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FORMAS DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO

A prestação do serviço público pode se dar de forma direta através próprio


Estado , quando for promovida por órgãos da Administração Direta, ou de forma
indireta através de entes da Administração Indireta (por outorga ou delegação legal),
bem como, através de particulares (por delegação contratual) mediante contratos
administrativos.

Obs* A doutrina preconiza que a descentralização pode ser feita mediante


outorga ou delegação de serviços. Na outorga, nós temos a transferência da titularidade
e da execução do serviço público, a pessoa diversa do Estado, ao passo em que, na
delegação, apenas a execução é transferida, permanecendo com Estado a titularidade
do serviço. Para a doutrina majoritária, a outorga somente pode ser conferida para as
pessoas jurídicas de direito público; já a delegação é feita para particulares (delegação
contratual) ou a entes da Administração Indireta com personalidade jurídica de direito
privado (delegação legal).

Pois bem, ocorre que nem todos os serviços admitem delegação, outros são de
delegação obrigatória, uns são exclusivos, outros não, de modo que podem ser
classificados (agrupados conforme suas características) em quatro grupos, vejamos:

1) Serviço público exclusivo, não delegável » são aqueles serviços que


somente podem ser prestados diretamente pelo estado, não podendo ser transferidos
para particulares. Nesse sentido, a Constituição prevê expressamente o serviço postal e
o correio aéreo nacional (Art. 21, X da CF/88). Outros exemplos apontados pela doutrina
seriam a segurança pública e a atividade da administrativa tributária.

2) Serviço público exclusivo delegável » são os serviços que devem ser


necessariamente prestados pelo Estado, que por sua vez também pode delegar a
prestação desses serviços a particulares. Exemplos: transporte público; energia elétrica.

3) Serviços de delegação obrigatória » restringem-se aos serviços de


radiodifusão de sons e imagens (rádio e TV). A idéia aqui é que o Estado não pode
monopolizar esse serviço. Portanto, devem ser prestados pelo Estado e,
necessariamente, devem ser delegados a particulares.

4) Serviço público não exclusivo » nesse caso o estado presta o serviço e o


particular também o faz, sem a necessidade de delegação. Ressalte-se que o fato do
particular prestar o serviço, não exclui a obrigação do estado diretamente prestá-lo. Isso
porque, a prestação do feita pelo particular, na verdade, não se configura uma
prestação indireta, por não decorrer de delegação. Exemplos: serviço de saúde e de
educação. Percebam que determinada escola para entrar em funcionamento, depende
de autorização, porque o Estado fiscaliza a referida atividade (poder de polícia). Obs* -
Para doutrina mais moderna, encampada, inclusive, pela jurisprudência do STF, tais
serviços quando prestados pelo particular, não ostentam a qualificação de serviços

públicos propriamente ditos, sendo, portanto, designados, serviços de utilidade

pública ou serviços impróprios.

Responsabilidade do prestador de serviços públicos

A responsabilidade patrimonial do prestador de serviços públicos é sempre


objetiva por danos causados aos usuários ou a terceiros, não importando se a prestação
esta a cargo do próprio Estado, entidades da Administração Indireta, concessionários ou
permissionários.

Obs* - Danos ocorridos em razão de condutas omissivas ensejam


responsabilidade subjetiva.

Formas de remuneração

A prestação de serviços públicos pode ser remunerada basicamente de três


formas:

1) Tarifa » também chamada de preço público, é a remuneração paga pelo


usuário quando serviço público uti singuli é prestado indiretamente, por delegação.
Lembrar que tarifas não têm natureza tributária;
2) Taxa » trata-se de uma espécie tributária cobrada em contrapartida a
prestação direta pelo Estado de serviço uti singuli. Ademais, também serão
remunerados por taxas os serviços públicos outorgados a pessoas jurídicas de direito
público da Administração Indireta.

3) Imposto » no caso de serviço público uti universi, não se pode falar


propriamente em remuneração, mas em prestação custeada pelas receitas provenientes
de impostos (ex: segurança pública).

Delegação contratual de serviços

Conforme o art. 175 da CF/88, o Estado presta serviço público diretamente ou


por meio de contratos de concessão e permissão de serviços públicos. Pois bem, como
já visto antes, a fim de regulamentar o dispositivo transcrito, foi editada a lei 8987/95,
que trata dos contratos de concessão e de permissão de serviços públicos e de todas as
regras atinentes a essas estas contratações, como abaixo podemos verificar.

Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja


competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de
concessão ou permissão;

II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente,
mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;

III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público,
delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou
consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma
que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou
da obra por prazo determinado;
(...)

