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Ritmo no poema

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Ir para: navegação <#mw-head>, pesquisa <#p-search>

O Ritmo </wiki/Ritmo> apresenta-se de forma diferente no poema


</wiki/Poema> e na música </wiki/Ritmo#Ritmo_na_m.C3.BAsica>, embora as
duas artes apresentem afinidades e um tal parentesco histórico que
chega-se a classificar um determinado gênero de poesia como lírico
</wiki/Poesia_l%C3%ADrica>.

A música se rege pelo compasso, que é dividido em tempos.


O ritmo é representado, na pauta musical, pelas figuras (notas musicais
e pausas).

No poema, há a figura da métrica </wiki/M%C3%A9trica_(poesia)> que não


é, como na música, uma regência implacável sobre o ritmo.

É o ritmo que dá beleza à música, na visão de muitos músicos, bem como


ao poema, na visão de muitos poetas, como o simbolista
</wiki/Simbolismo> francês Paul Verlaine </wiki/Paul_Verlaine>, que em
versos famosos diz: "Antes de tudo, música". Naturalmente, Verlaine se
refere ao ritmo no poema, além dos efeitos sonoros que se pode atingir
através do uso de vogais e consoantes. Aliás, o ritmo era caro a todo o
Simbolismo.

O ritmo pode assumir importância tamanha no poema, que, mesmo um poeta


vanguadista </wiki/Vanguarda> como Ezra Pound </wiki/Ezra_Pound> afirma
que quando um poema se afasta muito da música, começa a degenerar.
Também Maiakovski </wiki/Maiakovski> em "Como fazer versos" descreve
como, a partir de uma percepção de um ritmo (como o do seu próprio
caminhar), podemos transformar o ritmo em sons e palavras, logo em versos.

É interessante notar que, a partir da poesia do também simbolista


Mallarmé </wiki/Mallarm%C3%A9>, a noção de ritmo pode não estar mais
alinhada à noção de verso, inclusive, podendo a distribuição espacial do
texto poético </wiki/Poesia_visual> na página determinar o seu ritmo de
leitura, embora possa-se contestar a isto afirmando que esta
distribuição espacial apenas delimite as pausas de leitura entre um
verso (livre) </wiki/Verso_livre> e outro. Apesar da delimitação de
pausas em uma página, explorando os seus espaços em branco e criando uma
espécie de pauta, aí está o ritmo poético novamente.

Índice

[esconder <#>]

* 1 Ritmo e métrica <#Ritmo_e_m.C3.A9trica>


* 2 Métrica <#M.C3.A9trica>
* 3 Pé <#P.C3.A9>
o 3.1 Pés básicos <#P.C3.A9s_b.C3.A1sicos>
o 3.2 Pés compostos <#P.C3.A9s_compostos>
o 3.3 Redondilha <#Redondilha>
o 3.4 Decassílabo <#Decass.C3.ADlabo>
o 3.5 Hendecassílabo <#Hendecass.C3.ADlabo>
o 3.6 Dodecassílabo <#Dodecass.C3.ADlabo>
* 4 Prevalência do ritmo <#Preval.C3.AAncia_do_ritmo>
o 4.1 Rap <#Rap>
o 4.2 Verso anapéstico <#Verso_anap.C3.A9stico>
* 5 Referência <#Refer.C3.AAncia>
* 6 Ligações externas <#Liga.C3.A7.C3.B5es_externas>
* 7 Ver também <#Ver_tamb.C3.A9m>

Ritmo e métrica[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=1>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=1>]

A quantidade de sílabas determina a métrica do verso, enquanto a posição


das sílabas tônicas lhe define o ritmo.
Alguns desses ritmos têm denominação própria.

