Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
ENGENHARIA DE PROCESSOS
MECÂNICA DOS
FLUIDOS APLICADA
À INDÚSTRIA QUÍMICA
Abril/2018
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3
1.1. IMPRECISÕES DE CÁLCULO E FATOR DE PROJETO ...................................... 5
2. ESCOAMENTO INCOMPRESSÍVEL EM SISTEMAS DE TUBULAÇÕES ................... 8
2.1. EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE ......................................................................... 8
2.2. EQUAÇÃO DA ENERGIA ................................................................................... 10
2.3. PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÕES ............................................................ 12
2.4. DIÂMETROS COMERCIAIS DOS TUBOS DE AÇO .......................................... 14
2.5. DUTOS NÃO CIRCULARES ............................................................................... 18
2.6. FATOR DE ATRITO ............................................................................................. 19
2.7. PERDA DE CARGA EM ACIDENTES DE TUBULAÇÕES ................................ 24
2.8. PERDA DE CARGA EM OUTROS ITENS DO SISTEMA .................................. 28
2.9. DIÂMETRO ÓTIMO, VELOCIDADES E PERDAS DE CARGA RECOMENDADOS
.............................................................................................................................. 34
2.9.1. ESTUDO DE CASO: CÁLCULO DO DIÂMETRO ÓTIMO ................................ 35
2.9.2. VELOCIDADES E PERDAS DE CARGA RECOMENDADAS ........................... 39
2.10. ASSOCIAÇÃO DE TUBULAÇÕES ..................................................................... 44
2.10.1. ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE ................................................................................. 45
2.10.2. ASSOCIAÇÃO EM PARALELO ........................................................................ 45
3. ESCOAMENTO COMPRESSÍVEL ................................................................................ 46
3.1. ESCOAMENTO CRÍTICO ...................................................................................... 48
3.2. EFEITOS DA VARIAÇÃO DE ÁREA EM PROPRIEDADES EM ESCOAMENTO
ISOENTRÓPICO................................................................................................... 51
3.3. ESCOAMENTO COMPRESSÍVEL ISOTÉRMICO .............................................. 53
3.3.1. ESCOAMENTO ISOTÉRMICO – MÉTODO DE CRANE CO. ............................ 54
3.3.2. ESCOAMENTO ISOTÉRMICO – MÉTODO RIGOROSO ................................... 55
3.3.3. CÁLCULO DO FATOR DE COMPRESSIBILIDADE.......................................... 57
4. ESCOAMENTO BIFÁSICO ........................................................................................... 60
4.1. MAPAS DE PADRÕES DE ESCOAMENTO.......................................................... 61
4.1.1. ESCOAMENTO HORIZONTAL – CORRELAÇÃO DE BAKER ........................ 62
4.1.2. EQUACIONAMENTO PARA IDENTIFICAÇÃO DE REGIÕES DO GRÁFICO DE
BAKER ................................................................................................................. 66
4.1.3. ESCOAMENTO VERTICAL – CORRELAÇÃO DE GOVIER ............................ 68
4.1.4. MAPAS DE PADRÕES DE ESCOAMENTO – NOVAS CORRELAÇÕES ......... 70
4.2. PERDA DE CARGA EM ESCOAMENTO BIFÁSICO ........................................... 74
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 2
1. INTRODUÇÃO
O conhecimento e a compreensão dos princípios básicos e dos conceitos da
mecânica dos fluidos são essenciais na análise, projeto e operação de qualquer sistema no
qual um fluido é o meio operante. Sobre este assunto importantes autores já empenharam
seu talento e esforços para a apresentação de seus princípios, e o leitor é convidado a visitar
estes autores para ter acesso mais formal e detalhado ao desenvolvimento das equações e
fundamentações pertinentes (FOX e MCDONALD, 2001; ÇENGEL e CIMBALA, 2007).
O objetivo do presente trabalho não é reapresentar estes conteúdos nos mesmos termos dos
autores clássicos, mas o de aplicar os resultados obtidos na solução de problemas reais da
indústria de processamento químico, envolvendo o projeto e avaliação de sistemas de
escoamento de fluidos. Neste sentido, também são avaliados e comparados os diversos
critérios usados por projetistas e avaliadores, para se chegar a um consenso sobre quais
critérios devem ser adotados para cada situação.
A lista das aplicações da mecânica dos fluidos nunca será extensa o bastante para
contemplar todas as possibilidades que a tecnologia moderna oferece para que este
conhecimento seja empregado. Acompanhando a explanação de Fox e Mcdonald (2001),
aí se incluem todos os meios de transporte atuais, de aeronaves para vôos subsônico e
supersônico a máquinas terrestres, hovercraft, aeronaves de decolagem e aterrissagem
verticais que requerem pistas de comprimento mínimo, navios, submarinos e automóveis.
