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Tragédia

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Dionísio em detalhe de mosaico em Antioquia


Tragédia (do grego antigo τραγῳδία, composto de τράγος, "cabra" e ᾠδή,
"música") é uma forma de drama que se caracteriza pela sua seriedade e
dignidade, pondo frequentemente em causa os deuses, o destino ou
a sociedade.
Suas origens são obscuras, mas é, certamente, derivada da rica poética e
tradição religiosa da Grécia Antiga. Suas raízes podem ser rastreadas mais
especificamente nos ditirambos, os cantos e danças em honra ao deus
grego Dionísio (conhecido entre os romanos como Baco). Dizia-se que estas
apresentações etilizadas e extáticas foram criadas pelos sátiros, seres meio
bodes que cercavam Dionísio em suas orgias, e as palavras gregas
τράγος, tragos, (bode) e ᾠδή, odé, (canto) foram combinadas na
palavra tragosoiodé (algo como "canções dos bodes"), da qual a palavra
tragédia é derivada. No sentido vulgar, tragédia, desgraça
e drama são sinônimos.

Índice

 1Teorias sobre a tragédia


 2Tragédia grega
 3Tragédias medievais
 4Tragédias modernas
 5Autores de tragédia
 6Referências

Teorias sobre a tragédia[editar | editar código-fonte]


O filósofo Aristóteles teorizou que a tragédia resulta numa catarse da audiência
e isto explicaria o motivo dos humanos apreciarem a assistir ao sofrimento
dramatizado. Entretanto, nem todas as peças que são largamente
reconhecidas como tragédias resultam neste tipo de final catártico - algumas
tem finais neutros ou mesmo finais dubiamente felizes. Determinar exatamente
o que constitui uma tragédia é um assunto frequentemente debatido. Alguns
sustentam que qualquer história com um final triste é uma tragédia, enquanto
outros exigem que a história preencha um conjunto de requisitos (em geral
baseados em Aristóteles) para serem consideradas tragédias.

Nietzsche

Aristóteles
Esopo

Tragédia grega[editar | editar código-fonte]

