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Ambiente, Higiene e Segurança

no Trabalho – Conceitos Básicos

Mónica Almeida

Duração: 25 Horas

2013

UF06.02
Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Ficha Técnica

Titulo: Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho – Conceitos Básicos

Manual Elaborado por: Mónica Martins de Almeida

Enquadramento

Destinatários
Ativos, empregados e desempregados, com idade igual ou superior a 18 anos e
escolaridade mínima à data de nascimento no caso de UFCD de nível 2 o 4º ano e
de UFCD de nível 3 o 9º ano.

Objetivos Globais
 Identificar os principais problemas ambientais.
 Promover a aplicação de boas práticas para o meio ambiente.
 Explicar os conceitos relacionados com a segurança, higiene e saúde no
trabalho.
 Reconhecer a importância da segurança, higiene e saúde no trabalho.
 Identificar as obrigações do empregador e do trabalhador de acordo com a
legislação em vigor.
 Identificar os principais riscos presentes no local de trabalho e na atividade
profissional e aplicar as medidas de prevenção e proteção adequadas.
 Reconhecer a sinalização de segurança e saúde.
 Explicar a importância dos equipamentos de proteção coletiva e de proteção
individual.

Pré – requisitos
(Exp. Escolaridade, idade, etc.)

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Conteúdos Temáticos

AMBIENTE
 Principais problemas ambientais da atualidade
 Resíduos
 Definição
 Produção de resíduos
Gestão de resíduos
Entidades gestoras de fluxos específicos de resíduos
Estratégias de atuação
Boas práticas para o meio ambiente
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO
CONCEITOS BÁSICOS RELACIONADOS COM A SHST
 Trabalho, saúde, segurança no trabalho, higiene no trabalho, saúde no trabalho,
medicina no trabalho, ergonomia, psicossociologia do trabalho, acidente de trabalho,
doença profissional, perigo, risco profissional, avaliação de riscos e prevenção.
ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO NACIONAL DA SHST
 Obrigações gerais do empregador e do trabalhador
ACIDENTES DE TRABALHO
 Conceito de acidente de trabalho
 Causas dos acidentes de trabalho
 Consequências dos acidentes de trabalho
 Custos diretos e indiretos dos acidentes de trabalho
DOENÇAS PROFISSIONAIS
 Principais doenças profissionais
PRINCIPAIS RISCOS PROFISSIONAIS
Riscos biológicos, Agentes biológicos, Vias de entrada no organismo, Medidas de
prevenção e proteção, Riscos Físicos (conceito, efeitos sobre a saúde, medidas de
prevenção e proteção), Ambiente térmico, Iluminação, Radiações (ionizantes e não
ionizantes), Ruído, Vibrações, Riscos químicos, Produtos químicos perigosos, Classificação
dos agentes químicos quanto à sua forma, Classificação, rotulagem e armazenagem, Riscos
de incêndio ou explosão, Classes de Fogos, Métodos de extinção,
Meios de primeira intervenção – extintores
 Classificação dos Extintores

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 Escolha do agente extintor


Riscos elétricos
Riscos mecânicos
Riscos ergonómicos
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Requisitos/Condições de Utilização
(Exp. Este suporte pedagógico foi pensado e constituído como um instrumento de
trabalho, pelo que poderá e deverá ser enriquecido com notas e reflexões do
utilizador, a partir da sua própria prática.

Este suporte pedagógico não dispensa a consulta de normas técnicas aplicáveis,


bem como outros recursos pedagógicos no domínio dos equipamentos protecção
individual….
Caso o recurso tenha por suporte um CD-ROM deve mencionar tecnologia,
equipamentos ou programas a utilizar para aceder ao recurso).

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Índice

Ambiente .................................................................................................................................... 5
Gestão de Resíduos ............................................................................................................... 6
Estratégias de atuação: reduzir, reutilizar, reciclar, recuperar e racionalizar ........................... 11
Águas e Águas Residuais ......................................................................................................... 18
Emissões Gasosas ..................................................................................................................... 25
Ruído ........................................................................................................................................ 31
Energia ..................................................................................................................................... 36
Higiene e Segurança no Trabalho ............................................................................................ 38
SHST: Enquadramento Legal................................................................................................... 39
Sinalização ............................................................................................................................... 40
Riscos Profissionais.................................................................................................................. 44
Movimentação Manual de Cargas ............................................................................................ 47
EPI ............................................................................................................................................ 50
Riscos Químicos ....................................................................................................................... 56
Riscos Ergonómicos ................................................................................................................. 61
O Perigo de Incêndio ................................................................................................................ 61
Requisitos básicos para a Sinalização de Emergência ............................................................. 68
Como Proceder em caso de Incêndio ....................................................................................... 69
Acidente Trabalho .................................................................................................................... 70
Doenças Profissionais .............................................................................................................. 74
Avaliação de Risco ................................................................................................................... 75
Pirâmide da Avaliação de Riscos ............................................................................................. 77
Bibliografia Aconselhada ......................................................................................................... 78

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AMBIENTE

O que é o Ambiente?

Diferentes Áreas Ambientais

Água/Água
Resíduos Residuais

Ar/Emissões
Gasosas

Ruído

Energia

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PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS

GESTÃO DE RESÍDUOS

O que são resíduos

 Resíduos – “Qualquer substância ou objeto de que o detentor/produtor se desfaz ou


tem a intenção de se desfazer.” (Decreto – Lei 178/2006 de 5 de Setembro).

Classificação de Resíduos

Os resíduos podem ser classificados em:

 Resíduos Sólidos Urbanos;

 Resíduos Industriais;

 Resíduos Hospitalares;

 Resíduos Perigosos

Resíduos Sólidos Urbanos

 É resíduo proveniente de habitações bem como outro resíduo que, pela sua natureza
ou composição, seja semelhante ao resíduo proveniente de habitações. (papel,
cartão, plástico, lata alimentares).

Resíduos Industriais

 São resíduos gerados em processo produtivos industriais, bem como o que resulte das
atividades de produção e distribuição de eletricidade, gás e água.

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Resíduos Hospitalares

 São resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde, incluindo


as atividades médicas de diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças em seres
humanos ou animais, em farmácias, e atividades médico-legais, de ensino e em
quaisquer outras que envolvam procedimentos evasivos, tais como acupunctura,
piercings e tatuagens.

Resíduos Perigosos

 São resíduos que apresentam, pelo menos, uma característica de perigosidade para
a saúde ou para o ambiente, nomeadamente os identificados como tal na Lista
Europeia de Resíduos.

A Nossa Contribuição

 A participação ativa e empenhada dos consumidores no processo de reciclagem


começa em casa com a separação das embalagens usadas por tipo de material:

 Plástico e metal;

 Papel e Cartão;

 Vidro e Madeira;

 Os resíduos de embalagem devem depois ser colocados nos equipamentos


apropriados disponibilizados pelas Autarquias para o efeito.

Separar Porquê?

Porque a legislação assim o exige!

“Porque o devemos como cidadãos!”

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Enquadramento Legal

 Decreto-Lei 178/2006 de 5 de Setembro – Estabelece o regime geral


da Gestão de Resíduos;
 Preenchimento do MIRR (Mapa Integrado Registo de Resíduos)
 Portaria 209/2004 de 3 de Março – Lista Europeia de Resíduos;
 Portaria 335/97 de 16 de Maio – Estabelece o transporte rodoviário
de resíduos.

Decreto –Lei 178/2006 de 5 Setembro

Âmbito:
Estabelece o regime geral da Gestão de Resíduos

Art.º5 – Principio da Responsabilidade pela Gestão

“De acordo com este Decreto-Lei, a gestão do resíduo faz parte integrante
do seu ciclo de vida, sendo da responsabilidade do produtor.”

Ciclo de Vida do Resíduo

Produção de Separação de Transporte “Reciclagem”


Resíduos Resíduos

Responsabilidade do Produtor

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Condição para o preenchimento do MIRR/SIRAPA

Portaria 209/2004 de 3 de Março

 Lista Europeia de Resíduos - LER;

Âmbito:

- Distingue os resíduos não perigosos dos perigosos;


- Aprova os tipos de operações de eliminação (D) e de valorização (R) de resíduos;

Portaria 335/97 de 16 de Maio

Fixa as regras a que fica sujeito o transporte rodoviário de resíduos dentro do território
nacional (art.º2):

 O produtor de resíduos;

 O eliminador ou valorizador de resíduos, licenciado;

 As entidades responsáveis pela gestão de resíduos perigosos hospitalares;

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 As empresas licenciadas para o transporte rodoviário de mercadorias por contra de


outrem;

 Entidades responsáveis pela gestão de resíduos urbanos.

Guia de Acompanhamento de Resíduos

Produtor/Detentor

Transportador

Destinatário

SABIA QUE…

 De acordo com o Decreto – Lei178/2006 de 5 de Setembro, constitui contra-


ordenação, punível com coima de 1.500 (euros) a 3.740(euros),no caso de pessoas
singulares e de 7.500(euros) a 44.890(euros) no caso de pessoas coletivas.

SE

 Não armazenar nem encaminhar adequadamente os resíduos produzidos.

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Estratégias de atuação: reduzir, reutilizar, reciclar, recuperar e


racionalizar
“Porque o devemos como Cidadãos!”

 SEPARAR é, para os cidadãos de hoje, mais do que uma atitude de cidadania e um


bom hábito, significa que estamos a proteger o ambiente e a pensar num futuro com
qualidade.

 Valorizar, reciclar e reutilizar os materiais é também uma atitude responsável,


utilizando um ciclo de renovação e aproveitamento que protege e preserva o
Ambiente.

Politica dos 3R

Princípios orientadores da gestão de resíduos

Reduzir Reutilizar Reciclagem


Reduzir

 Melhor forma de diminuir os efeitos negativos dos resíduos no ambiente. É


conseguida através da diminuição da produção de resíduos

Meios para reduzir a produção de resíduos:

 Indústria - através do design, da utilização de novos materiais e da adoção de


novos processos e tecnologias menos poluentes
 Consumidor - evitar consumos desnecessários, rejeitar excessos de embalagens
Ações de Redução

 Não comprar produtos contendo várias embalagens

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 Não comprar ou utilizar nenhum tipo de produto descartável, utilizar lenços,


guardanapos e fraldas (etc.) de pano
 Ao fazer compras levar sempre sacos, de tecido de preferência
 Não comprar jornais e revistas (ou outros) de forma a diminuir a necessidade de papel
e haver menos florestas destruídas.
 Não comprar apenas porque está na “moda” ou por ser mais “giro” (CD’s, telemóveis,
roupa, etc.)
 Reduzir ao máximo a utilização de plásticos materiais muito prejudiciais à Natureza.

