instruir e preparar nossa força de trabalho, sofreremos
consequências em outros pontos na cadeia produtiva. Desgastes prematuros dos
equipamentos de movimentação de materiais e cargas (utilização de forma incorreta
pelo operador), profissionais que não estão preparados para assumirem novas funções
dentro do quadro de funcionários da empresa (plano de carreira), decisões equivocadas
causando prejuízo à companhia e etc. Todos esses exemplos convergem no aumento dos
perigos e riscos que as pessoas daquele ambiente de trabalho estão expostas. Elevando,
ainda mais, o grau de periculosidade da indústria.
Concluímos com as seguintes reflexões, que hoje estão sem respostas: Quais os
danos à saúde mental de um profissional que se aposenta nesse ramo? Não se faz
necessário a elaboração de uma legislação específica para setor de petróleo que inclua
todos esses temas? Será que os diretos destes trabalhadores estão sendo respeitados?

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