Vous êtes sur la page 1sur 11

Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

ARTIGO DE PESQUISA

ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS: ANÁLISE DE PERCEPÇÕES DE ENFERMEIROS GERENTES


CONFLICT MANAGEMENT: PERCEPTIONS ANALYSIS OF MANAGER NURSES
GESTIÓN DE CONFLICTOS: ANÁLISIS DE PERCEPCIONES DE DIRECTORES DE ENFERMERÍA

George Sobrinho Silva1, Bruno Gabriel Diniz2, Vânia Das Graças Rosa3

RESUMO
O trabalho em saúde se dá em ambientes de convívio social intenso, o que os torna propícios ao surgimento de conflitos. O
objetivo deste estudo foi analisar as percepções de enfermeiros em cargos de gerência de Unidades Básicas de Saúde
(UBS) sobre a administração de conflitos. Trata-se de um estudo de caso qualitativo. A amostra de estudo foi composta
por quatro enfermeiros gerentes de unidades de saúde do município de Divinópolis - MG. O instrumento de pesquisa
utilizado foi a entrevista semiestruturada e o tratamento dos dados se deu pelo método de análise temática de conteúdo
proposto por Bardin. Dentre os principais resultados, destacam-se as causas dos conflitos e a atuação dos gerentes na
administração dos mesmos, especialmente no que se refere às estratégias utilizadas e aos obstáculos encontrados.
Conclui-se que existe a necessidade de maior atenção ao tema administração de conflitos, tanto por parte dos
profissionais, como gerentes e gestores de sistemas de saúde, haja vista sua importância e sua capacidade de influir no
desempenho do trabalho. Descritores: Gerência; Atenção primária a saúde; Conflito.

ABSTRACT
Health work takes place in intense social life environments, which makes them conducive to the emergence of conflicts.
The aim of this study was to analyze the perceptions of nurses in management of Basic Health Units (BHU) on conflict
management. It is a qualitative case study. The study sample was composed by four nurse managers of health facilities in
the municipality of Divinópolis - MG. The survey instrument used was a semi-structured interview and processing of data
was done by the method of thematic content analysis proposed by Bardin. Among the main results, we highlight the causes
of conflicts and the performance of managers in conflict management, especially with regard to the strategies used and
the obstacles encountered. We conclude that there is a need for greater attention to the issue of conflict management,
both by professionals, such as managers and administrators of health systems, given the fact its importance and its ability
to influence the performance of the work. Descriptors: Management; Primary health care; Conflict.

RESUMEN
El trabajo en salud ocurre en ambientes de vida social intensa, hecho que los hace propicios para la aparición de
conflictos. El objetivo de este estudio fue analizar las percepciones de enfermeros en la gestión de las Unidades Básicas
de Salud (UBS) en la gestión de conflictos. Se trata de un estudio cualitativo de casos. La muestra del estudio fue
compuesta por cuatro enfermeras gestoras de instituciones de salud en el municipio de Divinópolis - MG. La encuesta
utilizada fue una entrevista semi-estructurada y el procesamiento de datos se realizó mediante el método de análisis de
contenido temático propuesto por Bardin. Entre los principales resultados, se destacan las causas de los conflictos y el
desempeño de los administradores en la gestión de los conflictos, sobre todo en lo que respecta a las estrategias utilizadas
y los obstáculos encontrados. Llegamos a la conclusión de que hay necesidad de mayor atención a la cuestión de la gestión
de conflictos, tanto por los profesionales, como gerentes y administradores de los sistemas de salud, teniendo en cuenta
el hecho de su importancia y de su capacidad para influir en el rendimiento del trabajo. Descriptores: Gerencia; Atención
Primaria de Salud; Conflicto.
1
Enfermeiro. Mestre em Enfermagem. Professor Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
E-mail: georgesobrinho@hotmail.com. 2Enfermeiro graduado pela Fundação Educacional de Divinópolis/ Funed MG. E-mail: brunogabrieldiniz@yahoo.com.br.
3
Enfermeira graduado pela Fundação Educacional de Divinópolis/ Funed MG. E-mail: nanynhahsjd@yahoo.com.br