Nos últimos anos, os fabricantes de automóveis têm dado maior importância ao projeto
aerodinâmico. Isto já era aplicado tempos atrás pelos projetistas de carros e de barcos de
competição. O projeto de sistemas de propulsão para vôos espaciais, assim como para
foguetes de brinquedo, baseia-se nos princípios da mecânica dos fluidos. O colapso da
ponte de Tacoma Narrows, em 1940, é uma evidência do que pode acontecer ao se negli-
genciarem os princípios básicos da mecânica dos fluidos. É comum, hoje em dia,
realizarem-se estudos com modelos a fim de determinar as forças aerodinâmicas que atuam
sobre edifícios e estruturas e os campos de escoamento em torno deles. Isso inclui o estudo
de arranha-céus, estádios desportivos, chaminés e grandes shoppings.
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 4
É certo que todo esforço deve ser feito pelas partes responsáveis, para que as
imprecisões acima citadas sejam minimizadas. No entanto, alguma margem de erro
permanece e o engenheiro geralmente adota medidas para conviver com estes erros e,
ainda assim, garantir o sucesso do seu projeto ou avaliação. A medida mais
comumente adotada é assumir um Fator de Projeto, que deve multiplicar cada vazão
do Balanço Material a ser empregada no cálculo dos equipamentos e instrumentos.
Pratos operando com baixa vazão de vapor e, logo, com possíveis problemas
de gotejamento, afetando a eficiência; dentre tantos outros problemas.
Nos casos em que se deseja prever uma maior folga nos equipamentos para
futuras ampliações de capacidades, é recomendável que se faça uma análise mais
detalhada de cada elemento da instalação, adotanto estratégias específicas para cada
um destes elementos, em vez de usar um Fator de Projeto generalizado maior que
10%.
haverá em função das imprecisões anteriormente citadas. Por outro lado, estes desvios
devem ser baixos, e o fato de existirem imprecisões nos modelos e dados não podem
servir de desculpas para cálculos equivocados. Sendo assim, todo empenho deve ser
empregado para um levantamento correto das informações e uso adequado das
correlações disponíveis.
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 8
Vazão é a quantidade de fluido que passa por uma seção de escoamento, seja
de uma tubulação ou equipamento, por unidade de tempo. A vazão é volumétrica (Q)
quando a quantidade de fluido é expressa em unidades de volume. Suas unidades
típicas são m3/h, m3/s (SI), l/min, gpm (galões por minuto), etc. A vazão é mássica
(m) quando a quantidade de fluido é expressa em unidades de massa. Suas unidades
típicas são Kg/h, kg/s (SI), t/h, g/s, lb/h, etc.
A partir deste raciocínio podemos escrever as Equações 2.1 e 2.2, válidas para
o regime permanente. Nestas equações, m é a vazão mássica em kg/s, é a massa
específica em kg/m3, v é a velocidade média na seção reta do escoamento, em m/s, e
A é a área da seção reta do escoamento, em m2, sendo A=D2/4.
m1 m2 (2.1)
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 10
1 v1 A1 2 v2 A2 (2.2)
Q1 Q2 (2.3)
v1 A1 v2 A2 (2.4)
na forma de energia por unidade de massa de fluido escoada na seção, que tem
unidade de J/kg no SI. Os parâmetros 1 e 2 são valores de integração dos termos de
velocidade da equação diferencial da energia originária, e são iguais a 2 para
escoamento em regime laminar, e aproximadamente iguais a 1 para escoamento em
regime turbulento. Desta forma, para o regime turbulento usualmente adotado no
escoamento de gases e líquidos de baixa viscosidade, podemos adotar 1=2=1 e usar
a Equação 2.6. A Equação 2.7 apresenta os termos da energia mecânica na forma de
energia por unidade de peso de fluido, que tem unidade de metro no SI.
P1 v12 P2 v22
+α1 +gh1 = +α2 +gh2 (2.5)
ρ 2 ρ 2
P1 v12 P2 v22
+ +gh1 = + +gh2 (2.6)
ρ 2 ρ 2
P1 v12 P2 v22
+ +h1 = + +h2 (2.7)
γ 2g γ 2g
Mais uma vez, o uso destas equações requer ainda atenção especial para o
referencial de elevações usado. A equação aplica-se para dois pontos ao longo de
uma linha de corrente de um fluido escoando. A altura h refere-se à elevação da linha
de centro do escoamento em cada seção. Deve-se adotar o ponto mais baixo como
referencial zero, o que conduz a uma elevação h positiva no ponto mais alto. Quanto
à escala de pressões usada, pode-se usar tanto a escala absoluta quanto a
manométrica, desde que a mesma escala seja empregada para as pressões P1 e P2.
