Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
© Edições ASA 1
EXAME NACIONAL 2010 – ÉPOCA ESPECIAL – PROPOSTA DE RESOLUÇÃO
2 © Edições ASA
EXAME NACIONAL 2010 – ÉPOCA ESPECIAL – PROPOSTA DE RESOLUÇÃO
Uma vez que, no intervalo de tempo [0, t1] o Determinar a componente escalar da velo-
módulo da velocidade da gota aumenta e o de- cidade ao atingir o solo.
clive da tangente à curva em cada ponto dimi- v = at § v = -10 * 0,58 § v = -5,8 m s-1
nui, a resultante das forças que actuam sobre A componente escalar da velocidade com que
a gota de água terá o sentido do movimento e a gota chegou ao solo é -5,8 m s-1.
intensidade decrescente, isto é, uma vez que 4.
durante a queda, a força gravítica e a força de 4.1.
resistência do ar têm sentidos opostos, no in- 4.1.1.
tervalo de tempo [0, t1], a resultante das forças (B) A modulação de um sinal, que pode ser em
que actuam sobre a gota de água terá o sentido AM ou FM, consiste em “somar” ao sinal que
do movimento e intensidade decrescente. se pretende transmitir uma onda eletromag-
3.2. (C) No intervalo de tempo [t1, t2], a velocidade nética de elevada frequência, designada onda
mantém-se constante pelo que a energia ciné- portadora. Para que ocorra a modulação do
sinal terá de existir um modulador.
tica também se manterá constante pois,
mv2 4.1.2.
Ec = . A massa da gota é constante pelo O fenómeno ondulatório esquematizado na Fi-
2
que, se a velocidade se mantém constante, gura 2 é a difração.
também a energia cinética se manterá. 4.1.3.
Sendo a energia mecânica (Em) dada pela ex- Para que ocorra reflexão total da radiação têm
pressão: de se verificar as seguintes condições:
mv2 O índice de refracção do núcleo da fibra tem
Em= Ec + Ep § Em= + mgh
2 de ser superior ao índice de refracção do re-
à medida que a gota cai verticalmente, a al- vestimento da fibra.
tura, h, diminui. Assim, embora a energia ciné- O ângulo de incidência na superfície de sepa-
tica se mantenha constante, h diminui, pelo ração núcleo-revestimento tem de ser supe-
que a energia potencial diminui e, consequen- rior ao ângulo crítico.
temente, diminui a energia mecânica. 4.2.
3.3. 4.2.1.
3.3.1. (D) O trabalho realizado pela força gravítica é
Inserindo nas “listas” os dados fornecidos na simétrico da variação de energia potencial gra-
tabela e através da função “CALC”, obtém-se vítica, ou seja, W»F = -DEp. Como o balão está
g
a equação da reta que traduz a relação entre a subir, está a afastar-se da superfície da
a posição da gota e o instante. O declive dessa Terra. Assim, à medida que se afasta a energia
reta traduz o valor da velocidade terminal da potencial aumenta (porque aumenta a altura,
gota de água, y = -0,875x + 0,7058. Assim, a h), pelo que a variação de energia potencial
componente escalar da velocidade terminal, será positiva (Ep(f) > Ep(i)). Deste modo, como
expressa com dois algarismos significativos a variação da energia potencial é positiva, o
será -0,88 m s-1. trabalho realizado pela força gravítica será ne-
3.3.2. gativo. Por outro lado, quanto maior for a va-
A gota cai em queda livre pois se se fez pre- riação de altura sofrida pelo balão, maior será
a variação da energia potencial, fazendo com
viamente o vácuo não existe resistência do ar.
que o trabalho da força gravítica que atua no
Determinar o tempo que a gota demora a
balão dependa do desnível (variação de altura)
atingir o solo.
entre os pontos A e B.
A gota atinge o solo quando y = 0 e como cai
4.2.2.
em queda livre, a = g.