R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 358


Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

gerente em trabalhar de forma a ser o ponto


INTRODUÇÃO
de referência da equipe(2,4), agindo como
mediador na resolução dos conflitos, o que
O setor de saúde dispõe de um requer capacitação para promoção dos ajustes
conjunto de serviços que estão em constante e intervenções nas ações entre os sujeitos.
transformação influenciada por inovações Esse é um processo que necessita de
tecnológicas e evoluções do conhecimento compreensão e habilidade para o
científico, o que faz com que sua desenvolvimento da capacidade de negociação
funcionalidade esteja cada vez mais inerente gerencial(1,5).
à interação de múltiplos trabalhadores de Com a implementação do Sistema
diferentes formações e competências. A Único de Saúde (SUS) e a necessidade da
convivência desse grupo heterogêneo faz com mudança do modelo assistencial, sobretudo
que o ambiente de trabalho se torne um com a expansão da atenção primária, observa-
cenário significativo para o surgimento de se que o enfermeiro assume e destaca-se,
(1)
conflitos, sejam eles individuais ou grupais . além da assistência, na função gerencial nos
O conflito é um evento inerente à serviços de saúde. Essa função tem requerido
interação humana, percebido no momento em melhor qualificação desse profissional para
que as partes envolvidas se deparam com um lidar com as interações inerentes aos serviços
processo cíclico de frustrações. Estas ocorrem de saúde e, dentre estas, com as situações de
em virtude da inadequada interpretação ou conflito(6-7).
incompreensão de interesses ou necessidades Portanto, a administração de conflitos
dos atores envolvidos no problema, fazendo se apresenta com importante desafio para
com que cada um interprete a situação com esses profissionais. Um estudo(7) aponta que
seu próprio ponto de vista(2). ainda na atualidade suas formações
O trabalho em saúde se dá em acadêmicas ainda se encontram arraigadas nos
ambientes de convívio social intenso e que estilos de gerência das escolas Clássica e
necessitam estar em constates Científica da Administração, estilos que
transformações, o que os tornam ainda mais preconizam abordagens consideradas
complexos e propícios a divergências, as quais descontextualizadas para as novas
são muitas vezes oriundas de privilégios, necessidades dos padrões de gerência atuais,
necessidade crescente da articulação de sobretudo frente às questões relacionadas ao
saberes, diferenças de interesses, relações de conflito no ambiente de trabalho. Assim, em
poder, concorrência de mercado e condições função da importância que a gerência de
nem sempre adequadas para o trabalho, enfermagem vem assumindo frente à
(1,3)
dentre outras . Assim, essa situação, articulação do trabalho de vários profissionais
quando não gerenciada de maneira adequada, da equipe de saúde, em uma atenção à saúde
torna-se conflituosa, podendo gerar queda de pautada em novos princípios, surge a
produtividade e qualidade dos serviços necessidade de se conhecer a percepção
prestados, sendo prejudicial a todos os desses profissionais acerca de sua prática na
envolvidos. administração de conflitos. Esse tema é
Para se ter o funcionamento relevante tendo em vista a sua importância no
organizacional adequado é imprescindível que contexto atual da organização do trabalho,
se administrem de forma equilibrada os em que a atuação gerencial é cada vez mais
conflitos que surgem no ambiente de determinante no desempenho da equipe de
trabalho. Daí a importância do papel do profissionais. A análise das falas dos sujeitos
R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 359
Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

deste estudo permite compreender em maior exigências éticas baseadas na Resolução


profundidade os aspectos referentes à 196/96 do Ministério da Saúde.
administração de conflitos. O instrumento de coleta de dados
O objetivo deste estudo foi analisar as constou de uma entrevista semiestruturada,
percepções de enfermeiros em cargos de possibilitando a obtenção dos dados em
gerência de Unidades Básicas de Saúde (UBS) profundidade, acerca do tema em estudo. As
sobre a administração de conflitos. entrevistas foram gravadas por meio digital e
posteriormente transcritas e analisadas
através da análise de conteúdo proposta por
MÉTODOS
Bardin(10), na modalidade temática que está

O percurso metodológico adotado foi o relacionada à afirmação de determinado


assunto comportando um feixe de relações
estudo de caso qualitativo. Justifica-se tal
que podem ser representadas através de uma
escolha pelo fato de o mesmo permitir a
(8)
incorporação de significados e palavra, uma frase ou de um resumo .
A análise temática foi organizada em
intencionalidades inerentes a atos, relações e
três polos cronológicos, sendo o primeiro a
estruturas sociais das construções humanas
significativas, favorecendo a compreensão da pré-análise (fase de organização propriamente
dita). O segundo, a exploração do material,
lógica interna de grupos, instituições e
que consiste numa operação classificatória
atores(8), adequando-se ao objetivo do estudo
que visa a alcançar o núcleo de compreensão
proposto. Como estratégia de pesquisa, optou-
do texto, e a terceira, na qual se realiza a
se por usar o método de estudo de caso(9).
interpretação e interrelação destes com o
Este se adequa ao presente estudo por se
referencial teórico(8,10).
tratar de um fenômeno social, político,
organizacional, individual e de grupo, Foram estabelecidos códigos
permitindo a compreensão de fenômenos utilizando-se a letra G seguida de número
complexos e possibilitando uma investigação para identificar os discursos dos gerentes.
em que se preservem as características
holísticas e significativas da atividade
RESULTADOS E DISCUSSÃO
gerencial dos enfermeiros.
A pesquisa foi iniciada após aprovação
Dentre os gerentes entrevistados,
da Secretaria de Saúde do município de
todos eram do sexo feminino, com idades
Divinópolis-MG, bem como do Comitê de Ética
entre 24 e 28 anos e formados no período de
da Fundação Educacional de Divinópolis
2002 a 2009. O tempo de gerência varia de
(FUNEDI), sob o parecer de número 05/2010.
sete meses a um ano e dois meses; cumprem
O cenário da pesquisa foram quatro
carga horária de 40 horas semanais; não
Unidades Básicas de Saúde do município de
possuem experiência anterior em cargos de
Divinópolis, localizado no Centro Oeste
gerência e somente um participante possui
mineiro. Os sujeitos da pesquisa foram quatro
pós-graduação lato senso em Saúde Pública.
enfermeiros que ocupam cargos de gerentes
Na análise dos dados emergiram duas
de UBSs no respectivo município. Os mesmos
categorias, sendo elas: Categoria 1: As causas
responderam às questões da pesquisa após
dos conflitos nas UBSs; Categoria 2: A atuação
concordarem, assinando o Termo de
dos gerentes na administração de conflitos,
Consentimento Livre e Esclarecido Para
subdividida nas subcategorias: 1- Estratégias
Participação em Pesquisa, atendendo às