Reutilização

 Utilização de um produto mais de uma vez para o fim para o qual foi concebido. A
utilização de materiais reutilizáveis diminui a quantidade de RSU que têm que ser
eliminados.

Exemplos de reutilização:

 Reutilizar sempre os sacos de plástico ou utilizar sacos de pano


 Um livro que acabaste de ler, um saco de plástico, uma caixa de queijo, um brinquedo
velho, uma camisola em que já não cabes – nenhuma destas coisas tem de ser deitada
fora.
 Podes mantê-las fora dos aterros ou reutilizando-as tu próprio, ou passando-as a
alguém que as possa reutilizar.
Reciclagem

 Valorização de alguns componentes dos RSU, onde são recuperados diferentes


materiais para dar origem a novos produtos.
 Forma de diminuir a quantidade de resíduos, possibilitando a poupança de recursos
naturais e energéticos;
 Em vez de deitares latas de alumínio, garrafas de vidro e outros recicláveis para o lixo,
podes levá-los a um centro de reciclagem.
 O centro de reciclagem separa os materiais e envia-os para fábricas, que fazem novos
produtos que as pessoas vão usar outra vez.
 Reciclar é transformar papel usado em pasta de papel e depois fazer papel novo a
partir dessa pasta;

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 Reciclar é esmagar garrafas de vidro usadas em bocadinhos pequeninos e derretê-los


para fazer novos produtos em vidro;
 Reciclar é derreter latas de alumínio usadas, prensar o material derretido em folhas e
moldar estas folhas em novas latas ou outros produtos de alumínio.
 Por outras palavras, reciclar é transformar uma coisa velha numa coisa nova. E isso é
como conseguir qualquer coisa de graça.

SABIA QUE…

Ambiente

 Diariamente, cada um de nós é responsável pela produção de cerca de 1,3 kg de


resíduos. No final de um ano são quase 500 kg.

Madeira

 A reciclagem de uma tonelada de resíduos de madeira evita o abate de 40 árvores.

Papel/Cartão

 Uma tonelada de papel reciclado evita o abate de 15 a 20 árvores.

Metal

 Uma lata de bebida pode ser infinitamente reciclada sem perda de qualidade.
 O alumínio obtido a partir de embalagens usadas consome apenas 5% da energia
necessária na produção de alumínio a partir de matérias-primas minerais.

Recuperar

Os resíduos, que não têm forma de serem valorizados pela reciclagem ou compostagem, são
recuperados e transformados, por exemplo, em energia elétrica.

 Utilizar o mais possível os aparelhos eletrónicos, reparando-os quando estes se


avariarem
 Procurar reparar o calçado, vestuário e mobiliário que tenha ou adaptá-los a novos
estilos
 Procurar fazer uma boa manutenção da sua viatura ou de outros equipamentos.

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Qual o seu Papel

Em Portugal têm vindo a ser progressivamente implantados vários equipamentos que


permitem a participação dos consumidores na recolha seletiva, tais como:

 Ecoponto;

 Ecocentro;

 Recolha porta-porta

Ecoponto

 Ecoponto – São locais estrategicamente posicionadas junto dos produtores de resíduos


sólidos, constituídos por equipamentos específicos para cada tipo de material com a
potencialidade de reciclagem.
 Os Ecopontos encontram-se geralmente junto de zonas habitacionais ou infraestruturas
públicas.
 No entanto, deve ter-se cuidado quanto ao tipo de materiais a depositar nos ecopontos,
sobretudo para evitar a sua contaminação com outros resíduos que pela sua
composição possam impedir a reciclagem.
Ecoponto - Papel/Cartão

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Ecoponto – Plástico/Metal

Ecoponto- Vidro

Pilhão

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Ecocentro

 É uma infra - estrutura de receção diferenciada que permite a deposição voluntária de


resíduos, que pelas suas dimensões ou características, não são passíveis de ser
recolhidos pelos meios normais de remoção, e outros componentes de resíduos com a
viabilidade de recuperação e reciclagem.

Recolha Porta-a-Porta

 Baseia-se na separação voluntária pelos produtores, a quem foram fornecidos


recipientes específicos, no interior das habitações procedendo-se à remoção porta – a -
porta com viaturas de recolha.

Centro de Triagem

 É uma infra estrutura que tem com objetivo a receção e separação, por processos
mecânicos e manuais, das fileiras de resíduos oriundos de ecopontos, ecocentros e
recolha seletiva porta –a -porta e subsequente acondicionamento e expedição para a
indústria recicladora.

Existe três zonas de separação de resíduos:

 O papel, plástico e o cartão são separados manualmente por qualidades (por tapetes
rolantes);
 Uma linha de enfardamento e prensagem;
 As embalagens de metal são separadas por um íman.

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Centro Valorização Energética

 A valorização energética ou incineração é um dos métodos de tratamento dos resíduos


sólidos urbanos.
 O processo de valorização energética consiste na destruição dos resíduos através da
sua combustão e elevadas temperaturas no interior de um forno.

 As temperaturas de combustão utilizadas neste processo situam-se entre os 1000ºC e


os 1200ºC.
 Estes resíduos são transformados em gases, materiais inertes (cinzas e escórias).

Vantagens

 A principal vantagem da incineração é a redução do peso e do volume dos RSU a


enviar ao destino final, bem como o aproveitamento energético que é obtido pela
queima de resíduos.

Compostagem

 A compostagem é processo fundamental que permite a diminuição significativa da


quantidade de RSU, a enviar para tratamento e destino final.
 Além disso o produto final do processo de compostagem - o composto - pode ser
utilizado para adubo ou fertilizante dos solos, permitindo incorporar nutrientes no
ciclo da matéria orgânica.
 Este composto é útil para a agricultura e para a jardinagem.

A reciclagem da matéria orgânica permite:

 A redução da quantidade de resíduos a enviar para destino final;


 A valorização dos resíduos através da produção de um fertilizante natural;
 O enriquecimento dos solos através da aplicação do composto.

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Aterro Sanitário

 É um aterro de grandes dimensões onde os resíduos sólidos urbanos são depositados


de forma a evitar problemas ambientais ou de saúde pública. Nele, os resíduos são
depositados em camadas sucessivas, separadas por terra, até o aterro ser fechado,
impermeabilizado e arborizado, de forma a ficar integrado na paisagem.

 Para que o aterro funcione de uma forma controlada durante a fase de deposição dos
resíduos há uma série de procedimentos diários que devem ser respeitados.
 Esses procedimentos incluem a compactação e cobertura regular com terras,
controlam-se os odores, os insetos, e a higiene do local.

 Durante a degradação bacteriana dos resíduos orgânicos no aterro sanitário ocorre a


formação de um outro subproduto: Gás metano, geralmente chamado biogás.
 O biogás pode constituir um problema, libertando-se para o solo e danificando as
plantações agrícolas ou florestais da região circundante, ou acumulando-se no próprio
aterro, onde pode provocar explosões.

 Para controlar este problema são instaladas estruturas de drenagem deste gás, que
permitem a sua recuperação, utilização na obtenção de energia elétrica ou para
aquecimento.

 Águas e Águas Residuais

Água: elemento fundamental á vida

• A água é um composto mais abundante á face da terra ocupação cerca de 70% da


superfície do planeta. No entanto, a percentagem de água diretamente disponível para
consumo humano é apenas 1%

• A água encontra-se em permanente circulação entre os oceanos, a terra e a atmosfera,


completando um percurso usualmente designado por ciclo hidrológico ou ciclo da
água.

Como é feito o abastecimento de água?

O abastecimento de água é feito através de captações que se designam como superficiais


conforme se refiram ao fornecimento de:

• Água Subterrânea ( água que existe debaixo da superfície do solo);


• Água Superficial (água existente á superfície do solo).

Todas as captações estão sujeitas a licenciamento ou notificação.

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A água para ser utilizada para consumo humano, a água tem geralmente de ser tratada pelo
que é encaminhada para um Estação de tratamento de Água - ETA

Como deve ser feita a rejeição de águas residuais?

• As águas residuais devem ser separadas de acordo com as suas características, de


modo a minimizar os efeitos da sua descarga e os custos do seu tratamento. Daí que as
unidades fabris devam possuir redes separativas para as águas residuais domésticas,
industriais e pluviais provenientes das suas instalações.
• A rejeição de águas residuais em meio natural também se encontra sujeita
licenciamento junto da respetiva ARHNorte. No caso de descarga em coletor
municipal, a respetiva licença é da tutela da autarquia responsável pelo sistema
coletivo e a ARHNorte deverá ser notificada. Em ambas as situações é necessário ter
em especial atenção os valores limites de descarga estabelecidos pelas entidades
reguladora descarga.

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O tratamento das águas residuais é realizado nas Estações de Tratamento da Águas


Residuais – ETAR.

Esquema exemplificativo ETAR

Conselho para poupar a água

Nos sistemas de abastecimento de água às cidades, cerca de 2/3destina-se ao consumo por


particulares. Por isso, o nosso contributo individual para a poupança, é cada vez mais
importante!

Em que gastamos a água?

Os portugueses gastam uma média de 161l/dia/pessoa (de acordo com INSAAR, INAG.

• Os portugueses gastam uma média de 161l/dia/pessoa (de acordo com o INSAAR,


INAG).
• Aproximadamente 1/3 desta água destina-se às descargas dos autoclismos,
• outro 1/3 destina-se ao duche/banho, cerca de 20% é para a máquina de lavar roupa, e
o resto é para os outros usos, como a limpeza da casa e a rega de plantas interiores.
• Apenas uma pequena parte, entre 3a 6l (2 a 4%), é utilizada para cozinhar e beber.

Que podemos fazer para poupar água?

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• Com mudanças nos nossos comportamentos, e pequenas adaptações técnicas, pode-se


conseguir uma redução até 50% do consumo de água!
• Antes de trocar uma instalação, ou comprar um eletrodoméstico novo, vale a pena
informares-te!

