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(a) (b)
Redução excêntrica (RE): Redução que liga o final da tubulação de sucção à boca
de entrada da bomba, de diâmetro, normalmente, menor. Com a excentricidade visa-
se evitar a formação de bolsas de ar, à entrada da bomba, o que estrangula a secção
de entrada e dificulta o funcionamento normal da bomba. São dispensáveis em
instalações com linhas de sucção de pequeno diâmetro, acontecendo, normalmente,
em instalações com diâmetro de sucção superiores a 4” (4 polegadas).
Válvula de retenção (VR): Válvula também unidirecional instalada à saída da
bomba e antes do registro de recalque. Tem as seguintes funções:
- Impedir que o peso da coluna de recalque seja sustentado pelo corpo da bomba,
pressionando-o e provocando vazamento no mesmo.
- Impedir que, com um defeito na válvula de pé e entrando a tubulação de recalque
por baixo do reservatório superior, haja o refluxo do fluido, fazendo a bomba
funcionar como turbina e assim, com o disparo do rotor, atingir velocidades
perigosas, provocando danos na bomba.
- Possibilitar, através de um dispositivo chamado “by-pass”, a escorva automática
da bomba, evidentemente, após se ter sanado o defeito da válvula de pé que
provocou a perda da escorva.
Registro de recalque (R): Acessório destinado a controlar a vazão recalcada, através
do seu fechamento e abertura. Deve vir logo após a válvula de retenção e tem tipos
diferentes sendo, entretanto, o registro de gaveta o mais comum.
Além dos acessórios descritos, outros, dependendo do tipo e importância da instalação,
serão necessários. Entre estes podemos mencionar as ventosas (para retirada do ar das
tubulações) e as válvulas anti-golpe de aríete.
Nas bombas volumógenas existe uma relação constante entre a descarga e a velocidade
do órgão propulsor da bomba.
Nas bombas alternativas, o líquido recebe a ação das forças diretamente de um pistão ou
êmbolo (pistão alongado) ou de uma membrana flexível (diafragma).
Podem ser de:
Simples efeito – quando apenas uma face do êmbolo atua sobre o líquido (Fig. 3.7).
Duplo efeito – quando as duas faces atuam.
Chamam-se ainda:
Simplex – quando existe apenas uma câmara com pistão ou êmbolo.
Duplex – quando são dois os pistões ou êmbolos.
Triplex – quando são três os pistões ou êmbolos.
Multiplex – quando são quatro ou mais pistões ou êmbolos.
Nas bombas rotativas, o líquido recebe a ação de forças provenientes de uma ou mais
peças dotadas de movimento de rotação que, comunicando energia de pressão,
provocam seu escoamento. A ação das forças se faz segundo a direção que é
praticamente a do próprio movimento de escoamento do líquido. A descarga e a pressão
do líquido bombeado sofrem pequenas variações quando a rotação é constante. Podem
ser de um ou mais rotores.
As bombas alternativas e rotativas são usadas para pressões elevadas e descargas
relativamente pequenas, conforme se pode observar na Fig. (3.8).
Figura 3.9 – exemplos de bombas de deslocamento positivo. (a) Bomba de êmbolo; (b) Bomba de
engrenagens; (c) Bomba helicoidal; (d) Bomba de palhetas; (e) Bomba de lóbulos triplos;
(f) Bomba de pistão duplo circunferencial; (g) Bomba de tubo flexível ou de rolete.
Bomba de Engrenagem
No lado da entrada, os dentes das engrenagens desengrenam, o fluido entra na bomba,
sendo conduzido pelo espaço existente entre os dentes e a carcaça, para o lado da saída
onde os dentes das engrenagens engrenam e forçam o fluido para fora do sistema.
Uma vedação positiva neste tipo de bomba é realizada entre os dentes e a carcaça, e
entre os próprios dentes de engrenamento. As bombas de engrenagem têm geralmente
um projeto não compensado.
Bomba de Palheta
As bombas de palheta produzem uma ação de bombeamento fazendo com que as
palhetas acompanhem o contorno de um anel ou carcaça. O mecanismo de
bombeamento de uma bomba de palheta consiste de: rotor, palhetas, anel e uma placa de
orifício com aberturas de entrada e saída.
