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A Estrutura Da Realidade
in Library, Michael Laitman /
Do livro “Cabala, Ciência e o Sentido da Vida”
Durante toda a sua existência, a humanidade tem utilizado seus cinco
sentidos para investigar a realidade na qual vive, e coletar os
achados para formular ciências. O propósito da ciência e do
conhecimento humano acumulado é melhorar as nossas vidas e nos
ajudar a usar o mundo onde vivemos de forma mais efetiva.
A sabedoria da Cabala, diferente de todas as outras ciências,
investiga um reino cuja existência engana a pessoa comum. Para
investigar este reino, a pessoa precisa estar equipada com outro
sentido, um sentido que percebe o “Mundo Superior”. Com essa
capacidade sensorial adicional, a pessoa pode coletar informação
sobre o Mundo Superior e experimentá-lo. Como qualquer cientista
comum, o Cabalista pode anotar as reações às ações. Os Cabalistas
são investigadores do Mundo Superior, e como tais, eles têm anotado
suas descobertas ao longo de milhares de anos de investigação. O
conjunto dos seus registros constitui a sabedoria da Cabala.
A sabedoria da Cabala descreve as ações que se originam no Criador
e descendem ao nosso mundo através dos Mundos Superiores. Ela
também descreve como elas se expandem através da realidade
corporal que todos nós podemos perceber com os nossos cinco
sentidos.
O nosso mundo é uma conseqüência dos Mundos Superiores. Assim,
a sabedoria da Cabala contém conhecimento sobre os Mundos
Superiores e o nosso mundo. Os Mundos Superiores pertencem a
um nível mais elevado de existência que o nosso mundo, onde
tempo, espaço e movimento não existem, mas somente forças
abstratas. Conseqüentemente, a Cabala contém a existência de
todos os tempos conforme eles são expressos em nosso mundo.
A Cabala é um meio que nos ajuda a investigar todos os estágios da
existência. Esta seqüência de estágios inclui o estágio antes de
nossa alma revestir os corpos físicos, todas as nossas fases
enquanto existimos neste mundo, e a situação quando a alma deixa
o corpo e retorna às suas raízes no Mundo Superior.
A Cabala lida com tudo que se expande do Criador para a realidade
que Ele criou, e a qual Ele conduz ao Seu objetivo desejado. A
Cabala não lida com o próprio Criador.
Devido à crise que a humanidade está enfrentando e a crescente
sensação de desespero e vazio, chegou o momento da sabedoria da
Cabala aparecer. A Cabala explica que o propósito da realidade é
elevar a humanidade ao nível de igualdade com o Criador. O
propósito do declínio da humanidade a este mundo é para que
possamos nos elevar de forma independente ao nível mais alto – o
nível do Criador.
Enquanto nós estamos neste mundo e ascendemos em direção ao
Criador, nós mantemos ambos os lados da realidade, à medida que
estamos em nosso mundo fisicamente e nossas almas no nível do
Criador. Este é o propósito de nossa existência, predeterminada pelo
Criador, que conduz a todos nós a Ele.
No final de todas as nossas encarnações físicas neste mundo,
nossas almas alcançarão o nível do Criador. Este processo é similar
a qualquer outro processo gradual na realidade. Do ponto de vista do
Criador, o início do processo e seu fim são o mesmo ponto. Porém,
enquanto não existe conceito de tempo para o Criador, para nós o
processo se estende por milênios, um período longo o suficiente
para que nós adquiramos o discernimento e as qualidades
necessárias para evoluir. Gradualmente, isso nós ajudará as nos
tornarmos mais semelhante ao Criador, para finalmente nos
tornarmos parceiros com Ele.
Basicamente, o processo é de desenvolvimento gradual. O processo
evolutivo da humanidade é como o amadurecimento de uma fruta:
seca e azeda enquanto está verde, e doce e suculento no final. Se
nós não soubéssemos como a fruta amadurece, nós teríamos
erroneamente pensado que a acidez da fruta amadureceria para uma
fruta ainda mais ácida. Mas como nós sabemos o final feliz do
processo desde o início, nós podemos justificar todo o processo.
Assim, somente aqueles que sabem o final do processo podem
justificá-lo; se nós, também, pudéssemos ver nosso estágio futuro,
nós entenderíamos e justificaríamos as ações do Criador.