O autoclismo

• Devem-se evitar descargas supérfluas, uma vez que cada descarga consome cerca de
10l de água;
• Alguns autoclismos permitem interromper a descarga completa, permitindo a
poupança de metade do volume do autoclismo;
• Já há uma variedade de dispositivos que permitem a poupança de água no autoclismo:
sistemas de regulação de volumes ou contrapesos, que se introduzem dentro do
autoclismo, sem interferir com os sistemas de descarga;
• Também já há no mercado alguns modelos de autoclismo de dupla descarga, que
permitem fazer descargas diferenciadas: uma menor, para fezes líquidas, e outra
maior, para fezes sólidas.
O banho

• O duche é melhor que o banho de imersão: enquanto que uma banheira cheia
consome cerca de 300l de água, um duche de 5 minutos gasta entre 50 a 60l, desde
que se fechem as torneiras enquanto nos ensaboamos;
• Podemos substituir a cabeça do chuveiro por um outro de baixo caudal (com
arejador), que mistura ar à água, mantendo a pressão e o conforto. Assim podemos
poupar até 50% da água gasta; Com uma torneira misturadora também é possível
diminuir o fluxo, pois é mais fácil controlar a temperatura da água.

Os lavatórios

• Fecha as torneiras sempre que não seja necessário deixar correr água (durante o
ensaboar das mãos, o lavar dos dentes, o lavar da cara). As torneiras abertas podem
gastar até 12l/minuto;
• Instala arejadores ou economizadores nas torneiras, pois estes podem reduzir o fluxo
do caudal da água, limitando-o até apenas 6l/minuto, ou menos!
• Mantém-te atento às fugas de água! Uma torneira a perder uma gota/segundo
representa um consumo até 1.000l/mês;
• Se pensas trocar as torneiras, pondera a possibilidade de instalar torneiras
misturadoras, e vê qual é o fluxo das novas torneiras que vais comprar: o ideal é que
sejam de 6 a 8l/minuto.

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A máquina de lavar roupa


• Deves encher a máquina de lavar roupa na sua carga máxima, antes de a pores a
funcionar, e selecionar o programa adequada, bem como a temperatura da lavagem,
em função do tipo de roupa e do seu grau de sujidade;
• As máquinas de lavar roupa atual já regulam o consumo de água em função do peso da
carga da máquina, e algumas têm já sistemas que permitem poupar até 70% da água
gasta, relativamente às máquinas de lavar roupa clássicas.
A máquina de lavar louça
A máquina de lavar louça só deve ser posta a trabalhar quando estiver completamente cheia:
assim, poupa-se até 25% de água;
As máquinas de lavar louça moderna, de baixo consumo, gastam apenas entre 11 a 14l por
lavagem.

A limpeza do lar
• Deve-se sempre varrer o chão antes de o lavar. Poupa-se muita água;
• A água utilizada para lavar a fruta ou os legumes, bem como a que sobra da limpeza
dos aquários pode utilizar-se para regar as plantas. Não a deites fora!

A lavagem do carro
• Gasta-se menos 90% de água lavando o carro com uma esponja e um balde (de 30 a
50l) em vez de se usar a mangueira;
• Em alternativa, as máquinas automáticas também gastam menos água do que as
mangueiras.

• Para reduzir o consumo de água potável, é possível planear a utilização de água não
apta para consumo humano, mas apta para outros usos, como a utilização de água
depurada, que pode ser utilizada para regar os jardins.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

• Em nossa casa também é possível pôr em prática algumas destas técnicas, como o
aproveitamento de águas pluviais, ou a reutilização de “águas cinzentas”, técnicas
estas que se começam agora a introduzir.
Aproveitar as águas pluviais
• A reutilização de águas pluviais nas nossas habitações baseia-se na recolha das águas
dos telhados, ou dos terraços, em reservatórios (que poderão até ser enterrados); esta
água serve para regar os jardins exteriores.
• Em alguns países do Centro da Europa também já se utilizam estas águas para encher
os autoclismos.

Reutilização das “águas cinzentas”

As “águas cinzentas” são aquelas que sobram dos banhos, das máquinas de lavar roupa, das
máquinas de lavar louça, dos lavatórios, e que, depois de uma depuração simples podem ser
reutilizadas por exemplo nos autoclismos.
A dificuldade desta medida reside na necessidade de se instalar um sistema secundário de
canalização, independente do sistema que abastece as máquinas e as torneiras.
Depois de falarmos sobretudo de poupança e de consumo de água, vamos conhecer o que
mais podemos fazer no sentido de se alcançar um consumo sustentável.
Uma prioridade tão importante quanto a poupança é a melhoria da água, antes de a utilizar.

Que podemos fazer para não contaminar a água?


• A água é um elemento muito sensível, e convém protegê-la, antes de a maltratarmos.
• Muitas das substâncias que utilizamos normalmente, e que contactam com a água,
podem ser substituídas por outras menos nocivas ou persistentes para o meio
envolvente, mais biodegradáveis.

As sanitas e os lava-loiças não são um caixote do lixo!

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Um dos males que podemos evitar é a utilização das sanitas ou lava-loiças como escorredouro
de lixos diversos (pontas de cigarros, restos de comida, guardanapos de papel, cotonetes).

Primeiro a física, depois a química!


• Sempre que as canalizações de nossa casa entopem, aquilo que fazemos.
• é despejar para o seu interior produtos químicos fortes, à base de soda cáustica, ácidos
e outras substâncias tóxicas. NÃO
• Aquilo que devemos fazer é comprar um desentupidor, e utilizá-lo quando as nossas
canalizações não estão a funcionar da melhor forma. Este princípio também serve para
limpar terra ou restos de comida do lava-louça.

Os óleos e solventes vão para os Ecocentros!

• Uma outra prática corrente é o despejo de óleos de cozinha usados, de restos de


produtos de bricolage (tintas, vernizes, diluentes), restos de produtos de cosmética, às
vezes misturados com outros produtos com uma importante componente tóxica, no
lava-louça ou sanita.
• Devem-se aproveitar ao máximo estes produtos, e levar as sobras ao Ecocentro mais
próximo.
• No caso de quantidades pequenas de óleo de cozinha, podem ser vertidas para
compostores (domésticos ou municipais). No caso de tal não ser possível, verte o resto
do óleo para folhas de jornais, e coloca-o no caixote do lixo. Um só mililitro de óleo
pode contaminar um milhão de litros de água potável, o que é mais do que toda a água
que uma família de quatro pessoas poderá beber nas suas vidas!

Usem produtos de limpeza mais amigos do ambiente!

• Na limpeza da casa, utilizamos um conjunto de produtos de limpeza com um elevado


grau de toxicidade, tanto para a saúde humana, como para os sistemas naturais.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

• Para substituir estes produtos, já se vendem outros que respeitam o meio ambiente,
com reduzido teor de fosfatos e outros químicos poluentes, responsáveis por
contaminar rios e lagos.
• Observem bem as etiquetas, e escolham os detergentes que tenham o mais baixo teor
de fosfatos.
• Além disso, é muito importante utilizar os detergentes apenas.

Emissões Gasosas

O que é atmosfera?

• É a camada de Ar, composta por uma mistura de gases (essencialmente 78% de


nitrogénio e 21% de Oxigénio), vapor de água e partículas, que envolve a terra.

O que é a Poluição Atmosférica?

• Diz-se que o ar está poluído, ou que existe Poluição Atmosférica, sempre que a
composição do ar altera quer por modificação das proporções dos seus constituintes
que por introdução de novas substâncias (poluentes).

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Que tipos de poluentes existem e qual a sua origem?

Como são emitidos os poluentes pelas atividades humanas?

• Os poluentes podem ter várias origens entre as quais se encontram os meios


transporte, as unidades e agricultura.
Existem dois tipos de fontes de emissão poluentes para a atmosfera:
• Fontes móveis (meios transportes);
• Fontes Fixas (ex: chaminés de unidades industriais);

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Outras fontes Poluidoras

Existem outras fontes poluidoras que, em certas condições, se podem revelar importantes tais
como:
• a queima de resíduos urbanos, industriais, agrícolas e florestais, feita muitas vezes, em
situações incontroladas. A queima de resíduos de explosivos, resinas, tintas, plásticos,
pneus é responsável pela emissão de compostos perigosos;
• os fogos florestais são, nos últimos anos, responsáveis por emissões significativas de
CO2;
• o uso de fertilizantes e o excesso de concentração agropecuária, são os principais
contribuintes para as emissões de metano, amoníaco e N2O;
• as indústrias de minerais não metálicos, a siderurgia, as pedreiras e áreas em
construção, são fontes importantes de emissões de partículas.

Quais são as consequências da Poluição Atmosférica para o ambiente?

Destruição da Camada do Ozono

O ozono (O3) é um gás constituído por três átomos de oxigénio. Misturado com outros gases
e partículas, o O3 é responsável pela formação do Smog (nevoeiro fotoquímico que cobre os
grandes centros urbanos e industriais, resultado da poluição atmosférica).

No entanto, este gás acumula-se na estratosfera (estrato compreendido entre os 10 e os 50 km


de altitude), designada por "camada de ozono". É aqui que ele desempenha o papel de escudo
protetor, possibilitando a vida na Terra. Esta camada absorve mais de 95% das radiações
ultravioleta que constituem parte do espectro electromagnético das radiações emitidas pelo
sol, que têm efeitos adversos.
Por sua vez, o O3 situado na camada inferior da atmosfera apresenta efeitos prejudiciais
como: toxicidade perante os animais, desencadeamento de problemas respiratórios e irritação
ocular no ser humano e ainda, corrosão de determinados materiais.

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É de notar que a radiação ultravioleta em pequena quantidade é benéfica pois contribui para a
produção de vitamina D, essencial ao nível do desenvolvimento dos ossos. Apesar da pequena
fração desta radiação que atinge o planeta ser essencial, as exposições à mesma não devem ser
prolongadas, dados os efeitos perigosos que esta pode provocar. Destacam-se o cancro de pele
e a cegueira (como consequência da doença cataratas) ao nível dos efeitos na saúde humana.

Tendo em vista a minimização dos fatores que contribuem largamente para a degradação da
camada de ozono, podemos evitar o uso de produtos com CFCs (clorofluorocarbonetos)
utilizados em sprays, embalagens de plástico, chips de computador, solventes para a indústria
eletrónica e, especialmente, aparelhos de refrigeração, como frigoríficos ou equipamentos de
ar condicionado.