O rotor de uma bomba de palheta suporta as palhetas e é ligado a um eixo que é
conectado a um acionador principal. À medida que o rotor é girado, as palhetas são
“expulsas” por inércia e acompanham o contorno do cilindro (o anel não gira). Quando
as palhetas fazem contato com o anel, é formada uma vedação positiva entre o topo da
palheta e o anel.
O rotor é posicionado fora do centro do anel. Quando o rotor é girado, um volume
crescente e decrescente é formado dentro do anel. Não havendo abertura no anel, uma
placa de entrada é usada para separar o fluido que entra do fluido que sai. A placa de
entrada se encaixa sobre o anel, o rotor e as palhetas. A abertura de entrada da placa de
orifício está localizada onde o volume crescente é formado. O orifício de saída da placa
de orifício está localizado onde o volume decrescente é gerado.
Todo o fluído entra e sai do mecanismo de bombeamento através da placa de orifício (as
aberturas de entrada e de saída na placa de orifício são conectadas respectivamente às
aberturas de entrada e de saída na carcaça das bombas).
Bomba de Pistão
As bombas de pistão geram uma ação de bombeamento, fazendo com que os pistões se
alterem dentro de um tambor cilíndrico. O mecanismo de bombeamento de uma bomba
de pistão consiste basicamente de um tambor de cilindro, pistões com sapatas, placa de
deslizamento, sapata, mola de sapata e placa de orifício.
3.2.2. Turbobombas
As turbobombas, também chamadas bombas rotodinâmicas e kinetic pumps pelo
Hydraulic Institute, são caracterizadas por possuírem um órgão rotatório dotado de pás,
chamado rotor, que exerce sobre o líquido forças que resultam da aceleração que lhe
imprime. Essa aceleração, ao contrário do que se verifica nas bombas de deslocamento
positivo, não possui a mesma direção e o mesmo sentido do movimento do líquido em
contato com as pás. As forças geradas são as de inércia e do tipo μ v , já vistas. A
descarga gerada depende das características da bomba, do número de rotações e das
características do sistema de encanamentos ao qual estiver ligada:
A finalidade do rotor, também chamado “impulsor” ou “impelidor”, é comunicar à
massa líquida aceleração, para que adquira energia cinética e se realize assim a
transformação da energia mecânica de que está dotado, É, em essência, um disco ou
uma peça de formato cônico dotada de pás. O rotor pode ser.
fechado (Fig. 3.14) quando, além do disco onde se fixam as pás, existe uma coroa
circular também presa às pás. Pela abertura dessa coroa, o líquido penetra no rotor.
Usa-se para líquidos sem substâncias em suspensão e nas condições que veremos
adiante.
aberto quando não existe essa coroa circular anterior. Usa-se para líquidos contendo
pastas, lamas, areia, esgotos sanitários e para outras condições que estudaremos
(Fig. 3.15).
As turbobombas necessitam de um outro órgão, o difusor, também chamado
recuperador, onde é feita a transformação da maior parte da elevada energia cinética
com que o líquido sai do rotor, em energia de pressão. Desse modo, ao atingir a boca de
saída da bomba, o líquido é capaz de escoar com velocidade razoável, equilibrando a
pressão que se opõe ao seu escoamento. Esta transformação é operada de acordo com o
teorema de Bernoulli, pois o difusor sendo, em geral, de seção gradativamente
crescente, realiza uma contínua e progressiva diminuição da velocidade do líquido que
por ele escoa, com o simultâneo aumento da pressão, de modo a que esta tenha valor
elevado e a velocidade seja reduzida na ligação da bomba ao encanamento de recalque.
Ainda assim, coloca-se uma peça troncônica na saída da bomba, para reduzir ainda mais
a velocidade na tubulação de recalque, quando isso for necessário.
Nas bombas radiais bem projetadas, a região inicial das pás pode apresentar-se com a
forma de superfície de dupla curvatura, para melhor atender à transição das trajetórias
das partículas líquidas, da direção axial para a radial, sem provocar choques (mudanças
bruscas no sentido de escoamento) nem turbulências excessivas (Fig. 3.20).