Na Escada De Degraus
“Escalando os degraus dos Mundos Superiores” é um termo genérico
usado para todos os novos discernimentos coletados ao longo do
caminho espiritual, o perpétuo desenvolvimento interno e as novas
qualidades que a pessoa assume a todo instante.
Como mencionado anteriormente, a criatura é composta de um
desejo de receber prazer. Este desejo é dividido em cinco partes
elementares, chamadas “os cinco níveis de Aviut (espessura)”. Eles
são classificados do Aviut zero (raiz) até o Aviut quatro. Assim, o
termo Aviut serve para medir a intensidade do desejo.
Cada um dos níveis básicos de Aviut é dividido em cinco subníveis,
e cada um deles é dividido mais uma vez em subdivisões. Assim, o
desejo de receber é dividido em 125 níveis (ou degraus) e nós
devemos corrigir todos eles.
A correção do desejo significa usar o desejo por prazer para trazer
prazer a outro. Tal uso é chamado de “doação” ou “outorgamento”. O
atributo do Criador é a doação, e a abundância que se expande Dele
às Suas criaturas é uma expressão do Seu desejo de dar a elas.
Portanto, corrigir o ego humano do “querer satisfazer a si mesmo”
para o “querer doar” é considerado uma ascensão em níveis. A cada
nível a pessoa adquire mais desejo de doar e, conseqüentemente,
sente-se mais semelhante ao Criador. A cada ascensão a pessoa fica
mais próxima do atributo do Criador e do propósito da vida. O
processo persiste até que ela adquira o atributo do Criador por
completo e se torne idêntica a Ele.
Para permitir que os seres humanos se corrijam, o Criador criou os
mundos e seus níveis antes de criar a humanidade. Somente depois
é que a humanidade foi criada e reduzida a este mundo. A partir daqui
nós humanos precisamos subir de volta às nossas raízes.
Conseqüentemente, a Cabala trata com duas sucessões: “de Cima
para baixo”, relacionada com a descida gradual dos mundos e seus
níveis, e “de baixo para Cima”, relacionada à ascensão da alma
através dos mesmos níveis.
Os mundos que se originam do Criador são: Ein Sof, Adam
Kadmon, Atsilut, Beria, Ietsira, Assia, e, finalmente, o nosso mundo
(Figura 12). A Cabala descreve a criação dos mundos e como a alma
desce do Criador, através de todos os mundos, até o nosso. Entre os
Mundos Superiores e o nosso mundo existe “a barreira” que separa
o mundo material do mundo espiritual.
Figure 12
processo de correção neste nível. A partir deste mundo a alma
ascende através do acúmulo de conhecimento da realidade
espiritual, atravessando os mundos
de Assia, Beria, Ietsira, Atsilut, Adam Kadmon, e, finalmente,
retornando ao mundo de Ein Sof. Lá, no estado chamado de Gmar
Tikkun (O Fim da Correção), a alma está completamente reunida com
o Criador.
A sabedoria da Cabala abrange toda a realidade abaixo do Criador:
os mundos, tudo dentro deles, a descida da alma a este mundo e o
seu retorno para o alto. Em outras palavras, a sabedoria da Cabala
contém todos os estados e situações da humanidade.
Todos os mundos, incluindo o nosso, situam-se um abaixo do outro.
Assim, todos os mundos englobam os mesmos elementos. A Luz
emerge do Criador e atravessa todos os mundos descendo até este
mundo. Conseqüentemente, cada elemento que está presente no
mundo de Ein Sof também está presente em todos os mundos. Os
Cabalistas definem essa relação como “raiz e ramo”:
Portanto, não há uma só coisa ou evento da realidade encontrado no
mundo inferior que você não encontre sua imagem no mundo acima dele,
tão idêntico como duas gotas no lago, e eles são chamados de “Raiz e
Ramo”. Isso significa que este item encontrado no mundo inferior é
considerado um ramo do seu padrão encontrado no mundo superior,
sendo a raiz do item inferior, como este é o local onde esse item no mundo
inferior foi impresso e feito para existir.
—Baal HaSulam, A Essência da Sabedoria da Cabala

Vemos, assim, que todo elemento ou detalhe neste mundo, com


todas as suas conexões, está presente também nos Mundos
Superiores, de Assia a Ein Sof. O universo, o Planeta Terra, o
inanimado, vegetal, animado e falante também são encontrados nos
mundos acima deste mundo.

