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16/05/2018

A política urbanizadora

Nestor Reis Fº
EVOLUÇÃO URBANA NO
BRASIL: 1500-1720

Política urbana
• Esforço para controlar ou influir
sobre as transformações que
ocorrem num processo de
urbanização

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Grau de controle
• Pode variar
• Objetivo: demonstrar que a
política urbanizadora tem como
decorrência direta uma rede
– Determinam os papeis que os
centros urbanos vão desempenhar
no sistema

Regime colonial
• Portugal
– Agente da política de colonização
– Parte importante da política de
urbanização

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Política portuguesa
para o Brasil
• Meados do séc XVI
– Utilizar ao máximo os recursos de
particulares
• Colonos
• Donatários

Regime das Capitanias


• Estímulo à fixação de europeus
• Visava a ocupação e urbanização
– Solução mais eficaz de colonização e
domínio

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Coroa Portuguesa
• Buscava deixar aos donatários as
principais tarefas de urbanização
– Lhes foi outorgado o poder de
criação de vilas
• A partir de recursos próprios

Frutos desta política


• Das 37 povoações, entre vilas e
cidades, entre 1532 e 1650,
somente cerca de 7 foram fundadas
pela Coroa

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Capitanias
pertencentes à Coroa
• Cabiam as tarefas de urbanização
• Criação e elevação dos povoados à
condição de vilas e cidades cabia ao
rei
• Locus dos núcleos mais importantes
– cidades
– Habitantes subordinados ao Governo
Geral – cidades reais

Cidades
• Funcionavam como centros
regionais
• Por onde se revelavam as
tendências centralizadoras da
política portuguesa

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Política centralizadora
• Iniciada com a fundação da cidade
de Salvador (1549)
• Continuidade com a construção do
Rio de Janeiro (1565), de São Luís
(1612) e Belém (1616)

Nos primeiros anos


• Metrópole – fornece ao governo
central arquitetos e engenheiros
militares
– Obras de maior importância

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Anos seguintes
• Aumenta o nº de engenheiros
– Indicativo do processo de
urbanização colonial
• Destaque para alguns projetos
– Mosteiro de São Bento (RJ)
– Forte dos Reis Magos (Natal)
– Traçado de São Luís (MA)

Mosteiro de São Bento – Rio de


Janeiro

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Mosteiro de São Bento – Rio de Janeiro

Forte dos Reis Magos - Natal

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Forte dos Reis Magos - Natal

Traçado de São Luís do


Maranhão à época colonial

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Nº de engenheiros
• Índice explicativo do
desenvolvimento das técnicas de
construção arquitetônica e
urbanística em uma região

Pós 1549
• Portugal encaminha para o Brasil
alguns engenheiros
– A serviço de alguns governos
regionais
• Atendimento das necessidades das
cidades reais

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Séc XVII
• Brasil cresce em importância com
relação às demais colônias portuguesas
• Mais engenheiros no Brasil do que na
Índia
• Ao final do séc, após a abertura das
aulas militares, já possui entre 40 e 50%
do total de profissionais presentem na
Metrópole

Início do séc XIX


• Anos que antecedem à
Independência
– Cerca de 60% de engenheiros qdo
comparado à Metrópole

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Holandeses
• Tb tiveram seus engenheiros e
mestres
• Gde solicitação por conta de seus
programas de construção e
atividades militares

Mapa colonial holandês de Recife e a


ponte que a ligava a Santo Antônio

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Política urbanizadora de
Portugal para o Brasil
• Até meados do séc XVII
– Contrastou com o que adotaram na
Índia
– Contrastou com demais
colonizadores na América
• Especialmente os espanhóis

Fundação de Salvador
em sítio elevado
• Defesa
• Os portugueses nada inventaram
qto ao planejamento de cidades em
países novos

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Salvador, cidade alta

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Modelos de urbanização
adotados pelos portugueses
• Adaptados às condições de defesa
e topografia
– Aproximavam-se dos tipos ideais
renascentistas mais flexíveis

Sabbioneta – modelo
de construção
renascentista

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Inovação na Índia
• Tendência Italiana dos construtores
portugueses
• Excelência das novas cidades
• Cuidados com o planejamento
– Paralelo na atitude de Portugal diante
da fundação das cidades reais no
Brasil
• Rio de Janeiro

Planta da
cidade do Rio
de Janeiro
(1867)

