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CURSO – Delegado de Polícia Federal Nº 57

DATA – 21/11/16

DISCIPLINA – Direito Penal (Parte Especial)

PROFESSOR – Christiano Gonzaga

MONITOR(A) – Bruna Ribeiro Guimarães

AULA 07

Sumário

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


1. Peculato (art. 312, CP)
1.1. Peculato-apropriação (art. 312, caput, 1ª parte)
1.2. Peculato-desvio (Art. 312, caput, 2ª parte)
1.5. Peculato-estelionato (art. 313, CP)
1.6. Peculato eletrônico / Inserção de dados falsos em sistema de informações (art. 313-A, CP)
2. Concussão (art. 316, CP)
3. Corrupção passiva (art. 317, CP)
4. Corrupção Ativa (art. 333, CP)
5. Tráfico de influência (art. 332, CP) e Exploração de prestígio (art. 357, CP)
6. Prevaricação (art. 319, CP)
7. Descaminho (art. 334, CP) e Contrabando (art. 334-A, CP)

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Para estudarmos os crimes contra a administração pública precisamos saber o conceito de


funcionário público. Este conceito é trazido pelo artigo 327 do CP. Vejamos

Art. 327. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

A expressão “embora transitoriamente ou sem remuneração” engloba ao conceito de


funcionário público pessoas como, por exemplo, jurados, mesários e estagiários.

Vale lembrar que o artigo 30 do CP prevê que as condições de caráter pessoal que
constituírem elementares do crime se comunicam.

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Art. 30 – Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo
quando elementares do crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

1. Peculato (art. 312, CP)

O peculato apresenta várias espécies. Vejamos:

1.1. Peculato-apropriação (art. 312, caput, primeira parte)

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo (...).
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Não é relevante se o bem é público ou particular, o que importa é o sujeito ativo do crime,
que deve ser funcionário público.

No crime de peculato-apropriação o agente público se vale da posse inicial legítima que ele
possui do bem para praticar o crime. Ex: funcionário público que possui a posse de um notebook
da administração, entretanto, ao fim do seu mandato, não restitui à administração a posse do
bem.

1.2. Peculato-desvio (Art. 312, caput, 2ª parte)

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Fala-se em peculato na modalidade desvio quando o funcionário público dá ao objeto


material, uma aplicação diversa daquela que lhe foi determinada, em benefício próprio ou de
terceiro.

Conforme a Lei Complementar 101, não é possível dar à verba destinação diversa daquela
prevista em lei.

Em relação ao sujeito ativo, trata-se de crime próprio. Estamos diante de crime contra a
Administração Pública, de forma que somente pode ser sujeito ativo desse crime, o funcionário
público.

Este crime é de competência do juizado especial.

Situação diversa diz respeito ao funcionário público que destina o dinheiro ou bem a outra
finalidade pública que não aquela prevista originariamente. Ex: funcionário público que utiliza a
verba destinada a saúde na educação.

Nesta hipótese não há crime de peculato-desvio, mas de emprego irregular de públicas


(artigo 315 do CP).

Emprego irregular de verbas ou rendas públicas


Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

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1.3. Peculato-furto (art. 312, §1º, CP)

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do


dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio
ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.

No crime de peculato-furto o funcionário público não tem a posse inicial legítima do bem. O
agente subtrai o bem da administração em proveito próprio ou alheio valendo-se da facilidade que
o cargo público lhe proporciona.

1.4. Peculato culposo (art. 312, §2º, CP)

§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:


Pena - detenção, de três meses a um ano.

O peculato-culposo é o único crime contra a administração que possui previsão na


modalidade culposa.

Ocorre peculato culposo quando o funcionário, através de manifesta negligência,


imprudência ou imperícia, infringe o dever de cuidado objetivo, criando condições favoráveis à
prática de um crime. Ex: motorista da administração pública que deixa o carro estacionado na rua
durante a noite, o que permite a consumação do crime de furto do bem.

Neste caso, o agente público responderá por peculato culposo e o indivíduo que furtou o
carro responderá por furto.