Métrica[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=2>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=2>]

Paralelamente ao ritmo, em um poema, encontramos a métrica. Um poema de


versos livres não obedece rigorosamente a uma métrica. Mas, para que
seja agradável, pode ter em sua construção um ritmo, ou, de outra forma,
se aproximará da prosa </wiki/Prosa>. No entanto, mesmo sem a existência
do verso, uma prosa pode conter ritmo, como no caso da prosa poética
</wiki/Prosa_po%C3%A9tica> de Uma estação no inferno
</wiki/Une_saison_en_enfer>, do poeta francês Arthur Rimbaud
</wiki/Arthur_Rimbaud>.
Ao contrário, um verso que obedece metricamente ao número de sílabas
esperado nem sempre soa agradável, em função da posição das sílabas
tônicas, que lhe dão o ritmo. Esse efeito de desconforto métrico pode,
eventualmente, ser intencional por parte do poeta, como na poesia de
Ezra Pound </wiki/Ezra_Pound>, que relaciona a isto o seu conceito de
"dureza". Pretendia assim, o poeta, criar um ritmo menos melodioso,
evitando desviar a atenção do leitor ou ouvinte do tema </wiki/Tema>.

Em função do número de sílabas poéticas existentes, o verso é


classificado, quanto à métrica, em:

1. Monossilábico;
2. Dissilábico;
3. Trissilábico;
4. Tetrassilábico;
5. Pentassilábico, ou *Redondilha menor*;
6. Hexassilábico;
7. Heptassilábico, ou *Redondilha maior* ou apenas *Redondilha*;
8. Octossilábico;
9. Eneassilábico:
10. Decassilábico;
11. Hendecassilábico;
12. Dodecassilábico;
13. Bárbaro, quando tem mais de 12 sílabas.

Um poema pode, no entanto, usar uma métrica mista, variando quanto ao


número de sílabas entre um verso e outro, como em velhas cantigas
medievais em galego-português </wiki/Galego-portugu%C3%AAs>. Pode,
inclusive, com maior variação que estes, os quais alternavam a métrica
dos versos com uma certa regularidade, usar de maior liberdade,
alternando de forma mais assimétrica a contagem de sílabas poéticas
</w/index.php?title=S%C3%ADlabas_po%C3%A9ticas&action=edit&redlink=1>.
Desta forma, temos um poema que está a meio caminho entre o verso livre
e o metrificado, porém com muito ritmo.

Pé[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=3>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=3>]

O *pé </wiki/P%C3%A9_(poesia)>* é a unidade rítmica do poema.


Antigamente, o poeta recitava seus poemas acompanhado de lira ou
marcando o ritmo com o pé, de onde lhe veio o nome.

Pés básicos[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=4>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=4>]

Os tipos básicos de pé, mais freqüentes, são:

* *Troqueu </wiki/Troqueu>* ou *Coreu*: pé formado por uma sílaba


longa (tônica) e uma breve (átona): *por*ta;
* *Jambo* ou *Iambo </wiki/Iambo>*: pé formado por uma sílaba átona e
uma tônica: por*tão*;
* *Dátilo*: pé formado por uma sílaba tônica e duas átonas: *pé*tala;
* *Anapesto </wiki/Anapesto>*: pé formado por duas sílabas átonas e
uma tônica: cora*ção*.

Pés compostos[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=5>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=5>]

A partir dos pés básicos, são construídos e conhecidos os pés compostos,


ou *metros*, que são elementos estruturais criados pela junção de mais
de um pé ou formações complexas.
São eles: ^[1] <#cite_note-1>

* *Espondeu </wiki/Espondeu>*: formado por duas sílabas longas;


* *Molosso*: três sílabas longas;
* *Dispondeu*: quatro sílabas longas (dois espondeus);
* *Díbraco* ou *Pirríquio*: formado por duas sílabas breves;
* *Tríbraco*: três sílabas breves;
* *Proceleusmático*: quatro sílabas breves;
* *Báquio*: uma sílaba breve e duas longas;
* *Antibáquio* ou *Palimbáquio*: duas sílabas longas e uma breve;
* *Jônico* duas sílabas longas e duas breves;
* *Anfímacro* ou *Crético*: uma sílaba breve entre duas longas;
* *Anfíbraco*: formado por uma sílaba longa entre duas breves;
* *Coriambo*: metro formado pela junção de um Coreu (ou Troqueu) e um
Iambo;
* *Antispasto*: formado pela junção de um Iambo e um Troqueu;
* *Dócmio*: junção de um Iambo e um Crético;
* *Hipodócmio*: junção de um Troqueu e um Crético;
* *Peônio </wiki/Pe%C3%B4nio_(ritmo)>*: formado por uma sílaba longa e
três breves, podendo a sílaba longa aparecer em qualquer das 4
posições, sendo chamado de Peônio de primeira, segunda, terceira ou
quarta;
* *Epitrito*: formado por uma sílaba breve e três longas, podendo a
sílaba breve aparecer em qualquer das 4 posições, a exemplo do Peônio.

