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A Grécia Antiga

A Grécia antiga localizava-se em sua maior parte no sudeste da Europa e abrangia três
importantes regiões: a Grécia Continental, situada ao sul da Península Balcânica; a Grécia Insular,
formada pelas ilhas dos mares Egeu e Jônio; e a Grécia Asiática, situada em uma estreita e longa
faixa de terra na Ásia menor.
 O território da Grécia é montanhoso, pedregoso e pouco fértil;
já o seu litoral é bastante recortado, possuindo um grande
número de baías. Há
também muitas ilhas,
próximas umas das
outras, sendo a maior
delas a de Creta. Já o
seu vasto litoral,
facilmente navegável, e
a existência de bons
portos naturais
estimularam a
navegação e o
comércio marítimo.
Mapa ilustrativo da Grécia Continental.

Mapa ilustrativo dos principais


territórios gregos.

A Civilização Cretense
Procure Creta, a maior ilha do mar Egeu. Achou? Pois bem, essa ilha foi o berço de uma civilização
antiga que muito influenciou a civilização grega. Por volta de 2000 a. C., os cretenses produziam
cereais, criavam gado e também aproveitavam os recursos que o mar oferecia.
A sociedade cretense organizava-se em torno de palácios governados por reis que abasteciam
seus celeiros com os impostos que cobravam da população.
PARA SABER MAIS!
Com o aumento da divisão do trabalho e do comércio, algumas aldeias prosperaram; a população
cresceu, criando a necessidade de se obter mais terras para plantar e criar animais. Com isso, as
aldeias passaram, também, a disputar terras.
O chefe da aldeia que vencia a disputa passava a ter mais terras e mais pessoas sob seu controle.
Assim, recebia também mais impostos, que, à época, eram pagos em produto, como cabritos,
carneiros, tecidos e vasos.
Aquele chefe que controlava mais aldeias e contribuintes passou a ter mais poder e tornou-se o
rei. Ele governava a partir de sua grande residência, o palácio, com a ajuda de funcionários
encarregados de cobrar impostos, aplicar a justiça e defender o reino.
Com isso, o rei foi ganhando poder e impondo sua autoridade. Esse processo é chamado
centralização do poder ou formação do Estado. Em alguns Estados antigos, o rei era o servidor do
deus da cidade. Este é o caso do rei representado na estátua ao lado. Ele era rei de Lagash,
cidade da Mesopotâmia.

O “REI DE JUSTIÇA”:
SOBERANIA E ORDENAMENTO NA
ANTIGA MESOPOTÂMIA
A monarquia de caráter divino foi a templos; por fim, os elementos
forma generalizada da representação simbólicos da religião são largamente
do poder nas cidades-reinos da Antiga utilizados no discurso de legitimação do
Mesopotâmia, e a figura do rei foi seu exercício do poder. [...]. Segundo os
elemento central. Certos textos [...] princípios que nortearam a construção
narram a “descida” da realeza dos céus, da imagem das monarquias
no início dos tempos, por iniciativa do mesopotâmicas [...], o rei era o chefe
deus Enlil, divindade soberana por guerreiro, que defendia seu povo [...]
excelência. dos ataques inimigos e, eventualmente,
conduzia suas tropas para conquistar
[...] embora a divinização da pessoa do ou apaziguar terras distantes.
soberano não tenha sido um traço
permanente e marcante da concepção [...] Mas o rei era também o provedor do
régia mesopotâmica, a articulação entre seu povo, aquele que, como sugere a
o poder monárquico e a religião foi metáfora do bom pastor [...], conduzia
profunda: o rei é o escolhido dos deuses seu rebanho a pastos férteis e
[...]; o papel do soberano nos cultos é tranquilos, ao mesmo tempo que
fundamental para o estabelecimento da garantia a fertilidade dos campos e as
comunicação entre o mundo humano e boas colheitas, construindo e mantendo
divino [...] o rei é o grande provedor dos os canais do país [...]. O rei é, portanto,
um fator de equilíbrio cósmico, atuando
nas dimensões humanas e divinas da
existência.
REDE, Marcelo. O “Rei de Justiça”: soberania e
ordenamento na antiga Mesopotâmia. Phoenix (UFRJ). v.15/1, p. 135-146, 2009.
Disponível em <https://digitals.dsp.uc.pt/bitstream/10316.2/33176/1/
Phoinix15-1_artigo9.pdf?In-pt-pt>. Acesso em: 17 jan. 2018.

2. O esquema desta página representa o processo de centralização do poder e da formação do


Estado. Leia-o com atenção.