Final "trágico" do Rei Édipo na tragédia de Sófocles: Édipo é consciente de sua


culpa e dá facadas em seus olhos
A literatura grega reúne três grandes tragediógrafos, cujos trabalhos ainda
existem: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.
O momento mais importante de representação de tragédias ocorria durante
as Grandes dionísias, também chamadas Dionísias urbanas, festival que tinha
lugar na Primavera, em honra de Diónisos. Nesse festival, tal como
nas Dionísias rurais e nas Leneias, os tragediógrafos concorriam a um prêmio,
geralmente com três tragédias e uma peça satírica cada.
Aristóteles dedicou boa parte de sua obra A Poética aos estudos e análise da
tragédia, que tinha grande papel na cultura grega e, posteriormente, ocidental.
Apesar de descritivo, seu trabalho foi posteriormente tomado como prescritivo
por muitos estudiosos.
Aristóteles descreve a tragédia como imitação de uma ação completa e
elevada, em uma linguagem que tem ritmo, harmonia e canto. Afirma que suas
partes se constituem de passagens em versos recitados e cantados, e nela
atuam os personagens diretamente, não havendo relato indireto. Por isso é
chamada (assim como a comédia) de drama. Sua função é provocar, por meio
da compaixão e do temor, a expurgação ou purificação dos sentimentos
(catarse).
A tragédia clássica deve cumprir, ainda segundo Aristóteles, três condições:
possuir personagens de elevada condição (heróis, reis, deuses), ser contada
em linguagem elevada e digna e ter um final triste, com a destruição ou loucura
de um ou vários personagens sacrificados por seu orgulho ao tentar se rebelar
contra as forças do destino.
Aristóteles divide a tragédia em prólogo, episódio e êxodo. Segundo ele, a
parte do coro se divide em párodo, estásimo e êxodo. A ordem seria o prólogo
precedendo o párodo (entrada do coro), seguido de cinco episódios alternados
com os estásimos e a conclusão com o êxodo, a intervenção final e saída do
coro.
Apesar da abundante produção na antigüidade, a maior parte das tragédias
gregas não sobreviveu até os nossos dias.
A impressão generalizada é de que, com o declínio de Atenas como cidade-
estado, a tradição da tragédia desvaneceu. O erudito inglês Gilbert Murray
usou a expressão "uma falha de nervos" na tentativa de demonstrar que, com a
decadência dos assuntos externos, o alto idealismo descrito nas tragédias
cedeu lugar ao ceticismo. Por outro lado, Friedrich Nietzsche, em sua obra "O
Nascimento da Tragédia" (1872), aponta o otimismo de Sócrates como grande
responsável por desviar a atenção dos gregos das tragédias para a filosofia. De
qualquer forma, do período helenístico, restou-nos pouca coisa, com destaque
para a tragédia conhecida como Exagoge, escrita por Ezequiel,
um judeu de Alexandria.
Os romanos são acusados de não terem sido capazes de reavivar a tradição
dramática, por terem se atido excessivamente às adaptações das tragédias
gregas, mas sem revelar o mesmo sentimento trágico; e, por isso, tenderam
mais ao melodrama. Quando Eurípedes escreve "As Bacantes", ele coloca em
cena a chegada do deus Dionísio à cidade de Tebas (que, nas tragédias,
sempre representava Atenas), e a partir daí ele procura problematizar a
existência do inconsciente, ou seja, do autoconhecimento. Dionísio é o deus da
arte, o deus-espelho que reflete para as pessoas o que elas são, e a partir de
então elas podem aceitar o que são e o que os outros são, podem aceitar o
diferente: começa a surgir o conceito de humanidade, de que o ser humano
pertence a um universo maior que o da pólis. Dionísio trava uma batalha com
Penteu, o rei de Tebas, que não aceitava as idéias que Dionísio trazia. Penteu
é um personagem elevado, que tem motivos nobres em relação à sua cidade,
mas carrega consigo idéias de uma época vencida.
Também podemos ver o caminho para uma nova sociedade, com nova
dimensão individual, na trilogia tebana, de Sófocles. Formada pelas três peças
“Édipo Rei”, “Édipo em Colono” e “Antígona”, a trilogia trata do novo conceito
de homem e da humanidade, bem como questiona o poder dos deuses e a
autoridade do sagrado.
Quando os gregos puderam assistir à peça "Édipo Rei", eles já conheciam o
mito de Édipo – já sabiam que o personagem tinha matado seu pai sem sabê-
lo, e que tinha se casado com sua própria mãe, e assistem à viagem de Édipo
para dentro de si mesmo, para o auto-conhecimento. Sófocles questiona a
autoridade do sagrado, pois Édipo não havia conseguido escapar de sua
maldição, mas tentou a todo custo não cumprir o prometido pelo sagrado: no
final das contas, os espectadores da peça ficam em dúvida, divididos entre
aceitar o que for definido pelo sagrado ou rebelar-se contra este. Sófocles
enfraquece o sagrado, ao mesmo tempo em que mostra um Édipo que passa a
conhecer a si mesmo, cegando-se no momento em que vê sua amante/mãe
morta.
Temos dois personagens que, em oposição um ao outro, mostram dois
diferentes destinos: enquanto que Penteu, de Eurípedes, fica completamente
louco por não aceitar cultuar Dionísio (por não aceitar conhecer a si mesmo,
por não aceitar o deus do auto-conhecimento); Édipo se torna, como podemos
ver em “Édipo em Colono”, um senhor que se conhece e se sustenta sozinho,
com a força que ele encontra dentro de si mesmo: Édipo perde a família e sua
cidadania, mas ele já é um indivíduo, e não se considera culpado por ter feito
tudo o que fez pois ele não teve domínio de si. Vemos, na segunda peça da
trilogia (em ordem cronológica), um homem que desafia o sagrado e a pólis.
A partir do autoconhecimento, é possível encontrar forças em si mesmo e,
assim, não será mais necessário que os deuses controlem o homem, e não
será mais necessário que a cidade seja fechada, pois quando o homem
conhece a si mesmo, ele entende o homem, e portanto aceita o xenos
(estrangeiro), passando a ter o novo conceito de humanidade.
O texto da segunda parte da trilogia de Sófocles, "Antígona", foi escrito antes
daqueles que o antecedem, e portanto parece ser um pouco deslocado. Nesta
tragédia, Antígona (filha de Édipo) se encontra em uma situação muito
complicada: seu irmão Polinices está morto e foi proibido pelo rei Creonte de
ser enterrado. Caso ela não enterre seu próprio irmão, ela não lhe concederá o
culto religioso que completará o ciclo da vida, e cometerá um erro impensável
para com sua família. No entanto, se Antígona enterrá-lo, ela cometerá um
crime contra a cidade visto que o rei proibiu que qualquer um o enterrasse.
Sófocles coloca, nesta peça, um problema complexo para o qual ele ainda não
tem solução: o sistema familiar e o sistema político, sobre os quais se
estabeleceram as bases da sociedade grega, são excludentes, e não podem
viver em harmonia. A solução para o embate é dada nas peças anteriores (que
na verdade foram escritas depois): o indivíduo. E o texto de Eurípedes reforça
a importância do deus Dionísio, que é um estrangeiro, um outro, mas ao
mesmo tempo representa o autoconhecimento e a valorização e aceitação de
si próprio e do interior.
A partir das tragédias, começará a se desenvolver a filosofia socrático-
platônica, que desenvolverá o conceito de alma, de que o homem só conhece o
mundo quando conhece a si próprio, e de que o maior conhecimento é o
conhecimento de si mesmo.
Analisando a cronologia das apresentações das tragédias aqui comentadas,
podemos ver que houve um avanço no que se relaciona com a o tratamento
dado à dimensão individual. Em 447 AC foi encenada a peça "Antígona", que
apresenta o problema entre as duas dimensões existentes na sociedade.
Quarenta anos mais tarde, em 427 AC, os atenienses assistem a "Édipo Rei" e
percebem a importância do autoconhecimento. Somente 22 anos mais tarde,
em 405 AC, a peça de Eurípedes é encenada, em meio a uma Atenas
totalmente abalada e dizimada pela Guerra do Peloponeso: o cidadão
ateniense vê que não aceitar Dionísio pode ser desastroso, em função do que
acontece com Penteu. Apenas 4 anos depois, Sófocles mostra, em "Édipo em
Colono", uma tragédia que não é bem uma tragédia: Édipo continua sendo um
homem elevado, mas não comete nenhum erro trágico – ele já se tornou um
indivíduo, um homem que se conhece e conhece o próximo, e se desprende
totalmente do sagrado.
Em anos, estas quatro tragédias gregas causaram o despertar de uma nova
filosofia com Sócrates e Platão. Nesse tempo percorrido, formou-se o embrião
a filosofia que nortearia, alguns séculos mais tarde, toda a sociedade ocidental.