Redondilha[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=6>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=6>]

O Heptassílabo, ou *Redondilha maior*, apresenta sílabas tônicas em


posições variadas. Assim, essas sílabas tônicas podem aparecer com o
seguinte arranjo:

* 2, 4, 7;
* 2, 5, 7;
* 3, 5, 7;
* 4, 7;
* 3, 7.

A primeira e a sexta sílabas devem sempre ser breves ou átonas, para que
o ritmo seja agradável. A tonicidade caindo em uma dessas posições
modifica o ritmo, formando o que se denomina "verso de pé quebrado".

Decassílabo </wiki/Decass%C3%ADlabo>[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=7>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=7>]

Heróico

Apresenta obrigatoriamente sílabas tônicas nas posições 6 e 10. Uma


outra sílaba tônica (ou mais de uma) pode aparecer na posição 2 ou 4.

Sáfico

Apresenta sílabas tônicas obrigatoriamente nas posições 4, 8 e 10.

Obs.

Os poemas com versos decassílabos em muitas ocasiões misturam os


ritmos heróico e sáficos em uma mesma estrofe. Longe de quebrar esse
ritmo, a sua composição assim mista se complementa.

Ex:

"Feixes de *pra*ta sobre a *mi*nha *fron*te,


Calças de *chum*bo *pe*sam-me nos *pas*sos,
Olhando os *cam*pos, vejo os *vul*tos *ba*ços,
Cuja pai*sa*gem *per*co no hori*zon*te.

(“Meu tempo” – Carlos Severiano Cavalcanti


</wiki/Carlos_Severiano_Cavalcanti>)

Pentâmetro iâmbico </wiki/Pent%C3%A2metro_i%C3%A2mbico>


Apresenta tonicidade em todas as sílabas pares, ou seja, é a junção
de cinco iambos. Na prática, é a mistura do ritmo sáfico com o heróico.

Martelo agalopado </wiki/Martelo_agalopado>

É uma variação do verso heróico. Caracteriza-se por apresentar sílabas


tônicas nas posições 3, 6 e 10, ritmo em galope, característico dos
versos compostos por anapestos.
É composto por dois anapestos e um peônio de quarta, ou por dois
anapestos e dois iambos. Neste caso, apresenta também tônica na posição 8.

Gaita galega

Também chamada *Moinheira*^[2] <#cite_note-2> , é o decassílabo que


apresenta sílabas tônicas nas posições 4, 7 e 10.
De rara apresentação nos poemas latinos, aparece, no entanto, algumas
vezes em letras de música.

Ex:

"Deixa a ci*da*de, for*mo*sa mo*re*na,


linda pe*que*na, e *vol*ta ao ser*tão*,
beber da *á*gua da *fon*te que *can*ta,
que se le*van*ta no *mei*o do *chão*."

("Chuá-chuá" - Pedro de Sá Pereira


</wiki/Pedro_de_S%C3%A1_Pereira> e Ary Machado
</w/index.php?title=Ary_Machado&action=edit&redlink=1>)

Hendecassílabo[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=8>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=8>]

O verso hendecassílabo tem esquema rítmico quase uniforme. Sua forma


mais utilizada (entre os cantadores
</w/index.php?title=Cantador&action=edit&redlink=1> do Nordeste do
Brasil </wiki/Nordeste_do_Brasil>), é o Galope à beira-mar
</wiki/Galope_%C3%A0_beira-mar>. Caracteriza-se por apresentar as
sílabas tônicas nas posições 2, 5, 8 e 11. É formado por um *iambo* e 3
*anapestos*.

Dodecassílabo[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=9>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=9>]

Nos versos dodecassílabos sobressaem-se dois ritmos:

Trímetro peônico
Caracteriza-se por apresentar sílabas tônicas nas posições 4, 8 e 12,
numa junção de 3 peônios de quarta.
Ex:

"De manhã*zi*nha, quando eu *si*go pela es*tra*da,


minha boi*a*da pra inver*na*da eu vou le*var*.
São dez ca*be*ças, muito *pou*co, é quase *na*da,
mas não tem *ou*tras mais bo*ni*tas no lu*gar*."