Crescimento da população e Disputa de terras.


necessidade de mais terras.

O vencedor controla mais Quem tem mais riqueza e mais


terras e mais contribuintes. poder é chamado de rei.

O rei governa de seu palácio Conclui-se, assim, o processo


com seus auxiliares. de Formação do Estado.

a) Agora, descreva esse processo usando suas palavras.


Entre os palácios cretenses, o mais rico e conhecido era o de Cnossos. A imagem a seguir é uma
reconstrução de como pode ter sido esse palácio.

Representação do palácio de Cnossos visto do alto.

Existe uma lenda grega envolvendo o palácio de Cnossos e que se chama o Mito de Teseu e o
Minotauro. Você a conhece? Que tal conhecer?
Essa história diz muito sobre traição, mas
também como é necessário se autoconhecer
frente às lutas da vida.
Teseu foi um dos maiores atenienses dos mitos
e um dos maiores heróis da Grécia, ele era filho
do rei de Atenas Egeu e de Etra. Seu nome
significa “o homem forte por excelência”.
Na jornada do herói existe uma necessidade
latente de buscar a si mesmo e de compreender
de onde as suas ações vêm.

TESEU E O
MINOTAURO
Segundo o mito, Minos reinava na ilha de Creta.
Um dia Poseidon, o deus dos mares, deu-lhe um
touro, o qual o rei Minos deveria sacrificar, no
entanto ele desobedeceu ao pedido de
Poseidon e guardou o touro para si. Foi quando
a esposa de Minos, Pasífae se apaixonou pelo
animal. Acredita-se que essa paixão foi uma
vingança de Poseidon ou de Afrodite, a deusa
do amor.
Em Creta também vivia um célebre arquiteto, o
inventor Dédalo. Este homem foi quem ajudou
Pasífae a atrair o touro para uma novilha de bronze e
oca, na qual ela se uniu ao animal. Desta relação
Representação do palácio de Cnossos visto de frente.
nasceria o monstruoso homem
com cabeça de touro: o Minotauro.
Quando Minotauro nasceu, Minos, envergonhado, fez com que Dédalo construísse um
labirinto para ali deixar o menino monstruoso.
O labirinto tinha inúmeros conseguiria encontrar o caminho
corredores, salas e galerias, todos de volta. Além disso, ela lhe deu
criados de uma maneira para uma espada mágica, com a qual
nunca se achar a saída e confundir Teseu conseguiria matar o
até o mais sábio dos homens. Além Minotauro com apenas um golpe.
disso, o labirinto era controlado
E assim aconteceu. Ele decepou a
pelo próprio Dédalo.
cabeça do monstro com a espada
Os anos se passaram e o de Ariadne. Teseu saiu do labirinto
Minotauro cresceu no labirinto, vitorioso e salvando todos os seus
longe de outras pessoas. Após a patrícios.
batalha entre Creta e Atenas, o rei
Com a vitória, Teseu regressou a
Minos, vitorioso, exigiu um tributo
Atenas levando Ariadne consigo,
dos perdedores: todos os anos
porém, isso não durou muito.
Atenas deveria enviar sete rapazes
Durante a viagem, pararam na Ilha
e sete moças para serem
de Naxos, onde Teseu abandonou
devorados pelo Minotauro no
Ariadne, deixando-a adormecida.
labirinto. Disposto a pôr um fim a
Não se sabe ao certo porque ele
essa situação, o herói ateniense
fez isso e nem se sabe ao certo o
Teseu foi para Creta junto com
que houve com a princesa. Alguns
outros jovens destinados a morrer
mitos dizem que ela desapareceu,
nas mãos de Minotauro.
em outros dizem que ela foi
Quando chegou a ilha de Creta, resgatada pelo deus do vinho,
Teseu despertou a paixão de Dionísio, que fez dela sua esposa
Ariadne, filha de Minos e Pasífae. no Olimpo.
Ariadne, então, quis arrumar uma
O mito de Teseu diz muito sobre as
maneira de salvar o seu herói. Ela
lhe deu um novelo com um fio feito vontades humanas e como
devemos continuar frente às
por Dédalo, também criador do
labirinto. O fio deveria ser batalhas.
desenrolado conforme ele
penetrasse o labirinto e assim,
depois de matar o Minotauro, ele
Os cretenses tinham um sistema de escrita, a Linear A, que ainda não foi decifrada: por meio dela
soube-se, no entanto, que eles não eram gregos. Por volta de 1450 a. C., Creta, que tinha sido
abalada por uma forte catástrofe natural (provavelmente um terremoto), foi conquistada pelos
aqueus.

