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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Concurso Público 2016

Caderno 4

Conteúdo
Noções de Direito Administrativo
Conceitos e princípios básicos da Administração Pública.
Estrutura Administrativa.
Atos Administrativos.
Poderes Administrativos.
Serviços Públicos: conceito e classificação.
Agentes Públicos.

Coletâneas de Exercícios pertinentes

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Administração Pública
Conceitos, natureza, fins e princípios.

Administração Pública é o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da
função administrativa do Estado.

Na amplitude desse conceito entram não só os órgãos pertencentes ao poder público, como também as instituições
e empresas particulares que colaboram com o Estado no desempenho de serviços de utilidade pública ou de
interesse coletivo, ou seja, a Administração direta (entidades estatais) e a indireta (entidades autárquicas e
algumas para estatais) e os entes de cooperação.

A expressão Administração Pública apresenta dois sentidos mais comuns:

• Sentido Subjetivo ou Formal - Quando a administração pública se refere aos entes que exercem a atividade
administrativa: pessoas jurídicas, órgãos, e agentes públicos incumbidos do exercício da função administrativa.
• Sentido Objetivo, Material ou Funcional - Neste sentido, a administração pública, designa a natureza da
atividade exercida pelos referidos entes, ou seja, as funções necessárias aos serviços públicos em geral.

De uma maneira geral, a administração é a estrutura do Estado anteriormente ordenada para a realização de
seus serviços.
Há distinção entre governo e administração:

a) Governo é a atividade política e discricionária e, comando com responsabilidade constitucional e política, mas
sem responsabilidade profissional pela execução.

b) Administração é a atividade geralmente vinculada à lei ou à Norma Técnica. A administração executa as


funções com responsabilidade técnica e legal, mas sem responsabilidade constitucional ou política. É o instrumento
do qual dispõe o Estado para colocar em prática as opções políticas do governo.

Os fins da administração pública se resumem num único objetivo: o bem comum da coletividade administrada.
Toda atividade do administrador público deve ser orientada para esse objetivo. Se dele o administrador se afasta
ou desvia, trai o mandato de que está investido, porque a comunidade não instituiu a Administração senão como
meio de atingir o bem-estar social. Ilícito e imoral será todo ato administrativo que não for praticado no interesse
da coletividade.

Em última análise, os fins da Administração se consubstanciam na defesa do interesse público, assim entendidas
aquelas aspirações ou vantagens licitamente almejadas por toda a comunidade administrada, ou por uma parte
expressiva de seus membros. O ato ou contrato administrativo realizado sem interesse público configura "desvio
de finalidade".

Conceito; Natureza e Fins da Administração Pública


Conceito
É o conjunto de atividades desempenhadas ou dirigidas pelas autoridades e órgãos do Estado, a fim de promover
o bem comum da coletividade.

- em sentido objetivo é o exercício da função administrativa.


- em sentido subjetivo é o conjunto de autoridades públicas que exercem esta função administrativa.

Natureza

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É a de um "múnus público" para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento
dos bens, serviços e interesses da coletividade.

Fins
A administração pode ser:

a) Particular - Quando os bens e os interesses gerenciados são individuais.


b) Pública - Quando os bens e os interesses gerenciados pertencem à comunidade.

Portanto, a finalidade da administração pública é a gestão dos bens e interesses da coletividade nos âmbitos
Federal, Estadual e Municipal. Uma outra finalidade da administração é promover a defesa do interesse público.

Princípios Básicos da Administração


Os princípios básicos da administração estão alicerçados em regras de observância permanente e obrigatória para
o administrador.
Todos os Atos Administrativos deverão ser pautados nesses padrões. Constituem, portanto, os fundamentos da
ação administrativa, ou seja, os sustentáculos da atividade administrativa.

Estes princípios são:

a) Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Particular - O princípio pode ser flagrado nas posições
de privilégio e supremacia do órgão público. Daí resulta a exigibilidade dos atos administrativos e, em certos casos,
a executoriedade. Outra típica manifestação está na autotutela (possibilidade de revogar ou anular seus atos por
manifestação unilateral).
Não se perca de vista que a supremacia do interesse público não é um valor em si. A supremacia, como
componente da função administrativa, é instrumento para a realização de finalidades legais, segundo os critérios
e procedimentos consagrados na ordem jurídica.

b) Princípio da Legalidade - Reza este princípio, que a administração pública, em toda sua atividade funcional,
está presa aos mandamentos da lei, deles não podendo se afastar, sob pena de invalidade do ato e
responsabilidade de seu autor. Ainda, segundo este princípio, a administração pública só pode fazer o que a lei
autoriza, quando e como autoriza. Isto significa, que se a lei nada dispuser, a administração pública não pode agir,
a não ser em situações excepcionais, (guerra, grave perturbação da ordem).

c) Princípio da Finalidade - Impõe que o administrador só pratique o ato para obter o fim legal. O administrador
deve perseguir o interesse público (primário) contido na lei. O favorecimento ou prejuízo de alguém não pode ser
o fim do ato administrativo, e sim, decorrência da obtenção do objetivo previsto na norma legal. O afastamento do
administrador da finalidade de interesse público, conforme previsão legal, caracteriza o vício de desvio de
finalidade.

d) Princípio da Impessoalidade - Este princípio, visa a garantir a neutralidade da administração, proporcionando


aos administradores tratamento que afaste qualquer espécie de discriminação ou favorecimento, pois qualquer ato
deve ser de interesse público e nos estritos termos da lei, caso contrário, estará sujeito a invalidação por desvio
de finalidade, por meio da ação popular.

Portanto, a atividade administrativa deve ser destinada a todos os administrados, dirigida aos cidadãos em geral,
sem a determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza.

O princípio da impessoalidade nada mais é que o princípio da finalidade, o qual impõe ao administrador público
que só pratique o ato para o seu fim legal, sendo que o fim legal é aquele que a norma de direito indica, expressa
ou virtualmente, como objetivo do ato, de forma impessoal. Este princípio é um desdobramento do artigo 5o da CF
(caput).

e) Princípio da Moralidade - Também denominado de princípio da proibidade administrativa. Este princípio, não

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se refere a moral comum como a concebemos, mas a um conjunto de regras éticas que norteiam a administração
pública.

Com o advento da Constituição Federal de 1988, o princípio da moralidade passou a ser pressuposto de validade
de todo ato administrativo.
Segundo a doutrina, a moralidade administrativa deve ser entendida como sendo o conjunto de regras tiradas da
disciplina interior da administração. A moralidade administrativa é ao lado da legalidade e da finalidade um dos
pressupostos de validade do ato administrativo. A moralidade administrativa está ligada ao conceito de "bom
administrador".

f) Princípio da Publicidade - É a divulgação oficial de atos (Leis, Decretos, Contratos Administrativos, etc.), para
conhecimento público em geral e início da produção de seus efeitos externos.
O princípio da publicidade é justificado pelo fato de que, todo ato administrativo deve ser público, uma vez que, a
administração que o realiza é pública, só se admitindo sigilo nos casos de segurança nacional, investigações
policiais ou interesse superior da administração a ser preservado em processo previamente declarado sigiloso nos
termos do Decreto Federal nº 79099, de 06 de janeiro de 1977.

A publicidade como princípio da administração pública (CF, artigo 37), abrange toda a atuação estatal: A
administração direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, não só no que se refere a publicação de seus atos, como, também, a propiciação de conhecimentos
da conduta interna dos seus agentes. Assim, essa publicidade alcança os atos concluídos e informação, os
processos em andamento, os pareceres de órgãos técnicos e jurídicos, os despachos intermediários e finais, as
atas de julgamento das licitações e os contratos com quaisquer interessados, bem como os comprovantes de
despesas e as prestações de contas submetidas aos órgãos competentes.

Todos esses papéis ou documentos públicos podem ser examinados por qualquer interessado e dele pode obter
certidão ou fotocópia autenticada para fins constitucionais.

A publicidade se faz no Diário Oficial da União, do Estado ou do Município conforme a competência, ou, em jornais
contratados para essas publicações oficiais. Também poderão ser feitas por meio de editais afixados em lugares
próprios para a divulgação dos referidos atos com a finalidade da coletividade em geral tomar conhecimento dessas
decisões.

Estes atos exigem publicidade para adquirirem validade universal, isto é, perante as partes, terceiros e ao povo
em geral, proporcionando ainda aos administradores o conhecimento e o controle dos atos praticados pela
administração, através dos instrumentos constitucionais: Mandado de segurança, direito de petição, ação popular,
habeas data, fornecimento de certidões e improbidade administrativa (artigo 37º § 4º).

g) Princípio da Eficiência - O administrador não deve, tão somente, perseguir as finalidades previstas ou
consagradas em lei. Não deve alcançá-las de qualquer forma ou a qualquer custo. Impõe-se a obtenção do melhor
resultado, o resultado ótimo. Devem ser observados os atributos de rapidez, perfeição e rendimento. O princípio
foi positivado na Constituição (art. 37, caput) pela Emenda nº 19, de 1998.

h) Princípio da Economicidade - Trata-se da verificação da eficiência das escolhas administrativas nas


perspectivas da relação custo-benefício. Está positivado no art. 70, caput da Constituição de 1988.

i) Princípio da Motivação - Trata-se do dever de justificar os atos praticados. Devem ser apontados os
fundamentos de fato e de direito e a correlação lógica entre as situações observadas e as providências tomadas.
A motivação pode ser prévia ou contemporânea à prática do ato. A motivação pode não constar do ato, se presente
no processo administrativo subjacente. Subsiste uma discussão acerca da motivação ser obrigatória somente para
os atos vinculados ou para todos os atos (discricionários e vinculados). Observar o art. 50 da Lei nº 9.784, de 1999.

j) Princípio da Continuidade - Por esse princípio a atividade da administração não pode parar, deve ser
ininterrupta. Assim, não é admitida a paralisação dos serviços de saúde, de transporte, de segurança pública, de
distribuição de justiça, de extinção de incêndios e dos serviços funerários.

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k) Princípio da Indisponibilidade - Conforme este princípio, os bens, direitos, interesses e serviços públicos não
se acham à livre disposição dos órgãos públicos, cabendo a esses apenas a responsabilidade de preservá-los e
aprimorá-los para as atividades as quais se destinam.
O detentor dessa possibilidade é o Estado. Por esse motivo, há necessidade de lei para alienar bens para outorgar
concessão de serviço público, e para muitas outras atividades a cargo de órgãos públicos e agentes da
administração pública.

l) Princípio da Autotutela - A administração pública está obrigada a policiar os atos administrativos que pratica
para evitar a ilegalidade, de qualquer ato, cabendo-lhe assim, retirar do ordenamento jurídico, os atos
inconvenientes e os ilegítimos. Os inconvenientes através da revogação e os ilegítimos através da anulação.

m) Princípio da Razoabilidade e Princípio da Proporcionalidade - Não há uniformidade de tratamento destes


princípios. Diogenes Gasparini afirma que a proporcionalidade é apenas um aspecto da razoabilidade. Celso
Antônio Bandeira de Mello, embora trate formalmente dos dois, consigna que a proporcionalidade é faceta da
razoabilidade. Maria Sylvia Zanella Di Pietro ensina que a razoabilidade exige proporcionalidade. Odete Medauar
entende que é melhor englobar no princípio da proporcionalidade o sentido da razoabilidade. Lúcia Valle Figueiredo
trata do princípio da proporcionalidade ao lado do da razoabilidade (como elementos distintos). Luís Roberto
Barroso entende que os dois são conceitos próximos o suficiente para serem intercambiáveis.
A razoabilidade tem o sentido de coerência lógica nas decisões e medidas administrativas. A atuação
administrativa não pode ser desarrazoada, ilógica ou incongruente. Deve ser a mais adequada para obter o fim
legal (adequação entre os meios e os fins). Fica evidente o traço qualitativo.
Já a proporcionalidade apresenta o sentido de exercício da competência administrativa na extensão ou intensidade
apropriadas ao que seja realmente demandado para cumprimento da finalidade pública. Aqui ganha relevo o traço
quantitativo.
Encontramos a utilização da razoabilidade nos ordenamentos jurídicos norte-americano e argentino. Os
ordenamentos europeus, a exemplo do alemão e francês, operam com a proporcionalidade.
Acreditamos que razoabilidade e proporcionalidade são ideias, conceitos ou critérios ligados entre si, embora
possuam sentidos próprios, na linha antes referida. Assim, preferimos falar em princípio da proporcionalidade em
sentido amplo, desdobrado nos seguintes elementos (ou princípios):
(a) conformidade, adequação ou razoabilidade. O meio empregado deve guardar adequação, conformidade,
aptidão, no sentido qualitativo, com o fim perseguido. Flagramos exatamente neste ponto o princípio da
razoabilidade, na sua formulação corrente;
(b) necessidade. Não há medida ou caminho alternativo para chegar ao mesmo resultado com menor ônus a direito
ou situação do atingido pelo ato;
(c) da proporcionalidade em sentido estrito. O que se perde com a medida tem menor relevo do que aquilo que se
ganha.
Inegavelmente, são mecanismos ou institutos voltados para o controle da discricionariedade legislativa e
administrativa.
O STF em várias decisões afirmou que o princípio da razoabilidade está implícito no art. 5o., inciso LIV da
Constituição. Seria o "princípio do devido processo legal substantivo".
Já a Lei nº 9.784, de 1999, consagra expressamente os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade no art.
2o., caput.

n) Princípio da Segurança Jurídica - Está relacionado com a previsibilidade do Direito e a estabilidade das
relações jurídicas. A proibição da interpretação nova retroativa é um dos exemplos da efetivação do princípio (art.
2o., §2o., inciso XIII da Lei no. 9.784, de 1999).

Estrutura Administrativa
Órgãos Públicos
São centros de competência criados para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja

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atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. São unidades de ação com atribuições específicas na
organização estatal. Cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa, tem
necessariamente funções, cargos e agentes. Os órgãos integram a estrutura do Estado e das demais pessoas
jurídicas.
Como parte das entidades que integram, os órgãos são meros instrumentos de ação dessas pessoas
jurídicas, previamente ordenados para o desempenho das funções que lhes forem atribuídas pelas normas de sua
Constituição e funcionamento. Para eficiente realização de suas funções, cada órgão é investido de determinada
competência, redistribuída entre seus cargos, com a correspondente parcela de poder necessária ao exercício
funcional de seus agentes.

Classificação dos Órgãos Públicos

Existem três classificações de órgãos:


• quando à composição estatal,
• quanto à estrutura e
• quanto à composição.

Quanto à composição estatal classificam-se os órgãos públicos em:


• independentes,
• autônomos,
• superiores e
• subalternos.

I - Órgãos Independentes - São os originários da Constituição e representativos dos poderes de Estado,


Legislativo, Executivo e Judiciário. Os órgãos independentes estão colocados no ápice da pirâmide governamental,
sem qualquer subordinação hierárquica, e só sujeitos aos controles constitucionais de um poder pelo outro. Por
esta razão, são também denominados de órgãos primários do Estado. Esses órgãos detêm e exercem funções
políticas, judiciais e quase judiciais outorgadas diretamente pela Constituição, para serem desempenhadas
pessoalmente por seus membros que são os agentes políticos, segundo normas especiais e regimentais.
Nessa categoria encontram-se as chefias de executivo (Presidência da República, Governadorias dos
Estados e do Distrito Federal, Prefeituras Municipais), o Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado
Federal, Assembleias Legislativas, Câmara de Vereadores, Os Tribunais Judiciários e os Juízes Singulares
(Supremo Tribunal Federal, Tribunais Superiores Federais, Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça e
de Alçada dos Estados Membros, Tribunais do Júri e Varas das Justiças Comum e Especial). Também estão
incluídos nesta categoria, o Ministério Público Federal e Estadual e os Tribunais de Conta da União, dos Estados-
Membros e Municípios, os quais são órgãos funcionalmente independentes.

II - Órgãos Autônomos - São aqueles localizados também, na cúpula da administração, porém,


imediatamente abaixo dos órgãos independentes. Possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica,
caracterizando-se como órgãos diretivos, responsáveis pelas funções de planejamento, supervisão, coordenação
e controle de atividades que constituem sua área de competência.
São órgãos autônomos os Ministérios, as Secretarias de Estado e de Município, a Consultoria-Geral da
República e todos os demais órgãos subordinados diretamente aos chefes de poderes, aos quais prestam
assistência e auxílio imediatos. Seus dirigentes geralmente são agentes políticos nomeados em comissão.

III- Órgãos Superiores - São aqueles que possuem o poder de direção, controle, decisão e comando nos
assuntos de sua competência específica, mas sempre sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma
chefia mais elevada. Não gozam de autonomia administrativa nem financeira, que são atributos dos órgãos
independentes e dos autônomos a que pertencem. Sua liberdade funcional está restrita ao planejamento e
soluções técnicas, dentro de sua área de competência, com responsabilidade pela execução, geralmente a cargo
de seus órgãos subalternos. Nessa categoria estão incluídas Secretarias Gerais, Inspetorias Gerais, Gabinetes,
Procuradorias Administrativas e Judiciais, Coordenadorias, Departamentos e Divisões.

IV - Órgãos Subalternos - São todos os órgãos que se acham subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder de decisão e com predominância de atribuições de execução. Destinam-se à execução de serviços

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de rotina, cumprimento de decisões superiores e primeiras soluções em casos individuais, tais como os que, nas
repartições públicas, executam as atividades-meios e atendem ao público, prestando-lhe informações e
encaminhando seus requerimentos, como são as Portarias e Seções de Expediente.

b) Quanto à estrutura, os órgãos são classificados em:


• simples ou
• compostos.

I - Órgãos Simples ou Unitários - São os constituídos por um único centro de competência, como as
Portarias com diversos cargos e agentes.

II - Órgãos Compostos - São aqueles que reúnem na sua estrutura vários outros órgãos menores, como a
Secretaria de Educação, órgão composto que tem na sua estrutura diversas unidades escolares.

c) Quanto à composição, podem ser classificados em:


• órgãos singulares ou
• colegiados.

I - Órgãos Singulares - Também denominados de unipessoais. São aqueles que atuam e decidem através
de um único agente, que é seu chefe e representante. Esses órgãos podem ter muitos outros agentes auxiliares,
mas o que caracteriza sua singularidade é o desempenho de sua função precípua por um só agente investido
como seu titular.
São exemplos de órgãos singulares, a Presidência da República, as Governadorias dos Estados, e as
Prefeituras Municipais. A Presidência da República tem um único agente que é o Presidente; o Estado de São
Paulo, o Governador; o Município, o Prefeito.
II - Órgãos Colegiados - Também chamados de pluripessoais. São os órgãos que atuam e decidem por
meio da manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus membros. Nos órgãos colegiados não prevalece
a vontade individual de seu chefe ou presidente, nem a de seus integrantes de maneira isolada. O que vale
juridicamente é a decisão da maioria. É órgão colegiado por exemplo, o Tribunal de Impostos e Taxas.

Administração Pública Direta e Indireta


Numa visão global, a Administração é, pois, todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus
serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. A administração não pratica atos do governo; pratica,
tão somente, atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de
seus agentes. São os chamados atos administrativos, que por sua variedade e importância, merecem estudo em
capítulo especial.

Complementa dizendo que governo é atividade política e discricionária, enquanto que a administração é atividade
neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica; ou ainda, que governo é conduta independente;
administração é conduta hierarquizada.

Efetivamente, a Administração Pública é o instrumental de que dispõe o Estado (pessoa jurídica de direito público
interno - conforme nosso Código Civil; ou então território juridicamente organizado, constituído por leis próprios,
comandado por pessoas soberanamente cujo poder é emanado do próprio povo) para por em prática as
alternativas políticas e sociais preconizadas pelo Governo.

Em suma, a Administração Pública, em Direito Administrativo, tanto serve para designar as pessoas ou
agentes e órgãos governamentais, como a atividade administrativa em si. No primeiro caso, designando órgãos e
pessoas, deve ser escrita com letras maiúsculas, e no segundo, designando, a atividade, com minúsculas.

A Administração Pública pode ser:

Administração Direta é constituída pela União, os Estados Membros, o Distrito Federal, os Municípios,
os Ministérios (em nível Federal) e as Secretarias Estaduais e Municipais.

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As entidades que compõem a administração direta, são denominadas de pessoas políticas.

Administração Indireta compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade


jurídica própria:

I - Autarquias - São pessoas jurídicas de direito público, de natureza puramente administrativa, criadas
por lei específica para a realização de atividades, obras ou serviços descentralizados da entidade estatal que as
criou. São consideradas uma extensão da mão do Estado. Funcionam e operam na forma estabelecida na lei que
as instituiu e nos termos de seu regulamento. As autarquias podem desempenhar atividades econômicas,
educacionais, previdenciárias e quaisquer outras concedidas pela entidade estatal criadora, mas sem
subordinação hierárquica, sujeita apenas ao controle final de sua administração e da conduta de seus dirigentes.
As autarquias possuem autonomia financeira e administrativa, podendo inclusive ingressar em juízo contra a
entidade estatal que a criou, se esta intentar contra seus objetivos. As autarquias não possuem capacidade
legislativa, ao contrário da entidade estatal que as criou. Um exemplo de autarquia é o INSS.
Todos os serviços públicos essenciais, como a saúde a educação o transporte entre outros, devem ser
realizados pelas autarquias.

II - Empresas Públicas - Empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito Privado, criadas para a
prestação de serviços públicos ou para a exploração de atividades econômicas que contam com capital
exclusivamente público e são constituídas por qualquer modalidade empresarial. Se a empresa pública é
prestadora de serviços públicos, estará submetida a regime jurídico público. Se a empresa pública é exploradora
de atividade econômica, estará submetida a regime jurídico igual ao da iniciativa privada.
Alguns exemplos de empresas públicas:
" BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): embora receba o nome de banco, não
trabalha como tal. A única função do BNDS é financiar projetos de natureza social. É uma empresa pública
prestadora de serviços públicos.
" EMURB (Empresa Municipal de Urbanização): estabelece um contrato de gerenciamento com a Administração
Pública. É a empresa responsável pelo gerenciamento e acompanhamento de todas as obras dentro do Município.
É empresa pública prestadora de serviço público.
" EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos): é prestadora de serviço público (art. 21, X, da CF/88).
" Caixa Econômica Federal: atua no mesmo segmento das empresas privadas, concorrendo com os outros
bancos. É empresa pública exploradora de atividade econômica.
" RadioBrás: empresa pública responsável pela "Voz do Brasil". É prestadora de serviço público.
Características
As empresas públicas, independentemente da personalidade jurídica, têm as seguintes características:
" liberdade financeira: têm verbas próprias, mas também são contempladas com verbas orçamentárias;
" liberdade administrativa: têm liberdade para contratar e demitir pessoas, devendo seguir as regras da CF/88.
Para contratar, deverão abrir concurso público; para demitir, deverá haver motivação. Poderão adquirir bens, mas
deverá haver uma licitação;
" dirigentes próprios;
" patrimônio próprio.
Controle
Não existe hierarquia ou subordinação entre as empresas públicas e a Administração Direta, independentemente
de sua função. Poderá a Administração Direta fazer controle de legalidade e finalidade dos atos das empresas
públicas, visto que estas estão vinculadas àquela. Só é possível, portanto, controle de legalidade finalístico.
Criação
A lei não cria, somente autoriza a criação das empresas públicas, ou seja, independentemente da atividade que

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desenvolvam, a lei somente autorizará a criação das empresas públicas, não conferindo a elas personalidade
jurídica.
A empresa pública será prestadora de serviços públicos ou exploradora de atividade econômica. A CF/88 somente
admite a empresa pública para exploração de atividade econômica em duas situações (art. 173 da CF/88):
" fazer frente a uma situação de segurança nacional;
" fazer frente a uma situação de relevante interesse coletivo.
A empresa pública deve obedecer aos princípios da ordem econômica, visto que concorre com a iniciativa privada.
Quando o Estado explora, portanto, atividade econômica por intermédio de uma empresa pública, não poderão ser
conferidas a ela vantagens e prerrogativas diversas das da iniciativa privada (princípio da livre concorrência).
Privilégios
Quanto aos privilégios, são concedidos conforme a atividade desenvolvida:
" empresas públicas exploradoras de atividade econômica: não são dotadas dos mesmos privilégios da
Administração Direta, observado o princípio da livre concorrência, ou seja, não se pode conferir a elas nenhum
privilégio diverso daqueles conferidos às empresas privadas. O art. 173, § 1º, II, da CF/88 dispõe que as empresas
públicas que exploram atividade econômica terão as mesmas obrigações civis, trabalhistas, tributárias e comerciais
das empresas privadas. Ainda o art. 173, § 2º, dispõe que as empresas públicas não terão imunidade do art. 150,
§ 2º, quando estiverem exercendo atividade econômica;
" empresas públicas prestadoras de serviço público: não existe livre concorrência. Na área tributária, ainda
que a CF/88 não tenha mencionado, elas possuem os mesmos privilégios da Administração Direta, visto não
estarem em regime de livre concorrência. Na área processual, entretanto, não têm privilégios.
Responsabilidade
Quanto à responsabilidade das empresas públicas, temos que:
" empresas públicas exploradoras de atividade econômica: a responsabilidade do Estado não existe, pois, se
essas empresas públicas contassem com alguém que respondesse por suas obrigações, elas estariam em
vantagem sobre as empresas privadas. Só respondem na forma do § 6º do art. 37 da CF/88 as empresas privadas
prestadoras de serviço público, logo, se a empresa pública exerce atividade econômica, será ela a responsável
pelos prejuízos causados a terceiros (art. 15 do CC);
" empresas públicas prestadoras de serviço público: como o regime não é o da livre concorrência, elas
respondem pelas suas obrigações e a Administração Direta responde de forma subsidiária. A responsabilidade
será objetiva, nos termos do art. 37, § 6º, da CF/88.
Falência
" Empresas públicas exploradoras de atividade econômica: submetem-se a regime falimentar,
fundamentando-se no princípio da livre concorrência.
" Empresas públicas prestadoras de serviço público: não se submetem a regime falimentar, visto não
estarem em regime de concorrência.

III - Sociedades de Economia Mista - São empresas onde existe colaboração entre o Estado e
particulares, ambos reunindo recursos para a realização de uma finalidade sempre de ordem econômica.
A razão de ser das sociedades de economia mista, é que nem sempre o Estado dispõe de recursos
suficientes para investir em determinado empreendimento, que de maneira direta ou indireta, visa o interesse da
sociedade.
O Estado então, associasse a particulares objetivando a atender essas necessidades sociais, e os
particulares visando alcançar os objetivos pretendidos motivados pelo lucro. A sociedade de economia mista, será
sempre uma sociedade anônima (S/A), sendo, portanto, uma pessoa jurídica de direito privado, ou seja, uma
sociedade comercial, não gozando por esta razão de privilégios tributários ou processuais. O Banco do Brasil é
um exemplo de sociedade de economia mista.

IV - Fundações Públicas (entidades fundacionais) - São pessoas jurídicas de direito público,

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conforme orientação da Constituição Federal de 1988. As fundações são entidades semelhantes as autarquias,
pois a Lei 8112/90 equiparou as duas entidades ao instituir o "Regime Jurídico dos Servidores da União, Autarquias
e Fundações de Direito Público".

Após a Constituição de 1988 a doutrina e a jurisprudência estabeleceram dois tipos de fundações: a


pública e a privada.
Fundação Pública- É a que tem qualidade de autarquia, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.

Fundação Privada - É aquela que desempenha funções que não são características do Estado.
Exemplo: IBGE.

Centralização, descentralização, concentração e desconcentração.


Centralização: é a prestação de serviços diretamente pela pessoa política prevista constitucionalmente,
sem delegação a outras pessoas. Diz-se que a atividade do Estado é centralizada quando ele atua diretamente,
por meio de seus órgãos.

Obs.: Órgãos são simples repartições interiores da pessoa do Estado, e, por isso, dele não se distinguem. São
meros feixes de atribuições - não têm responsabilidade jurídica própria – toda a sua atuação é imputada às pessoas
a que pertencem. São divisões da Pessoa Jurídica.
Se os serviços estão sendo prestados pelas Pessoas Políticas constitucionalmente competentes, estará
havendo centralização.

Vantagens da Centralização:
• as decisões são tornadas por administradores que tem urna visão global da empresa;
• tomadores de decisões situados no topo e geralmente melhor treinados e preparados do que os que estão
nos níveis mais baixos;
• eliminação dos esforços duplicados reduz os custos operacionais;
• certas funções – como compras – quando centralizadas, provocam maior especialização e aumento de
habilidades;
• decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais.

Desvantagens da centralização:
1. as decisões não são tomadas por administradores que estão próximos dos fatos
2. tomadores de decisão situados no topo raramente tem contato com os trabalhadores e com as situações
envolvidas;
3. as linhas de comunicação mais distanciadas provocam demoras prolongadas;
4. administradores nos níveis mais baixos são frustrados porque estão fora do processo decisorial;
5. pelo envolvimento de muitas pessoas nas comunicações, há mais possibilidades de um erro e de distorções
pessoais.

Descentralização: é a transferência de execução do serviço ou da titularidade do serviço para outra pessoa,


quer seja de direito público ou de direito privado.

• São entidades descentralizadas de direito público: Autarquias e Fundações Públicas.


• São entidades descentralizadas de direito privado: Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista.
• Pode, inclusive, a execução do serviço ser transferida para entidades que não estejam integradas à
Administração Pública, como: Concessionárias de Serviços Públicos e Permissionárias.
• A descentralização, mesmo que seja para entidades particulares, não retira o caráter público do serviço,
apenas transfere a execução.

Vantagens da descentralização:
1. decisões são tomadas mais rapidamente pelos próprios executores

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2. tomadores de decisão são os que têm mais informação sobre a situação


3. maior envolvimento na tornada de decisões cria maior moral e motivação entre os administradores médios
4. proporciona bom treinamento para os administradores médios

Desvantagens da descentralização:
1. pode ocorrer a falta de informação e coordenação entre departamentos
2. maior custo por administrador devido ao melhor treinamento, melhor salário dos administradores nos níveis
mais baixos
3. administradores tendem a ter uma visão estreita e podem defender mais o sucesso de seus departamentos
em detrimento da empresa como um todo
4. políticas e procedimentos podem variar enormemente nos diversos departamentos

Desconcentração

A desconcentração é simples técnica administrativa, e é utilizada, tanto na Administração Direta, quando na


Indireta.

Ocorre a chamada desconcentração quando a entidade da Administração, encarregada de executar um ou


mais serviços, distribui competências, no âmbito de sua própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a
prestação dos serviços.