Só há uma diferença entre os elementos deste mundo e os elementos


do Mundo Superior: nos Mundos Superiores os elementos são
forças, e em nosso mundo são matérias.
Alcançar os Mundos Superiores capacita a pessoa a ver as forças
que operam acima de cada elemento deste mundo. Quando
alcançamos o Mundo Superior, nós nos damos conta dos tipos de
comportamento de cada elemento da realidade daquele mundo, a
razão para esse comportamento e suas qualidades. A sabedoria da
Cabala facilita a nossa ascensão para o Mundo Superior e permite
que a pessoa observe do alto o comportamento de cada objeto a
partir desse mundo.
Cruzar a barreira é um processo gradual. Estudar Cabala com o
objetivo de aproximar-se do atributo do Criador – o atributo da doação
– aumenta o discernimento da pessoa. Percepções mais sutis
emergirão progressivamente, relacionadas à realidade na qual a
pessoa vive. A pessoa começa a sentir as operações nos
“bastidores” da matéria, as forças que operam a matéria visível e
perceptível.
Um Cabalista continua a sentir a mesma realidade que sentia antes
com os cinco sentidos comuns, mas ao mesmo tempo percebe as
forças além dos limites da percepção dos cinco sentidos com a ajuda
do sexto sentido. A realidade oculta torna-se cada vez mais
compreensível, e a existência de outra realidade além da imagem
deste mundo torna-se aparente.
A revelação da realidade espiritual divide-se em três fases,
chamadas Ibur (gestação), Katnut (infância) e Gadlut (maioridade).
Na primeira fase (Ibur) nós podemos perceber o nosso estado, mas
não compreendê-lo. Na segunda fase (Katnut) nós compreendemos
que algo está acontecendo, mas ainda não conseguimos participar
independentemente da ação espiritual. Na terceira fase (Gadlut) nós
obtemos a força e a sabedoria para participar na ação espiritual e
afetar a realidade espiritual.
No terceiro nível, nós começamos a determinar o fluxo das forças
desde o Mundo Superior até o nosso, e vice-versa. Como indivíduos,
nós nos tornamos participantes ativos, condutores através dos quais
o fluxo viaja desde o alto até embaixo e de baixo para cima. No nível
de Gadlut, nós entendemos a nossa parte e operamos como
conectores entre os mundos. Esse é o nosso estado corrigido, e cada
pessoa precisa atingi-lo.
Cada pessoa pode chegar a sentir cada item e elemento de todos os
mundos. Tudo o que nós precisamos é de um sentido especial e sutil,
a capacidade de discernir e sentir. Mesmo neste mundo, nós
discernimos diferenças consideráveis entre as sensações de uma
criancinha, um jovem, um adulto e um cientista. O estudo da Cabala
constrói continuamente novas percepções e discernimentos em nós,
e ao final, conduz à percepção dos Mundos Superiores.
Do que foi dito, podemos entender que a Cabala contém todos os
ensinamentos e ciências deste mundo. Sem explicações
apropriadas, nós poderíamos nos perder e pensar que Cabala é um
ensinamento místico de feitiçaria e milagres.
Há quem a relacione com o Judaísmo, mas, na verdade, a sabedoria
da Cabala não qualquer conexão com misticismo, religião ou
qualquer outra fantasia imaginada pelo homem. O propósito da
sabedoria da Cabala é apenas um: levar a humanidade à
equivalência com o Criador através da correção gradual.
A Cabala é um método eficaz para a correção do egoísmo da
humanidade, exatamente porque foi escrita por aqueles que se
corrigiram. O desejo da pessoa de se aproximar dos estados
descritos nos livros de Cabala faz com que esses estados “projetem
uma força corretora” sobre o estado atual da pessoa. Essa força é
chamada “Luz Circundante”. Ela muda as qualidades da pessoa,
permitindo que indivíduos sintam seu estado corrigido através da
formação gradual das qualidades altruístas neles.
O estudo da Cabala foca o mundo de Atsilut. O mundo de Atsilut,
chamado “O Mundo da Correção”, está acima do Parsa. Ele é o
sistema projetado especialmente para corrigir a pessoa, desde que
ela o deseje. A Luz que preenche a alma corrigida de uma pessoa no
mundo de Atsilut brilha sobre o seu estado atual como Luz
Circundante, uma força que corrige a natureza humana, do egoísmo
para o altruísmo. A Luz Circundante eleva a alma através de todos
os mundos, até que ela retorne à sua raiz. Portanto, o mundo de Ein
Sof é a meta final, nosso mundo é o ponto de partida, e o
aperfeiçoamento dos atributos humanos é chamado de “ascensão
nos níveis dos mundos”.
A Cabala é para aqueles que se perguntam sobre o propósito de suas
vidas, aqueles que não estão satisfeitos com prazeres mundanos,
como sexo, riqueza, honra ou conhecimento. Quando toda a
humanidade acordar para perguntar sobre o propósito da vida, a
sabedoria da Cabala emergirá. Os Cabalistas apontaram o ano de
1995 como o início dessa época, donde a necessidade de sua
disseminação.

