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SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

INTRODUÇÃO

Nos estabelecimentos de assistência à saúde, os profissionais enfrentam várias situações de


risco em seu ambiente de trabalho. Muitos desses riscos são deixados de lado sem dar a
devida importância e pouco se faz para que não se repitam. Muitas vezes esses profissionais
do ambiente laboratorial trabalham sem a utilização de EPI. O The Quality of Health Care in
America, confirma que a área da saúde é a oitava no ranking dos setores de maior índice de
mortes e que são registradas cerca de noventa e oito mil mortes em hospitais a cada ano em
todo o mundo.

Diante avaliação e pesquisa do laboratório clínico encontramos total ausência de orientação


sobre o uso correto dos EPI’s e EPC’s, ausência de comunicação e conscientização dos
funcionários presentes, bem como o descarte incorreto de perfurocortantes, armazenamento
de EPIs, o tamanho inadequado das luvas de procedimentos, a ausência da legenda no mapa
de risco e a situação precária do chuveiro de emergência do local.

Portanto, o não uso de EPI’s e EPC’s pode acarretar em sérios danos a vida do colaborador
que não os utiliza, e ao cliente/paciente que está participando daquela atividade, o descarte
incorreto dos perfurocortantes pode gerar doenças, tornando esse problema um risco
biológico; o armazenamento inadequado dos EPIs pode acarretar em contaminação dos
mesmos; o tamanho inadequado das luvas, segundo os colaboradores, torna a sua função
descartada; a ausência de legenda no mapa de risco não enfatiza a noção dos riscos presentes
aos colaboradores do local, e o chuveiro de emergência em situações precárias, acarreta na
desativação do mesmo.

Como proposta de estudo o intuito é apresentar as problemáticas que um profissional que


exerce sua função em um Laboratório de Analises Clínicas, tem de estar atento, aos riscos que
o cerca na atividade que desenvolve e mostrar a importância do cumprimento da NR 32 em
que visa a Segurança e Saúde dos Trabalhadores em Serviços de Saúde.

Desta forma, o objetivo geral é identificar melhorias mais adequadas no ambiente de trabalho
e no auxilio dos Riscos Biológicos e Químicos presentes no local, sendo assim, propondo
medidas de segurança para a preservação da vida dos profissionais. E os específicos são:
observar o funcionamento, propor o mapa de risco no laboratório caso não tenha,
conscientizar o uso adequado dos EPI’s e EPC’s, solicitar um novo mapa de risco ou
modificar o mesmo colocando as legendas necessárias; e identificar as problemáticas ao setor
responsável da distribuição dos EPI’s para o Setor de Manutenção.

 Referencial Teórico

 Contexto Histórico da Segurança e Saúde do Trabalho


O estudo de qualquer assunto relativo à segurança e saúde do trabalho, antes de tudo, envolve
o conhecimento prévio de sua origem e evolução no tempo.

A prevenção de acidentes no trabalho é uma área de estudo extremamente complexa, e exige


de todos que nela atuam um conhecimento e uma visão muito ampla dos problemas
encontrados.

(Bottazzini apud CUNHA, GOMES, SILVÉRIO,p. 1 ).

A origem do trabalho nos remete a tempos bem remotos, à época do homem primitivo que
buscava no trabalho meramente extrativo, na caça e na pesca a sua simples subsistência.
Posteriormente o homem da caverna aprende a dominar ferramentas mais rústicas, descobre o
minério e demais metais, conhecendo também, as primeiras doenças do trabalho, provocadas
pelos próprios materiais que utilizava.

Referencias, embora de forma muito restrita, passam também pelas civilizações egípcias, dos
gregos e romanos. Essa escassez de mais informações decorre do

fato de que na Antigüidade os trabalhos mais pesados, bem como aqueles envolventes de
riscos, eram feitos pelos escravos conseguidos nas guerras ocorridas entre as nações.
(COSTA)

Ainda para Costa,

Inúmeros escritos mostram quanto eram comuns as deformações físicas, as enfermidades e


muitas outras sequelas, oriundas dosabusos praticados pelos empregadores no tocante aos
seus trabalhadores.

No século IV antes de Cristo Hipocrates fez menção à existência de moléstias entre mineiros e
metalúrgicos e reconheceu a toxicidade do chumbo nas minerações.

500 anos depois, Plinius Secundus, conhecido como Plínio “O Velho”, descreveu diversas
moléstias do pulmão entre mineiros e o envenenamento advindo do manuseio de compostos
de enxofre e zinco. Descreveu também o uso de uma máscara para proteger os trabalhadores
de poeira ou fumos de chumbo.

Em 1556, Georgius Agrícola descreveu em seu trabalho De Re Metálica os riscos associados


à indústria de mineração, fundição e refino de metais, com medidas de controle, incluindo
ventilação.

Na próxima década, em 1567, Paracelso elabora a primeira monografia sobre as relações entre
trabalho e doença, em especial as causadas pela intoxicação pelo mercúrio.

Há outras importantes citações relacionando métodos de trabalho e as substancias usadas com


diversas enfermidades, mas foi somente em 1700 que Bernardo Ramazzini, um médico
italiano considerado como o pai da Medicina do Trabalho, escreveu seu livro sobre doenças
ocupacionais chamado “De Morbis Artificum Diatriba” (As Doenças dos Artesãos) da qual
relacionava diretamente os riscos e doenças como sendo de relação direta com 52 ocupações,
sendo que para algumas delas eram apresentadas formas de tratamento e até mesmo de
prevenção.

Para Costa, a importância do trabalho de Ramazzini no tocante à medicina e saúde dos


trabalhadores mudou a percepção das relações trabalho-doença, conforme explicita:

Seus estudos e observações clínicas levaram-no a estabelecer, como nunca anteriormente se


tinha feito, a relação doença-trabalho de cem diferentes profissões. Foi o primeiro a estudar
aprofundadamente as doenças profissionais, descrevendo os riscos específicos de cada uma
delas. São valiosas as pesquisas que realizou no tocante aos danos à saúde do trabalhador
causados pela falta de ventilação e desconforto térmico. Reconheceu a importância de pausas,
exercícios e postura correta para prevenção de fadiga. Defendeu, também, a realização do
ensino de Medicina do Trabalho no próprio ambiente do trabalhador. A ele se deve a
exortação aos médicos, para acrescentarem à anamnese hipocrática a pergunta capaz de os
orientar no diagnóstico dos males relacionados com o trabalho: qual é sua ocupação?

Apesar de todos os estudos e esforços empenhados, foi somente a partir do século XIX, com o
advento da Revolução Industrial, que o interesse pela proteção dos trabalhadores começa a
ganhar maior ênfase.

Para Alberton (1996), no início da Revolução Industrial, a invenção da máquina a vapor por
James Watts em 1776 e do regulador automático de velocidade em 1785, trouxeram
profundas alterações tecnológicas em todo o mundo, permitindo assim a organização das
primeiras fábricas e indústrias, o que significava, além de uma revolução econômica e social,
também o inicio dos primeiros acidentes de trabalho e as doenças profissionais como
conhecemos atualmente, que se alastravam e tomavam proporções alarmantes.

Costa, fala das lamentáveis e deploráveis condições de trabalho dessa época dizendo que,
mesmo não obstante ocorresse o avanço da tecnologia, paralelamente piorava a assistência ao
trabalhador em fins do século XVIII, chegando a situações verdadeiramente intoleráveis. O
autor lembra que na negativa da prestação de determinados serviços perigosos resultava em
açoites, encarceramento, casas correcionais e até marcas com ferro nos casos de reincidência.

Mesmo apresentando algumas melhoras com o surgimento dos trabalhadores especializados e


mais treinados para manusear equipamentos complexos e que necessitavam cuidados
especiais para garantir maior proteção e melhor qualidade, essa situação perdurou até a
Primeira Guerra Mundial (ALBERTON, 1996).