A desconcentração pressupõe, obrigatoriamente, a existência de uma só pessoa jurídica. Em outras palavras, a


desconcentração sempre se opera no âmbito interno de uma mesma pessoa jurídica, constituindo uma simples
distribuição interna de competências dessa pessoa.

SERVIÇO DESCONCENTRADO - Ocorre desconcentração, por exemplo, no âmbito da Administração Direta


Federal, quando a União distribui as atribuições decorrentes de suas competências entre diversos órgãos de sua
própria estrutura, como os ministérios (Ministério da Educação, Ministério dos Transportes etc.); ou quando uma
autarquia, por exemplo, uma universidade pública, estabelece uma divisão interna de funções, criando, na sua
própria estrutura, diversos departamentos (Departamento de Graduação, Departamento de Pós-Graduação,
Departamento de Direito, Departamento de Filosofia, Departamento de Economia etc.).
• É uma técnica administrativa de simplificação e aceleração do serviço dentro da mesma entidade,
• Diversamente da descentralização, que é uma técnica de especialização, consiste na retirada do serviço de
dentro de uma entidade e transferência a outra para que o execute com mais perfeição e autonomia.

Obs.: tanto a concentração como a desconcentração, poderá ocorrer na estrutura administrativa centralizada ou
descentralizada.

- A complexidade das funções do Estado, quer quanto à soma de atividades que exerce, quer quanto à sua
variedade, trouxe como consequência imediata a sobrecarga de seus serviços, pela incapacidade de adaptar a
sua máquina administrativa à multiplicidade de serviços a seu cargo.

- Movido por tais motivações o Estado acaba por transferir seguidamente, a outras pessoas jurídicas, a execução
de muitos serviços públicos objetivando basicamente a celeridade e eficiência destes. Estas pessoas jurídicas que
irão titularizar interesses coletivos das mais variadas ordens, podem regular-se por princípios de Direito privado ou
público, podendo ou não ter prerrogativas especiais. Tudo isto a depender da necessidade pública do serviço que
irão desempenhar.

Como se vê, a desconcentração, mera técnica administrativa de distribuição interna de funções, ocorre, tanto na
prestação de serviços pela Administração Direta, quanto pela Indireta. É muito mais comum falar-se em
desconcentração na Administração Direta pelo simples fato de as pessoas que constituem as Administrações
Diretas (União, estados, Distrito Federal e municípios) possuírem um conjunto de competências mais amplo e uma
estrutura sobremaneira mais complexa do que os de qualquer entidade das Administrações Indiretas. De qualquer
forma, temos desconcentração tanto em um município que se divide internamente em órgãos, cada qual com
atribuições definidas, como em uma sociedade de economia mista de um estado, um banco estadual, por exemplo,

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que organiza sua estrutura interna em superintendências, departamentos ou seções, com atribuições próprias e
distintas, a fim de melhor desempenhar suas funções institucionais.

A prestação concentrada de um serviço ocorreria em uma pessoa jurídica que não apresentasse divisões em
sua estrutura interna. É conceito praticamente teórico.

Qualquer pessoa jurídica minimamente organizada divide-se em departamentos, seções etc., cada qual com
atribuições determinadas. Na Administração Pública é provável que não exista nenhuma pessoa jurídica que não
apresente qualquer divisão interna. Talvez algum município muito pequeno possa prestar todos os serviços sob
sua competência sem estar dividido em órgãos, concentrando todas as suas atribuições na mesma unidade
administrativa, que se confundiria com a totalidade da pessoa jurídica não subdividida em sua estrutura interna...

A par da pouco provável hipótese acima, podemos falar em concentração quando determinada pessoa jurídica
extingue órgãos ou unidades integrantes de sua estrutura, absorvendo nos órgãos ou unidades restantes, os
serviços que eram de competência dos que foram extintos. Nesse caso, terá ocorrido concentração administrativa
em relação à situação anteriormente existente. É, por isso, uma concentração relativa: a pessoa jurídica concentrou
em um menor número de órgãos ou unidades o desempenho de suas atribuições. Entretanto, enquanto existirem
pelo menos dois órgãos ou unidades distintas, com atribuições específicas, no âmbito da mesma pessoa jurídica,
diremos que ela presta seus serviços desconcentradamente.

Por último, cabe registrar que Hely Lopes Meirelles entende que um órgão não subdividido em sua estrutura,
portanto um órgão simples (em oposição a órgão composto), exerce suas atribuições concentradamente. Deve-se
tomar cuidado aqui, pois a existência de órgãos significa que a pessoa jurídica a que eles pertencem exerce suas
atribuições desconcentradamente. Cada órgão composto dessa pessoa jurídica também exerce
desconcentradamente suas atribuições, por meio dos órgãos que o compõem. Quando chegamos, mediante essas
subdivisões sucessivas, a um órgão que não mais se subdivide, teremos, então, um órgão simples. Esse órgão,
segundo o autor, exerce suas atribuições de forma concentrada (mas, repita-se, a pessoa jurídica que ele integra
pratica a desconcentração administrativa, presta seus serviços desconcentradamente).

Como vimos, os conceitos de centralização/descentralização e de concentração/desconcentração não


são mutuamente excludentes. Com efeito, um serviço pode, por exemplo, ser prestado centralizadamente
mediante desconcentração, se o for por um órgão da Administração Direta, ou pode ser prestado
descentralizadamente mediante desconcentração, se o for por uma superintendência, divisão, departamento,
seção etc. integrante da estrutura de uma mesma pessoa jurídica da Administração Indireta (autarquia, fundação
pública, empresa pública ou sociedade de economia mista). É possível ainda, ao menos teoricamente, termos um
serviço centralizado e concentrado (conforme o improvável exemplo do pequeno município acima apresentado) e
um serviço descentralizado e concentrado (seria o caso, igualmente pouco provável, de uma entidade da
Administração Indireta, como uma autarquia municipal, sem qualquer subdivisão interna).

Resumindo...

A desconcentração é procedimento eminentemente interno, significando, tão somente, a substituição


de um órgão por dois ou mais com o objetivo de acelerar a prestação do serviço. Na desconcentração
o serviço era centralizado e continuou centralizado, pois que a substituição se processou apenas
internamente.
Na desconcentração, as atribuições administrativas são outorgadas aos vários órgãos que compões a
hierarquia, criando-se uma relação de coordenação e subordinação entre um e outros. Isso é feito com
o intuito de desafogar, ou seja, desconcentrar, tirar do centro um grande volume de atribuições para
permitir o seu mais adequado e racional desempenho.

Na concentração ocorre o inverso da desconcentração. Há uma transferência das atividades dos órgãos
periféricos para os centrais.

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Entidades Paraestatais
Entidades paraestatais é nome dado àqueles entes que, não obstante, possuam personalidade jurídica própria e
estejam disciplinados por algumas normas de direito público, não se enquadram nos moldes legais previstos para
que pertençam ao quadro de entes da Administração Pública Direita ou Indireta.

Esses entes, também chamados de “Entes com situação peculiar” ou “Terceiro Setor”, exercem as mais diversas
funções em regime de colaboração, fomento e contribuição com Estado, sem, no entanto, se confundir com ele.
Estão incluídos, portanto, na categoria de Terceiro Setor justamente porque não fazem parte do Primeiro Setor, ou
seja, o Estado, e nem do Segundo Setor, o mercado, sendo caracterizadas pela prestação de atividade de
interesse público, não exclusiva do Estado, autorizada em lei e sem fins lucrativos, sob o regime de Direito Privado.

As Entidades Paraestatais podem ser classificadas como:

- Ordens e Conselhos Profissionais


São órgãos incumbidos do chamado “poder de polícia das profissões”, que embora pertença originariamente à
Administração Pública é delegado a esses entes, visando uma otimização na fiscalização e administração do
exercício das profissões.

Diversas leis atribuíram personalidade jurídica as Ordens profissionais, sem, no entanto, especificar se possuem
natureza pública ou privada. Visando sanar essa dúvida objetiva, foi editada a Lei 9649/98(3), que estabeleceu
que os conselhos possuem natureza jurídica de regime privado. No entanto, na ADIN 1.1717-6 julgada em
07.11.2002, declarou-se a inconstitucionalidade do art. 58, parágrafos 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º, sendo desde então
considerados tais entes como autarquias especiais, vez que não fazem parte da Administração Pública e nem
sujeitam-se à tutela ministerial.

- Entidades de apoio
Essas entidades, mais comumente, assumem a forma de fundação, mas também podem assumir a forma de
associação ou cooperativa.

Entidades de Apoio são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores públicos,
em regime de direito privado, mediante convênio com a Administração Pública que geralmente destinam-se a
colaborar com instituições de ensino e pesquisa. Não fazem parte da Administração Pública nem das
Universidades ou Instituições que prestam auxílio, mas são instituídas pelo Poder Público, representado na pessoa
dos servidores públicos e mediante aplicação de recursos desses, que também serão os prestadores de serviço,
utilizando-se da sede, instrumentos e equipamentos públicos.
Essas entidades, mais comumente, assumem a forma de fundação, mas também podem assumir a forma de
associação ou cooperativa.

Não possuem legislação específica que as regulamente, a não ser a Lei 8.958 de 20.12.1994, que dispõe
especificamente a respeito da relação celebrada entre instituições federais de ensino superior e de pesquisa
científica e tecnológica e fundações de apoio.

- Empresas controladas pelo Poder Público


São empresas que embora possuam natureza jurídica de direito privado são controladas de alguma forma pelo
Poder Público. Não fazem parte da Administração Pública, pois possuem natureza eminentemente privada e
porque lhes falta algum requisito essencial para que figurem como membros públicos como instituição por lei, ou
ausência de algum elemento especial para que se enquadre como Empresa Pública ou Sociedade de Economia
Mista.

O exemplo mais comum desse tipo de entidade ocorre quando a Administração adquire o controle acionário de
uma empresa privada: não obstante essa empresa não seja pública, por força de estar sob o controle acionário da
Administração Pública deverá se sujeitar a algumas normas de direito público. Assim, deverão respeitar a Lei
8666/93, no que tange a celebração de contratos, que necessariamente deveram ser precedidos de licitação e
submeter-se ao controle externo exercido pela Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas, por expressa
disposição constitucional.

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- Serviços sociais autônomos


O exemplo mais conhecido que temos desse tipo de entidade é o SESC, SENAC, SENAI e SESI. Eles são pessoas
jurídicas de Direito Privado que prestam serviço de relevante interesse social à população em geral ou à uma
determinada classe profissional. Não possuem fins lucrativos, mas recebem recursos e contribuições,
indispensáveis à sua manutenção, de classes profissionais e empresas ou mediante convênios com a
Administração Pública.

Em virtude do serviço, o qual possui natureza eminentemente pública se sujeita, derrogativamente, a certas normas
de direito público como a exigência de teste seletivo para a contratação de seu quadro de pessoal e a submissão
ao controle exercido pelo Tribunal de Contas (somente quando receber recursos públicos), conforme disposto no
artigo 70, parágrafo único da Constituição Federal.

- Organizações sociais
São pessoas jurídicas de Direito Privado que mediante contrato de gestão com a Administração Pública prestam
serviços sociais sem fins lucrativos, dirigidos ao ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção
e preservação do meio ambiente e à saúde.

Esses entes foram regulamentados formalmente pela Lei 9.637 de 15.05.1998 que estabeleceu quais requisitos
deverão ser atendidos para que uma pessoa jurídica de direito privado seja qualificada como organização social e
assim possa receber recursos públicos. Os principais requisitos exigidos para que a pessoa jurídica de direito
privado adquira o status de entidade de utilidade pública é possuir um órgão de deliberação superior, o chamado
“Conselho de Administração”, formado por representantes do Poder Público e de membros da comunidade de
notória capacidade profissional e idoneidade moral e a habilitação perante a Administração Pública, visando
receber a declaração de organização social.

Uma vez cumpridos os requisitos exigidos, a entidade passará a receber recursos estatais de forma a promover o
fomento e incentivo de suas atividades, através da celebração de um contrato de gestão entre a Administração
Pública e a entidade privada. O status de organização social, no entanto, poderá ser revogado a qualquer tempo,
desde que não cumpridas as normas estabelecidas no contrato de gestão.

As organizações sociais vêm sendo alvo de crítica por parte da doutrina devido ao seu flagrante caráter de
mascarar uma situação que deveria sujeitar-se as regras atinentes à Administração Pública, mas que está a
margem de tais normas por não fazer parte da Administração Pública, vez que é um ente paraestatal. Segundo
Maria Silvia Zanella de Pietro essa camuflagem é evidente já que “o fato de organização social absorver atividade
exercida por ente estatal e utilizar o patrimônio público e os servidores públicos entes a serviço desse mesmo ente,
que resulta extinto, não deixa dúvidas de que sob todos os aspectos estaria sujeita ao direito público”.

Além disso, não devemos nos esquecer de princípios indisponíveis que regem a administração pública, quais
sejam o da preocupação com a preservação do patrimônio público, e com a gratuidade e universalidade dos
serviços públicos nas áreas acima indicadas. Tais princípios inegavelmente não estão sendo obedecidos, vez que,
com a concessão indiscriminada de habilitação a pessoas jurídicas de direito privado como organização social, o
serviço público que deveria ser gratuito e universal, passa a ser, na maioria das vezes oneroso e restrito, pois não
se exigem dos entes paraestatais respeito todas as limitações e princípios a que se sujeitam demais órgãos
públicos.

- Organizações da sociedade civil de interesse público


Este tipo de entidade possui muitas semelhanças com as Organizações Sociais. Assim como as Organizações
Sociais as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos e instituídas por particulares, que prestam serviços de utilidade pública de competência não exclusiva
do Estado.

No entanto, apresentam um importante diferencial relacionado com o objetivo estatal almejado ao instituir tais
entidades: enquanto as organizações sociais são claramente instituídas com a finalidade de extinguir a atividade
estatal da área onde atuam as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público são instituídas pelo Estado
com a intenção de realmente promover fomento ou incentivo a determinada atividade.

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Além desse diferencial marcante podemos constatar que por se tratar de atividade de real fomento estatal, a
sociedade civil de interesse público se sujeita a requisitos bem mais rígidos para obtenção de sua qualificação, se
comparada com a organização social. Entre eles podemos destacar a necessidade da entidade atuar em uma das
atividades elencadas no art. 3º da Lei 9790 de 23.03.1999(7) e sua habilitação perante o Ministério da Justiça.

Além disso, o art. 4º da mesma lei exige: a inscrição no estatuto das pessoas jurídicas interessadas princípios
como o da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência; a adoção de
práticas de gestão que dificultem de forma pessoal ou coletiva a obtenção de vantagens pessoais decorrentes da
participação no respectivo processo decisório e a prestação de contas, quando se utilizar de bens ou recursos
públicos, conforme determina o art. 70 da CF.

Agências Executivas e Reguladoras


Entre as recentes alterações na organização administrativa do Estado, registramos a criação de autarquias
especiais, denominadas de agências reguladoras, e a qualificação de autarquias e fundações como agências
executivas.
Agência reguladora, segundo Di Pietro, é, no direito brasileiro, qualquer órgão da Administração Direta ou entidade
da Administração Indireta com função de regular matérias que lhe estão afetas. O objetivo institucional da agência
reguladora é o controle de pessoas privadas incumbidas da prestação de serviços públicos, sob a forma de
concessão ou permissão.
São atribuições das agências reguladoras: regulamentar os serviços que constituem objeto da delegação; realizar
o procedimento licitatório para escolha dos concessionários; celebrar o contrato de concessão; definir o valor da
tarifa; controlar a execução dos serviços; aplicar sanções; exercer o papel de ouvidor de denúncias e reclamações
dos usuários, etc.
Exemplos:
a) Agências Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), criada pela Lei 9.472/96;
b) Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), criada pela Lei 9.47297
c) Agência Nacional do Petróleo (ANP), criada pela Lei 9.478/97.
Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato com o órgão da
Administração Direta a que se acha vinculada, para a melhoria da eficiência e redução de custos.
Em regra, segundo Di Pietro, não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva. Trata-
se de entidade preexistente (autarquia ou fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais,
recebe a qualificação de agência executiva, podendo perde-la, se deixar de atender aos mesmos requisitos.

Atos Administrativos
O poder estatal no sistema constitucional brasileiro é representado pelos três poderes:
• Executivo,
• Legislativo e
• Judiciário.

Assim, cada órgão tem uma função típica.

A função típica do Poder Executivo é administrar, a do Legislativo elaborar as leis e a do Judiciário julgar.

A prática da administração, cabe ao órgão executivo, mas tanto o Poder Legislativo, quanto o Judiciário também
praticam a função administrativa, de maneira típica, ou seja, excepcionalmente.

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A prática de atos administrativos cabe, normalmente ao órgão executivo, mas, as autoridades judiciárias e
legislativas também os praticam, embora, de maneira restrita, quando por exemplo, ordenam seus próprios
serviços ou, quando dispõem sobre seus servidores ou expedem instruções sobre matéria de sua exclusiva
competência.

Pode-se afirmar em sentido lato, que todo ato praticado no exercício da função administrativa é ato da
administração.

A expressão "ato da administração" tem sentido mais amplo do que a expressão "Ato Administrativo", que abrange
somente determinadas categorias de atos praticados no exercício da função administrativa.

Conceito de Ato Administrativo


O conceito de ato administrativo é basicamente o mesmo do ato jurídico, pois é uma das espécies que compõe o
gênero ato jurídico, diferenciando-se deste como uma categoria voltada para a finalidade pública, em virtude da
participação do Estado na relação jurídica.

O artigo 81 do CC prescreve que ato jurídico "é todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar,
transferir, modificar ou extinguir direitos".

Não existe uma definição legal de ato administrativo, razão pela qual é conceituado doutrinariamente.

Para Hely Lopes Meirelles "ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da administração pública
que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos, ou impor obrigações, aos administrados ou a si próprio".

Requisitos do Ato Administrativo


Cinco são os requisitos do ato administrativo:

a) Competência - É a condição principal para sua validade, pois, nenhum ato, discricionário ou vinculado, pode
ser realizado validamente, sem que o agente disponha de poder para praticá-lo.

Competência Administrativa - É o poder atribuído pela lei, ao agente da administração para o desempenho de
uma função.
Todo ato emanado de agente incompetente, ou realizado além do limite de que dispõe a autoridade incumbida de
sua prática, é inválido.

b) Finalidade - É o requisito que impõe, que o ato administrativo seja praticado unicamente para um fim de
interesse público, isto é, do interesse da coletividade.
A finalidade, tem que ser indicada na lei, pois não é qualquer finalidade pública que satisfaz ou torna legítimo o ato
administrativo. A prática de qualquer ato sem um fim público é nula por desvio de finalidade. Além disso, o agente
público não pode praticar um ato visando um fim inerente a outro, mesmo que ambos sejam de sua competência
e sejam referentes a um interesse público. Assim, é nulo, o ato de remoção de um funcionário com o objetivo de
puni-lo, uma vez que o ato de remoção não tenha finalidade de punir, e se a punição é o fim que se deseja, deve-
se utilizar o ato administrativo correspondente.

c) Forma - É o revestimento do ato administrativo. É o aspecto que revela sua existência. A forma é necessária
para que o ato seja válido, pois a inexistência da forma, consequentemente leva a inexistência do ato.
A forma mais utilizada é a forma escrita, como por exemplo, o despacho em processo administrativo que pune
servidor que agiu irregularmente. Há também atos orais, como ordens expedidas a um servidor, atos pictóricos,
como as placas de sinalização de trânsito, etc.

d) Motivo ou Causa- É a circunstância de fato ou de direito que autoriza ou impõe ao agente público a prática
do ato administrativo. São ações ou omissões dos agentes públicos ou dos administrados ou, ainda, necessidades

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do Poder Público que impulsionam a administração pública à expedição do ato administrativo.


Exemplo: a necessidade de um veículo para determinado serviço público, pode gerar a oportunidade para a edição
do ato administrativo que determina a abertura da licitação. Neste caso, a necessidade do veículo, foi o motivo que
levou a administração pública a praticar o referido ato.

e) Objeto - É também chamado de conteúdo. É todo ato administrativo que tem por finalidade a criação,
modificação ou comprovação de situações jurídicas relativas as pessoas, coisas, ou atividades sujeitas à ação do
Poder Público.
Objeto ou conteúdo é o que o ato administrativo prescreve, ou dispõe. É a razão de ser do ato.
Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello o objeto do conteúdo é "o que o ato decide, enuncia, certifica, opina ou
modifica na ordem jurídica"

São exemplos de conteúdo:


O desligamento do agente público, no ato de exoneração do funcionário ocupante de um cargo de provimento em
comissão; horário de funcionamento, no ato que fixa os horários de abertura e de encerramento das repartições.

Atributos
Possui o ato administrativo algumas características, atributos, que o diferenciam dos atos jurídicos privados,
dando-lhes características próprias, e que são a presunção de legitimidade, a imperatividade e a auto
executoriedade.

1) Presunção de Legitimidade
Todo o ato administrativo, qualquer que seja sua categoria ou espécie, nasce com a presunção de legitimidade,
independentemente da norma legal que a estabeleça, em virtude do princípio da legalidade da Administração.

Por esta presunção juris tantum, a execução dos atos administrativos fica imediatamente autorizada, mesmo
havendo vício ou defeito que os levem à invalidade. O ato administrativo pressupõe sempre um ato válido e, se
acabado, perfeito.

O ato administrativo é perfeito quando completa o ciclo necessário à sua formação, ou seja, após esgotadas todas
as fases necessárias a sua produção. É válido quando expedido em conformidade com as exigências ao sistema
normativo, isto é, quando atendido todos os requisitos estabelecidos pela ordem jurídica.

Outra consequência da presunção de legitimidade é a transferência do ônus da prova de invalidade do ato


administrativo para quem a invoca. A prova do defeito apontado contra o ato ficará sempre a cargo do impugnante
e, até prova em contrário, o ato terá plena eficácia. A eficácia é a idoneidade que se reconhece ao ato administrativo
para produzir seus efeitos específicos.

Assim, todo o ato é eficaz quando os efeitos que lhes são próprios não dependem de qualquer evento posterior,
como uma condição suspensiva, termo inicial ou ato controlador a cargo de outra autoridade.

Observa-se então que o Ato Administrativo deve ser perfeito, válido e eficaz. Do que resulta poder ser:

a) perfeito, válido e eficaz = quando, concluído o seu ciclo de formação, encontra-se plenamente ajustado às
exigências legais e está disponível para produzir seus efeitos;

b) perfeito, invalido e eficaz = quando, concluído seu ciclo de formação e, apesar de não se achar de acordo
com as exigências normativas, encontra-se produzindo os efeitos que lhes são próprios;

c) perfeito, válido e ineficaz = quando, concluído seu ciclo de formação e estando adequado aos requisitos de
legitimidade, ainda não se encontra disponível para produzir seus efeitos típicos.

2) Imperatividade

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É o atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade (= imposição, a obrigatoriedade) para o seu
cumprimento ou execução, estando ele presente em todos os atos. Decorre da própria existência do ato
administrativo, sem depender da sua validade ou não, visto que as manifestações de vontade do Poder Público
trazem em si a presunção de legitimidade.

Assim, o ato administrativo, dada sua imperatividade, deve ser sempre cumprido, sob pena de sujeitar-se à
execução forçada pela Administração ou pelo Judiciário. Lembre-se, no entanto que, nem todos os atos
administrativos possuem tal característica, veja por exemplo os Atos Anunciativos.

3) Auto executoriedade
Consiste na possibilidade presente que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela
própria Administração, independentemente de ordem judicial. De fato, a Administração não poderia bem
desempenhar sua missão de autodefesa dos interesses sociais se, a todo momento, ao encontrar resistência
natural do particular, tivesse que recorrer ao Judiciário para remover a oposição contra a atuação pública.

Assim, as prestações típicas como as decorrentes do poder de polícia, em atos de fiscalização, por exemplo,
podem ser exigidas e executadas imediata e diretamente pela Administração, sem mandado judicial. Contudo, o
reconhecimento de auto executoriedade tomou-se mais restrito em face do art. 5°, LV, da Constituição Federal de
1988 (CF/88), que assegura o contraditório e ampla defesa inclusive contra os procedimentos administrativos.
Mesmo assim, parece-nos, deve ser ela reconhecida sempre.

Espécies de Atos Administrativos


Pelos caracteres comuns que os assemelham e pelos traços individuais que os distinguem, os atos administrativos
podem ser analisados pelas seguintes espécies classificatórias:

Atos Normativos
Os atos administrativos normativos são aqueles que contém um comando geral do Executivo, visando a correta
aplicação da lei, tendo como objetivo direto o de explicitar a norma legal a ser observada pela Administração e
pelos administrados. São eles:

Decretos - Em sentido próprio e restrito são atos administrativos da competência exclusiva dos Chefes do Poder
Executivo (Federal, estadual e municipal), destinados a prover situações gerais ou individuais, abstratamente
previstas pela legislação, de modo expresso, implícito ou explícito. De modo geral, o decreto é normativo e geral,
podendo ser específico ou individual, e é sempre hierarquicamente inferior à lei, por isso não podendo contrariá-
la. Admite-se duas modalidades:

a) Decreto Independente ou Autônomo: é o que dispõe sobre matéria ainda não regulada especificamente em
lei. A doutrina aceita esses provimentos administrativos "praeter legem" (ato a que completa ou complementa a
lei) para suprir a omissão do legislador, desde que não invadam as reservas, da lei; é, as matérias que somente a
lei pode regular.

b) Decreto Regulamentar ou de Execução: o que visa a explicar a lei e facilitar-lhe a execução, tomando claro
seus mandamentos e orientando sua explicação. É o tipo de decreto que aprova, em texto à parte, o regulamento
a que se refere.

Regulamentos - São atos administrativos postos em vigência por decreto, para especificar os mandamentos da
lei, ou prover situações ainda não disciplinadas por lei.

Quatro, portanto, são as características do regulamento:

a) é ato administrativo, e não legislativo;


b) é ato explicativo ou supletivo da lei;

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c) é ato hierarquicamente inferior à lei;


d) é ato de eficácia externa.

Logo, embora o regulamento não possa modificar a lei, por subordinar-se a ela, tem a missão de explicá-la e prover
sobre os detalhes não abrangidos pela lei editada pelo Legislativo. Se contrariar a lei, toma-se írrito (sem efeito)
e nulo.

Regimentos - São atos administrativos normativos de atuação interna, destinados a reger o funcionamento de
órgãos colegiados e de corporações legislativas. Como ato regulamentar interno, o regimento só se dirige aos que
devem executar o serviço ou realizar a atividade funcional regimentada, sem obrigar aos particulares em geral.
Distinguem-se dos regulamentos independentes e de execução que disciplinam situações gerais entre a
Administração e os administrados, estabelecendo relações jurídicas. Os regimentos destinam-se, a prover o
funcionamento dos órgãos da Administração; atingindo o pessoal interno a eles vinculados.

Resoluções - São atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades do Executivo (Ministros,
Secretários de Estado, etc.), ou pelos presidentes de tribunais, órgãos legislativos e colegiados administrativos,
para disciplinar matéria de sua competência específica e determinar a conduta de seus agentes. Por exceção,
admitem-se resoluções individuais. As resoluções, normativas ou individuais, são sempre atos inferiores ao
regulamento e ao regimento, não podendo inová-los ou contrariá-los, mas tão somente complementá-los e explicá-
los. Têm efeitos internos e externos, conforme o campo de atuação. Emanam do Poder hierárquico.

Deliberações - São atos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados. Quando normativas são
atos gerais; quando decisórias são atos individuais. As gerais são sempre superiores às individuais. As
deliberações devem sempre obediência ao regulamento e ao regimento que houver para a organização e
funcionamento do colegiado. Quando expedidos em conformidade com as normas superiores são vinculantes para
a administração e podem gerar direitos subjetivos para seus beneficiários.

Atos Ordinatórios
São todos aqueles que visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes.
São provimentos, determinações ou esclarecimentos que se endereçam aos servidores públicos a fim de orientá-
los no desempenho de suas atribuições. Emanam do poder hierárquico e podem ser expedidos por qualquer chefe
de serviço aos seus subordinados, nos limites de sua competência. São inferiores aos atos normativos, porque
não criam direitos nem obrigações. Constituem-se em:

Instruções - São ordens escritas e gerais a respeito do modo e forma de execução de determinado serviço
público, expedidas pelo superior hierárquico visando orientar os subalternos no desempenho de suas atribuições,
assegurando a unidade de ação no organismo, objetivando a execução das leis, decretos e regulamentos (CF/88,
art. 87, § único, II). Obviamente, não podem contrariar tais espécies normativas. São de âmbito interno.

Circulares - São ordens escritas de caráter uniforme, expedidas a determinados funcionários ou agentes
administrativos incumbidos de certos serviços ou atribuições, e de menor generalidade que as instruções.

Avisos - São atos emanados dos Ministros de Estado sobre assuntos afetos a seus ministérios. Foram
largamente usados no tempo do Império, mas hoje restringem-se com mais frequência aos ministérios militares,
ordenando serviços.

Portarias - São atos administrativos internos, pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços, expedem
determinações gerais ou especiais aos seus subordinados, ou designam servidores para funções e cargos
secundários. Também é por portarias que se iniciam sindicâncias e processos administrativos, assemelhando-se,
nesse caso, à denúncia no processo penal.

Ordens de Serviços - São determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos
autorizando o seu início, ou então, contendo imposições de caráter administrativo, ou especificações técnicas
sobre o modo e a forma de sua realização.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Ofícios - Segundo Hely: São comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos
e superiores, e entre Administração e particulares, em caráter oficial.

À luz desse conceito, deduzimos que:

• Somente autoridades (de órgãos oficiais) produzem ofícios, e isso para tratar de assuntos oficiais.
• O oficio pode ser dirigido a: outras autoridades; particulares em geral (pessoas, firmas ou outro tipo de
entidade).
• Entidades particulares (clubes, associações, partidos, congregações, etc.) não devem usar esse tipo de
correspondência.
• No universo administrativo, o oficio tem sentido horizontal vertical ascendente, isto é, vai de um órgão público
a outro, de uma autoridade a outra, mas, dentro de um mesmo órgão, não deve ser usado pelo escalão superior
para se comunicar com o escalão inferior (sentido vertical descendente).
• Não se confundem com requerimentos e petições.

Despachos - São decisões administrativas que as autoridades executivas ou legislativas e judiciárias, em


funções administrativas proferem em papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação. Tais
despachos não se confundem com as decisões judiciais proferidas, portanto, pelos juízes e tribunais do Poder
Judiciário investidos da função jurisdicional.