R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 360


Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

utilizadas e 2- Obstáculos encontrados, as divergências de opiniões, dificuldade de se


quais são descritas a seguir. relacionar e a problemas particulares.
As formas como as pessoas lidam com
As causas dos conflitos nas UBSs
as situações cotidianas, sejam elas do
Esta categoria destaca que o conflito faz ambiente de trabalho ou não, e as
parte do cotidiano de trabalho das equipes de transformam em situações conflituosas estão
saúde, estando relacionados a múltiplas relacionadas primeiramente às suas
causas e se apresentando sob as mais personalidades, como por exemplo, ao fato de
diferentes formas, o que reflete a serem agressivas, de terem uma afetividade
complexidade da gestão do conflito no negativa pelo ambiente ou pelas pessoas com
trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS). as quais interage(11). Dessa forma, em um
Os conflitos são vistos como situações ambiente em que os indivíduos se influenciam
corriqueiras no ambiente de trabalho contínua e mutuamente, como, por exemplo,
estudado, sendo os mais comuns aqueles quando um destes percebe que existe uma
relacionados às características e incompatibilidade de objetivos ou uma
comportamentos pessoais, como se pode oportunidade de interferência, que é uma
observar nas falas que se seguem. situação potencial de conflito, passa a
desenvolver sentimentos conflitantes em
“Dentro da equipe tem mais conflitos por
relação à outra pessoa, o que o leva a agir de
divergências de opiniões, por afinidades, tem
acordo com esses sentimentos. Esse tipo de
pessoas, por exemplo, que têm antipatia de
ação pode acarretar uma determinada defesa
tudo.” G1.
ou reação da outra parte, resultando no
“Os conflitos no dia-a-dia são situações que se
surgimento ou intensificação do conflito(12).
criam no trabalho... as mais comuns são eles
Personalidades são difíceis de mudar e
(os profissionais) implicarem com pequenas
podem influenciar negativamente o
coisas. Às vezes uma pessoa fala uma coisa, a
desempenho da equipe de trabalho, se
outra entende outra coisa, tipo isso, e
tornando um fator limitador para a atividade
brigam. As pessoas ficam aqui por muito
gerencial. Uma maneira preconizada para
tempo, tem funcionário que fica aqui oito
lidar é que exista um recrutamento seletivo
horas por dia, então descontam aqui todos os
para cada tipo de função no trabalho, a fim de
problemas lá de fora, e a pessoa age para
não permitir que as pessoas problemáticas
extravasar um problema que não é do serviço.
assumam atividades incondizentes com suas
Então as situações de conflitos esbarram na
personalidades. Contudo, uma vez inserido no
questão pessoal e não do serviço em si, sendo
trabalho, o papel do gestor é tentar minimizar
então coisas muito pequenas que causam
a interação desses com os demais
conflito. Por isso, eu digo que a raiz dos (11)
funcionários .
problemas está dentro de cada um, do
Outro fator relacionado ao
relacionamento interpessoal.” G4.
desencadeamento dos conflitos mantém
Percebe-se que conflitos surgem estreita relação com a influência do ambiente
durante a interação interpessoal cotidiana do organizacional, como pode ser observado nas
trabalho e seu desencadeamento está falas que se seguem.
relacionado à forma como cada um conduz e
“Na unidade a gente sempre tem (conflitos).
responde às interações. Assim, as principais
Como com a mudança de modelo
causas dos conflitos relatados estariam
(assistencial), sempre é mais difícil das
relacionadas à falta de empatia de alguns,
R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 361
Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

pessoas compreenderem. Hoje a unidade tem conflitos cotidianos nos relacionamentos no


