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Conteúdo
Introdução
1. Capacitação como componente de um programa integrado de
extensão e desenvolvimento agroflorestal
2. Diagnóstico participativo como base de apoio para planejar as
intervenções externas
3. Outros elementos de apoio para planejar programas de extensão e
de capacitação: experiência de campo, documentação
especializada e resultados dos programas de pesquisa
4. Capacidade de comunicação dos instrutores
5. Implementação de cursos de capacitação agroflorestal
6. Uso de meios audio-visuais
7. Publicações como meio de capacitação
8. Abrangência temática dos programas de capacitação agroflorestal
Introdução
governamentais ou ONGs locais. Com poucas exceções, esses cursos não deixaram produtos
persistentes.
As parcerias com instituições públicas se deram com maior ênfase no Estado do Amapá:
tivemos ali um apoio decisivo por parte do CPAF da EMBRAPA e, por outro lado, a REBRAF
participou ativamente na implementação de cursos organizados e custeados pelo Governo de
Estado no intuito de capacitar seus extensionistas em agrossilvicultura.
Numa parceria envolvendo uma ONG brasileira (AS-PTA), uma ONG alemã e a
REBRAF, realizou-se um programa de capacitação agroflorestal para formar extensionistas de
ONGs e de escritórios locais da EMATER, operando na região da Mata Atlântica, nos Estados
da Bahia, de Minas Gerais, Rio de Janeiro e de São Paulo. Os extensionistas participaram,
sucessivamente, num período de dois anos e meio, de quatro cursos, cada um com uma duração
de quatro dias efetivos. Foram escolhidas quatro áreas temáticas complementares: o primeiro
curso versou sobre os fundamentos e características gerais dos sistemas agroflorestais, e as
subseqüentes áreas temáticas foram: metodologia de Avaliação Rural Participativa Rápida
(diagnóstico e desenho de projetos/programas), métodos e estratégias para capacitação
agroflorestal, aspectos legais relacionados com o desenvolvimento agroflorestal. A maioria dos
participantes são hoje lideres atuando em projetos de desenvolvimento agroflorestal nas suas
respectivas regiões de procedência.
O presente documento apoia-se principalmente sobre toda essa experiência.
Deveríamos encontrar meios ou mecanismos para reunir as outras experiências já
acumuladas nas diversas regiões do Brasil na área de capacitação agroflorestal, considerando
tanto as formas diretas de capacitação (cursos) como as formas indiretas ou complementares tais
como: dias de campo, serviços de assistência técnica, pesquisa agroflorestal implementada a
nível de propriedade agrícola. Considerando esse conceito mais amplo, podemos dizer que
opera hoje no Brasil um grande número de instituições e organizações, principalmente ONGs
(cfr lista preliminar no Anexo 1), instituições governamentais de pesquisa desenvolvendo
atividades a nível de produtores (“on-farm research”), entre elas: os centros da EMBRAPA, o
INPA, e alguns departamentos universitários, por exemplo: o POEMA da UFPa, o
Departamento Zoobotânico da UFAC, o Departamento de Ciências Florestais da UFPR, a
ESALQ/USP, a Universidade Rural de Viçosa, a Universidade Federal do Mato Grosso/Cuiaba,
etc.
Existem portanto muitos organismos já envolvidos em atividades ligadas ao
desenvolvimento agroflorestal no Brasil, envolvendo de uma ou outra forma a capacitação
agroflorestal: a necessária coordenação e conjugação de esforços requerem uma atuação apoiada
em parcerias e, por outro lado, exigem a implantação de mecanismos coadjuvantes tais como
redes regionais de intercâmbio de experiências e, na medida do possível, um banco nacional de
documentação agroflorestal.
(3). a realização de mutirãos com apoio técnico de extensionistas. Para citar apenas
um exemplo: a primeira fase de implantação de uma parcela demonstrativa pode ser feita
mediante mutirão, no último dia de um curso de capacitação agroflorestal. Os membros
do mutirão são, nesse caso, os participantes do curso.
Não existe receituário para planejar e implementar um programa de extensão rural com
garantia de éxito: os planos e estratégias de execução devem ser adaptadas às condições locais,
aos valores culturais dos beneficiados, seus problemas, esperanças e às oportunidades locais
capazes de nortear o desenvolvimento. O livro de Roland Bunch –“Duas Espigas de Milho: uma
proposta de desenvolvimento agrícola participativo”- traduzido do inglês, pode ajudar, de forma
decisiva, nas atividades de desenho, planejamento e execução dos programas de extensão rural.
Esta obra de Bunch, publicada pela primeira vez em 1982, se apoia em trinta anos de
experiências de campo, realizadas pela ONG "Vizinhos Mundiais" (“World Neighbors”)
principalmente na América Central.