Atos Negociais
São aqueles que visam a concretização de negócios jurídicos públicos, de interesse da Administração e do próprio
administrado, regidos pelo direito privado (civil e comercial), ou seja, são declarações de vontade da autoridade
administrativa, destinadas a produzir efeitos específicos e individuais para o particular interessado, mas não se
confundem com contratos administrativos. Classificam-se em:

Licença - É ato administrativo vinculado e definitivo, pelo qual o Poder Público, verificando que o interessado
atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais
antes vedados ao particular, como p. ex., exercício de uma profissão, construção de um edifício em terreno próprio,
etc.

Autorização - É o ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível ao
pretendente a realização de certa atividade, serviço, ou a utilização de determinados bens particulares ou públicos,
de seu exclusivo ou predominante interesse, que a lei condiciona aquiescência prévia da Administração, tais como
o uso especial de bem público, o porte de arma, o trânsito por determinados locais, etc.

Permissão - É o ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público faculta ao
particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou uso especial de bens públicos, a título gratuito ou
remunerado, nas condições estabelecidas pela Administração. Não se confunde com concessão nem com
autorização, a concessão é contrato administrativo bilateral; a autorização é ato unilateral. Pela concessão
contrata-se um serviço de utilidade pública; pela autorização, consente-se uma atividade ou situação de interesse
exclusivo ou predominante do particular. Pela permissão, faculta-se a realização de uma atividade de interesse
concorrente do permitente, do permissionário e do público (permissão para explorar o transporte coletivo). É
permissível a permissão condicionada, ou seja, a dada sob condições, limitando o próprio Poder Público na
faculdade de, discricionariamente, revogá-la a qualquer tempo, fixando a norma legal, o prazo de sua vigência e/ou
assegurando outras vantagens ao permissionário, como incentivo para a execução do serviço.

Aprovação - É o ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e o mérito de outro ato, ou de
situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou de particulares, dependentes
de seu controle, e consente na sua execução ou manutenção. Pode ser prévia ou subsequente, vinculada ou
discricionária, consoante os termos em que é instituída, pois em certos casos limita-se a confrontar os requisitos
da lei.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Admissão - É o ato administrativo vinculado pelo qual o Poder Público, verificando a satisfação de todos os
requisitos legais pelo particular, defere-lhe determinada situação jurídica de seu exclusivo ou predominante
interesse, como ocorre no ingresso aos estabelecimentos de ensino mediante concurso de habilitação (vestibular).
O direito à admissão, desde que reunidas todas as condições legais, nasce do atendimento dos pressupostos
legais, que são vinculantes para o próprio poder que os estabelece.

Visto - É o ato administrativo vinculado pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria Administração ou
do administrado, aferindo a sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade. Não se confunde com espécies
afins, como autorização, homologação, etc., porque nestas há exame de mérito, e no visto incide sempre sobre
um ato anterior e não alcança o seu conteúdo.

Homologação - É o ato administrativo de controle pelo qual a autoridade superior examina a legalidade e a
conveniência de ato anterior da própria Administração, de outra entidade ou de particular, para dar-lhe eficácia.

Dispensa - É o ato administrativo que exime o particular do cumprimento de determinada obrigação até então
exigida por lei, como p. ex., a prestação de serviço militar. É normalmente discricionário.

Renúncia - É o ato administrativo pelo qual o Poder Público extingue unilateralmente um crédito ou um direito
próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração. Tem caráter abdicativo, por isso
não admite condição e, uma vez consumada, é irreversível.

Protocolo Administrativo - É o ato negocial pelo qual o Poder Público acerta com o particular a realização de
determinado empreendimento ou atividade, ou abstenção de certa conduta no interesse recíproco da
Administração e do administrado que assinou o instrumento protocolar. Este ato é vinculante para todos os que o
subscrevem. Inclui-se aí o protocolo de intenção.

Atos Enunciativos
São aqueles que, mesmo não contendo norma de atuação ou ordem de serviço ou qualquer relação negocial entre
o Poder Público e o particular, enunciam uma situação existente, sem qualquer manifestação de vontade da
Administração. São todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma
opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao seu enunciado. Entre os atos mais comuns desta espécie
destacam-se:

Certidões - São cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos constantes de processo, livro ou
documento que se encontre nas repartições públicas. Podem ser de inteiro teor ou resumidas, desde que retratem
fielmente o que expressa o original. As certidões administrativas, desde que autenticadas têm o mesmo valor
probante do original, como documentos públicos que são, conforme dispõe o Código Civil, art. 136, II; e Cód.
Processo Civil, arts. 364 e 365, III, e seu fornecimento independe do pagamento de taxas (CF/88, art. 5°, inciso
XXXIV, b), constituindo-se num dever constitucional.

Atestados - São atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento
por seus órgãos competentes. A certidão refere-se a atos ou fatos permanentes, deferindo do atestado, que se
refere a ato ou fato transitório, não constante de livros, papéis ou documentos.

Pareceres - Os pareceres administrativos são manifestações unilaterais emitidas por órgãos técnicos,
denominados consultivos, quando solicitados, jamais ex officio, sobre assuntos submetidos à sua consideração, e
tem caráter meramente opinativo, não vinculando a Administração ou os particulares à sua motivação ou
conclusões, salvo se aprovado por ato subsequente, pois o que subsiste como ato administrativo não é o parecer
em si, mas o ato de sua aprovação, que poderá vir revestido de modalidade normativa, ordinatória, negocial ou
punitiva.

A palavra, “contudo”, pode ser entendida em três concepções:

a) Concepção Primitiva: (ser manifestado) - opinião ou manifestação do pensamento - VOTO - ou opinião in

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stricto sensu

b) Concepção Genérica: Opinião escrita ou verbal emitida por pessoa sobre determinado assunto, analisando as
razões justas e injustas que foram arguidas no pedido, ou apresentadas para apreciação, com conclusão própria
do parecerista.

c) Concepção restritiva (jurídica): opinião emitida por um jurisconsulto sobre uma questão de ordem jurídica,
com bases legais, doutrinária e jurisprudencial, concluindo por uma solução que deve ser adotada. Sempre é
emitida à vista de controvérsias.

Divide-se em:

• Parecer Normativo que é aquele que, ao ser aprovado pela autoridade competente, é convertido em norma
de procedimento interno, tomando-se impositivo e vinculante para todos os órgãos hierarquizados à autoridade
que o aprovou. É ato individual e concreto, para o caso que o propiciou (exigência de parecer antes de
determinada aprovação).

• Parecer Técnico é aquele proveniente de órgão ou agente especializado na matéria, não podendo ser
contrariado por leigo ou mesmo por superior hierárquico. Nesta modalidade de parecer não prevalece a
hierarquia administrativa pois no campo da técnica não há subordinação.

Os pareceres podem ser, portanto:

• Facultativos: São os solicitados à vista da ausência de norma legislativa ou regulamentar que obrigue ou
proíba.
• Obrigatórios: São os que exigidos por normas jurídicas, em determinados casos, e não existe
disciplinamento.
• Vinculantes: São os obrigatórios que vinculam a sua eficácia e cumprimento para casos semelhantes ou
assemelhados.

Apostilas - São atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei. Ao apostilar um título
a Administração não cria um direito, uma vez que apenas reconhece a existência de um direito criado por lei.
Equivale a uma averbação.

Atos Punitivos
São aqueles que contém uma sanção imposta pela Administração a todos os que infringem normas ou disposições
legais, regulamentares ou ordinatórias dos bens ou serviços públicos. Visam punir ou reprimir as infrações
administrativas ou a conduta irregular dos particulares ou mesmo dos servidores, perante a Administração. São
eles:

Multa Administrativa - A multa administrativa é toda a imposição ou penalidade pecuniária a que se sujeita o
administrado a título de compensação do dano presumido da infração. Nesta categoria entram, inclusive, as multas
fiscais, modalidades do Direito Tributário.

Interdição de Atividade - É o ato pelo qual a Administração proíbe alguém a praticar atos sujeitos ao seu
controle ou que incidam sobre seus bens. Naturalmente, não se confunde com a interdição judicial de pessoas ou
de direitos. A interdição administrativa baseia-se no poder de polícia administrativa ou no poder disciplinar da
Administração sobre seus servidores e funda-se em processo regular com ampla defesa ao interessado.

Destruição de Coisas - É o ato sumário da administração pelo qual se inutilizam alimentos, substâncias, objetos
ou instrumentos imprestáveis ou nocivos ao consumo ou de uso proibido por lei. É típico de polícia administrativa
e, via de regra, urgente, dispensando processo prévio, ainda que exija sempre auto de apreensão e de destruição
em forma regular.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Atos de Atuação Interna - Referem-se aos outros atos praticados pela Administração visando a disciplinar
seus servidores, segundo o regime estatutário a que estão sujeitos. Aqui o Poder age com larga margem
discricionária, tanto na apuração das infrações, como na graduação da pena.

Extinção dos Atos Administrativos

A extinção pode ser definida como o desaparecimento ou supressão do ato administrativo. As causas de extinção
dos atos administrativos são:

a) Cumprimento de seus Efeitos - O ato se extingue, deixando de existir, após cumpridos seus efeitos.
Exemplo: o ato de nomeação deixa de existir com a investidura do titular no cargo.

b) Desaparecimento do Sujeito da Relação Jurídica - Neste caso o ato deixa de existir, pois, a extinção é
automática.

Exemplo: com a morte de um permissionário de uso de uma cadeira de rodas, o ato deixa de existir.

c) Desaparecimento do Objeto da Relação Jurídica - A extinção do ato neste caso também é automática.
Exemplo: com a invasão dos terrenos dados em permissão de uso pela água, que aí se manterá definitivamente,
extingue-se o ato de outorga pelo desaparecimento do terreno.

d) Retirada - É a edição de um ato administrativo, com o objetivo de retirar outro do ordenamento jurídico, impondo
a este, sua extinção. A retirada pode dar-se por:
• revogação,
• invalidação,
• cassação e
• caducidade.

I - Revogação - É um ato discricionário do administrador fundamentado em razões de mérito (conveniência e


oportunidade).
A revogação se verifica, todas as vezes que para a administração pública, não for mais conveniente manter um
ato válido.
Exemplo: revogação da permissão de uso de um bem público, necessário ao exercício da própria administração
pública.

Fundamento da revogação - é o próprio poder discricionário da Administração. Constitui-se num meio da


Administração avaliar oportunidade, conveniência e razoabilidade dos seus próprios atos, para mantê-los ou
desfazê-los, no sentido de atender ao interesse público.

Limitação da revogação - em regra, todo ato administrativo é revogável, só encontrando obstáculo na estabilidade
das relações jurídicas e no respeito ao direito adquirido por particulares.

Efeitos da revogação - consideram-se válidos os efeitos do ato revogado até a revogação, ou seja, a revogação
opera-se daquela data em diante. Trata-se de um efeito "ex-nunc".

Indenização - a revogação do ato inconveniente ou inoportuno precário que não tenha gerado direito subjetivo
para o particular ou para o destinatário, independe de indenização. Por outro lado, a revogação daquele tipo de
ato com caráter de definitividade, exige indenização.

II - Invalidação - (desfazimento). Também denominada de anulação, é a retirada de um ato, fundamentada em


razões de legalidade.
Exemplo: desfazimento do ato de nomeação para cargo de provimento efetivo de candidato não aprovado em
concurso público, pois a aprovação nesse certame é exigência legal indispensável.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Observação: Os efeitos jurídicos da revogação iniciam-se após a retirada do ato do ordenamento jurídico. Porém,
os efeitos de invalidação retroagem à data da origem do ato.

III - Cassação - É a retirada do ato, fundamentada no descumprimento de condições que deveriam ser
respeitadas pelo beneficiário para continuar usufruindo dos benefícios.
Exemplo: extinção da licença de funcionamento da indústria que se tornou poluente.
IV - Caducidade - Quando a retirada funda-se no surgimento de uma nova legislação que impede a permanência
da situação anteriormente permitida.
Exemplo: extinção de alvará de construção por não estar em conformidade com a nova legislação.

Em suma, reconhecendo que praticou um ato contrário ao Direito vigente, cabe à Administração anulá-lo
imediatamente, para restabelecer a legalidade administrativa.

É importante salientar que o conceito de ilegalidade ou ilegitimidade, para fins de anulação de ato administrativo,
não se restringe somente à violação frontal da lei, mas abrange, igualmente, o abuso, por excesso ou desvio de
poder, ou por relegação dos princípios gerais de direito, eis que aí padece de vício de ilegitimidade, tomando-se
inválido pela própria Administração, ou mesmo pelo Judiciário, via anulação.

Os efeitos da anulação dos atos administrativos retroagem às suas origens, são ex tunc invalidando as
consequências passadas, presente e futuras do ato anulado, porque o ato é nulo ou inexistente, não gerando
direitos ou obrigações para as partes, reconhecida e declarada a nulidade do ato, pela administração ou pelo
judiciário, o pronunciamento de invalidade que não admite convalidação. Desfaz todos os vínculos entre as partes,
recompondo as coisas ao seu estado natural.

Atos Nulos e Atos Anuláveis

É objeto de controvérsia a possibilidade de aplicar-se ao Direito Administrativo a distinção entre atos nulos e
anuláveis do Direito Privado.

No Direito Privado: são nulos aqueles atos que atingem interesses de ordem pública; são anuláveis aqueles
atos que atingem interesses privados.

Hely Lopes Meirelles, não admitia esta distinção entre atos nulos e anuláveis no Direito Administrativo, dizendo
que o vício, no ato administrativo, sempre atinge interesse público.

Celso Antônio Bandeira de Melo admite a distinção, dizendo que essa distinção vem atender interesses de
ordem prática. Ele faz uma diferença entre atos inexistentes, nulos e anuláveis.

a) Atos inexistentes: são os que contém um comando criminoso (Exemplo: alguém que mandasse torturar um
preso).

b) Atos nulos: são aqueles que atingem gravemente a lei (Exemplo: prática de um ato por uma pessoa jurídica
incompetente).

c) Ato anulável: representa uma violação mais branda à norma (Exemplo: um ato que era de competência do
Ministro e foi praticado por Secretário Geral. Houve violação, mas não tão grave porque foi praticado dentro do
mesmo órgão).

Essa distinção vai permitir que os atos anuláveis possam vir a ser convalidados.

Convalidação do Ato Administrativo


É o ato administrativo que, com efeitos retroativos, sana vício de ato antecedente, de modo a torná-lo válido desde
o seu nascimento, ou seja, é um ato posterior que sana um vício de um ato anterior, transformando-o em válido

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

desde o momento em que foi praticado.

Existem três formas de convalidação:


Há alguns autores que não aceitam a convalidação dos atos, sustentando que os atos administrativos somente
podem ser nulos. Os únicos atos que se ajustariam à convalidação seriam os atos anuláveis.

• ratificação: é a convalidação feita pela própria autoridade que praticou o ato;


• confirmação: é a convalidação feita por autoridade superior àquela que praticou o ato;
• saneamento: é a convalidação feita por ato de terceiro, ou seja, não é feita nem por quem praticou o ato
nem por autoridade superior.

Alguns autores entendem que, verificado que um determinado ato é anulável, a convalidação será discricionária,
ou seja, a Administração convalidará ou não o ato de acordo com a conveniência. Outros autores, tendo por base
o princípio da estabilidade das relações jurídicas, entendem que a convalidação deverá ser obrigatória, visto que,
se houver como sanar o vício de um ato, ele deverá ser sanado. É possível, entretanto, que existam obstáculos ao
dever de convalidar, não havendo outra alternativa senão anular o ato.

Os obstáculos ao dever de convalidar são:

• Impugnação do ato: se houve a impugnação, judicial ou administrativa, não há que se falar mais em
convalidação. O dever de convalidar o ato só se afirma se ainda não houve sua impugnação.
• Decurso de tempo: o decurso de tempo pode gerar um obstáculo ao dever de convalidar. Se a lei
estabelecer um prazo para a anulação administrativa, na medida em que o decurso de prazo impedir a
anulação, o ato não poderá ser convalidado, visto que o decurso de tempo o estabilizará – o ato não
poderá ser anulado e não haverá necessidade de sua convalidação.

Não se deve confundir a convalidação com a conversão do ato administrativo. Alguns autores, ao se referirem à
conversão, utilizam a expressão sanatória. Conversão é o ato administrativo que, com efeitos retroativos, sana
vício de ato antecedente, transformando-o em ato distinto, de diferente categoria tipológica, desde o seu
nascimento. Há um ato viciado e, para regularizar a situação, ele é transformado em outro, de diferente tipologia
(Exemplo: concessão de uso sem prévia autorização legislativa; a concessão é transformada em permissão de
uso, que não precisa de autorização legislativa, para que seja um ato válido – conversão).

O ato nulo, embora não possa ser convalidado, poderá ser convertido, transformando-se em ato válido.

Conversão
Aproveita-se, com um outro conteúdo, o ato que inicialmente foi considerado nulo.

Exemplo: Nomeação de alguém para cargo público sem aprovação em concurso, mas poderá haver a nomeação
para cargo comissionado.

A conversão dá ao ato a conotação que deveria ter tido no momento da sua criação. Produz efeito ex tunc.

EFEITOS "EX TUNC" E "EX NUNC"

Ex Tunc = efeitos são retroativos à época da origem dos fatos a ele relacionados.
Ex Nunc = efeitos não retroagem, valendo somente a partir da data da decisão tomada.

Decadência administrativa
O Código Civil em vigor, tal como o anterior, não definiu a DECADÊNCIA como fez com a PRESCRIÇÃO. A
decadência, segundo definição concedida por Nelson Nery Amorim Filho e Rosa Maria de Andrade Nery, “é a

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causa extintiva de direito pelo seu não exercício no prazo estipulado pela lei”. Sobre a distinção entre prescrição e
decadência, o Código Civil em vigor, segundo Nelson Nery Junior adotou a teoria de Agnelo Amorim Filho. Segundo
esse jurista, em obra já citada neste trabalho, utilizando-se da classificação das ações feita por Chiovenda, diz que
os direitos subjetivos se dividem em duas grandes categorias, a saber: na primeira categoria estariam aqueles
direitos que têm por finalidade uma prestação como, por exemplo, os direitos reais e os direitos pessoais; na
segunda categoria estariam os direitos postestativos, que derivam daqueles poderes que a lei confere a
determinadas pessoas de influírem, com uma declaração de vontade, sobre situações jurídicas de outras, sem o
concurso da vontade destas. Esses direitos (potestativos) são insuscetíveis de violação e a eles não corresponde
uma prestação.

Os direitos potestativos não se extinguem pelo não uso, salvo quando a lei estabelecer prazo para seu exercício.
Aliás, “os únicos direitos para os quais podem ser fixados prazos decadenciais são os direitos potestativos” (ex:
direito à perempção ou decadência; direito a promover a anulação do casamento, direito que tem o marido de
contestar a legitimidade do filho de sua mulher, direito que tem o contratante para anular o contrato, etc.) .Os
únicos direitos para os quais são fixados prazos de decadência são aqueles deduzíveis em ações constitutivas,
que tenham prazo especial para o seu exercício fixado pela lei. Em se tratando de ação condenatória, o prazo será
de prescrição da pretensão. Assim sendo, distingue-se o prazo de decadência do prazo de prescrição, pela
natureza da ação na qual forem deduzidas as pretensões. Quando a pretensão encerrar um pedido de condenação
(prestação), o prazo será de prescrição; tratando-se de ações puramente constitutivas ou declaratórias, o prazo
será de decadência, dependendo sempre de determinação legal. O prazo decadencial não suspende nem
interrompe e sempre depende de estipulação legal; corre contra todos, não prevalecendo em relação a dito prazo
as isenções criadas pela prescrição a favor de certas pessoas. O prazo decadencial não pode ser renunciado e
pode ser conhecido de ofício pelo juiz.

O instituto da decadência, tal como o da prescrição, tem a mesma finalidade, qual seja, garantir a segurança
jurídica e, com isso, a paz social. A decadência que decorre de prazo legal é de ordem pública, não pode ser
renunciada. Contudo, se o prazo decadencial for avençado, por declaração unilateral de vontade ou por convenção
entre as partes, nada impede sua renúncia, que corresponderá a uma revogação da condição para o exercício de
um direito dentro de determinado tempo.

No entendimento de Hely Lopes Meirelles mais adequado seria considerar-se como de decadência
administrativa os prazos estabelecidos por diversas leis, para delimitar no tempo as atividades da
Administração. E isso porque a prescrição, como instituto jurídico, pressupõe a existência de uma ação judicial
apta à defesa de um direito. Contudo, a legislação, ao estabelecer os prazos dentro dos quais o administrado pode
interpor recursos administrativos ou pode a Administração manifestar-se, seja pela prática de atos sobre a conduta
de seus servidores, sobre obrigações fiscais dos contribuintes, ou outras obrigações com os administrados, refere-
se a esses prazos denominando-os de prescricionais. Mais apropriado seria, tal como já ensinava Hely Lopes
Meirelles, dizer-se decadência administrativa, quando o transcurso do prazo impede a prática de um ato pela
própria Administração. Esse entendimento é, também, defendido pela Prof. Weida Zancaner, consoante referência
feita por Celso Bandeira de Mello. A jurisprudência vacila sobre a matéria, misturando os conceitos de prescrição
e decadência.

Entretanto, estando certa ou errada a denominação, em meu entender, devem ser considerados os comandos das
leis que determinam a prescrição administrativa, tendo em vista as consequências em relação à fluência dos prazos
e a possibilidade, em se tratando de prescrição, de suspensão e interrupção.

Poderes da Administração
Para o adequado cumprimento de suas funções, a administração pública dispõe dos seguintes poderes:
• Discricionário,
• vinculado,
• hierárquico,

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• regulamentar,
• disciplinar e
• poder de polícia.

Poder Discricionário - É o direito que concede à administração pública de maneira explícita ou implícita liberdade
para praticar atos administrativos, conforme a escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo, para que
diante do caso concreto, encontre a melhor solução.

É importante ser salientado, que poder discricionário não se confunde com poder arbitrário.

Poder Vinculado - É aquele direito que a lei confere a administração pública para a prática de ato de sua
competência, determinando os elementos e os requisitos necessários à sua formalização, não concedendo ao
administrador, qualquer margem de liberdade para considerações subjetivas.

Exemplo: Alguém deseja construir um prédio. Depois de satisfeitos os requisitos exigidos por lei, posse do terreno,
planta assinada por profissional habilitado, inexistência de dívidas tributárias, etc., a única providência que cabe
ao administrador, é conceder a licença requerida.
O princípio da legalidade impõe que o agente público observe, fielmente todos os requisitos expressos na lei, como
o da essência do ato vinculado.

Poder Hierárquico - É aquele de que dispõe o poder executivo para distribuir e escalonar funções de seus órgãos,
ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo uma relação de subordinação entre os servidores do
seu quadro de pessoal. A finalidade do poder hierárquico é ordenar, comandar, controlar e corrigir as atividades
administrativas no âmbito interno da administração pública.

Poder Disciplinar - É a faculdade de aplicar internamente punições às infrações funcionais cometidas pelos
servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da administração.

O poder disciplinar da administração é distinto do poder de punição do Estado que é realizado por meio da justiça
penal.

Poder Regulamentar - É o poder exercido pelos chefes do executivo nas esferas: Federal, Estadual e Municipal
(Presidente da República, Governadores Prefeitos), para editar decretos autônomos sobre matéria de sua
competência ainda não disciplinada por lei.

Poder de Polícia - Considera-se poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao
exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos.

Poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e o gozo
de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.

Poder de polícia originário


É aquele exercido pelas pessoas políticas do Estado (U.E.DF.M), alcançando os atos administrativos provenientes
de tais pessoas.

Poder de polícia delegado


É aquele executado pelas pessoas administrativas do Estado, integrantes da chamada Administração Indireta.

Outorga do poder de polícia para o particular


A doutrina não admite a outorga do poder de polícia a pessoas da iniciativa privada, ainda que prestadores de
serviço ao Estado.

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Licença
É o ato administrativo vinculado e definitivo pelo qual a Administração reconhece que o particular detentor de um
direito subjetivo preenche as condições para seu gozo. Não pode ser negada quando o requerente satisfaça os
requisitos legais para sua obtenção.

Autorização
É o ato administrativo discricionário em que predomina o interesse do particular.

Limites
A atuação da polícia administrativa só será legítima se realizada nos estritos termos jurídicos, respeitados os
direitos do cidadão, as prerrogativas individuais e as liberdades públicas asseguradas na CF e nas leis.

Atributos do Poder de Polícia


- Discricionariedade
- Auto-executoriedade
- Coercibilidade

A discricionariedade no exercício do poder de polícia significa que a Administração, quanto aos atos e ele
relacionados, regra geral, dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e
conveniência de sua prática, estabelecendo o motivo e escolher, dentro dos limites legais, seu conteúdo.

A auto-executoriedade consiste na possibilidade que certos aos administrativos ensejam imediata e direta
execução pela própria administração, independentemente de ordem judicial.

A coercibilidade possibilita que as medidas adotadas pela Administração podem ser impostas coativamente ao
administrado, isto é, sua observância é obrigatória para o particular.

Restrições à Propriedade - São constituídas pelas limitações administrativas e servidões administrativas:

Limitações administrativas: Quando o Estado, no exercício do poder de polícia, por meio da lei, limita o direito
de propriedade de forma a proporcionar uma utilidade social.
Exemplo: restrição do número de andares de um prédio próximo ao aeroporto

Servidão Administrativa: Quando através de lei ou ato administrativo, o poder restringe de forma específica a
propriedade.
Exemplo: passagem de fios de alta tensão sobre determinado terreno.

Princípio da Reserva da Administração - O princípio constitucional da reserva da Administração impede a


ingerência normativa do Poder Legislativo em matérias sujeitas à exclusiva competência administrativa do Poder
Executivo. Não pode o Poder Legislativo desconstituir, por lei, atos de caráter administrativo que tenham sido
editados pelo Poder Executivo, no estrito desempenho de suas privativas atribuições institucionais.

Regulamento Autorizado - Regulamento autorizado (ou delegado) é aquele que complementa disposições da
lei em razão de expressa determinação, nela contida, para que o Poder Executivo assim o faça.

O regulamento autorizado inova o Direito nas matérias em que a lei lhe confere essa atribuição.

A jurisprudência no Brasil não admite o regulamento autorizado para a disciplina de matérias reservadas à lei. Se
uma lei autorizar o Poder Executivo a disciplinar tais matérias será inconstitucional por afrontar o princípio da
separação dos poderes. No entanto, quando a autorização do legislador diz respeito a matérias não reservadas à
lei, nossa doutrina, e o próprio Poder Judiciário têm admitido a utilização do regulamento autorizado quando a lei,
estabelecendo as condições, os limites e os contornos da matéria a ser regulamentada, deixa ao Poder Executivo
a fixação de normas técnicas, como por exemplo:
- regras relativas a registro de operações no mercado de capitais;
- estabelecimento de modelos de notas fiscais e outros documentos;

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- elaboração de lista com medicamentos sujeitos à retenção de receita;


- modelo de receituário especial;
- etc.

Poderes e Deveres do Administrador Público


A ordem jurídica confere aos agentes públicos certas prerrogativas para que estes, em nome do Estado, persigam
a consecução dos fins públicos. Essas prerrogativas são outorgadas por lei. Essas prerrogativas consubstanciam
os chamados poderes do administrador público.

A lei impõe ao administrador público alguns deveres: deveres administrativos.

DEVERES DO ADMINISTRADOR PÚBLICO


- poder-dever de agir;
- dever de eficiência;
- dever de probidade;
- dever de prestar contas.

Poder-Dever de Agir
É o poder conferido à Administração para o atendimento do fim público, um dever de agir. Decorrem deste poder-
dever que os poderes administrativos são irrenunciáveis, devendo ser obrigatoriamente exercido pelos titulares e
a omissão do agente, diante de situações que exigem sua atuação, caracteriza abuso de poder, que poderá
ensejar, até mesmo, responsabilidade civil da Administração.

Poder-dever de agir significa dizer que o poder administrativo, por ser conferido à Administração para alcançar o
fim público, representa um dever de agir. No Direito Privado o poder de agir é uma mera faculdade. No Direito
Administrativo é uma imposição, um dever de agir para o agente público.

Os poderes e deveres do administrador público são os expressos em lei, os impostos pela moral administrativa e
os exigidos pelo interesse da coletividade.

Cada agente administrativo é investido da necessária parcela de poder público para o desempenho de suas
atribuições. Esse poder deve ser usado normalmente, como atributo do cargo ou da função, e não como privilégio
da pessoa que o exerce.

O Brasil, que é um Estado de Direito e Democrático, não reconhece privilégios pessoais; só admite prerrogativas
funcionais (art. 5º caput).

Poder administrativo é atribuído à autoridade para remover os interesses particulares que se opõem ao interesse
público. Nessas condições, o poder de agir se converte no dever de agir.

Dever de Eficiência
O dever de eficiência mostra-se na necessidade de tornar mais qualitativa a atividade administrativa, com o objetivo
de se imprimir à atuação do administrador público maior celeridade, perfeição, coordenação, técnica, controle,
entre outros.

Dever de Probidade
O dever de probidade determina que o administrador público faça a sua atuação sempre em harmonia com os
princípios da moralidade e honestidade na administração pública. Este dever deve-se a conduta de acordo com a
ética, a moral quer dizer a postura honesta, e legítima de seus atos. Desta forma a improbidade está relacionada
com o enriquecimento ilícito e prejuízo público em termos de erário, e atenta aos princípios de: moralidade,
impessoalidade, finalidade, publicidade e eficiência.

Os atos de improbidade administrativa importarão:

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

- suspensão dos direitos políticos;


- perda da função pública;
- indisponibilidade dos bens;
- ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Dever de Prestar Contas


O dever de prestar contas é decorrência inafastável da função do administrador público, como gestor de bens e
interesses alheios, da coletividade.

Uso e Abuso de Poder


Nos Estados de Direito como o vigente no Brasil, a administração pública deve obediência à Lei em todas as suas
manifestações.

O poder administrativo outorgado à autoridade pública tem limites definidos e forma legal de aplicação, não se
constituindo em carta branca para arbitrariedades, violências, perseguições ou favoritismos governamentais.

O uso do poder é prerrogativa da autoridade. Mas, o poder deverá ser usado criteriosamente, sem abuso. Usar
criteriosamente o poder, é utilizá-lo conforme as normas legais, a moral da instituição, a finalidade do ato e as
exigências do interesse público. Em resumo, abusar do poder é utilizá-lo fora dos parâmetros impostos pela Lei e
sem utilidade pública.
O poder é concedido ao administrador público para ser utilizado em benefício da coletividade administrada, mas
usado conforme o bem-estar social exigido. O uso indevido do poder, a utilização arbitrária da força e a violência
contra o administrado são formas abusivas do uso do poder pelo Estado, não toleradas pelo Direito.