P1 v12 P2 v22
+ +gh1 + = + +gh2 + ℎ (2.6)
ρ 2 ρ 2
P1 v12 P2 v22
+ +h1 + = + +h2 + (2.7)
γ 2g γ 2g
= ̇ (2.8)
= ̇ (2.9)
Na Figura 2.2, o manômetro P1 indica maior pressão estática que P2, podendo-
se determinar uma certa perda de carga (DP ou variação de pressão) referente ao
comprimento L da tubulação. Neste caso a altura h permanece constante, e a
velocidade também é constante de acordo com a equação da continuidade, uma vez
que o diâmetro da tubulação é uniforme. Logo, de acordo com a Equação da energia,
a perda de carga irá influenciar em uma diminuição da pressão.
c) vazão de escoamento.
As Equações 2.10 e 2.11 calculam estas perdas de carga para uso nas Equações
2.6 e 2.7, respectivamente. O símbolo f representa o fator de atrito (ou de fricção) de
Darcy, que será discutido no item 2.6 a seguir. Para tubos horizontais de diâmetro
uniforme, a associação das equações permite calcular a queda de pressão do
escoamento.
L v 22
hL f (2.10)
D 2
L v 22
HL f (2.11)
D 2g
A Equação 2.10 (ou 2.11) foi proposta em 1845, e é conhecida como equação
de Darcy-Weisbach.
o diâmetro nominal não corresponde a nenhuma dimensão física dos tubos; de 14” até
36”, o diâmetro nominal coincide com o diâmetro externo dos tubos.
Number) para designar a espessura (ou peso) dos tubos. O número de série deve ser
definido a partir da espessura calculada no projeto mecânico da tubulação, através da
norma ASTM B.31.3, usando para este cálculo a pressão de projeto da tubulação, seu
diâmetro interno e a tensão admissível do material na temperatura de projeto da
tubulação. A metodologia deste cálculo foge do escopo deste texto e deve ser tratada
em discussão específica referente ao projeto mecânico de tubulações.
A Figura 2.3, proveniente do livro da Crane Co. (1999) traz um resumo das
dimensões de tubos da norma ASTM B.36.10, dentre os mais usados comercialmente.
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 17
Figura 2.3. Dimensões de tubos da norma ASTM B.36.10, dentre os mais usados
comercialmente (Fonte: Crane Co. (1999)).
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 18
Í
=
Í
/4
∴ =
4
∴ . = (2.12)
4 ℎ
. = (2.13)
2( + ℎ)
4
. =
4 ( − )/4
. =
( + )
. = − (2.14)
experimental para diversos materiais é apresentado pela Crane Co. (1999) e encontra
encontra-
se listado na Tabela 2.1.
= (2.15)
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 23
,
, = −2,0 log ,
+ , (2.16)
,
= 0,25 log + ,
(2.17)
,
, ,
= −2,0 log ,
− log ,
− log ,
+ (2.18)
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 24
onde a energia é dissipada pela mistura violenta nas zonas separadas. Se o sistema
incluir longos trechos de seção constante, essas perdas são relativamente menores (e
por isso denominadas perdas menores ou localizadas). Estas perdas podem ser
expressas pela Equação 2.19, onde o coeficiente de perda (K) deve ser determinado
experimentalmente para cada situação.
v22
ℎ =K (2.19)
2
A perda de carga localizada também pode ser expressa pela Equação 2.20
como onde Leq. é o comprimento equivalente de tubo reto correspondente a cada
acidente.
. v22
ℎ =f (2.20)
2
. v22
ℎ =[f( + ∑ )+ ∑ ] (2.21)
2
grande parte dos dados mostrados por Fox e McDonald (2001). De acordo com a Crane
Co., o coeficiente de perda K em curvas e acessórios é calculado pelo produto do
fator de atrito (f) por uma constante experimental para cada acidente, correspondente
ao comprimento equivalente Leq./D, o que concorda com a posição de Fox e
McDonald. Curiosamente, no entanto, a Crane Co. usa em seus exercícios resolvidos
um fator de atrito constante (em regime completamente rugoso) para qualquer
situação, o que tornaria o valor do K constante para um dado diâmetro. Acreditamos
que esta prática seja apenas um cálculo aproximado apresentado pela Crane Co., e
que o correto seja o cálculo do fator de atrito em função também do número de
Reynolds, que é um cálculo mais conservativo, que conduz a maior valor de f e, logo,
maior perda de carga. Esta noção é confirmada por dados experimentais que serão
apresentados a seguir.
Ainda de acordo com a Crane Co., os únicos valores de K que não dependem
do fator de atrito são aqueles associados a entradas e saídas de tubulações de/para
equipamentos, que são constantes, e os associados a reduções e expansões de
diâmetros, que dependem apenas da relação entre os diâmetros (=d1/d2) e do ângulo
de redução ().
Como conclusão, sabe-se que existe uma profusão de dados experimentais para
as perdas localizadas, os quais encontram-se espalhados em diferentes fontes que
podem dar diferentes valores para a mesma configuração e escoamento. Diversos
autores recomendam que dados definitivos de perda de carga para cada projeto em
particular sejam calculados a partir de coeficientes de perda informados pelo
fornecedor das tubulações e acessórios. Esta recomendação, no entanto, não encontra
respaldo no mundo real, uma vez que fornecedores em geral não possuem estes dados
específicos e remetem sempre à literatura quando questionados e respeito.