Tragédias medievais[editar | editar código-fonte]


As tragédias medievais, como as clássicas, seguem muitos dos preceitos
aristotélicos. Entretanto, os trabalhos produzidos durante a Idade
Média geralmente tratam de temas de cavalaria e Cristandade e seus preceitos
morais.
Não existem exemplos de tragédias escritas durante a Idade Média. Duas
epopeias medievais importantes, que trazem ingredientes trágicos, mas são
apenas longos poemas narrativos são Beowulf e La chanson de Roland.

Tragédias modernas[editar | editar código-fonte]


É atribuída ao italiano Gian Giorgio Trissino a autoria da primeira tragédia
moderna nos moldes clássicos, realizada no Renascimento: Sofonisba, de
1515. Em língua portuguesa é registrada Castro, de A. Ferreira, provavelmente
escrita depois de 1550. Na França, Cleópâtre Captive, de Jodelle, exibida em
1552, recebeu a distinção para a língua francesa, dada por Ronsard [1].
Um dos grandes tragediógrafos nos tempos modernos foi Jean Racine, que
trouxe um novo aspecto ao gênero com seus trabalhos. Quando a sua
peça Bérenice foi criticada por não conter nenhuma morte, Racine contestou a
visão tradicional de tragédia. Seu rival, Pierre Corneille, também deixou sua
marca no mundo da tragédia com peças como Medée(1635) e El Cid (1636).
Na língua inglesa, as mais famosas e bem sucedidas tragédias foram as
escritas por William Shakespeare. As obras de Shakespeare tiveram e tem
grande influência na literatura ocidental, e incluem tragédias extremamente
famosas, como Romeu e Julieta, Hamlet e Otelo, entre muitas outras.

Autores de tragédia[editar | editar código-fonte]

 Ésquilo
 Eurípedes
 Sófocles
 William Shakespeare -
 Sui Ishida
características trágicas

 John Webster - características trágicas


 Henrik Ibsen - características trágicas

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