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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Juizado

Especial Cível do Foro da Comarca de LAGES /SC.

REQUERENTES:

Marlene de Andrade, portadora da Carteira de Identidade RG nº xxxxx e


inscrito no CPF/MF sob o nº. Xxxxx (doc. 01/02), xxxxx, xxxx, xxxxx, xxxxxe,
Paulo de Andrade portador da Carteira de Identidade RG nº xxxxx e inscrita
no CPF/MF sob o nº xxxxxx (doc. 03/04) e xxxxx, xxxx, xxxx, xxxxx, Borges
Andrade portador da cédula de identidade/RG n. Xxxxxx, inscrito no CPF/MF
sob n. Xxxxx (doc. 02/06) ambos residentes residentes e domiciliados na
xxxx, xxx, ap. Xxx, Bl. Xxxx, xxxxx, CEP: xxxx (doc. 03), vem à presença de
Vossa Excelência, por meio de seus advogados infra-assinados (doc. 04) e
com fundamento nos artigos 186 e 927, caput ambos do CC e artigo 461 e
parágrafos do CPC propor

AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS MATERIAIS E MORAIS C/C


RESSARCIMENTO DE VALORES

REQUERIDOS –

DIOGO DE ANDRADE - GLOBO PLANALTO VEICULOS LTDA E SEU


REPRESENTANTE DE VENDAS-NESTA CIDADE –LITISCONSORCIADOS.

Em virtude de, Diogo de Andrade ,portador da cédula de identidade


732997/SSP/SC residente nesta cidade a rua Belizário Ramos,35 centro,
junto com seu comparsa, funcionário da Globo Planalto, e Globo
Planalto Veiculos ltda , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ/MF sob o n. Xxxxx com sede na Coronel Córdova , 98, centro, CEP:
88 900 987, inscrita no CNPJ/MF sob n. Xxxxx, portanto, litisconsorciados ,
com fulcro fáticos e os motivos de direito que passa a aduzir:

I - Dos fatos

Em 2013, O requerido, juntamente com seu comparsa, de nome XXXXX, em


conluio com funcionário da Globo Planalto, ambos residentes e domiciliados
nesta cidade e, atendendo a citações e notificações judiciais através de seu
advogado, dirigiram-se a casa da tia do primeiro, onde após, muita
conversações, sua tia, de boa fé aceitou sem nenhuma resistência tornar-se
avalista de seu sobrinho, na aquisição de um veículo que lhe, seria vendido
pelo seu comparsa funcionário da agencia Globo Planalto, acima já
identificada.
Ocorre que, no momento do fechamento do negócio, ao invés de colocarem
sua tia, como avalista, matreiramente, colocaram-na, como proprietária do
veículo. Ambos, ainda não satisfeitos com os golpes já perpetrados contra
Marlene, falsificarão a assinatura de seu esposo, tio do sr. Diogo Andrade, na
época em que foram praticados os ilícitos seu Tio caminhoneiro, estava
viajando pelo Nordeste, conforme, demonstram comprovantes apensados.
Para surpresa dos autores, com o advento de inúmeras multas de transito no
seu endereço residencial, onde figuravam como autores, condutores infratores,
com todas as suas consequências em seus prontuários de trânsito, além, de
inúmeras comunicações oriundas do Serasa , com avisos de inadimplência
notificando-lhes da existência de inúmeros débitos em seus nomes sem o
respectivo resgate.

É a síntese do necessário.

II - Do direito

a) Da inversão do ônus da prova

Faz-se mister esclarecer que ao analisar-se a situação fática, chega-se a


conclusão que a presente demanda é derivada de relação de consumo.

Evidente que os fatos narrados acima caracterizam a relação de consumo,


pois o artigo 2º da Lei 8078/90 estabelece que “consumidor é toda pessoa
física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário
final”
O artigo 5º, inciso XXXII da Constituição da Republica Federativa do Brasil
dispõe que “o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”. O
artigo 170, inciso V da Carta da Republica reza que “a ordem econômica,
fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observado o princípio da defesa do consumidor”.
O artigo 4º do Código de Proteçâo e Defesa do Consumidor dispõe, ainda,
que a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o
atendimento das necessidades dos consumidores, atendidos os princípios do
reconhecimento da vulnerabilidade técnica, fática e econômica do consumidor
no mercado de consumo (inciso I); e da boa-fé objetiva nas relações
contratuais (inciso III).
Já o artigo 6º do CDC, por sua vez, assegura à autora: a efetiva prevenção e
reparação de danos patrimoniais e morais (inciso VI); a facilitação da defesa
de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência (inciso
VIII).
Noutro polo, temos que as rés figuram na relação fática narrada como
fornecedora de serviços, devidamente tipificado no CDC, especificamente no
artigo 3º a seguir explicitado:
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que
desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção,
transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de
produtos ou prestação de serviços.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

(...)

VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do


ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências.

E o presente julgado do STJ, determina o momento de sua concessão.

PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONSUMIDOR. INVERSÃO DO


ÔNUS DA PROVA. MOMENTO OPORTUNO. RECURSO ESPECIAL
CONHECIDO EM PARTE E, NESSA EXTENSÃO, PROVIDO. A inversão do
ônus da prova, prevista no artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do
Consumidor, como exceção à regra do artigo 333 do Código de Processo
Civil, sempre deve vir acompanhada de decisão devidamente fundamentada,
e o momento apropriado para tal reconhecimento se dá antes do término da
instrução processual, inadmitida a aplicação da regra só quando da sentença
proferida. (BRASIL. STJ. REsp 881651. 2006/0194606-6. Relator Ministro
HÉLIO QUAGLIA BARBOSA. QUARTA TURMA. DJ 21/05/2007 p. 592.)
Assim sendo, requerem desde já os autores o reconhecimento de inversão de
ônus da prova neste momento processual instrutório, dada sua
hipossuficiência técnica e vulnerabilidade em face do litisconsórcio , a fim de
que a matéria elucidativa aos fatos seja melhor interpretada.

Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão


solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.

Disto, conclui-se a necessidade de reparação material, de maneira solidária,


no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil, reais ), sem prejuízo de juros de mora,
correção monetária e honorários de advogado a contar da data de citação.

c) Do dano moral
Além da responsabilidade de reparação do dano material, cabe também por
dano moral, pela amenização dos seus danos que Foi uma violação à
integridade moral de Marlene e Paulo,

Quanto a isto, dispõe a Constituição Federal.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das


pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação

Tem-se assegurada a proteção da integridade moral dos requerentes. O meio


para isto a ser aplicado no caso que ganha destaque é a indenização por
dano moral causado. Aí entra a legislação infraconstitucional para sustentar
estes meios, sendo que no art. 186 do Código Civil, a conduta das rés
constitui-se como ato ilícito.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.

Tal reparação é de direito dos requerentes e devido por Diogo e Globo


Planalto, solidários. Quanto a forma como ela deve ser calculada, deve-se
levar em conta valores reconhecidos em casos de julgados anteriores, sem
esquecer os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, visando o
dano sofrido.

Assim, para cada um dos requerentes, a condenação dos requeridos ao


pagamento, a título de dano moral, a quantia de R$ 8.000,00 (oito mil reais)
para cada um dos requerentes, a fim de reparar o abalo psicológico causado.
III - Pedido

Diante do exposto, pede que a ação seja julgada integralmente procedente a


fim de que os requeridos sejam condenados:

b) Ao pagamento de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), a título de danos morais,


como forma de reparação ao efetivo prejuízo e abalo psicológico sofrido pelos
autores, sem prejuízo de juros de mora, correção monetária e honorários de
advogado, ressalvado o procedimento da lei 9.099/95, a contar da data de
citação dos requeridos rés.

IV - Requerimento

a) Requer a citação dos requeridos litisconsorciados , principalmente a


empresa GLOBO PLANALTO VEICULOS LTDA, acima citados nos moldes
do artigo 172, parágrafo 2º do CPC como forma de proporcionar o direito a
defesa respondendo aos termos da presente ação, se quiser, sob pena de
revelia e confissão quanto à matéria de fato

b) Requer a inversão do ônus da prova nos moldes do artigo 6º, inciso VIII,
do CDC como reconhecimento da hipossuficiência da autora frente às rés.
c) Requer a condenação das requeridos a pagar as custas do processo
(custas judiciais, periciais, taxa judiciária, carta precatória, etc.), bem como os
honorários de advogado não inferior a alíquota de 20% calculada sobre o
valor da causa, conf. Art. 20, parágrafos e alíneas, ambos do CPC c/c Lei
nº 8.906/94, respeitados os ditames da lei 9.099/95.
d) Requer que a citação , intimações e demais atos processuais sejam
remetidos aos representantes legais dos requeridos à Rua xxxx, xxx, sala xx,
xxxx, xxxxx, CEP: xxxx aos cuidados dos Drs. Xxxxx OAB/SC xxxx e xxxxx
OAB/SC xxxx, sob pena de nulidade.

e) Requer a juntada dos documentos anexos, inclusive laudo pericial


conclusivo sobre os ilícitos praticados, notificação das testemunhas da
requerente para comparecimento no dia da audiência prestarem depoimentos
caso necessário e, para que se produzam todos os efeitos legais e jurídicos
sem prejuízo de quaisquer outros que Vossa Excelência julgue como
oportunos para elucidação dos fatos como demais meios de produção de
provas admitidas em direito.

f)Após o trânsito em julgado de sentença condenatória dos requeridos, seja


expedida notificação ao SERASA, local, e ao Conselho Nacional de
Transito, para que ambos, providenciem as alterações, e correções de
cominações, multas, penalidades, pontuação na habilitação de ambos os
requerentes, enfim, tudo o mais que tenha maculado a honorabilidade dos
requerentes.
V - Valor da causa -Dá à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais,
reais).

Nestes termos,

P.D e juntada.

Documentos que instruem a .inicial doc. 01/.02/.03/.04/ -laudo pericial ....)

Lages (SC), xx de xxx de xxx.

Carlos Alberto Chaves –

Advogado

OAB/435/67/SC

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