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COLOPROCTOLOGIA
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Aula 1 – Dia 02/06/2014
Introdução
o Caracteriza-se pela forma de transmissão através do ato sexual
o Grande crescimento nos últimos anos
o O aparecimento e a expressão da AIDS fizeram que ressurgissem algumas dsts e aumentasse a
incidência de outras, com manifestações clínicas mais graves e agressivas.
o As DSTs podem acometer de maneira isolada ou associada (!!!). Quando uma pessoa tem uma
DST, a chance de ela ter outra é grande também.
1) GRANULOMA INGUINAL
Descrição
Diagnóstico
Diagnóstico diferencial
Pode ser confundido com úlcera sifilítica ou câncer (granuloma inguinal tem longa duração e
envolvimento linfático)
Tuberculose do tipo ulcerativa (granuloma inguinal apresenta tubérculos e células gigantes)
Tratamento
2) CANCRÓIDE
Descrição
Diagnóstico
Tratamento
Descrição
Quadro clínico
Exame proctológico
Toque retal: tônus normal ou diminuído do esfíncter anal e mucosa retal granulosa.
Retoscopia: Hiperemia, edema, úlceras na mucosa – reto inflamado
Se não tratado, pode evoluir para estenose do reto e suboclusão intestinal em casos mais graves.
Tratamento
Clínico
Cirúrgico
Tratamento Clínico
Tratamento Cirúrgico
4) GONORREIA RETAL
Descrição
Quadro Clínico
Sintomas:
Ao exame:
Quadro Clínico:
Diagnóstico
Tratamento
5) SÍFILIS
A. Descrição
Exame:
o Pápula eritematosa, indolor, endurecida (cancro duro) que pode evoluir para ulceração
avermelhada de fundo liso
o Adenopatia inguinal: frequentemente presente, aspecto endurecido, não inflamatório e indolor
B. Diagnóstico
*Chegou um paciente com outra doença sexualmente transmissível: pesquisar sempre sífilis e HIV,
porque a pessoa pode ter o agente circulante e não ter sintomas!
C. Tratamento
Descrição
Quadro clínico
Diagnóstico
Tratamento
7) CONDILOMA ACUMINADO
Descrição
Etiologia
Diagnóstico
o Clínico, pelo aspecto macroscópico da lesão, pela sua localização e pela histologia: Coilocitose.
o Confirmado com a detecção do vírus HPV.
o Diagnóstico diferencial: condiloma plano da sífilis secundária e algumas neoplasias.
o Importante pesquisar sífilis e AIDS.
Tratamento
o Uso tópico de soluções como a Podofilina e Ácido Tricloroacético (ATA) aplicados pelo médico
semanalmente (evitar lesão dos tecidos circunvizinhos).
o Também podem ser utilizadas a crioterapia, laserterapia e eletrocoagulação (mais usada): para
lesões maiores.
o Recidivas são comuns: o paciente deve fazer retornos periódicos.
o Quando abundantes e dentro do canal anal, pode-se considerar a possibilidade de ressecção
cirúrgica sob anestesia (ressecção com tesoura após infiltração com solução de adrenalina
1.200.000 e ou/cauterização).
o Em pacientes grávidas e pacientes com AIDS, as lesões são mais abundantes e invasivas e as
recidivas mais frequentes.
o Imunoterapia (vacina): indicada para lesões extensas e recorrentes.
8) AIDS
Descrição
o Maior preocupação em Saúde Pública no mundo, pois apresenta proliferação rápida e fora de
controle
Agente etiológico:
Quadro clínico
Há várias formas clínicas relacionadas À AIDS, que se apresentam pela infecção do HIV e outras
infecções
1. Diarreia
2. Evacuações com muco e sangue
3. Cólica abdominal e distensão abdominal
4. Sangramento anal
5. Ulcerações perianais
6. Tenesmo
Sarcoma perineal
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
Tratamento
o Tratamento das infecções oportunistas e das neoplasias é feito de maneira espefcífica
o O esquema terapêutico e o seguimento dos pacientes com AIDS fundamentam-se no aumento
da carga viral e na mensuração de linfócitos TH (CD4)
o Drogas: Inibidores da transcriptase reversa (AZT, DDC, D4T, 3TC)
o Inibidores da protease: indinavir, saquinavir e ritonavir
Classificação
Velocidade do sangramento:
1) Sangramento baixo oculto: paciente não percebe, não vê o sangue. Só é detectado na pesquisa
de sangue oculto nas fezes.
