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PROJETO DE PESQUISA

Edilson Moreira Borges


Eduardo Nicoline Evangelista Deniz
Gabriele Batista de Sá

TEMA: Promoção da saúde da população ribeirinha

QUESTÃO DE PESQUISA
A mudança do pensar a respeito da saúde pública saindo de uma visão reducionista à
cerca do processo saúde-doença está conseguindo alcançar a população ribeirinha?

1 INTRODUÇÃO
Em uma busca crescente pela melhoria de qualidade de vida da população que
necessariamente está associada ao estado saudável, a Promoção da Saúde (PS) é um termo
amplamente discutido nas últimas décadas. A definição de PS possui um sentido bem mais
amplo que a prevenção da saúde, de forma que as complicações não são tratadas de formas
direcionadas e específicas, a fim de evitar o aparecimento de doenças, mas as medidas adotadas
visam a melhoria da qualidade da saúde e do bem-estar, enfatizando a transformação das
condições de vida e trabalho da população. (CZERESNIA e FREITAS, 2011).
Dessa forma, tal conceito vem a ser algo maior que a prevenção, tratando não somente
de alcançar os critérios estabelecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como saúde,
mas também de empoderar e responsabilizar os indivíduos pela própria qualidade de vida em
aspectos nutricionais, educacionais, habitacionais, habituais, entre outros.
Em seu livro, McKeown e Lowe (1989) vão afirmar que a melhoria nas condições de
saneamento básico e condições físicas do ambiente de moradia (fatores ambientais) das
populações, bem como a redução do número médio de filhos por mulher (planejamento
familiar) foram os principais fatores responsáveis pelo aumento na expectativa de vida e
redução da mortalidade na Inglaterra e no País de Gales no final do século XIX e início do XX,
eles afirmam ainda que tais fatores foram mais importantes na contribuição para redução desses
dados estatísticos do que o próprio desenvolvimento da medicina com as imunizações e a
antibioticoterapia, o que evidencia o fato de as medidas hoje entendidas e caracterizadas como
Promoção da Saúde serem efetivas e resultarem em bons números.
As condições de saúde melhoraram substancialmente na segunda metade do século
passado. Questões como aumento na expectativa de vida pós II Guerra Mundial, graças a
progressos políticos, econômicos e sociais, bem como avanços na saúde pública e na medicina
se fizeram possível. Em contra partida, condições de morbi-mortalidade prevalentes ainda
continuam crescentes em países menos desenvolvidos e mesmo que medidas de intervenção
individual e medicina curativa já tenham se mostrado claramente ineficazes para tais problemas,
estas ainda são a principal forma de intervenção utilizada por esses países. (BUSS, 2000)
Dessa forma, a Promoção da Saúde se mostra como um grande desafio a ser alcançado,
ainda mais quando se diz respeito à população ribeirinha, que além de todos as limitações já
encontradas na zona urbana, soma-se ainda suas particularidades, como uma cultura própria, e
seu isolamento geográfico. Tornando assim, o desenvolvimento de políticas de promoção da
saúde desafiador. Como diz MACHADO et al. (2010):
Com a criação e implementação do Programa Saúde da Família (PSF),
parte das populações tradicionais da Amazônia, como é o caso de
algumas das populações ribeirinhas, tiveram um acesso à saúde que
não possuíam antes. Porém, em se tratando de uma região geográfica
de dimensões continentais e sua população se estabelecer ao longo de
centenas de rios, na maioria das vezes, sem acesso por estradas, grande
parte das pessoas permanecem completamente isoladas.
Diante do exposto, o presente estudo levantará os dados estatísticos da saúde dessa
população, bem como suas condições no que diz respeito aos determinantes de saúde para
estabelecer um paralelo entre as políticas de Promoção da Saúde e a aplicabilidade destas no
cotidiano da população ribeirinha, bem como a necessidade de adequações para sua realidade,
considerando os aspectos sociais, econômicos e geográficos.

2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Verificar a capacidade de alcance das políticas de promoção à saúde na população
ribeirinha da região do Baixo Rio Madeira.

2.2 Objetivos específicos


1. Identificar as características geográficas, sociais e culturais dessas populações;
2. Analisar a estrutura de unidades de Atenção Básica presentes na região;
3. Descrever o processo de trabalho dos profissionais que materializam a promoção da
saúde;
4. Identificar as ações efetivadas da Política Nacional de Promoção da Saúde nas
comunidades.