a questão do acolhimento, que trabalha com a trabalho(11).
classificação de risco, dando a prioridade para Os serviços de saúde são organizados
as pessoas em urgência e na emergência. por normas e regras institucionais que muitas
Quem está relatando algum tipo de queixa das vezes não vão de acordo com as
sempre vê o seu problema como muito maior concepções dos diferentes profissionais da
que o do outro... Não tem condição de equipe de trabalho. Essa conjuntura exige
atender tudo que chega. Eles não entendem! capacidade de autogoverno dos mesmos,
E não veem nossas condições (de trabalho) e devido ao risco de causar impasses entre
como a gente fica apertado o tempo todo. É autonomia e controle, gerando a tensão. Os
todo dia isso! Então dialogar com a trabalhadores se aliam ou se confrontam na
comunidade em si, fica um pouco mais tentativa de se impor ou se afirmar dentro do
complicado pensando nesse sentido. Às vezes grupo, o que gera divergências e impossibilita
quando a gente vai tentar fazer isso gera a colaboração(13).
situação de conflito.” G1. Na APS, a dificuldade organizacional é
uma realidade em muitas partes do país(14-16).
Muitas estratégias vêm sendo
De modo geral, a demanda é maior que a
implementadas pelas políticas de saúde na
oferta. A necessidade de ampliação da oferta
APS nos últimos anos com o intuito de
e das condições de acesso dos usuários, a
melhorar a qualidade do serviço, baseadas nas
melhoria da qualificação de profissionais, a
propostas de mudança do modelo de atenção
otimização da gestão dos serviços, a
à saúde, como a implantação do acolhimento
precarização das condições de trabalho,
e da classificação de risco. Porém, observa-se
dentre outras, são algumas das principais
que muitas das vezes elas não têm causado os
causas levantadas(17). A oferta de serviços sem
resultados esperados e acabam por ser vistas
as devidas condições gera a perda de
como causadoras de conflitos. Isso acontece
qualidade e incapacidade de atender às
não pelas propostas em si, mas, sobretudo,
demandas, fazendo desse contexto um
pelas dificuldades de implantação e execução
ambiente fértil para o surgimento de
das mesmas, implicando em ambientes tensos
conflitos.
que influenciam na interação entre aqueles
A existência de conflitos entre
que ali trabalham.
prestadores e usuários implica em dificuldades
Nesse aspecto, sabe-se que os
de se conceituar a APS como aquisição de
ambientes organizacionais podem contribuir
bons serviços, acarretando a perda de sua
para o surgimento de conflitos entre seus
legitimidade como porta de entrada no SUS(15).
trabalhadores. Isso pode se dar de acordo com
Apesar das inúmeras estratégias para a
as condições e o volume de trabalho
reestruturação da APS, a falta de visibilidade
oferecidos, a existência de ambientes
de seus resultados gera o descrédito e
estressantes, desmotivantes, com
contribui para a perpetuação da visão
insuficiência de recursos e liderança, dentre
curativista e imediatista dos usuários, que
outros. O estresse ambiental a que os
somente recorrem aos serviços mediante
indivíduos são expostos passa a ser
situações de urgência.
experimentado como uma ameaça, isso os faz
Essa visão curativista, que torna o médico
oferecer um tipo de resposta de luta, agressão
o personagem central na prestação da
ou fuga, favorecendo o surgimento dos
assistência à saúde, e não a equipe de
profissionais, também contribui indiretamente
R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 362
Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

para o surgimento de conflitos envolvendo Finalmente observa-se que a prática


esse profissional e os demais da equipe e os médica no contexto da APS é permeada por
usuários: situações e condições que favorecem a
ocorrência de conflitos. Esses profissionais
“Tem a dificuldade de relação com os
muitas vezes respondem apenas pelo perfil a
médicos. Alguns médicos não gostam de
que são formados, encontrando respaldo nas
atender em PSF, deixam os usuários
precárias condições de trabalho e na
esperando muito tempo para a consulta.
incapacidade dos sistemas de saúde em
Pouco tempo de consulta para cada usuário,
oferecer uma proposta de modelo de
escutam pouco os usuários e a equipe de
assistência centrado na lógica do usuário e na
trabalho.” G2.
equipe multiprofissional. O gerenciamento dos
Observa-se, pois, que os conflitos com o conflitos muitas vezes perpassa a capacidade
médico surgem em virtude da insatisfação de intervenção dos gestores, fazendo com que
com o tipo de assistência prestada pelo os serviços de saúde se tornem impotentes
mesmo e sua relação com a equipe de frente a muitas dessas situações que são
trabalhadores. O entendimento da origem determinadas pela forma de prestar
dessas situações de conflito pode se dar por assistência.
problemas encontrados desde sua formação
A atuação dos gerentes na administração de
profissional até nas suas condições de
conflitos
permanência nos serviços de APS.
Estudos(18-19) apontam que a formação Vale ressaltar que, objetivando maior
médica ainda é incondizente com a proposta clareza para a discussão dos resultados,
da APS para a efetivação dos princípios do optou-se por subdividir a presente categoria
SUS, sendo centrada na visão biologicista, que em duas subcategorias, a saber:
pouco considera a relação médico-paciente. O
Estratégias utilizadas
mesmo é preparado para assistir utilizando
apenas meios terapêuticos de alto custo e não Esta subcategoria aborda a atuação dos
investindo na promoção da autonomia dos gerentes perante as situações de conflitos no
usuários, contribuindo, assim, para a cotidiano das APSs. Todos os gerentes
hegemonia da assistência curativista. mostram-se cientes de que essa é uma
A baixa inserção dos médicos na APS é atividade inerente ao cargo. Embora seja uma
histórica e muito se deve por esse cenário ser atividade corriqueira, não é vista como uma
reconhecido pelas precárias condições para o tarefa simples, por sempre envolver indivíduos
exercício profissional, como pelo excesso de “tensos” e “interesses distintos”. Embora os
carga de trabalho, baixos salários, a estilos para lidar com conflitos sejam
precariedade de vínculos trabalhistas e baixa determinados pelas personalidades de cada
integração com os demais níveis de gerente, no contexto estudado observou-se
(20)
complexidade . Além desses, ainda se que o uso da negociação através do dialogo
acrescentam os baixos status social e aberto entre os envolvidos foi sempre
(17)
profissional . Estes são vistos por outras apontando como a principal alternativa para
categorias médicas como “profissionais mal se buscar um “consenso” entre as partes
treinados e desestimulados na profissão”, envolvidas. Porém, pode-se identificar que os
chegando a ser pejorativamente chamados de estilos de conduzir a negociação se
“médicos de segunda classe”(20). diferenciaram de acordo com os personagens
e as situações envolvidas.
R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 363
Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