Até o final do século XVIII não havia nenhum amparo legal para os trabalhadores, obtendo
um pequeno avanço somente em 1802 quando Parlamento Britânico aprovou a primeira lei de
proteção aos trabalhadores: A “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, estabelecendo o limite
de 12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavar
as paredes da fábrica duas vezes por ano e tornava obrigatória a ventilação do ambiente.

Ainda na Inglaterra, em 1831, uma Comissão parlamentar de inquérito, chefiada por Michael
Saddler, elaborou um cuidadoso relatório, que concluía da seguinte maneira: “Diante desta
Comissão desfilou longa procissão de trabalhadores – homens e mulheres, meninos e
meninas, abobalhados, doentes, deformados, degradados na sua qualidade humana, cada um
deles era clara evidência de uma vida arruinada, um quadro vivo da crueldade humana do
homem para o homem, uma impiedosa condenação daqueles legisladores que quando em suas
mãos detinham poder imenso, abandonaram os fracos à capacidade dos fortes”.

Como o resultado desse relatório nasce em 1833 a Lei das Fabricas ou “Factory Act” que
posse ser considerada a primeira lei realmente eficiente no âmbito da segurança e saúde do
trabalhador, a qual proibia o noturno trabalho aos menores de 18 anos e restringia seus turnos
a apenas 12 horas diárias e no máximo 69 semanais, propunhas escolas nas fábricas que
deveriam ser freqüentadas por todos os trabalhadores menores de 13 anos, estipulando que a
idade mínima para o trabalho era de 9 anos, onde ainda, um médico deveria atestar se o
desenvolvimento da criança estava de acordo com sua idade cronológica. No ano de 1834,
aparece pela primeira vez o conceito de medico de fabrica, o Dr. Robert Baker, que tinha por
oficio inspecionar estabelecimentos fabris. Em 1842, na Escócia, a direção de uma fábrica
têxtil contratou um médico que deveria submeter os menores trabalhadores a exames
admissionais e periódicos.

Em 1867, a Lei das Fábricas foi ampliada para incluir mais moléstias e estipular a proteção de
máquinas e a ventilação mecânica para o controle de poeiras, ao mesmo tempo em que proibia
a ingestão de alimentos nos ambientes sob atmosferas nocivas da fábrica. Conforme a
Revolução Industrial se espalhava pela Europa, outros países desenvolveram suas leis de
proteção ao trabalhador e seus serviços médicos ocupacionais passaram gradativamente de
voluntárias para obrigatórios.

A França criou sua primeira lei em 1862 com a regulamentação da “Higiene e a Segurança do
Trabalho”, a Alemanha em 1865 com sua "Lei de Indenização Obrigatória dos Trabalhadores"
responsabilizando os empregadores pelo pagamento dos acidentes e nos Estados Unidos
apenas em 1903, cuja lei protegia exclusivamente os trabalhadores federais, sendo ampliada
para os demais em 1921.

Em 1919, pelo Tratado de Versalhes, foi criada a Organização Internacional do Trabalho, que
em sua 43ª Conferência Internacional do Trabalho, em 1959, aprovou a Recomendação Nº
112 com o título de "Recomendação para Serviços de Saúde Ocupacional" com os seguintes
objetivos:

1. Proteger os trabalhadores contra qualquer risco à sua saúde, que possa decorrer do
trabalho ou das condições em que este é realizado.

1. Contribuir para o ajustamento físico e mental do trabalhador, obtido especialmente


pela adaptação do trabalho aos trabalhadores, e pela colocação destes em atividades
profissionais para as quais tenham aptidões.

1. Contribuir para o estabelecimento e a manutenção do mais alto grau possível de bem-


estar físico e mental dos trabalhadores.

No Brasil, nossa primeira lei relativa à segurança e saúde do trabalhador, surge em 1919
chamada de “Lei dos Acidentes do Trabalho”, que tinha como fundamento jurídico a “Teoria
do Risco Profissional”, lei essa que estipulava que o empregador deveria responder por todos
os riscos derivados das atividades de sua empresa. Em 1930 nasce o “Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio”.

Aprovada em 1943, pelo Decreto Lei nº 5.452, a Consolidação das Leis do Trabalho, que em
virtude de haver várias normas trabalhistas esparsas, reuniu de forma sistematizada varias
normas existente, trazendo capítulos que versavam sobre a segurança e saúde do trabalhador.
Pelo Decreto Lei 7036 de 10 de Novembro de 1944 surge as Comissões Internas de Segurança
do Trabalho – CIPA, sendo regulamentadas somente em 1953 pela Portaria 155.

 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)

CIPA é a sigla para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes que visa à prevenção de
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, buscando conciliar o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde de todos os trabalhadores. Ela é composta de
representantes dos Empregados e do Empregador.

Sua atribuição consiste em identificar os riscos de execução da relação de trabalho, elaborar o


mapa de risco, contando para isso, com a participação do maior número de trabalhadores,
tendo a assessoria do SESMT para realizar suas atribuições. A CIPA tem como principal
atividade à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, auxiliando o SESMT - Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. A diferença básica entre
esses dois órgãos internos da empresa reside no fato de que o SESMT é composto
exclusivamente por profissionais especialistas em segurança e saúde no trabalho, enquanto a
CIPA é uma comissão partidária podendo ser composta por leigos colaboradores.

O desenvolvimento das ações preventivas por parte da CIPA, consiste, basicamente, em


observar e relatar as condições de riscos nos ambientes de trabalho; solicitar medidas para
reduzir e eliminar os riscos existentes ou diminuí-los, discutir os acidentes ocorridos,
solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e ainda, orientar aos demais
trabalhadores.
Conforme a NR-05, compete aos empregados:

1. participar da eleição de seus representantes;

2. colaborar com a gestão da CIPA;

3. indicar a CIPA, ao SESMT e ao empregador situação de riscos e apresentação


sugestões para melhoria das condições de trabalho;

4. observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de


acidentes e doenças decorrentes do trabalho.

 Serviço especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT)

SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.) é uma


equipe de profissionais, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física
dos servidores/trabalhadores. O SESMT está estabelecido no artigo 162 da Consolidação das
Leis do Trabalho e é regulamentado pela Norma Regulamentadora - 4 do Ministério do
Trabalho e Emprego - MTE.

O serviço, dependendo da quantidade de empregados e da natureza as atividades, pode incluir


os seguintes profissionais: médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de
enfermagem do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho e técnico de segurança do
trabalho. O SESMT deverá se relacionar juntamente com a CIPA (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes).

Segundo a NR-04

4.1. As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e


dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das
Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a
integridade do trabalhador no local de trabalho.
4.2. O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da, atividade principal e ao número total
de empregados do estabelecimento, observadas as exceções previstas nesta NR.

4.2.2. As empresas que possuam mais de 50 (cinquenta) por cento de seus empregados em
estabelecimentos ou setores com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da
atividade principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de risco..

4.4.1 Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e registro profissional


em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos instrumentos
normativos emitidos pelo respectivo Conselho Profissional, quando existente.

 NR-32 e Biossegurança em Serviços de Assistência à Saúde

A carência de padrões normativos de biossegurança para os trabalhadores do setor saúde no


Brasil, somada ao grande numero de acidentes e à subnotificação dessas ocorrências, levou o
Ministério do Trabalho e Emprego a publicar em novembro de 2005 a NR-32, Norma
Regulamentadora de Segurança e Sáude no Trabalho em Serviços de Saúde. Embora seja uma
norma especifica para o setor saúde, a NR-32 é a primeira no mundo de tamanha abrangência,
pois engloba desde os riscos biológicos até a manutenção de maquinas e equipamentos e
estabelece inclusive responsabilidades para as prestadoras de serviços terceirizadas.