Quatro Linguagens Na Sabedoria Da Verdade


Os Cabalistas, como foi mencionado anteriormente, investigam o
Mundo Superior, o mundo além da percepção de uma pessoa
comum. Por isso, as descrições das conquistas dos Cabalistas se
relacionam com o Mundo Superior, mas como nós não estamos
conscientes da existência de um mundo espiritual além do nosso, nós
relacionamos suas palavras com o nosso mundo, em um fenômeno
chamado “materialização”.
Quando a Torá (os Cinco Livros de Moisés) foi escrita, o povo de
Israel estava em um nível espiritual. Mas após dois mil anos de
afastamento da espiritualidade, desde a ruína do Segundo Templo,
as histórias da Torá parecem referir-se a episódios históricos ou à
conduta moral.
Porém, este não é o caso. Cada elemento no mundo está conectado
ao mesmo elemento em todos os outros mundos por uma conexão
de “raiz e ramo”. Com base nesse princípio, os Cabalistas
desenvolveram uma linguagem que se apóia no paralelismo entre os
Mundos Superiores e o nosso próprio mundo. Nela, os processos que
se desenvolvem no mundo espiritual são descritos usando nomes
dos ramos, tomados do nosso mundo.
Os Cabalistas usam quatro tipos diferentes de linguagem para
explicar como nós podemos atingir o nível do Criador e como
podemos atrair até nós a Força de Correção que inverterá a nossa
natureza do egoísmo para o altruísmo. Essas linguagens são a
linguagem da Bíblia, a linguagem das leis, a linguagem das lendas,
e a linguagem da Cabala.
Em seu ensaio, A Sabedoria da Cabala e sua Essência, o Baal HaSulam
escreveu que existem quatro linguagens na sabedoria da verdade, e
a essência da sabedoria da Cabala não é diferente da essência da
Bíblia. Porém, as leis, as lendas e a linguagem da Cabala são mais
convenientes e apropriadas para o uso.
A diferença entre as linguagens está em sua precisão. A linguagem
da Cabala é mais precisa em descrever a conexão entre a raiz no
Mundo Superior e o ramo no mundo inferior. Quanto mais exata for a
conexão da pessoa com sua Raiz Superior, maior a Força de
Correção que ela recebe.
A linguagem da Cabala aplica-se a termos que não existem em nosso
mundo, tais como “mundos” e “Sefirot”, diagramas e fórmulas. Essa
linguagem torna mais fácil evitar a confusão e a materialização, e
facilita uma abordagem clara e ordenada do estudo. A linguagem da
Cabala é essencialmente diferente de outras linguagens devido ao
modo claro e inequívoco com que descreve o propósito da Criação –
a similaridade da criatura em relação ao Criador, isto é, a inversão do
egoísmo em altruísmo.
Atualmente, o principal livro da Cabala são os seis volumes
do Talmud Esser Sefirot (O Estudo das Dez Sefirot) do Baal HaSulam,
baseado nos escritos do Ari. Em 2000 páginas, o Talmud Esser
Sefirot esclarece a estrutura dos Mundos Superiores, acompanhando
de diagramas, glossários e tabelas de questões e respostas para
revisão do material. Na introdução do livro, o Baal HaSulam
acrescenta detalhes sobre as razões pelas quais a linguagem da
Cabala é preferencial às outras linguagens em nossa geração.
Hoje, a humanidade chegou à última fase na evolução do desejo de
receber. É por isso que o Baal HaSulam adaptou o método do Ari à
estrutura das almas da nossa geração – para torná-lo acessível a
todos.