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Séc XVI
• Portugueses adotam uma política
geral diferente da adotada na Índia
e da que os espanhóis adotaram na
América
– Resultando em redes urbanas
diversificadas nas diversas capitanias
(alguns autores falam em ausência de
planejamento urbano)

Holandeses
• Adotaram uma política
urbanizadora
semelhante
• Interesses
concentrados em
Recife

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Holandeses
• Apesar de uma capacidade técnica
superior a dos portugueses
– Os núcleos urbanos não foram
alterados

Até meados do séc


XVII
• Portugal aplica no Brasil - política
urbanizadora
– Estimular a formação de vilas nos
territórios pertencentes aos
donatários às custas desses
– Cidades com funções de centros de
controle regional

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2ª metade do séc
XVII
• Implantação no Brasil de uma política
centralizadora
– Econômica e administrativa
– Necessária a ampliação da ação urbanizadora da
Metrópole e do Governo Geral
• 1656 – desvantagem que havia em não poderem os
governadores fundar vilas nas capitanias da Coroa,
como os donatários podiam em suas terras

Manifestação
• Solicitação para que a Coroa inicie
uma política urbanizadora mais
agressiva
– Submeter ao controle mais direto da
Coroa não apenas as povoações de
menor importância, mas todas as
aglomerações
• Todos os níveis e regiões

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1695
• Governador Castro Caldas
– Rio de Janeiro
– Carta Régia
• Determina a congregação em
povoações regulares
• Autoridades militares
– Investidas da administração civil e
municipal

Fins do século XVII


• Antônio Luís da Câmara Coutinho
– Solicita autorização para que os
governadores pudessem determinar a
criação de vilas nas capitanias da
Coroa
– Intensificação das atividades
urbanizadoras

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Coroa
• Funda povoações com a categoria
de cidades
– Controle das atividades das capitanias
e das vilas fundadas pelos donatários
• Inúmeras responsabilidades da
urbanização
– Exploração colonial

Nova escala da
política urbanizadora
• Exigiria ampliação dos quadros
técnicos

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Pós 1650
• Aumento no nº de engenheiros
servindo no Brasil
– Quintuplicou até o período entre
1700 e 1725 (de 5 p/ 25)

Fins do séc XVII


• Demanda crescente de
profissionais
• Impossibilidade de transferir outros
profissionais da Metrópole
– Coroa determina a abertura de aulas
militares nos principais centros

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Aulas militares
• De gde importância na vida
brasileira
• As do Rio de Janeiro deram origem
à Academia Militar

Fim da 2ª déc séc


XVIII
• Concluídas as transformações
• Consolidadas as novas formas político-
administrativas
– Maduras as condições para a ampliação de
uma política urbanizadora altamente
centralizada
• Criação da Capitania de São José do Rio Negro
(origem da cidade de Manaus)
• Plano da cidade de Vila Bela (antiga capital da
Capitania de Mato Grosso)

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Capitania de São José do Rio


Negro (atual Manaus)

Planta de Vila Bela (1773)

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Planta de Vila Bela (1775)

Planta de Vila Bela (1777)

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Planta de Vila Bela (1789)

Política urbanizadora
no Brasil
• Mais que uma simples repetição de
padrões culturais
• Sem qq proposta de ordem racional

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Evolução das formas


urbanas no Brasil
• Determinada pela evolução do proc
de colonização
• Tentar explicar a política
urbanizadora como um esforço
para controlar a dinâmica das
relações correspondentes

A REDE URBANA

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Rede urbana
• Interligação entre cidades de um
país q estabelecem relações entre si
cfe o papel exercido por cada cidade
• Interligação q corresponde as
cidades e o fluxo de pessoas,
mercadorias, capitais e informações

Todas as cidades da rede


urbana de um país
• Estabelecem entre si algum tipo de
relação
– Depende da FUNÇÃO que cada
cidade possui
– Forma uma HIERARQUIA
• Uma cidade é ± atrativa cfe o papel
exercido

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Polarização
• Capacidade de atração de uma
cidade

Rede Urbana
• Metrópoles globais
• Metrópoles nacionais
• Metrópoles regionais
• Centros regionais ou cidades médias
• Outras cidades (peq e médias q
atendem as necessidades + básicas
da pop de peq cidades e vilas)