A NR-32 estabelece diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção á


segurança e a saúde dos trabalhadores. A norma aplica-se aos serviços de saúde em qualquer
edificação e em todas as ações de promoção à saúde em qualquer edificação e em todas as
ações de promoção à saúde em qualquer nível de complexidade, incluindo não só os hospitais,
mas também ambulâncias, serviços de pronto-socorro, ambulatórios nas industrias, clínicas e
consultórios médicos e odontológicos, instituições de ensino e pesquisa e até mesmo os
atendimentos domiciliares e como foco laboratórios.

 Responsabilidades gerais estabelecidas pela legislação


O empregador tem a responsabilidade de capacitar os trabalhadores em relação aos riscos, às
medidas de prevenção e àquelas a serem adotadas em casos de acidentes ou incidentes; e o
empregado tem o direito de ser capacitado. Toda capacitação deve ser fornecida de forma
inicial e continuada, ou seja, antes de o trabalhador iniciar suas atividades laborais, ele deve
passar por esse tipo de capacitação e por periódicas atualizações. O registro das capacitações
deve ser documentado e estar à disposição, tanto da fiscalização quanto das avaliações para
certificação da qualidade e/ou auditorias de risco.

Em toda ocorrência de acidente, com ou sem afastamento do trabalhador, a emissão da


CAT(Comunicação de Acidente de Trabalho) é obrigatória; inclusive quando se trata de
exposição a agentes biológicos.

Na elaboração e implementação do PPRA(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) e


do PCMSO(Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) devem ser consideradas as
atividades desenvolvidas pela CCIH(Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) e as do
PPR(Plano de Proteção Radiológica) do serviço de saúde.

O PPRA, PCMSO e o PPR, entre outros documentos pertinentes à saúde e segurança do


trabalhador, devem ficar à disposição dos trabalhadores de inspeção fiscal.

O empregador deve garantir a conservação e a higienização dos materiais, dos instrumentos e


do local de trabalho. Deve também providenciar recipientes e meios de transporte adequados
para materiais infectantes, fluidos e tecidos orgânicos.

Os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), descartáveis ou não , devem estar à


disposição em números suficiente nos postos de trabalho. O seu fornecimento e reposição
deve ser garantido imediatamente. Os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com
equipamentos de proteção individual.

O empregador também deve implementar todas a medidas de proteção relacionadas aos riscos
radiológicos e manter um profissional habilitado responsável por essa atividade.

Segundo a Norma Regulamentadora 6 Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) as


Responsabilidades do empregador quanto ao EPI

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de


segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.


h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema
eletrônico.

Responsabilidades do trabalhador

Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

 Outras Normas Regulamentadores relacionadas à Biossegurança

A NR-01(Disposições Gerais) determina que o empregador deve cumprir e exigir que sejam
seguidas as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
prevenir atos inseguros; informar os trabalhadores sobre os riscos no local de trabalho e sobre
os meios e medidas para prevenir tais riscos. A NR-01 também determina que o trabalhador,
por sua vez, deve cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina
do trabalho; usar os EPI fornecidos pelo empregador e colaborar com a empresa na aplicação
das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.

A NR-06(EPI) determina que o empregador deve exigir do trabalhador o uso dos EPI
adequados ao risco de cada atividade; fornecer somente EPI aprovado por órgão nacional
competente; orientar e treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado dos EPI; utilizar apenas
para a finalidade a que se destinam; guardar e conservar esses equipamentos.

A NR-09(Riscos Ambientais) preconiza que o empregador deve informar os trabalhadores


sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios de
prevenção ou redução de tais riscos identificados na execução do PPRA. O trabalhador, por
sua vez, de acordo com a NR-09, deve seguir as orientações recebidas nos treinamentos
oferecidos dentro do PPRA.

 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

As medidas de prevenção devem ser adotadas a partir dos resultados da avaliação prevista no
PPRA (NR-09) que deve conter no mínimo:

1. Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma,


indicando claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e pessoas
responsáveis pelo cumprimento das metas.

2. Estratégia e metodologia de ação.

3. Forma de registro, manutenção e divulgação dos dados.

4. Periodicidade e forma da avaliação do desenvolvimento do PPRA.


5. Analise global para avaliação do seu desenvolvimento, realização dos ajustes
necessários, estabelecimento de novas metas e prioridades sempre que necessário e
pelo menos uma vez ao ano.

Deve ser efetuada avaliação do posto de trabalho, considerando: organização, procedimentos


de trabalho, possibilidade de exposição ambiental, descrição das atividades e funções
realizadas pelo trabalhador, medidas preventivas e seu acompanhamento.

O PPRA deve estar descrito em um documento-base, suas alterações e complementações


devem ser apresentadas e discutidas na CIPA(Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
Alterações devem ser anexadas ao PPRA e ao Livro de Atas da CIPA. O documento-base
PPRA e seus anexos devem ser mantidos por período mínimo de vinte anos.

Além do que é previsto na NR-09, na fase de reconhecimento, o PPRA deve conter


identificação dos riscos biológicos mais prováveis em função da localização geográfica,
característica do serviço de saúde e seus setores. Considerar os elos da cadeia de infecção
hospitalar como fontes de exposição e reservatórios, vias de transmissão e de entrada, assim
como a transmissibilidade e virulência do agente biológico e sua persistência no ambiente,
estudos epidemiológicos ou dados estatísticos e outras informações cientificas. Em casos de
exposição acidental ou incidental, as medidas de proteção devem ser adotadas imediatamente,
mesmo que não previstas no PPRA. O acidente é considerado como o que é casual,
imprevisto. Desastre, desgraça. E o incidente, como o que incide, episódio. Circunstancia
acidental (MICHAELIS, 2000).

O PPRA deve conter também um inventário de todos os produtos químicos, com indicação
dos que implicam risco à segurança e à saúde . Os produtos que implicam riscos devem ter
uma ficha descritiva contendo informações referentes às características e formas de utilização,
riscos à Segurança, Saúde e Meio Ambiente, métodos de proteção coletiva e individual,
controle médico da saúde dos trabalhadores, condições e local de estocagem e procedimentos
a serem adotados em situações de emergência.

Se no estabelecimento, houver alguma fonte de radiação ionizante, Plano de Proteção


Radiológica(PPR) deve ser anexado ao PPRA. Qualquer equipamento ou material que emite
ou é capaz de emitir radiação ionizante ou de liberar substancias ou materiais radiativos é
considerado uma fonte de radiação (CNEN-NN-3.01,2005); portanto os aparelhos de raios X
devem ser incluídos.

Exemplo de Fluxograma do PPRA:


Fonte:

 Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO)

O PCMSO(NR-07) deve ser planejado e implementado com base nos riscos à saúde dos
trabalhadores, inclusive os identificados nas avaliações previstas nas demais Normas
Regulamentadoras, contemplando: o reconhecimento e avaliação dos riscos biológicos, a
localização das áreas de risco de acordo com PPRA, a relação nominal dos trabalhadores com
suas funções, os locais de atividades e de riscos, a vigilância médica das pessoas
potencialmente expostas aos agentes biológicos e o programa de vacinação.

Sempre que houver transferência permanente ou ocasional de um trabalhador para outro posto
de trabalho, que implique mudança de risco, essa situação deve ser comunicada ao médico
coordenador ou ao responsável pelo PCMSO.

Na elaboração e na implementação de PCMSO, devem ser consideradas as informações


contidas nas Fichas Descritivas dos produtos químicos, utilizados pelos respectivos
trabalhadores.

A trabalhadora gestante só pode ser liberada para trabalhar em áreas com possibilidade de
exposição a gases ou vapores anestésicos, com autorização por escrito do médico responsável
pelo PCMSO.