Efeito Estufa – Alterações Climáticas

O clima, ou seja, o “tempo médio” ou “estado médio” da baixa atmosfera tem variado
significativamente ao longo da história da Terra devido a causas naturais.

O principal gás tóxico é o dióxido de carbono (CO2) que resulta da combustão dos
combustíveis fósseis – carvão, petróleo e gás natural – e também da desflorestação. A
acumulação na atmosfera dos gases efeito de estufa (GEE) emitidos pelas atividades humanas
está a intensificar o efeito de estufa natural, provocando um aumento da temperatura média
global da baixa atmosfera ou troposfera.

Estamos pois inadvertidamente a provocar alterações climáticas não-naturais, que se


caracterizam por um aumento da temperatura média global, maior frequência de fenómenos
climáticos extremos, tais como, ondas de calor, secas e precipitação intensa em períodos
curtos. Por outro lado, o aumento da temperatura média global da atmosfera provoca a

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dilatação térmica da camada superficial dos oceanos que, associada ao degelo dos glaciares
das montanhas, provoca uma lenta subida do nível do mar.

É muito provável que as alterações climáticas se venham a intensificar com impactos


sobretudo negativos na saúde humana, recursos hídricos, agricultura, florestas,
biodiversidade, zonas costeiras, turismo, pescas, etc.

Para evitar que elas se intensifiquem e que os seus impactos sejam muito graves, é
necessário reduzir as emissões de GEE. É esse o objetivo do Protocolo de Quioto e de outras
iniciativas a nível internacional que estão a ser planeadas para depois de 2012.

Os mecanismos pelos quais se admite que as alterações climáticas possam afetar a


saúde humana são vários. Alguns são diretos, tais como a exposição a condições térmicas
extremas ou a inundações.

Outros envolvem mecanismos intermédios e múltiplos como os que afetam a dinâmica


da transmissão de doenças transmitidas pela água.

As consequências previstas para Portugal são:

 Aumento do desconforto e mortalidade associados as temperaturas mais elevadas com


possíveis “Ondas de Calor” mais frequentes e intensas;

 Aumento das doenças respiratórias e cardiovasculares associadas a deterioração da


qualidade do ar em particular devido a aumentos da concentração do ozono;

 Aumento da incidência de doenças transmitidas pela água e alimento;

 Mudanças na distribuição e frequência das doenças transmitidas por roedores.

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Chuvas Ácidas

As chuvas ácidas são chuvas contaminadas por produtos tóxicos, tais como óxidos de enxofre,
de azoto e de carbono. Estes compostos são libertados para a atmosfera como produto da
atividade das centrais térmicas, indústrias, escapes de automóveis, entre outros, e vão reagir
com o vapor de água presente no ar. O produto desta reação é um ácido como por exemplo o
sulfúrico ou o nítrico. Ao saturar o vapor de água, origina-se chuva, uma chuva ácida.
Este problema tem aumentado muito com o crescimento populacional e industrial, sendo a
China, Europa Ocidental e Rússia, os locais onde as chuvas ácidas se apresentam como um
problema mais grave.
Estas chuvas são muito perigosas para o ambiente não só pela vasta destruição que provocam
mas também porque não interferem somente nos locais onde se formam os ácidos na
atmosfera. Dependendo nomeadamente das condições meteorológicas, as chuvas ácidas
podem afetar outros locais que se localizem em zonas afastadas. A chuva ácida pode originar
graves problemas como a destruição de florestas, lagos, reagir quimicamente nas rochas,
monumentos e edifícios, envenenar o solo, plantas e animais. No que toca à saúde humana,
esta também não passa despercebida, são de realçar problemas respiratórios cardíacos.
Embora a atividade humana não seja o único fator responsável por este problema, (existem
fontes naturais de produtos tóxicos, tais como as erupções vulcânicas) é sem dúvida a
principal, daí que seja de total relevância que se controlem os poluentes atmosféricos lançados
e se cumpram as estratégias elaboradas nessa medida.

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Ruído

O Ruído no meio Ambiente

O problema do Ruído no meio ambiente tem-se tornado, cada vez mais, numa fonte de
preocupação para a comunidade.
As fontes de ruído são inúmeras, podendo destacar-se as seguintes:
• Tráfego (rodoviário, ferroviário e aéreo);
• Industria;
• Unidades de comércio e serviços;
• Atividades de lazer (espetaculares e diversões).

O que é o Ruído?

• O Ruído pode ser definido como todo o som indesejado ou toda a energia acústica
susceptível de alterar o bem-estar das pessoas.
• A sua intensidade é medida em Decibéis dB (A), Unidade logaritmo do nível de
pressão sonora que corresponde praticamente á mais pequena variação da pressão
sonora que um ouvido humano pode distinguir nas condições normais de audição.

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Escala do Decibel

Quais os primeiros efeitos nocivos do Ruído?

Os efeitos nocivos do ruído sobre o ambiente e a saúde humana dependem de vários fatores,
nomeadamente do tempo de exposição, da sua intensidade, do tipo de resíduos (temporário ou
permanente), da distância da fonte e da sensibilidade individual.
Ao nível da saúde humana podem destacar-se os seguintes efeitos:
• Perda da capacidade auditiva;
• Dificuldades de comunicação;
• Diminuição da capacidade de concentração
• Fadiga;
• Efeitos a nível cardiovascular e fisiológicos;
• Efeitos na saúde mental (ansiedade, stress emocional, dores de cabeça)

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4 Factores que Influenciam o Ruído

1 – Tempo de exposição:
quanto maior
este tempo, maior o perigo.

2 – Tipo de Ruído:
Pode ser Continuo (sem parar),
Intermitente (ocorre de vez em quando)
ou de impacto ( Ocorre de repente).

3 – Distancia da Fonte Geradora:


Quanto mais próximo,
Maior o perigo.

4 – Intensidade;
Quanto maior a intensidade, maior
O risco para o trabalhador

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Como se Propaga o Ruído?

Como Medir o Ruído?

MEDIR O RUÍDO

• O Ruído não é estacionário, variando ao longo do tempo. Assim sendo, quando se


pretende, por exemplo, caracterizar o ruído de tráfego rodoviário, uma medição
instantânea do seu valor não é suficiente. Apenas uma média, obtida após um tempo
de medição adequado, será efetivamente representativa.
• Atualmente, o equipamento mais utilizado na caracterização de um ruído é o
Sonómetro com análise em frequência.

O Sonómetro mede o nível de pressão sonora ponderado A, permitindo assim a obtenção de


um valor que corresponde à sensação com que o Ser Humano percebeu o ruído em análise.
Quando o Sonómetro possibilita a realização de análises em frequência, a avaliação do ruído
é ainda mais precisa, já que para além da respetiva amplitude, também a sua “qualidade” fica
determinada.
O Sonómetro permite a obtenção de diversos indicadores de ruído:
• instantâneos (SPL);
• médios (LAeq);
• estatísticos ou níveis percentis1 (por exemplo: L95, L50, L10);
• máximos, mínimos (Lmax, Lmin).

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• 1Nível percentil, representado por LN, é o nível de pressão sonora que foi excedido
em N% do tempo de medição.

Quando o Sonómetro possibilita a realização de análises em frequência, a avaliação do ruído


é ainda mais precisa, já que para além da respetiva amplitude, também a sua “qualidade” fica
determinada.
O Sonómetro permite a obtenção de diversos indicadores de ruído:
instantâneos (SPL);
médios (LAeq);
estatísticos ou níveis percentis1 (por exemplo: L95, L50, L10);
máximos, mínimos (Lmax, Lmin).
1Nível percentil, representado por LN, é o nível de pressão sonora que foi excedido em N%
do tempo de medição.
Legislação

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Autoridades Competentes

Energia

O que é a Energia?

A energia pode ser definida como a capacidade para produzir trabalho. Manifesta-se sob
diversas formas (movimento dos corpos, eletricidade, calor, luz), transformáveis umas nas
outras de acordo com a lei da conservação da energia.
“A energia não se cria nem se destrói. Transforma-se”
Todas as formas de vida consomem e produzem energia. No entanto, atualmente, as principais
fontes de energia não são os seres vivos.
Quais as principais fontes de Energia?

As fontes de energia podem ser divididas em dois tipos:

• Fontes renováveis – cuja a utilização não conduz ao seu esgotamento;

• Fontes não renováveis – que se esgotam á medida que vão sendo utilizadas.

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Energias Renováveis Energias Não Renováveis

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Higiene e Segurança no Trabalho

Conceitos Gerais

Segurança no Trabalho - Conjunto de métodos que visam controlar os riscos associados ao


local de trabalho e ao processo produtivo, quer ao nível dos equipamentos e matérias-primas,
quer ao nível do ambiente de trabalho, etc. O objetivo é a prevenção de acidentes de trabalho.

Higiene no Trabalho – Conjunto de métodos e de boas práticas (não médicas) importantes


para a prevenção de doenças profissionais, nomeadamente o controlo dos agentes físicos
(ruído), agentes químicos (ácidos) e agentes biológicos (bactérias).

Prevenção – Conjunto de medidas que devem ser tomadas para eliminar, reduzir ou controlar
os riscos. A prevenção deve ser uma prática em todas as fases da atividade da empresa.

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SHST: Enquadramento Legal

DL 441/91
Prevenção
DL 26/94

L 100/97

DL 143/99

Reparação

DL 248/99

Decreto- Lei 441/91- Prevenção

Princípios Gerais

“...todos os trabalhadores têm o direito à prestação de trabalho em condições de segurança,


higiene e saúde no trabalho...” (Artº 4º)

Empregador

“...Pessoa singular ou coletiva com um ou mais trabalhadores ao seu serviço e responsável


pela empresa ou estabelecimento...”

Trabalhador

“...Pessoa vinculada por nomeação, contrato administrativo de provimento ou contrato


individual de trabalho que desempenhe funções nos serviços... e, bem assim, os que estejam
na dependência económica do empregador em razão dos meios de trabalho e do resultado da
sua atividade...”
DL. Nº 26/94

• Regulamenta as atividades de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho.