Art. 3º As concessões e permissões sujeitar-se-ão à fiscalização pelo poder concedente


responsável pela delegação, com a cooperação dos usuários.

Art. 4º A concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será
formalizada mediante contrato, que deverá observar os termos desta Lei, das normas pertinentes e do
edital de licitação.

(...)

Art. 9º A tarifa do serviço público concedido será fixada pelo preço da proposta vencedora da
licitação e preservada pelas regras de revisão previstas nesta Lei, no edital e no contrato.

§ 1º A tarifa não será subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos
expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à existência de serviço público
alternativo e gratuito para o usuário.

§ 2º Os contratos poderão prever mecanismos de revisão das tarifas, a fim de manter-se o


equilíbrio econômico-financeiro.

§ 3º Ressalvados os impostos sobre a renda, a criação, alteração ou extinção de quaisquer


tributos ou encargos legais, após a apresentação da proposta, quando comprovado seu impacto, implicará

a revisão da tarifa, para mais ou para menos, conforme o caso. (Fato do Príncipe)

§ 4º Em havendo alteração unilateral do contrato que afete o seu inicial equilíbrio econômico-
financeiro, o poder concedente deverá restabelecê-lo, concomitantemente à alteração.

(...)

Art. 14. Toda concessão de serviço público, precedida ou não da execução de obra pública, será
objeto de prévia licitação, nos termos da legislação própria e com observância dos princípios da
legalidade, moralidade, publicidade, igualdade, do julgamento por critérios objetivos e da vinculação ao
instrumento convocatório.
CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

Poder Concedente

São entes da Administração Direta (União, Estados, DF e Municípios).


Excepcionalmente, a lei atribui o poder de delegar serviços a entidades da
Administração Indireta, como é o caso do poder atribuído a ANATEL e ANAEL por lei
para atuar numa concessão como poder concedente de serviço público. Lembrar que
estas entidades são qualificadas como agências reguladoras, portanto, autarquias em
regime especial.

Concessionárias

São os particulares que celebram o contrato administrativo, tornando-se


executores do serviço público descentralizado. O contrato de concessão de serviços
públicos somente pode ser celebrado com pessoas jurídicas ou consórcios de empresas.
Vejam que não é possível contrato de concessão com pessoa física. Atenção! Cuidado
para não fazer confusão com contrato de concessão de uso, o qual pode ser celebrado
com pessoas físicas.

Procedimento Licitatório

A concessão de serviços públicos é precedida de licitação na modalidade


concorrência obrigatoriamente.

Prosseguindo... vejamos o que acontece numa concessão.

A Administração Direta contrata determinada empresa para prestar serviço


público, mediante delegação. Sendo assim, esta empresa se torna responsável pela
prestação do serviço e é remunerada pelo usuário do serviço e não pela
administração pública. Por exemplo, quando determinado município contrata uma
empresa de ônibus para prestação do serviço de transporte, a remuneração desta
empresa é feita mediante a cobrança de preço público ou tarifa (valor da passagem) dos
usuários do serviço. Outros exemplos: telefonia, água, esgoto, etc.

A propósito, quando o Poder Público contrata uma empresa para execução do


serviço de limpeza pública, trata-se de um contrato de prestação de serviço comum,
que se aplica a lei 8.666/93, não se confundindo com a concessão de serviços públicos.
Isso porque não obstante a limpeza da cidade seja serviço público, a empresa será paga
pela própria administração. Percebam que na concessão a remuneração daquela cabe
ao usuário.

Conforme podemos extrair da lei 8.987/95. A concessão pode ser simples ou


precedida de obra. Nesta última, juntamente com o serviço transfere-se à empresa o
dever de executar a obra necessária a prestação do serviço, sendo que a exploração do
serviço posteriormente deverá compensar os gastos tidos com a obra (ex: metrô).

Outra questão importante é que nas concessões nós temos a celebração de


contratos administrativos e, como tal, se submetem ao regime geral dos contratos
previsto na lei 8.666/93 com todas suas obrigações e garantias. Nesse sentido, se fazem
presentes, implicitamente, nos contratos de concessão, as denominadas cláusulas
exorbitantes, quais sejam: alteração unilateral do contrato; rescisão unilateral do
contrato; fiscalização da execução do contrato; poder para aplicação de
penalidades; ocupação temporária de bens.

Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;

II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;

III - fiscalizar-lhes a execução;

IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;

V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato
administrativo.

Alteração unilateral do contrato » para adequar as disposições contratuais ao


interesse público, O Estado pode modificar o contrato independentemente do
consentimento da outra parte.

Rescisão unilateral do contrato » é prerrogativa dada ao ente público


contratante de pôr fim ao contrato, independentemente de consentimento do particular
e sem depender de decisão judicial.