As bombas do tipo radial, pela sua simplicidade, se prestam à fabricação em série, sendo
generalizada sua construção e estendida sua utilização à grande maioria das instalações
comuns de água limpa, descargas de 5 a 500l s e até mais, e para pequenas, médias e
grandes alturas de elevação.
Notemos que essas indicações são vagas e algo imprecisas, e que a escolha do tipo de
rotor dependerá da noção de “velocidade específica” que será estudada adiante. Quando
se trata de descargas grandes e pequenas alturas de elevação, o rendimento das bombas
radiais torna-se baixo, e o seu custo se eleva em virtude das dimensões que assumem
suas peças, tomando-se pouco conveniente empregá-las.
As bombas centrífugas são usadas no bombeamento de água limpa, água do mar,
condensados, óleos, lixívias, para pressões de até 16 kgf cm 2 e temperaturas de até
140 ºC.
Existem bombas centrifugas também de voluta, para a indústria química e petroquímica,
refinarias, indústria açucareira, para água quente até 300 ºC e pressões de até
25 kgf cm 2 . É ocaso das bombas CZ da Sulzer-Weise. As bombas de processo podem
operar com temperatura de até 400 ºC e pressões de até 45 kgf cm 2 (ex.: bombas MZ
da Sulzer-Weise).
Figura 3.21 – Rotor de simples sucção (a) e rotor de dupla sucção (b).
Eixo
Anéis de desgaste
Órgãos complementares Caixa de gaxetas e selo mecânico
Rolamentos
Acoplamento
Base da Bomba
a) O rotor
Como se sabe, o rotor é o órgão móvel que, acionado pela fonte externa de energia,
energiza o fluido, aspirando-o às custas de uma depressão em sua região central e
recalcando-o graças à sobrepressão periférica.
Como já se expôs também, podem os rotores se classificar em:
Radiais, diagonais e axiais: conforme a trajetória do fluido.
De simples e dupla sucção: conforme recolha o fluido por um lado ou pelos
dois.
Uma outra importante classificação dos rotores, contudo, é aquela que os agrupa
segundo o seu desenho mecânico. Segundo ela, temos:
Rotor fechado: são usados normalmente no bombeamento de líquidos limpos.
O rotor possui discos dianteiro e traseiro e palhetas fixas a ambos. Com esse tipo de
rotor evita-se o retorno da água à boca de sucção, sendo para tal necessário a existência
de juntas móveis (anéis de desgaste) entre a carcaça e o rotor, separando a câmara de
sucção da câmara de descarga.
É inadequado para o bombeamento de fluidos sujos porque, pela própria geometria,
facilita o seu próprio entupimento.
b) O difusor
O líquido, após ser energizado no rotor, adquire grande velocidade, não sendo possível e
nem recomendável a sua injeção direta na tubulação porque a perda de carga seria
intensa, de vez ser esta função do quadrado da velocidade.
Assim o líquido expelido pelo rotor é encaminhado ao difusor, a quem compete:
- Transformar a energia cinética do líquido em energia de pressão (o que se consegue
construindo o difusor com canal ou canais de secção crescente).
- Coletar o líquido expelido pelo rotor e encaminhá-lo à tubulação de recalque.
Têm-se, assim, os seguintes tipos de difusores:
Difusor de caixa espiral ou voluta.
É, via de regra, o próprio invólucro ou carcaça da bomba, formando um canal de área de
secção transversal crescente na periferia do rotor.
É o tipo de difusor empregado nas bombas de eixo horizontal e de um único estágio,
recebendo também a denominação de voluta da bomba.
Podem ser de:
Simples voluta.
A caixa espiral de dupla voluta caracteriza-se por possuir uma parede (língua ou
lingueta) que divide o canal da caixa espiral próximo à saída em duas partes, igualando
as pressões e anulando o empuxo radial.
Difusor de palhetas diretrizes.
É o tipo de difusor comumente empregado em bombas multicelulares onde, além de
transformar a energia cinética em energia de pressão, tem a incumbência de direcionar o
fluido para que o mesmo não se choque perpendicularmente com a carcaça.
Imposto pela necessidade de direcionar o fluido para que o mesmo não se choque
perpendicularmente contra a carcaça, o difusor de palhetas diretrizes é usado, inclusive,
nas bombas unicelulares ou de 1 estágio (Fig. 3.28).