• Estabelece as diversas modalidades que podem revestir os Serviços de Segurança, Higiene e


Saúde no Trabalho.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Reparação

• Lei nº 100/97 de 13 de Setembro



“ Aprova o novo regime jurídico dos Acidentes de Trabalho e das Doenças
Profissionais”

• DL nº 143/99 - Acidentes de trabalho


• DL nº 248/99 - Doenças profissionais

Sinalização

A sinalização é a técnica que administra uma indicação relativa á segurança de pessoas ou


materiais.

Quando é que se deve aplicar?


Quando não é possível eliminar o risco no projeto.
Quando não é possível a utilização de sistemas de proteção coletivas.
Quando não é possível proteger o trabalhador com equipamento de proteção
individual ( EPI)
 Como complemento das restantes ações de prevenção

ONDE EXISTIR

• Em todos os locais de trabalho:


- Abranger todos os trabalhadores;
- Abranger todos aqueles que temporariamente aí se encontrem (ex: visitas,
fornecedores, prestadores de serviços externos).
• Nos locais que habitualmente se encontram abertos ao público.

Sinalização
Requisitos

- Atrair a atenção dos trabalhadores;


- Dar a conhecer o risco ou a informação que se pretende transmitir para que o
trabalhador possa atuar;
- Ter uma única interpretação, ser clara: não afixar um número excessivo de sinais ou
utilizando sinalização que possa confundir-se;
- Indicar a maneira correta de atuar em cada caso concreto;
- Estar instalado em local bem iluminado, a uma altura e posição
apropriadas;
- Ser retirados sempre que a situação que os justificava deixe de se
verificar;
- Ser de materiais que ofereçam resistência a choques e intempéries.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

- Em caso de iluminação deficiente devem usar-se cores


fosforescentes, materiais refletores ou iluminação artificial na
sinalização;
- Devem ser regularmente limpos, conservados, e se for caso disso,
reparados ou substituídos;
- O bom funcionamento e a eficiência deve ser verificada antes da sua
entrada em serviço e, posteriormente, de forma repetida;
- O número e a localização dependem da importância dos riscos, dos
perigos e da extensão da zona a cobrir;
- Os dispositivos que funcionem mediante uma fonte de energia deve
ser assegurar uma alimentação alternativa de emergência;
- Sinal luminoso ou acústico, que indique o início de uma ação, deve
prolongar-se durante o tempo que a situação o exigir;
- Sinal luminoso ou acústico deve ser rearmado imediatamente após
cada utilização.
Princípios de Eficiência

• Evitar a fixação de um número excessivo de placas na proximidade umas das outras;


• Não utilizar simultaneamente dois sinais luminosos que possam ser confundidos;
• Não utilizar um sinal luminoso na proximidade de outra fonte luminosa pouco nítida;
• Não utilizar dois sinais sonoros ao mesmo tempo;
• Não utilizar um sinal sonoro quando o ruído ambiente for demasiado forte.

MANUTENÇÃO

• Todos os equipamentos de sinalização deverão ser mantidos em bom estado de


conservação (limpeza, reparação, substituição e funcionamento).
• Não deve ser confundida ou afetada por qualquer outro tipo de sinalização ou fonte
emissora estranha à sinalização de segurança.

Sinais de Segurança

São os que resultam da combinação de uma forma geométrica, uma cor (cor de segurança),
um símbolo e um desenho.

Classe dos sinais

Consoante o significado, os sinais podem ser classificados em:

 PROIBIÇÃO
 OBRIGAÇÃO
 AVISO
 SOCORRO
Incêndio

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

PROIBIÇÃO

Indicam comportamentos proibidos de acordo com o desenho inseridos no sinal. São


utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Tem a forma
circular, o contorno vermelho, o desenho a preto e o fundo branco.

Proibição de fazer lume e de Proibição de fumar


Proibição de apagar com fumar
água

Sinalização de indicação sobre o material de combate a incêndios:

1 2 3 4

• Agulheta de incêndio

• Escada de Incêndio

• Extintor

• Telefone para luta contra incêndios

OBRIGAÇÃO

Impõe um determinado comportamento consoante o desenho nesse inserido. Tem uma forma
circular, um contraste e fundo azul e o desenho em branco.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Proteção obrigatória dos Proteção obrigatória do corpo


Proteção obrigatória dos
ouvidos olhos

AVISO

Indicam situações de risco potencial de acordo com o desenho inserido no sinal. São
utilizados em instalações, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Têm forma
triangular, o contorno e o desenho a preto e fundo amarelo.

SOCORRO

Fornecem informações de salvamento de acordo com o desenho inserido no sinal. São


utilizados em instalações, acessos e equipamentos, etc. Têm a forma rectangular, fundo verde
e desenho branco.

Uma sinalização correta é eficaz na qualidade da técnica de segurança


complementar, mas nunca esquecer que ela (a sinalização) não elimina
os riscos.

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Riscos Profissionais

Os principais tipos de risco profissionais que afetam os trabalhadores de um modo geral, estão
separados em:

� Riscos físicos
� Riscos químicos
� Riscos Biológicos
� Riscos Ergonómicos

Riscos Físicos

Mecânicos
 Relacionados com o movimento de máquinas, ferramentas e instrumentos de trabalho,
os quais devem estar devidamente protegidos;

Iluminação

• Sendo insuficiente, excessiva ou inadequada, pode originar acidentes ou infecções na


vista;

RUIDO

 Para além de um determinado nível torna-se incómodo, e um obstáculo à


comunicação, contribuindo para o aumento da fadiga, podendo provocar alterações no
sistema nervoso e auditivo;

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Eletricidade

• Sendo uma forma de energia essencial a qualquer empresa, constitui um risco sempre
presente, muitas vezes por má utilização, ou adulteração das finalidades para que as
instalações elétricas foram criadas;

Temperaturas Extremas e Humidade Excessiva

 O calor provoca desgaste e fadiga excessivos, cefaleias, taquicardia, astenia e


dificuldades de concentração, consumo anormal de alimentos. Por seu lado, o frio,
leva, por vezes, ao “choque térmico”, queimaduras e alterações nas extremidades do
corpo;

Vibrações
• Resultantes das trepidações de equipamentos mal protegidos, afinados ou ajustados,
provocam alterações da coluna, do sistema nervoso, ósseo e articular, bem como
dificuldades respiratórias;

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Incêndio

• Resultante da existência de matérias-primas, produtos acabados ou subsidiários com


características combustíveis ou carburentes perto de locais onde há chama livre,
trabalhos de manutenção, ou máquinas desenvolvendo calor pelo atrito são fatores a
considerar;

Vírus, Bactérias e Fungos

 Característicos de locais como Hospitais, Matadouros, Indústria Alimentar, provocam


frequentemente doenças infeciosas;

Riscos Químicos

Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam


penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos
gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição,
possam ter contacto ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Riscos Ergonómicos

As lesões por Esforço Repetitivo são problemas de saúde que ocorrem mais frequente nos
escritórios modernos. Estas lesões resultam de planos e estações de trabalho projetados de
forma inadequada.

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Movimentação Manual de Cargas


Qualquer operação de transporte e sustentação de uma carga, por um ou mais trabalhadores,
incluindo levantar, colocar, empurrar, puxar, transportar e deslocar, que devido às suas
características, ou condições ergonómicas desfavoráveis comporte riscos para os mesmos,
nomeadamente na região dorso -lombar.

Quando numa empresa existe um ou mais trabalhadores responsáveis pela movimentação


manual de cargas, é necessário tomar algumas medidas, no intuito de salvaguardar a
segurança e saúde dos trabalhadores.
Assim sendo, é necessário ter em consideração os seguintes pontos:

a) Características e tipo de carga que é necessário movimentar / transportar:

• Constituição da carga (material, forma, volume, etc.);


• Localização da carga no contexto do espaço de trabalho;
• Intensidade (peso da carga).

b) Esforço físico exigido na tarefa:


• Intensidade das forças que é necessário exercer para vencer a resistência que a carga
oferece;
• Tipo de músculos e órgãos envolvidos na manipulação da carga;
• Frequência do número de elevações e outros movimentos efetuados.

c) Condições físicas dos trabalhadores:


• Sexo;
• Idade;
• Capacidade e condição física no momento;
• Outras características individuais

d) Exigências específicas de cada atividade em particular:

• Condições ambientais do local / espaço de trabalho onde é efetuada a movimentação


das cargas;
• Duração e frequência dos ciclos de trabalho;
• Percurso e deslocamentos que os trabalhadores têm de percorrer

Recomendação a adotar na Movimentação Manual de Cargas

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

• Evitar manuseamento de cargas não adequadas em termos de volume ou peso – (não


superior a 23 Kg);
• Conceber embalagens com formas e tamanhos apropriados ao tipo de objeto a
manusear;
• Procurar adaptar pegas ergonómicas na carga manuseada para facilitar o levantamento
e transporte;
• Usar técnicas adequadas em função do tipo e especificidade da carga – evitar a
utilização do tronco como alavanca, mantendo-o na posição vertical e procurar utilizar
os membros inferiores como alavanca;
• Sempre que possível, colocar as cargas em planos elevados relativamente ao solo
(antes de proceder à elevação);
• Evitar ao máximo “dobrar” a coluna; esta deve servir como suporte;
• Suspender cargas iguais em cada uma das mãos (quando possível);
• Ter em consideração os pesos a suspender, conforme a idade, constituição física e
sexo do trabalhador;
• Promover o exercício físico e o reforço muscular dos músculos que participam mais
ativa na movimentação de cargas;
• A movimentação de cargas deve ser efetuada, em zonas, em que o pavimento se
encontre devidamente nivelado e desobstruído de obstáculos, entulho, cabos e fios
condutores de eletricidade.
• Sempre que tecnicamente possível, utilizar meios auxiliares de elevação e transporte
para movimentar as cargas;
• As cargas a transportar devem estar devidamente acondicionadas e simetricamente
distribuídas de modo a evitar oscilações e sobre - esforços;
• Se possível, proceder à deslocação das cargas por rolamento, ex. deslocação de barris
de cerveja ou bidões;
• Os braços devem estar posicionados junto ao corpo de uma forma descontraída;
• Quando o tipo de trabalho implica movimentos muito repetitivos ou monótonos, deve-
se procurar efetuar pequenas pausas acompanhadas de alguns exercícios, de forma a
desentorpecer os músculos e articulações e melhorar a circulação.