(“Boiadeiro” – Armando Cavalcanti </wiki/Armando_Cavalcanti> –


Klécius Caldas </wiki/Kl%C3%A9cius_Caldas>)

Alexandrino

Utilizado por sonetistas, que lhe dão preferência depois dos decassílabos.
Caracteriza-se por apresentar uma divisão ao meio, a *cesura*, mostrando
dois *hemistíquios*, ou seja, o verso dodecassílabo pode ser dividido em
dois hexassílabos. Tem sílabas tônicas nas posições 6 e 12,
obrigatoriamente.
Cada hemistíquio, por sua parte, pode apresentar tônicas nas posições 3
e 6, ou 4 e 6, ou 2 e 6, ou ainda 2, 4 e 6. A interação rítmica entre os
dois hemistíquios é que vai dar maior ou menor beleza ao alexandrino. Ex:

"Vento *vai*... vento *vem*... sou es*cra*vo do *ven*to,


ansi*o*so que *sou* pr’encon*trar* meu a*mor*.
Corro *sol*to e ve*loz*, onde es*te*ja, onde *for*,
à pro*cu*ra de *quem* me empres*tou* senti*men*to
...

("Ao açoite do vento" - Paulo Camelo </wiki/Paulo_Camelo>)

Prevalência do ritmo[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=10>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=10>]

A métrica é utilizada na construção poética tendo-se sempre por meta e


fim o ritmo.
Muitos, por conta disso, dão valor ortodoxo à métrica. No que não estão
errados, se puderem considerar formas métricas menos regulares como
portadoras de métrica, pelo simples fato de possuírem ritmo. Há casos em
que o ritmo sobrepuja a métrica.
Quando o ritmo do conjunto se impõe sobre o ritmo individual do verso,
podemos encontrar poemas com métrica variada, onde a sílaba átona de
paroxítono final pode se unir à vogal da primeira sílaba do verso
seguinte, compondo um todo e não partes individualizadas do todo.
Poemas cantados (como o martelo agalopado </wiki/Martelo_agalopado>)
carecem muito mais desse ritmo holístico, para que o cantador não
quebre, ao fim de cada verso - ou de um ou outro verso – o ritmo
cadenciado e forte do martelo.
Há que se entender, também, que o ritmo deve permitir a inspiração entre
a pronúncia de algumas sílabas, para que o declamador do poema não se
precipite ou perca a respiração, prejudicando a apresentação.
O poeta norte-americano Allen Ginsberg </wiki/Allen_Ginsberg> cria o
conceito de "fôlego", retirado de suas leituras dos versículos bíblicos,
que como bem demonstra o poeta, linguista e tradutor da Bíblia Henri
Meschonnic </wiki/Henri_Meschonnic>, determinada seu ritmo pela
respiração. por outro lado, poemas de Ginsberg como Howl </wiki/Howl>
(Uivo), são formados por "versos" intermináveis, que mais se assemelham
na página à parágrafos, num ritmo alucinante, onde poderíamos perder
facilmente o fôlego, caso não encontremos o ponto exato de inspirar na
tentiva de nos atermos à noção de verso em uma leitura em voz alta.

Em alguns poemas podemos encontrar – vez ou outra – um verso com uma


sílaba a menos ou a mais. Produto da ação descuidada ou proposital do
poeta, esse verso muitas vezes está ali cumprindo um papel de manter o
ritmo do conjunto. Visto isoladamente, notamos sua suposta anomalia.
Porém, no conjunto, ele passa despercebido aos olhos menos aguçados, e é
realçado aos de um cultor do ritmo.

Exemplo
"Estava à toa na vida,
o meu amor me chamou
pra ver a banda passar
cantando coisas de amor.
A minha gente sofri*da*
/despediu-se da dor/
pra ver a banda passar
cantando coisas de amor."

(“A banda” – Chico Buarque de Hollanda


</wiki/Chico_Buarque_de_Hollanda>)

Neste exemplo, um poema em redondilhas, encontramos o sexto verso com


apenas 6 sílabas métricas. No entanto, seu declamar (e seu cantar)
demonstra ser ritmicamente uma redondilha, com a utilização da sílaba
átona restante do verso anterior.