O uso do poder é lícito; o abuso, sempre ilícito. Por esta razão todo ato abusivo é nulo, por excesso ou desvio de
poder.

O abuso do poder ocorre quando a autoridade embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de
suas atribuições ou se desvia das finalidades administrativas.

Como todo ato ilícito, o abuso do poder, apresenta as mais diferentes formas. Ora se apresenta ostensivo como a
truculência, outras vezes dissimulado como o estelionato, e não raramente encoberto na aparência ilusória dos
atos legais. Em qualquer desses aspectos flagrante ou disfarçado o abuso do poder é sempre uma ilegalidade.

O abuso de poder ou abuso de autoridade classifica-se em: Excesso de poder e desvio de finalidade.

• Excesso de Poder - O excesso de poder se verifica quando a autoridade, apesar de competente para praticar
o ato, exorbita no uso de suas faculdades administrativas, excedendo, assim, sua competência legal e, com isso,
invalidando o ato, porque ninguém pode em nome da administração fora do que a Lei lhe permite. O excesso de
poder torna o ato arbitrário, ilícito e nulo.

• Desvio de Finalidade - O desvio de finalidade ou de poder verifica-se quando a autoridade ainda que atuando
nos limites de sua competência, pratico o ato por motivos ou com finalidades diferentes dos visados pela Lei ou
exigidos pelo interesse público. O desvio de finalidade ou de poder é, portanto, a violação ideológica da Lei, ou
seja, a violação moral da Lei visando o administrador público fins não desejados pelo legislador, ou empregando
meios imorais para a prática de um Ato Administrativo aparentemente legal. Esses desvios ocorrem, por exemplo,
quando a autoridade pública decreta uma desapropriação alegando utilidade pública, mas visando, na verdade, a
satisfazer interesse pessoal ou favorecer algum particular com a transferência do bem expropriado.

Serviços Públicos: Conceito e princípios

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

A noção de serviço público se trata de verdadeira demarcação do âmbito de incidência do Direito Administrativo
nas atividades estatais. É o serviço público campo próprio de atuação do Estado em que a intervenção de
particulares é meramente acessória ou substitutiva e só se dá mediante condições muito específicas. O conceito
de serviço público nasce justamente para determinar a separação entre direito público e privado, distinção esta
que remonta à fase absolutista.
Com o advento da chamada Teoria do Serviço Público, a noção adquiriu os contornos do Estado do bem-estar
social, passando a se consubstanciar em uma obrigação de prestar atribuída ao Estado, sendo um dever e não
um direito.
No atual Estado brasileiro, que tem como inspiração a noção de Estado do bem-estar social, a Constituição prevê
várias atribuições que cabem ao Estado prestar (Art. 175), consubstanciando-se, tais atividades, nos chamados
serviços públicos que, como veremos, são atividades juridicamente distintas que se apresentam completamente
delineadas pela Constituição Federal.

Primeiramente, veja a seguir alguns conceitos de Serviço Público, conforme alguns autores:

1. "Serviço público é toda a atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material fruível diretamente
pelos administrados, prestados pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de Direito Público -
portanto, consagrador de prerrogativas de supremacia e de restrições especiais - instituído pelo Estado em favor
de interesses que houver definido como próprios no sistema normativo. (...) a noção de serviço público há de se
compor necessariamente de dois elementos: um deles, que é seu substrato material, consiste na prestação de
utilidade ou comodidade fruível diretamente pelos administrados; o outro, traço formal indispensável, que lhe dá
justamente caráter de noção, consistente em um específico regime de Direito Público, isto é, numa "unidade
normativa" (BANDEIRA DE MELLO, C. A. Curso de direito administrativo. 12. ed. São Paulo: Malheiros, 1999).

2. "Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles
estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniências do
Estado. Fora dessa generalidade não se pode indicar as atividades que constituem serviço público, porque variam
de acordo com a exigência de cada povo e de cada época. Nem se pode dizer que são as atividades coletivas
vitais que caracterizam os serviços públicos, porque ao lado destas existem outras, sabidamente dispensáveis
pela comunidade, que são realizadas pelo Estado como serviço público". (MEIRELLES, H. L. Direito administrativo brasileiro.
25. ed. São Paulo: Malheiros, 1999).

3. "Serviço público é toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que exerça diretamente ou por meio
de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente as atividades coletivas, sob regime jurídico total
ou parcialmente público". (DI PIETRO, M. S. Z. Direito administrativo. 11. ed. Atlas. São Paulo, 1999).

4. "Saber quando e porque uma atividade é considerada serviço público remete ao plano da concepção política
dominante, ao plano da concepção sobre o Estado e seu papel. É o plano da escolha política, que pode estar
fixada na Constituição do país, na lei e na tradição. A Constituição pátria considera como serviços públicos p.ex.:
o transporte coletivo, no art.30, V; serviços telefônicos, telegráficos, no art. 21, XI; energia elétrica, no art. 21, XIII.
(...) Finalidades diversas levam a considerar certa atividade como serviço público, dentre as quais: retirar da
especulação privada setores delicados; propiciar o benefício do serviço aos menos favorecidos; suprir carência da
iniciativa privada; favorecer o progresso técnico. Em essência, serviço público significa prestações; são atividades
que propiciam diretamente benefícios e bens, aos administrados, não se incluindo aí as de preparação de
infraestruturas (arquivo, arrecadação de tributos, p.ex.). Abrange prestações específicas para determinados
indivíduos, p.ex. água, telefone e prestações genéricas, p.ex. iluminação pública, limpeza de ruas. No momento
em que a atividade de prestação recebe a qualificação de serviço público, consequências advêm, em especial
quanto ao regime jurídico, mesmo que fornecida por particulares". (MEDAUER, O. Direito administrativo moderno. São Paulo:
RT, 1996).

5. Conceito "tradicional" de serviço público: "atividade da Administração Pública que tem por fim assegurar de
modo permanente, contínuo e geral, a satisfação de necessidades essenciais ou secundárias da sociedade, assim
por lei consideradas, e sob as condições impostas unilateralmente pela própria Administração".

Conceito "contemporâneo" de serviço público: "as atividades pelas quais o Estado, direta ou indiretamente,
promove ou assegura a satisfação de interesses públicos, assim por lei considerados, sob regime jurídico próprio

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

a elas aplicável, ainda que não necessariamente de direito público". (MOREIRA NETO, D. F. Mutações do direito
administrativo. Rio de Janeiro: Renovar, 2000).

Portanto, Serviço Público é todo aquele prestado pela administração pública ou por seus delegados sob normas
e controles estatais para satisfazer necessidades essenciais (saúde, segurança, etc.) ou secundárias da
coletividade ou simples conveniência do Estado (CPF, etc.).
Em outras palavras, Serviço Público é aquele que é instituído, mantido e executado pelo Estado, com o objetivo
de atender aos seus próprios interesses e de satisfazer as necessidades coletivas.

Sentido formal: corresponde à tarefa exercida sob a influência de normas de direito público;

Sentido Material: corresponde à atividade que atende os interesses ou necessidades da coletividade.

Dever de prestar: Ao Poder Público incumbe a prestação de serviços públicos (Art. 175 da C.F.) podendo seu
desempenho ser direto ou indireto.

Prestação indireta:
1º) da instituição de pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado criadas com essa finalidade;
2º) Concessões;
3º) Permissões.

Prestação direta:
- Aos Municípios: é confiado prestar maior gama de serviços públicos, posto ser de sua competência todo aquele
que toque o seu "peculiar interesse" ou o "interesse local" (C.F. Art. 30, V).

- À União compete, além dos comuns a Estados e Municípios (Art. 23 da C.F.), os que lhe são privativos (Art. 21
C.F.).

- Aos Estados somente os remanescentes podem lhes ser atribuídos (C.F., Art. 25, § 1º), excetuada uma única
hipótese: distribuição de serviço de gás canalizado (C.F., Art. 25 § 2º).

- Atividade judiciária.

Características do Serviço Público


O serviço público é bastante diferente dos serviços comuns prestados pelas empresas privadas ou pelos
prestadores autônomos, vez que está subordinado coletivo, portanto, um interesse maior que o interesse individual
de cada cidadão.

Assim, o Estado, por critérios jurídicos, técnicos e econômicos, define e estabelece quais os serviços deverão ser
públicos ou de utilidade pública, e ainda se estes serviços serão prestados diretamente pela estrutura oficial ou se
serão delegados a terceiros.
Naturalmente alguns serviços não poderão ser delegados a terceiros pela sua complexidade ou vinculação direta
com a administração pública, entretanto, outros tipos de serviços não devem ser prestados diretamente e, por
consequência, sempre são transferidos à iniciativa privada, contudo, obedecidas certas condições e normas.

Os serviços públicos, propriamente ditos, são aqueles prestados diretamente à comunidade pela Administração
depois de definida a sua essencialidade e necessidade. Assim são privativos do Poder Público, ou seja, só a
Administração Pública deve prestá-los. Por exemplo, a preservação da saúde pública e os serviços de polícia.

Outros serviços públicos, chamados de serviços de utilidade pública, são aqueles que a Administração Pública
reconhece a sua conveniência para a coletividade prestando-os diretamente ou delegando-os a terceiros, nas
condições regulamentadas e sob o seu controle. Por exemplo, o transporte coletivo, a energia elétrica, o serviço
de telecomunicações e o fornecimento de água.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Os serviços que são prestados individualmente a cada cidadão, por exemplo, o fornecimento de água, luz,
telecomunicações etc., geralmente o são por empresas privadas mediante concessão outorgada pelo poder
público e sob pagamento da tarifa respectiva diretamente pelo usuário.

A cessação do pagamento desses serviços por parte do usuário tem suscitado hesitações da jurisprudência sobre
a legalidade e legitimidade da suspensão de seu fornecimento em face de normas vigentes como o Código de
Defesa do Consumidor.

Mas, importante, o prévio aviso da suspensão não pode ser ignorado e é obrigatório pela lei e, aliás, conforme tem
entendido pacificamente a jurisprudência.

A lei também define como essenciais alguns tipos de serviços, que nem sempre são serviços públicos, mas que,
sendo essenciais à coletividade, poderão sofrer alguns tipos de intervenção do poder público.
São serviços essenciais, assim definidos pela Lei n.º 7.783/89, os serviços os de água, energia elétrica, gás,
combustíveis, saúde, distribuição de medicamentos e alimentos, funerário, transporte coletivo, captação e
tratamento de esgoto, tráfego aéreo, compensação bancária e outros.

Classificação dos Serviços Públicos


Serviço próprio ou impróprio:

PRÓPRIO: Atendem as necessidades coletivas. O Estado assume como seus e os executa diretamente (agentes)
ou indiretamente (por meio de concessionários e permissionários).

IMPRÓPRIO: Atendem também as necessidades coletivas, mas, não são assumidos nem executados pelo Estado,
seja direta ou indiretamente, são apenas por ele autorizados, fiscalizados e regulamentados. Na verdade, essa
categoria de impróprio não é serviço público em sentido jurídico.

Exemplo: serviços prestados por instituições financeiras (art. 192, I e II da C.F.). São atividades privadas que
dependem de autorização do Poder público.
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e
a servir aos interesses da coletividade, será regulado em lei complementar, que disporá, inclusive, sobre:
I - a autorização para o funcionamento das instituições financeiras, assegurado às instituições bancárias oficiais e
privadas acesso a todos os instrumentos do mercado financeiro bancário, sendo vedada a essas instituições a
participação em atividades não previstas na autorização de que trata este inciso;
II - autorização e funcionamento dos estabelecimentos de seguro, previdência e capitalização, bem como do órgão
oficial fiscalizador e do órgão oficial ressegurador;

Quanto ao objeto:

• Administrativos
• Objeto sociais
• Comerciais
• Industriais

Administrativos: A administração executa para as suas necessidades internas ou outros que serão prestados ao
público.

Comercial ou industrial: Administração executa ou indiretamente para atender às necessidades coletivas de


ordem econômica.
Não deve ser confundido com atividade econômica do art. 173 da C.F.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse
coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica
sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e
tributárias.
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não
extensivos às do setor privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a
ordem econômica e financeira e contra a economia popular.

Serviços gerais, ou de fruição geral (uti universi), os que não possuem usuários ou destinatários específicos e são
remunerados por tributos (calçamento público, iluminação pública etc.).

A atividade econômica pode ser executada pelo Estado nas seguintes formas:

a) privativa da iniciativa privada (Art. 173 da C.F.).


b) exploração de petróleo, de minas e jazidas, de minérios e minerais nucleares (art. 176 e 177 da C.F. com
alterações pelas Emendas Constitucionais 6 e 9 de 1995).

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem
propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.
§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o caput deste
artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por
brasileiros ou empresa brasileira de capital nacional, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas
quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.
§ 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a
lei.
§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e concessões previstas
neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do Poder
concedente.
§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável de
capacidade reduzida.

Art. 177. Constituem monopólio da União:


I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos
anteriores;
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos
no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer
origem;
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e
minerais nucleares e seus derivados.
§ 1º O monopólio previsto neste artigo inclui os riscos e resultados decorrentes das atividades nele mencionadas,
sendo vedado à União ceder ou conceder qualquer tipo de participação, em espécie ou em valor, na exploração de
jazidas de petróleo ou gás natural, ressalvado o disposto no art. 20, § 1º.
§ 2º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no território nacional.

c) Artigo 175 da C.F. por meio de concessão ou permissão de serviços de transportes, energia elétrica,
telecomunicações e outros serviços previstos constitucionalmente.
Art. 175. Incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu
contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou
permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

d) Quanto a maneira para satisfazer o interesse geral (critério do destinatário):

UTI SINGULI - Satisfação individual e direta das necessidades dos cidadãos. Para Celso Antonio Bandeira de
Mello só esta categoria constitui Serviço Público. Poderão existir reclamações valendo-se a ação de preceito
cominatório previsto no Artigo 287 do C.P.C., considerando constituírem atividades geradoras de direito subjetivo
à sua obtenção.

Serviços comerciais Serviços sociais

• Energia elétrica
• Ensino,saúde
• E industriais
Assistência
• Luz,
Previdência Social
• Gás
Transportes

UTI UNIVERSI - Satisfação coletiva, mas usufruídos apenas indiretamente pelos indivíduos. São aqueles
destinados a servir a coletividade como um todo, não geram direitos objetivos e são mantidos por tributos.

Exemplo: serviços de defesa do país contra inimigo externo, serviços diplomáticos, serviços administrativos
prestados internamente pela administração trabalhos de pesquisa científica, de iluminação pública, de
saneamento, polícia.

Caio Tácito divide em:


• originários ou congênitos e
• derivados ou adquiridos.

Originário: está diretamente ligado a atividades essenciais do Estado (tutela do direito) privativos do Estado.
Helly chama de Serviços Públicos.

Adquirido: é atividade facultativa (social, comercial e indústria do Estado). Helly chama de Serviços de utilidade
pública.

Princípio da exclusividade ou não exclusividade do poder público na prestação de serviços.

Exclusivos - serviço postal e correio aéreo nacional (art. 21, X); telecomunicações (art. 21, XI), radiodifusão,
energia elétrica, navegação aérea, transportes e demais indicados no artigo (Art. 21, XII), o serviço de gás
canalizado (art. 25, § 2º).
Art. 21. Compete à União:
....................................
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante concessão a empresas sob controle acionário estatal, os serviços
telefônicos, telegráficos, de transmissão de dados e demais serviços públicos de telecomunicações, assegurada a
prestação de serviços de informações por entidades de direito privado através da rede pública de telecomunicações
explorada pela União;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os
princípios desta Constituição.
...........................................................................
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão a empresa estatal, com exclusividade de
distribuição, os serviços locais de gás canalizado.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Não Exclusivos - São considerados serviços públicos próprios, quando executados pelo Estado; e podem ser
considerados serviços públicos impróprios, quando prestados por particulares.

Outros serviços públicos podem ser executados pelo Estado ou pelo particular mediante autorização do poder
público.
Título VIII da C.R. ordem social - saúde (art. 196 e 199 da C.R.);
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas
que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.


§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde,
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades
filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas
com fins lucrativos.
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à
saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento
e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

6) Previdência Social (art. 201, § 8º);


7) Assistência Social (Art. 204);
8) Educação (Art. 208 e 209).

Entenda as Formas de Prestação dos Serviços Públicos.

A) Serviço centralizado: é o prestado pela própria administração, através de suas próprias repartições, sob sua
responsabilidade direta e exclusiva. O Estado se apresenta ao mesmo tempo como titular e prestador do serviço.

B) Serviço descentralizado: É aquele cuja titularidade (ou apenas a sua execução) transferiu-se da Administração
Pública para Autarquias, entidades paraestatais (empresas públicas e sociedades de economia mista), empresas
privadas ou particulares. Ela acontece por meio de outorga ou delegação.

C) Execução direta do serviço público: Realiza-se quando os meios utilizados para a sua prestação pertencem
àquele responsável pelo seu oferecimento ao público. Poderá assim, o prestador constituir pessoa estatal,
autárquica, paraestatal, empresa privada ou particular.

D) Execução indireta do serviço público: realiza-se quando os meios utilizados para a sua prestação pertencem
a terceiros que, através de contrato com o prestador do serviço, oferecem atendimento ao público.

Assim sendo, tanto a Administração direta quanto a Administração indireta (autarquias, empresas públicas e
sociedades de economia mista) poderão executar serviços indiretamente. Essa possibilidade estende-se aos entes
de cooperação (serviços sociais autônomos, entre outros), empresas privadas e particulares.

Serviço público outorgado e serviço público delegado.


O serviço público outorgado é aquele transferido por lei - por tempo geralmente indeterminado - a entidade
criada pelo Estado, e só por lei poderá ser retirado ou modificado seu destino originalmente previsto. A titularidade
do serviço só poderá ser efetuada por outorga. Podemos concluir que a autarquia sempre executará determinado
serviço com titularidade na sua prestação.

O serviço público delegado é aquele transferido através de ato administrativo bilateral (concessão) ou unilateral
(permissão e autorização), motivo pelo qual poderá ser revogado, modificado ou anulado, e onde sua transferência
tem sempre caráter temporário. Nestes não haverá transferência de titularidade, mas apenas a execução do

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

serviço transpassada. Assim ocorre com a concessão, permissão e autorização, como modalidades de delegação
de serviços.

(Concessionário) serviços concedidos.


São serviços de utilidade pública delegados pelo Poder Público, através de contrato administrativo a particular,
que os executa em seu nome e por sua conta e risco.

A retomada do serviço concedido:


9) reversão,
10) encampação,
11) rescisão ou
12) anulação.

A) Reversão: término do prazo. O serviço retornará ao concedente assim como os bens a ele vinculados que irão
integrar-se ao patrimônio público. Normalmente é gratuita, contudo, caso o ressarcimento do investimento que o
concessionário tenha feito durante a prestação do serviço tenha sido impossível, em razão do emprego de
investimento especiais ou devido ao curto prazo da concessão, admitir-se-á reversão onerosa.

B) Encampação: É a retomada do serviço, mediante coação, em razão de conveniência e interesse público. É ato
de império do Poder Público, que resgatará o serviço, entrará na posse dos bens utilizados na sua prestação e,
posteriormente, indenizará o concessionário.

C) Rescisão: É a extinção do serviço em razão do desfazimento do contrato, durante a sua execução. Poderá ser
bilateral (distrato, amigável), unilateral (falta grave, legal ou contratual prevista, cometida pelo concessionário.
Também receberá o nome de caducidade.

D) Anulação: ilegalidade nos elementos contratuais. Possui efeitos ex tunc.

(Permissionário) Serviços permitidos:


São serviços de utilidade pública delegados pela Administração a particular, por meio de ato administrativo
unilateral, discricionário e precário. Serviço executado por conta e risco do permissionário, sem direito a
indenização.

Conceito de tarifa: Remuneração exigível na prestação de serviços que podem ser mensurados na sua utilização.
Preço público: é arrecadado na prestação do serviço predominantemente particular, mas sempre considerado o
interesse público, razão pela qual melhor se encaixa na definição de tarifa.

Para não esquecer.


A Permissão se diferencia da Concessão, pois
permite a pessoa física como prestadora de serviços,
bem como não admite a presença de empresas
consorciadas.

À LUZ DA LEI

Em relação à concessão de serviço público, a lei assim a define: "delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado" (art. 2º, II).

No que toca à permissão de serviço público, a lei estabeleceu a seguinte regra: "delegação, a título precário,
mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que

37
Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco" (art. 2º, IV).

Quanto ao conteúdo, os dispositivos apontam as diferenças e os pontos de identificação. Os


elementos de identificação consistem nos seguintes dados:

1º) em ambos os institutos há delegação do serviço pelo Poder Público;


2º) ambos devem ser precedidos de licitação;
3º) a exigência de concorrência só é prevista para a concessão, mas não o é para a permissão, o que indica que
esta pode resultar de outra modalidade de licitação;
4ª) em ambos, o delegatário deve demonstrar que tem capacidade para executar o serviço; e
5º) o serviço deve ser executado por conta e risco do delegatário.

As diferenças resultam do cotejo entre os dispositivos:


1ª) na permissão há precariedade, enquanto na concessão não há qualquer referência a essa característica;
2ª) a concessão só pode ser delegada a empresa ou consórcio de empresas, enquanto a permissão pode ser
atribuída à pessoa física ou jurídica; e
3ª) na concessão há previsão de prazo determinado, o que não ocorre na conceituação da permissão.

Fica restando o aspecto da instrumentalização dos institutos. Para a concessão, em suas duas modalidades, a lei
previu claramente que será ela um contrato. O art. 4º da lei é peremptório: "A concessão de serviço público,
precedida ou não da execução de obra pública, será formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos
desta lei, das normas pertinentes e o edital de licitação."

Ao dizer que a formalização da concessão, seja qual for a modalidade, se dará por meio de contrato, está a lei
qualificando o instituto como contrato administrativo. E nesse ponto adotou a qualificação da doutrina dominante,
como já visto.

No entanto, no que diz respeito à permissão, o art. 40 apresentou o seguinte texto:


"A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta
lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade
unilateral do contrato pelo poder concedente."
Nunca a permissão foi considerada um contrato. A concessão, já nos referimos ao fato, é qualificada por alguns
autores como ato, e não contrato. Mas a permissão jamais foi tida como contrato. Embora haja elementos prévios
negociais, porque permitente e permissionário manifestam suas vontades no sentido da prestação do serviço, a
permissão é formalizada por ato administrativo unilateral.

Autorização
Toda pessoa natural ou jurídica que preencha as condições previstas na lei, na regulamentação e, quando for o
caso, no instrumento convocatório poderá requerer autorização para prestação de serviço Público.

O concedente não poderá negar autorização para exploração de serviço, no regime privado, salvo se já atingido o
número máximo de prestadores, imposto por razões técnicas ou para evitar o comprometimento da prestação de
modalidade de serviço de interesse coletivo, ou por motivo relevante, hipótese em que sua decisão deverá ser
fundamentada, com indicação das razões de fato e de direito sobre as quais ela se apoia, sendo comunicada ao
interessado em prazo estabelecido em Lei.

1 - A autorização será formalizada mediante assinatura de termo


O interessado será previamente convocado, por meio de aviso publicado no Diário Oficial da União ou por qualquer
outro meio com comprovante de recebimento, para assinar o termo.
Do aviso constará o nome e qualificação do interessado, local, data e horários em que poderá assinar o termo.

2 - O termo de autorização indicará:


I - objeto, área e prazo da autorização;
II - modo, forma e condições da prestação do serviço;

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

III - a vinculação da autorização ao cumprimento dos compromissos e contrapartidas assumidos pela autorizada,
em conformidade com sua proposta e com o instrumento convocatório;
IV - o preço público devido pela autorização, em conformidade com a proposta da autorizada e com o instrumento
convocatório;
V - os direitos, as garantias e as obrigações dos usuários, da Agência e da autorizada;
VI - a forma da prestação de contas e da fiscalização;
VII - as condições para interconexão, se houver;
VIII - o preço máximo dos serviços que serão praticados junto aos usuários, quando for o caso, e os critérios de
reajuste e revisão;
IX - a obrigação de a autorizada manter suas condições subjetivas, aferidas pela Anatel, durante todo o período
de exploração do serviço;
X - a obrigação de a autorizada prestar os serviços em conformidade com o plano de execução por ela
apresentado;
XI - as garantias de pagamento do preço público devido pela autorização e de cumprimento dos compromissos e
contrapartidas;
XII - as sanções; e
XIII - o foro e modo para solução extrajudicial das divergências.

3 - Como condição para assinatura do termo, a adjudicatária deverá apresentar garantia de pagamento do preço
público devido pela autorização e de cumprimento dos compromissos e contrapartidas assumidos.

Quando o interessado se tratar de consórcio de empresas ou não for empresa constituída segundo as leis
brasileiras, com sede e administração no País, deverá, antes da assinatura do termo, adaptar-se ou constituir
empresa com as características adequadas e com observância das exigências previstas no instrumento
convocatório.

A autorização do serviço não confere direito adquirido à permanência das condições vigentes quando da sua
expedição ou do início das atividades, devendo a autorizada observar os novos condicionamentos impostos por
lei e pela regulamentação.

Regulamentação e Controle

As Agências Reguladoras.
A partir do momento em que alguns dos serviços públicos no Brasil deixaram de ser prestados pelo Estado,
diretamente ou por intermédio de empresas públicas ou sociedades de economia mista, e passaram a ser
concedidos a empresas com o capital exclusivamente privado, houve a necessidade de uma reestruturação do
papel do Estado nessas áreas.

Desse modo, com o fim precípuo de exercer a regulação do mercado, tendo, dentre outras inúmeras atribuições,
a função de fiscalizar o exato cumprimento dos termos do contrato da concessão, foram criadas as agências
reguladoras.

Segundo o disposto no texto constitucional, a regulação pode se dar de duas maneiras - normativa e operacional.
- e o modelo adotado pelo Brasil foi o da regulação operacional, o que significa que as agências são meras
executoras de políticas definidas pelo governo. Prova disso, é o que dispõe o parágrafo único do art. 175, já
transcrito acima, determinando que questões como direito dos usuários, qualidade dos serviços e políticas tarifárias
sejam definidas por lei.

Embora não haja disciplina legal única, a instituição dessas agências vem obedecendo mais ou menos ao mesmo
padrão, o que não impede que outros modelos sejam idealizados posteriormente.

Natureza Jurídica as Agências Reguladoras


São figuras muito recentes em nosso ordenamento jurídico. Possuem natureza jurídica de autarquias de regime

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

especial, são pessoas jurídicas de Direito Público com capacidade administrativa, aplicando-se a elas todas as
regras das autarquias.

Possuem como objetivo regular e fiscalizar a execução de serviços públicos. Elas não executam o serviço
propriamente, elas o fiscalizam.

ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)


É agência regulamentada pela Lei nº 9.427/96. É autarquia especial, vinculada ao Ministério das Minas e Energia.
Foi criada para regular e fiscalizar a prestação ou execução de serviços de energia elétrica (art. 21, XII, "b", da
CF/88). Dentro da regulação e da fiscalização da prestação de serviço público, poderá:
13) abrir licitações;
• celebrar contratos;
• gerenciar a execução dos contratos;
• aplicar sanções e penalidades pelo descumprimento de seus contratos;
• resolver conflitos de interesses das concessionárias.

ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações)


É agência regulamentada pela Lei nº 9.472/97. É uma autarquia especial, vinculada ao Ministério das
Telecomunicações. Foi criada para regular e fiscalizar a prestação ou execução de serviços na área de
telecomunicações (art. 21, XI, da CF/88). Dentro da regulação e da fiscalização da prestação de serviço público,
poderá:
• abrir licitações;
• celebrar contratos;
• gerenciar a execução dos contratos;
• aplicar sanções e penalidades pelo descumprimento de seus contratos;
• resolver conflitos de interesses das concessionárias.

ANP (Agência Nacional de Petróleo)


É regulamentada pela Lei nº 9.478/97. É uma autarquia especial vinculada ao Ministério das Minas e Energia. Foi
criada para regular e fiscalizar a prestação ou execução de serviços relacionados ao petróleo (art. 177, § 1º, da
CF/88). Dentro da regulação e da fiscalização da prestação de serviço público, poderá:
• abrir licitações;
• celebrar contratos;
• gerenciar a execução dos contratos;
• aplicar sanções e penalidades pelo descumprimento de seus contratos;
• resolver conflitos de interesses das concessionárias;

ANS (Agência Nacional de Saúde)


É regulamentada pela Lei nº 9.961/00. É uma autarquia especial, vinculada ao Ministério da Saúde. Foi criada para
regular e fiscalizar a prestação ou execução de serviços na área de saúde (arts. 196 e 197 da CF/88). Dentro da
regulação e da fiscalização da prestação de serviço público, poderá:
• abrir licitações;
• celebrar contratos;
• gerenciar a execução dos contratos;
• aplicar sanções e penalidades pelo descumprimento de seus contratos;
• resolver conflitos de interesses das concessionárias.

Agência Executiva
Trata-se de atributo conferido a certas autarquias e fundações por iniciativa da Administração Direta, visando atingir
certas metas em troca de uma maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira por meio de um contrato de
gestão. Não se cria uma nova figura, são apenas prerrogativas dadas a autarquias e fundações temporariamente.
O instrumento para conferir essas prerrogativas é o contrato de gestão, que está previsto em lei.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

A diferença entre agência reguladora e agência executiva é que a primeira tem personalidade jurídica de Direito
Público, sendo autarquia em regime especial, e a segunda configura um rótulo dado a autarquias e fundações,
que amplia sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira.

Contrato de Gestão
É um contrato administrativo celebrado entre a Administração Direta e a Indireta, visando o cumprimento de certas
metas em troca de uma maior autonomia gerencial, orçamentária e financeira (art. 37, § 8º, da CF/88). Conteúdo
do contrato de gestão:
• metas que devem ser atingidas;
• prazos em que as metas serão atingidas;
• instrumentos de controle (exercido pela Administração Direta);
• penalidades a serem aplicadas;
• termos da ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira.