70
60
Curva 90 R=1D
Curva 90 R=5D
Curva 90 R=10D
50 T Lateral
T Reto
Válvula Macho
Gaveta aberta
Borboleta aberta
40
Leq./D
30
20
10
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24
Diâmetro (in)
Figura 2.5. Valores de Leq./D para diversos acidentes (adaptado dos dados de Kern (1975)).
∆
= (2.23)
Para placas de orifício é usual um projeto com ranges máximos de 100 ou 200
inH2O (0,25 ou 0,5 kgf/cm2), correspondentes à vazão máxima que pode ser medida.
De acordo com critérios de projeto de instrumentação, esta vazão máxima que pode
ser medida (final de escala do medidor) é maior que a vazão de projeto, de modo a se
obter uma medição em torno do meio da escala ou pouco acima na vazão de projeto.
Sendo a escala proporcional à queda de pressão do medidor, e esta queda de pressão
proporcional à raiz quadrada da relação entre as vazões, podemos considerar uma
queda de pressão entre as tomadas do medidor em torno de 70% daquelas de range
máximo, isto é, 0,18 ou 0,36 kgf/cm2, como estimativas em caso de projeto
preliminar. Na fase de Projeto Básico, o cálculo detalhado da placa de orifício é
necessário para definir a queda de pressão do instrumento na vazão de projeto. Deve-
se lembrar ainda que a queda de pressão real na placa de orifício é menor que a
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 30
∆ á =∆ (2.24)
( )
Além disso, alguns projetistas assumem como critério que a queda de pressão
na válvula de controle não deve ser menor que 1 kgf/cm2.
considerada para a válvula de controle do ramal menos crítico ou, se for mais
conveniente, deve ser adicionado um orifício de restrição a este ramal.
Apesar de ser óbvio para muitos, nunca é demais lembrar que não faz sentido
se falar em perda de carga em equipamentos como bombas e compressores. A função
destes equipamentos é fornecer energia mecânica ao fluido, logo não faria sentido se
computar nos mesmos uma dissipação de energia mecânica. Desta forma, apesar de
existir atrito no interior destes equipamentos, a dissipação de energia decorrente deste
atrito não é computada como perda de carga, mas sim através da eficiência dos
mesmos, isto é, a relação entre a potência útil (mecânica) fornecida ao fluido e a
potência total (de eixo) consumida pelo equipamento.
Figura 2.6. Correlação para queda de pressão em filtros “Y” (ASCA (2009)).
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 33
Figura 2.7. Correlação para queda de pressão em filtros “Y” (SUREFLOW (2009)).
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 34
Custo Total
(US$/ano)
Custo
Custo do
investimento em
tubulação
Custo de energia
de bombeamento
Custo do
investimento em
bomba
Diâmetro
,
= 3.311 (2.26)
= 19 + 10,34 (2.28)
Custo Total
(US$/ano)
Custo
Custo do
Custo de energia investimento em
de bombeamento tubulação
Custo do
investimento em
bomba Diâmetro (in)
Diâmetro (in) 3 4 6
Custo duas bombas (US$) 36.486,60 24.089,95 21.491,50
Custo anual duas bombas (US$/ano) 5.194,01 3.429,30 3.059,40
Custo tubulação (US$) 300.000,00 400.000,00 600.000,00
Custo anual tubulação (US$/ano) 42.706,14 56.941,52 85.412,27
Potência (kW) 68,557 16,277 1,903
Custo energia elétrica (US$/ano) 60.055,93 14.258,29 1.667,16
Custo total (US$/ano) 107.956,07 74.629,10 90.138,83
Velocidade (m/s) 3,497 2,028 0,894
DP/L (kgf /cm2/100 m) 2,577 0,612 0,072
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 39
A perda de carga recomendada por Branan (2007) (Figuras 2.10) para descarga
de bomba é de 3 a 5 psi/100 ft (0,69 a 1,15 kgf/cm2/100 m).
Ainda de acordo com este modelo, a perda de carga no ponto ótimo de projeto
variou na faixa de 1,50 a 0,15 kgf/cm2/100 m para vazões na faixa de 1.800 a
1.406.000 kg/h, respectivamente. Esta perda de carga recomendada pode ser
calculada pela Equação 2.30, apenas como critério secundário de verificação.