REGRA BÁSICA:

Levantar cargas fazendo força com as pernas e não com a coluna

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

5 6 7

Mantenha a carga tanto


Não girar o tronco quanto possível chegada ao
Respeite os limites
com uma carga corpo – desta forma aumenta
de peso
pesada suspensa a sua capacidade de elevação
recomendados

8
Sempre que possível
peça ajuda aos seus
colegas

10
9

Mantenha os braços o
Não eleve um corpo mais próximo do corpo
possível
acima da cintura
com um único
movimento

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EPI

PROTECÇÃO DAS MÃOS PROTECÇÃO DO CORPO

Decreto – Lei 441/91

Este diploma indica qual a prioridade da proteção coletiva sobre a individual:

 Medidas de carácter construtivo


 Medidas de carácter organizativo
 Medidas de proteção individual

Medidas de Carácter construtivo:


– Eliminar o risco na origem, na fonte;
– Envolver o risco, isolamento do risco;

Medidas de carácter organizativo


– Afastar o homem da exposição ao risco;

Medidas de proteção individual


– Envolver o homem

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O que é um equipamento de proteção individual?

• Qualquer equipamento destinado a ser usado ou detido pelo trabalhador para a sua
proteção contra um ou mais riscos suscetíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde no
trabalho.

• É pois, necessário que o equipamento em questão se destine especificamente a


proteger a saúde e a segurança do trabalhador no trabalho, excluindo qualquer outro
objetivo de interesse geral para a empresa como, por exemplo, o uso de uniformes.

Um EPI deve ser concebido e executado em conformidade com as disposições regulamentares


em vigor:

• A entidade patronal fornece gratuitamente aos trabalhadores EPI em bom estado:

• adequados relativamente aos riscos a prevenir;

• que não sejam eles próprios geradores de novos riscos;

• que tenham em conta parâmetros pessoais associados ao utilizador e à natureza do seu


trabalho.

• A regra é um equipamento para cada pessoa exposta! Se forem fornecidos a um


trabalhador vários EPI, estes devem ser compatíveis entre si.

• Se um só EPI servir para vários trabalhadores, será necessário velar pelo estrito
respeito das regras de higiene.

• A entidade patronal deve velar para que as informações necessárias à utilização dos
EPI se encontrem disponíveis na empresa sob uma forma que possa ser compreendida
pelos trabalhadores que os utilizam, a cujo conhecimento elas devem ser levadas.

• A entidade patronal deve organizar sessões de formação e de treino dos trabalhadores


em causa, a fim de garantir uma utilização dos EPI em conformidade com os folhetos
de instruções.

• Os EPI devem ser usados pelo trabalhador exclusivamente nas circunstâncias para as
quais são recomendados e depois de a entidade patronal ter informado o trabalhador
da natureza dos riscos contra os quais o referido EPI o protege.

Como avaliar um EPI do ponto de vista da segurança?

• Convém proceder ao estudo das partes do corpo suscetíveis de serem expostas a


riscos:

– Riscos Físicos;

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– Riscos Químicos;
– Riscos Biológicos.

Ensaio de Dispositivos de Proteção Individual na Empresa

• Para testar um novo EPI, devem tanto quanto possível, escolher-se trabalhadores com
um critério objetivo de apreciação.

• É indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a controlar, bem como o ensaio de
mais de um tipo de proteção.

• O registo de elementos como: durabilidade, efeito de proteção, comodidade,


possibilidade de limpeza, entre outros, é extremamente importante para uma solução
definitiva.

• A decisão final sobre a utilização do EPI deve ser tomada com base numa análise
cuidada do posto de trabalho, análise essa em que devem participar chefias e
trabalhadores.

• A co-decisão conduz a uma maior motivação para o seu uso.

Formação do Utilizador

• Os EPI's são simples?

• É fácil a utilização correta de um dado EPI?

• Para muitos EPI's é necessária uma ação de demonstração, quando são utilizados pela
primeira vez.

• A transferência de informação deve estar associada à motivação.

Os pontos fundamentais na formação do utilizador são os seguintes

1) Porquê utilizar um determinado EPI e qual o tipo de protecção que ele garante?

1) Qual o tipo de protecção que ele NÃO garante?

1) Como utilizar o EPI e ficar seguro de que o EPI garante a protecção esperada?

1) Quando se devem substituir as peças de um dado EPI?

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Principais tipos de proteção individual

• A cabeça deve ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objetos


pesados, pancadas violentas ou projeção de partículas.
• A proteção da cabeça obtém-se mediante uso de capacete de proteção, o qual deve
apresentar elevada resistência ao impacto e à penetração.

Proteção dos Olhos e do Rosto

• Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes podem
atingir a maior gravidade.
• As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho, podem ser devidas a
diferentes causas:
• Ações mecânicas, através de poeiras, partículas ou aparas;
• Ações óticas, através de luz visível (natural ou artificial), invisível (radiação
ultravioleta ou infravermelha) ou ainda raios laser;

Proteção dos Olhos e do Rosto

• Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriados, cujos


vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.

• Ações térmicas, devidas a temperaturas extremas.

• Ações químicas, através de produtos corrosivos (sobretudo ácidos e bases) no estado


sólido líquido ou gasoso;

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Proteção das Vias Respiratórias

• A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se, muitas vezes, contaminada em virtude


da existência de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas,
fibras, poeiras.
• A proteção das vias respiratórias é feita através dos chamados dispositivos de proteção
respiratória - aparelhos filtrantes (máscaras).

Proteção dos Ouvidos

• Há fundamentalmente, dois tipos de protetores de ouvidos: os auriculares (ou


tampões) e os auscultadores (ou protetores de tipo abafador).

• Os auriculares são introduzidos no canal auditivo externo e visam diminuir a


intensidade das variações de pressão que alcançam o tímpano.

Proteção do Tronco
• O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confecionado em diferentes
tecidos.
• O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se evitar a sua prisão pelos
órgãos em movimento. A gravata ou cachecol constituem, geralmente, um risco.

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Proteção dos Pés e dos Membros Inferiores

 A proteção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir de
efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou elétricos. Quando há possibilidade de queda
de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas revestidos interiormente com
biqueiras de aço, eventualmente com reforço no artelho e no peito do pé.

Proteção dos Pés e dos Membros Inferiores

Em certos casos verifica-se o risco de perfuração da planta dos pés (ex: trabalhos de
construção civil) devendo, então, ser incorporada uma palmilha de aço no respetivo calçado.

Proteção das Mãos e dos Membros Superiores

• Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na
indústria. Daí a necessidade da sua proteção.
• O braço e o antebraço estão, geralmente menos expostos do que as mãos, não sendo
contudo de subestimar a sua proteção.

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Proteção contra Quedas

Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre deve utilizar-se o cinto de
segurança, que poderá ser reforçado com suspensórios fortes e, em certos casos associado a
dispositivos mecânicos amortecedores de quedas.

Riscos Químicos

Armazenamento de produtos químicos

• Estar devidamente identificados e em condições de segurança;


• Só terem acesso pessoas devidamente autorizadas;
• Ter pelo menos duas saídas;
• Estar devidamente iluminados e ventilados;
• Serem providos de sistema de arrefecimento de ar;
• Não permitir fumar nem fazer lume;
• Não ser permitido usar aquecimentos;
• Não ser permitido misturar ou transferir químicos;
• As vias de evacuação estarem desimpedidas.

PRATELEIRAS
• As garrafas e contentores maiores estarem armazenados a menos de 60 cm do chão;
• Contentores de produtos químicos corrosivos estarem abaixo do nível dos olhos;
• As prateleiras estarem inclinadas ou ter guardas para evitar a queda dos contentores;
• Existir espaço suficiente e os compostos não estarem uns em cima dos outros;
• Não haver garrafas vazias nas prateleiras;
• As prateleiras serem estáveis, resistentes e devidamente presas às paredes;
• As prateleiras estarem limpas, libertas de poeiras e de contaminação dos químicos.

ROTULAGEM

• A ROTULAGEM É OBRIGATÓRIA E SERVE PARA INFORMAR


IMEDIATAMENTE O UTILIZADOR DO PRODUTO, PERMITINDO COM
ISSO, EVITAR CONFUSÕES E ERROS DE MANIPULAÇÃO

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Sinalização de recipientes

• Portaria n.º 1152/97, de 12/Novembro – define as regras de ROTULAGEM para os


recipientes e tubagens com substâncias ou preparações perigosas;
Sinalização:
- Rótulo sob a forma de pictograma sobre fundo colorido ou
- Placas com o sinal adequado e informação complementar (fórmula química,
pormenores sobre o risco, regras segurança,...)

ROTULAGEM DOS RECIPIENTES

• Todos os frascos estarem devidamente rotulados com o seu conteúdo;


• Os rótulos serem legíveis e livres de contaminações ou corrosão;
• Os rótulos estarem devidamente ligados aos frascos ou contentores;

• Os contentores estarem rotulados com os avisos adequados (venenoso, corrosivo,


etc);
• Todos os contentores apresentarem data de compra e o prazo de validade;
• Os rótulos incluem as precauções necessárias para o composto específico.

SIMBOLOS DE PERIGO

"E" EXPLOSIVO

• Este símbolo refere-se a uma substância que pode explodir se entrar em


contacto com uma chama, ou se sofrer choque ou fricção.

"O" OXIDANTE

• Este símbolo refere-se a uma substância que produz calor quanto reage
com outras substâncias, particularmente inflamáveis.

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“F” ALTAMENTE INFLAMÁVEL

• Este símbolo refere-se a uma substância que entra em ignição em condições


normais de pressão e temperatura, ou se for um sólido pode entrar em
ignição em contato com a fonte de calor, e o qual continua queimando por
reação química mesmo depois da remoção da fonte. Se esta substância for
gás, ela queima em contacto com o ar em condições normais de pressão.
Em contato com água ou ar húmido esta substância pode lançar gases
altamente inflamáveis em quantidades perigosas.

"F+" EXTREMAMENTE INFLAMÁVEL

• Este símbolo refere-se a uma substância líquida que entra em ignição quando seus
vapores entram em contacto com uma fonte de calor.

"T" TÓXICO
• Este símbolo refere-se a uma substância altamente perigosa à saúde

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"T+" MUITO TÓXICO

• Este símbolo refere-se a uma substância que se inalada, ingerida, ou em contacto com
a pele, pode causar danos imediatos à saúde e a longo prazo pode levar à morte.