3 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA
Os ribeirinhos estão isolados não apenas da cultura em geral, mas também do acesso à
mídia escrita, televisiva e radiofônica, bem como de outros moradores da comunidade, muitas
vezes situados a até dois quilômetros de distância (FRANCO et al, 2015). Com o processo de
isolamento geográfico e cultural imposto a essas populações, o acesso aos meios de informação
e tecnologia se torna laborioso, sendo essa problemática, o cerne das dificuldades na promoção
de saúde e melhorias na qualidade de vida para os ribeirinhos.
Além disso, dados epidemiológicos do interior da Amazônia mostram que doenças
infecciosas e parasitárias são causas dos principais indicadores de saúde: a morbidade e a
mortalidade da população local (MONTEIRO, 2017). Isto mostra o quanto a saúde dessa
população está vulnerável, dessa forma, os ribeirinhos carecem de políticas públicas voltadas à
sua saúde e que visem o empoderamento desses indivíduos em melhorar sua qualidade de vida.
Tornando assim a pesquisa em questão de suma relevância para a comprovação de tais fatos e
proposição de medidas intervencionistas. (embasamento teórico, importância da pesquisa, em
que vai contribuir e impactar os resultados encontrados)

4 METODOLOGIA
4.1 Delineamento da pesquisa
4.2 Local de pesquisa: Distrito de Calama – Porto Velho/RO.
4.3 Participantes e amostragem: A população do Distrito de Calama, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, é de 2782 habitantes. Dessa forma, para que a pesquisa
tenha dados de uma amostra que represente um todo, fez-se necessário a escolha de pessoas
aleatórias e a execução de cálculos estatísticos, a conclusão obtida é que a amostra
estatisticamente significativa é de 278 pessoas, sendo esse o número adotado para a elaboração
desse projeto.
4.4 Coleta de dados: Consistirá em uma pesquisa descritiva, através do método de observação
participante, que, segundo Queiroz (2007):

A observação participante é uma das técnicas muito utilizadas pelos


pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa e consiste na
inserção do pesquisador no interior do grupo observado, tornando-se
parte dele, interagindo por longos períodos com os sujeitos, buscando
partilhar o seu cotidiano para sentir o que significa estar naquela
situação.

Essa técnica é possível devido ao fato de ocorrer contato direto do investigador com a
população investigada, ela permite a aquisição de informações sobre a realidade dos indivíduos
em sou contexto social. (CRUZ, 1999). A importância/efetividade dessa técnica se dá pela
obtenção de um conjunto de situações ou acontecimentos que não são adquiridos mediante
perguntas, visto que são investigados na própria realidade de modo direto, fazendo uso do
conhecimento existente na comunidade local.
Além disso será utilizada um modelo de pesquisa estruturada por meio de perguntas
disparadoras, de forma que os indivíduos da região serão entrevistados para levantar dados
quantitativos a respeito da periodicidade de visitas de profissionais da saúde, bem como a
organização e competência das Unidades de Saúde local. A escolha dessa forma de entrevista
se justifica pelo fato de que ela possibilita a catalogação dos dados em forma de gráficos e
tabelas, facilitando assim, a comparação desses números com outras localidades, bem como a
relação do número de Unidades e profissionais que atendem a população, para que possa ser
realizado o estudo estatístico associando-se os números levantados com as variáveis de saúde,
como a incidência de determinadas doenças.
Para questionário pesquisar sobre escala likert, é uma forma de dar opções de resposta para as
pessoas.
4.5 Tratamento de dados: Os dados obtidos serão tabulados e organizados de forma a
possibilitar a comparação com a literatura, visando traçar paralelos entre as propostas literárias
com a efetividades das ações presentes nessa comunidade.
4.7 Questão ética da pesquisa
Cadastramento do projeto na plataforma Brasil, onde se cadastra todos ou projetos para serem
submetidos ao comitê de ética da instituição, e a pesquisa só será realizada após a aprovação
pelo comitê. Os participantes da pesquisa assinarão ainda o termo de consentimento livre e
esclarecido. (adaptar ao nosso trabalho o modelo de consentimento que ela enviar)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 CZERESNIA D., FREITAS C. M. de. Promoção da saúde: conceitos, reflexões,
tendências. Rio de Janeiro: FIOCRUZ; 2011. p. 229.
 McKEOWN T., LOWE C. R. Introducción a la Medicina Social. México: Sigilo XXI,
ed. 4, 1989.
 QUEIROZ, D. T. et al. Observação participante na pesquisa qualitativa: conceitos e
aplicações na área da saúde. Rev Enferm UERJ [on-line]. 2007 abr/jun, ed. 15 n. 2:
276-83. Disponível em: http://www.facenf.uerj.br/v15n2/v15n2a19.pdf .

 FRANCO, E. C. et al. Promoção da Saúde da População Ribeirinha da Região


Amazônica: Relato de Experiência. Revista CEFAC [online], v. 17, n. 5, p. 1521-
1530, set./out., 2015. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v17n5/1982-
0216-rcefac-17-05-01521.pdf>
 BUSS, P. M. Promoção da Saúde e Qualidade de Vida. Rio de Janeiro: Ciência e
Saúde Coletiva, 5(1):163-177, 2000.
 MACHADO, F. S. N. et al. Utilização da telemedicina como estrategia de promoção
de saúde em comunidades ribeirinhas da Amazônia: experiência de trabalho
interdisciplinar, integrando as diretrizes do SUS. Ciência & Saúde Coletiva, vol. 15,
no. 1, 2010. Disponível em: <http://http://go-
galegroup.ez8.periodicos.capes.gov.br/ps/i.do?p=AONE&sw=w&u=capes&v=2.1&it
=r&id=GALE%7CA223750376&asid=6c6fd37da9385647eccaeff25316d00a>.
Acessado em: 16 de novembro de 2017.

Apresentação do projeto: 05/12/2017 e 12/12/2017

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