2) Sangramento baixo lento: a pessoa percebe que quando evacua o vaso fica sujo, ou percebe
estrias, raias de sangue nas fezes. O paciente vai eletivamente consultar o médico e ver o que
está acontecendo.
Nas duas primeiras situações a consulta e o tratamento são eletivos. Temos que solicitar uma
colonoscopia para verificar qual é o problema!
3) Sangramento baixo maciço: sangramento intenso, com repercussão hemodinâmica, precisa ser
tratado imediatamente.
Causas de Sangramento
Intestino Delgado
o Divertículo de Meckel: ocorre na transição do íleo com o ceco. Muitas das vezes dentro de
divertículo tem mucosa gástrica - mucosa gástrica ectópica - e essa mucosa pode sangrar.
o Angiodisplasia (ou ectasia vascular): é uma disfunção de algum vaso do intestino e pode
sangrar
o Enterite actínica: devido à radioterapia
o Fístula aortoentérica (comunicação da aorta com o intestino delgado)
o Doença de Crohn
o Divertículos jejunais
o Tuberculose
o Úlcera isquêmica
o Pólipo
o Câncer (câncer no intestino delgado é muito raro, ao contrário do intestino grosso)
o Hemangioma
o Linfoma
o Varizes mesentéricas
o Traumatismo
Intestino grosso
o Diverticulose
o Angiodisplasia
o Câncer (muito frequente)
o Pólipos
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
o Colite ulcerativa
o Doença de crohn
o Retite isquêmica
o Colite isquêmica
o Hemangiomas
o Úlcera retal sotilária (causa desconhecida)
o Úlcera colônica
o Colites infecciosas
o Fístula aortocolônica
o Traumatismo
Diagnóstico e Tratamento
1) Estabilização Hemodinâmica
o Avaliação hematológica e tipagem sanguínea
o Canulização de veias de grosso calibre (nas veias de antebraço, pois é melhor para infundir
volume)
o Infusões rápida de soluções cristalóides
o Tranfusões sanguíneas
o Avaliação seriada: sinais vitais, pressão venosa central e débito urinário horário. Vou
observando esses parâmetros na evolução do paciente de tempo em tempo.
o Sonda gástrica
o Endoscopia Digestiva Alta (o sangramento pode ser muito intenso e rápido e sair sangue
vermelho vivo pelo ânus)
Colonoscopia
o Exame de escolha para lesões no intestino grosso
o A visualização pode ser limitada na vigência de sangramento
o Pode direcionar o tratamento operatório
o Pode ser terapêutica (injeção de substância vasocontritora ou esclerosante, ou vc pode fazer
polipectomia, se for a causa)
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
Cintilografia Nuclear
o Hemácias marcados com tecnécio
o As imagens documentam o extravazamento do radiosótopo carreado pelo sangue, no local da
lesão na luz intestinal (delgado ou grosso)
o Pode detectar velocidade muito baixa de sangramento (0,05 – 0,1 ml/min)
Arteriografia Seletiva
o Angiografia seletiva da artéria mesentérica inferior e depois do tronco celíaco
o Velocidade de sangramento > 0,5 ml/min
o Pode ser terapêutica (vasopressina ou embolização)
Vc só faz esses dois últimos se não for possível a indentificação com os primeiros métodos. São exames
mais raros e caros!
Os dois não são bons para sangramento, na HDB a gente não deve pedir!
