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JÚRI

“Uma leitura do Rito do


Júri: do fato ao plenário”

OAB/SP – 2018

Vitor Monacelli Fachinetti Júnior


www.mfachinetti.com.br
CARACTERÍSTICAS DO RITO DO JÚRI

• Garantia individual (art. 5º, XXXVIII, da CF) com


competência mínima para os crimes dolosos contra a
vida, podendo ser ampliada pelo legislador, o que já
ocorreu no artigo 78, I, do CPP, em relação aos
crimes conexos.
• Assim, a competência atual do Júri é o julgamento
dos crimes dolosos contra a vida, tentados ou
consumados e os conexos.
• A regra não é absoluta, prevalecendo sobre ela as
previsões do foro por prerrogativa de função (desde
que previstas na CF)
PRIMEIRA FASE

• RECEBIMENTO DA DENÚNCIA

• CITAÇÃO

• RESPOSTA EM 10 DIAS

• VISTA AO MP PARA MANIFESTAÇÃO

• NO PRAZO MÁXIMO DE DEZ DIAS : AUDIÊNCIA !


AUDIÊNCIA

• OITIVA DA VÍTIMA

• TESTEMUNHAS

• PERITOS, ACAREAÇÕES, RECONHECIMENTOS

• INTERROGATÓRIO

• DEBATES

• SENTENÇA

• PROCEDIMENTO DEVE TERMINAR EM 90 DIAS !


PRONÚNCIA IMPRONÚNCIA
413 C.P.P.. 414 C.P.P.

• *LIMITAR-SE-À : Sem materialidade

• Materialidade Sem indícios

• Indícios de autoria Nova denúncia com prova nova

• *DECIDIR ACERCA DA *RECURSO MUDOU:


PRISÃO APELAÇÃO (416)
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
415 C.P.P.

• PROVADA A INEXISTÊNCIA DO FATO

• PROVADO NÃO SER AUTOR

• NÃO HÁ CRIME

• CAUSA DE ISENÇÃO DA PENA - EXCETO INIMPUTABILIDADE

• EXCLUSÃO DO CRIME

• *RECURSO MUDOU (415) – APELAÇÃO

DESCLASSIFICAÇÃO
418 C.P.P.

JUIZ RECONHECE QUE O CRIME NÃO É DOLOSO CONTRA A VIDA. REMETE


PARA O JUÍZO COMPETENTE PROFERIR A SENTENÇA. RECURSO: RESE
PREPARAÇÃO PARA O JULGAMENTO

• INTIMAÇÃO DAS PARTES PARA:

• APRESENTAR ROL – 5 TESTEMUNHAS

• REQUERER PROVAS E DILIGÊNCIAS


JUIZ

• Prepara relatório escrito.

• DESIGNA DATA

• INTIMAÇÃO DAS PARTES, VÍTIMA, TESTEMUNHAS,


PERITOS
DESAFORAMENTO

• INTERESSE DA ORDEM PÚBLICA

• DÚVIDA SOBRE IMPARCIALIDADE DO JÚRI

• SEGURANÇA PESSOAL DO ACUSADO

• DEMORA NO JULGAMENTO
ABERTURA DA SESSÃO DE JULGAMENTO

• VERIFICAÇÃO DA PRESENÇA DE 15 JURADOS DOS 25


CONVOCADOS

• VERIFICA SE PARTES ESTÃO PRESENTES.

• (RÉU PODE NÃO ESTAR)

• VERIFICA SE AS PARTES ESTÃO PRESENTES

• ADIA ... ou

• INSTALA A SESSÃO.
JUIZ

adverte Adverte Inicia o sorteio


impedimentos incomunicabilidade de 7 jurados
SORTEIO

Retira nome da urna

Podem
Consulta Consulta
recusar 3
defesa acusação
sem justificar

JURADO RECUSADO
É DISPENSADO
CISÃO

• Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados, as


recusas poderão ser feitas por um só defensor.
• § 1o A separação dos julgamentos somente ocorrerá
se, em razão das recusas, não for obtido o número
mínimo de 7 (sete) jurados para compor o Conselho
de Sentença.
• § 2o Determinada a separação dos julgamentos, será
julgado em primeiro lugar o acusado a quem foi
atribuída a autoria do fato ou, em caso de co-autoria,
aplicar-se-á o critério de preferência disposto no art.
429 deste Código.
JULGAMENTO
• FORMADO O CONSELHO
• COLHIDO O COMPROMISSO