Mudar A Si Mesmo
Muitas pessoas, equivocadamente, relacionam a sabedoria da
Cabala à religião Judaica. Na verdade, a Cabala e a religião são
essencialmente diferentes. O propósito da religião é acalmar as
pessoas; ela nutre a esperança de que se eu rezar, a atitude do
Criador para comigo mudará.
A Cabala adota uma abordagem bem diferente: a raiz da palavra
“oração” (Tefila, em hebraico) significa “sentenciar” ou “julgar” (Palal,
em hebraico). Em outras palavras, a pessoa sentencia a si mesma,
examina a diferença de qualidade entre ela e o Criador, e pede para
receber a força para corrigir seus próprios atributos.
A sabedoria da Cabala explica que o Criador é imutável. Sua atitude
para com Suas criaturas é absoluta – Ele é bom e faz o bem, tanto
para o bem quanto para o mal.
Todos sentem a pressão constante da Força Superior segundo sua
distância Dela. Quando a pessoa está longe da Força superior, a
pressão é intensa, e quando ela está perto da Força Superior, a
pressão alivia.
Embora a Força Superior empregue diversos meios para atrair-nos
para perto Dela, Seu propósito é sempre o mesmo – levar cada ser
humano à perfeição. Se nós quisermos mudar para melhor, somos
nós que devemos mudar. Nós temos que ascender a um nível
superior, e em cada ascensão vamos nos sentir mais próximos do
Criador e nossas almas estarão preenchidas e satisfeitas. Não há
outro modo de induzir mudanças em nossas vidas.
Através da história, a humanidade implorou por uma mudança que
viesse da Força Superior, mas a mudança nunca veio. A Força
Superior espera que a mudança venha de nós. Enquanto nós não
nos desenvolvermos por meio da sabedoria da Cabala, nossos
caminhos permanecerão cheios de aflição. Os golpes que nos
empurram por trás nos obrigam a encontrar outro lugar que pareça
melhor. Mas isso dura pouco, até nós percebermos que o novo lugar
não é tão bom quanto parecia. Assim, nós nos mudamos para outro
lugar e a cena se repete.
Porém, se nós nos desenvolvermos através da Cabala, o nosso
estado corrigido se projetará sobre o estado presente e o iluminará.
Com essa Luz, nós saberemos como avançar. Se nós soubermos o
objetivo correto, para começar, nós seremos atraídos a ele com
satisfação. Esta é a diferença entre a evolução humana comum e a
evolução de acordo com a sabedoria da Cabala.
Hoje, o mundo está se desenvolvendo inconscientemente, sem
compreender as razões para sua existência. A humanidade não sabe
para onde está sendo conduzida e por que cada pessoa nasce, vive
e morre. A sabedoria da Cabala abre nossos olhos e nos guia para a
perfeição e a eternidade que vêm ao obtermos o grau do Criador.
Quando nós começamos a examinar a nossa posição na realidade
usando a sabedoria da Cabala, descobrimos que a atitude do Criador
para conosco é intencional. Torna-se evidente que pedir ao Criador
para mudar Sua atitude é inútil. Se nós avançarmos com a ajuda da
Luz, o nosso ritmo excederá os sofrimentos e nós progrediremos
mais rápido. Esse é todo o benefício do estudo da Cabala: acelerar
o progresso espiritual para vencer o sofrimento.
Hoje, no início do século XXI, a humanidade está à beira do abismo:
o abuso de drogas está em ascensão, e o desespero e o medo da
destruição total não deixarão outra escolha à humanidade senão fugir
do sofrimento que a incitará por trás.
De tudo o que foi dito, nós podemos ver claramente que descobrir
que a atitude do Criador para conosco é intencional é de suma
importância. Essa atitude do Criador nos capacita a nos dirigirmos a
Ele como a um companheiro de viagem, e pedir-Lhe ajuda, sabedoria
e força para progredirmos em Sua direção. Tal pedido é respondido
pelo Criador instantaneamente. Ele revelará os Mundos Superiores,
e nos ensinará como progredir.
Assim como nós ensinamos nossas crianças a usar a realidade
circundante de forma sábia, o Criador ensina os Cabalistas. Ele
revela os mundos espirituais a eles, e os aceita dentro desses
mundos. Nesse estado, os Cabalistas sentem as Forças que agem
na realidade e começam a participar do processo de forma
independente e sábia.
A sabedoria da Cabala muda a pessoa, do progresso através da força
negativa que nos impulsiona por trás, para um progresso mais fácil e
rápido através da Força Positiva que nos puxa pela frente. A Cabala
é única porque desenvolve nossa capacidade de reconhecer o mal e
admiti-lo. Ela desenvolve percepções sutis e precisas do bem e do
mal.
A dificuldade em discernir o bem do mal é que o verdadeiro mal –
nosso ego – parece ser bom para nós. Nós estamos acostumados a
tratar nossos egos como meios para nos desenvolvermos. De fato,
nossos prazeres, nossas existências, nossa própria essência e nosso
“eu” pessoal são sentidos em nossos egos.
A Cabala ajuda a discernir o que causa sofrimento, como ele pode
ser reparado, e nos permite progredir em cada fase da evolução. A
diferença entre um indivíduo altamente evoluído e um menos
evoluído está na capacidade de discernir o bem do mal.
Nós podemos comparar isto a um medidor. Quanto menor for a
unidade que o medidor mede, maior a precisão desse instrumento. O
estudo da Cabala nos torna progressivamente sensível ao
discernimento entre o espiritual e o material, entre a doação e a auto-
recepção.
Se uma pessoa moderna tiver a oportunidade de conhecer a Cabala
e as possibilidades que ela oferece, tal pessoa pode compreender
seu propósito da criação: ascender através de todos os mundos
até Ein Sof enquanto vive neste mundo físico.