O médico-coordenador do PCMSO de uma instalação radiativa deve estar familiarizado com


os efeitos associados à exposição decorrente de atividades laborais com radiação ionizante e
também deve conhecer a terapia adequada a esse tipo de exposição. O empregador deve
informar por escrito aos trabalhadores e ao médico do PCMSO os resultados referentes às
doses de exposição à radiação ionizante: de rotina, acidentais e de emergências. Somente o
profissional Médico do Trabalho pode ser coordenador do PCMSO
 Riscos Ambientais

 Risco Biológico

A manipulação de agentes biológicos em ambiente laboratorial deve seguir as orientações


contidas nas Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contentação com Material Biológico do
Ministério da Saúde(2004).

Todo local onde existe a possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório
exclusivo para higiene das mãos com água corrente, sabonete liquido, toalha descartável e
lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual.

A NR-32 obriga que a lavagem de mãos seja efetuada, no mínimo, antes e depois do uso de
luvas. Muito embora a lavagem de mãos seja um dos processos mais eficientes no combate à
transmissão da infecção hospitalar, ela é esquecida por muitos profissionais de saúde(Costa,
2006).

Trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades
após avaiação médica obrigatória e com a emissão de documento de liberação para o trabalho.

A norma proíbe a utilização das pias de trabalho para outros fins, também o ato de fumar, usar
adornos(brincos, anéis, pulseiras, colares e outros), manusear lentes de contato, guardar e
consumir alimentos e bebidas e usar calcados abertos nos postos de trabalho.

Sempre que houver possibilidade de exposição a agentes biológicos, o empregador deve


fornecer vestimenta adequada e confortável sem ônus para o trabalhador, também
providenciar locais para o deposito das roupas sujas. A norma proíbe que o trabalhador saia
do local de trabalho usando os equipamentos de proteção e vestimentas usadas durante as
atividade ocupacionais.

A higienização das vestimentas utilizadas nos centros cirúrgicos e obstétricos, serviços de


tratamento intensivo e unidade de pacientes com doença infecto-contagiosa e também sempre
que as vestimentas tiverem contato com material orgânico, é de responsabilidade do
empregador.

Sempre que houver possibilidade de exposição a agentes biológicos, o empregador deve


fornecer aos trabalhadores instruções escritas, em linguagem acessível, das rotinas realizadas
no local de trabalho e das medidas de prevenção de acidentes e de doenças relacionadas ao
trabalho.

Muitas doenças podem ser transmitidas direta ou indiretamente pelos eventuais agentes
biológicos presentes no material a que os trabalhadores entram em contato. Devido à presença
de lenços de papel, curativos, agulhas e seringas descartáveis, originados da população muitos
organismos patogênicos podem estar presentes. Esses resíduos são descartáveis, sebretudo,
por pequenas clinicas, farmácias e laboratórios e, na maioria dos casos em hospitais,
misturados aos resíduos domiciliares. (COLLINS e KENNEDY, 1993 apud FERREIRA e
anjos, 2001).
A todo trabalhador deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra
tétano, difteria, hepatite B, os agentes biológicos estabelecidos no PCMSO e outros agentes
aos quais os trabalhadores poderão estar expostos, sempre que houver vacina eficaz contra
eles. A vacinação deve obedecer às recomendações do Ministério da Saude, ser registrada no
prontuário clinico individual do trabalhador e deve ser fornecido a ele o comprovante de
vacinas recebidas. O direito de recusa à vacinação deve ser garantido ao trabalhador.

Para auxiliar a elaboração do PPRA, a NR-32 considera 4(quatro) classes de risco biológico e
identifica os agentes pertencentes às classes de risco 2,3 e 4. A classificação proposta, pela
norma que segue abaixo, é uma adaptação da classificação do CDC & NIH (1999):

Classe 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa
probabilidade de causar doença ao ser humano.

Classe 2: risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de


disseminação para a coletividade, podendo causar doenças para o ser humano, .

para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento

Classe 3: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminação


para a coletividade; podendo causar doenças e infecções graves ao ser humano, para as quais
nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

Classe 4: risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de


disseminação para a coletividade; apresentam grande poder de transmissibilidade de um
individuo a outro. Podem causar doenças graves ao ser humano para as quais não existem
meios eficazes de profilaxia ou de tratamento.

Usar barreias mecânicas: lavar as mãos, usar luvas, óculos e mascaras e/ou protetor facial,
roupas de proteção com manga longa e aspiração de alta potencia, auxilia na prevenção de
acidentes biológicos.

Áreas como cadeira, equipo e refletores devem ser recobertos; nunca reutilizar agulhas; e
desinfetar superfícies; limpar, desinfetar e esterilizar instrumentos; acondicionar o lixo em
sacos plásticos apropriados e identificados.

O lixo hospitalar nunca pode ser descartado juntamente com o lixo domestico. Existem carros
de coleta apropriados para esse fim. Por isso, verificar na Prefeitura da cidade a melhor opção.

A lava lavagem das mãos é a mais importante para o controle de infeções em que o uso de
luvas não exclui a lavagem das mãos.

Os produtos usados atualmente para a antissepsia das mãos são: Álcool a 70%, Pvpi a 10%
(Polivinilpirrolidona), Clorexidina a 4% e Triclosan. As luvas descartáveis de látex devem ser
usadas em todos e quaisquer procedimentos clínicos, laboratorial e/ ou cirúrgicos.

 Risco Químico
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos
gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição,
possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo. Há três vias de penetração no organismo:

1. Via respiratória: inalação pelas vias aéreas;

2. Via cutânea: absorção pela pele;

3. Via digestiva: ingestão.

Estes riscos são representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas
líquida, sólida e gasosa. Quando absorvidas pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e
danos à saúde.

 Exemplos de riscos químicos

1. Poeiras minerais Ex.: sílica, carvão, minerais.

2. Fumos metálicos Doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos

3. Névoas, gases e vapores (substâncias compostas, compostos ou produtos químicos em


geral).

Substâncias estas que podem causar doenças como: enfisema pulmonar, pneumoconiose,
alergias e intoxicação. Sendo necessário total cautelozidade perante esses riscos.

É importante a rotulagem original dos produtos químicos utilizados nos serviços de saúde
deve ser mantida.

Os produtos químicos fracionados ou manipulados devem ter uma etiqueta com nome do
produto, composição, concentração, data de envase, validade e nome do responsável pela
manipulação. É comum encontrarmos nos serviços de saúde, principalmente em laboratórios e
hospitais-escola. Frascos contendo produtos químicos sem nenhuma etiqueta de identificação,
o que dificulta muito gerenciamento desses produtos em todos os sentidos. A falta de
etiquetas, por exemplo, pode levar ao armazenamento de químicos incompatíveis no mesmo
armário e este se tornar uma verdadeira bomba química.

Todo produto que implique risco para a saúde do trabalhador deve ter uma Ficha Descritiva
que contenha, desde características e formas de utilização, ate procedimentos a serem
adotados em situações de emergência. Uma cópia da Ficha Descritiva deve ser mantida no
local onde o produto é utilizado.

O empregador deve capacitar, de forma inicial e continuada, o trabalhador envolvido na


utilização de produtos químicos.

A manipulação de produtos químicos, que impliquem riscos para a segurança e saúde, deve
ser feita por trabalhador qualificado e em local destinado para esse fim. O local destinado à
manipulação deve dispor no mínimo de:
1. Sinalização gráfica conforme Norma de Sinalização de Segurança(NR-26) e a NBR
7500.

2. Equipamentos que garantam a concentração dos produtos químicos no ar abaixo dos


limites de tolerância estabelecidos pela NR-15.

3. Equipamentos que garantam a exaustão dos produtos químicos, objetivando a não-


exposição dos trabalhadores.

4. Chuveiro, lava-olhos, EPI adequados e sistema de descarte apropriado.

As observações do fabricante referentes à movimentação, transporte, armazenamento,


manuseio, utilização de gases medicinais e também na manutenção de equipamentos, devem
ser seguidas desde que compatíveis com a legislação vigente.