O peculato culposo permite que o sujeito ativo repare o dano (§3º)

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença


irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Ao peculato culposo aplica-se sempre a reparação do dano prevista no §3º e não o


arrependimento posterior (art. 16, CP), pois se trata de um benefício especial.

O STJ possui entendimento de que, para que seja possível aplicar a causa de diminuição
de pena prevista no art. 16 do Código Penal, faz-se necessário que o crime praticado seja
patrimonial ou possua efeitos patrimoniais.

1.5. Peculato-estelionato (art. 313, CP)

Peculato mediante erro de outrem


Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo,
recebeu por erro de outrem:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

No crime de peculato-estelionato o funcionário público se beneficia de um erro alheio para


apropriar-se de dinheiro ou qualquer outra utilidade.

O terceiro que incorre em erro pode ser um particular ou funcionário público. O erro do
terceiro deve ser espontâneo. Ex: funcionário que recebe salário dobrado em razão de erro da
administração e não comunica o ocorrido.

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1.6. Peculato eletrônico / Inserção de dados falsos em sistema de informações (art. 313-A,
CP)

Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar
ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de
dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para
outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de
2000)

O art. 313-A é crime próprio e formal. Exige que seja praticado por funcionário público
autorizado e basta que se dê a inserção ou modificação dos dados para que seja consumado.

O que diferencia este crime dos demais crimes de peculato é a utilização do sistema
informatizado, que é o elemento especializante do crime. Ex: funcionário público que mediante
vantagem insere dado falso no sistema de informações da administração para que o particular
seja considerado aprovado em exame de habilitação.

O particular que concorre para o crime também responderá por peculato eletrônico por ser
“funcionário público” elementar do tipo.

2. Concussão (art. 316, CP)

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

O verbo núcleo do tipo é exigir. Exigir denota coerção/extorção. O funcionário público, por
ato de ofício, irá exigir vantagem indevida do particular.

Dessa forma, a concussão é a extorção praticada por funcionário público.

O indivíduo que entrega a vantagem ao funcionário público não responde por qualquer
crime. Ele é a vítima do crime. Ex: policial que durante uma blitz exige propina do particular sob a
ameaça de ser inserida droga em seu carro.

O que difere a concussão da corrupção é que no primeiro crime a vítima é obrigada a


entregar vantagem ao funcionário público, enquanto que no segundo crime o sujeito passivo,
mediante acordo de vontades, entrega voluntariamente a vantagem ao funcionário público.

A concussão pode acontecer quando agente estiver fora da sua função ou até mesmo
antes de ocupar a função pública. Ex: vender um ato que será executado quando o funcionário
público tomar posse do cargo.

O conceito de vantagem indevida é trazido pela Ação Penal 470 do STF. Segundo o
Supremo a vantagem indevida pode ser de qualquer natureza, não sendo necessário que seja em
pecúnia. Ex: vantagem de natureza sexual.

Trata-se de crime formal, em que não se exige que o funcionário pratique o ato de ofício
para sua consumação.

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3. Corrupção passiva (art. 317, CP)

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763,
de 12.11.2003)

Os verbos núcleo do tipo penal de corrupção são solicitar, aceitar e receber.

Neste crime existe acordo entre as partes em relação à obtenção da vantagem indevida.

No que diz respeito a consumação do crime de corrupção, veremos que ela ocorre em
momentos diferentes em cada um dos verbos núcleos desse tipo penal. Vejamos:

Quando o verbo núcleo do crime de corrupção é solicitar a consumação ocorrerá com a


mera solicitação da vantagem, não sendo necessária a ocorrência do resultado naturalístico.
Concluímos que nesta hipótese, trata-se de conduta formal.

Em relação ao verbo aceitar, a consumação ocorrerá também com a mera aceitação da


vantagem, sendo desnecessária a ocorrência do resultado naturalístico. Trata-se também de
conduta formal.

Já no que diz respeito ao verbo receber, a conduta é material, pois será necessário o
efetivo recebimento da vantagem indevida para a consumação do delito.

Atualmente a pena cominada ao crime de corrupção é de 2 a 12 anos. Entretanto, essa


alteração ocorreu em 2003. Antes desta data a pena prevista para o crime era de 1 a 6 anos.