Organizações Sociais

Podem ser definidas como pessoa jurídica de Direito Privado, criada por particulares, sem fins lucrativos, que
recebem esse rótulo para o desempenho de serviços públicos não exclusivos do Estado. Esses serviços públicos
são definidos pela Lei nº 9.637/98: saúde, ensino, meio ambiente, cultura e pesquisa científica.
Essas organizações sociais não integram a administração do Estado, mas estabelecem parcerias com ele para
exercer os serviços públicos; estão ao lado dele (entes paraestatais). Essa parceria entre as organizações sociais
e o Estado será firmada por meio de um contrato de gestão. A CF/88 dispõe sobre um contrato de gestão no seu
art. 37, § 8º Esse contrato de gestão disposto no art. 37 da CF/88, entretanto, não é o mesmo contrato de gestão
disposto na Lei nº 9.637/98. A denominação é a mesma, mas as situações são diferentes. O contrato de gestão
deverá prever:
• os serviços públicos que serão exercidos por essas organizações sociais;
• o prazo que elas têm para executar esses serviços;
• os instrumentos de fiscalização;
• as penalidades em caso de descumprimento.

As organizações sociais podem ser contratadas sem licitação (art. 24, XXIV, da Lei nº 8.666/93) e recebem verbas
ou dotações orçamentárias (verbas, pessoal e bens públicos).

Serviços Sociais Autônomos

São todos aqueles instituídos por lei e que contêm uma personalidade de Direito Privado. Não possuem finalidade
lucrativa e têm por único objetivo prestar assistência a certas categorias profissionais.

Não integram a Administração Pública, mas estabelecem parceria com o Estado. Não exercem serviço público,
mas sim serviços de interesse público, portanto, a parceria se deve ao interesse da Administração Pública em
incentivar o desenvolvimento dessas atividades.

Os serviços sociais autônomos têm como fonte de renda dotações orçamentárias e contribuições para-fiscais
cobradas dos empregadores. Como exemplos de serviços sociais autônomos temos o SENAI, o SESC e o SESI.

Agentes Públicos
Cargo, emprego e função públicos

Agentes Públicos - São todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de
alguma função estatal. Os agentes normalmente desempenham funções do órgão, distribuídas entre os cargos de
que são titulares, mas, excepcionalmente podem exercer funções sem cargo. Em qualquer hipótese, entretanto, o

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

cargo ou a função pertence ao Estado, e não ao agente que o exerce, razão pela qual o Estado pode suprimir ou
alterar cargos e funções sem nenhuma ofensa aos direitos de seus titulares, como podem desaparecer os titulares
sem extinção dos cargos e funções.

Os agentes públicos classificam-se basicamente em quatro categorias bem diferenciadas:

• agentes políticos,
• agentes administrativos,
• agentes honoríficos e
• agentes delegados, que, por sua vez se subdividem em subcategorias.

Agentes Políticos - São os componentes do governo nos seus primeiros escalões, investidos em cargos,
funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação para exercício de atribuições
constitucionais. Esses agentes, não são servidores públicos nem se sujeitam ao Regime Jurídico Único
estabelecido pela Constituição de 1988. Os agentes políticos, possuem normas específicas para sua escolha,
investidura, conduta e processo por crimes funcionais e de responsabilidade que lhes são privativos.

São agentes políticos: os chefes de executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos e seus
auxiliares imediatos) (Ministros e Secretários de Estado e de Município) ; os membros das corporações legislativas
(Senadores, Deputados e Vereadores); os membros do Poder Judiciário (Magistrados em geral); os membros do
Ministério Público (Procuradores da República e da Justiça, Promotores e Curadores Públicos); os membros dos
Tribunais de Contas (Ministros e Conselheiros); os representantes diplomáticos e demais autoridades que atuem
com independência funcional no desempenho de atribuições governamentais e judiciais.

Agentes Administrativos - São todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas entidades autárquicas
e fundacionais por relações profissionais, sujeitos a hierarquia funcional e ao Regime Jurídico Único da entidade
estatal a que servem. São investidos a título de emprego e com retribuição financeira, em regra por nomeação e
excepcionalmente, por contrato de trabalho ou credenciamento.
Os agentes administrativos não são membros de poder de Estado; são apenas servidores públicos, com maior ou
menor hierarquia, em cargos e responsabilidades profissionais dentro do órgão ou da entidade a que servem,
conforme o cargo ou a função em que estejam investidos.

Os agentes administrativos estão subordinados ao regime da entidade a que servem e às normas específicas do
órgão em que trabalham.

São agentes administrativos, a grande maioria dos prestadores de serviços à administração direta e indireta do
Estado nas seguintes modalidades aceitas pela Constituição Federal de 1988: servidores públicos concursados,
servidores públicos que exercem cargos em comissão ou função de confiança, sem concurso, preferencialmente
escolhidos, "servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional" e os servidores temporários,
contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. A
categoria dos agentes administrativos espécie do gênero agente público são também denominados de servidores
públicos.

Agentes Honoríficos - São cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente,
determinados serviços ao Estado, mas sem qualquer vínculo empregatício ou estatuário e, normalmente, sem
remuneração. Tais serviços são denominados de serviços públicos relevantes.

São agentes honoríficos, aqueles que exercem a função de jurado, de mesário eleitoral, de comissário de menores,
de presidente ou membro de comissão de estudo ou de julgamento entre outros. Os agentes honoríficos não são
funcionários públicos, entretanto, momentaneamente exercem uma função pública e, enquanto a desempenho,
sujeitam-se a hierarquia e disciplina do órgão a que estão servindo.

Agentes Delegados - São particulares que recebem encargos referentes a execução de determinada
atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome próprio, por sua conta e risco, mas, conforme as normas
do Estado e sob permanente fiscalização do delegante. Constitui uma categoria à parte de colaboradores do Poder

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Público. São os concessionários e permissionários de obras e serviços públicos os serventuários de ofícios ou


cartórios não estatizados, os leiloeiros, os tradutores e intérpretes públicos, e as demais pessoas que recebem
delegação para a prática de atividade estatal ou serviço de interesse público.

Servidor e Funcionário Público

O servidor público é a pessoa legalmente investida em cargo público. Com o advento do novo Estatuto
dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais (Lei nº 8.112-1990), a
antiga denominação funcionário público foi substituída pela de servidor público.

Cargos Públicos
Na organização do serviço público a Administração cria cargos e funções, institui classes e carreiras, faz
provimentos e lotações, estabelece vencimentos e vantagens e delimita os deveres e direitos de seus servidores.
Cargo público é o lugar instituído na organização do serviço público, com denominação própria, atribuições e
responsabilidades específicas e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por um titular, na forma
estabelecida em lei. Função é a atribuição ou o conjunto de atribuições que a Administração confere a cada
categoria profissional ou comete individualmente a determinados servidores para a execução de serviços
eventuais.
Todo cargo tem função, mas pode haver função sem cargo. As funções do cargo são definitivas; as funções
autônomas são, por índole, provisórias, dada a transitoriedade do serviço que visam a atender. Daí por que as
funções permanentes da Administração devem ser desempenhadas pelos titulares de cargos, e as transitórias, por
servidores designados, admitidos ou contratados precariamente. Os servidores podem estabilizar-se nos cargos,
mas não nas funções. Não obstante a validade deste princípio, muitas leis vinham dando estabilidade a servidores
exercentes de funções, que, por natureza, são transitórias.
Para liquidar de vez com essa aberração administrativa foi que o constituinte, desde 1967, passou a vincular a
estabilidade à prévia aprovação em concurso público, requisito essencial para o preenchimento dos cargos de
provimento efetivo.

Cargo x Função Pública


Todo cargo público, só pode ser criado por lei. Essa é uma exigência da Constituição (art. 37,I).

Não há como se confundir cargo com função pública. A ideia de função pública está relacionada com atividade,
atribuição. Cargo, por sua vez, no seu sentido etimológico, pode ser traduzido como incumbência.

Sob o aspecto material representa o lugar onde o servidor desempenha sua atividade específica.

Cargo público é, portanto, o lugar instituído na organização do funcionalismo, com denominação própria,
atribuições específicas, e estipêndio correspondente, para ser provido e exercido por seu titular, na forma
estabelecida em lei. Exemplo: Auditor Fiscal do Tesouro Nacional (AFTN), Técnico do Tesouro Nacional (TTN),
Fiscal de Mercadorias em Trânsito, Agente Administrativo, Procurador do Estado, etc.

Função pública é, a atribuição ou conjunto de atribuições que a Administração confere a cada categoria
profissional ou individualmente a determinados servidores de serviços eventuais.

Os cargos são distribuídos em classes (agrupamento de cargos da mesma profissão e com idênticas atribuições,
responsabilidades e vencimentos) e carreira (agrupamento de classes da mesma profissão ou atividade,
escalonadas segundo a hierarquia do serviço). O conjunto de carreiras e cargos isolados constitui o quadro
permanente do serviço dos diversos órgãos da Administração.

Assim, cargo de carreira é escalonado em classes, para acesso privativo de seus titulares, até a mais alta
hierarquia profissional. Já o cargo de chefia é o que se destina à direção dos serviços.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Um quadro administrativo, portanto é composto de cargos de carreira e cargos isolados, considerados aqueles
como de caráter dinâmico que possibilitam ascensão do funcionário na escala hierárquica. Contrario sensu os
cargos isolados não oferecem condições de promoção.

O magistério superior, por exemplo, é uma carreira, porque resulta do agrupamento das classes seguintes:
professores assistentes, adjuntos e titulares.

Direito do Titular do Cargo Público


Entre os direitos do titular do cargo público está o da estabilidade, mas esta restringe-se ao exercício, às
prerrogativas da função, pois o cargo não é apropriável pelo servidor.

A administração, por isto mesmo, pode alterar os cargos públicos ou os serviços, independentemente da
aquiescência de seu titular, visto que este não tem direito adquirido à imutabilidade de suas atribuições. Hely
Meirelles doutrina:

O funcionário tem direito adquirido à permanência no funcionalismo, mas nunca adquirirá direito ao exercício da
mesma função, no mesmo lugar e nas mesmas condições, salvo os vitalícios, que constituem uma exceção
constitucional à regra estatutária.

Segue dizendo o mestre:

Enquanto subsistir o cargo, como foi provido, o seu titular terá direito ao exercício nas condições estabelecidas
pelo Estatuto, mas se se modificar a estrutura, as atribuições, os requisitos para o seu desempenho, lícita é a
exoneração, a disponibilidade, a remoção ou a transferência de seu ocupante, para que outro o desempenhe na
forma da lei. O que não se admite é o afastamento arbitrário ou abusivo do titular, por ato do Executivo, sem lei
que o autorize.

Temos, a título de exemplo, na carreira de Auditor Fiscal do Tesouro Nacional uma mudança de nomenclatura de
cargos e atribuições, onde os cargos de Fiscais de Tributos Federais e Controladores de Arrecadação, foram
extintos em 1985 e transformados no atual AFTN, consoante Decreto-lei n° 2.225/85, sem que isto tenha causado
qualquer furor nos tribunais.

Cargo x Emprego Público


Cabe preliminarmente, traçar um breve estudo sobre os regimes jurídicos possíveis de serem estabelecidos entre
o servidor e a Administração Pública, ou seja, as principais diferenças entre o regime estatutário e o regime
celetista. Neste sentido, Celso Bastos teceu as seguintes afirmações:
"As relações de trabalho podem ser regidas tanto pelo Direito Administrativo como pelo Direito do Trabalho.
Neste último (emprego público), a relação é disciplinada pela Consolidação das Leis do Trabalho. Já no primeiro
(cargo público), pela Constituição e pelos Estatutos próprios dos servidores nos três níveis de governo: União,
Estados e Municípios.
A noção de emprego surgiu em decorrência de a Administração ter parte da sua atividade submetida
fundamentalmente ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
Portanto, dentre estes conceitos os mais inconfundíveis são: cargo e emprego público. O primeiro como
típico do provimento realizado sob a égide do Direito Público”.

Celso Antônio Bandeira de Mello refere-se que essa duplicidade de vínculos laborais, existente entre o
servidor público e a Administração, determina que a Constituição Brasileira, em diversas passagens, menciona
cargos ou empregos públicos. Com isso, o jurista especificou doutrinariamente a diferença entre cargo público e
emprego público nos seguintes termos:

Cargo público – cargos são as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressadas por
um agente, previstas em número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito
público e criados por lei.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

Os servidores titulares de cargos públicos submetem-se a um regime especificamente concebido para reger
esta categoria de agentes. Tal regime é estatutário ou institucional; logo, de índole não-contratual.
Emprego Público – Empregos púbicos são núcleos de encargos de trabalho a serem preenchidos por
ocupantes contratados para desempenhá-los, sob relação trabalhista.
Sujeitam-se a uma disciplina jurídica que, embora sofra algumas inevitáveis influências advindas da
natureza governamental da entidade contratante, basicamente, é a que se aplica aos contratos trabalhistas em
geral; portanto, a prevista na Consolidação das Leis do Trabalho".

Desta forma, a relação de trabalho estabelecida com a administração pode ser pela unilateralização do
vínculo, havendo o cargo público. É por este motivo, que somente são considerados como servidores públicos os
que titularizam um "cargo público". Ao passo que a relação de trabalho que resulta do vínculo administração e
empregado, caracteriza-se pelo regime contratual, portanto, bilateral, onde o que prevalece para regrar essa
relação são as leis trabalhistas, enquanto aos servidores o que prevalece é o estatuto local.

Regime Jurídico Único


No direito pátrio, a Administração Pública é dividida em direta, indireta ou fundacional, à luz do art. 37 da
Constituição Federal, e, no plano político-administrativo, em federal, estadual, distrital e municipal.

No tocante aos servidores da administração, a Constituição Federal de 1988 denominou, em seu cap. VII, seção
II, de servidores públicos civis todos os que prestam serviços à Administração em geral e instituiu o "regime jurídico
único e plano de carreira" para a Administração direta, autárquica e fundacional (art. 39-CF), mais tarde
regulamentados pela Lei nº 8.112/90, no plano da administração federal.

A Emenda Constitucional nº 19, publicada no DOU de 5 de junho de 1998, modifica o regime e dispõe sobre os
princípios da administração. Em seus 34 artigos promove setenta e sete alterações no corpo das disposições
permanentes da Constituição da República, além de criar onze normas de caráter transitório para implementá-las.

Esse conjunto de conteúdo administrativo impor-se-á, mercê do princípio do paralelismo inerente ao nosso sistema
federativo, à observância pela União, pelos estados-membros, Distrito Federal e municípios.

Os servidores públicos civis e o regime jurídico único

Até o advento da Constituição Federal de 1988, vigoravam no setor público, dois regimes jurídicos de trabalho, o
regime estatutário e o celetista. O primeiro, para regular as relações de trabalho dos servidores concursados e o
segundo, para os servidores contratados sem a vantagem da estabilidade atribuída ao primeiro. A Nova Carta
Constitucional introduziu, em seu Capítulo VII, seção II, a terminologia servidores públicos civis para referir-se a
todos os que prestam serviço à Administração e instituiu em seu art. 39, o "regime jurídico único e planos de
carreira" para a Administração direta, autárquica e fundacional, significando dizer que não mais será possível a
diversidade de contratações na Administração Pública.

Apesar da objetividade da norma em instituir um único regime jurídico para a Administração, não restou clara a
exigência de ser de direito público sua natureza.

Doutrinariamente, a questão da natureza jurídica do regime único foi objeto de estudo de vários autores, alguns
se inclinando, como Hely Lopes Meireles pela natureza pública do regime e outros em minoria, mas fincados em
indiscutível e sólida argumentação, vêm defendendo que a Constituição Federal não determinou previamente o
regime único a ser adotado, cabendo a essas pessoas jurídicas de direito público a escolha.

É indiscutível a evolução das relações de trabalho do servidor público com o Estado, com absorção por elas, cada
vez mais, de elementos contratuais. A própria Constituição Federal, que determinou a instituição de um regime
único, estabeleceu que fosse aplicada aos servidores públicos uma série de direitos próprios do empregado
privado. Além disto, outorgou a esses o direito de sindicalização e greve.

É preciso, no entanto, reconhecer que a opção por um regime único se foi fundamental no sentido de unificar as

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

reivindicações dos servidores públicos, também serviu para freá-las.

Tecnicamente o regime estatutário é o regime que estabelece relações jurídicas entre o Estado e o servidor público,
com base nos princípios constitucionais e preceitos legais da entidade estatal a que pertence. As regras são
estabelecidas unilateralmente pela Administração Pública, elevando retoricamente a supremacia do "interesse
público". A relação entre Poder público e servidor não se dá por instrumento contratual, mas por regras
preestabelecidas, consagrando um verdadeiro contrato de adesão.

Os defensores deste regime jurídico apontam ser o que melhor atende aos princípios constitucionais, consagrados
no art. 37 da CF/88, além de atender ao princípio da autonomia administrativa, na medida que cada esfera da
Federação organizaria o seu funcionalismo sem a interferência da legislação federal.

Já os defensores do regime contratual (CLT) argumentam que facilitaria o desenvolvimento do processo de


negociação e contratação coletiva, além de unificar um maior número de trabalhadores, tanto na administração
direta, como na indireta, dando unidade as suas reivindicações mais gerais e garantindo uma legislação mais
abrangente. Nesta perspectiva seria adotado o regime trabalhista como único, incorporando os direitos estatutários
conquistados, se mais benéficos que os previstos na CLT.

Confessamos que o servidor público perdeu com a instituição do regime estatuário, pois a CLT impõe o respeito
às disposições legais de proteção ao trabalhador e aos contratos coletivos que venham a ser estabelecidos
(art.444-CLT), assegurando a inalterabilidade contratual de trabalho por ato unilateral e em prejuízo do empregado
(art. 468-CLT). O princípio protetor não convive com a visão administrativa.

Breve comentário sobre a reforma administrativa


EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19, DE 04 DE JUNHO DE 1998

A reforma administrativa que, realizou profundas modificações, produzindo alterações que vão além do âmbito
remuneratório; atingem as condições de seu vínculo jurídico com o Estado, mas sem romper com o principal: o
autoritarismo.
Acabou com a exigência do regime jurídico único, abrindo a possibilidade de ser instituída a duplicidade de regime
jurídico-institucional e celetista; revisou as condições de obtenção e manutenção da estabilidade, autorizando a
demissão por desempenho insuficiente e por necessidade da administração (aprova a demissão destes para que
os gastos com pessoal não ultrapassem 60% da receita).

A Carta de 1988 remete no art. 39 § 2º ao art. 7º para conferir vários direitos trabalhistas, especificamente os
incisos IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX, que estabelecem, a par de
outros direitos, garantia de vencimento nunca inferior ao mínimo e irredutibilidade salarial. Direitos estes abraçados
pela Lei nº 8. 112/90 que instituiu o regime jurídico único no âmbito federal.
A Constituição Federal também estabeleceu, como regra, o ingresso por concurso público independentemente do
regime a ser adotado, embora também tenha previsto a contratação por tempo determinado para atender às
necessidades temporárias de excepcional interesse público, ambos também recepcionados pela Lei 8.112/90. Não
obstante por razões diversas, alguns administradores públicos têm admitido trabalhadores, através de contratação
expressa ou tácita, sem obediência às condições estabelecidas constitucionalmente.

As principais mudanças para os servidores públicos, com a reforma constitucional, foram no tocante a investidura
em cargo público, política salarial, estágio probatório, estabilidade, disponibilidade, isonomia e o regime jurídico,
conforme veremos mais especificamente a seguir.

No caput do art. 37 foi acrescentado o termo eficiência, passando a vigorar com a seguinte redação:
"A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
e eficiência e, também ao seguinte".

No inciso I do art. 37, foi acrescido o direito a cargo e emprego público aos estrangeiros, antes acessível apenas
a brasileiros, todavia precisa ser regulamentado por lei complementar.
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros na forma da lei.

Ao inciso II do mesmo artigo foi acrescentado que a investidura através de concurso público, de provas e títulos
será conforme a natureza e complexidade do cargo ou emprego.
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas e
títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

O inciso V sofreu modificação substancial, a princípio com a ideia de impedir o nepotismo, quando substitui a
palavra preferencialmente por exclusivamente para o exercício de cargo de confiança ou comissão. Todavia, ao
utilizar a locução a serem preenchidos, quando se reporta aos cargos comissionados, sem embargo, consagrou o
nepotismo com a manutenção dos cargos existentes.

Também observamos no referido texto, que, ao limitar a proibição aos cargos de chefia, direção e assessoramento,
deu outra "brecha legal" ao nepotismo, pois inúmeros são os cargos comissionados sem essas especificações. No
Judiciário, por exemplo, temos as funções comissionadas, denominadas de FC (1,2,3,4,5) que tanto podem ser
para cargos de chefias como quaisquer outros, como, por exemplo, datilógrafo de audiência, porteiro, assistente
de diretor.

As funções gratificadas, denominadas anteriormente de DAS, hoje FC (8,9,10), consideradas de cargos de


confiança, com gratificações variadas, podem ser ocupadas por pessoas desprovidas de qualquer vínculo
empregatício e destinam-se às funções de assessoramento e direção (a partir da reforma só podem ser
preenchidos por servidores de carreira).

Já as primeiras, os ocupantes apenas necessitam estar vinculados a um determinado órgão (prefeituras


municipais, por exemplo), ou ao próprio Tribunal, a partir da reforma, pelo que depreendemos do texto,
necessariamente devem ser ocupadas por servidores do quadro, mas a limitação se prende a cargo de chefia,
direção e assessoramento, eis a "brecha":
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos
em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.

A modificação concernente ao direito de greve dos servidores substitui no inciso VII a regulamentação em lei
complementar para lei específica.

Vejamos outros aspectos da reforma:

Teto salarial - Nenhum servidor poderá receber, somando proventos, adicionais, prêmios, aposentadorias e até
vencimentos decorrentes da acumulação de cargos públicos (nos casos permitidos) etc., mais que os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, como também não será permitido o acúmulo de aposentadoria com salário acima do
teto. Este teto deverá ser definido por lei proposta pelos representantes dos três Poderes, conforme disposição no
inciso XI e seguinte do texto constitucional emendado.

Regime jurídico - Acabou o regime jurídico único. A política de administração e remuneração de pessoal agora é
definida por conselhos criados pela União, Estados e Municípios. Com isso haverá na Administração tanto
servidores estatutários como celetistas. Porém, todos deverão ser submetidos a concurso público para investidura
no cargo ou emprego. E os aumentos salariais definidos por lei proposta pelos três Poderes. Vejamos:

Art. 39 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração
e remuneração de pessoal integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.

Estabilidade/estágio probatório - Este foi ampliado de dois para três anos. A reforma acabou a estabilidade do
servidor público ao permitir-se no art. 41, inciso III a demissão por insuficiência de desempenho, como já vimos
antes.

Isonomia - Acaba a isonomia de vencimentos entre os servidores dos três Poderes. Os servidores com a mesma

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função podem receber salários diferenciados.


A reforma assegura revisão anual de salários dos servidores mas cada Poder definirá o índice.
As normas examinadas são autoaplicáveis, ou de eficiência imediata, alcançando tanto os contratos em curso,
quanto as situações ainda discutidas em processo de conhecimento, sem incidência, portanto, da prescrição e da
coisa julgada.

RESUMO

• A Emenda Constitucional n° 19 ELIMINOU a exigência de REGIME JURÍDICO ÚNICO para a


administração direta, autárquica e fundacional.

• Sabemos que a CF previu a existência de um REGIME JURÍDICO ÚNICO (RJU) para os servidores
da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas - esse Regime Jurídico Único é
de natureza estatutária e no âmbito da União está previsto na Lei 8112/90.

Regime Estatutário  estabelecido por lei em cada esfera de governo (natureza legal)

• A Lei nº 9.962, de 22 de fevereiro de 2000, disciplinou o regime de emprego público do pessoal da


Administração federal direta, autárquica e fundacional, no âmbito federal. Determinou a aplicação do
regime celetista aos servidores federais.

• No entanto, o referido regime apresenta peculiaridades, aplicando-se a legislação trabalhista


naquilo que a lei não dispuser em contrário. É imprescindível a criação dos empregos públicos,
por leis específicas. Os atuais cargos do regime estatutário poderão ser transformados em empregos,
também por leis específicas.

• Não poderão submeter-se ao regime trabalhista os cargos de provimento em comissão, bem


como os que forem servidores estatutários anteriormente às leis que criarem os empregos
públicos.

• A contratação dos servidores deverá ser precedida de concurso público de provas ou de provas
e títulos.

• A rescisão do contrato de trabalho por tempo indeterminado NÃO PODERÁ ser realizada
livremente pela Administração. Será imprescindível que se caracterizem as hipóteses previstas
no art. 3º da mencionada lei:
• falta grave;
• acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
• necessidade de redução do quadro de pessoal, por excesso de despesa; e
• insuficiência de desempenho.

• Regime Estatutário  significa a inexistência de um acordo de vontades no que tange às condições


de prestação do serviço - A Administração não celebra contrato com o Servidor Estatutário - as condições de
prestação do serviço estão traçadas na Lei. O servidor ao tomar posse no cargo público, coloca-se sob essas
condições, não tendo, no entanto, o direito à persistência das mesmas condições de trabalho existentes no
momento em que ele tomou posse. Trata-se de um REGIME LEGAL.

• No caso do servidor público não existe contrato, existe um Estatuto ao qual se submete - que é o Regime
Jurídico Estatutário o qual se ajusta ao interesse público. As modificações são unilaterais porque são ditadas pelo
interesse público, daí porque preservam a sua supremacia.

• Importante é a exigência do Concurso Público, que não se limitou ao ingresso na Administração Direta, mas

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também na Indireta, inclusive nas Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

• Regime Trabalhista  regido pela CLT, mas submete-se às normas constitucionais (natureza contratual)

• O servidor celetista é ocupante de emprego público.

• Não adquirirá estabilidade. No entanto, a sua dispensa terá de fundamentar-se em um dos motivos
legais.

• Os empregados em geral regidos pela CLT possuem um regime contratual o que significa dizer que em
princípio ajustam as condições de trabalho e assim ajustadas não podem ser modificadas unilateralmente.

Exercícios pertinentes: Coletânea I


Gabarito: No final dos exercícios
01) O atributo do ato administrativo, consistente na prerrogativa da Administração Pública de impor
unilateralmente as suas determinações, válidas, desde que dentro da legalidade, é conhecido por:
A) exigibilidade.
B) imperatividade.
C) auto-executoriedade.
D) tipicidade.
E) presunção de legitimidade.

02) Em relação à disciplina dos atos administrativos, assinale a opção incorreta.


A) Os regimentos dos tribunais são atos normativos e equiparam-se às leis para efeito de controle judicial.
B) A presunção de legitimidade é um atributo que gera a transferência do ônus da prova para quem arguir a
respectiva nulidade.
C) A licença distingue-se da autorização, pois aquela é ato vinculado e esta é ato discricionário.
D) O ato discricionário está imune à revisão do Poder Judiciário, porque nele se aloja o mérito administrativo, que
se traduz em razões de conveniência e oportunidade só valoradas pelo administrador.
E) A autoexecutoriedade é um atributo que permite à administração utilizar o seu poder de polícia para executar
medidas tipicamente administrativas, sem mandado judicial, como, por exemplo, a demolição de uma obra sem
licença.

03) Decompondo-se o ato administrativo, pode-se localizar a discricionariedade em seus elementos. Com
referência a esse assunto, assinale a opção incorreta.
A) Quanto ao sujeito - aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato -, não existe discricionariedade,
pois ele só pode exercer as atribuições que lhe forem conferidas por lei.
B) O objeto do ato administrativo está relacionado aos seus efeitos jurídicos possíveis; nesse âmbito, é incoerente
falar-se em discricionariedade, pois a administração sempre está condicionada a um poder-dever de agir, nunca a
uma faculdade.
C) A não ser que a lei imponha à administração a obrigatoriedade de obediência a determinada forma, há liberdade
para o administrador escolher aquela que julgue mais adequada à realização dos efeitos jurídicos do ato.
D) O motivo do ato pode ensejar discricionariedade, sobretudo quando o legislador não o define ou o faz por meio
de conceitos vagos.
E) O administrador está limitado à finalidade prevista em lei para cada ato administrativo; nesse sentido, a doutrina
majoritária não aceita discricionariedade em relação ao fim.

04) A prática de atos administrativos cabe:


A) exclusivamente aos órgãos executivos;
B) somente aos órgãos do poder executivo e do legislativo;
C) somente aos órgãos do poder executivo e do judiciário;

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D) aos órgãos executivos, em princípio e normalmente, mas as autoridades judiciárias e as mesas legislativas
podem também praticá-los restritamente;
E) somente às autoridades integrantes de qualquer dos poderes da república.

05) Assinale a opção correta com relação aos atos administrativos.


A) Ato administrativo eficaz é aquele apto à produção dos efeitos que lhe são próprios, por haver-se produzido em
conformidade com a ordem jurídica.
B) Todos os atos administrativos só são válidos quando a vontade do agente, isto é, o móvel do ato, for jurídica e
moralmente legítima.
C) Em certos casos, um ato administrativo pode ser declarado juridicamente inválido mesmo que atenda ao
interesse público.
D) A presunção de legitimidade dos atos administrativos em geral cria em favor deles presunção absoluta de
validade jurídica, a qual somente pode ser afastada mediante prova robusta e desde que na via judicial.
E) A revogação dos atos administrativos deve ser explícita, por significar contraposição à decisão de agente público
tomada no exercício de competência legalmente estabelecida.

06) A Súmula nº 473 do STF consigna o entendimento pacífico na doutrina e jurisprudência de que a
administração "pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial". Nesse caso, há de se
considerar que o(a):
A) faculdade de revisão ou invalidação dos atos administrativos pelo Judiciário é bem mais ampla que aquela
concedida à administração, tendo em vista o cânone constitucional dispondo que a lei não excluirá da apreciação
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
B) mudança de interpretação da norma traz como consequência a anulação dos atos anteriormente produzidos
sob orientação diversa, em atenção ao princípio da igualdade, que reclama idêntico tratamento aos administrados;
C) revogação dos atos administrativos opera efeitos ex tunc.
D) ato nulo não vincula as partes e tampouco produz efeitos em relação a terceiros;
E) dever de anulação dos atos ilegais tem como limite a ocorrência da prescrição.

07) São características do regime jurídico estatutário:


A) a natureza legal e institucional do vínculo entre o servidor e a administração pública e a vedação à greve.
B) a admissão exclusiva por concurso público e a demissão após processo administrativo disciplinar.
C) proibição de acumulação de cargos e a garantia da efetividade no serviço público.
D) a inexistência de direito adquirido à manutenção do regime jurídico vigente e a irredutibilidade de vencimentos.

08) Os requisitos necessários à formação do ato administrativo são:


A) Forma, vinculação, imperatividade, legitimidade e objeto.
B) Forma, vinculação, exequibilidade, finalidade e objeto.
C) Forma, competência, finalidade, motivo e objeto.
D) Forma, vinculação, finalidade, motivo e objeto.