A Civilização Micênica
Os aqueus ocuparam, inicialmente, a Península do Peloponeso, no sul da Grécia, onde fundaram
várias cidades, entre as quais Micenas; daí o nome dado a sua civilização.

Representação da Grécia no Mapa Múndi.

Por meio da navegação, os aqueus entraram em contato com os cretenses, de quem assimilaram
conhecimentos que, depois, usaram para dominá-los e assumir a liderança comercial nos mares
da região.
O principal centro de poder e riqueza dos aqueus também era o palácio. Só que os palácios aqueus
eram murados e construídos nos altos de colinas. O principal deles era o palácio de Micenas, onde
foram encontradas tabuinhas com a escrita criada pelos aqueus, a Linear B. Ao decifrá-la, em
1953, os estudiosos descobriram que era um ramo do grego antigo.
Por volta de 1200 a.C., os palácios aqueus foram destruídos, sem que se saiba ao certo por que
isso aconteceu. Sabe-se, porém, que quase nessa mesma época, os jônios, os éolios e os dórios,
três povos aparentados com os aqueus, penetraram a região.
Aqueus, jônios, eólios e dórios deram origem aos gregos antigos.
Com a destruição dos palácios aqueus teve início o período homérico (1200 a 800 a.C.). Boa parte
do que sabemos sobre os gregos desse período deve-se às informações contidas em dois longos
poemas: A Ilíada e a Odisseia. Hoje, sabe-se que esses poemas vinham sendo cantados por
várias gerações de poetas e cantores populares e podem ter sido escritos por um ou mais poetas.
Também é dessa guerra o uso do Cavalo de Madeira,
criado por Ulisses.
PARA SABER MAIS!
Leia os textos na íntegra, procurando na biblioteca de sua cidade e de sua escola os livros:
■ Você, Leitor!

Ruth Rocha Conta a Ilíada: da obra de Ruth Rocha Conta a Odisseia: da obra
Homero. de Homero.
ROCHA, Ruth. Ruth Rocha Conta a ROCHA, Ruth. Ruth Rocha Conta a
Ilíada. 2004. Editora Ática. Odisseia. 2000. Editora Ática.

Neste livro adaptado a autora procura Na Odisseia é relatado o regresso do


recontar a história de Homero. A autora protagonista, um dos heróis da Guerra de
acrescentou ainda uma continuação, Troia, chamado Ulisses. Neste volume,
compilando lendas, histórias e peças Ruth Rocha – respeitando o espírito da
teatrais que contam o final da guerra de narrativa original – reconta essa história.
Troia.

Para completar, assista os filmes e compare as versões escritas dos poemas com suas versões
cinematográficas:

■ Imagens em movimento.

Troia. A Odisseia.
Duração: 2h55 min. 2004. Duração: 2h15 min. 1997.
O filme conta a história da batalha entre A incrível jornada do herói Ulisses de
os reinos antigos de Troia e Esparta e volta para casa após dez anos lutando
sobre como uma história de amor na guerra de Troia. Em seu caminho,
proibido e o rapto de uma donzela ele enfrenta criaturas mitológicas,
acabam pondo toda uma civilização em deuses e diversos inimigos, revelando
perigo. sua força e bravura.
Os Genos
Com a destruição dos palácios aqueus e o fim do poder dos reis, a população passou a se
organizar em comunidades, chamadas de genos. O genos era uma grande família (pais, primos,
avós, etc.), seus dependentes e seus bens, como casas, terras e animais. Seus membros
produziam geralmente apenas para subsistência e acreditavam ser descendentes de um mesmo
ancestral, fosse ele um homem ou um deus.
Com o passar do tempo, o chefe do genos mais poderoso tornou-se rei e governava os diversos
grupos familiares.
Sempre que o rei ia tomar uma decisão
importante, consultava uma assembleia de
guerreiros saídos desses grupos. A existência
dessa assembleia formada por guerreiros com
igual poder de decisão deu origem à cidade-
Estado ou pólis, como chamavam os gregos.
A cidade-Estado era um centro político e
geográfico independente; cada cidade tinha
seu governo, sua moeda e seus deuses.
Atenas é a cidade sobre a qual mais temos
informações.

VOCÊ SABIA?
As cidades-Estado gregas possuíam
casas, praças, prédios públicos, além de
áreas agrícolas e pastoris. Na imagem
acima, vemos a parte alta da cidade
(chamada acrópole) de Atenas.
Os gregos e suas “colônias”
Na Grécia, a partir do século VIII a.C., o uso do ferro na fabricação de pás, enxadas e demais
instrumentos agrícolas levou a um aumento na produção de alimentos e a população passou a
crescer em ritmo acelerado.
Observe o gráfico a seguir:

Gráfico do Crescimento Populacional da


Grécia Antiga em Centenas de Milhares.

