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Pois bem, ocorre que nem todos os serviços admitem delegação, outros são de
delegação obrigatória, uns são exclusivos, outros não, de modo que podem ser
classificados (agrupados conforme suas características) em quatro grupos, vejamos:
Formas de remuneração
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público,
delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou
consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma
que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou
da obra por prazo determinado;
(...)
Art. 4º A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será
formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos desta Lei, das normas pertinentes e do
edital de licitação.
(...)
Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da
licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.
§ 1º A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos
expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço público
alternativo e gratuito para o usuário.
a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso. (Fato do Príncipe)
§ 4º Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-
financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração.
(...)
Art. 14. Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será
objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da
legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao
instrumento convocatório.
CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Poder Concedente
Concessionárias
Procedimento Licitatório
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato
administrativo.
Obs* - Pode se dar por interesse público, e neste caso, recebe o nome de
encampação e, pode se dar por inadimplemento da empresa concessionária, quando
receberá o nome de caducidade.
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do
interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar
procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades,
assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1º Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamentares será
declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu
direito à indenização.
§ 2º O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no prazo
de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.
Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do serviço será devolvida
à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados durante
a sua gestão.
IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas;
VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de
execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la;
II - exigir garantia do fiel cumprimento, pela concessionária, das obrigações relativas às obras
vinculadas à concessão.
Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para
resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no
Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
(...)
Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por
todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida
pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade.
§ 3o A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o cumprimento das normas
regulamentares da modalidade do serviço concedido.
Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde
que expressamente autorizada pelo poder concedente.
(...)
II - encampação;
III - caducidade;
IV - rescisão;
V - anulação; e
Atenção!
Com efeito, a idéia aqui é bem diferente das permissões de uso, que se
configuram como atos administrativos, que por sua vez são unilaterais e precários.
Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços
públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Espécies de Parcerias
Obs* - A contraprestação não pode ultrapassar 70%, salvo se estabelecida por lei
específica, sob pena de desnaturar o caráter de concessão de serviço público.
Prosseguindo...
Outro detalhe interessante é que a PPP deve ser gerida por uma sociedade de
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Criados por meio da edição da lei 11.107/05, os consórcios públicos são uma
forma de gestão associada de entes federativos na prestação de serviços públicos. Boa
parte da doutrina entende que o consórcio estabelecido pela lei 11.107/05 tem natureza
jurídica de convênio, no qual as vontades dos entes consorciados são convergentes.
Com efeito, enquanto, o poder público, na busca do interesse coletivo, celebra uma
avença com alguém que almeja o lucro, no consórcio, nós temos uma gestão associada
de entes federados que se unem para prestação de serviços de interesse comum.
A grande novidade da lei é que a criação do consórcio forma uma nova pessoa
jurídica que não se confunde com os entes consorciados. Ex: a União, os estados da
Bahia, Pernambuco, Ceará e Sergipe se juntam para prestação do serviço de auxílio e
defesa das vítimas do semi-árido nordestino. Dessa união nasce a ADEVISA (Associação
de Defesa às Vítimas do Semi-Árido), nova pessoa jurídica com patrimônio e obrigações
próprias, não se confundindo com os entes consorciados.
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.
§ 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os
Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
(...)
Art. 3o O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia
subscrição de protocolo de intenções.
(...)
Art. 5o O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de
intenções.
(...)