"C" CORROSIVO

• Este símbolo refere-se a uma substância que causa destruição e queimaduras de


tecidos vivos.

"Xn" PREJUDICIAL - MENOS QUE "T"

• Este símbolo refere-se a uma substância que pode causar risco à saúde. Pode haver
reação alérgica.

"Xi" IRRITANTE - MENOS QUE "C"

• Este símbolo refere-se a uma substância que pode causar irritação em contacto com a
pele.

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"N" PERIGOSO AO MEIO AMBIENTE

• Este símbolo refere-se a uma substância que causa danos ao meio ambiente.

Exemplo de Etiqueta

Fichas de Dados de Segurança

1. IDENTIFICAÇÃO DA SUBSTÂNCIA / PREPARAÇÃO E DA SOCIEDADE /


EMPRESA
2. COMPOSIÇÃO/INFORMAÇÃO SOBRE OS COMPONENTES
3. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS
4. PROCEDIMENTOS PARA PRIMEIROS SOCORROS
5. MEDIDAS DE COMBATE A INCÊNDIOS
6. MEDIDAS A TOMAR EM CASO DE FUGAS ACIDENTAIS
7. MANUSEAMENTO E ARMAZENAGEM
8. CONTROLO DE EXPOSIÇÃO / PROTECÇÃO INDIVIDUAL
9. PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS
10.ESTABILIDADE E REACTIVIDADE
11. INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA
12.INFORMAÇÃO ECOLÓGICA
13. QUESTÕES RELATIVAS À ELIMINAÇÃO DO PRODUTO
14. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO TRANSPORTE
15. INFORMAÇÃO SOBRE REGULAMENTAÇÃO
16. OUTRAS INFORMAÇÕES

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POSTURA DE REFERÊNCIA

• A contração muscular, durante várias horas, associada à imobilização de certas partes


do corpo e ao trabalho gestual das mãos no teclado pode ser responsável pelas dores e
perturbações musculares.
• Quanto menor for o número de apoios que aliviem a tensão dos músculos, mais
forçada e estática é a postura, mais problemas de saúde podem surgir.

Riscos Ergonómicos

• Topo do monitor à altura dos olhos


• Suporte para documentos ajustável à altura do monitor
O Perigo de Incêndio
• Cadeira com suporte firme para a parte inferior da
coluna; encosto e assento ajustáveis
• Antebraços paralelos ao solo
• Pulsos relaxados; apoio para os pulsos
• Tronco direito e o mais perto possível do plano de
trabalho
• Ombros descontraídos
• Pés firmemente apoiados no solo para que a coxa e a
perna formem um ângulo reto.

Principais causas:

• Utilização inadequada de equipamento elétrico;


• Fumar ou fazer lume em local inadequado;
• Equipamentos mecânicos sobreaquecidos (faúlhas);
• Queima de desperdícios não controlada;
• Fogo posto intencionalmente ou inadvertidamente.

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Razão para a Propagação

• Descoberta tardia do incêndio;

• Inexistência de paredes e portas corta-fogo;

• Aberturas nos pisos e paredes;

• Acumulação de pós e poeiras;

• Combustibilidade dos edifícios (paredes, tetos e telhados).

Fogo - A União de três Elementos

Imagine o fogo como sendo:

• Um Triangulo em que, cada lado, representa um elemento formador do conjunto.

OS elementos SÃO:

• Combustível: este elemento pode ser sólido, líquido ou em forma de gás.

• Oxigénio: O ar que respiramos, entre outros componentes, possui 21% de


oxigénio. No entanto para o fogo ter início, mesmo deficiente para nós, basta
apenas 16%.

• Calor: faz com que o material combustível, seja ele qual for, liberte vapores
suficientes para a ignição acontecer.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Meios de Prevenção

• O fogo de classe A pode ser evitado tomando medidas simples, fruto de uma boa
administração interna.

• Nas empresas com quadro de pessoal que abrigue cinquenta ou mais trabalhadores, o
armazenamento de água deve ser substancial e sob pressão. Assim, o inicio do fogo de
classe A pode ser combatido com facilidade.

• As lixeiras devem ser esvaziadas diariamente.

Meios de Prevenção

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

• Contra o fogo de classe B devem-se tomar cuidados especiais. As preocupações


devem ser redobradas quando se está a trabalhar próximo de recipientes com líquidos
inflamáveis ou atmosferas com gases igualmente inflamáveis.
• O uso ou manuseio de líquidos inflamáveis só deve ser feito em áreas ventiladas.
• As sobras de líquidos inflamáveis só devem ser guardados em armários bem fechados,
em vasilhames bem arrolhados e à prova de vazamento.
• O stock de líquidos inflamáveis deve ficar distante de qualquer meio que possa
provocar faísca.

Fogos de Classe C

• Fogos que resultam da combustão de gases como o metano, gás natural, propano,
butano, etano, acetileno, etc.. Para este tipo de fogos são adequados os seguintes tipos
de agentes extintores: pó químico seco do tipo ABC, pó químico seco do tipo BC,
dióxido de carbono e gases inertes.

Meios de Prevenção

• O fogo de Classe D, surge dos metais: magnésio, do zircónio etc. A melhor forma de
evita-los é adoptando medidas relativas aos cuidados com o seu manuseio.
• O combate a este fogo normalmente é feito com a instalação de chuveiro automático
(Sprinkler).

• Nas empresas, especialmente nos locais de trabalho, os extintores utilizados devem


obrigatoriamente obedecer às normas portuguesas.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

• Devem mencionar no rótulo informação quanto a sua adequada aplicação.

• Deverá, obrigatoriamente, constar a data em que foi carregado, data da próxima


recarga e número de identificação.

Fogo Classe E

Esta designação já não se usa, mas por vezes ainda se fala nela.

São fogos em materiais e ou equipamentos que estão ligados à energia elétrica, isto é, estão
sobre tensão.

Rótulo de um Extintor

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Extintores

• No início todos os incêndios são de reduzidas dimensões, podendo ser facilmente


extintos, se dispusermos de um agente extintor e a atuação for rápida.

• Portanto, os meios de primeira intervenção são aqueles que normalmente são usados
no combate ao incêndio no seu início e antes da chegada dos Bombeiros, procurando-
se assim extinguir ou pelo menos limitar o incêndio.

• Apesar das suas limitadas capacidades, eles são de extrema importância quando
utilizados corretamente.

• Em alguns casos o rótulo informa também as classes de incêndio para as quais o


extintor não se presta, conforme exemplo em cima.

Como Instalar um Extintor?

• Quando os extintores forem instalados em paredes ou divisórias, o suporte de fixação


do extintor deve ser instalado no máximo a 1,60 e no mínimo a 0,20 m do piso
acabado.
• É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam,
apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10 m e 0,20 m do
piso.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Sinalização de Extintores

• Em locais que possuam piso rústico, como indústrias, depósitos, estacionamentos, etc.,
há necessidade de se efetuar sinalização de piso.
• Deve estar a uma altura de 1,8 m, medida do piso acabado à base da sinalização e
imediatamente acima do equipamento sinalizado.

Regras de Funcionamento

De facto os extintores são o equipamento mais fácil de utilizar, no entanto, a sua eficácia
depende do respeito de algumas regras:

• Devem ser colocados em locais bem visíveis, longe do acesso das crianças e de fontes
de calor, e devem ter o acesso desobstruído;
• Devem estar carregados e prontos a funcionar;
• A distância máxima a percorrer até a um extintor não deve exceder 25 m.
• O operador deve ler, previamente, o manual de instruções de funcionamento, por
forma a saber utilizá-lo quando necessário;

Como se deve proceder ao Usar um Extintor

Parte da eficácia no combate ao fogo, está directamente ligada ao procedimento adoptado


no manuseio do extintor:

USO DO EXTINTOR

• Transporte-o na posição vertical segurando no


manípulo;

• Retire o selo ou cavilha de Segurança;

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• Pressione a alavanca;

• Dirija o jacto para a base das chamas;

• Varra, devagar, toda a superfície.

Requisitos básicos para a Sinalização de Emergência


• Deve destacar-se em relação à comunicação visual dotada para outros fins;
• Não deve ser neutralizada pelas cores de paredes e acabamentos, dificultando a sua
visualização;
• Deve ser instalada perpendicularmente aos corredores de circulação de pessoas e
veículos;
• As expressões escritas utilizadas devem seguir os vocábulos da língua portuguesa;
• Se destinadas à orientação e salvamento e equipamentos de combate a incêndio
(extintores) devem possuir efeito foto luminescente.

Sinalização de Emergência

A sinalização de saída de emergência deve indicar todas as mudanças de direção, saídas,


escadas, atentando para:

• Deve ser localizada imediatamente acima da porta, no máximo a 0,1 m da verga, ou


diretamente na folha da porta centralizada a uma altura de 1,8 m medida do piso à base
da sinalização.

• Sinalização de orientação da rota de saída
Deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de
saída até a sinalização seja de, no máximo, 15 m. A sinalização deve ser instalada a
1,80 m medido do piso à sua base.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Evacuação

• As consequências dramáticas resultantes de incêndios são, infelizmente, frequentes


devido à inutilização das vias de evacuação.
• A evacuação deve ser corretamente programada e inserida no plano geral de
emergência da empresa ou estabelecimento.

Procedimentos de Emergência

• As determinações do plano de emergência e evacuação elaboradas para serem postas


em pratica nas situações de emergência, devem ser estudadas com frequência . Assim,
não haverá dificuldade em segui-las quando isso se tornar necessário.
• Nos casos de evacuação não perca a calma ,mas haja com pressa.

Como Proceder em caso de Incêndio


Se está num compartimento com a porta fechada:

• Apalpe a porta antes de a abrir. Nunca abra uma porta se ela estiver quente.
• Se o fumo estiver a entrar por baixo da porta, mantenha-a fechada e procure calafetá-
la com toalhas molhadas.

Se está num compartimento com a porta fechada:

• Abra a janela para sair, pedir socorro ou respirar.


• Se não vir fumo a sair por baixo da porta e a parte superior não estiver quente, abra a
porta lentamente.
• Esteja preparado para a fechar de novo, rapidamente, se houver demasiado fumo ou
fogo no compartimento contíguo.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

• Se possível cubra o nariz e a boca com um pano húmido. Isso permite-lhe respirar
melhor.

