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O
Souvenir
Book
ou
programa
de
Something
for
the
Boys
(1943)
estrelando
Ethel
Merman
em
seu
quinto
musical
com
Cole
Porter.
A
revista
Life
descreveu
o
musical
como
“gay
and
glittering”
dizendo
que,
do
começo
ao
fim,
o
show
pertencia
à
exuberante
Ethel
Merman.
No
início
da
década
de
40,
o
mestre
da
comédia
musical
Cole
Porter
continuava
sua
infindável
sequência
de
sucessos,
com
quatro
shows
que
se
destacaram:
• Panama
Hattie
(1940
–
501
perfs)
estrelando
Ethel
Merman
como
a
nada
elegante
dona
de
uma
casa
noturna
na
zona
do
Canal
do
Panamá
que
tenta
aprender
a
ser
uma
dama
para
impressionar
a
filha
refinada
de
seu
noivo
(enquanto
casualmente
salva
o
Canal
do
Panamá
de
ser
implodido
por
uma
bomba).
Merman
e
Joan
Carroll,
com
apenas
oito
anos
de
idade,
cantaram
Let’s
Be
Buddies.
A
personagem
Hattie
foi
o
primeiro
papel
solo
de
Merman,
e
foi
o
primeiro
musical
da
Broadway
a
alcançar
500
performances
desde
os
anos
20.
• Let’s
Face
It
(1941
–
547
perfs)
apresentava
Eve
Arden
e
Danny
Kaye
contando
a
história
de
três
ricas
esposas
que
se
vingam
de
seus
maridos
infiéis
contratando
três
soldados
como
gigolôs.
A
partitura
incluía
You
Irritate
Me
So.
A
plateia
se
deliciava,
e
Porter
teve
outro
show
com
mais
de
500
apresentações.
• Something
for
the
Boys
(1943
–
422
perfs)
é
um
perfeito
exemplo
do
que
a
Comédia
Musical
tentava
ser
no
início
da
década
de
quarenta.
Colocando
uma
grande
estrela
numa
situação
improvável
e
acrescentando
algumas
reviravoltas
cômicas
inusitadas.
Ethel
Merman
interpretava
uma
trabalhadora
de
fábrica
na
época
da
guerra
que
herdava
uma
propriedade
adjacente
à
base
militar
no
Texas.
Lá
ela
se
apaixona
pelo
soldado
que
é
o
líder
da
banda
e
descobre
que
suas
obturações
são
capazes
de
receber
sinais
de
rádio
(sim,
você
leu
certo).
Esta
bobagem
deu
a
Merman
muitos
momentos
cômicos
e
as
canções
de
Porter
(incluindo
Hey,
Good
Looking)
permitiram
que
ela
beltasse
em
seu
estilo
característico.
Nada
muito
profundo,
mas
lotou
o
Imperial
Theater
por
mais
de
um
ano.
Assim,
no
início
dos
anos
40,
criar
obras
de
arte
não
era
o
objetivo
do
Teatro
Musical.
A
maioria
dos
produtores
e
críticos
estavam
convencidos
que
boas
canções
e
diversão
era
tudo
que
o
público
exigia.
Como
já
havia
acontecido
antes
(e
como
ainda
vai
acontecer),
os
especialistas
subestimaram
o
público
pagante.
Richard
Rodgers
e
Lorenz
Hart
assumiram
alguns
riscos
com
Pal
Joey
(1940
–
374
performances),
o
primeiro
musical
da
Broadway
a
ter
um
anti-‐herói
como
foco.
O
personagem
título
é
um
nada
respeitável
sapateador
que
alcança
a
fama
manipulando
uma
rica
amante,
e
perde
tudo
quando
ela
o
abandona.
A
partitura
vai
do
romance
inocente
de
I
Could
Write
a
Book
à
insinuação
sexual
de
Bewitched,
Bothered
and
Bewildered.
Em
seu
primeiro
papel
de
destaque,
Gene
Kelly
estrelava
ao
lado
de
Vivienne
Segal,
no
papel
da
amante,
com
June
Havoc
como
uma
das
showgirls
da
boate
onde
Joey
se
apresenta.
Claro
que
a
direção
do
veterano
George
Abbott
contribuiu
para
fazer
com
que
o
infame
enredo,
conforme
apontado
pela
crítica,
ficasse
em
cartaz
durante
um
ano
muito
lucrativo.
Muitos
dos
mesmos
críticos
iriam
elogiar
o
espetáculo
quando
este
teve
um
revival
em
1952.
Ira
Gershwin
tinha
parado
de
escrever
canções
depois
da
morte
de
seu
irmão
George
Gershwin.
Ele
retornou
com
estilo
se
unindo
ao
compositor
Kurt
Weill
e
o
escritor
Moss
Hart
para
criar
Lady
in
the
Dark
(1941
–
467
perfs),
a
história
de
uma
editora
de
revistas
que
utiliza
da
psicanálise
para
explorar
suas
inseguranças
emocionais.
A
música
era
restrita
a
várias
sequências
de
sonho
na
qual
a
personagem
principal
via
a
si
mesma
em
eventos
que
representavam
seus
conflitos
interiores:
uma
festa,
um
julgamento
e
até
um
circo.
O
novato
Danny
Kaye
recebeu
grande
destaque
como
o
fotógrafo
fashion
afeminado
Jerry
Walker
ao
cantar
a
patter
song
Tschaikowsky,
mas
nem
mesmo
ele
conseguia
roubar
os
holofotes
de
Gertrude
Lawrence.
Com
My
Ship
e
Jenny,
essa
habilidosa
estrela
dos
palcos
manteve
as
plateias
vibrando
na
maior
temporada
de
sua
carreira.
O
resultado
foi
uma
estonteante
mistura
de
todos
os
componentes
do
teatro.
De
acordo
com
os
relatórios
impressos
na
época,
a
produção
envolveu
58
performers,
51
contrarregras
e
4
palcos
giratórios.
O
custo
da
produção
foi
de
$130.000
(na
época,
uma
enorme
quantia)1.
Oscar,
por
sua
vez,
estava
muito
interessado
em
adaptar
Green
Grow
the
Lilacs,
mesmo
a
peça
original
tendo
sido
um
fracasso.
Seu
colaborador
de
longa
data
Jerome
Kern
havia
rejeitado
o
projeto
por
vários
anos.
E
foi
assim,
quase
que
por
acaso,
que
a
mais
reconhecida
colaboração
criativa
do
teatro
musical
americano
teve
início.
Como
diriam
as
letras
de
Oscar:
“Eles
não
poderiam
ter
escolhido
uma
melhor
época
para
começar”.
1
Stanley
Richards,
Great
Musicals
of
the
American
Theatre,
Vol.
2,
(Radnor,
PA:
Chilton
Books,
1976),
p.
74.