A NR-32 proibe a utilização de cilindros que não tenham identificação do gás e válvula de
segurança, transferência de gases de um cilindro para outro, transporte de cilindros soltos, em
posição horizontal e sem capacete, utilização de equipamentos com vazamento e
movimentação do cilindros sem a utilização de EPI adequado. Os gases oxidantes devem ser
mantidos a pelo menos oito metros de distancia dos inflamáveis. As atividades de
recebimento, armazenamento, preparo, distribuição e administração das drogas de risco
devem constar no PPRA.

Todos os equipamentos utilizados na administração de gases ou vapores anestésicos devem


ser submetidos à manutenção corretiva epreventiva, que deve ser periódica e documentada. A
manutenção deve constituir no mínimo, na verificação de vazamentos em válvulas,
mangueiras, traqueias, tubulações, torneiras, conectores e mascaras faciais.

Os quimioterápicos antineoplásicos devem ser preparados em área exclusiva e com acesso


restrito aos profissionais envolvidos. A área deve dispor no mínimo de vestiário de barreira
com dupla câmara, sala de preparo quimioterápicos, locais exclusivos para atividades
administrativas e para armazenamento.

 Risco Físico

Os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas, que
podem causar prejuízos à saúde do trabalhador.

São considerados riscos físicos as diversas formas de energia, tais como:

 Ruídos

As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir
níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar prejuízos à saúde. Quanto
maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.

 Temperaturas Excessivas

Locais com intempéries podem causar danos aos indivíduos como:


Desidratação, lesões de pele, câimbras,fadiga física,distúrbios psiconeuróticos, problemas
cardiocirculatórios, insolação, etc.

Para o controle das ações das temperaturas extremas ao trabalhador é necessário que se tome
medidas como: ventilação local com a função de retirar o calor e gases dos ambientes,
isolamento das fontes de calor/frio e fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas
especiais para trabalhar no frio).

 Vibrações

As vibrações podem ser localizadas também em certas partes do corpo. São provocadas por
ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas.

Consequências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e
braços; osteoporose (perda de substância óssea).

Danos Generalizados onde as lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como
os motoristas. Consequências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.

Para evitar ou diminuir as consequências das vibrações é recomendado o revezamento dos


trabalhadores expostos aos riscos(menor tempo de exposição) e utilização de EPIs.

 Pressões anormais

Existem pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, ou seja, da pressão
atmosférica a que normalmente estamos expostos.

 Baixas pressões

São as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que
realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este
risco

 Altas pressões

São as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados
em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos
executados por mergulhadores.

A exposição a pressões anormais, pode causar a ruptura do tímpano quando o aumento de


pressão for brusco e a liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos e morte.

 Radiação Ionizante

As radiações são consideradas ionizantes quando possuem a capacidade de ionizar, ou seja, é


um processo ao qual se produzem íons, espécies químicas que são eletricamente carregadas.
Sendo a Radiação Ionizante um Risco Físico. O uso de Radiação Ionizante é comum em
hospitais, consultórios odontológicos, e até mesmo em fábricas de alimentos. Sendo o seu
malefício, a absorção da radiação no organismo humano.
A radiação pode danificar células e afetar o material genético (DNA), causando doenças
graves e que podem levar a morte. Danos que é mais conhecido é o câncer, porém, não é o
único, é apenas o mais diagnosticado e letal.

Em pequenas doses a radiação não interfere no organismo humano, em grandes doses pode
até matar. Ela afeta as células, e pode causar queda de cabelo, e também causar mutações
genéticas em óvulos e espermatozoides, causar danos à gestações e também ao aparelho
reprodutor e masculino e feminino.

Existe também uma doença chamada: Radiodermite, uma lesão na pele que normalmente se
apresenta logo após alguns dias da exposição á excessiva radiação Ionizante. Podendo levar a
necrose do local. Os efeitos da radiação podem variar

1. Quantidade total de radiação recebida de cada indivíduo;

2. Intervalo de exposição á radiação;

3. Danos físicos (danos causados por queimaduras, que podem ser agravados pela
radiação, por exemplo);

O trabalhador que realiza atividades em áreas onde existam fontes de radiação ionizante deve
permanecer nessas áreas o menor tempo possível para a realização do procedimento e ter
conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho, bem como, estar capacitado
em proteção radiológica, consciente do uso dos EPIs adequados para minimizar a exposição
aos riscos e a realização da aferição do dosímetro de radiação ionizante, tanto no indivíduo,
quanto no ambiente.

 Radiação Não-Ionizante

A radiação é considerada não ionizante quando não possui energia suficiente para ionizar, ou
seja, não possuem energia suficiente para arrancar elétrons dos átomos e transformá-los em
íons, porém, ainda sim tem o poder de quebrar moléculas e ligações químicas. Sendo a maior
fonte de radiação não ionizante o Sol. Exemplos de radiações não Ionizantes:

1. Radiações solares, Radiação UVA, que é responsável pelo envelhecimento da pele, e a


radiação UVB que pode causar alterações nas células da pele, e provocam o
surgimento de câncer de pele.

2. Infravermelha: Normalmente está presente em fontes locais de emissão de calor. A


exposição é aumentada pela proximidade. Exemplo: fornos, fogões e fundições.

3. Micro-ondas e radiofrequências afetam o corpo principalmente com aumento da


temperatura. Exemplo: forno de Micro-ondas, Rádio e TV.

Trabalhadores expostos aos raios solares, utilizar protetor solar dê preferência para os que têm
proteção contra os raios UVA e UVB, bem como, evitar exposição excessiva aos raios do sol
no período entre 11 á 16 horas, onde os Raios Solares são mais intensos.

 Umidade
As atividades ou operações executadas em locais com umidades excessivas, capazes de
produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção por
meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de
controle.A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho
respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, etc.

Para o controle da exposição do trabalhador à umidade podem ser tomadas medidas de


proteção coletiva (como o estudo de modificações no processo do trabalho, colocação de
estrados de madeira, ralos para escoamento) e medidas de proteção individual (como o
fornecimento do EPI - luvas de borracha, botas, avental para trabalhadores em galvanoplastia,
cozinha, limpeza etc).

 Ergonomia

Os serviços de saúde devem atender ao disposto na NR-17, visando proporcionar conforto,


segurança e desempenho eficiente do trabalhador.

Os postos de trabalho devem ser organizados de forma a evitar deslocamentos e esforços


adicionais. Devem ser garantidos dispositivos seguros e com estabilidade, como escadas
portáteis, que permitam aos trabalhadores acessar locais altos.

Nos procedimentos de movimentação e transporte de pacientes, devem ser utilizados


dispositivos que minimizem o esforço realizado pelo trabalhador. Da mesma maneira, o
transporte de materiais que podem comprometer a segurança e a saúde do trabalhador deve
ser feito com auxilio de meios mecânicos ou eletromecânicos.

Os trabalhadores dos serviços de saúde devem ser capacitados para adotar mecânica corporal
correta e adotar técnicas especificas, na movimentação de pacientes ou de matérias, para
preservar a sua saúde e integridade física. Os trabalhadores também devem ser orientados em
relação às medidas a serem tomadas diante de pacientes com distúrbios de comportamento. O
plano de gerenciamento de risco, relacionado a conflitos no relacionamento pessoal, deve ser
elaborado e implementado em conjunto com o serviço de segurança hospitalar.

 Doenças Infecciosas e Parasitárias como Doença Ocupacional.

Os profissionais de saúde, como os demais trabalhadores, estão sujeitos aos riscos


profissionais genérico, específico e genérico agravado e, portanto, expostos aos acidentes do
trabalho, às doenças profissionais e às doenças do trabalho.

Portanto, pode-se dizer que eles estão expostos às doenças profissionais, ou seja, àquelas que
são inerentes ao desempenho de suas atividades laborais.