 O que podemos afirmar sobre a população grega a partir do século VIII?

Consequentemente, começaram os conflitos por terra entre os membros dos diferentes genos.
Como a divisão das terras era feita com base no grau de parentesco ou no prestígio, uns ficaram
com muitas terras; outros, com poucas; e muitos, sem terra.
Havia pequenos proprietários que não conseguiam esperar o tempo necessário ao crescimento
das árvores que plantavam; com isso, contraíam dívidas, e, não podendo saldá-las, se tornavam
escravos dos grandes proprietários.
A falta de terras férteis e a escravização por dívidas estimularam muitos gregos a buscar novas
terras em regiões distantes. Os gregos então fundaram dezenas de novas cidades (as colônias)
na orla do Mar Mediterrâneo. Por possuir um número grande de colônias gregas, o sul da Itália foi
chamada de Magna Grécia (Grande Grécia).

 As colônias gregas tinham um governo próprio; eram, portanto, independentes da cidade-


mãe. Mantinham com ela apenas laços comerciais e culturais (língua, religião e
costumes). A expansão dos gregos pelo Mediterrâneo difundiu a civilização grega do Mar
Negro ao Estreito de Gilbratar.

Atividades
1. Observe o mapa e responda: onde ficava a região mais oriental das colônias gregas?

E a mais ocidental?

2. Qual foi a principal via de expansão dos antigos gregos?

3. Leia o texto, depois, observe atentamente a imagem:


ACRÓPOLE
Em grego, a palavra significa “cidade alta”. A construção de partes importantes dos povoados
no alto das colinas foi uma característica da antiga Grécia, permitindo aproveitar o relevo
montanhoso da região. A acrópole geralmente era bem fortificada, servindo de local de defesa
em caso de ataques e invasões.
REDE, Marcelo. A Grécia Antiga. São Paulo: Saraiva, 1999. (Que história é esta?). p. 20.

a) Que relação existe entre o texto e a imagem?

b) Observando o desenho da acrópole de Atenas, pode-se afirmar que os gregos eram


religiosos?

c) No tocante a segurança, o desenho da acrópole confirma o que está afirmado no texto?

4. Sobre a colonização grega, responda.

a) Quais foram seus principais motivos?

b) O que era uma colônia grega?

c) Em quais continentes os gregos fundaram colônias?


d) O que era a Magna Grécia?

5. As lendas criadas pelos antigos gregos inspiraram muitos artistas, entre eles, Monteiro
Lobato, um escritor brasileiro muito lido até hoje. Numa de suas obras, O Minotauro, a turma
do Sítio do Pica-Pau Amarelo viaja no tempo e vai até a ilha de Creta. Leia um trecho dessa
aventura:

[...] “Foram despertar na ilha de Creta, onde logo descobriram o labirinto.


Era um palácio imenso, com mil corredores dispostos de tal maneira que
quem entrava nunca conseguia sair – e acabava devorado pelo monstro.
O Minotauro só comia carne humana.
Diante do labirinto, os três “pica-paus” (Pedrinho, Emília e Visconde de
Sabugosa) pararam para refletir.
— Quem entra não sai mais e acaba no papo do monstro — disse
Pedrinho. — Mas nós sabemos o jeito de entrar e sair: é irmos
desenrolando um fio de linha. [...]
Entraram no labirinto e foram desenrolando o primeiro carretel [...] Antes
do terceiro carretel chegar ao fim, Emília “sentiu” a aproximação de
qualquer coisa.
— Percebo uma catinga no ar — disse baixinho farejando. — O monstro
deve ter os seus aposentos por aqui.
Uns passos mais e pronto: lá estava o Minotauro, numa espécie de trono,
a mastigar lentamente qualquer coisa que havia numa cesta”.
BIASOLI, Vitor. O mundo grego. São Paulo: FTD, 1999. p. 15 (Para conhecer melhor).

a) Qual era o palácio descrito nessa aventura?

b) Qual a tática usada por Pedrinho, Emília e o Visconde de Sabugosa? Quem, no


passado, já havia usado a mesma estratégia?

c) Será que Emília, Pedrinho e o Visconde de Sabugosa conseguiram escapar com


vida? Que tal saber mais lendo o livro O Minotauro, de Monteiro Lobato? Procure-o
na biblioteca de sua escola e de sua cidade ou em formatos online, como e-books!

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