Obs* - Pode se dar por interesse público, e neste caso, recebe o nome de
encampação e, pode se dar por inadimplemento da empresa concessionária, quando
receberá o nome de caducidade.

Fiscalização da execução do contrato » a fiscalização, no contrato de


concessão, gera a possibilidade de intervenção na empresa concessionária, quando
houver indícios de irregularidades. Daí, pode o Estado nomear um interventor que vai
gerir a empresa e realizar a fiscalização. Depois de nomeado o interventor, a
Administração tem 30 dias para iniciar processo administrativo a fim de apurar
irregularidades, com duração máxima de 180 dias.
Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na
prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes.

Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do
interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.

Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias, instaurar
procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida e apurar responsabilidades,
assegurado o direito de ampla defesa.

§ 1º Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e regulamentares será
declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu
direito à indenização.

§ 2º O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concluído no prazo
de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a intervenção.

Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do serviço será devolvida
à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados durante
a sua gestão.

Poder de aplicação de penalidades » O descumprimento contratual por parte


dos contratados da ensejo à aplicação de penalidades nos moldes da lei 8.666/93 (Art.
77 e seguintes).

Ocupação temporária de bens » em determinadas situações, para se manter a


prestação de determinados serviços, o Estado precisa ocupar temporariamente os bens
da contratada. Ex: Empresa de transporte de público cujos empregados impõe uma
greve geral, de modo que, para se evitar a paralisação do serviço (princípio da
continuidade) o Estado ocupa temporariamente os bens da empresa.

Obs* - Cuidado para não confundir “ocupação temporária” com “reversão de


bens”, vez que na ocupação, a situação é temporária e cessada a situação excepcional
o Poder Público devolve os bens a concessionária. Na reversão, o Poder Público
mediante pagamento de indenização, reverte para si os bens da empresa atrelados à
prestação do serviço público em caráter definitivo por conta da extinção do contrato de
concessão.

Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:

I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão;

II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço;

III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço;

IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a revisão das tarifas;

V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária, inclusive os


relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e conseqüente modernização,
aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e das instalações;

VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;

VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e práticas de
execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-la;

VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária e sua forma


de aplicação;

IX - aos casos de extinção da concessão;

X - aos bens reversíveis;

XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas à


concessionária, quando for o caso;

XII - às condições para prorrogação do contrato;

XIII - à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da concessionária ao


poder concedente;
XIV - à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da concessionária; e

XV - ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais.

Parágrafo único. Os contratos relativos à concessão de serviço público precedido da execução de


obra pública deverão, adicionalmente:

I - estipular os cronogramas físico-financeiros de execução das obras vinculadas à concessão; e

II - exigir garantia do fiel cumprimento, pela concessionária, das obrigações relativas às obras
vinculadas à concessão.

Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para
resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no
Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.

(...)

Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por
todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida
pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade.

§ 1o Sem prejuízo da responsabilidade a que se refere este artigo, a concessionária poderá


contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao serviço
concedido, bem como a implementação de projetos associados.

§ 2o Os contratos celebrados entre a concessionária e os terceiros a que se refere o parágrafo


anterior reger-se-ão pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o
poder concedente.

§ 3o A execução das atividades contratadas com terceiros pressupõe o cumprimento das normas
regulamentares da modalidade do serviço concedido.

Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde
que expressamente autorizada pelo poder concedente.

(...)

Vejamos agora, na lei como pode se dar a extinção da concessão.


Art. 35. Extingue-se a concessão por:

I - advento do termo contratual;

II - encampação;

III - caducidade;

IV - rescisão;

V - anulação; e

VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de


empresa individual.

Atenção!

Inciso II » encampação » Art. 37 da lei 8987/95 conceitua a encampação


como retomada do serviço pelo poder concedente » provocada pelo interesse público
» depende de lei específica » necessária prévia indenização.

Inciso III » caducidade » Art. 38 da lei 8987/95 » inexecução contratual


(inadimplência parcial ou total) » em razão de culpa do concessionário » depende de
prévio processo administrativo.

PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO

A permissão de serviços públicos é tratada, na lei 8987/95 como contrato de

adesão de natureza precária, vejamos:


Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os
termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à
revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.

Com efeito, a idéia aqui é bem diferente das permissões de uso, que se

configuram como atos administrativos, que por sua vez são unilaterais e precários.

Vejam que a permissão de serviços públicos foi alçada a condição de contrato


administrativo pela lei 8987/95 em consonância com o disposto no Art. 175 da
Constituição Federal.