Sendo assim, essas categorias profissionais estão principalmente a 5 tipos de doenças


profissionais e do trabalho:

1. doenças infecciosas e parasitárias;

2. dermatites por contato;


3. enfermidades decorrentes de radiações ionizantes;

4. enfermidades por gases irrespiráveis;

5. enfermidades por vícios ergonômicos.

As doenças profissionais ou do trabalho, embora de caráter insidioso, algumas delas, como


por exemplo, as doenças infecciosas e parasitárias, pela forma brusca de instalação, podem ser
caracterizadas como acidentes de trabalho.

Alguns exemplos de doenças ocupacionais Infecciosas e Parasitárias.

1. Tuberculose

1. Brucelose

2. Tétano (Adulto)

3. Dengue Clássico

4. Febre Amarela

5. Hepatite Viral

6. Doenças pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)

7. Dermatofitose e Outras Micoses

8. Candidíase da Pele e das Unhas

9. Malária (Relacionada com o Trabalho)

10. Leishmaniose Cutânea e Leishmaniose Cutâneo-Mucosa

Devido as diversas doenças ocupacionais infecciosas e parasitárias surge a necessidade de se


adequar de forma rigorosa todas as medidas de prevenção para evitar problemas devido a elas.

 Resíduos

A abordagem da NR-32 sobre os resíduos dos serviços de saúde visa à proteção da saúde e
segurança do trabalhador, no entanto, a norma não contempla o programa de gerenciamento
desses resíduos. Para esse gerenciamento, os serviços devem seguir o disposto na RDC n° 358
do CONAMA (2005).

A segregação dos resíduos nos serviços de saúde deve ser o mais próximo possível da fonte
geradora. Os sacos plásticos utilizados para acondicionamento devem ser preenchidos
somente até 2/3 de sua capacidade, ser fechados de tal forma que não permitam
derramamento, mesmo quando virados com abertura para baixo, ser mantidos íntegros até o
tratamento ou a disposição final. O arrastamento dos sacos contendo resíduos ou seu
armazenamento diretamente sobre o piso é proibido.
O armazenamento temporário deve acontecer em locais com ventilação adequada, com piso e
parede laváveis, com pontos de água e de luz e ralo sifonado.

O transporte para a área de armazenamento externo deve acontecer em sentido único, em


horário definido e não coincidente com distribuição de roupas, alimentos, medicamentos,
períodos de visitas ou de maior fluxo de pessoas.

O transporte manual de recipiente de segregação deve ser realizado de forma que não ocorra o
seu contato com outras partes do corpo. Sempre que o transporte possa comprometer a
segurança e a saúde do trabalhador, devem ser utilizados meios técnicos, mecânicos ou
eletromecânicos adequados.

Os recipientes para segregação, transporte e armazenamento, inclusive os sacos plásticos que


são colocados dentro desses elementos devem ser identificados e sinalizados segundo as
normas da ABNT e da ANVISA.

Durante o manuseio, coleta e transporte interno de resíduos infectantes, etapas que se seguem
à de segregação, o trabalhador deve usar os seguintes EPI: gorro, óculos de proteção, mascara,
avental, uniforme, luvas e botas, conforme estabelecido pelas NBR 12803 da ABNT(1993) e
RDC Nº306 da ANISA (2004).

 Mapa de Risco

Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores de risco presentes nos
locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e
doenças de trabalho. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho
(materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de
organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de
trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)
O Mapa de Risco é construído tendo como base a planta baixa ou esboço do local de trabalho,
e os riscos serão definidos pelos diâmetros dos círculos.

Tabela de Gravidade

Exemplo Mapa de Riscos


Exemplos de Sinalizações

O Mapa de Risco visa também estimular as ações de prevenção de acidentes de trabalho e


doenças ocupacionais na empresa. Visa estimular a conscientização, fazendo com que após o
conhecimento dos riscos os funcionários passem a serem mais zelosos pela própria
segurança.

De acordo com a NR-5 a elaboração do Mapa de Risco é de responsabilidade da CIPA em


parceria com o SESMT. Sendo assim, qualquer uma dessas partes podem elaborar e assinar o
documento. Não importa o tamanho da empresa, quantidade de funcionários e nem mesmo o
segmento. Todas devem ter.
Após ser discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Risco ser colocado em uma uma
posição em que ele fique bem visível no ambiente, de preferência em lugares de maior
concentração de pessoas no setor, podendo repassar a todos os colaboradores da empresa os
riscos presentes no ambiente, bem como, os cuidados necessários para evitá-los.

 Perfurocortantes

Perfurocortantes são seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros de um modo geral ou,
qualquer material pontiagudo ou que contenha fios de corte capazes de causar perfurações ou
cortes.

Einstein e Smith reportaram que 50% dos acidentes com materiais perfurocortantes
aconteceram pelo fato desses objetos estarem em local impróprio para descarte, sem
segurança.

Os trabalhadores que manuseiam objetos e equipamentos perfuro cortantes são responsáveis


pelo seu descarte. A norma proíbe o reencape e desconexão manual de agulhas.

Os recipientes de descarte devem ter limite máximo de enchimento localizado a 5 cm abaixo


do bocal: ser mantidos em suporte exclusivo e em altura que permita a visualização da
abertura para descarte. De acordo com a NR-32, esses recipientes devem ser rígidos,
resistentes à punctura, ruptura e vazamento, ter tampa e estar devidamente identificados. Em
consonância com a legislação do Ministério do Trabalho e Emprego, a Resolução nº 358 de
2005 do CONAMA exige que os coletores para perfuro cortantes sejam feitos de materiais
rígidos, resistentes à ruptura, ao corte. Portanto, os recipientes de papelão, além de não
oferecerem segurança para o trabalhador, não atendem ao que preconiza a legislação.

“1.3 Materiais perfuro cortantes são aqueles utilizados na assistência à saúde que têm ponta
ou gume, ou que possam perfurar ou cortar.” NR-32, SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Exemplo de Coletor Perfurocortante de Papelão:


Exemplos de Perfurocortantes

Os acidentes com agulhas podem transmitir muitas doenças envolvendo vírus, bactérias,
fungos e outros micro-organismos. Os ferimentos com agulhas e materiais perfurocortantes
são considerados, em geral, extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de
transmitir vários patógenos, sendo os vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), da Hepatite
B e da Hepatite C os agentes infecciosos mais comumente envolvidos.

As doenças infecciosas que podem ter como fonte de infecção o acidente como materiais
perfurocortantes, incluem também:

1. Blastomicose

2. Brucelose

3. Criptococose

4. Difteria

5. Gonorréia cutânea

6. Herpes
7. Malária

8. Micobacteriose

9. Mycoplasma caviae

10. Febre maculosa

11. Esporotricose

12. Staphylococcus aureus

13. Streptococcus pyogenes

14. Sífilis

15. Toxoplasmose

16. Tuberculose

Condutas primárias foram desenvolvidas para reduzir o risco de profissionais de saúde


sofrerem acidentes com materiais perfurocortantes. O cumprimento das normas estabelecidas
pelos órgãos competentes, incluindo a utilização de equipamentos de proteção individual
(EPI), medidas de manuseio e descarte apropriado dos materiais.

 Tipos de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e Equipamento de Proteção


Coletivo (EPC) em um Laboratório de Análises Clínicas

 Equipamento de Proteção Individual (EPI) em um Laboratório de


Análises Clínicas

O EPI deve ser usado quando o indivíduo está exposto a um material biológico e a produtos
químicos tóxicos. Os tipos de EPI estão diretamente vinculados de acordo com a atividade
desenvolvida do indivíduo.Os EPIs devem possuir registro no Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE). O registro dos mesmos é emitido após testagem que assegure a efetividades
desses equipamentos, sendo posteriormente emitido um certificado de aprovação (CA) dos
mesmos. São indicados nas áreas clínicas e de apoio diagnóstico os tipos de EPI abaixo

1. Máscara com filtro químico:


Fonte:http://www.ggkitborrachas.com.br/imagens/produtos/respirador-descartavel-vop2-
valvulada.jpg

1. Indicada para quando o profissional necessite manipular substâncias químicas tóxicas,


tais como germicidas com emissão de fortes odores ou a partir da recomendação dos
fabricantes.