A Atitude Correta Perante A Realidade


Cabala em hebraico significa “recepção”. Como o nome indica, a
Cabala ensina como receber. Com a atitude correta perante a
realidade, é possível experimentar uma satisfação infinita. Essa
satisfação infinita não vem do sexo, da comida, de um novo carro, de
uma casa grande, ou outros prazeres transitórios e mundanos. Ao
contrário, ela vem daqueles prazeres que podem nos preencher com
tanta felicidade que transcenderemos toda a sensação de tempo ao
recebê-los.
Nós sentimos a passagem do tempo através de oscilações entre
sentimentos bons e maus, ou sensações de satisfação ou ausência
de satisfação. Porém, quando nós estamos em um estado de júbilo,
tornamo-nos inconscientes do tempo. A sabedoria da Cabala nos diz
que podemos eliminar o tempo, assim como a sensação de distância
e quaisquer outros limites ou fronteiras. Aquele que atingiu tal estado
está claramente vivendo em um mundo infinito e ilimitado.
As nossas vidas sempre conterão dois elementos opostos – prazer e
desejo, positivo e negativo. O prazer que impregna o desejo sacia-o
e o anula. Nós nos deparamos com esse fenômeno em cada área da
vida. Quando o positivo neutraliza o negativo, nós acabamos não
sentindo mais nada.
Enquanto estivermos nesse curto-circuito de prazer e desejo,
permaneceremos presos numa equação cujo resultado é zero.
Porém, coloque um resistor entre esses opostos e eles trabalharão
perfeitamente, criando uma satisfação perpétua.
Os Cabalistas explicam que o prazer tem origem na Força Superior.
Essa Força nos envia prazer porque nos ama. Quando nós tentamos
receber o prazer diretamente, o prazer anula o nosso desejo de
aproveitá-lo, e assim, o prazer acaba.
Porém, existe outra maneira de nos relacionarmos com o prazer: se
nós pudéssemos descobrir o amor da Força Superior para conosco
e devolver Seu amor com o nosso, nós nos tornaríamos equivalentes
à Força Superior. Cada parte desejaria satisfazer a outra, e o desejo
de satisfazer a outra seria o prazer de cada parte. Então, o prazer
teria origem em cada parte, como conseqüência do amor dessa parte
pela outra. É por isso que o prazer do amor não extingue o desejo
por ele, e a criatura recebe uma sensação infinita de prazer, que é
sentida como vida infinita.
Vamos esclarecer isto com um exemplo: quando uma mãe dá um
doce à sua filha, a filha experimenta o prazer do sabor do doce. Assim
que o doce acaba, o prazer desaparece. Porém, se a filha se
relaciona com sua mãe, em vez de se relacionar com o próprio doce,
ela pode pensar no amor de sua mãe por ela, que é a razão pela qual
ela lhe deu o doce. Assim, ela poderá decidir receber o doce não
porque ele é gostoso e agradável, mas porque ela quer retribuir o
amor de sua mãe.
O modo pelo qual ela poderia expressar amor por sua mãe seria
receber o doce que sua mãe quis lhe dar. Portanto, a filha não se
relacionaria com o prazer do doce, mas com a alegria que sua mãe
recebeu do prazer da filha com o doce.
Isso cria uma relação completamente nova entre o doador e o
receptor. Agora, eles devem se igualar. Portanto, o problema do
positivo e do negativo que se neutralizam é resolvido porque o
receptor – o negativo – tornou-se um doador – o positivo. Se o vaso
recebe a Luz somente para retribuir o amor do Superior, ele se
equivale completamente ao Doador, o Superior. O prazer não mais
extingue o desejo, e o prazer permanece.
Não importa quem dá ou quem recebe. Somente a intenção é que
interessa, o modo pelo qual nós nos relacionamos com o dar e o
receber. Nós podemos nos relacionar com a Força Superior de tal
modo que não seremos receptores em relação a Ela, mas doadores.
Tal intenção nos capacitará a receber não porque desejamos o
prazer, mas porque queremos agradar a Força Superior.
No fim do processo, e porque nós agimos do mesmo modo que a
Força Superior, nós adquiriremos gradualmente Sua razão, estatura,
e nível. Quando conseguirmos executar esse processo internamente,
começaremos a sentir uma conexão com a Força Superior; nós
sentiremos que adquirimos Sua razão, que estamos aprendendo a
receber Dela e como podemos doar-Lhe prazer. Basta esse simples
ato de mudar a intenção, para que nos tornemos progressivamente
equivalentes à Força Superior eterna e ilimitada.
Para fazer isto, nós precisamos da revelação da Força Superior, da
sensação de que há uma Força Superior, que Ela nos ama e quer
nos preencher abundantemente. Se nós sentirmos tudo isso,
começaremos a sentir a relação entre nós e a Força Superior.
Portanto, a única dificuldade diante de nós é encontrar um modo de
descobrir a Força Superior, senti-La e manter contato com Ela.
O estudo da Cabala ajuda qualquer pessoa a desenvolver essa
espécie de contato. Essa relação entre o ser humano e a Força
Superior começa assim que a pessoa sente que há um “campo” que
sustenta toda a realidade, uma Força Superior, e que ela está dentro
dele. Se nós apenas começamos a sentir que essa Força existe, e
que Ela se relaciona conosco de uma forma amorosa, desejando que
nós a conheçamos e nos aproximemos Dela, nós começaremos a
desenvolver esse tipo de relação de forma natural.
Pessoas que experimentaram a morte clínica falam de uma Luz
sublime que nos espera, e muitos cientistas também estão
começando a considerar conceitos similares. Mas não é necessário
experimentar tais apuros para sentir essa Luz. O estudo da Cabala
pode, gradualmente, capacitar- nos a sentir a Força superior. Nós
começamos a investigar a realidade e a agir de acordo com o que
descobrimos e percebemos.
Quando nós sentimos essa Força fora de nós, descobrimos que a
Força Superior nos ama; então, nós começamos a sentir que a Força
Superior existe para nos beneficiar, e que Ela quer que sintamos
prazer. Nós desenvolvemos nossas atitudes de modo recíproco.
Não há fantasia aqui; essas coisas são bem reais e mensuráveis. Os
Cabalistas medem a forma e o poder com que essa Força chega até
eles, a pressão que Ela faz sobre eles, a resistência correspondente
que eles precisam aplicar, como eles podem se conectar a Ela,
assemelhar-se a Ela, em qual dos seus desejos eles já podem ser
como Ela, e em quais eles ainda não podem.
Os Cabalistas são influenciados pela Força Superior e retribuem seu
amor na medida em que a Força Superior se apresenta a eles como
amorosa, como desejosa de beneficiá-los.
Nós somos “vasos que sentem”; portanto, tudo começa com nossa
sensação da Força Superior. Todos nós queremos algo. Se nós
pudéssemos sentir que esse algo veio de alguém, nossa atitude em
relação à realidade mudaria drasticamente; agora, nós teríamos
alguém com quem nos relacionarmos. O estudo da Cabala pode nos
ajudar a sentir a Força Superior, a sensação do Doador.