3) Cirurgia de emergência
o Felizmente 80% das vezes o sangramento para espontaneamente ou com tratamento clínico
o Indicada somente nos casos em que o sangramento não parou ou o tratamento endoscópico
não obteve sucesso
Ectasias vasculares: Colectomia (ou hemicolectomia) direita é a operação indicada para o tratamento
das ectasias vasculares do cólon direito (corte do íleo terminal ao cólon transverso, mais proximal ou
distal dependendo do local do sangramento)
Câncer colorretal: as colectomias indicadas nos pacientes com câncer colorretal devem obedecer aos
critérios das ressecções oncológicas (vai ter que ser mais ampliada, os linfonodos vão ter que ser
retirados, etc)
Se o paciente estiver muito grave, a anastomose provavelmente vai dar deiscência. Não posso fazer a
anastomose de imediato. Faço sutura do coto retal e a parte do cólon descendente trago à pele,
fazendo uma colostomia = Cirurgia de Hartmann (!!!) = Retossigmoidectomia abdominal com
colostomia terminal e sepultamento do coto retal
Retossigmoidectomia abdominal com colostomia terminal e fístula mucosa = ressecção hartmann com
fístula mucosa: é uma variante da cirurgia à Hartmann, que é quando há reto distal suficiente vc pode
chegá-lo à parede abdominal, ao invés de se fechar a extremidade retal e deixá-lo lá dentro. É melhor. O
paciente vai ficar com 2 bolsinhas.
Laparotomia exploradora
Quando nenhuma lesão for encontrada e o sangramento não parar, indica-se a cirurgia com
colonoscopia simultânea e pede também uma endoscopia digestiva alta = pan-endoscopia intra-
operatória. (O problema de fazer a coloscopia na vigência de sangramento é que o intestino fica todo
sujo de sangue, dificultando a visualização. Aí vc faz um buraquinho no ceco, injeta líquido até lavar e
sair pelo reto, e assim consegue visualizar o cólon. Isso se chama lavagem intraoperatória).
*Não se faz anastomose em paciente grave, fazemos então uma ileostomia. O reto ou fechamos ou
deixamos na parede (hartmann ou hartmann com fístula mucosa, respectivamente). A vantagem da com
fistula é que a reconstrução cirúrgica depois fica mais fácil. Aí depois de um tempo fazemos uma
ileoretoanastomose.
Localização desconhecida
É muito comum, muito frequente na população à medida que as pessoas vão envelhecendo
Definição
Divertículo
Latim: diverticulum
= pequeno desvio da via normal
= saculações que se abrem na parede de um órgão oco
Bolsa ou saculação anormal formada no cólon
1) Verdadeiros:
o Raros
o Todas as camadas
o Único (com base larga)
o Ceco ou ascendente (mais a direita)
2) Falsos ou pseudodivertículos:
o Mais frequentes
o Herniações da mucosa
o Gerados por pulsão
o Doença adquirida
o Cólon esquerdo principalmente (mais a esquerda)
Epidemiologia
o Endêmica nos países desenvolvidos
o Dieta com poucas fibras
o Vegetarianos têm menos DDC que os não vegetarianos
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
Incidência
o Sexo: distribuição similar
o A incidência aumenta com a idade
o 3% antes dos 40 anos
o 5% na quinta década de vida
o 10% nos pacientes entre 50 e 70 anos
o 30% na oitava década
o 50% na nona década
Etiopatogenia
o Depende do aumento da pressão intraluminal
o Da presença de pontos de fraqueza na parede colônica (onde os vasos retos penetram na
camada muscular entre as tênias)
o E do gradiente de pressão entre o lúmen do cólon e a cavidade abdominal
o Segmento mais estreito do cólon = sigmoide. O sigmoide é o local no cólon cujo raio é menor e,
logo, maior pressão. É muito raro doença diverticular no reto!
o A região com menor diâmetro apresenta maior pressão intraluminal
o Envolvimento do cólon sigmoide em 95% dos casos, sendo raros no reto
1) Hipotônica
30% dos casos
Distribuição mais proximal e mais comum à direita
Pode ocorrer em todos os segmentos
Relacionada à hemorragia digestiva baixa (complicação mais comum é a HDB)
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
2) Hipertônica
70% dos casos (mais frequente)
Cólon espástico
Divertículos pequenos
Principalmente no sigmoide e/ou descendente (distribuição mais distal) e mais comum no cólon
esquerdo
Espessamento da camada muscular por encurtamento das tênis (miocose)
Diverticulite aguda (complicação mais comum é a diverticulite)
Quadro clínico
o Assintomática em 70% dos casos (diverticulose dá poucos sintomas!)