Durante o caso mensalão, foram investigados crimes continuados de corrupção que


possuíam início em 2002 e fim ocorreu somente em 2006. Em razão disso, surgiu a dúvida sobre
qual pena seria aplicada aos indivíduos investigados neste caso. Seria aplicada a pena de 2 a 12
anos ou de 1 a 6 anos?

O STF entendeu que a pena a ser aplicada é de 2 a 12 anos. Esse entendimento


posteriormente levou à edição da súmula 711. Vejamos:

Súmula 711: a lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente,
se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Essa alteração legislativa também justifica o fato de a pena da corrupção passiva ser mais
alta que a pena da concussão, sendo que o tipo penal da concussão é mais gravoso.

Outra questão amplamente debatida pela jurisprudência diz respeito ao flagrante delito
ocorrido no momento do efetivo pagamento da propina.

O entendimento dominante hoje foi manifestado no julgamento do HC 8735/BA – STJ. O


flagrante delito, nos termos do art. 302 do CPP, deve ocorrer no momento da consumação do
crime. O crime de corrupção passiva é crime formal, ou seja, consuma-se independentemente da
obtenção da vantagem indevida. Assim sendo, a corrupção está consumada quando da
solicitação ou da aceitação da vantagem. Segundo o entendimento do STJ, este, portanto, seria o

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momento adequado para a prisão em flagrante dos agentes, de modo que, o efetivo pagamento
da propina é mero exaurimento, não ensejando prisão em flagrante.

RHC. CONCUSSÃO. ILEGALIDADE DO FLAGRANTE. PRISÃO EFETUADA 15 DIAS


APÓS A CONSUMAÇÃO DO CRIME. DESPACHO QUE RECEBE A DENÚNCIA.
DESNECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
I. Consumando-se, o crime de concussão, com a efetiva exigência da vantagem indevida,
tem-se a ilegalidade da prisão realizada mais de 15 dias após a consumação do crime ,
quando do recebimento daquilo que foi exigido, pois tal fato constitui-se em mero
exaurimento do delito.
II. Não se cogita da descriminalização prevista na Súm. nº 145/STF para fins de
trancamento do feito, pois o crime se consumou antes do flagrante.
III. O despacho que recebe a denúncia prescinde de fundamentação.
IV. Recurso parcialmente provido tão-somente para determinar o relaxamento da prisão
em flagrante do paciente.

Outra decisão importante do STJ que ocorreu no julgamento de um crime de corrupção


passiva foi a de que a gravação e a escuta prescindem de autorização judicial. Somente a
intercepção telefônica é que exige para sua validade tal autorização - RHC19321/MG. STJ.
Vejamos:

RHC. CRIME DE CORRUPÇAO PASSIVA PRATICADO POR VEREADORES.


TRANCAMENTO DA AÇAO PENAL. FALTA DE JUSTA CAUSA. ATIPICIDADE DA
CONDUTA. NAO-OCORRÊNCIA. INÉPCIA DA DENÚNCIA NAO VERIFICADA. PROVA.
GRAVAÇAO POR VÍDEO DE QUE TINHA CONHECIMENTO UM DOS PARTICIPANTES.
ILICITUDE NAOEVIDENCIADA.
1. Hipótese em que os Recorrentes, Vereadores municipais, teriam recebido dinheiro do
Prefeito para aprovar determinados projetos de lei.
2. A circunstância de a vantagem recebida ser indevida constitui-se em elemento
normativo do tipo, sem o qual o fato não constitui o crime de corrupção passiva.
3. Os valores recebidos pelos Vereadores, para aprovarem projetos de lei de interesse do
Prefeito, sejam provenientes dos cofres públicos ou de particulares, constituem vantagem
indevida e, conseqüentemente, podem ensejar a prática do crime de corrupção passiva.
4. A denúncia demonstra, de forma clara e objetiva, os fatos supostamente criminosos,
com todas as suas circunstâncias, bem como o possível envolvimento dos Recorrentes
nos delitos em tese, de forma suficiente para a deflagração da ação penal, bem como para
o pleno exercício de suas defesas, não podendo, pois, ser reputada como inepta.
5. A uníssona jurisprudência desta Corte, em perfeita consonância com a do Pretório
Excelso, firmou o entendimento de que a gravação efetuada por um dos interlocutores que
se vê envolvido nos fatos em tese criminosos é prova lícita e pode servir de elemento
probatório para a notitia criminis e para a persecução criminal.
6. Recurso desprovido.