Para a negociação dos conflitos com a decisão a importância da questão em foco,


equipe multiprofissional detectou-se que a além da maturidade, do poder e do status dos
ação do gerente é sempre focada no objetivo indivíduos envolvidos(21).
de se alcançar o consenso entre as partes. Entretanto, evidencia-se que os
Porém, mediante o seu insucesso, recorre-se à gerentes nem sempre têm a mesma autonomia
observação da hierarquia para a resolução da para conduzir as negociações dos conflitos que
situação. Nesse caso, não se considera a envolvem médicos e observa-se, nas falas que
vontade das partes. se seguem, que estes são tratados de forma
distinta pelos demais profissionais de saúde.
“O gestor tem que estabelecer diálogo para
chegar num consenso com a equipe.” G1. “Problema com funcionário é conversado
“Eu vou na conversa primeiro, eu converso e entre a enfermeira, auxiliar e a gerente, e
uso o bom senso pra ver para que lado dá pra resolvem a situação. Com o médico, necessita
ir, sabe? Assim que fique bom para as duas de ajudas superiores para solucionar o
partes. Mas é claro que às vezes uma parte problema, mas às vezes consegue conversar e
não fica satisfeita, aí acaba indo na resolver, depende muito da situação... A
hierarquia. Eu sou bem tranquila para maior dificuldade é a inflexibilidade, muitas
resolver essas coisas, não sou tipo a ferro e vezes não estão susceptíveis a mudança. Não
fogo. A gente dá advertência quando num tem aceitam a gente falar.” G2.
jeito mesmo. Eu sempre tentei conversar e
A estratégia diferenciada para
usar o bom senso.” G3.
gerenciar o conflito dos médicos com os
Na relação com a equipe de trabalho o demais profissionais de saúde retrata a
gerente faz valer a sua posição de referência percepção de superioridade do médico nos
para equipe. Há a preferência de uso do estilo serviços de saúde, se sobrepondo inclusive ao
colaborador, buscando encontrar soluções gerente do serviço, cuja autonomia se mostra
pelas quais os dois lados se mantenham limitada, nessa situação.
preservados. A necessidade de recorrer às O tratamento diferenciado do médico
relações de poder, especificamente à se deve por ser o profissional da área de saúde
hierarquia para a resolução de conflitos, aqui dotado de maior autonomia em seu processo
é justificada pela falha no processo de de trabalho, o que permite criar seus próprios
negociação e a necessidade de resolver um formatos de intervenções clínicas e de
impasse. relações com pacientes e equipe de saúde.
Atualmente se dispõem de muitas Essa autonomia faz com que muitos possuam
estratégias para a resolução de conflitos, restrita visão sobre o trabalho multidisciplinar
desde a confrontação, o compromisso, e dificuldades de associar o seu trabalho com
abrandamento, competição, colaboração, outros profissionais, que são vistos como
negociação, evitar o conflito ou reprimi-lo, submissos ao seu ato, o que se torna outro
aguçar divergências, transformar as diferenças fator gerador de conflitos(22).
em resolução de problemas, retirada, Nas situações de conflito com os
mudanças comportamentais, organizacionais e usuários observa-se que o sucesso do processo
peso da autoridade. Os mesmos autores de negociação pode ser determinado pela
acrescentam que antes da escolha da melhor existência do vínculo e da confiança dos
estratégia é preciso considerar um conjunto usuários com os gerentes, como se pode
de fatores, tais como as particularidades de observar abaixo.
cada situação, a urgência na tomada de
R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 364
Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