o Dor abdominal intermitente no quadrante inferior esquerdo (dá mais no tipo hipertônico, por
isso dá mais em localizaç
o Alternância do hábito intestinal (diarreia e constipação)
o Epigastralgida, flatulência, anorexia e empachamento (quando dá sintomas geralmente são
vagos)
o Massa palpável não dolorosa (espessamento da camada muscular)
Complicações
15 a 30% dos pacientes terão:
o Inflamação (diverticulite). Diverticulite é “apendicite” à esquerda
o Perfuração
o Aderências: ou entre o próprio cólon, ou cólon-intestino, cólon-vagina, cólon parede abdominal
o Fístulas (a aderência pode ser tanta que dá até fístulas)
o Estenoses (obstrução intestinal)
*Obs: Na vigência de complicações (ex: diverticulite), faz TC!!! Se fizer colono existe o risco de
perfuração! Na fase aguda fazemos TC, na fase eletiva fazemos colono!
Doenças associadas
o Pólipos (30%)
o Adenocarcinoma de cólon (3-19%)
o Hemorróidas
o Colites
Diagnóstico
1) Anamnese e exame físico (fazer exame físico proctólogico completo – exame estático,
dinâmico, palpação, toque retal, retossigmóidoscopia)
2) Exames laboratoriais
Hemograma: pesquisar anemia, leucocitose com desvio à esquerda
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
3) Exames de imagem:
a) Radiografia simples do abdome: para ver se há perfuração de algum divertículo
(pneumoperitônio), ou flebolitos (fezes duras) pretificados, dentro do divertículo.
b) Enema opaco (clister opaco)
O bário é radiopaco (enema opaco com duplo contraste – feito com ar e bário). Só posso pedir
se não tiver complicação, pois pode ocasionar peritonite por bário. E quando fizer, fazer sempre
depois da colonoscopia porque o bário adere muito na mucosa.
c) Ultrassonografia abdominal
d) Tomografia computadorizada
*Obs: US e TC são exames feitos na suspeita de complicações! Os outros são feitos em
situações eletivas. O de escolha é a Tc. Fazer US se não tiver TC.
4) Exames endoscópicos:
- Retossigmoidoscopia e Colonoscopia. A reto eu posso fazer no consultório. A colono o paciente faz e
depois volta com o resultado.
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
Cintilografia nuclear
o Hemácias marcadas com tecnécio
o As imagens documentam o extravazamento do radioisótopo carreado pelo sangue, no local da
lesão na Luz intestinal (delgado ou grosso)
o Pode detectar velocidade muito baixa de sangramento (0,05 – 0,1 ml/min)
Tratamento clínico
Diverticulose
o Dieta rica em fibras
o Antiespasmódicos nas crises de dor
Vc só orienta!
Hemorragia diverticular
o Sangramento autolimitado em dois terços
o Estabilidade hemodinâmica
o Reposição volêmica
o Múltiplas transfuões = cirurgia
Diverticulite Aguda
o Jejum
o Hidratação venosa
o Antibioticoterapia venosa com espectro para aeróbios gram-negativo e anaeróbios
o Drenagem gástrica se necessário
o 20% dos casos = cirurgia (o tratamento é clínico, mas 20% irão para cirurgia que é bastante
complicada, difícil)
Vc interna o paciente e dá atb venoso!
Tratamento cirúrgico
1) Eletivo
o Jovem com diverticulite aguda (depois que ele já fez o tratamento clínico, depois que já esfriou
o processo inflamatório, eletivamente ele vai operar depois)
o Fístulas colovesical, coloaginal, colocutânea
o Estenose do sigmoide
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
Cirurgias:
o Colectomia esquerda
o Colectomia total
Faz-se a cirurgia à Hartmann/Ressecção com fístula mucosa
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
Introdução
Pólipo: lesão macroscopicamente visível ou tumor que se projeta a partir de uma superfície epitelial.