09) A Administração pode anular o ato administrativo ilegal que praticou:


A) Desde que sejam respeitados os direitos adquiridos.
B) Sem que esteja sujeita a qualquer condição de conveniência administrativa.
C) Desde que esteja autorizada pelo Presidente da República, Governador ou Prefeito.
D) Nenhuma das alternativas está correta.

10) Assinale a proposição correta:


A) Não pode haver delegação de poderes no âmbito da Administração Pública.
B) Não pode o superior hierárquico avocar a prática de atos de competência de inferior hierárquico.
C) O poder disciplinar é discricionário.
D) A punição administrativa afasta a criminal, pois não pode haver dupla punição pela mesma falta.

11) De acordo com o princípio da publicidade administrativa,

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A) pode haver sigilo de informações administrativas quando tal for imprescindível à segurança do Estado e da
sociedade.
B) não se admite qualquer espécie de sigilo no exercício de funções administrativas.
C) só existem atos administrativos escritos e sua eficácia é sempre condicionada à publicação no Diário Oficial.
D) o ato administrativo deve ser sempre publicado em sítio do órgão ou entidade pública na Internet.

12) Pedido de anulação ou modificação do ato administrativo, dirigido à autoridade superior dentro do
mesmo órgão em que foi praticado o ato, constitui:
A) pedido de reconsideração.
B) representação.
C) recurso hierárquico impróprio.
D) recurso hierárquico próprio.
E) N. D. A.

13) Quanto ao Poder Regulamentar:


A) É exteriorizado através de decreto legislativo;
B) É ato normativo originário;
C) O Congresso Nacional pode sustar atos normativos que extrapolem os limites do poder de regulamentação;
D) É exercido pelo Chefe do Poder Executivo para editar atos normativos originários, tendo força de lei.

14) Quem é agente público?


A) É qualquer pessoa, tanto física quanto jurídica, que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da
administração indireta.
B) É toda pessoa jurídica que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da administração indireta.
C) É toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da administração indireta.
D) Nenhuma das alternativas.

15) Sobre agente político, assinale a alternativa correta.


A) São pessoas físicas titulares de cargos do primeiro escalão do Governo que exercem funções políticas e
constitucionais.
B) São investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação
para o exercício de atribuições constitucionais.
C) Sua função é a de formadores da vontade superior do Estado.
D) Todas estão corretas.

16) Quais destes a seguir se enquadram como agentes políticos?


I - Presidente da República.
II - Vice-presidente da República.
III - Governadores.
IV - Vices-governadores.
V - Prefeitos.
VI - Vereadores.
A) Todas estão corretas.
B) Todas estão incorretas.
C) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
D) As assertivas I, III e V estão corretas.

17) As organizações sociais são:


A) órgãos pertencentes à Administração direta, tendo por objeto o desenvolvimento de atividades relacionadas ao
ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e à preservação da meia ambiente, à
cultura e à saúde.
B) autarquias, declaradas entidades de interesse social e utilidade pública pana todos os efeitos legais.
C) sociedades de economia mista, criadas por lei ou decreto, sem fins lucrativos, administradas por conselho do
qual participam representantes do poder público.
D) pessoas jurídicas de direto privado que, preenchendo os requisitos legais, podem celebrar contratos de gestão
com o poder público para a formação de parceria na fomentação e execução de determinadas atividades.

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18) Quanto aos servidores públicos, é correto afirmar que:


A) São as pessoas jurídicas que prestam serviços ao Estado e às Entidades da Administração Indireta, com vínculo
empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.
B) São as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às Entidades da Administração Indireta, com vínculo
empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.
C) São as pessoas físicas que prestam serviços somente ao Estado, com vínculo empregatício e mediante
remuneração paga pelos cofres públicos.
D) São as pessoas jurídicas que prestam serviços somente às Entidades da Administração Indireta, com vínculo
empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.

19) Entre os Poderes da Administração, NÃO se pode relacionar:


A) o poder normativo-regulamentar, exercido privativamente pelo Chefe do Poder Executivo, que consiste na
regulamentação das leis por meio da expedição de decretos e regulamentos para sua fiel execução;
B) o poder normativo-interno, decorrente da relação hierárquica, o qual consiste na expedição de atos normativos,
como resoluções, portarias e instruções, com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados;
C) o poder hierárquico de avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão
subordinado;
D) o poder normativo do Chefe do Poder Executivo para a regulamentação das leis, por meio da expedição de
decretos e regulamentos para sua fiel execução;
E) o poder normativo-autônomo, exercido privativamente pelo Chefe do Poder Executivo consistindo na expedição
de decretos autônomos sobre matéria de sua competência, ainda não disciplinada por lei.

20) Caso o agente público explicite a motivação de um ato administrativo discricionário, como por exemplo,
a destituição de servidor ocupante de cargo de confiança, os motivos:
A) passarão a ser determinantes no exame de validade e eficácia do ato pelo poder judiciário, vinculando a
administração aos motivos declarados no ato;
B) vinculam o ato somente quanto à declaração e extinção dos fundamentos de fato e de direito;
C) determinam a vinculação somente quanto aos fundamentos de direito;
D) não vinculam o ato, seja em relação aos fundamentos de fato ou de direito;
E) vinculam o ato somente quanto à exposição dos fundamentos de fato.

21) Em razão do poder hierárquico existente no âmbito da Administração Pública, analise as afirmativas:
I. Uma autoridade pode controlar o mérito e a legalidade dos atos praticados por seus subordinados.
II. Haverá hierarquia no Poder Judiciário e no Poder Legislativo quando eles estiverem desempenhando a função
administrativa.
III. Um agente público pode deixar de cumprir a ordem de seu superior hierárquico quando constatar que a mesma
é manifestamente ilegal.
São verdadeiras somente as afirmativas:
A) I e II;
B) I e III;
C) II e III;
D) I, II e III;
E) nenhuma.

22) A Administração Pública pode impor ao administrado cumprimento ou execução dos atos
administrativos. Esse atributo do ato administrativo denomina-se:
A) imperatividade;
B) presunção de legitimidade;
C) auto-executoriedade;
D) eficiência;
E) discricionariedade.

23) Os atos administrativos são agrupados em espécies, de acordo com suas características. A licença é
considerada espécie de ato administrativo:
A) negocial;

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B) enunciativo;
C) normativo;
D) discricionário;
E) ordinatório.

24) Em relação aos atos administrativos, analise as afirmativas a seguir:


I. O ato administrativo discricionário é aquele em que a Administração Pública não tem liberdade para valorar
critérios de conveniência e oportunidade, devendo adotar o único objeto previsto na lei.
II. Os atos de gestão são aqueles em que a Administração Pública não precisa usar de sua supremacia em relação
ao particular.
III. Os atos gerais são aqueles expedidos sem destinatários determinados, como por exemplo, o regulamento.
A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente:
A) I;
B) II;
C) III;
D) I e II;
E) II e III.

25) A modalidade de extinção do ato administrativo que incide sobre o ato considerado válido no momento
em que foi editado, mas ilegal na sua execução, é denominada:
A) revogação;
B) encampação;
C) caducidade;
D) cassação;
E) contraposição.

26) A comunicação dos atos do processo administrativo será feita, de regra, por:
A) intimação mediante ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento e por telegrama.
B) citação, publicada no Diário Oficial da União, com antecedência mínima de 10 dias.
C) intimação, feita por meio de oficial de justiça, sempre com antecedência mínima de 5 dias.
D) citação, feita por meio de oficial de justiça, juntando-se cópia do mandado aos autos, no mínimo, 24 horas antes
da prática do ato.
E) intimação, publicada no Diário Oficial da União, quando o interessado não for encontrado pelo oficial de justiça.

27) Uma das possíveis aplicações do princípio da impessoalidade é:


A) considerar que o servidor age em nome da Administração, de modo que a Administração se responsabiliza
pelos atos do servidor, e este não possui responsabilidade.
B) proibir que constem, na publicidade das obras e serviços públicos, nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades.
C) impedir que servidores públicos se identifiquem pessoalmente como autores dos atos administrativos que
praticam.
D) impedir que determinadas pessoas recebam tratamento favorecido em concursos públicos, em razão de
deficiência física.
E) considerar inconstitucionais os critérios de títulos em concursos para provimento de cargos públicos.

28) É exemplo de exercício do poder hierárquico da Administração a:


A) aplicação de uma multa de trânsito.
B) aplicação de uma sanção contratual pela Administração em um contrato Administrativo.
C) revogação de um ato administrativo pela autoridade superior ao agente administrativo que o praticou.
D) anulação de um ato administrativo pelo Poder Judiciário.
E) anulação de um ato administrativo pelo próprio agente que o praticou.

29) Em relação ao ato administrativo, é correto afirmar:


A) A anulação do ato administrativo tem por escopo suprimir ato legítimo e eficaz.
B) A revogação do ato administrativo produz efeitos "ex-tunc".
C) A anulação do ato administrativo tem efeito retroativo.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

D) A faculdade de anular os atos administrativos ilegais é restrita ao mesmo agente que o praticou.
E) A revogação do ato administrativo é prerrogativa do poder judiciário.

30) Os atos administrativos ordinatórios


A) atuam no âmbito externo das repartições.
B) têm caráter normativo quando expressam um comando geral do executivo.
C) não obrigam os particulares.
D) expressam uma declaração de vontade do poder público coincidente com a pretensão do particular, visando
concretizar negócios jurídicos.
E) estabelecem uma relação negocial entre o poder público e o particular, no intuito de definir obrigações
recíprocas e onerosas.

31) A situação de direito ou de fato que determina a efetivação do ato administrativo denomina-se:
a) motivo c) finalidade e) competência
b) forma d) objeto

32) O ato discricionário:


A) não se vincula à lei.
B) confunde-se com "arbitrariedade".
C) é próprio dos sistemas autoritários.
D) é legalmente concedido à administração pública.
E) é o mesmo que ato vinculado.

33) Em relação ao ato administrativo típico, pode-se afirmar:


I. É consequência do ato jurídico.
II. É gênero, do qual o ato jurídico é espécie.
III. É manifestação volitiva da Administração Pública.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I c) apenas III e) apenas I e III
b) apenas II d) apenas II e III

34) No que concerne ao ato administrativo, é INCORRETO afirmar:


A) A motivação deve apontar a causa e os elementos determinantes da prática do ato administrativo, bem como o
dispositivo legal em que se funda.
B) A motivação será dispensável em certos atos administrativos oriundos do poder discricionário, bastando apenas
evidenciar a competência para o exercício desse poder e a conformação do ato com o interesse público.
C) O ato é inválido, havendo desconformidade entre os motivos determinantes e a realidade.
D) A teoria dos motivos determinantes funda-se na consideração de que os atos administrativos, quando tiverem
sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos.
E) O ato não motivado, quando o devia ser, presume-se executado, se realizado na esfera de competência
funcional do agente.

35) Os atos administrativos para os quais a lei estabelece, rigorosamente, os requisitos e as condições
para sua realização, denominam-se:
a) vinculados c) expeditivos e) discricionários
b) declaratórios d) imperativos

36) A revogação de um ato administrativo, quando parcial, chama-se:


A) repristimação c) retificação e) ab-rogação
B) cassação d) derrogação

37) No que diz respeito ao regime jurídico do servidor público civil, é legal e tecnicamente correto afirmar
que:
A) o exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da função de confiança.
B) o salário é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
C) o funcionário público é a pessoa que ocupa cargo público criado por decreto do poder executivo.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

D) a remuneração é o valor-base do cargo em exercício, não acrescido das vantagens pecuniárias.


E) as vantagens consistem em indenizações e gratificações, e sempre se incorporam ao vencimento.

38) Assinalar a alternativa que não seja característica do órgão administrativo:


A) Poderes funcionais.
B) Personalidade jurídica.
C) Estrutura.
D) Competência.

39) Em relação a função temporária, é correto afirmar que:


A) referem-se por ocupar cargos efetivos na função à qual são concursados, seus direitos e deveres são previstos
em regime estatutário. Sua nomeação e posse no cargo público se darão mediante concurso público.
B) são preenchidos por servidores nomeados e exonerados ad nutum, ou seja, independentemente de concurso
público. Destina-se a preencher cargos políticos, de confiança e, principalmente, de atribuições de direção, chefia
e assessoramento.
C) caracterizam-se por ser ocupados por servidor público que adquire efetividade no quadro de servidores da
administração e são regidos pela CLT. Sua nomeação e posse no emprego se darão mediante concurso público.
D) é exercida por servidores contratados temporariamente com base na constituição federal, podendo ou não haver
concurso público.

40) Os requisitos necessários à formação do ato administrativo são:


A) Forma, vinculação, imperatividade, legitimidade e objeto.
B) Forma, vinculação, exequibilidade, finalidade e objeto.
C) Forma, competência, finalidade, motivo e objeto.
D) Forma, vinculação, finalidade, motivo e objeto.

41) A Administração Pública, por meio do regular uso do poder disciplinar,


A) distribui, ordena, escalona e revê a atuação de seus agentes, de modo que as atividades por eles
desempenhadas obedeçam ao princípio da eficiência.
B) apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina
administrativa.
C) edita normas complementares à lei, que disponham sobre organização administrativa ou relações entre os
particulares que estejam em situação de submissão especial ao Estado.
D) condiciona e restringe o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou
do próprio Estado.
E) pratica atos administrativos de sua competência, com liberdade de escolha quanto à sua conveniência,
oportunidade, forma e conteúdo.

42) Dentre os atributos do ato administrativo, a imperatividade


A) garante ao Poder Público a execução de determinado ato administrativo, sem necessidade de intervenção do
Poder Judiciário.
B) autoriza a Administração Pública a executar os atos que não respeitaram os requisitos necessários para sua
formação válida, enquanto não decretada sua nulidade pelo Judiciário.
C) exige que os atos administrativos correspondam a figuras definidas previamente na lei como aptas a produzir
determinados resultados.
D) permite que determinado ato obrigacional expedido pela Administração Pública se imponha a terceiros,
independentemente de sua concordância.
E) é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática de atos que conferem direitos solicitados pelos
administrados.

43) O ato administrativo que supre vício existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que
foi praticado, denomina-se:
A) invalidação.
B) retificação.
C) convalidação.
D) conversão.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

44) O ato revogador de um ato administrativo tem natureza:


A) declaratória.
B) constitutiva.
C) negativa.
D) extintiva.

45) Considere a seguinte hipótese: “O município desapropria um imóvel de propriedade de desafeto do


Chefe do Executivo com o fim predeterminado de prejudicá-lo”. O exemplo narrado
A) caracteriza hipótese de vício no objeto do ato administrativo.
B) corresponde a vício de forma do ato administrativo.
C) corresponde a vício no motivo do ato administrativo.
D) corresponde a desvio de finalidade.
E) não caracteriza qualquer vício nos requisitos dos atos administrativos, haja vista a competência discricionária
do Poder Público.

45) Sobre o poder disciplinar, é correto afirmar:


A) Existe discricionariedade quanto a certas infrações que a lei não define, como ocorre, por exemplo, com o
“procedimento irregular” e a “ineficiência no serviço”, puníveis com pena de demissão.
B) Há discricionariedade para a Administração em instaurar procedimento administrativo, caso tome conhecimento
de eventual falta praticada.
C) Inexiste discricionariedade quando a lei dá à Administração o poder de levar em consideração, na escolha da
pena, a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público.
D) O poder disciplinar é sempre discricionário e decorre da supremacia especial que o Estado exerce sobre aqueles
que se vinculam à Administração.
E) É possível, em determinadas hipóteses, que a Administração deixe de punir o servidor comprovadamente
faltoso.

47) No que concerne ao poder de polícia, é correto afirmar:


A) É vedada a utilização de meios diretos de coação.
B) Constitui-se somente por atividades preventivas.
C) É puramente discricionário.
D) Incide sobre pessoas.
E) É possível a utilização de meios indiretos de coação.

48) No que diz respeito aos requisitos dos atos administrativos,


A) a competência, no âmbito federal, é, em regra, indelegável.
B) o desvio de finalidade ocorre apenas se não for observado o fim público.
C) o motivo, se inexistente, enseja a anulação do ato administrativo.
D) se houver vício no objeto e este for plúrimo, ainda assim não será possível aproveitá-lo em quaisquer de suas
partes mesmo que nem todas tenham sido atingidas pelo vício.
E) a inobservância da forma não enseja a invalidade do ato.

49) No que diz respeito ao tema cargo, emprego e função pública, é correto afirmar:
A) As funções de confiança, exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos ou não, destinam-se apenas
às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
B) A expressão emprego público designa uma unidade de atribuições e distingue-se do cargo público pelo tipo de
vínculo que liga o servidor ao Estado; portanto, o ocupante de emprego público tem vínculo estatutário.
C) A função exercida por servidores contratados temporariamente para atendimento de situações de excepcional
interesse público exige, necessariamente, concurso público.
D) As várias competências previstas na Constituição para os entes federativos são distribuídas entre os respectivos
órgãos, os quais dispõem de determinado número de cargos criados por lei, que lhes confere denominação própria,
atribuições e o padrão de vencimento ou remuneração.
E) Exige-se concurso público não só para a investidura em cargo ou emprego, como em todos os casos de função,
ou seja, as exercidas temporariamente para atender necessidade de excepcional interesse público e as ocupadas
para o exercício de funções de confiança.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

50) Incompetência é um defeito ou vício do ato administrativo, que ocorre:


A) na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade
do ato.
B) no ato que não se inclui nas atribuições legais do agente que o pratica.
C) nos casos em que o resultado pretendido pelo ato importa violação da Constituição, da lei ou de outro preceito.
D) nos casos em que a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou
juridicamente inadequada ao resultado obtido.

51) A revogação do ato administrativo pressupõe:


A) Ato viciado que ainda não produziu efeitos.
B) Ato válido, independentemente da produção ou não de efeitos.
C) Ato simplesmente anulável.
D) Ato inexistente.
E) Ato viciado que já produziu efeitos.

52) Assinale a alternativa correta: O ato pelo qual é aplicada pena disciplinar ao servidor público:
A) É ato vinculado da Administração.
B) É ato discricionário e de efeitos externos da Administração.
C) Não é ato sujeito à apreciação judicial.
D) Não é ato administrativo.
E) É ato discricionário.

53) Assinale a alternativa incorreta.


A) A inobservância da forma do ato administrativo acarreta a sua nulidade.
B) Quanto à composição da vontade, diz-se que o ato administrativo é complexo, se depender da vontade de
órgãos diversos, como é exemplo a nomeação do Procurador-Geral de Justiça.
C) Há revogação do ato administrativo, quando a retirada do mesmo se funda em razões de conveniência e
ilegalidade.
D) A recusa e a renúncia são as únicas causas promovidas por particular, que levam à extinção do ato
administrativo.
E) O ato administrativo válido e eficaz produz efeitos até sua revogação.

54) Ato administrativo complexo é:


A) aquele que versa sobre questões de difícil alcance.
B) aquele que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação
a de outro, que edita o ato principal.
C) aquele que depende da manifestação de vontade de um órgão colegiado.
D) aquele que depende da manifestação de vontade de um ou mais órgãos colegiados.
E) aquele que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados, cuja vontade
se funde para formar um ato único.

55) Ato administrativo inexistente é:


A) ato administrativo que não foi praticado.
B) ato administrativo que não chega a entrar no mundo jurídico por falta de um elemento essencial e que, em
consequência, não é passível de convalidação.
C) ato administrativo que embora padeça de graves vícios na sua formação é passível de ser objeto de
convalidação.
D) ato praticado com defeito de forma.
E) ato praticado com defeito de competência, podendo ser ratificado pela autoridade superior.

56) Na administração pública, os atos praticados devem atender à finalidade legal, atendendo ao princípio
da:
A) abrangência
B) disponibilidade
C) impessoalidade

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D) hierarquia administrativa
E) eficiência

57) Com relação ao ato administrativo discricionário, é CORRETO afirmar que:


A) não pode haver, em hipótese alguma, controle judicial e a administração tem liberdade para atuar;
B) o controle judicial é possível, mas terá que respeitar a discricionariedade administrativa nos limites em que ela
é assegurada à administração pela lei;
C) a administração age compelida por motivos de força maior ou em estado de necessidade, sem o controle judicial;
D) a administração se vincula apenas a uma lei de ordem pública, não podendo haver o controle judicial.

58) O ato administrativo que resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por parte
de outro para se tornar exequível, denomina-se:
A) ato administrativo composto;
B) ato administrativo superior;
C) ato administrativo simples;
D) ato administrativo complexo.

59) Com relação aos atos administrativos, analise as afirmativas:


I - A Administração Pública, de oficio, tem competência para revogar e anular seus atos.
II - O Poder Judiciário, quando provocado, pode revogar e anular atos administrativos praticados por qualquer
poder.
III - A anulação do ato administrativo produz efeitos ex tunc, retroagindo à data de elaboração do ato. São
verdadeiras somente as afirmativas:
A) I e II;
B) I e III;
C) II e III;
D) I, II e III;
E) nenhuma.

60) O ato administrativo que ''resulta da vontade única de um órgão, mas depende da verificação por parte
de outro, para se tornar exequível'', é denominado:
A) complexo;
B) composto;
C) constitutivo;
D) abdicativo;
E) suspensível.

61) A espécie de ato administrativo compatível com a licença é:


A) ato enunciativo;
B) ato negocial;
C) ato ordinatório;
D) ato discricionário;
E) ato normativo.

62) Assinale a alternativa que NÃO indica um dos elementos do ato administrativo:
A) competência;
B) finalidade;
C) objeto;
D) capacidade;
E) forma.

63) Na divisão dos atos administrativos em espécies, a certidão administrativa é considerada um ato:
A) enunciativo;
B) negocial;
C) normativo;
D) ordinatório;

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

E) punitivo.

64) O desvio de poder, em matéria de atos administrativos, configura vício relativo ao elemento:
A) agente.
B) forma.
C) objeto.
D) motivo.
E) finalidade.

65) A revogação de um ato administrativo de caráter normativo geral:


A) não é possível.
B) só pode ser feita pela própria Administração, de ofício ou mediante a provocação de qualquer interessado.
C) só pode ser feita pelo Poder Judiciário, mediante a provocação de qualquer interessado.
D) só pode ser feita pelo Poder Judiciário, mediante a provocação da própria Administração.
E) pode ser feita pela própria Administração, de ofício ou mediante a provocação de qualquer interessado, ou pelo
Poder Judiciário, mediante a provocação de qualquer interessado.

66) São sempre vinculados, nos atos administrativos, os requisitos, também denominados elementos:
A) motivo e sujeito;
B) objeto e forma;
C) sujeito e finalidade;
D) motivo e objeto;
E) finalidade e motivo.

67) O desfazimento do ato administrativo, em virtude de determinação judicial, por razões de ilegalidade,
denomina-se:
A) rescisão;
B) anulação;
C) conversão;
D) revogação;
E) caducidade.

68) Diz-se que os atos administrativos são vinculados quando:


A) a autoridade incompetente deixa de observar dispositivo constitucional obrigatório quando deveria fazê-lo;
B) a sentença judicial é proferida por Juiz competente que determina o desfazimento do ato em processo judicial;
C) observam corretamente os princípios constitucionais da moralidade administrativa e da razoabilidade;
D) a lei estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de determinada forma;
E) o administrador público os pratica com independência do voto do Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas.

69) Considerando as noções doutrinariamente fixadas acerca dos atos administrativos em espécie,
identifique a alternativa INCORRETA:
A) autorização é ato administrativo discricionário baseado no Poder de Polícia do Estado sobre a atividade privada;
B) aprovação é o ato unilateral e vinculado pelo qual se exerce o exame a priori ou a posteriori de um outro ato
administrativo;
C) homologação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade de um
ato jurídico;
D) admissão é ato administrativo vinculado que confere ao indivíduo, desde que preenchidos os requisitos legais,
o direito de receber um serviço público;
E) através de um ato administrativo de permissão a Administração pode delegar a um particular, sempre através
de prévia licitação, a prestação de um serviço público.

70) São efeitos do ato administrativo:


A) Próprios e impróprios.
B) Imperatividade e autoexecutoriedade.
C) Exigibilidade e presunção de legitimidade.
D) Ordinários e especiais.

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71) Com relação à revogação do ato administrativo, é incorreto afirmarmos que:


A) Pode ser total ou parcial.
B) A revogação só pode dar-se por outro ato administrativo da mesma natureza, vigorando desta forma o ''princípio
do paralelismo''.
C) Atos que geram direitos adquiridos não são revogáveis.
D) O ato administrativo ilegal é passível de revogação, sendo esta a forma mais adequada para sua extinção.

72) Analise as afirmações abaixo, com respeito aos atos administrativos.


I - A licença é ato discricionário.
II - A permissão é ato vinculado e precário, podendo ser gratuita ou onerosa.
III - O decreto é ato de competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo.
IV -O parecer é obrigatório para a Administração quando a lei o exige como pressuposto para a prática do ato, não
podendo ser contrariado pela autoridade competente para prolatar a decisão.
V - Denomina-se visto o ato administrativo pelo qual a Administração controla outro ato emanado dela própria ou
do administrado aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade.
Estão corretas as afirmações:
A) II e IV, apenas.
B) III e IV, apenas.
C) III e V, apenas.
D) I, II e III, apenas.
E) I, IV e V, apenas.

73) Sobre os atos administrativos é INCORRETO afirmar:


A) Independentemente da análise da classificação em discricionário ou vinculado, todos os atos administrativos
são passíveis de exame pelo Poder Judiciário, sem qualquer distinção e sob qualquer fundamento.
B) O sujeito, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade são elementos do ato administrativo.
C) A presunção de legitimidade e veracidade, a imperatividade, a autoexecutoriedade, e a tipicidade são atributos
que diferem os atos administrativos dos atos de direito privado.
D) São espécies de atos administrativos a autorização, a permissão, o parecer, o alvará e o decreto.
E) A revogação de um ato administrativo só poderá ser realizada pela Administração Pública e os seus efeitos
somente se produzirão a partir da data da revogação, não retroagindo.

74) Admitindo-se o critério de classificação dos atos administrativos entre discricionários e vinculados, a
opção que contém somente atos vinculados é:
A) autorização para porte de arma e admissão;
B) licença para construir e autorização para porte de arma;
C) admissão e licença para construir;
D) admissão e aprovação;
E) autorização para porte de arma e aprovação.

75) O ato administrativo que cria nova situação jurídica individual para seus destinatários em relação à
Administração chama-se:
A) alienativo;
B) constitutivo;
C) modificativo;
D) declaratório;
E) extensivo.

76) A atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direitos, interesses ou liberdades
individuais, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público, nos limites da lei
e com observância do devido processo legal, constitui mais propriamente o exercício do poder:
A) de domínio
B) de polícia
C) disciplinar
D) hierárquico

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E) regulamentar

77) O ato administrativo que não está apto para produzir os seus efeitos jurídicos, porque não completou
todas as etapas necessárias para a sua formação, denomina-se:
A) ato pendente
B) ato inválido
C) ato composto
D) ato imperfeito
E) ato consumado

78) A revogação é a invalidação do ato administrativo:


A) viciado
B) baixado por autoridade incompetente
C) sem motivo
D) que se tornou inconveniente
E) com desvio de finalidade

79) No que concerne à competência para sua edição o ato administrativo será sempre:
A) composto;
B) informal;
C) discricionário;
D) vinculado;
E) complexo.

80) Com relação aos atos administrativos, assinale a opção correta.


A) Todos os atos praticados pela administração pública submetem-se ao regime dos atos administrativos.
B) Só se pode considerar ato administrativo aquele praticado por servidor público regularmente nomeado.
C) Em razão do princípio da legalidade, apenas os agentes públicos competentes podem praticar, validamente,
atos administrativos, sendo que, devido ao mesmo princípio, a competência de um agente não pode, em hipótese
alguma, ser objeto de delegação ou avocação.
D) Enquanto o motivo indica a situação que dá ensejo à prática do ato administrativo, o móvel corresponde à
intenção do agente que o praticou.
E) A revogação do ato administrativo só pode ser total, não parcial.

81) A anulação do ato administrativo se dá em razão de:


A) ilegalidade, produzindo efeito ex tunc;
B) inconveniência, produzindo efeito ex nunc;
C) ilegalidade, produzindo efeito ex nunc;
D) inconveniência, produzindo efeito ex tunc;
E) inoportunidade, produzindo efeito ex tunc.

82) A Secretaria de Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, realizou inspeção em abatedouro de


bovinos para comércio interestadual, descobrindo graves irregularidades em suas condições de higiene.
Ante o quadro do local e cumpridos os procedimentos legais, a autoridade administrativa decidiu interditar
o estabelecimento, independentemente de ordem judicial, até a sanação das deficiências. Segundo Celso
Antônio Bandeira de Mello, o atributo que caracteriza esse ato administrativo de interdição é:
A) a executoriedade.
B) a imperatividade.
C) a exigibilidade.
D) a presunção de validade.
E) o poder de polícia.

83) Acerca do abuso de poder, assinale a alternativa INCORRETA.


A) O abuso de poder, em sua forma comissiva, se caracterizará na ocorrência do desvio de poder
B) O abuso de poder, em sua forma omissiva, se caracterizará na verificação de omissão específica
Do administrador.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

C) Na forma comissiva, o abuso de poder se caracterizará na presença do excesso de poder.


D) Na forma omissiva, o abuso de poder se caracterizará na presença de omissão genérica do
Administrador.

84) O ato administrativo pelo qual a Administração extingue o ato válido, por motivos de conveniência e
oportunidade, denomina-se:
A) convalidação
B) invalidação
C) revogação
D) anulação
E) notificação

85) Entre os requisitos do ato administrativo há um que diz respeito ao poder legal para praticá-lo. Este
requisito diz respeito à(ao):
A) objeto.
B) competência.
C) forma.
D) motivo.
E) finalidade.

86) Os atos administrativos que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam pelas
repartições públicas, preparando-os para a decisão da autoridade administrativa são atos:
A) de expediente.
B) de gestão.
C) de império.
D) internos.
E) vinculados.

87) A retirada do ato administrativo, que permitia a exploração de parque de diversões, por particular, em
razão de superveniente lei de zoneamento que proíbe tal atividade, denomina-se:
A) revogação;
B) caducidade;
C) invalidação;
D) contraposição;
E) renúncia.