A experiência gerada na REBRAF confirma os princípios da proposta de Bunch. Os
fatores de êxito, de maior relêvo, são:
Nos cursos de capacitação para agricultores, o linguajar utilizado pelos instrutores deve
ser simples e pragmático. As diretrizes e informações técnicas que são repassadas aos
produtores, deverão ser formuladas de maneira muito clara, utilizando o vocabulário local, para
assegurar uma perfeita assimilação. Nos cursos destinados a extensionistas formados, convém
caprichar no uso da terminologia para evitar interpretações confusas. Pois, ainda existem , por
exemplo, profissionais que não utilizam a terminologia agroflorestal consagrada a nível
internacional. Com freqüência, profissionais utilizam os termos "sistemas agrossilvipoastoris"
ou “agroflorestas” quando querem, de fato, se referir ao conjunto formado por todas as
alternativas agroflorestais existentes, de uso da terra. Nesse caso, o termo exato, a ser
empregado, é "sistemas agroflorestais" ou agrossilvicultura: na realidade, "sistemas
agrossilvipastoris" e “agroflorestas” constituem apenas uma categoria de alternativas
agroflorestais entre muitas outras.
Convém contemplar duas séries de cursos : (i) cursos para agricultores (com
participação de extensionistas) e (ii) cursos para a capacitação dos extensionistas. Os
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esses cursos devem ser de curtíssima duração (dois dias e meio a tres dias e meio, no
máximo) visto que os pequenos produtores não podem se ausentar de suas terras por
mais de 3 a 4 dias ;
a maior parte do tempo deve ser dedicado a práticas de campo , andando nos roçados,
capoeiras, quintais, outras áreas cultivadas e áreas de pastagens, discutindo e
intercambiando experiências no próprio local;
recomenda-se adotar a seguinte programação seqüencial. Tomaremos, por exemplo, o
caso de um curso com 3 dias e meio de duração:
BIBLIOGRAFIA
WARNER K., 1995. Selecting tree species on the basis of community needs. FAO, Rome –
Forests, Trees and People, Community Forestry Field Manual 5, 158 p.
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York Avenue, N.W., Washington, DC 20006,USA.
ZAZUETA A. 1988. Rapid Rural Appraisal for project analysis planning. Freedom from
Hunger Campaign Foundation, 1644 Da Vinci Court, P.O. Box 2000, Davis, California
95617, USA.
Agrossilvicultura Ltda Fazenda Três Colinas (attn.: Ernst Goetsch), 45436-000 Piraí-do-
Norte,BA. Fone : (073) 688 2125 (das 18:30 às 19:00 horas).
A.A.O. (Associação de Agricultura Orgánica), Av. Francisco Matarazzo 455, 05031-900 São
Paulo,SP. Fone (011= 263 8013 Fax (011) 262 5995
AJURYABA (attn Padre Florencio), Tv 15 de Novembro 451, cep 68005-290 Santarém, PA. -
telfax = (091) 522 7304
APA = Associação de Produtores Alternativos (attn.: Walmir de Jesus), Ouro Preto do Oeste,
RO. -Telfax = (069) 461 3874
AS-PTA (Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa),Rua da Candelária 9
(6º andar),20091-020 Rio de Janeiro,RJ. Fone (021) 253 8317 Fax (021) 233 8363
Associação Erva Doce, UFR-RJ, Seropédica, RJ
CAATINGA (Centro de assessoria e Apoio aos Trabalhadores e Instituições Não
Governamentais Alternativas),C.P. 03, 52 200-000 Ouricuri, PE. Fone (081) 931258.
CAEX (Cooperativa Agroextrativista do Xapuri), Rua 6 de Agosto 268, cep 69930-000 Xapuri,
AC. - telfax = (068) 542 2142
CEPASP (Centro de Educação,Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular), Rua Itacaiunas
2105, Cidade Nova, C.P. 111, 68500 Marabá.PA. Fone (091) 324 1615.
CNS (Conselho Nacional dos Seringueiros), Tv. Thaumaturgo Azevedo, 51, 69900 Rio
Branco, AC. Fone (068) 224 1352 e 224 2970
CTA (Centro de Tecnologia Alternativa), Viçosa, MG.- tel = (031) 891 4735 -E-mail
cta@solos.ufv.br (contato: Eugénio Alavarenga Ferrari).
COAPEX (Cooperativa Agropecuária e Extrativista da Amazônia), Km 180, Rod. BR-364),
Vila Estrema, cep 78928-000 RO -telfax = (068) 238 1203
COOPERTRAN (Cooperativa Mista de produtores Rurais da Transamazônica), Rod.
Transamazônica BR-320, Km 114, cep 68145-000 Medicilândia< PA -telfax = (091) 515
2406
Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açú, Rua Siqueira Mendes 93, Cidade Velha, 66020-
600 Belém,PA. Fone (091) 223 2424 e 223 4399.
COOPERTRAN (Cooperativa Mista de Produtores Rurais da Transamazônica), Rodovia
Transamazônica Km. 114 / BR-320, 68145-000 Medicilândia,PA. Fone / fax (091) 515
21406.
Grupo Apêti de Agrossilvicultura, UF-Viçosa, Campuis Universitário, Departamento de
Engenharia florestal, sala 101, cep 36571-000 Viçosa, MG -(031) 8992465 -fax 8992471-
E-mail apeti@mail.ufv.br
IPHAE, C.P. 585, 78900-970 Porto Velho,RO. Fone/fax (069) 223 3945
PÉ NA TERRA, Lomba Grande, 93490-000 Nova Hamburgo, RS. Fone (051) 593 8639 Fax
(051) 593 8819
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