• JUIZ DISTRIBUI CÓPIAS:


• RELATÓRIO
• SENTENÇA DE PRONÚNCIA
INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO
• OITIVA DA VÍTIMA
• TESTEMUNHAS
• PERGUNTAS DIRETAS
• JURADOS REPERGUNTAM ATRAVÉS DO JUIZ
• INTERROGATÓRIO (sem algemas)

• *(registro pelos meios ou recursos de gravação magnética,


eletrônica, estenotipia ou técnica similar. A transcrição, após
feita a degravação, constará dos autos)
DEBATES
APÓS A INSTRUÇÃO

“COM A PALAVRA O DR. PROMOTOR. VOSSA


EXCELÊNCIA TERÁ UMA HORA E MEIA PARA
A ACUSAÇÃO”
A DEFESA TEM A PALAVRA
APÓS A FALA DO PROMOTOR

“COM A PALAVRA O DR. DEFENSOR. VOSSA


EXCELÊNCIA TERÁ UMA HORA E MEIA PARA
A DEFESA”
RÉPLICA

QUER O DR. PROMOTOR USAR DA


FACULDADE DA RÉPLICA ?
RÉPLICA

O
“NÃO”
não pode ter acréscimos !
DEBATES
vedações
NULIDADES
São vedadas referências ao uso de algemas ou não; ao silêncio ou ausência
de interrogatório; a decisão que levou o réu ao júri.

não será permitida a produção ou leitura de documento que não tiver sido
comunicado à parte contrária, com antecedência, pelo menos, de 3 (três)
dias, incluindo na proibição a leitura de jornais ou qualquer escrito, cujo
conteúdo versar sobre matéria de fato constante do processo.
DEBATES

TESE NOVA NA
TRÉPLICA ?
tese nova na tréplica
NÃO
“Não pode a defesa oferecer, na tréplica tese que
não fora anteriormente questionada,
constituindo assim surpresa para o Ministério
Público, sem mais oportunidade para refutá-la.
Estabelecido o conflito entre o criminoso e a
sociedade, tão sagrado são os direitos daquele
como o desta” (RT 602/393)
tese nova na tréplica
SIM
“Os debates no Júri compreendem, além da
acusação e da defesa, a réplica e a
tréplica. Lícito é à defesa na tréplica,
inovar a tese sustentada anteriormente,
devendo, nesse caso, o juiz formular
quesito a respeito, sob pena de nulidade
do julgamento” (RT 630/303)
INOVAÇÃO NA TRÉPLICA
SIM

• SEXTA TURMA DO STJ: “Vem o júri pautado pela plenitude de defesa (Constituição,
art. 5º, XXXVIII e LV). É-lhe, pois, lícito ouvir, na tréplica, tese diversa da que a
defesa vem sustentando. 2- Havendo, em casos tais, conflito entre o contraditório
(pode o acusador replicar, a defesa, treplicar sem inovações) e a amplitude de
defesa, o conflito, se existente, resolve-se a favor da defesa – Privilegia-se a
liberdade (entre outros, HC-42.914, de 2005, e HC-44.165, de 2007). 3- Habeas
corpus deferido. (STJ – HC 61.615 – (2006/0138370-8) – 6ª T. – Rel. Min. Hamilton
Carvalhido – DJe 09.03.2009 – p. 1622)

• GUILHERME NUCCI: A inovação na tréplica é cabível justificando para tal o


princípio da plenitude de defesa, devendo o MP utilizar o aparte, intervenção de uma
das partes durante a manifestação da outra, previsto no art. 497, XII, do
CPP, quando sentir que deve fornecer uma explicação aos jurados quanto à
inadimissibidade do argumento novo apresentado pela defesa na tréplica.
Tese nova na tréplica
SIM
“A defesa pode sempre apresentar a tese que bem
entenda e tem o direito de falar em último lugar.
À acusação cabe prever os argumentos que o
acusado pode apresentar, pois, afinal, se trata
de questão técnica e não mero exercício de
imaginação”
(TJSP – AP – Rel. Celso Limongi – RT 696/331)
DEBATES – RÉU INDEFESO