Casos há, ainda, em que uma sílaba átona de um verso suprassilábico toma
seu lugar como sílaba átona restante do verso anterior. Esta sílaba,
conhecida como anacrusa </wiki/Anacrusa>, ao ser colocada em sua posição
na declamação </wiki/Declama%C3%A7%C3%A3o> ou no canto </wiki/Vocal>,
restabelece a *métrica rítmica*.

Exemplo
"Eu vou mostrar pra vocês
como se dança o baião
e quem quiser aprender
*é* /favor prestar atenção/."

(“Baião” – Luiz Gonzaga </wiki/Luiz_Gonzaga> e Humberto Teixeira


</wiki/Humberto_Teixeira>)

Rap </wiki/Rap>[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=11>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=11>]

Exemplo forte de prevalência do ritmo sobre a métrica é o poema ritmado


denominado *Rap*, onde a métrica não tem nenhuma importância. Apenas o
ritmo. Apesar de ser declamado, o Rap comporta-se como se fosse
musicado, marcado por uma percussão </wiki/Percuss%C3%A3o>. É, talvez, o
exemplo mais marcante da ascendência da música sobre o poema, embora não
exista diferença, a princípio, entre a origem do conceito de "pés" e a
idéia da fala estar acompanhada por qualquer outra marcação rítmica.
Também se aproximam desta maneira de produzir ritmo o blues
</wiki/Blues> e muitos tipos de "repentes </wiki/Repente>" brasileiros.

A poesia de Walt Whitman </wiki/Walt_Whitman> também demonstra, como na


Ode triunfal </wiki/Ode_triunfal> de Fernando Pessoa
</wiki/Fernando_Pessoa>, de estilo semelhante à poesia do
norte-americano a inexistência da métrica.

O que ocorre nestes poemas, é que há uma prevalência de ritmos naturais


da fala </wiki/Oralidade> sobre os ritmos mais musicais ou metrificados,
enquanto em outras obras poéticas é possível uma mescla de todos estes
tipos de ritmos.

Exemplo do RAP
"Deixe que digam,
que pensem, que falem,
deixe isso pra lá,
vem pra cá, que é que tem?
Eu não estou fazendo nada,
você também...
Faz mal bater um papo
assim gostoso com alguém?"

(“Deixe isso pra lá” – Alberto Paz </wiki/Alberto_Paz> e Edson


Menezes </w/index.php?title=Edson_Menezes&action=edit&redlink=1>)

Verso anapéstico[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=12>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=12>]

O *verso anapéstico* é o verso ritmado apenas por anapestos, embora a


métrica nem sempre se apresente assim.
Nesses casos, podemos encontrar no poema sílabas mudas, *silêncios* ou
*pausas*, como os há na música, que mantêm o ritmo de anapesto em todo o
poema. Encontramos, também, a transposição de sílabas átonas para o
verso imediatamente anterior ou posterior, para a manutenção do ritmo.
Poemas assim ritmados apresentam misturas de métricas, como
hendecassílabos e dodecassílabos alexandrinos, em uma mesma estrofe e em
seu todo.

Referência[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=13>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=13>]

1. Ir para cima ↑ <#cite_ref-1> CAMPOS, GEIR. *Pequeno dicionário de


arte poética*. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1960.
2. Ir para cima ↑ <#cite_ref-2> /A Moinheira é um ritmo galego cujas
músicas são tocadas por um tipo de gaita de fole, a Gaita Galega
</wiki/Gaita_Galega>./

Ligações externas[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=14>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=14>]
* O ritmo, a métrica, o pé
<http://www.camelo.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=43631>

Ver também[editar
</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&veaction=edit&vesection=15>|
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</w/index.php?title=Ritmo_no_poema&action=edit&section=15>]

* Soneto </wiki/Soneto>
* Rima </wiki/Rima>
* Ritmo </wiki/Ritmo>
* Martelo_agalopado </wiki/Martelo_agalopado>
* Métrica (poesia) </wiki/M%C3%A9trica_(poesia)>
* Versificação </wiki/Versifica%C3%A7%C3%A3o>
* Literatura de cordel </wiki/Literatura_de_cordel>
* Redondilha </wiki/Redondilha>

Obtida de
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