(A) De acordo com o teorema da energia ciné-
at2 2(y - y0)
y = y0 - § = t2 § tica ou lei do trabalho-energia, o trabalho rea-
2 -g
lizado pela resultante das forças que atuam
V V
2(y - y0) 2(0 - 1,70) num corpo é igual à variação da energia ciné-
§t= §t= §
-g -10 tica, ou seja, W»F =DEc. Se o balão sobe com ve-
g
§ t = 0,58 s locidade constante, a variação da energia
© Edições ASA 3
EXAME NACIONAL 2010 – ÉPOCA ESPECIAL – PROPOSTA DE RESOLUÇÃO
cinética é nula, pelo que o trabalho da resul- 6.1. (B) A potência é numericamente igual à ener-
tante das forças também tem de ser nula, isto gia transferida ou transformada na unidade de
E
é, se v = constante ±DEc = 0. Se DEc = 0 ± tempo, ou seja, é dada por P = . Partindo da
W»F = 0. Dt
g
5. definição de diferença de potencial entre dois
5.1. pontos de um circuito elétrico, pode obter-se
5.1.1. a expressão da energia transferida ou trans-
(D) O sistema químico considerado encontra- formada, isto é E = UIDt. Assim, a potência for-
se inicialmente em equilíbrio pois as suas con- necida ao circuito será equivalente a
centrações não variam entre o instante inicial, UIDt
P= § P = UI.
t0, e instante t1, instante em que se aplica uma Dt
perturbação. Deste modo, para determinar a potência forne-
Após lhe ter sido aplicada no instante t1 uma cida ao painel fotovoltaico, os alunos tiveram
perturbação, as concentrações de hidrogénio de medir a diferença de potencial nos terminais
e azoto aumentaram e a concentração de e a intensidade da corrente no circuito.
amoníaco diminuiu, o que significa que o sis- 6.2. O valor da resistência introduzida pelo reós-
tema evoluiu no sentido inverso. tato para o qual a potência fornecida ao cir-
5.1.2. cuito é máxima é 23 W.
(B) A grandeza quociente da reação, Q, per- 6.3. Determinar a potência fornecida pela lâm-
mite avaliar se a composição do sistema num pada ao painel, nas condições referidas.
determinado instante traduz uma situação de Efornecida
Pfornecida ao painel = §
equilíbrio ou de não equilíbrio. Traduz-se por Dt
uma expressão semelhante à de Kc. 36 J
[NH3]2 § Pfornecida ao painel = §
Assim, neste caso, Q = . Substi- 120 s
[N2] * [H2]3
§ Pfornecida ao painel = 0,30 W
tuindo pelos respetivos valores das concentra-
Obter, por leitura gráfica, a energia fornecida
ções, que no instante da perturbação assu-
pelo painel para uma resistência de 40 W.
mem o valor de 3,65 mol dm-3 para o
P (R = 40 W) = 0,027 W
amoníaco e para o hidrogénio e o azoto, respe-
Determinar o rendimento do painel fotovol-
tivamente, 8,80 mol dm-3 e 0,683 mol dm-3, a
taico.
expressão do quociente da reação no instante
Pfornecida pelo painel
da perturbação será: h= * 100
Pfornecida ao painel
[3,65]2
Q= 0,027
[0,683] * [8,80]3 h= * 100 § h = 9,0%
5.2. Determinar a energia libertada na formação 0,30
de duas moles de NH3 (2DH). O rendimento do painel para aquela resistên-
Elibertada na formação de duas moles amoníaco = - (2 * 92,6) cia inserida no circuito foi 9,0%.
Elibertada na formação de duas moles amoníaco = - 185,2 kJ 6.4. Os alunos tiveram o cuidado de manter a lâm-
Determinar a energia libertada no estabele- pada sempre à mesma distância do painel.
cimento das ligações na formação de duas Este cuidado foi necessário para assegurar
moles de NH3. que a intensidade da radiação incidente no pai-
2DH = [Epara quebrar as ligações de 1 mol de N2 e de 3 mol de H2] + nel fosse constante ao longo de toda a expe-
+ [Elibertada na formação de 2 moles de NH3] riência.
Elibertada no estabelecimento das ligações correspondentes à formação de 6.5. Através dos dados incluídos na tabela pode
= -185,2 + (-2,25 * 103) = concluir-se que a potência fornecida pelo pai-
2 moles de NH3
= -2,43 * 103 kJ. nel ao circuito é máxima quando o painel está
Assim, a energia libertada no estabelecimento colocado perpendicularmente à direcção da
das ligações químicas que correspondem à radiação incidente, isto é, a potência fornecida
formação de 2 mol de NH3 (g) é 2,43 * 103 kJ. pelo painel ao circuito diminui à medida que o
ângulo se afasta de um ângulo recto (90°).
4 © Edições ASA