• Nunca use elevadores. Você poderá ficar preso no seu interior se forem desligados, o
que é comum nos casos de incêndio. Use as escadas.

 Feche as janelas e as portas atrás de si quando sair. Isso demorará o avançar do fogo.

Acidente Trabalho

Factores na Origem dos Acidentes

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• Ausência ou deficiência no planeamento da segurança (improviso);


• Incumprimento de normas e legislação;
• Inexistência ou ineficácia de equipamentos de proteção coletiva;
• Não reposição de proteções coletivas;
• Tendência para aceitar passivamente os riscos conhecidos;
• Sujeição a condições inseguras;
• Atos inseguros (atitudes de Risco)
Como Prevenir?

Identificar e avaliar os Riscos;

Não aceitar passivamente o Risco;

Não subestimar o Risco (que nem sempre é controlável);

Planear a segurança, não deixar “portas abertas” ao improviso;

Investir na formação/qualificação, informação e sensibilização;

Dar prioridade à proteção coletiva, face à proteção individual;

Porque devemos prevenir os acidentes e as doenças profissionais?

• Sob todos os aspetos em que possam ser analisados, os acidentes e doenças


decorrentes do trabalho apresentam fatores extremamente negativos para a empresa,
para o trabalhador acidentado e para a sociedade.
• Anualmente, as altas taxas de acidentes e doenças registadas pelas estatísticas oficiais
expõem os elevados custos e prejuízos humanos, sociais e económicos que custam
muito para o País, considerando apenas os dados do trabalho formal.

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Danos Causados aos Trabalhadores

As estatísticas da Previdência Social, que registam os acidentes e doenças decorrentes do


trabalho, revelam uma enorme quantidade de pessoas prematuramente mortas ou
incapacitadas para o trabalho.
Os trabalhadores que sobrevivem a esses infortúnios são também atingidos por danos que se
materializam em:

• sofrimento físico e mental;


• cirurgias e remédios;
• próteses e assistência médica;
• fisioterapia e assistência psicológica;
• dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção;
• diminuição do poder aquisitivo;
• desamparo à família;
• estigmatização do acidentado;
• desemprego;
• marginalização;
• depressão e traumas.

Prejuízos da Empresa

• As micro e pequenas empresas são fortemente atingidas pelas consequências dos


acidentes e doenças, apesar de nem sempre os seus dirigentes perceberem este fato.
• O custo total de um acidente é dado pela soma de duas parcelas: uma refere-se ao
custo direto (ou custo segurado), a exemplo do recolhimento mensal feito à
Previdência Social,
• Para pagamento do seguro contra acidentes do trabalho, visando a garantir uma das
modalidades de benefícios estabelecidos na legislação providenciaria.
• A outra parcela refere-se ao custo indireto (custo não segurado). Estudos informam
que a relação entre os custos segurados e os não segurados é de 1 para 4, ou seja, para
cada real gasto com os custos segurados, são gastos 4 com os custos não segurados.

Os custos não segurados prejudicam a empresas principalmente nos seguintes itens:

• salário dos quinze primeiros dias após o acidente;


• transporte e assistência médica de urgência;

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• paralisação de sector, máquinas e equipamentos;


• comoção coletiva ou do grupo de trabalho;
• interrupção da produção;
• prejuízos ao conceito e à imagem da empresa;
• destruição de máquina, veículo ou equipamento;
• embargo ou interdição fiscal;
• investigação de causas e correção da situação;
• pagamento de horas - extras;
• atrasos no cronograma de produção e entrega;
• cobertura de licenças médicas;
• treinamento de substituto;
• aumento do prémio de seguro;
• multas e encargos contratuais;
• perícia trabalhista, civil ou criminal;
• Indeminizações e honorários legais; e
• Elevação de preços dos produtos e serviços.

Custos resultantes para a sociedade

As estatísticas informam que os acidentes atingem, principalmente, pessoas na faixa etária dos
20 aos 30 anos, justamente quando estão em plena condição física.

Muitas vezes, esses jovens trabalhadores, que sustentam suas famílias com se o trabalho,
desfalcam as empresas e oneram a sociedade, pois passam a necessitar de:

• socorro e medicação de urgência;


• intervenções cirúrgicas;
• mais leitos nos hospitais;
• maior apoio da família e da comunidade; e
• benefícios previdenciários.

Isso, consequentemente, prejudica o desenvolvimento do País, provocando:

• redução da população economicamente activa;


• aumento do seguro; e
• aumento de impostos e taxas.

Custos resultantes para a sociedade

• É importante ressaltar que, apesar de todos os cálculos, o valor da vida humana não
pode ser materializado, sendo o mais importante no estudo o conjunto de benefícios
que a micro ou pequena empresa consegue com a adoção de boas práticas de Saúde e
Segurança no Trabalho, pois, além de prevenir acidentes e doenças, está vacinada
contra os imprevistos acidentários, reduz os custos, otimiza conceito e imagem junto à
clientela e potenciaria a sua competitividade.

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Doenças Profissionais

 O que são doenças profissionais?


Doença profissional é aquela que resulta diretamente das condições de trabalho, consta da
Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.º 76/2007, de 17 de Julho) e causa
incapacidade para o exercício da profissão ou morte.
 E se eu tiver uma doença que não consta da Lista de Doenças Profissionais?
A Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não
incluídas na lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência, necessária e
direta, da atividade exercida e não representem normal desgaste do organismo (Código do
Trabalho, n.º 2 do art. 310).
 Em que é que as doenças profissionais diferem das outras doenças?
As doenças profissionais em nada se distinguem das outras doenças, salvo pelo facto de terem
a sua origem em fatores de risco existentes no local de trabalho.

 A quem compete fazer o diagnóstico de doença profissional?


Qualquer médico, perante uma suspeita fundamentada de doença profissional – diagnóstico de
presunção –, tem obrigação de notificar o Centro Nacional de Proteção contra Riscos
Profissionais (CNPRP), mediante o envio da Participação Obrigatória devidamente
preenchida.
 O meu médico disse-me que, provavelmente, tenho uma doença profissional. O
que é que vai acontecer a seguir?
Se o seu médico ou o médico do trabalho da sua empresa tiver fortes suspeitas de que a sua
doença pode ter uma causa laboral – diagnóstico de presunção -, então, esse médico deverá
preencher a Participação Obrigatória de Doença Profissional e envia-la para o CNPRP.

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

 O centro irá estudar a situação e avaliar se trata, ou não, de doença profissional,


mediante solicitação do próprio trabalhador afetado, em impresso próprio. Também as
prestações pecuniárias e em espécie deverão ser requeridas ao CNPRP pelo
trabalhador doente.
 O que é o Centro Nacional de Proteção contra Riscos Profissionais (CNPRP)?
 É uma instituição que pertence ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e
que tem por missão assegurar a prevenção, tratamento, recuperação e reparação de
doenças ou incapacidades resultantes de riscos profissionais.
 Tem um corpo de médicos especialistas que se encarregam de certificar as doenças
profissionais, isto é, estudam as doenças que são comunicadas através das
participações e a as condições de trabalho em que se desenvolveram para
compreenderem se existem, ou não, relações entre ambas.
 E tenho direito a alguma indemnização em caso de doença confirmada?
 Tem direito à reparação do dano, tanto em espécie (prestações de natureza médica,
cirúrgica, farmacêutica, hospitalar, etc.), como em dinheiro (indemnização pecuniária
por incapacidade temporária para o trabalho ou redução da capacidade de trabalho ou
ganho em caso de incapacidade permanente, etc.), entre outras.

Avaliação de Risco
Risco

 Combinação da probabilidade e da (s) consequência (s) da ocorrência de um determinado


acontecimento perigoso.

Calculado:
R = Probabilidade x Gravidade

Tipo de Risco

 Risco Aceitável - Risco que foi reduzido a um nível que possa ser aceite pela organização,
tomando em atenção as suas obrigações legais e a sua própria política da segurança e saúde do
trabalho.
 Risco potencial - Está associado ao facto, da resistência do corpo eventualmente atingido,
ser inferior a uma determinada energia (causadora do acidente)
 Risco efetivo - É a probabilidade do Homem estar exposto a um risco potencial

Tipo de Risco

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Risco aceitável – perigo de acontecer um acidente é reduzido


Risco potencial - perigo de acontecer um acidente é grande, mas está “controlado”.
Risco efetivo – o perigo de acontecer um acidente é grande e frequente

Avaliação de Riscos

Perigo - Fonte ou situação que pode causar dano (materiais, máquinas, equipamentos e meio
ambiente) ou lesão (pessoas).
Situação Perigosa -Ocorrência como propiciadora de risco.
Risco - combinação da probabilidade e da (s) consequência (s) da ocorrência de determinado
acontecimento perigoso (NP 4397 de 2001).

Avaliação de Risco -Consiste no processo de detetar, identificar e quantificar os riscos para a


saúde e segurança dos trabalhadores, decorrentes das circunstâncias em que o perigo ocorre
no local de trabalho.

Avaliação de Riscos

Perigo Situação Perigosa Risco Consequência

Leão Estar perto do leão De ser atacado por um Ferimento Morte


leão

Ruas Circular Junto ás casas De ser esmago por Ferimento Morte


Circular no meio da Rua objetos
De ser atropelado

Serra Colocar a mão junto á De contacto Corte,


lâmina amputação

1º Identificar o posto de trabalho;


2º Fazer o levantamento dos riscos associados;
3º Classificar os riscos

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Avaliação de Riscos

• Para que serve?


• Quais os perigos (fontes de risco) existentes?
• Onde se encontram?
• Qual a sua importância?

Pirâmide da Avaliação de Riscos

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Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho- Conceitos básicos

Bibliografia Aconselhada

Edições Verlag Dashofer


Miguel Alberto, “Manual de Higiene E segurança do Trabalho”, 8 Edição,2005, Porto Editora
Manual do Curso: “Curso de Formação para o Desempenho de Funções de Segurança e
Higiene no Trabalho por Trabalhadores Designado”, Instituto de Desenvolvimento e Inspeção
Condições de Trabalho (ACT).
Empresas fornecedoras de Material de Combate a Incêndio

WWW.dgct.mts.gov.pt
www.igit.gov.pt
www.ishst.pt
www.catim.pt
www.pt.osha.eu.int
www.apambiente.pt

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