A doutrina ressalta que a natureza contratual não se coaduna com o “caráter de


precariedade” uma vez que o contrato administrativo estabelece garantias de
manutenção do equilíbrio econômico financeiro que vão de encontro à essência de um
ato precário. Logo, em virtude da natureza contratual da permissão de serviços públicos,
forçosamente, fica mitigada a precariedade daquela.

Diferenças entre Concessão e Permissão

1ª) modalidade licitatória » a concessão deverá ser precedida de licitação, na


modalidade concorrência, já a permissão admite outras modalidades, dependendo do
valor contratado.

2ª) contratado » a concessão somente é celebrada com pessoas jurídicas ou com


consórcio de empresas, ao passo que a permissão pode ser celebrada com pessoa física
ou jurídica.
3ª) Autorização legislativa » a concessão depende de autorização legislativa, já
a permissão dispensa lei.

PARCERIAS PÚBLICO PRIVADA - PPP

A lei 11.079/04 criou as parcerias público-privadas que são espécies de


concessão de serviços públicos. Ressalte-se que, como concessões de serviços públicos
de natureza especial, ficam sujeitas à aplicação da lei 8987/95, no silêncio da lei
específica.

Art. 1º Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou


administrativa.

§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que


trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. (tarifa sombra)

§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a


Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e
instalação de bens.

§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços
públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.

§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:

I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);

II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou


III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública.

Espécies de Parcerias

I – Concessão patrocinada » é concessão de serviços públicos, na qual


adicionalmente à tarifa paga pelos usuários, há uma contraprestação do Poder Público
ao parceiro privado.

Obs* - A contraprestação não pode ultrapassar 70%, salvo se estabelecida por lei
específica, sob pena de desnaturar o caráter de concessão de serviço público.

II - Concessão Administrativa » é espécie de concessão na qual a própria


Administração Pública fica responsável pelo pagamento da tarifa, vez que ostenta a
qualidade de usuária do serviço público de forma direta ou indireta.

Prosseguindo...

Os contratos de PPP devem realmente ser enxergados como uma parceria do


Poder Público com o particular, a fim de possibilitar a prestação de serviços com gastos
menores. Nesse sentido a lei prevê compartilhamento de riscos, o que gera a
responsabilidade solidária da Administração Pública, pelos danos causados na prestação
do serviço, e não subsidiária como ocorre na concessão simples.

Outro detalhe interessante é que a PPP deve ser gerida por uma sociedade de

propósito específico. A sociedade de propósito específico é criada pelo ente público e


pelo parceiro privado, com a única finalidade de gerir a contratação.
Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico,
incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.

Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de


concorrência (...)

CONSÓRCIOS PÚBLICOS

Criados por meio da edição da lei 11.107/05, os consórcios públicos são uma
forma de gestão associada de entes federativos na prestação de serviços públicos. Boa
parte da doutrina entende que o consórcio estabelecido pela lei 11.107/05 tem natureza
jurídica de convênio, no qual as vontades dos entes consorciados são convergentes.
Com efeito, enquanto, o poder público, na busca do interesse coletivo, celebra uma
avença com alguém que almeja o lucro, no consórcio, nós temos uma gestão associada
de entes federados que se unem para prestação de serviços de interesse comum.

A grande novidade da lei é que a criação do consórcio forma uma nova pessoa
jurídica que não se confunde com os entes consorciados. Ex: a União, os estados da
Bahia, Pernambuco, Ceará e Sergipe se juntam para prestação do serviço de auxílio e
defesa das vítimas do semi-árido nordestino. Dessa união nasce a ADEVISA (Associação
de Defesa às Vítimas do Semi-Árido), nova pessoa jurídica com patrimônio e obrigações
próprias, não se confundindo com os entes consorciados.

Não devemos perder de vista que a formação do consórcio implica na criação de


uma nova pessoa jurídica e nos termos da lei 11.107/05 essa nova pessoa poderá ter
personalidade jurídica de direito público ou privado. Ademais, a lei estabelece que se
ela for criada sob regime de direito público será constituída na forma de associação
pública e fará parte da Administração Indireta da cada um dos entes consorciados.

Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.

§ 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.

§ 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os
Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.

(...)

Art. 3o O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia
subscrição de protocolo de intenções.

(...)

Art. 5o O contrato de consórcio público será celebrado com a ratificação, mediante lei, do protocolo de
intenções.

(...)

Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:

I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a


vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;

II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.

§ 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a


administração indireta de todos os entes da Federação consorciados.
Cuidado! Associação Pública não é uma nova espécie de entidade da
Administração Indireta, mas tão somente uma espécie de autarquia, consoante,
inclusive, dicção do Código Civil que assim preceitua:

Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:

(...) IV - as autarquias, inclusive as associações públicas;

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