A Realidade Exterior
Quando nós começamos a sentir a Força Superior e construímos um
relacionamento com ela, também começamos a sentir a realidade
exterior. Os Cabalistas dizem que não há nada à nossa volta exceto
a Força Superior, e que nós estamos em um campo que preenche
toda a realidade. Quando nós começamos a sentir esse campo,
nossos corpos tornam-se completamente insignificantes. Nós
começamos a sentir onde existimos de forma permanente, sem fim,
com ou sem nossos corpos. Em tal estado, nós não dependemos
mais das sensações que recebemos através de nossos cinco
sentidos.
Nós começamos a perceber a realidade exterior além dos cinco
sentidos, em adição à nossa percepção sensorial natural. Quando
isso acontece, a vida ou a morte física não importam mais. Esse
estado está acima da sensação de vida que experimentamos
enquanto estamos em nossa “caixa”; tornamo-nos conectados à
corrente infinita da vida que nos cerca. Embora continuemos a existir
neste mundo, nós vivemos simultaneamente em todos os mundos,
para sempre.
Tal sensação é provocada pela percepção das duas formas da
realidade: a realidade percebida em nossos cinco sentidos, e a
realidade exterior. De fato, a sensação da realidade exterior ofusca a
sensação da realidade percebida em nossos cinco sentidos, porque
ela é muito mais intensa, vasta e ilimitada.

Cruzando A Barreira
Quando a Força Superior se apresenta para uma pessoa como
amorosa, e evoca a Forma de doação nessa pessoa, ela “cruza a
barreira” e entra no “mundo espiritual”. Esse processo é muito
semelhante ao modo como foram desenvolvidas as fotografias.
Quando eu era criança, nós tirávamos fotos em um filme e
mergulhávamos o filme em produtos químicos para desenvolver as
imagens. Quando o filme era imerso nos produtos químicos,
podíamos ver como a imagem gradualmente se tornava mais clara.
Nós estamos acostumados a tratar o mundo como uma realidade
onde as pessoas, organizações e instituições públicas influenciam o
curso de nossas vidas, tal como nossos vizinhos, empregadores e o
governo. Lenta e gradualmente, através de ações dirigidas a
descobrir a Força Superior, nós começaremos a sentir o que
realmente está por trás de cada coisa que acontece no mundo. Nós
começaremos a perceber como essa Força maneja as pessoas como
marionetes presas a fios, e compreenderemos o que Ela quer de nós.
Lentamente, através de nossas experiências de vida, nós
começaremos a perceber que tudo vem de uma única atitude de
alguém, dessa Força Superior que age sobre nós. Esse é o ponto
onde a sabedoria da Cabala realmente inicia.
Tudo o que acontece antes disso é chamado de “período de
preparação”, anterior ao cruzamento da barreira. A partir do instante
que a pessoa começa a sentir a Força Superior, e entra em contato
com ela, começa a entender as instruções contidas nos livros de
Cabala que são escritos especialmente para o leitor. Esses livros
dizem aos Cabalistas o que eles devem observar, fazer, e que
reações devem esperar.
Esse processo é semelhante ao modo como adultos ensinam
crianças a se comportar. Como as crianças não conhecem as regras
de conduta neste mundo, nós as advertimos sobre coisas que podem
prejudicá-las e sugerimos como elas devem se comportar. Os
Cabalistas escreveram suas instruções para nós exatamente da
mesma maneira. Os livros de Cabala são, de fato, manuais que nos
informam como podemos avançar mais rapidamente e melhorar
nossa relação com a Força Superior, uma relação que chamamos “o
mundo espiritual”.