,
∆ .= 21,4 ( ̇ ) (2.30)
3,5
3 V recomendada (m/s)
DPrec. (kgf/cm2 / 100m)
2
ou
1,5
0,5
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000
Vazão (kg/h)
3,5
3
DPrec. (kgf/cm2 / 100m)
2,5
Vrec. (m/s)
2
ou
0,5
0
0 200000 400000 600000 800000 1000000 1200000 1400000
Vazão (kg/h)
3. ESCOAMENTO COMPRESSÍVEL
Um fluido compressível, por definição, é aquele cujo volume (e massa
específica) se altera perceptivelmente quando sujeito a uma variação de pressão, o
que significa que é um gás. No entanto, se este fluido compressível escoa através de
trechos curtos e/ou a baixas velocidades, eventualmente a queda de pressão ao longo
do escoamento considerado pode ser tão baixa que a pressão não muda muito ao
longo do escoamento e, logo, a massa específica do fluido também não muda muito.
Em uma situação como a descrita, este escoamento (de gás) pode ser tratado como
incompressível, e a pequena queda de pressão que ocorre pode ser calculada através
das mesmas equações que descrevem o escoamento incompressível (Equações 2.19 a
2.21). A discussão apresentada por Crane Co. (1999) confirma esta afirmação, pois
considera que se a queda de pressão em um escoamento está abaixo de 10% da
pressão absoluta de entrada, o cálculo da perda de carga pode ser feito com precisão
aceitável de engenharia usando a massa específica e a velocidade das condições de
entrada do tubo, ou de saída, a que for conhecida no problema.
= (3.1)
= (3.2)
= (3.3)
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 48
= (3.4)
= (3.5)
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 49
Para gases reais a Equação 3.5 pode ser traduzida pela Equação 3.6, onde Z é o
fator de compressibilidade, a razão entre os calores específicos cp/cv, R a constante
universal dos gases, T a temperatura absoluta e MM a massa molecular média do
fluido.
= (3.6)
De acordo com Halliday et al. (2012), a teoria cinética dos gases mostra que a
pressão e a temperatura de um gás (grandezas macroscópicas) depende da velocidade
das moléculas que o compõem (uma grandeza microscópica), de acordo com a
Equação 3.7, onde Vrms é a velocidade média quadrática das moléculas do gás.
3
= (3.7)
V1 V2
. .
P1 P2
Figura 3.1. Escoamento compressível em tubulação de diâmetro uniforme
= (1 − ) (3.8)
−
= (1 − ) (3.9)
Da Equação 3.9 verificamos que, para M < 1, uma variação de área provoca
uma variação de velocidade de sinal oposto (dA positivo significa dV negativo para
M < 1); para M > 1, uma variação de área causa uma variação de velocidade de
mesmo sinal.
Estes resultados estão resumidos na Figura 3.2. Para escoamentos subsônicos
(M < 1), a aceleração do escoamento num bocal requer uma passagem de seção
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 52
Figura 3.2. Formas de bocal e difusor como função do número de Mach inicial
(Fonte: Fox e McDonald (2001))
⎡ ⎤
⎢ ⎥ −
= ⎢ ⎥ (3.10)
⎢ + ⎥
⎣ ⎦
1- O escoamento é isotérmico
2- O sistema não realiza ou sofre trabalho mecânico
3- O gás é ideal
4- Não existe diferença de elevação durante o escoamento
O procedimento é:
̇
( )
= (3.11)
= (3.12)
− é
= + + (ℎ − ℎ ) − (3.13)
é é 2 2
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 57
Qualquer que seja o método empregado, deve-se fazer sempre uma verificação
da velocidade do fluido na condição de mais baixa pressão de cada trecho. Caso esta
velocidade atinja o valor da velocidade sônica ou maior, o cálculo deve ser
interrompido e um aviso de “velocidade sônica” deve ser emitido, informando que a
vazão definida não poderá escoar no sistema de tubulações especificado. Neste caso,
um maior diâmetro deve ser empregado até que a condição de velocidade sônica não
seja mais atingido.
Smith et al. (2007) propõe a Equação 3.14 para os fluidos em fase gás.
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 58
−
=1+ − (3.14)
( + )( + )
O cálculo dos parâmetros da Equação 3.14 são fornecidos pelas Equações 3.15
a 3.18.