Classificação histológica:
Classificação clínica:
Esporádicos
Hereditários
ADENOMAS
Classificação morfológica
Sésseis
Pediculados
A maioria dos adenocarcinomas surge de adenomas e esta relação é que confere aos adenomas sua
enorme importância clínica.
A remoção dos adenomas demonstra ser eficaz na redução da incidência de câncer colorretal.
Apresentação clínica:
o A maioria é assintomática.
o Grandes adenomas podem causar hemorragia grave ou anemia secundária à perda de sangue
oculto.
o Também podem causar descarga de muco, tenesmo e urgência.
Patologia:
Fatores de risco :
Tamanho;
Tipo histológico viloso;
Localização no cólon esquerdo;
Idade > 60 anos.
Tratamento:
A decisão de realizar ressecção cirúrgica complementar depende do risco de metástase linfonodal e das
condições gerais do paciente.
Vigilância pós-polipectomia
Nova colonoscopia em 5 anos para os pacientes de baixo risco (<3 pequenos adenomas
tubulares, ausência de história pessoal ou familiar importante de neoplasia colorretal ou
adenomas)
Colonoscopia em 3 anos para adenomas grandes ou múltiplos (3 ou mais)
Individualizar o acompanhamento
PÓLIPOS NÃO-NEOPLÁSICOS
1) Pólipos Hiperplásicos:
o Falha na apoptose
o São pequenos, pálidos, localizados, geralmente, no retossigmóide e quase sempre são
assintomáticos.
o Conduta: polipectomia + biópsia
2) Hamartomas
o Pólipos juvenis, crescimento exagerado e localizado das células maduras normais.
o Presentes na infância (podem aparecer também na idade adulta)
o Sintomas: sangramento, mucorreia, diarreia, dor abdominal, prolapso e intussuscepção do
pólipo através do ânus
o Conduta: polipectomia endoscópica +biópsia
o Hamartomas esporádicos não são considerados lesões pré-malignas. Tem que retirar porque
podem sangrar muito e causar anemia ou crescer muito e levar a obstrução
3) Pólipos Inflamatórios
o Associado a colite
o Resquício ou ilha de mucosa normal ou minimamente inflamada
o Não está associada à displasia
o Tratamento direcionado à doença intestinal subjacente
4) Pólipos Linfoides
SÍNDROMES POLIPÓIDES
Manifestações clínicas
o Diarreia e hematoquezia
o 2/3 dos sintomas já na presença de adenocarcinoma
o Pólipos adenomatosos difusamente distribuídos:
Densidade de pólipos é maior no colón esquerdo
Reto está invariavelmente acometido
Tratamento
o Cirurgia profilática: 18 anos
o Proctocolectomia total com anastomose íleo-anal e bolsa (com ou sem ileostomia
protetora). Sinônimo: proctocolectomia restauradora com bolsa ileal
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
Manifestações extra-colônicas
2) Sìndrome de Gardner
o Cistos epidermoides
o Osteomas
o Tumores desmoids
3) Síndrome de Turcot
o Tumores do SNC
o 2/3: meduloblastoma
o 1/3: gliobastoma
4) Síndrome de Peutz-Jeghers
o Pigmentação mucocutânea
o Pólipos hamartomatosos do TGI
o Elevado risco de neoplasias
o Localização:
Intestino delgado 78%
Cólon 42%
Estômago 38%
Reto 28%
o Progressão para adenocarcinoma já foi descrita
o Pode causar anemia, obstrução intestinal ou outras malignidades
5) Polipose Juvenil
o Pólipos hamartosos sem músculo liso no cólon – podem se destacar da mucosa e serem
eliminados por via anal
o Estômago e Intestino Delgado: 50%
o Displasia e evolução para adenocarcinoma podem ocorrer
o Podem ocorrer com outras má-formações: 10% (macrocefalia, retardo mental, doenças
cardíacas, má-formações genito-urinárias)