88) Entre os elementos sempre essenciais à validade dos atos administrativos não se inclui o da:
A) Forma própria
B) motivação
C) condição resolutiva
D) finalidade
E) autoridade competente

89) Um dos princípios do direito administrativo é o da motivação. Cumpre-se exigência de motivar atos
administrativos, enunciando:
A) a intenção com que o agente expede o ato.
B) o dispositivo legal que se entende aplicável à espécie.
C) o fato que, em face da lei, enseja a expedição do ato.
D) o dispositivo legal aplicável e a intenção do agente.

90) São atributos do ato administrativo:


A) discricionariedade, impessoalidade e coercibilidade.
B) discricionariedade, impessoalidade e moralidade.
C) discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade.
D) legalidade, moralidade e coercibilidade.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

91) A revogação de um ato administrativo discricionário pelo Poder Judiciário:


A) pode ocorrer apenas em razão de vicio de forma
B) pode ocorrer apenas em razão de vicio de competência do agente.
C) pode ocorrer apenas em razão de ilegalidade do abjeta.
D) pode ocorrer apenas em razão de desvio de finalidade.
E) não pode ocorrer

92) Se o ato administrativo contiver o vício de ilegalidade ou de ilegitimidade ensejará a:


A) reversão
B) revogação
C) retrocessão
D) anulação
E) rescisão

93) A extinção do ato administrativo em virtude do autocontrole dos atos praticados pelo Poder Executivo
se dá por:
A) legalidade, gerando efeitos retroativos.
B) decisão judicial, sem gerar qualquer efeito.
C) conveniência e oportunidade, gerando efeitos retroativos.
D) decisão do Tribunal de Contas, gerando efeitos declaratórios imediatos.
E) legalidade, gerando efeitos declaratórios imediatos.

94) A presunção de veracidade e legitimidade dos atos administrativos acarreta:


A) que apenas o Judiciário, após produção de prova em contrário, poderá decretar a invalidade do ato
administrativo.
B) a celeridade no cumprimento das leis
C) que, nem com a produção de prova em contrário, poderá ser decretada a invalidade do ato administrativo.
D) que não poderão ser questionados os aspectos legais do ato administrativo
E) a impessoalidade e a informalidade dos procedimentos administrativos

95) Um ato administrativo estará caracterizando desvio de poder, por faltar-lhe o elemento relativo à
finalidade de interesse público, quando quem o praticou violou o princípio básico da:
A) economicidade
B) eficiência
C) impessoalidade
D) legalidade
E) moralidade

96) A nomeação de ministro do Superior Tribunal de Justiça, porque a escolha está sujeita a uma lista
tríplice e aprovação pelo Senado Federal, contando assim com a participação de órgãos independentes
entre si, configura a hipótese específica de um ato administrativo:
A) complexo
B) composto
C) bilateral
D) discricionário
E) multilateral

97) O ato administrativo, a que falte um dos elementos essenciais de validade,


A) é considerado inexistente, independentemente de qualquer decisão administrativa ou judicial
B) goza da presunção de legalidade, até decisão em contrário
C) deve por isso ser revogado pela própria Administração
D) só pode ser anulado por decisão judicial
E) não pode ser anulado pela própria Administração

98) Assinale a letra que contenha a ordem que expresse a correlação correta.
1- ato vinculado

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2- ato discricionário ( )aposentadoria compulsória por implemento de idade ( )gradação de penalidade em


processo administrativo ( )revogação de processo licitatório ( )exoneração de servidor em estágio probatório (
)concessão de alvará para atividade comercial
A) 2/1/1/2/2
B) 1/2/2/1/1
C) 2/2/2/1/1
D) 1/2/1/2/1
E) 1/1/2/2/2

99) Quanto à extinção do ato administrativo, é correto afirmar:


A) é factível a convalidação de todo ato administrativo
B) os efeitos da revogação retroagem à data inicial de validade do ato revogado
C) a caducidade do ato ocorre por razões de ilegalidade
D) a anulação pode-se dar por ato administrativo ou judicial
E) oportunidade e conveniência justificam a cassação do ato administrativo

100) O ato administrativo que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, cujas vontades se unem
para formar um ato único, denomina-se:
A) ato complexo
B) ato procedimental
C) ato singular
D) ato duplo
E) ato composto

101) Os atos administrativos têm como elementos essenciais de sua validade, entre outros:
A) agente capaz, termo e modo.
B) motivação e finalidade de interesse público
C) discricionariedade na escolha do objeto e do seu destinatário
D) presunção de legalidade e autoexecutoriedade
E) prática por agente da Administração Pública direta ou indireta em geral

102) O atributo pelo qual o ato administrativo é imposto ao administrado, independente da sua anuência,
intitula-se:
A) exigibilidade.
B) presunção de legitimidade.
C) autoexecutoriedade.
D) imperatividade.

103) Os atos administrativos, regidos que são pelas normas de direito público, gozam da presunção de
legalidade e do atributo de autoexecutoriedade, podendo ser como tais praticados por autoridade
competente de órgão e autarquia.
A) Correta a assertiva.
B) Incorreta a assertiva, porque tais atos só são praticados por autoridade de órgão e não de autarquia.
C) Incorreta a assertiva, porque podem ser praticados por qualquer autoridade de órgão ou entidade.
D) Incorreta a assertiva, porque tais atos não gozam da presunção de legalidade.
E) Incorreta a assertiva, porque tais atos não são dotados do atributo de autoexecutoriedade.

104) A Administração Pública pode anular, a qualquer tempo, os seus próprios atos, quando eivados de
vício de legalidade, dos quais decorram efeitos favoráveis aos seus destinatários.
A) Correta a assertiva, porque esse direito de anular seus atos não incorre em decadência ou prescrição.
B) Incorreta a assertiva, porque a Administração decai desse direito de anular seus atos em 2 anos.
C) Incorreta a assertiva, porque a Administração decai desse direito em 5 anos.
D) Incorreta a assertiva, porque a Administração decai desse direito em 7 anos.
E) Incorreta a assertiva, porque a Administração decai desse direito em 10 anos.

105) Em relação à invalidação dos atos administrativos pode-se dizer que:

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

I) no caso de ilegalidade do ato, a própria Administração pode anulá-lo;


II) ocorrendo revogação de ato administrativo, são válidos os efeitos por ele produzidos até o momento de sua
revogação;
III) o Poder Judiciário pode revogar atos praticados pela Administração.
São corretas
A) apenas as afirmativas I e II.
B) apenas as afirmativas I e III.
C) apenas as afirmativas II e III.
D) todas as afirmativas.

106) Dentre outros, são requisitos dos atos administrativos,


A) a forma e o objeto.
B) o tempo e o local.
C) a territorialidade e a forma.
D) os sujeitos e a territorialidade.

107) O ato administrativo de atuação interna que visa normatizar o funcionamento de órgãos colegiados e
corporações legislativas é denominado:
A) Resolução.
B) Regimento.
C) Regulamento.
D) Deliberação.

108) A faculdade da Administração Pública de decidir e executar, diretamente, as medidas ou sanções de


polícia administrativa por seus próprios meios, sem intervenção ou autorização prévia do Poder Judiciário,
caracteriza o atributo do ato administrativo conhecido como:
A) autoexecutoriedade.
B) imperatividade.
C) exigibilidade.
D) exequibilidade.

109) Aponte, entre os atos administrativos abaixo, aquele que se classifica como enunciativo:
A) portaria;
B) parecer;
C) licença;
D) autorização;
E) ordem de serviço.

110) ''Ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha os
requisitos legais o exercício de uma atividade'' é:
A) autorização.
B) licença.
C) concessão.
D) permissão.

111) Em qualquer dos três Poderes Públicos, o ato administrativo:


A) é dito vinculado, por estar restrito ao exame de conveniência e oportunidade, a ser feito pela autoridade
administrativa competente.
B) traduz abuso de poder ou desvio de finalidade, se praticado por autoridade incompetente, o que o torna marcado
de nulidade e passível de revogação.
C) está sujeito a recurso hierárquico, previamente à apreciação judicial provocada por ação popular ou ação civil
pública.
D) pressupõe motivação expressa, como um requisito de validade, se apresenta característica decisória.
E) qualifica-se como discricionário, por sua subordinação a requisitos impostos por lei ao administrador.

112) O ato administrativo pode apresentar diversos vícios. Tratando-se de vício relativo ao sujeito, temos

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

que, quando o agente público extrapola os limites de sua competência, ocorre:


A) desvio de poder
B) função de fato
C) excesso de poder
D) usurpação de função
E) desvio de finalidade

113) O ato administrativo que supre vício existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que
foi praticado, denomina-se:
A) invalidação.
B) retificação.
C) convalidação.
D) conversão.

114) O ato revogador de um ato administrativo tem natureza:


A) declaratória.
B) constitutiva.
C) negativa.
D) extintiva.

115) Assinale a resposta incorreta. Os atos ordinários, espécie dos atos administrativos, são os que:
A) visam a regular o funcionamento da Administração.
B) visam a orientar o servidor público no exercício de suas atribuições.
C) visam a orientar o administrativo em suas relações com a Administração.
D) incluem as ''instruções'' como uma de suas espécies.

116) Quanto às espécies de atos administrativos, é correto afirmar:


A) Certidões e Atestados são atos administrativos classificados como constitutivos, pois seu conteúdo constitui
determinado fato jurídico.
B) Autorização é ato declaratório de direito preexistente, enquanto licença é ato constitutivo.
C) Admissão é ato unilateral e discricionário pelo qual a Administração reconhece ao particular o direito à prestação
de um serviço público.
D) Licença é ato administrativo unilateral e vinculado, enquanto autorização é ato administrativo unilateral e
discricionário.
E) Permissão, em sentido amplo, designa ato administrativo discricionário e precário, pelo qual a Administração,
sempre de forma onerosa, faculta ao particular a execução de serviço público ou a utilização privativa de bem
público.

117) Assinale a resposta incorreta. Os atos ordinários, espécie dos atos administrativos, são os que:
A) visam a regular o funcionamento da Administração.
B) visam a orientar o servidor público no exercício de suas atribuições.
C) visam a orientar o administrativo em suas relações com a Administração.
D) incluem as ''instruções'' como uma de suas espécies.

118) Assinale a opção correta com relação aos poderes hierárquico e disciplinar e suas manifestações.
A) As delegações administrativas emanam do poder hierárquico, não podendo, por isso, ser recusadas pelo
subordinado, que pode, contudo, subdelegá-las livremente a seu próprio subordinado.
B) Toda punição disciplinar por delito funcional acarreta condenação criminal.
C) No âmbito do Poder Legislativo, o poder hierárquico manifesta-se mediante a distribuição de competências
entre a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.
D) O poder disciplinar da administração pública autoriza-lhe a apurar infrações e a aplicar penalidades aos
servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa, assim como aos invasores de terras
públicas.
E) A aplicação de pena disciplinar tem, para o superior hierárquico, o caráter de um poder-dever, uma vez que a
condescendência na punição é considerada crime contra a administração pública.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

119) O chefe de uma determinada repartição pública fiscaliza permanentemente os atos praticados pelos
seus agentes subordinados, com o intuito de mantê-los dentro dos padrões legais. Trata-se de típico
exemplo de poder
A) disciplinar.
B) normativo.
C) hierárquico.
D) de polícia.
E) regulamentar.

120) Considere sob o foco do poder hierárquico:


I. Chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado significa avocar, e só deve ser adotada pelo
superior hierárquico e por motivo relevante.
II. A revisão hierárquica é possível, desde que o ato já tenha se tornado definitivo para a Administração ou criado
direito subjetivo para o particular.
III. As delegações quando possíveis, não podem ser recusadas pelo inferior, como também não podem ser
subdelegadas sem expressa autorização do delegante.
IV. A subordinação e a vinculação política significam o mesmo fenômeno e não admitem todos os meios de controle
do superior sobre o inferior hierárquico.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) II, III e IV.
B) II e IV.
C) I, II e III.
D) I e III.
E) I, III e IV.

121) Com relação ao poder hierárquico, considere as afirmativas a seguir:


I. O poder hierárquico tem como objetivo ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades administrativas, no
âmbito interno da Administração Pública.
II. Delegar é conferir a outrem delegações originalmente competentes ao que delega. No nosso sistema político
são admitidas delegações entre os diferentes poderes.
III. O poder hierárquico é privativo da função executiva, sendo elemento típico da organização e ordenação dos
serviços administrativos.
IV. Avocar é trazer para si funções originalmente atribuídas a um subordinado. Nada impede que seja feita,
entretanto, deve ser evitada por importar desprestígio ao seu inferior.
V. É impossível rever os atos dos inferiores hierárquicos, uma vez realizada a delegação, pois tais atos não podem
ser invalidados em quaisquer dos seus aspectos.
Está correto o que consta APENAS em
A) I, II, III e IV.
B) II e III.
C) I e V.
D) I, III e IV.
E) II, IV e V.

122) NÃO constitui característica do poder hierárquico:


A) delegar atribuições que não lhe sejam privativas.
B) dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência, para estes últimos, salvo para as ordens
manifestamente ilegais.
C) controlar a atividade dos órgãos inferiores, tendo o poder de anular e de revogar atos administrati- vos.
D) avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão subordinado.
E) editar atos normativos que poderão ser de efeitos internos e externos.

123) Sobre o poder hierárquico, é correto afirmar:


A) É possível a apreciação da conveniência e da oportunidade das determinações superiores pelos subalternos.
B) Em geral, a responsabilidade pelos atos e medidas decorrentes da delegação cabe à autoridade delegante.
C) As determinações superiores − com exceção das manifestamente ilegais −, devem ser cumpridas; podem, no
entanto, ser ampliadas ou restringidas pelo inferior hierárquico.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

D) Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos os seus aspectos, isto é, tanto por vícios de
legalidade quanto por razões de conveniência e oportunidade.
E) A avocação de ato pelo superior não desonera o inferior da responsabilidade pelo mencionado ato.

124) NÃO constitui objetivo do poder hierárquico o ato (ou a conduta) de


A) ordenar.
B) sancionar.
C) controlar.
D) coordenar.
E) corrigir

125) A faculdade de avocar e o autocontrole pela via recursal decorrem do poder administrativo:
A) vinculado.
B) disciplinar.
C) hierárquico.
D) discricionário.

126) Sobre poder disciplinar, assinale a alternativa incorreta.


A) É a prerrogativa conferida à Administração Pública para apurar e punir internamente os agentes públicos, que
tiverem cometidos faltas funcionais ou violação de deveres funcionais.
B) Apenas a entidade contratante, que mantém vínculo funcional com o agente, poderá a ele aplicar sanções
disciplinares.
C) As faltas e as sanções correspondentes são estabelecidas no estatuto da entidade ou regime jurídico da
entidade a qual o agente pertence.
D) O processo disciplinar tem natureza inquisitiva, cabendo ao prejudicado socorrer-se ao Judiciário se quiser
defender-se.

127) Sobre poder disciplinar, analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta.
I – Admite-se a punição do agente administrativo a partir da “verdade sabida”, desde que devidamente
fundamentada pelo superior hierárquico.
II – A sanção administrativa deverá estar em conformidade com a falta praticada, ou seja, de acordo com os
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.
III – O chamado "termo de declaração" equivale à confissão no processo civil e, por isso, aceito como prova para
punição do agente administrativo.
A) As afirmações I e II estão incorretas.
B) As afirmações I e III estão incorretas.
C) As afirmações II e III estão incorretas.
D) As afirmações I, II e III estão incorretas.

128) São entidades estatais:


A) as Empresas Públicas.
B) as Autarquias.
C) as Fundações de direito público.
D) os Municípios.
E) os Territórios Federais.

129) Em relação aos órgãos públicos, analise as afirmativas:


I. Os órgãos públicos têm personalidade jurídica própria, mas o ente estatal a que estão vinculados responde
subsidiariamente por danos resultantes de sua atuação.
II. Os órgãos independentes são aqueles que desempenham as funções típicas do Estado e não estão
subordinados hierarquicamente a nenhum outro órgão.
III. Os órgãos singulares são aqueles que se manifestam pela vontade de um único agente.
São verdadeiras somente as afirmativas:
A) I e II;
B) I e III;
C) II e III;

68
Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

D) I, II e III;
E) nenhuma.

130) A distribuição interna de competências administrativas entre os diversos órgãos que integram a
estrutura de um dos entes estatais denomina-se:
A) desconcentração;
B) descentralização;
C) desmembramento;
D) desdobramento;
E) especialização.

Gabarito
01 - B 02 - D 03 - B 04 - D 05 - C 06 - E 07 - D 08- C 09 - B 10 - C
11 - A 12 - D 13 - C 14 - C 15 - D 16 - A 17 - D 18 - B 19 - E 20 - A
21 - D 22 - A 23 - A 24 - E 25 - D 26 - A 27 - B 28 - C 29 - C 30 - C
31 - A 32 - D 33 - C 34 - E 35 - A 36 - D 37 - A 38 - B 39 - D 40 - C
41 - B 42 - D 43 - C 44 - B 45 - D 46 - A 47 - E 48 - C 49 - D 50 - B
51 - B 52 - A 53 - C 54 - E 55 - B 56 - C 57 - B 58 - A 59 - B 60 - B
61 - B 62 - D 63 - A 64 - D 65 - B 66 - C 67 - B 68 - D 69 - B 70 - A
71 - D 72 - E 73 - A 74 - C 75 - B 76 - B 77 - D 78 - D 79 - D 80 - D
81 - A 82 - A 83 - D 84 - C 85 - B 86 - A 87 - B 88 - C 89 - C 90 - C
91 - E 92 - D 93 - A 94 - B 95 - C 96 - A 97 - B 98 - B 99 - D 100 - A
101 - B 102 - D 103 - A 104 - C 105 - A 106 - A 107 - B 108 - A 109 - B 110 - B
111 - D 112 - C 113 - C 114 - B 115 - C 116 - D 117 - C 118 - E 119 - C 120 - D
121 - D 122 - E 123 - D 124 - B 125 - C 126 - D 127 - B 128 - D 129 - C 130 - A

Exercícios pertinentes: Coletânea II


Gabarito: No final dos exercícios

01) Com relação aos princípios que regem a Administração Pública, assinale a alternativa cuja afirmação
não pode ser considerada correta.
A) O princípio da legalidade significa que a Administração só pode agir conforme lhe obrigue ou lhe permita a lei.
B) O princípio da impessoalidade significa que a Administração, não sendo uma pessoa comum, deve agir
objetivamente, para obter os seus interesses.
C) O princípio da moralidade significa que a Administração Pública deve agir de forma clara, sincera e ética.
D) O princípio da publicidade significa que a Administração tem o dever de agir de forma plenamente transparente,
sendo-lhe vedado, em regra, impedir que os cidadãos tenham conhecimento de seus atos.
E) O princípio da eficiência significa que a Administração deve procurar sempre melhores resultados com mais
economia de material e de esforço.

02) São princípios que regem a Administração Pública, exceto:


A) Disponibilidade do serviço público.
B) Moralidade.
C) Eficiência.
D) Impessoalidade.
E) Publicidade.

03) "Atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do
interesse público".
É o conceito moderno do poder:

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

A) disciplinar;
B) discricionário;
C) regulamentar;
D) de polícia;
E) hierárquico.

04) São atributos do poder de polícia:


A) forma rígida, eficiência e publicidade;
B) discricionariedade, auto-executoriedade e coercibilidade;
C) vinculação, livre arbítrio e precariedade;
D) celeridade, coercibilidade e publicidade;
E) imperatividade, eficácia e vinculação.

05) De acordo com a classificação dos agentes públicos em razão das suas atribuições e
responsabilidades, os servidores públicos são considerados agentes:
A) honoríficos;
B) políticos;
C) credenciados;
D) administrativos;
E) delegados.

06) Um dos traços mais característicos da Administração Pública é:


A) a prevalência do interesse público sobre o interesse privado.
B) o monopólio da prática dos atos administrativos pelo Poder Executivo.
C) a reserva constitucional de isonomia entre os interesses públicos e os privados.
D) o uso legal da arbitrariedade pelo Administrador na prática do ato administrativo.
E) a possibilidade de o Poder Judiciário rever qualquer ato administrativo.

07) Uma das possíveis aplicações do princípio da impessoalidade é:


A) considerar que o servidor age em nome da Administração, de modo que a Administração se responsabiliza
pelos atos do servidor, e este não possui responsabilidade.
B) proibir que constem, na publicidade das obras e serviços públicos, nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades.
C) impedir que servidores públicos se identifiquem pessoalmente como autores dos atos administrativos que
praticam.
D) impedir que determinadas pessoas recebam tratamento favorecido em concursos públicos, em razão de
deficiência física.
E) considerar inconstitucionais os critérios de títulos em concursos para provimento de cargos públicos.

08) É exemplo de exercício do poder hierárquico da Administração a:


A) aplicação de uma multa de trânsito.
B) aplicação de uma sanção contratual pela Administração em um contrato Administrativo.
C) revogação de um ato administrativo pela autoridade superior ao agente administrativo que o praticou.
D) anulação de um ato administrativo pelo Poder Judiciário.
E) anulação de um ato administrativo pelo próprio agente que o praticou.

09) O dever do Administrador Público de prestar contas:


A) aplica-se a todos os órgãos e entidades públicas, exceto aos Tribunais de Contas por serem os órgãos
encarregados da tomada de contas dos administradores.
B) aplica-se apenas aos agentes responsáveis por dinheiro público.
C) não alcança os particulares, mesmo que estes recebam subvenções estatais.
D) não se aplica aos convênios celebrados entre a União e os Municípios, por se tratar de acordo entre entidades
estatais.
E) é imposto a qualquer agente que seja responsável pela gestão e conservação de bens públicos.

10) A Administração Pública, por meio do regular uso do poder disciplinar,

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

A) distribui, ordena, escalona e revê a atuação de seus agentes, de modo que as atividades por eles
desempenhadas obedeçam ao princípio da eficiência.
B) apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina
administrativa.
C) edita normas complementares à lei, que disponham sobre organização administrativa ou relações entre os
particulares que estejam em situação de submissão especial ao Estado.
D) condiciona e restringe o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou
do próprio Estado.
E) pratica atos administrativos de sua competência, com liberdade de escolha quanto à sua conveniência,
oportunidade, forma e conteúdo.

11) Sobre o poder disciplinar, é correto afirmar:


A) Existe discricionariedade quanto a certas infrações que a lei não define, como ocorre, por exemplo, com o
“procedimento irregular” e a “ineficiência no serviço”, puníveis com pena de demissão.
B) Há discricionariedade para a Administração em instaurar procedimento administrativo, caso tome conhecimento
de eventual falta praticada.
C) Inexiste discricionariedade quando a lei dá à Administração o poder de levar em consideração, na escolha da
pena, a natureza e a gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço público.
D) O poder disciplinar é sempre discricionário e decorre da supremacia especial que o Estado exerce sobre aqueles
que se vinculam à Administração.
E) É possível, em determinadas hipóteses, que a Administração deixe de punir o servidor comprovadamente
faltoso.

12) No que concerne ao poder de polícia, é correto afirmar:


A) É vedada a utilização de meios diretos de coação.
B) Constitui-se somente por atividades preventivas.
C) É puramente discricionário.
D) Incide sobre pessoas.
E) É possível a utilização de meios indiretos de coação.

13) No que diz respeito ao tema cargo, emprego e função pública, é correto afirmar:
A) As funções de confiança, exercidas por servidores ocupantes de cargos efetivos ou não, destinam-se apenas
às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
B) A expressão emprego público designa uma unidade de atribuições e distingue-se do cargo público pelo tipo de
vínculo que liga o servidor ao Estado; portanto, o ocupante de emprego público tem vínculo estatutário.
C) A função exercida por servidores contratados temporariamente para atendimento de situações de excepcional
interesse público exige, necessariamente, concurso público.
D) As várias competências previstas na Constituição para os entes federativos são distribuídas entre os respectivos
órgãos, os quais dispõem de determinado número de cargos criados por lei, que lhes confere denominação própria,
atribuições e o padrão de vencimento ou remuneração.
E) Exige-se concurso público não só para a investidura em cargo ou emprego, como em todos os casos de função,
ou seja, as exercidas temporariamente para atender necessidade de excepcional interesse público e as ocupadas
para o exercício de funções de confiança.

14) Na administração pública, os atos praticados devem atender à finalidade legal, atendendo ao princípio
da:
A) abrangência
B) disponibilidade
C) impessoalidade
D) hierarquia administrativa
E) eficiência

15) A atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direitos, interesses ou liberdades
individuais, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão do interesse público, nos limites da lei
e com observância do devido processo legal, constitui mais propriamente o exercício do poder:
A) de domínio

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

B) de polícia
C) disciplinar
D) hierárquico
E) regulamentar

16) Acerca do abuso de poder, assinale a alternativa INCORRETA.


A) O abuso de poder, em sua forma comissiva, se caracterizará na ocorrência do desvio de poder
B) O abuso de poder, em sua forma omissiva, se caracterizará na verificação de omissão específica
Do administrador.
C) Na forma comissiva, o abuso de poder se caracterizará na presença do excesso de poder.
D) Na forma omissiva, o abuso de poder se caracterizará na presença de omissão genérica do
Administrador.

17) O princípio segundo o qual a Administração Pública Direta fiscaliza as atividades dos entes da
Administração Indireta denomina-se:
A) finalidade.
B) controle.
C) autotutela.
D) supremacia do interesse público.
E) legalidade.

18) Em relação ao Poder de Polícia, pode-se dizer:


I. A punição aplicada com base em contrato administrativo é uma decorrência do Poder de Polícia.
II. A punição aplicada com base em contrato administrativo não é uma decorrência do Poder de Polícia.
III. O Poder de Polícia baseia-se num vínculo geral, incidindo genericamente sobre todos.
IV. A Administração, em razão do Poder de Polícia, pode suprimir direitos.
A) A alternativa I é a única correta;
B) A alternativa IV é a única correta;
C) As alternativas II e III são as únicas corretas;
D) As alternativas I e IV são as únicas corretas.

19) É uma característica do serviço público desconcentrado:


A) transferir a execução de serviços dos órgãos periféricos para os centrais.
B) transferir a execução de serviço entre entidades.
C) ser uma técnica de especialização.
D) executar de forma descentralizada o serviço.
E) ser uma técnica de aceleração.

20) Abuso de poder significa:


A) uso discricionário do poder
B) uso do poder excedendo a competência legal;
C) poder expresso em lei que assegura o exercício do poder de polícia judiciária discricionário
D) poder discricionário que dá base às restrições da liberdade em nome da Ordem Pública

21) As agências reguladoras criadas nos últimos anos na esfera federal assumiram a forma jurídica de:
A) fundações públicas
B) órgãos da administração direta
C) empresas públicas
D) sociedades de economia mista
E) autarquias

22) No que tange aos poderes administrativos, assinale a opção correta.


A) Em face do poder hierárquico, um órgão consultivo que integre a estrutura do Poder Executivo, por exemplo,
deve exarar manifestação que se harmonize com o entendimento dado à matéria pelo chefe de tal Poder.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

B) Por sua natureza, a Secretaria de Receita Estadual não tem poder de polícia, que é característico da Secretaria
de Segurança do Estado.
C) Uma vez que o Direito não admite lacunas legislativas, e a Administração Pública deve sempre buscar atender
o interesse público, o poder regulamentar, como regra, autoriza que o Poder Executivo discipline as matérias que
ainda não foram objeto de lei.
D) Em vista da grande esfera de atuação do Poder Executivo, o poder regulamentar se distribui entre diferentes
autoridades que compõem tal poder, que expedem portarias e instruções normativas, conforme a área de
especialização técnica de cada qual.
E) Nem sempre as medidas punitivas aplicadas pela Administração Pública a particulares terão fundamento no
poder disciplinar.

23) Com relação ao poder de polícia, assinale a opção incorreta.


A) Não se pode falar em utilização de poder de polícia pela Administração indireta.
B) Como regra, tal poder será discricionário.
C) O meio de ação que concretize a atuação do poder de polícia encontra limites no princípio da proporcionalidade.
D) Nem sempre as ações atinentes ao poder de polícia serão autoexecutáveis.
E) O poder de polícia não abrange apenas medidas repressivas.

24) Leia atentamente as proposições abaixo.


I - Excesso de poder e desvio de poder são espécies de abuso de poder.
II - A presunção de legitimidade é juris tantum.
III - A nulidade do ato administrativo, vale dizer, com vício insanável, opera ex nunc.
IV - À administração é facultado anular ex-officio os próprios atos por motivo de ilegitimidade ou ilegalidade.
Pode-se dizer que:
A) estão corretas as proposições I e III;
B) apenas está correta a proposição IV;
C) todas as proposições estão corretas;
D) apenas está correta a proposição II;
E) estão corretas as proposições I, II e IV.

25) A nomeação do Procurador Geral da República depende de prévia aprovação pelo Senado, em
conformidade com o artigo 128, parágrafo 1º, da Constituição de República. A correta classificação deste
ato, segundo a melhor doutrina, é:
A) complexo;
B) geral;
C) composto;
D) simples;
E) pendente.

26) A Constituição de 1988, em seu artigo 37, caput, com a nova redação dada pela Emenda Constitucional
19/98, inovou ao fazer menção expressa a alguns princípios a que se submete a Administração Pública
Direta e Indireta. São eles:
A) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência;
B) finalidade, razoabilidade, legalidade, impessoalidade e publicidade;
C) moralidade administrativa, autotutela, publicidade, eficiência e tutela;
D) razoabilidade, proporcionalidade, eficiência, motivação e publicidade;
E) segurança jurídica, razoabilidade, publicidade, legalidade e moralidade.

27) "Atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do
interesse público". É o conceito moderno do poder:
A) disciplinar;
B) discricionário;
C) regulamentar;
D) de polícia;
E) hierárquico.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

28) Entre os poderes da Administração, NÃO se pode relacionar:


A) o poder normativo-regulamentar, exercido privativamente pelo Chefe do Poder Executivo, que consiste na
regulamentação das leis por meio da expedição de decretos e regulamentos para sua fiel execução;
B) o poder normativo-interno, decorrente da relação hierárquica, o qual consiste na expedição de atos normativos,
como resoluções, portarias e instruções, com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados;
C) o poder hierárquico de avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência exclusiva do órgão
subordinado;
D) o poder normativo do Chefe do Poder Executivo para a regulamentação das leis, por meio da expedição de
decretos e regulamentos para sua fiel execução;
E) o poder normativo-autônomo, exercido privativamente pelo Chefe do Poder Executivo consistindo na expedição
de decretos autônomos sobre matéria de sua competência, ainda não disciplinada por lei.