( )
= (3.15) = (3.16)
RT
( )
=Ω (3.17) ( )= (3.18)
= (3.19)
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 59
( )= ( ) (3.20)
( )
( ) = (3.21)
,
= 1− (3.22)
= (3.23)
+
= (3.24)
2
⁄ ⁄
+
= (3.25)
2
4. ESCOAMENTO BIFÁSICO
O escoamento bifásico líquido-vapor acontece quando um líquido e um gás
escoam juntos em uma tubulação. Isso pode ocorrer devido à mistura de uma
corrente líquida e uma gasosa, como é típico da indústria de explotação de petróleo,
com escoamento de gás natural em mistura com óleo e água provenientes de poços,
ou em escoamento de água e ar em sistemas de “air-lift”. No entanto, acontece
também em função de uma diversidade de condições e sistemas industriais que
apresentam inerentemente escoamento bifásico líquido-vapor, tais como:
Onde:
′ ′ ⁄ (4.1)
=( )
⁄
1 ′
= (4.2)
′ ′
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 65
Após a substituição das linhas, testes lógicos podem ser aplicados para a
identificação das áreas relativas a cada escoamento. Para a simplificação, as linhas
criadas são numeradas de um a oito e o espaço é dividido em cinco zonas chave, que
correspondem à intersecção das retas. Os intervalos das zonas consideradas são:
0,1 < Bx < 4,013
4,013 < Bx < 15,0
15,0 < Bx < 40,32
40,32 < Bx < 143,51
143,51 < Bx < 10000,0
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 67
Testes:
1- Se Bx < 15,0 e By < C1 Esc. Estratificado
2- Se Bx > 15,0 e By < C2 Esc. Estratificado
3- Se Bx < 15,0 e C1 < By < C2 Esc. em Ondas
4- Se Bx <15,0 e By > C3 Esc. em “Spray”
5- Se 4,013 < Bx < 15,0 e By < C5 Esc. “Slug”
6- Se 4,013 < Bx < 15,0 e By > C5 Esc. Anular
7- Se Bx > 143,51 e By > C7 Esc. em Bolhas
8- Se Bx > 143,51 e C8 < By < C7 Esc. “Slug”
9- Se Bx > 143,51 e (By < C7 ; By < C8 ; By > C2) Esc. em Plug
10- Se 15,0 < Bx < 143,51 e By > C4 Esc. em “Spray”
11- Se Bx < 4,015 e C2 < By < C3 Esc. Anular
12- Se 40,32 < Bx < 143,5 e C6 < By < C4 Esc. Anular
13- Se 40,32 < Bx < 143,5 e C2 < By < C4 Esc. “Slug”
14- Se 15,0 < Bx < 40,32 e C5 < By < C4 Esc. Anular
15- Se 15,0 < Bx < 40,32 e (By < C4 ; By > C5 ; By < C2) Esc. “Slug”
Uma estimativa rápida do padrão de escoamento pode ser feita com o gráfico
de Govier apresentado na Figura 4.6.
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 70
Figura 4.6 - Tipos de escoamento vertical ascendente segundo Govier. (Fonte: Perry et
al. (1997)).
ressaltada, uma vez que muitas correlações para cálculo de perda de carga são
desenvolvidas especificamente para cada padrão. Além disso, a identificação correta
permite ações para se evitar certos tipos de escoamentos indesejáveis, como o “slug”.
Devido a isto, muitos autores têm se dedicado a desenvolver estas correlações
empíricas, a partir de dados levantados em laboratórios e em campo, como
Hoogendoor (1959), Govier e Aziz (1972) e Mandhane et al. (1974). A Figuras 4.7
mostra o mapa proposto por Mandhane et al. (1974), cujo trabalho é dos mais
relevantes neste campo pois, além de fornecer a maior assertividade na identificação
dos tipos de escoamento, promoveu uma comparação entre os métodos usando um
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 71
Figura 4.7 – Mapa de padrões de escoamento proposto por Mandhane et al. (1974).
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 72
Atualmente, com o fácil acesso de cálculos complexos por computador, outras correlações
mais trabalhosas que os mapas apresentados, em termos de cálculos, tem sido usadas. Destas, o
modelo proposto por Taitel e Duckler (1976) para escoamento horizontal, e também Taitel et al.
(1980) para escoamento vertical, são indubitavelmente a maior contribuição para a solução deste
complexo problema.A correlação é baseada quase que inteiramente em considerações teóricas, e
busca levar em conta o efeito de parâmetros como diâmetro do tubo, propriedades das correntes
(gás e líquido) e inclinações das tubulações. O artigo de Taitel e Duckler faz uma comparação de
sua correlação com a de Mandhane et al., porém não apresenta dados estatísticos claros
∆P = ∆P + ∆P + ∆P (4.3)
∆P = ρ g ∆H (4.4)
ρ = ρ E + ρ E (4.5)
ρ v v ∆P
∆P = (4.6)
P
O termo de queda de pressão por fricção é aquele ao qual maior atenção tem
sido dada por diversos autores. Para este ponto, a correlação simplificada de Lockhart
e Martinelli será apresentada a seguir, seguida de uma discussão sobre a correlação
rigorosa de Brill e Beggs (1991), que é a mais usada atualmente em simuladores
comerciais.
O valor da perda de cargas bifásica pode ser obtido com base na perda de carga
do líquido ou gás, sendo representado nas Equações 4.8 e 4.9.
(∆ / ) á = (∆ / ) (4.8)
(∆ / ) á = (∆ / ) (4.9)
São introduzidas duas novas variáveis YG e YL. Elas são obtidas graficamente
com base no valor de X e no tipo de escoamento do líquido e gás (laminar ou
turbulento), conforme Figura 4.10. Das três curvas, a primeira representa um estado
em que as fases estão em regime turbulento, a segunda quando uma das fases é
laminar e a outra turbulenta, a ultima trata do caso onde as duas são laminares, de
acordo com o número de Reynolds de cada fase caso escoasse sozinha no tubo.