4. Corrupção Ativa (art. 333, CP)

Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo
a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763,
de 12.11.2003)

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Os verbos núcleo do tipo penal de corrupção ativa são oferecer e prometer. O particular irá
oferecer ou prometer vantagem para que o funcionário público pratique ato de ofício.

Em ambos os casos (oferecer e prometer) a conduta será formal, pois não é necessário a
ocorrência do resultado naturalístico para a consumação do crime. Não é necessário que haja
efetivamente a omissão ou retardamento do ato de ofício.

O crime de corrupção é uma das exceções pluralistas adotadas pelo Código Penal.
Embora no concurso de agentes devam ser preenchidos todos os requisitos do artigo 29 do CP
(pluralidade de agentes, relevância causal da conduta, liame subjetivo e identidade fática), haverá
um crime para cada um dos concorrentes. No caso da corrupção o funcionário público corrupto
responderá pelo crime do artigo 317 (corrupção passiva) e o particular responderá pelo crime do
artigo 333 (corrupção ativa).

5. Tráfico de influência (art. 332, CP) e Exploração de prestígio (art. 357, CP)

Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)


Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa
de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da
função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de
1995)

Exploração de prestígio
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em
juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete
ou testemunha:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

Os artigos 332 e 357 são crime que se confundem com a corrupção ativa e passiva.

São crimes autônomos que preveem ações semelhantes, entretanto a vítima dos crimes
são indivíduos diferentes. No artigo 332 o sujeito passivo é o funcionário público latu sensu. No
artigo 357 os sujeitos passivos são juízes jurados, órgãos do Ministério Público, funcionários da
justiça, peritos, tradutores, intérpretes ou testemunhas.

Em ambos os crimes, o sujeito ativo do crime é o particular, que solicita vantagem indevida
a um outro particular a pretexto de influenciar o funcionário público.

O termo “a pretexto de influir” denota fraude. Desta forma, o particular sujeito ativo do
crime finge para o outro particular que irá influenciar o funcionário público, que, entretanto, sequer
sabe da conduta criminosa.

Obs: se o particular sujeito ativo deste crime repassa os valores obtidos para o funcionário público
ou diz para ele que recebeu o dinheiro, o crime praticado por ambos passará a ser corrupção.

O sujeito ativo deste crime é o particular que induz o outro particular em erro.

O sujeito passivo (vítima) do crime é o funcionário público.

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O particular que fornece o dinheiro ao sujeito ativo para a suposta compra do funcionário
público pratica fato atípico (delito putativo). Ele imagina estar cometendo crime (corrupção ativa),
mas não está.

6. Prevaricação (art. 319, CP)

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Esse tipo penal não envolve vantagem indevida. O agente público retarda ou deixa de
praticar ato de ofício com o intuito de satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Ex: juiz que
absolve o réu por ser amigo do seu advogado.

É crime que fere a moralidade pública.

Trata-se de crime formal, pois o interesse ou sentimento pessoal não precisa ser satisfeito
para que haja a consumação do crime.

7. Descaminho (art. 334, CP) e Contrabando (art. 334-A, CP)

Descaminho
Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela
entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)

Contrabando
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: (Incluído pela Lei nº 13.008, de
26.6.2014)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)

Antes de 2004, os crimes de descaminho e contrabando eram trazidos no mesmo tipo


penal e possuíam a mesma pena.

Atualmente, eles são previstos em tipos penais diversos e o contrabando é crime mais
gravoso que o descaminho. Não é aplicável SUSPRO ao crime de contrabando.

O artigo 334 prevê uma espécie de sonegação, enquanto que 334-A prevê a prática de
contrabando. Contrabando é a comercialização de mercadoria proibida. O conceito de mercadoria
proibida é trazido por portaria da ANVISA.

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