o Risco de câncer colorretal: 30 a 50%
o Cânceres no TGI: 10 a 20 %
o Vigilância: a partir dos 12 anos, a cada 5 anos
o Colectomia profilática está indicada para casos de pólipos numerosos ou grandes
o Mais comum em crianças, pode ocorrer em adultos
o Em geral, são hamartomas
o Não é condição pré-maligna
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
Depende
o Apresentação clínica
o Função esnfincteriana
o Motivação do paciente
Indicações
1) Colite fulminante - com mais de 6 episódios por dia, sangramento intenso, febre, taquicardia,
anemia. Tratamento clínico primeiro e cirúrgico em 24horas se a condição clínica piorar ou em
5 dias se não melhorar
2) Megacólon tóxico (dilatação das alças do cólon) – interna e faz tratamento clinico. Se a
condição clínica piorar, fazer cirurgia antes de perfurar (20% de mortalidade)
Deve-se preservar o reto. São cirurgias de urgência. Faz cirurgia à Hartmann – colectomia
com ileostomia - (com ou sem fístula mucosa), deixa o reto para após 3 meses estudar o caso
com calma.
3) Sangramento maciço: é raro, corresponde a 10% das colectomias de urgência em RCUI
4) Carcinoma: maior risco de câncer em pacientes com RCUI. Extensão e idade são fatores
interdependentes e determinantes
As primeiras 3 circunstâncias, são de urgência, você tem que ser mais incisivo com o paciente, pois o
paciente precisa operar.
*OBS:
Cirurgia Eletiva: intratabilidade clínica, presença ou risco de câncer, doença extraintestinal grave =
proctocolectomia com reservatório ileal ou com ileostomia terminal
Complicações
- Manifestações extracolônicas: disfunção hepática
- Intratatibilidade: RCUI rebelde ao tratamento clínico; longa dependência a corticoesteróide; diarreia,
anemia, fraqueza (debilidade)
O paciente entra no processo de decisão (aqui já vai ser uma cirurgia eletiva)
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
1) Colectomia total com ileostomia e fístula mucosa (mais emergencial – as outras 3 são mais
eletivas)
Indicações:
o Procedimento mais comum nas urgências (eu tiro o cólon, mas não tiro o reto na
urgência – e também não faço anastomose)
o Formas crônicas:
- Pacientes desnutrido
- Altas doses de corticoesteroides
- Imunodeprimidos
- Diagnóstico indeterminado
- Anemia intensa
- Obesidade
- Doenças associadas
2) Colectomia com anastomose ileorretal (em algumas condições especias não tira o reto. O reto
fica e você tem que acompanhar o doente, ele tem que continuar tomando a medicação)
- Boa continência anal
- Boa complacencia retal
- Inflamação leve ou moderada do reto
- Pacientes masculinos jovens (menor risco de disfunção sexual – lesão dos nervos
erigentes durante a ressecção)
Desvantagens:
o Poucos pacientes candidatáveis
o Monitorização pós-operatótia frequente do reto
o Acometimento retal:
- se o reto for contraído, rígido
- se tiver com capacidade e complacência reduzidos
- nesse caso a operação é inadequada
Ileostomia convencional de Brooke: quando vc faz a confecção da ileostomia vc tem que deixar e
2 a 3 cm do íleo fora da pele para encaixar na bolsinha, pois não pode ter contato do liquido ileal
com a pele – diferente da colostomia que permite esse contat; o íleo fica um pouquinho pra fora
Ilestomia continente de Kock: ele fez um reservatório, uma dobra/bolsa do íleo sobre ele mesmo,
para na hora que chegar o conteúdo ileal ele ficar dentro desse reservatório, nessa bolsa de íleo.