“Júri- Nulidade – Réu indefeso – Defensor


que usa da palavra por apenas 10 minutos
para requerer somente o abrandamento
da pena – Cerceamento caracterizado –
Preliminar acolhida – Novo julgamento
ordenado.” (RT 564/367)
MULTIPLICIDADE DE TESES

“A pronúncia baliza a situação projetando-se


como fonte do libelo. Não limita, porém, a
defesa, que se permite desdobrável em
justificativas ou dirimentes, ou mesmo na
simples desclassificação do crime, de
doloso para culposo” (RT 417/96)
MULTIPLICIDADE DE TESES

“ Se o defensor se convence, ante os elementos


colhidos nos autos, de que a alegação de
negativa de autoria não trará proveito ao
acusado e adota outras teses defensivas, com
eficiência e, no caso, até com êxito, não se pode
dizer que o réu tenha ficado indefeso” (STF –
RE – Rel. Sidney Sanches – RTJ 124/635)
DEBATES – DEPOIMENTO PESSOAL

“Sem dúvida não pode a Defensoria,


quando em Plenário, no desenvolvimento
de sua peroração defensória, trazer à
baila dizeres que a coloquem na condição
de testemunha” (RJTJSP 70/358)
DEBATES – DEPOIMENTO PESSOAL

“Pode não ser ético o advogado ou o


promotor invocar seu próprio testemunho
acerca do fato delituoso ou circunstância
discutidos no processo. Mas não se vai a
ponto de ser a afirmativa, ainda que feita
em Plenário, com razão para a decretação
de nulidade do julgamento” (RT 517/295)
APARTES

• Art. 497, CPP. São atribuições do juiz presidente do Tribunal


do Júri, além de outras expressamente referidas neste Código:

• XII regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma


das partes, quando a outra estiver com a palavra, podendo
conceder até 3 (três) minutos para cada aparte requerido, que
serão acrescidos ao tempo desta última.
APARTES

“ OS APARTES SÃO O TEMPERO


DOS DEBATES”
Espínola Filho
APARTES
“O processo é coisa séria onde se tratam coisas
sérias. As pessoas que nele intervém devem estar
sérias e tratar com seriedade as questões. Se é
admissível o fino humor, que transparece numa
rápida tirada de espírito, é intolerável a
demonstração de humorismo, a chacota, visando
ridicularizar o opositor. Pode se aniquilar um
adversário com argumento e provas, mas deve-se
respeitá-lo sempre pelo que ele representa”
MANOEL PEDRO PIMENTEL
QUESITOS
• Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem,
indagando sobre:
• I – a materialidade do fato;
• II – a autoria ou participação;
• III – se o acusado deve ser absolvido;
• IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela
defesa;
• V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento
de pena reconhecidas na pronúncia ou em decisões
posteriores que julgaram admissível a acusação.
• § 1o A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a
qualquer dos quesitos referidos nos incisos I e II do caput deste
artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado.
• § 2o Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados
os quesitos relativos aos incisos I e II do caput deste artigo
será formulado quesito com a seguinte redação:
• O jurado absolve o acusado?
Quesitos - PROPOSTA

• 1. A vítima recebeu disparos de arma de fogo,


causando as lesões do laudo de fls.?
• 2.Essas lesões deram causa a morte da vítima?
• 3.O réu desferiu disparos contra a vítima?
• 4.O jurado absolve o acusado?
Votação
• Leitura explicação.
• Reclamação não atendida em ata.
• Sala secreta.
• Nova explicação.
• Votação.
• Com maioria de quatro encerra.
• Termo e assinatura
SENTENÇA
sem relatório/sem fundamentação fática

se CONDENATÓRIA – processo de
individualização da pena, fixando pena-base,
após agravantes e atenuantes.

DECIDE SOBRE RECURSO EM LIBERDADE


• Leitura da SENTENÇA em público, na
presença do RÉU.

• ATA da sessão de julgamento.


RECURSO *
• Apelação
• Nulidade pós pronúncia
• Sentença contrária a lei ou a decisão
dos jurados
• Erro ou injustiça na aplicação da pena
• Decisão dos jurados manifestamente
contrária a prova dos autos

• *Protesto por novo Júri – não existe mais


MUITO
OBRIGADO!
Vitor Monacelli Fachinetti Júnior
palestra disponível no site:

www.mfachinetti.com.br

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