“Com paciente e outros serviços acho muito primeiro a se destacar é a falta de experiência
tranquilo, mas com funcionário eu acho mais no desempenho do trabalho gerencial:
difícil. A gente negocia melhor. O paciente já
“Sou nova demais... fisgar esses problemas
conhece a gente, ele confia e sabe que não
dentro do coração de cada um é difícil porque
atende porque não dá mesmo.” G3.
eles não falam e não tem como descobrir. Me
A relação entre profissionais de saúde
sinto inexperiente ainda, pois via que estava
e usuários que aqui se observa é aquela
tudo bem só que pra eles não estava.” G4.
desejada para os serviços de saúde e que
tende a resultar em sucesso da reorganização O relato acima vai ao encontro do
da atenção primária no país, retratando uma perfil de todos os gerentes entrevistados,
relação de segurança e confiança na troca de caracterizado pelo restrito período de
informações em função de um vínculo exercício da gerência nas UBSs, a ausência de
amadurecido. experiência prévia e de qualificação
O vínculo é fruto do fortalecimento da específica para a função.
relação com os usuários durante o processo O que se percebe é que a inserção
terapêutico. Essa relação se pauta na precoce de enfermeiros em cargos de gerência
construção de confiança, fato que é pode ser entendida, em parte, pela
estabelecido ao longo do tempo pela ação abordagem administrativa em sua formação
acolhedora de profissionais dispostos a ouvir, de graduação. Além disso, outro fator diz
dialogar, promover a devida atenção e propor respeito à demanda por capacidade gerencial
soluções para os problemas dos usuários e sua consequente aos processos de municipalização
(23)
família . e descentralização do Sistema Único de Saúde
O reconhecimento da necessidade da (SUS)(25), o que faz com que muitos
criação da relação de vínculo entre profissionais sejam indicados a cargos de
profissionais e usuários na APS é processo gerência sem a exigência de um perfil ou
ainda incipiente em muitos serviços. Muitas capacitação específica para esse ofício.
estratégias têm sido relatadas para a Apesar de a formação de enfermagem atender
construção do vínculo, como o acolhimento, a muitos aspectos relacionados à
rodas de conversas com usuários, visita administração dos serviços de saúde, levar em
domiciliar, grupos de educação em saúde e conta apenas sua formação básica ou seu
outras ações com dedicação à conversa e histórico e desempenho do profissional na
escuta com a comunidade. Porém, chama-se a instituição nem sempre é visto como a melhor
atenção para o déficit de qualificação e a forma de se indicar um gerente. Há a
falta estabilidade dos profissionais, assim necessidade de se avaliar o perfil do
como as precárias condições de trabalho como profissional, a capacidade de o mesmo lidar
grandes obstáculos para a efetivação do com as futuras atribuições e responsabilidades
(24)
vínculo . do novo cargo, além da sua qualificação
complementar(26).
Obstáculos encontrados Assim, além da pouca experiência,
outro fator que pode influenciar nas
Diante de toda complexidade em torno
dificuldades de se administrar conflitos diz
dos conflitos no trabalho em saúde, os
respeito à falta de qualificação complementar
gerentes ainda se deparam com uma série de
para o trabalho gerencial. O mesmo estudo
obstáculos que dificultam sua atuação frente
aponta como condição sine qua non para a
às situações conflituosas. Dentre eles, o
necessidade de qualificação contínua para
R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 365
Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

gerentes. Além da formação básica na “... não consigo bater de frente e discutir
graduação, para a otimização de seu trabalho, com eles (profissionais), então encontro
que se responsabiliza não somente pela dificuldade e às vezes me sinto de pés e mãos
assistência como também pela gestão do atados.” G4.
cuidado, há a necessidade do
Aqui se observa a dificuldade do
aperfeiçoamento das habilidades e
gerente de se contrapor à equipe mediante
conhecimentos sobre o planejamento,
uma condição conflituosa, gerando o
organização e avaliação dos serviços, da
sentimento de impotência para lidar com o
capacidade de se relacionar com usuários e,
caso. A incapacidade de lidar com situações
sobretudo, da capacidade de gerenciar
complexas pode enfraquecer a posição de
pessoas, requisito fundamental para a
referência que o gerente deve ter para com a
administração de conflitos.
mesma e, por fim, comprometendo o
O que se percebe é que a falta de
desempenho da equipe.
experiência e de qualificação determinam
Embora não seja possível eliminar o
outras dificuldades na gestão dos conflitos,
conflito, é de responsabilidade do gerente
como a falta de confiança da equipe de
manter sua intensidade baixa, sob pena de
trabalho:
prejuízos entre os envolvidos e até para a
“ ... se a pessoa (funcionário) quiser expor a organização. Para lidar com essa conjuntura,
causa do problema, vamos sentar e resolvê-lo, a capacidade relacional com a manutenção do
aí eu vou fazer de tudo pra resolver o diálogo em equipe é apontada como
problema. Só que na grande maioria das vezes ferramenta útil, possibilitado ainda a
eles não exteriorizam, eles não falam pra oportunidade de aprendizado e crescimento(29-
30)
gente o que esta acontecendo. Parece que não .
confiam na gente, sabe?” G4. Finalmente, identifica-se a dificuldade
em tratar das limitações dos serviços com os
A falta de confiança pode ser vista pela
usuários.
incapacidade de o gerente liderar a equipe
“Com os usuários a dificuldade é de
sob sua responsabilidade. Na concepção
compreensão, existem explicações e eles não
administrativa atual o gerente ou chefe não
entendem, chegam ‘armados’ para conversar,
remete à figura de um líder, embora seja o
não dão a oportunidade de esclarecer. Acaba
esperado(27). A figura do líder deslocou-se para
que a gente vai ficando frustrada em não
uma perspectiva subjetiva, em detrimento do
conseguir atender à necessidade do usuário
controle e comando. A isso se deve a
devido ao limite de vagas...’’. G2.
construção de relações de confiança, advindas
da capacidade de o gerente saber se Na verdade o que é tratado como
relacionar com a equipe, saber ouvir, dificuldade de compreensão dos usuários
(28)
trabalhar em grupo e motivar a equipe . muitas vezes pode ser visto como o retrato de
Quando o gerente enfrenta problemáticas já apresentadas neste estudo,
dificuldades de liderar a equipe, isso pode como a dificuldade de acesso ao serviço e à
repercutir na sua capacidade de negociação, falta de vínculo equipes-usuários, dentre
como evidenciado na fala subsequente, sobre outras. Isso faz com que o gerente tenha a
a dificuldade de discutir certos problemas necessidade contínua de buscar explicação
com a equipe: para problemas persistentes cuja solução
muitas vezes não está na sua governabilidade.
Esse contexto pode representar um fardo para
R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 366
Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