O paciente introduz de 3 a 4 vezes por dia uma sonda para esvaziar o conteúdo. Isso raramento é
usado hoje, mas essa técnica possibilitou desenvolver outra técnica que hoje é muito usada,
depois que perceberam que dá pra fazer um reservatório de íleo
Contra-indicações:
- Doenças associadas (morbidade elevada)
- Obesidade
- Função esfincteriana debiitada
- Câncer de reto
- Cancer de cólon em estágio avançado
Resultados funcionais:
2 seguimentos de dois estudos
FAZIO, 1995 MEAGUER, 1998
Evacuações 6 (1-20) 5 (1-15)
Escapes noturnos 29% 44%
Uso de antidiarréicos 45% 39%
Complicações tardias: pode ocorrer a inflamação dessa bolsa. Esse paciente que estar em
seguimento, ir pelo menos uma vez por ano para verificar
Bolsite (pouchitis):
o Inflamação inespecífica
o Independe da configuração
o Aspectos clínicos, endoscópicos e histológicos
o Disenteria, urgência evacuatória, mal-estar geral, febre, incontinência
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
Objetivos:
1) Abscesso intra-abdominal
o Abscesso deve ser drenado por via percutânea (guiado por US ou TC)
o Cirurgia eletiva pode não ser necessária
o 30% são operados dentro de 1 ano da drenagem
o Infliximab pode ser usado após drenagem do abscesso
o A via laparoscópica pode ser tentada após drenagem (30% de conversão)
3) Estenoses
o Processo inflamatório ou processo fibrótico
o Ressecção do segmento acometido ou plastia de estenose
o Alternativa: dilatação com balão
Ressecção
Acomentimento isolado da região ileocólica
Estenoses longas
Estenose a menos de 5cm de área de ressecção
Abscesso, fístula ou flegmão
Plastia de Estenose
Múltiplas estenoses segmentares de intestino proximal
Esstenose em portador de Síndrome do Intestino Curto
4) Obstrução Intestinal
Oclusão de intestino delgado
o Inflamação aguda
o Fibrose crônica
- brida
- íleo biliar
- capsula endoscópica impactada
Possibilidade de oostomia!
5) Fístulas
1) Internas
o Enteroentérica:
- Ressecção do segmento inflamado (enterectomia) e ressecção em cunha do segmento
adjacente
- Nas ileocólicas (melhor a ressecção de pequeno segmento do cólon em vez da ráfia simples)
Marina Tulher Florizano – MED100 UFJF
o Enterovesical
o Enterovaginal
2) Externas
o Enterocutânea (sai secreção na pele):
- Afastar abscesso intraabdominal
- Proteger a pele
- Suporte nutricional
- Localizar sítio
- Aguardar 3 meses
- Infliximab pode ser alternativa (36% de sucesso)
- Ressecção do segmento acometido
Hemorragia na D. de Crohn
o Raríssima
o 1% dos casos
o Indicada nos casos graves
o Doença em vários sítios: considerar arteriografia
o 1/3 ressangra dentro de 3 anos
Intervenções Anoperineais
HDB = oculta, lenta (investiga ambulatorialmente, faz colono) e maçica (que tem que internar o doente
ao mesmo tempo que vai tentando fazer o diagnóstico). Qualquer tipo de sangramento tem que
investigar!
Pólipo: saber que existe um tipo de pólipo, o adenoma, que ele se não for retirado pode virar
adenocarcinoma. A imensa maioria é assintomática, aí precisa do exame de imagem. Tem que pedir
colono, é fundamental para diminuir a incidência de ca de cólon. Fazer a partir dos 50 anos ou dos 40 se
tiver hfam ou em qualquler idade se tiver algum sintoma. A colono pode diagnosticar e tratar - a maioria
da pra tirar por via endoscópica. Exitem os outros pólipos que não são adenomas. Sindrome da polipose:
tem que tirar o cólon e reto, porque 100% dos casos transformam-se em câncer, no jovem. Lembrando
que é uma doença autossômica dominante, tem que investigar a família toda!
Tratamento cirúrgico das DII: diferenciar bem a rcu do crohn. Rcu é extensa e tira o reto e cólon todo.
Crohn raramente opera e quando opera, mexe o menos possível, evita ao máximo mexer no ânus – só
opera quando complica.