O caso mais comum de escoamento turbulento em ambas as fases pode ter seu
valor de YL descrito através da Equação 4.10.
20 1
= 1+ + (4.10)
Figura 4.10 – Parâmetros para perda de carga para escoamento horizontal de misturas
líquido-gás em co-corrente, conforme correlação de Lockhart e Martinelli.
Fonte: Perry et al. (1997)).
Uma observação importante acerca dos cálculos de perda de carga é que a
fração volumétrica de cada fase em regime é geralmente diferente da fração
apresentada no ponto de mistura. Isso acontece devido ao deslizamento entre as
fases e a diferenças na velocidade de escoamento do líquido e gás.
+
= (4.11)
+
1
= (4.12)
+
= . + . (4.13)
Onde são as frações volumétricas de líquido (“liquid hold up”) e gás,
respectivamente.
Um método iterativo deve ser montado para encontrar a vazão de líquido que
torna a relação verdadeira, considerando as demais variáveis constantes, ou seja, para
uma primeira aproximação o nível de líquido no reservatório não muda.
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 80
g(h1 − h2 ) = ℎ (5.1)
ventante, no qual o diâmetro do tubo é muito maior que o calculado apenas para a
vazão de líquido. Este tipo de escoamento e seu cálculo será apresentado no item 5.2
a seguir.
= + (5.1)
= + → = + (5.2)
= (5.3)
onde:
= + (5.4)
= (5.5)
= + (5.6)
/
. = (5.7)
/
.
. = (5.8)
Sendo A=By para um duto retangular, a velocidade crítica também pode ser
calculada pela Equação 5.9.
. = (5.8)
Escoamento crítico
O regime de escoamento crítico corresponde à energia específica mínima, onde
há um equilíbrio entre as energias cinética e potencial. O número de Froude é igual à
unidade (Fr = 1), o que caracteriza o escoamento como instável, de modo que
qualquer mudança na energia específica provoca alteração na profundidade de fluido
do canal e, portanto, também uma mudança no regime de escoamento.
Escoamento supercrítico
Caracteriza-se por um escoamento de menor profundidade, logo, maior
velocidade. A energia cinética, portanto, é maior que a potencial e, por isso, o número
de Froude é maior que a unidade (Fr > 1). Em hidráulica se diz que este é um regime
torrencial, o que pode lembrar um escoamento com características de turbulento. Em
forma de brincadeira, mas com uma ponta de razão, o engenheiro Flávio Reis (REIS,
2016) nos dá a seguinte descrição para as características deste escoamento:
“Quando Fr >1 temos regime supercrítico ou torrencial, onde as forças
inerciais e a energia cinética “from hell” tomam conta da água, que vira vodka no
batidão, com a faca nos dentes, dizendo que hoje é dia de maldade galopante como
nos rios de montanha, tobogãs da morte, vertedores, cachoeiras e enxurradas.”
O desenho de Laerte na Figura 5.1 nos dá bem esta idéia.
presença indesejada de gás ou não seja possível garantir a inundação total do tubo
apenas por líquido, é necessário adotar a alternativa de escoamento auto-ventante.
Substituindo a velocidade na Equação 5.3 pela razão v = QL/A, onde para tubos
a área A = D2/4, temos a Equação 5.9. Em regimes de escoamento auto-ventante o
parâmetro adimensional JL é análogo ao número de Froude, e deverá assumir valor
baixo suficiente, de acordo com critérios empíricos de projeto, de modo que o regime
de escoamento seja subcrítico.
= (5.9)
O set-point da malha de controle deve ser de tal forma que a altura de líquido
não permita a entrada de gás na tubulação. Considerando vazão fixa e diâmetro
definido pela velocidade de projeto adequada, são mostrados dois critérios para altura
mínima de líquido, a partir da determinação do escoamento pela base do vaso (Figura
5.4) ou pela lateral (Figura 5.5), segundo Hills (1983).
,
I. Saída pela base do vaso: < 1,6 ;ℎ í > 0,892
/
Simplificando, para g = 9,81 m/s2: ℎ í > 0,50402 /
, , ,
Substituindo a equação 5.6: ℎ í > 0,50402 , ,
, ,
Logo: ℎ í > 0,474483 (5.10)
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 90
/
II. Saída pela lateral do vaso: < ;ℎ í > 0,811
Escoamento auto-ventante
Uma vez que a altura mínima de líquido permita o arrastre do gás para a
corrente líquida (“entrainment”), seja por quebra de sifão ou pelo baixo nível de
líquido na entrada da tubulação, o critério da altura mínima de líquido não é atendido
e faz-se necessário o dimensionamento da tubulação para escoamento auto-ventante.
extensão de tubo com esse diâmetro deve prosseguir até pelo menos
mais dez diâmetros do tubo.