os profissionais que trabalham em serviços


CONSIDERAÇÕES FINAIS
com pouca perspectiva de melhora,
vivenciando cronicamente com condições
A partir deste estudo pôde-se analisar
limitadas de se oferecer trabalho de
as percepções de enfermeiros, em cargos de
qualidade, necessitando indeterminadamente
gerência, sobre a administração de conflitos,
da colaboração e compreensão de usuários
destacando-se temas de fundamental
para lidar com essa realidade, o que gera
importância para o oferecimento de um
desgaste de todos os envolvidos, sobretudo
serviço de qualidade nas UBSs em foco.
para os usuários.
Cabe, pois, maior atenção ao tema
As percepções evidenciadas neste
administração de conflitos, tanto por parte
estudo reafirmam a atualidade e relevância do
dos profissionais, como gerentes e gestores de
tema administração de conflitos nos serviços
sistemas de saúde, haja vista sua importância
de saúde. Tema este que representa,
e sua capacidade de influir no desempenho do
sobretudo, um desafio tanto para enfermeiros
trabalho. Essa maior atenção significa discutir
em cargos de gerência quanto para a
os conflitos de forma clara e aberta, assim
organização da APS, haja vista a
como ter profissionais que saibam lidar com os
indissociabilidade das relações que ali se
mesmos, fazendo destes, pontos de partida
constroem cotidiana e continuamente.
para o crescimento e desenvolvimento dos
A administração de conflitos realizada
serviços de saúde.
pelos enfermeiros mostra que apesar de a
Faz-se necessária a realização de
formação em graduação oferecer subsídios
outros estudos que aprofundem tema de
para a sua atuação, a mesma atualmente
tamanha importância para a enfermagem.
mostra-se insuficiente para lidar com todas as
demandas e complexidades inerentes ao
tema. Gerenciar pessoas, dentre todas as REFERÊNCIAS
variáveis administrativas, é apontada como a
mais difícil e importantíssima para o êxito da
1- Scherer MDA, Pires D, Schwartz, Y.
organização, com destaque para o manejo dos Trabalho coletivo: desafio o para gestão. Rev.
conflitos. Saúde Pública. 2009; 43(4):721-5.
2- Ciampone MHT, Kurcgant P.
Por mais que a raiz de grande parte
Gerenciamento de conflitos e negociação.
dos conflitos da APS fuja da governabilidade IN:Kurcgant P. et al. Gerenciamento em
desses atores, por estar relacionada a enfermagem. 1.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
questões políticas, financeiras, ideológicas e Koogan; 2010. p. 35-50.
3- Cecílio LCO. É possível trabalhar o
individuais, há a necessidade de se investir em conflito como matéria-prima da gestão em
capacitação complementar para esses saúde? Cad. Saúde Pública. 2005; 21(2):508-
gerentes, sobretudo para a gestão de pessoas. 16.
4- Lima IB, Bastos LO. Conflitos de poder
Esta pode ser importante não apenas para a
na relação entre profissionais de saúde sob a
boa funcionalidade das relações de trabalho, óptica do paciente. Rev. enferm. UFPE on
como também para a gerência do cuidado, line. 2007; 1(1):19-27.
5- Paim JS, Teixeira CF. Configuração
atributo fundamental do trabalho do
institucional e gestão do Sistema Único de
enfermeiro. Saúde: problemas e desafios. Ciênc. saúde
coletiva. 2007; 12(Sup):1819-29.
6- Silva GS. O processo de trabalho do
coordenador municipal da estratégia de saúde
da família [dissertação]. Belo Horizonte:
Programa de Pós Graduação da Escola de
R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 367
Silva GS, Diniz BG, Rosa VG. Conflict management...