1. Máscara PFF2/N95

1. Indicada para a proteção de doenças por transmissão aérea como: tuberculose,


varicela, sarampo, etc.

1. Máscara Cirúrgica

Fonte:http://www.prolab.com.br/produtos_img/gde_71bad51895d889ed8d3a77ec06404a66_
mascaraamarra.jpg

1. Indicada para conter bactérias e gotículas de aerossóis provenientes do nariz e da boca.

1. Luva de borracha
Fonte:http://thumbs.dreamstime.com/x/o-uniforme-branco-do-doutor-descobre-luva-azul-de-
borracha-est%C3%A9ril-45165822.jpg

1. Indicada proteção da pele à exposição de riscos químicos. Deve possuir cano longo
quando se prevê uma exposição até antebraço.

1. Luvas de procedimento

Fonte: http://medixbrasil.com.br/images/produtos/2.jpg

1. As luvas de procedimento devem ser usadas no contato com fluido orgânico, nos
procedimentos em contato com mucosa e pele não íntegra.

1. Óculos de acrílico
Fonte: http://www.fortebrim.com.br/images/oculos_incolor_amplavisao.JPG

1. Indicado para proteção de mucosa ocular contra respingo de agentes químicos e


biológicos. Deve ser de material acrílico que não interfira com a acuidade visual do
profissional e permita uma perfeita adaptação à face. Deve oferecer proteção lateral e
com dispositivo que evite embaçar.

1. Protetor facial de acrílico

Fonte:http://www.jetmaquinas.com/media/catalog/product/cache/1/image/300x300/9df78eab3
3525d08d6e5fb8d27136e95/p/r/protetor_facial.jpg

1. Indicado para proteção da face. Deve ser de material acrílico que não interfira com a
acuidade visual do profissional e permita uma perfeita adaptação à face. Deve oferecer
proteção lateral. Indicado durante a limpeza mecânica de instrumentais (Central de
Esterilização, Expurgos), área de necrópsia e laboratórios.

1. Avental impermeável de manga comprida


Fonte: http://www.cotebrasbrasil.com.br/images/produtos/057.jpg

1. Indicado para a proteção da roupa e pele do profissional contra agentes biológicos e


químicos.

1. Bota ou sapato fechado impermeável

Fonte:http://simoesepi.com.br/media/catalog/product/cache/1/image/500x500/5e06319eda06f
020e43594a9c230972d/s/a/sapato2.jpg

1. Indicado para proteção da pele do profissional, em locais úmidos ou com quantidade


significativa de material infectante (centros cirúrgicos, expurgos, central de
esterilização, áreas de necrópsia, situações de limpeza ambiental e outros).

1. Gorro
Fonte:http://www.hospitalardistribuidora.com.br/ecommerce_site/arquivos4241/arquivos/136
4172235_4.jpg

1. Indicado para proteção de exposição dos cabelos e couro cabeludo à matéria orgânica
ou produtos químicos.

 Equipamento de Proteção Coletivo (EPC) em um Laboratório de Análises


Clínicas

Os Equipamentos de Proteção Coletiva/EPC auxiliam na segurança do trabalhador dos


serviços de saúde e laboratórios.

1. Autoclave

Fonte:http://www.astell.com/assets/images/Compact_Main.png

1. Gera a esterilização de equipamentos termoresistentes e insumos através de calor


úmido (vapor) e pressão.

1. Chuveiro de emergência e lava olhos


Fonte:http://catalogo.merse.com.br/catalogo_merse/equipamentos/chuveiro_emergencias/chu
veiro.jpg

1. São destinados a eliminar ou minimizar os danos causados por acidentes nos olhos
e/ou face e em qualquer parte do corpo.

1. Módulo de fluxo laminar de ar

Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/ano01/0106a010.jpg

1. Cabine destinada para manipulação de substâncias químicas que liberam vapore e


gases tóxicos, irritantes, corrosivos etc, bem como materiais biológicos

1. .Extintor de incêndio
Fonte: http://static.blogdaengenharia.com/wp-content/uploads/2014/04/extintor-1.jpg

1. Extintores de incêndio para produtos químicos (extintores PQS de pó), eletricidade


(extintores de CO2) e para papéis (extintores de água pressurizada) devem estar à
disposição.

 Possível surgimento do Laboratório de Ánalises Clínicas Sociedade Brasileira de


Ánalises Clínicas

Em 1967, Profissionais Farmacêuticos do Rio de Janeiro que tinham como hábito reunirem-se
para discutir avanços, novas metodologias de trabalho e procuravam a todo o momento o
crescimento profissional, por não serem bem vindos na única sociedade laboratorial existente,
decidem fundar uma nova entidade científica aberta a todos os Profissionais de Nível
Universitário habilitados ao exercício das Análises Clinicas. Desta forma, em 28/11/67, foi
fundada a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - SBAC, como uma sociedade civil de
fins não econômicos e de caráter científico-profissional, voltada ao desenvolvimento das
análises clínicas e de seus profissionais. Em 1969, foi lançada a primeira edição da Revista
Brasileira de Análises Clínicas – RBAC. De cunho científico, esta revista vem sendo
sistematicamente aprimorada. È distribuída aos sócios gratuitamente. Em 1971, a Sociedade
realizou o I Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, e até hoje já realizou 41 congressos,
sendo o mais recente em 2014, em Porto Alegre. O próximo será no Rio de Janeiro (RJ). Em
1972, foi estabelecido regulamento específico para outorga do “Título de Especialista em
Análises Clínicas” para os profissionais que fossem aprovados em Concurso de Provas
Escritas e Práticas de Conhecimentos e de Títulos.Em 1973, a Sociedade Brasileira de
Análises Clínicas, representando o Brasil, fundou com os outros países da América Latina a
Confederación Latino-Americana de Bioquímica Clínica - COLABIOCLI; onde estão
associadas todas as sociedades científicas profissionais da especialidade, da Região. 1974, a
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas filiou-se a International Federation of Clinical
Chemistry - IFCC, que é a maior sociedade científica mundial da especialidade. A Sociedade
Brasileira de Análises Clínicas é a única filiada e representante oficial da mesma no Brasil.
Em 1976, sob o patrocínio da SBAC, foi criado o Programa Nacional de Controle de
Qualidade - PNCQ, que em 1995 foi transformado no Programa Nacional de Controle de
Qualidade Ltda, com a finalidade de pesquisar, preparar, comprar e distribuir material de
controle, receber, processar, avaliar e expedir resultado do desempenho dos Laboratórios
Clínicos que voluntariamente participam doprograma. Em 1978, a Sociedade Brasileira de
Análises Clínicas foi mobilizada para realização do XII Congresso International de Química
Clínica, em 1984 no Rio de Janeiro, sob o patrocínio da International Federation of Clinical
Chemistry - IFCC, entidade esta de maior prestígio na especialidade em todo o mundo. Este
congresso foi realizado também em conjunto com o V Congresso Latino-Americano de
Bioquímica Clínica e XII Congresso Brasileiro de Análises Clínicas. Em 1996, a Sociedade
Brasileira de Análises Clínicas filiou-se como membro profissional à NCCLS (National
Comittee for Clínical Laboratory Standards), atual CLSI (Clinical and Laboratory Standards
Institute). A maioria dos dirigentes atuais da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas são
Membros "Advisor", do NCCLS. Em 1997, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas dando
seguimento à sua diretriz de contribuir para o aprimoramento dos conhecimentos, filiou-se à
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, como entidade mantenedora. Expôs a
necessidade de normalização do setor de análises clínicas e de produtos de diagnóstico in
vitro e a ABNT criou o ABNT/CB-36, tendo sua secretaria técnica a cargo da SBAC. Em
1997, sempre preocupada com a qualidade do Laboratório Clínico, a Sociedade Brasileira de
Análises Clínicas criou o seu Departamento de Inspeção e Credenciamento da Qualidade, com
o objetivo de certificar o sistema da qualidade do Laboratório Clínico, que deu a
conhecimento público em nov/98. Como uma evolução natural do mercado, o DICQ no ano
de 2004 deixa a condição de departamento passando a ser uma empresa científica de
acreditação de sistemas de qualidade reconhecida internacionalmente, passando a se chamar
Sistema Nacional de Acreditação DICQ. A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
solicitou em fevereiro/99 ao Comitê Mercosur de Normalización a criação de um Comitê
Setorial Mercosul com a denominação de Análises Clínicas e Diagnóstico in vitro que foi
aceito em reunião do Comitê Setorial Mercosul realizada em maio/99, em Montevidéo-
Uruguay, surgindo daí o CSM-20 e designada a SBAC como Secretaria Técnica. Em 2008 foi
criado o Centro de Pós Graduação – CPG e no ano seguinte o SBAC E learning com o
objetivo de difundir o conhecimento com a formação de profissionais que efetivamente façam
a diferença no mercado de atuação. Hoje estas atividades estão reunidas no Centro de Ensino
e Pesquisa em Análises Clínicas – CEPAC, que atua com atividades presenciais, contando
para isto, com toda a estrutura necessária com salas de aulas teóricas e laboratórios. Além
disto, o CEPAC tem instalações modernas para gravação de aulas com professores renomados
para a educação a distância, ferramenta imprescindível e adequada ao nosso país. O CEPAC
está preparado para iniciar as atividades de pesquisa fechando um grande elo do
conhecimento em Análises Clínicas. A SBAC tem o maior portasl de educação em análises
clínicas do Brasil.