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Fato urbano
• Decorrência direta do proc de
urbanização
• Pto de partida para seu estudo é a
REDE URBANA
– Cj das respostas às solicitações do
proc

• Significação dos núcleos ou de


suas partes só pode ser
compreendida qdo referida ao
contexto + amplo  REDE 
concretização da política
urbanizadora

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1532
• Formação da rede urbana
– Estabelecimento do regime das
capitanias e a fundação de São
Vicente
• 1ª cidade organizada

São Vicente

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Capitania de São Vicente

Em 120 anos
• Até 1650 – se inicia a gde
centralização político-
administrativa
– Fundadas 31 vilas e 6 cidades

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2 etapas de + intensa
urbanização
1. Entre 1530 e 1570, instalação
das capitanias da costa leste
1565: fundação de São Sebastião do
Rio de Janeiro, cuja instalação se
efetivou em 1567
1585:fundação de Filipéia de N. Srª
das Neves de Paraíba

São
Sebastião do
Rio de
Janeiro
(1573)

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São Sebastião do Rio de Janeiro

Filipéia de N. Srª das Neves de


Paraíba (1637)

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Filipéia de N. Srª das Neves de


Paraíba (1665)

2º período
• Entre 1580 e 1640
– Anos de dominação espanhola
– Governo dos Felipes
– Se inicia com a instalação de Filipéia
(1585)
• 2 pts de maior intensidade

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2 pts de maior
intensidade
1. Entre 1610 e 1620
Fundação de 1 vila e 3 cidades
2. Entre 1630 e 1640
fundação de 9 vilas
Existência de um lento e regular
crescimento das áreas já urbanizadas
Existência de uma urbanização em direção
à Amazônia

Governo dos Felipes


• Ocupação e povoamento da costa
norte
• Consolidam a vitória contra os
franceses
• Fundação de Cabo Frio (costa
leste)

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Período dos Felipes


• Povoamento
• Fundação das cidades
• Abertura de caminhos
• Conquista do Norte e Nordeste
– Ocupação do Pará (1585), Natal (1599),
São Luís do Maranhão (1612), Cabo Frio
(1615), Belém (1616), Caeté (atual
Bragança, 1634), Cametá (1635),
Alcântara (1637), Gurupá (1639)

Ritmo de crescimento
• Reflete-se na média de criação de
vilas e cidades entre os anos de
1540 e 1630 – 2 por decênio
• Entre 1610 e 1670, em São Paulo,
10 novas vilas
• Entre 1650 e 1720 – 35 vilas, 2
delas elevadas à categoria de
cidades (Olinda e São Paulo)

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Fim do período
• Rede urbana constituída por 63
vilas e 8 cidades
• Criação de vilas  Eleva-se de 2
para 5 a média por decênio
– Reflexo do crescimento da
população da Colônia, fruto do
aumento da imigração portuguesa

Descoberta do ouro
• Últimos anos do séc XVII
• Já no séc XVIII se verifica um
despovoamento de certas regiões
da Metrópole
– Governo português passa a adotar
medidas severas para conter a
imigração

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3 etapas de + intensa
urbanização
1. Entre 1650 e 1660: em São Paulo, +
modesta, com a fundação de vilas na
área do atual estado e 2 + ao sul 
esforço de ocupação portuguesa em
direção ao Prata  se acrescenta a
Colônia de Sacramento
(administração atrelada ao governo do
Rio de Janeiro

2. Fundação de 7 vilas entre 1690 e


1700  autorizações régias para
que os governadores fundassem
vilas
somente em 1 ano (1693), na
Bahia, foram fundadas 4 vilas

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3. Descoberta de ouro 
incremento populacional tanto da
colônia qto da metrópole entre
1670 e 1720  8 novas vilas

Entre 1650 e 1720


• 6 novas vilas em São Paulo
• 4 novas vilas mais ao sul
• Em torno do Rio de Janeiro e
Bahia somam-se mais 4 vilas cada
uma
• Região mineira teve incremento de
8 vilas num espaço de 7 anos

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Norte
• Economia menos desenvolvida
• Crescimento + modesto  7 anos
para 3 novas vilas

População dos núcleos


principais
• Aumenta de modo significativo
– Salvador – no início do séc XVIII dobra
para 20 mil
• Crescimento muito lento no Maranhão
• Centros menores com lento aumento,
alguns perdem pop para a região mineira
• Zonas portuária e de mineração com
maior concentração

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