,
< 0,3 ; > /
(5.12)
,
III. Para tubulações longas vale a pena considerar uma segunda redução para
o tamanho correspondente a uma altura de nível de líquido no tubo
estabelecido de 75%. Esta redução pode ser feita após 50 diâmetros de
tubo (Curva 3A ou 3B da Figura 5.8).
IV. Ver Figura 5.9 para uma representação dos comprimentos e diâmetros de
cada trecho de tubulação. Para trechos de tubos curtos, todo o
comprimento do tubo deve ser do maior diâmetro calculado no item I.
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 94
Para Sewell (1975, apud KISTER, 1989, p.94), a Figura 5.10 representa uma
correlação para dimensionamento de linhas auto-ventantes, onde é informada a vazão
de projeto (gpm) para obtenção do diâmetro do tubo (in). Pontos acima da linha, isto
é, diâmetros iguais ou maiores que os definidos pela linha, tem escoamento auto-
ventante. Esta correlação fornece valores praticamente idênticos aos obtidos com os
critérios de Hills (1983).
6. ESCOAMENTO EROSIONAL
A velocidade de escoamento de fluidos deve ser limitada a um valor máximo
devido aos efeitos de erosão em acessórios, especialmente em linhas de escoamento
multifásico, gerado pelo impacto contínuo de gotículas de líquido em alta velocidade.
O dano é normalmente concentrado na região em que a direção de fluxo se altera,
como cotovelos, derivações, “manifolds”, válvulas e “risers”. A velocidade de erosão
é definida como aquela que irá resultar na remoção de depósitos de produtos de
corrosão, inibidores de corrosão ou outros depósitos de proteção presentes na
superfície de um tubo. Segundo Bai e Bai (2017), a velocidade dos fluidos em tubos
deve ser limitada da seguinte forma:
máxima de escoamento seja limitada por um valor definido pela Equação 6.1,
segundo API-RP-14E (1991):
= (6.1)
onde:
Ve = velocidade erosional do fluido, em ft/s;
C = constante empírica;
ρm = densidade da mistura gás/líquido, em lb/ft3.
REFERÊNCIAS
BAI, Q.; BAI, Y.; Subsea Pipelines and Risers. Elsevier, Oxford, 2005.
CHEN, N. H.; An Explicit Equation for Friction Factor in Pipe. Ind. Eng. Chem.
Fundam. Vol. 18, Nº 3, 1979.
CORRAL, N. P.; Analysis of Two-Phase Flow Pattern Maps. Brno University of
Technology - Faculty of Mechanical Engineering Energy Institute. Report: 16-09 /
14. Disponível em:
http://www.energetickeforum.cz/ext/2pf/maps/Documents/Analysis_of_maps.pdf.
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 100
CRANE Co.; Flow of Fluids through Valves, Fittings, and Pipe. Technical Paper N°
410, Metric Edition, 1999.
KERN. R.; How to compute pipe size. Chemical Engineering, January 6, 1975.
GOVIER, Von G. W.; AZIZ, K.; The Flow of Complex Mixtures in Pipes. Van
Nostrand Reinhold Comp., New York-London 1972.
HILLS, P. D.; Designing Piping for Gravity Flow. Chemical Engineering, McGraw-
Hill, Inc., New York, September, 1983.
LUDWIG, E. E.; Applied Process Design for Chemical and Petrochemical Plants.
Gulf Professional Publishing, Vol. 1, 3ª Edition, 1999.
MILLER, D. S.; Internal Flow Systems Design and Performance Prediction. BHRA
The Fluid Engineering Centre. 2ª Edition, 1990.
PETALAS, N.; AZIZ, K. A Mechanistic Model for Multiphase Flow in Pipes. The
Mecânica dos Fluidos Aplicada à Indústria Química 102
Petroleum Society, Paper 98-39, Stanford University. Paper presented at the 49th
Annual Technical Meeting of The Petroleum Society in Calgary, Alberta, Canada,
June 8 - 10. 1998.
PETERS, M. S.; TIMMERHAUS, K. O.; Plant Design and Economics for Chemical
Engineers, 4ª Edition, McGraw-Hill, Inc., Nova York, 1991.
TAITEL, Y.; DUKLER, A. E.; A Model for Predicting Flow Regime Transitions in
Horizontal and Near Horizontal Gas-Liquid Flow; AIChE J., vol. 22, no. 1, January
1976.
TAITEL, Y.; BORNEA, D.; DUKLER, A. E.; Modelling Flow Pattern Transitions
for Steady Upward Gas-Liquid Flow in Vertical Tubes; AIChE J., vol. 26, no. 3,
May 1980.
YU. F. C.; Line Sizing for Gravity Flow Piping. Jacobs Group, Inc., Houston, Texas,
1997.