Equivalência De Forma
Até aqui, nós estabelecemos que a natureza da Luz é oposta à do
vaso: uma é doadora e a outra receptora. Quando a Luz preenche o
vaso, ela o anula. Em outras palavras, o desejo de desfrutar é
neutralizado pelo prazer que o satisfaz. Como resultado, as pessoas
estão ocupadas com uma busca constante por novos prazeres, mas
nunca conseguem mantê-los. Nenhum prazer real é possível
enquanto o contato entre a Luz e o indivíduo for baseado no fato do
indivíduo ser um receptor.
Para receber o prazer verdadeiro, a pessoa precisa receber com a
intenção de agradar a Força Superior. Se mantiver essa intenção, ela
será satisfeita e será sempre doadora. A vantagem de tal recepção é
dupla: a pessoa é satisfeita tanto com o prazer quanto com o
reconhecimento do Doador. Se a pessoa recebe com o objetivo de
agradar a Força Superior, ela começa a conhecer essa Força
Superior, a qual, por sua vez, dá à pessoa que recebe uma sensação
da realidade exterior.
Se nós recebermos apenas com interesse egoísta, sentiremos
somente a nós mesmos. Receber com a intenção de doar à Força
Superior, permite-nos conhecê-La. Através de tal recepção, nós
transcendemos nossa própria “caixa” e experimentamos a realidade
à nossa realidade.
A sensação da realidade exterior leva-nos a um nível de existência
que supera a existência da vida e da morte neste mundo. A recepção
com interesse egoísta, chamada “recepção corporal” é
desqualificada, e a pessoa transcende para a recepção na alma,
chamada “recepção para doar” à Força Superior.
Para que a pessoa comece a receber para doar, ela precisa sentir a
Força Superior. A sensação da Força Superior como Doadora
provoca vergonha no receptor, resultando na decisão da pessoa de
receber apenas sob a condição de que ela possa retribuir prazer ao
Doador.
Porém, a Força Superior está oculta em nosso mundo. Se ela fosse
revelada, nós desfrutaríamos um duplo prazer egoísta, do prazer e
do contato com o Superior. Tal estado, nos “prenderia”
egoisticamente à Força superior, extraindo prazer Dela, e jamais
seríamos capazes de mudar, devolvendo amor ao Doador.
Portanto, a primeira condição para a sensação da Força superior é
livrar-se do egoísmo. A sensação da existência da Força Superior
não pode ser percebida no ego humano. Se nós percebêssemos a
Força Superior com nosso desejo egoísta, nos tornaríamos
uma Klipa (casca). A Klipa é um desejo egoísta tão intenso que a
pessoa é incapaz de fugir. O único modo de livrar-se do ego é igualar-
se em forma com a Alma Coletiva.

A Alma Coletiva
Todos nós fomos criados como um Kli (vaso) chamado Adam ha
Rishon (O Primeiro Homem). Nós estamos unidos nesse Kli como
partes de um sistema único. Para permitir que o Kli seja corrigido, a
estrutura espiritual de Adam ha Rishon fragmentou-se em numerosas
partículas. Essas partículas são as almas individuas que revestem
nossos corpos neste mundo. O resultado da fragmentação é que
cada pessoa está confinada em seu desejo egoísta, inconsciente dos
outros e sentindo apenas a si mesma.
Atualmente, após um longo período evolutivo, as pessoas estão
começando a sentir os pontos em seus corações, os pontos que as
levam a se reconectar com a Força Superior, a buscar a
espiritualidade. Nesse estágio, nós precisamos obter a força para
superar o nosso egoísmo e transcendê-lo, pois assim seremos
capazes de nos conectar com a Força Superior e nos aproximar Dela
à medida que nos igualamos a Ela.
O modo de nos conectarmos a Força Superior é nos unirmos com
aqueles que compartilham a mesma meta espiritual. Embora cada
um esteja subjugado ao seu desejo de receber individual, todos
querem transcendê-lo. Tal ambiente social é definido como
“ambiente espiritual”. Com isto, a pessoa consegue quebrar o muro
que a separa dos demais.
Embora os que estão em um “ambiente espiritual” ainda possam ser
egoístas, eles ainda assim estão dando o melhor de si para criar uma
estrutura semelhante à estrutura corrigida da alma de Adam ha
Rishon. Sozinhos, nós não teremos sucesso nessa tarefa, pois ela
contradiz a natureza humana. O que nós podemos fazer é adquirir
um desejo intenso e nos unirmos aos outros.
É aí que entra a sabedoria da Cabala. Os livros Cabalísticos
descrevem o estado corrigido das almas e a diferença entre estes e
os estados corrompidos. A principal diferença está na intenção com
a qual usamos nossa natureza. A correção significa que nós
mudamos o propósito para o qual usamos nosso desejo: de causar
autogratificação, para beneficiar aos outros.
Quando nós estudamos corretamente a Cabala genuína, chegamos
a imaginar o nosso próprio estado corrigido. Essa imagem estimula
a Luz que já preenche o nosso estado corrigido a corrigir nossa alma.
Uma vez que essa Luz corrige nossa alma, Ela a preenche, e nós
começamos a experimentar o mundo espiritual.
*
Não existe tempo no mundo espiritual, nem espaço, nem movimento.
Os Mundos Superiores não estão acima de nós no sentido físico do
mundo. “Ascensão” na verdade significa “recuperar a consciência”. O
estudo da Cabala exige que nos libertemos de nossas vestimentas
corporais das sensações e percepções familiares mundanas, e
penetremos dentro da matéria, nas Forças por trás dela.
Na espiritualidade, nós nos transformamos de observadores da
realidade, em conhecedores das Forças que a descrevem. Nós
começamos a entender como é feita a realidade, adquirimos a
capacidade de nos conectarmos com as Forças que criaram a
imagem e que, no final, governam- na. A Cabala é a nossa chave
para a “Sala de Controle” da realidade.

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