29) Caso o agente público explicite a motivação de um ato administrativo discricionário, como por exemplo,
a destituição de servidor ocupante de cargo de confiança, os motivos:
A) passarão a ser determinantes no exame de validade e eficácia do ato pelo poder judiciário, vinculando a
administração aos motivos declarados no ato;
B) vinculam o ato somente quanto à declaração e extinção dos fundamentos de fato e de direito;
C) determinam a vinculação somente quanto aos fundamentos de direito;
D) não vinculam o ato, seja em relação aos fundamentos de fato ou de direito;
E) vinculam o ato somente quanto à exposição dos fundamentos de fato.

30) Em razão do poder hierárquico existente no âmbito da Administração Pública, analise as afirmativas:
I. Uma autoridade pode controlar o mérito e a legalidade dos atos praticados por seus subordinados.
II. Haverá hierarquia no Poder Judiciário e no Poder Legislativo quando eles estiverem desempenhando a função
administrativa.
III. Um agente público pode deixar de cumprir a ordem de seu superior hierárquico quando constatar que a mesma
é manifestamente ilegal.
São verdadeiras somente as afirmativas:
a) I e II;
b) I e III;
c) II e III;
d) I, II e III;
e) nenhuma.

31) Um dos tributos que podem ser cobrados no brasil tem como fato gerador o exercício do poder de
polícia. Assinale a alternativa que indica essa modalidade tributária:
A) imposto;
B) contribuição de melhoria;
C) taxa;
D) pedágio;
E) preço público.

32) A administração pública pode impor ao administrado cumprimento ou execução dos atos
administrativos. Esse atributo do ato administrativo denomina-se:
A) imperatividade;
B) presunção de legitimidade;
C) auto-executoriedade;
D) eficiência;
E) discricionariedade.

33) Os atos administrativos são agrupados em espécies, de acordo com suas características. A licença é
considerada espécie de ato administrativo:
A) negocial;
B) enunciativo;
C) normativo;
D) discricionário;

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

E) ordinatório.

34) São entidades da Administração Pública Indireta:


A) autarquias e fundações públicas, apenas.
B) autarquias, fundações, empresas públicas e Municípios.
C) autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e consórcios públicos de
direito público.
D) Estados-membros, União Federal, Distrito Federal e Municípios.
E) União Federal e suas autarquias, Estados e suas autarquias, Distrito Federal e suas autarquias e Municípios e
suas autarquias.

35) Para a organização da administração pública direta e indireta, inclusive as fundações instituídas ou
mantidas por qualquer dos Poderes do Estado, é obrigatório o cumprimento da seguinte norma:
A) para as nomeações de cargo em comissão, é necessário concurso público de títulos.
B) o prazo de validade do concurso público de provas será de dois anos, improrrogáveis.
C) a nomeação do candidato aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos obedecerá à ordem
de classificação.
D) durante o prazo improrrogável previsto no edital do concurso, o candidato aprovado não será convocado com
prioridade sobre os novos concursados.
E) o servidor público não gozará de estabilidade no emprego quando se candidatar para o exercício de cargo de
representação sindical, salvo se não cometer falta grave definida em lei.

36) Entre os princípios a serem observados pela administração pública de qualquer dos poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, NÃO se inclui:
A) legalidade;
B) pessoalidade;
C) publicidade;
D) eficiência;
E) moralidade.

37) A acumulação remunerada de cargos públicos é:


A) sempre vedada, independentemente de compatibilidade de horários;
B) sempre permitida, independentemente de compatibilidade de horários;
C) sempre permitida, dependendo apenas da compatibilidade de horários;
D) permitida apenas em caso de compatibilidade de horários e dependendo da natureza dos cargos;
E) permitida conforme a natureza dos cargos, independentemente da compatibilidade de horários.

38) O servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício do mandato eletivo,
perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, tratando-se de
mandato de:
A) Vereador;
B) Prefeito;
C) Deputado Estadual;
D) Deputado Federal;
E) Senador.

39) Com relação aos princípios inerentes aos serviços públicos, analise as afirmativas a seguir.
I. O princípio da continuidade impede que haja suspensão do serviço público, ainda que motivada por razões
técnicas.
II. As concessionárias de serviço público devem observar o princípio da eficiência, mantendo adequado o serviço
executado.
III. A remuneração dos serviços públicos não pode abranger parâmetros diferenciados de cobrança em razão do
princípio da modicidade.
Assinale:
A) se somente a afirmativa I estiver correta.
B) se somente a afirmativa II estiver correta.

75
Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.


D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

40) Os serviços públicos possuem várias formas de serem extintos. Assinale a alternativa que não
configura umas das suas causas de extinção.
A) Caducidade.
B) Encampação.
C) Anulação.
D) Advento do Termo Contratual.
E) Combinação mútua.

41) Quanto ao serviço público, assinale a afirmativa verdadeira.


A) Pela CF, no Brasil só é possível a prestação de serviços públicos de forma indireta.
B) A permissão e a autorização para a prestação de serviços públicos dependem de prévia licitação.
C) Os serviços públicos quando prestados pelo Poder Público, só podem ser executados por entidades ou órgãos
de direito público.
D) Os serviços públicos, no Brasil, são prestados sob regime jurídico especial, distinto do comum, seja exercido
pelo Estado ou por empresas privadas.
E) A fórmula do denominado “serviço adequado” não foi positivada pelo direito brasileiro.

42) A permissão de serviço público nos termos da legislação federal, deverá ser formalizadas mediante:
A) termo de permissão.
B) contrato administrativo.
C) contrato de permissão.
D) contrato de adesão.
E) termo de compromisso.

43) Quanto à concessão, permissão e autorização, a celebração de contrato é imprescindível em caso de:
A) permissão de uso ou de serviço.
B) concessão e permissão.
C) concessão e autorização.
D) concessão de serviços públicos.
E) autorização.

44) O que, conceitualmente, é comum entre a concessão, a permissão e a autorização, sob aspecto jurídico
administrativo, é o fato de terem:
A) a forma de contrato administrativo bilateral oneroso.
B) o prazo fixo e peremptório.
C) por objeto um serviço público.
D) predominantemente dose de precariedade.
E) pressuposto de interesse público.

45) A extinção do contato de concessão de serviço público por motivo de inexecução contratual denomina-
se:
A) encampação.
B) rescisão.
C) caducidade.
D) anulação.
E) reversão.

46) No âmbito do conceito de serviço público adequado, o requisito referente à modernidade das técnicas,
do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço,
denomina-se:
A) atualidade.
B) eficiência.

76
Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

C) desempenho.
D) efetividade.
E) tecnologia.

47) Em relação à concessão de serviços públicos, assinale a opção incorreta.


A) A modicidade das tarifas integra o conceito de serviço público adequado.
B) A subconcessão é admitida desde que prevista no contrato de concessão e será precedida por licitação, na
modalidade concorrência ou tomada de preços.
C) A extinção da concessão decorrente de inexecução total ou parcial do contrato, pelo concessionário, denomina-
se caducidade.
D) Incumbe ao poder concedente regulamentar o serviço concedido, bem como intervir na prestação dos serviços,
nos casos e condições previstos em lei.
E) Na concessão, é válido, no julgamento da respectiva licitação, o critério de oferta de menor valor da tarifa do
serviço público a ser prestado.

48) A caracterização de determinada atividade como serviço público pode ser verificada a partir da
presença de elementos objetivos e subjetivos. Nesse sentido, é correto afirmar que:
A) apenas se caracterizam como serviço público aquelas atividades assim declaradas por lei e quando prestadas
diretamente pelo poder público.
B) o enquadramento de determinada atividade na categoria de serviço público decorre de previsão legal ou
constitucional, sendo obrigação do poder público prestá-la à coletividade, diretamente ou por meio de concessão
ou permissão.
C) o enquadramento de determinada atividade como serviço público independe de previsão legal ou constitucional,
decorrendo da própria natureza da atividade e da sua prestação à coletividade pelo poder público.
D) uma mesma atividade pode ser considerada serviço público próprio, quando prestada pelo poder público, ou
impróprio, quando prestada por particular sob o regime de concessão ou permissão.
E) determinada atividade apenas é considerada serviço público quando assim definida por lei ou por disposição
constitucional, não perdendo essa característica quando prestada pelo particular, desde que sem finalidade de
exploração econômica, mediante autorização do poder público.

49) Assinale a opção correta:


A) Permissão de uso de bem público é ato negocial, bilateral, que faculta ao administrado a utilização individual de
determinado bem público, tal como ocorre com as bancas de jornais;
B) Concessão de uso é contrato administrativo pelo qual o Poder Público atribui a utilização exclusiva de um bem
de seu domínio a particular, para que o explore segundo sua destinação específica;
C) A concessão é sempre por tempo certo, sendo discricionária a sua outorga;
D) Cessão de uso é contrato administrativo pelo qual o Poder Público transfere gratuitamente a posse de um bem
público a particular, para que o cessionário o utilize nas condições fixadas no contrato, sendo uma das espécies
de outorga ao particular de uso especial de bem público.

50) Marque a alternativa correta. Um cidadão obteve licença para construir:


A) O que corresponde a ato administrativo precário, vinculado, com validade por 5 (cinco) anos;
B) Contudo, passados 10 (dez) anos o imóvel pegou fogo, exigindo novo pedido de licença;
C) De forma que a licença administrativa é ato discricionário, negocial, pois contém uma decisão da Administração
Pública, deferindo certa faculdade ao particular;
D) Outorgada com base no poder de polícia judiciária.

51) Assinale a afirmativa correta:


A) A concessão é o ato administrativo através do qual o Poder Público delega à pessoa física ou jurídica a
realização de serviço público;
B) A concessão é o ato administrativo através do qual o Poder Público transfere, mediante licitação, pelas
modalidades de concorrência, tomada de preço ou convite, à iniciativa privada a realização de serviço público;
C) A concessão é o contrato administrativo de delegação de serviço público à iniciativa privada, podendo ser
delegada à pessoa física ou jurídica, desde que haja prévia licitação sob uma das modalidades previstas na Lei nº
8.666/93;

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

D) A concessão de serviço público é a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante
licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade
para seu desempenho, por sua conta e risco por prazo determinado.

52) Nas concessões de serviço público,


A) no curso do prazo contratual, o poder concedente não pode intervir na prestação do serviço, que é feita por
conta e risco do concessionário.
B) o concessionário presta o serviço em nome próprio, mas a titularidade do serviço permanece em poder da
administração pública.
C) o concessionário está autorizado a interromper a prestação dos serviços por inadimplemento do usuário
independentemente de prévio aviso deste último e desde que não se trate de situação de emergência.
D) no curso do prazo contratual, o poder concedente pode decretar a retomada do serviço, por motivo de interesse
público, no curso do prazo contratual, independentemente de prévio pagamento de indenização ao concessionário.

53) Os contratos de concessão de serviço público;


A) são inalteráveis unilateralmente.
B) podem ser alterados unilateralmente pela administração, mediante concomitante providência que preserve seu
equilíbrio econômico-financeiro.
C) podem ser alterados unilateralmente pelo concessionário.
D) podem ser alterados unilateralmente pela administração, mediante posterior providência que restabeleça seu
equilíbrio econômico-financeiro.

54) O direito de retomada coativa do serviço pelo poder concedente, durante o prazo da concessão, por
motivo de interesse público, é o direito de:
a) reversão. c) encampação.
b) retrocessão. d) tredestinação.

55) A permissão de serviços públicas, tal como prevista na Lei nº 8.987/95, é formalizada por meio de:
A) lei especifica, do mesmo modo que a concessão de serviços públicos.
B) decreto, diferentemente da concessão de serviços públicos, que deve ser estabelecida por lei especifica.
C) contrato administrativo, do mesmo modo que a concessão de serviços públicos.
D) contrato de direito privado, diferentemente da concessão de serviços públicos, que deve ser estabelecida por
contrato administrativo.
E) ato administrativo unilateral, diferentemente da concessão de serviços públicos, que de ser estabelecida por
contrato administrativo.

56) Na concessão de serviço público, o Poder Concedente pode extinguir a concessão a qualquer
momento, por motivo de conveniência e oportunidade, mediante lei autorizadora específica e prévio
pagamento da indenização. Esta forma de extinção é denominada:
A) encampação.
B) caducidade.
C) rescisão contratual.
D) desapropriação indireta.

57) No tocante à ''permissão'', não é correto afirmar:


A) depende de licitação
B) o serviço é executado em nome do permissionário, por conta e risco da Administração.
C) seu objeto é a execução de serviço público, continuando a titularidade do serviço com o Poder Público.
D) o ato de outorga pode ser revogado ou alterado pela Administração.

58) Sobre os serviços públicos, é correto afirmar:


a) os serviços ditos "uti universi" ou gerais são considerados direitos subjetivos dos administrados, para fins da
respectiva obtenção para o seu domicílio
b) a regra geral é no sentido de que os serviços "uti universi" sejam remunerados mediante impostos
c) os serviços próprios do Estado caracterizam-se por seu caráter oneroso para o administrado
d) o serviço público "uti singuli" compulsório deve ser remunerado por meio de tarifa

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

59) A concessão de serviço público, pelo qual o Estado transfere ao particular a execução e exploração de
um determinado serviço, é de natureza predominantemente:
a) contratual
b) precária
c) discricionária
d) transitória

60) Na hipótese de um Prefeito Municipal, com o afã de melhor servir aos moradores daquela cidade,
decidir-se por delegar à iniciativa privada a execução do serviço público de coleta de lixo urbano, indique
a sequência corretas das medidas procedimentais a serem tomadas:
a) edital de licitação, regulamento do serviço, lei autorizativa contrato de concessão;
b) regulamento do serviço, edital de licitação, termo de permissão, lei autorizativa;
c) lei autorizativa, regulamento do serviço, edital de licitação, contrato de concessão;
d) edital de licitação, lei autorizativa, contrato de concessão, regulamento do serviço.

61) Em matéria de concessão de serviços públicos federais, considera-se encampação a retomada do


serviço pelo poder concedente, por motivo de interesse público,
a) durante o prazo da concessão, mediante lei autorizativa específica e após pagamento de indenização.
b) após encerrado o prazo da concessão, mediante decisão administrativa e independentemente de pagamento
de indenização.
c) durante o prazo da concessão, mediante decisão administrativa e após pagamento de indenização.
d) durante o prazo da concessão, mediante lei autorizativa específica e independentemente de pagamento de
indenização.

62) A transferência, pelo Estado a empresa particular, da execução de um serviço público, pode ser feita
mediante:
a) nomeação para cargo público, precedida de concurso.
b) concessão de serviço, antecipada de licitação.
c) desapropriação indireta, sucedida de declaração de utilidade pública.
d) doação, precedida de delegação legislativa.

63) Na concessão de serviço público, o Poder Concedente pode extinguir a concessão a qualquer
momento, por motivo de conveniência e oportunidade, mediante lei autorizadora específica e prévio
pagamento da indenização. Esta forma de extinção é denominada
a) encampação.
b) caducidade.
c) rescisão contratual.
d) desapropriação indireta.

64) Levando em consideração a descentralização administrativa, analise as afirmativas a seguir:


I. Concessão é a delegação da prestação de serviço público.
II. Permissão é um ato administrativo, com delegação precária do serviço público.
III. Autorização é um ato administrativo outorgado a uma empresa para realização de suas atividades.
Assinale:
A) se somente a alternativa I estiver correta.
B) se somente a alternativa II estiver correta.
C) se somente a alternativa III estiver correta.
D) se somente as alternativas I e II estiverem corretas.
E) se somente as alternativas II e III estiverem corretas.

65) Os serviços de preservação da saúde pública e os de polícia, dentre outros, são considerados serviços:
A) públicos ou impróprios do Estado e também administrativos.
B) de utilidade pública, assim com impróprios do Estado ou uti singuli.
C) públicos, assim como, próprios do Estado ou uti universi.
D) públicos ou semicomerciais e também administrativos.

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

E) de utilidade pública, e também próprios do Estado ou uti singuli.

66) São características do regime jurídico estatutário:


A) a natureza legal e institucional do vínculo entre o servidor e a administração pública e a vedação à greve.
B) a admissão exclusiva por concurso público e a demissão após processo administrativo disciplinar.
C) proibição de acumulação de cargos e a garantia da efetividade no serviço público.
D) a inexistência de direito adquirido à manutenção do regime jurídico vigente e a irredutibilidade de vencimentos.

67) De acordo com o princípio da publicidade administrativa,


A) pode haver sigilo de informações administrativas quando tal for imprescindível à segurança do Estado e da
sociedade.
B) não se admite qualquer espécie de sigilo no exercício de funções administrativas.
C) só existem atos administrativos escritos e sua eficácia é sempre condicionada à publicação no Diário Oficial.
D) o ato administrativo deve ser sempre publicado em sítio do órgão ou entidade pública na Internet.

68) Quanto ao Poder Regulamentar:


A) É exteriorizado através de decreto legislativo;
B) É ato normativo originário;
C) O Congresso Nacional pode sustar atos normativos que extrapolem os limites do poder de regulamentação;
D) É exercido pelo Chefe do Poder Executivo para editar atos normativos originários, tendo força de lei.

69) É correto afirmar:


A) Os concessionários de serviço público, se autorizados pelo contrato, poderão declarar a utilidade pública para
fins de desapropriação dos bens imóveis necessários à exploração do serviço que lhes foi destinado.
B) A requisição administrativa de bens ou serviços apenas será passível de indenização se comprovada a
existência de efetivo prejuízo.
C) Na servidão administrativa há o uso da propriedade alheia em prol da execução do serviço público, uso esse
que conduz à perda da propriedade sobre a parte do imóvel subserviente ao interesse público.
D) Na desapropriação de imóvel locado para fins comerciais, é assegurado ao locatário o direito de pleitear
indenização pelo fundo de comércio nos próprios autos da ação de desapropriação do imóvel.
E) No caso de desapropriação de bem imóvel, só poderá o Poder Público levar o título à transcrição no registro de
imóveis se constatada a continuidade das transcrições anteriores

70) De acordo com a Constituição Federal, a prestação de serviço público por particular é
A) vedada, em qualquer hipótese.
B) permitida, apenas quando se tratar de serviço não essencial, passível de cobrança de tarifa.
C) possível, apenas para aqueles serviços de titularidade não exclusiva de estado.
D) vedada, exceto quando contar com autorização legislativa específica.
E) permitida, na forma da lei, mediante concessão ou permissão, precedida de licitação.

71) Quem é agente público?


A) É qualquer pessoa, tanto física quanto jurídica, que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da
administração indireta.
B) É toda pessoa jurídica que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da administração indireta.
C) É toda pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da administração indireta.
D) Nenhuma das alternativas.

72) Sobre agente político, assinale a alternativa correta.


A) São pessoas físicas titulares de cargos do primeiro escalão do Governo que exercem funções políticas e
constitucionais.
B) São investidos em cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomeação, eleição, designação ou delegação
para o exercício de atribuições constitucionais.
C) Sua função é a de formadores da vontade superior do Estado.
D) Todas estão corretas.

73) Quais destes a seguir se enquadram como agentes políticos?

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Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

I - Presidente da República.
II - Vice-presidente da República.
III - Governadores.
IV - Vices-governadores.
V - Prefeitos.
VI - Vereadores.
A) Todas estão corretas.
B) Todas estão incorretas.
C) As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
D) As assertivas I, III e V estão corretas.

74) Quanto aos servidores públicos, é correto afirmar que:


A) São as pessoas jurídicas que prestam serviços ao Estado e às Entidades da Administração Indireta, com vínculo
empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.
B) São as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às Entidades da Administração Indireta, com vínculo
empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.
C) São as pessoas físicas que prestam serviços somente ao Estado, com vínculo empregatício e mediante
remuneração paga pelos cofres públicos.
D) São as pessoas jurídicas que prestam serviços somente às Entidades da Administração Indireta, com vínculo
empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos.

75) Os empregados públicos estão submetidos a qual regime?


A) Estão sujeitos ao regime estatutário e ocupam emprego público.
B) São contratados e submetidos ao regime da legislação trabalhista (CLT) e ocupam emprego público.
C) São contratados por tempo determinado, em caráter excepcional, para atender eventual necessidade (urgência)
de interesse público.
D) Não estão vinculados a nenhum regime.

76) Em relação aos servidores estatutários, é correto afirmar que:


I - Estão sujeitos ao regime estatutário.
II - São submetidos ao regime da CLT.
III - São ocupantes de cargos públicos.
IV - São ocupantes de emprego público.
V - São contratados em caráter excepcional.
A) Apenas a I e III estão corretas.
B) Apenas a I, II e III estão corretas.
C) Apenas a II, IV e V estão corretas.
D) Apenas a III e V estão corretas.

77) Considere a seguinte afirmação: "São contratados por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público". Qual das alternativas representa melhor essa definição?
A) Os servidores estatutários.
B) Os servidores determinados excepcionalmente.
C) Os servidores temporários.
D) Nenhuma alternativa está correta.

78) Em relação aos militares, assinale a alternativa mais completa.


A) São pessoas físicas que representam o exército e a polícia militar.
B) São pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas - Marinha, Exército e Aeronáutica - e às Polícias
Militares.
C) São pessoas físicas que representam às Polícias e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal
e dos Territórios.
D) São pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas - Marinha, Exército e Aeronáutica - e às Polícias
Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios.

79) Em relação aos militares, analise as afirmações abaixo e assinale a mais completa.

81
Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

I - Tem vínculo estatutário.


II - São sujeitos a regime jurídico próprio.
III - A remuneração é feita pelo Estado.
IV - Não cabe Habeas Corpus nas prisões disciplinares militares
A) Apenas a II e III estão corretas.
B) Apenas a III e IV estão corretas.
C) Apenas a I e IV estão incorretas.
D) Todas estão corretas.

80) Pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, porém sem vínculo empregatício, com ou sem
remuneração, são chamadas de:
A) particulares em colaboração com o Poder Público.
B) prestadores de serviços autônomos.
C) servidores temporários.
D) servidores por tempo determinado.

81) Os particulares em colaboração com o Poder Público podem prestar serviços sob títulos diversos. A
esse respeito, assinale a alternativa incorreta.
A) Por delegação do Poder Público.
B) Por requisição, nomeação ou designação.
C) Todas estão incorretas.
D) Por gestores de negócios.

82) Os gestores de negócios são:


A) fundamentais para o exercício de funções públicas relevantes.
B) os que assumem, espontaneamente, determinada função pública em um momento emergencial, como
enchentes, epidemia, desastre natural etc.
C) os que exercem serviços notariais e de registro.
D) nenhuma das alternativas.

83) Pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, dadas por requisição, nomeação ou designação são:
A) os que assumem, espontaneamente, determinada função pública em um momento emergencial, como
enchentes, epidemia, desastre natural etc.
B) os que exercem serviços notariais e de registro.
C) fundamentais para o exercício de funções públicas relevantes.
D) nenhuma das alternativas.

84) A delegação do Poder Público, é uma das formas de colaboração dos particulares com o Poder Público.
Qual das alternativas se enquadra nessa categoria?
A) São pessoas físicas que exercem função pública em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob
fiscalização do Poder Público.
B) São pessoas físicas que exercem funções públicas relevantes.
C) São pessoas jurídicas nomeadas pela Administração Pública para exercerem funções típicas do Estado,
independentemente de fiscalização.
D) Nenhuma das alternativas.

85) Cargo, emprego e função. Uma dessas designações é subdividida em dois tipos. Quais das alternativas
corresponde a essa afirmação?
A) Emprego: emprego público e emprego em comissão.
B) Cargo: cargos públicos e cargos temporários.
C) Função: função temporária e função de confiança.
D) Todas as alternativas estão incorretas.

86) Quanto aos empregos públicos, é correto afirmar que:

82
Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

A) são preenchidos por servidores nomeados e exonerados "ad nutum", ou seja, independentemente de concurso
público. Destina-se a preencher cargos políticos, de confiança e, principalmente, de atribuições de direção, chefia
e assessoramento.
B) caracterizam-se por ser ocupados por servidor público que adquire efetividade no quadro de servidores da
administração e são regidos pela CLT. Sua nomeação e posse no emprego se darão mediante concurso público.
C) são aqueles contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional
interesse público.
D) todas estão corretas.

87) Em relação a função temporária, é correto afirmar que:


A) referem-se por ocupar cargos efetivos na função à qual são concursados, seus direitos e deveres são previstos
em regime estatutário. Sua nomeação e posse no cargo público se darão mediante concurso público.
B) são preenchidos por servidores nomeados e exonerados ad nutum, ou seja, independentemente de concurso
público. Destina-se a preencher cargos políticos, de confiança e, principalmente, de atribuições de direção, chefia
e assessoramento.
C) caracterizam-se por ser ocupados por servidor público que adquire efetividade no quadro de servidores da
administração e são regidos pela CLT. Sua nomeação e posse no emprego se darão mediante concurso público.
D) é exercida por servidores contratados temporariamente com base na constituição federal, podendo ou não haver
concurso público.

88) É correto afirmar que:


A) os cargos em comissão são preenchidos por servidores nomeados e exonerados "ad nutum", ou seja,
independentemente de concurso público. Destina-se a preencher cargos políticos, de confiança e, principalmente,
de atribuições de direção, chefia e assessoramento.
B) os empregos em comissão são preenchidos por servidores nomeados e exonerados "ad nutum", ou seja,
independentemente de concurso público. Destina-se a preencher cargos políticos, de confiança e, principalmente,
de atribuições de direção, chefia e assessoramento
C) os servidores em comissão são aqueles contratados por tempo determinado para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público
D) nenhuma das alternativas está correta.

89) É correto afirmar que:


A) Os cargos públicos caracterizam-se por serem ocupados por servidores públicos que adquirem efetividade no
quadro de servidores da Administração e são regidos pela CLT (art. 37, II, CF). Sua nomeação e posse se darão
mediante concurso público.
B) Os empregos públicos caracterizam-se por serem ocupados por servidores públicos que adquirem efetividade
no quadro de servidores da Administração e são regidos pelo regime estatutário (art. 37, II, CF). Sua nomeação e
posse no emprego se darão mediante concurso público.
C) Os cargos públicos caracterizam-se por serem ocupados por servidores públicos que adquirem efetividade na
função à qual são concursados, seus direitos e deveres são previstos em regime estatutário. Sua nomeação e
posse no cargo público se darão mediante concurso público.
D) Todas estão incorretas.

90) No âmbito da União, é correto afirmar:


A) Somente será concedida licença a servidor eleito para desempenho de mandato em cargo de direção ou
representação em sindicato representativo da categoria, assegurada a remuneração do cargo efetivo.
B) Somente será concedida licença a servidor eleito para desempenho de mandato em cargo de direção ou
representação em sindicato representativo da categoria, assegurada a remuneração do cargo efetivo.
C) Poderá ser concedida licença a servidor eleito para desempenho de mandato em cargo de direção ou
representação em entidades fiscalizadoras da profissão, desde que sem remuneração do cargo efetivo, sendo-lhe
assegurada a contagem do tempo de serviço como se em efetivo exercício estivesse, exceto para promoção por
merecimento.
D) Ao servidor eleito para cumprimento de mandato em cargo de direção ou representação em confederação,
federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria, poderá ser concedida
licença com remuneração do cargo efetivo, não tendo direito, entretanto, a contagem do tempo de serviço como
se em efetivo exercício estivesse, inclusive, para promoção por merecimento.

83
Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

91) A entidade da Administração Indireta, com personalidade jurídica de direito privado, capital
exclusivamente público, criada para desempenhar atividades econômicas de interesse do Estado ou para
prestar serviços públicos, denomina-se:
A) autarquia;
B) fundação pública;
C) sociedade de economia mista;
D) empresa pública;
E) agência executiva.

92) Sobre a organização administrativa da União, marque a alternativa correta.


A) As autarquias, pessoas jurídicas de direito privado, só por lei podem ser criadas e sujeitam-se ao controle feito
pelo Tribunal de Contas da União.
B) Empresa pública federal é pessoa jurídica criada por lei, com personalidade jurídica de direito público e capital
formado unicamente por recursos provenientes da esfera federal.
C) As empresas públicas podem adotar qualquer forma societária entre as em Direito admitidas, ao passo que as
sociedades de economia mista terão obrigatoriamente a forma de sociedade anônima.
D) Tanto as autarquias quanto as empresas públicas têm personalidade jurídica de direito público, sendo que
nestas o capital é exclusivamente público e naquelas há uma conjugação de recursos públicos e privados.

93) De acordo com as normas legais vigentes, as chamadas fundações públicas, na área federal, são:
A) equiparadas às empresas públicas.
B) entidades privadas fora da administração.
C) entidades da administração indireta.
D) regidas por disposições do código civil.

94) A autarquia, na organização administrativa, faz parte:


A) da administração direta.
B) do setor privado da administração.
C) de um corpo à parte da administração.
D) da administração indireta.

95) Assinale a assertiva correta sobre autarquias.


A) Autarquia é um serviço autônomo, criado por lei específica, com personalidade jurídica, patrimônio e receitas
próprias, para executar atividades típicas da Administração Pública que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
B) A criação de autarquia independe de lei específica, podendo ser instituída por decreto expedido pelo chefe do
Poder Executivo no uso de seu poder regulamentar.
C) Considerando que as autarquias são pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração Indireta,
não se aplicam a elas as regras e preceitos de direito administrativo, devendo ser consideradas para todos os
efeitos como se entidades privadas fossem.
D) Autarquias são entidades da Administração Pública que envolvem a associação do capital público e privado,
destacando-se que a participação pública deverá ser sempre majoritária, sob pena de desconfigurar a natureza da
instituição.

Gabarito
01 - B 02 - A 03 - D 04 - B 05 - D 06 - A 07 - B 08 - C 09 - E 10 - B
11 - A 12 - E 13 - D 14 - C 15 - B 16 - D 17 - B 18 - C 19 - A 20 - B
21 - E 22 - E 23 - A 24 - E 25 - C 26 - A 27 - D 28 - E 29 - A 30 - D
31 - C 32 - A 33 - A 34 - C 35 - C 36 - B 37 - D 38 - A 39 - D 40 - E
41 - D 42 - D 43 - D 44 - E 45 - D 46 - A 47 - B 48 - B 49 - B 50 - B
51 - D 52 - B 53 - B 54 - C 55 - C 56 - A 57- B 58 - B 59 - A 60 - C
61 - A 62 - B 63 - A 64 - A 65 - C 66 - D 67 - A 68 - C 69 - A 70 - E
71 - C 72 - D 73 - A 74 - B 75 - B 76 - A 77 - C 78 - D 79 - D 80 - A

84
Apostilas OBJETIVA - Ano XI - Concursos Públicos - Brasil

81 - C 82 - B 83 - C 84 - A 85 - C 86 - B 87 - D 88 - A 89 - C 90 - C
91 - D 92 - C 93 - C 94 - D 95 - A ***** ***** ***** ***** *****

FIM

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