Enfermagem da Universidade Federal de 19- Ciuffo RS, Ribeiro VMB. Sistema Único
Minas Gerais; 2009. de Saúde e a formação dos médicos: um
7- Spagnol CA; Santiago GR, Campos BMO, diálogo é possível? Interface comum. saúde
Badaró MTM, Vieira JS, Silveira, AAO. educ. 2008; 12(24):125-40.
Situações de conflito vivenciadas no contexto 20- Mello GA, Mattos ATR, Souto BGA, et
hospitalar: a visão dos técnicos e auxiliares de al. Médico de família: ser ou não ser? Dilemas
enfermagem. Rev. Esc. Enferm. USP. 2010; envolvidos na escolha desta carreira. Rev.
44(3):803-11. bras. educ. med. 2009; 33(3):464-71.
8- Minayo MCS. O desafio do 21- Spagnol CA, L´Abbate S. Conflito
conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. organizacional: considerações teóricas para
9.ed. São Paulo: Hucitec; 2006. subsidiar o gerenciamento em enfermagem.
9- Yin RK. Estudo de caso: planejamento Ciênc. cuid. saúde. 2010; 9(4):822-27.
e métodos. 2. ed. Porto Alegre: Bookman; 22- Gariglio MT, Radicchi ALA. O modo de
2009. inserção do médico no processo produtivo em
10- Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: saúde: o caso das unidades básicas de Belo
Ed. 70; 2011. Horizonte. Ciênc. saúde coletiva. 2008;
11- Stoetzer U. Interpersonal relationship 13(1):153-63.
at work: organization, working conditions and 23- Brunello MEF, Ponce MAZ, Assis EG et
health [dissertação]. Stockholm: Karolinska al. O vínculo na atenção à saúde: revisão
Institutet, Department of Public Health sistematizada na literatura, Brasil (1998-
Sciences; 2010. 2007). Acta paul. enferm. 2010; 23(1):131-35.
12- Mcintyre SE. Como as pessoas gerem os 24- Monteiro MM, Figueiredo VP, Machado
conflitos nas organizações: Estratégias MFAS. Formação de vínculo na implantação do
individuais negociais. Anál. psicol. 2007; programa de saúde da família numa unidade
2(25):295-305. básica de saúde. Rev. Esc. Enferm. USP. 2009;
13- Merhy EE. O ato de governar as tensões 43(2):358-64.
constitutivas do agir em saúde como desafio 25- Souza MCMR, Horta NC, Lopes RAM, et
permanente de algumas estratégias al. Municipalização em saúde: avanços,
gerenciais. Ciênc. saúde coletiva. 1999; desafios e atuação do enfermeiro R. Enferm.
4(2):305-14. Cent. O. Min. 2011; 1(1):112-20.
14- Nascimento APS, Santos LF, Carnut L. 26- Furukawa PO, Cunha ICKO. Perfil e
Atenção primária à saúde via estratégia de competências de gerentes de enfermagem de
saúde da família no Sistema Único de Saúde: hospitais acreditados. Rev. latinoam. enferm.
introdução aos problemas inerentes à 2011; 19(1):[09 telas].
operacionalização de suas ações. J. Manag. 27- Moura GMSS, Magalhaes AMM,
Prim. Health Care. 2011; 2(1):18-24. Dall’agnol CM, Juchem BC, Marona DS.
15- Ronzani TM, Silva CM. O Programa Liderança em enfermagem: análise do
Saúde da Família segundo profissionais de processo de escolha das chefias. Rev.
saúde, gestores e usuários. Ciênc. saúde latinoam. enferm. 2010; 18(6):[09 telas].
coletiva. 2008; 13(1):23-34. 28- Vendemiatti M, Siqueira ES, Filardi F,
16- Souza ECF, et al. Acesso e acolhimento et al. Conflito na gestão hospitalar: o papel da
na atenção básica: uma análise da percepção liderança. Ciênc. saúde coletiva. 2010;
dos usuários e profissionais de saúde. Cad. 15(Supl.1):1301-14.
Saúde Pública. [Internet]. 2008 [acesso em 29- Ferreira HMG. Conflito Interpessoal em
2012 jan 07]; 24(1):100-10. Disponível em: equipes de trabalho: o papel do líder como
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ gerente das emoções do grupo. Cadernos
arttext&pid=S0102311X2008001300015&lng=pt UniFOA. 2010; 5(13):67-75.
&nrm=iso> 30- Corradi EM, Zgoda LTRW, Paul MFB. O
17- Junqueira TS, Cotta RMM, Gomes RC, gerenciamento de conflitos entre a equipe de
et al. As relações laborais no âmbito da enfermagem. Cogitare enferm. 2008;
municipalização da gestão em saúde e os 13(2):184-93.
dilemas da relação expansão/precarização do
trabalho no contexto do SUS. Cad. Saúde Recebido em: 12/09/2012
Pública. 2010; 26(5):918-28. Versão final em: 20/12/2012
Aprovação em: 25/12/2012
18- Gonçalves RJ, Soares RA, Troll T,
Cyrino EG. Ser médico no PSF: formação Endereço de correspondência
acadêmica, perspectivas e trabalho cotidiano. George Sobrinho Silva
Endereço:
Rev. bras. educ. med. 2009; 33(3):393-403.
E-mail: georgesobrinho@hotmail.com
R. Enferm. Cent. O. Min. 2012 set/dez; 2(3):358-368 368

Vous aimerez peut-être aussi