Planta de um Laboratório de AC.


 Desenvolvimento Prático

A partir deste capítulo será apresentado a necessidade que gerou este trabalho e as possíveis
soluções que poderão ser aplicada as relativas problemáticas encontradas no ambiente
pesquisado.

 Metodologia

Para a execução deste trabalho foi utilizado o método Pesquisa Ação.

Pesquisa Ação: Possibilita que o pesquisador intervenha dentro de uma problemática social,
analisando-a e anunciando seu objetivo.

No local pesquisado havia 8 (oito) indivíduos colaboradores, sendo um público de 6 (seis) do


sexo feminino e 2 (dois) do sexo masculino. O laboratório de análise clínica pesquisado, tem
como razão social: Laboratório de Rotina Mape, sendo a mesma fictícia, localizado na Zona
Leste de São Paulo, Capital, nos respectivos dias 11/10/2014 e 14/03/2015 no período da
manhã.

Foi realizado um questionário contendo 5 (cinco) questões sobre a rotina de trabalho para que
os mesmos respondessem com objetividade, apresentando alguns dos resultados através de
gráficos.

 Fotos do local
Caixa de descarte de perfurocortante

Fonte: Próprio Autor, 2015.

Máscaras de procedimento

Fonte: Próprio Autor, 2015.

Chuveiro de emergência
Fonte: Próprio Autor, 2015.

Mapa de risco
Fonte: Próprio Autor, 2015.

 Questões Aplicadas

 As luvas de procedimentos fornecidas pelo empregador, são de tamanhos

adequados?

Gráfico que representa o tamanho adequado das luvas para os colaboradores de ambos os
sexos.

Fonte: Próprio Autor, 2015.

 Já sofreu algum acidente com perfurocortante?

Gráfico que representa número de acidentes com perfurocortante.

Fonte: Próprio Autor, 2015.

Através desse questionário, concluímos que o ruído das máquinas do laboratório, incomoda o
bem-estar e a produção dos indivíduos colaboradores, além da carga horária em excesso. Bem
como a distribuição dos EPIs que é realizada; porém a mesma não é suficiente. Relatamos
também o tamanho das luvas de procedimento, onde 5 (cinco) relataram que as luvas são
grandes. E por fim, o número de acidentes com perfurocortantes, sendo que 5 (cinco) dos
funcionários já tiveram mais de uma ocorrência com os materiais, 2 (dois) deles já se
perfuraram alguma vez, e apenas 1 (um) nunca ocorreu nenhum acidente. Sendo estes
resultados, bastante relevantes e preocupantes.

 Conclusão
No presente estudo, verificou-se nas pesquisas de campo realizada no Laboratório Mape que o
objetivo de indentificar melhorias mais adequadas no ambiente de trabalho e a
conscientização dos riscos biológicos presentes no local, foi realizado com sucesso perante
todos os integrantes do grupo.

As hipóteses relacionadas as problemáticas do local foram confirmadas, levando-nos a


conclusão de que o mal uso dos EPIs e EPCs podem acarretar em riscos biológicos, assim
como a ausência de EPIs específicos para os colaboradores dificulta a realização das
atividades. A hipótese levantada perante a falta de manutenção do local, e a ausência da
legenda do mapa de risco do laboratório também foram concretizadas. Não deixando questões
aleatórias perante os problemas encontrados no local de pesquisa.

Frente ao estudo, concluí-se que o tema do trabalho é de extrema importância as principais


noções básicas perante ao risco biológico, e conhecimento aprofundado para o público da
Área da Saúde em todos os seus segmentos, bem como os auxiliares e técnicos em Segurança
do Trabalho; Enfermeiros e Médicos do Trabalho.

 Referências

 ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7500: movimentação e


armazenamento de produtos. Rio de Janeiro, 2005. Disponivel em:
<http://www.abnt.org.br >. Acesso em: 11 mar 2015.

 ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7500: identificação para o


transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos. Rio de
Janeiro, 2005. Disponivel em: <http://www.abnt.org.br >. Acesso em: 14 mar 2015.

 ANVISA, Agencia Nacional de Vigiliancia Sanitaria. Resolução RDC N°50, de 21


de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico para o planejamento,
programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde. 2002. Disponivel em:
<www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/50_02rdc.pdf>. Acesso em: 11 mar 2015.

 BOLICK, D. et al. Segurança e controle de infecção. São Paulo: Reichmann &


Affonso Editores, 2000. 386 p.

 COSTA, F. A. NR-32 e lavagem de mãos: a lei vai de encontro à ciência no


combate à infecção hospitalar. Revista Infecto Atual, v.38, p.42-43,2006.

 ROCHEDO, Eliane R.R. Revisão das diretrizes básicas de radioproteção: norma


CNE-NN 3.01, 2005. Disponivel em:

< http://www.cnen.gov.br/hs_enir2005/palestras;rochedo.pdf>. Acesso em: 18 abr 2015.

 FELDMAN, Liliane Bauer. Gestão de Risco e Segurança Hospitalar: Prevenção de


Danos ao Paciente, Notificação, Auditoria de Risco, Aplicabilidade de Ferramentas,
Monitoramento. São Paulo – 2ª edição 2009.
 CLARK, Roger. DEFESA CIVIL PP5RO, SEDEC / RENER. Doenças transmitidas
por vetores. Disponivel
em: http://defesacivilvoluntaria.blogspot.com.br/2009/02/doencas-transmitidas-por-
vetores.html > . Acesso em 09 jun 2015.

 NR. Norma Regulamentadora

 http://www.pucminas.br/cipa/index_padrao.php?pagina=618

 http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-mapa-de-risco/

 http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html

 http://www.hgb.rj.saude.gov.br/ccih/Todo_Material_2010/ROTINA%20A%20-
%20MEDIDAS%20DE%20PREVEN%C3%87%C3%83O%20E%20CONTROLE%2
0DAS%20INFEC%C3%87%C3%95ES%20HOSPITALARES/ROTINA%20A%202
%20-%20EPI%202.pdf

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