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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Inquérito Policial�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Características do IP���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Inquérito Policial
Características do IP
INQUISITIVO: o IP não admite o contraditório nem a ampla defesa, já que se trata de procedimento
com concentração de poder em autoridade única (Delegado). Logo, NÃO HÁ PARTES NO IP, por
isso não se admite a formulação de quesitos por meio do ofendido ou do acusado. Não há contraditório
porque não há necessidade de a polícia avisar o suspeito que está investigando. Não há ampla defesa
porque o Inquérito Per Si não fundamenta sentença condenatória.
Agora, o porquê de o IP não admitir contraditório nem ampla defesa se dá ao fato de como o Le-
gislador tratou isso. Portanto, como o Poder Legislativo definiu essa característica ao IP, ele também
definiu procedimentos investigativos (que, neste caso, é a exceção) que admitem o contraditório e a
ampla defesa, como o caso de expulsão de estrangeiro do país.
ESCRITO: todos os atos do Inquérito devem ser reduzidos a termo para que haja segurança em relação
ao seu conteúdo. É o que diz a regra do art. 9º do Código de Processo Penal, de modo que não se admite,
por ora, que o Delegado se limite a filmar os depoimentos e encaminhar cópia das gravações ao Minis-
tério Público. Segundo o art. 9º do CPP, “todas as peças do Inquérito Policial serão, num só processado,
reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade”.
*CUIDADO! De acordo com o art. 405 do CPP, existem diligências que não são realizadas
por escrito. Portanto, no caso de um interrogatório, pode-se utilizar meio audiovisual e ser en-
caminhado junto com o Relatório ao MP. No entanto, ainda assim, deve-se reduzir tudo a termo.
DISCRICIONÁRIO: trata-se da margem de conveniência e oportunidade, ou seja, liberdade dentro
da lei. O Delegado não tem o dever de seguir uma sequência de atos, ele deve estrategicamente determi-
nar diligências de acordo com o que o Delegado imagina. O art. 6º do CPP determina um rol exemplifi-
cativo de diligências a serem seguidas, mas ordinariamente não há um rito específico para ser seguido
pelo Delegado.
Mas é preciso tomar bastante cuidado. Aqui se aponta que o início do IP, em regra, é avaliado
pelo Delegado, visto que o requerimento das partes (quanto á diligência ou à propositura do IP) pode
ser indeferido pelo fato de o Delegado entender que esse requerimento é impertinente. No entanto,
nos crimes vestigiais ou não transeuntes a implementação do IP é obrigatória e o Delegado não pode
se negar a realizar (art. 158 do CPP).
No caso de um Juiz ou Promotor requisitar a realização de uma diligência ao Delegado de Polícia, não
pode o Delegado negar, visto que requisição é sinônimo de ordem (art. 13, II do CPP). Mas cuidado, não
há hierarquia entre Juiz ou Promotor e Delegado, o que acontece é que a norma legal determina isso.
Vale ressaltar que a banca Cespe trouxe à tona o posicionamento de uma hipótese em que o Delegado
pode se negar a realizar o IP quando da requisição do MP ou do Juiz: quando a requisição for manifes-
tamente ilegal.
SIGILOSO: o princípio da publicidade não atinge o Inquérito Policial por se tratar de procedimento
administrativo. De acordo com o art. 20 do Código de Processo Penal, “a autoridade assegurará no In-
quérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade”. Resta claro, pela
leitura do dispositivo, que sua finalidade é a de evitar que a publicidade em relação às provas colhidas
ou àquelas que a autoridade pretende obter prejudique a apuração do ilícito. Além disso, o sigilo tem
como função garantir a eficiência da diligência e preservar a intimidade, privacidade e segurança
do investigado.
Esse sigilo pode ser dividido em sigilo externo, o qual abrange os terceiros desinteressados,
diga-se, a imprensa. Esse tipo de sigilo ocorre em decorrência do preconceito existente naturalmen-
te na sociedade brasileira. Já o sigilo interno é aquele aplicado aos interessados, entre eles o Juiz, o
Ministério Público e o Advogado. Visto isso, é percebida uma fragilidade do sigilo interno, pois não
atinge o acesso aos autos, ou seja, o Juiz e o Promotor têm acesso aos autos, ainda que não reduzidos
a termo. Vale dizer, o advogado também tem direito à análise dos autos, mas apenas aos autos já do-
cumentados (art. 7º, XIV, EOAB).
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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Da negativa de acesso aos autos caberá Mandado de Segurança, visto estar em risco direito líquido e
certo atribuído por lei federal (EOAB) ao advogado. Como também há risco de restrição de liberdade
do acusado, caberá Habeas Corpus. Além disso, o Brasil é o único país do mundo em que o STF precisa
sumular algo já previsto em lei. Vejamos: ainda que haja previsão de acesso do advogado aos autos já
documentados, muitos Delegados ainda não permitiam esse acesso. Pensando nisso, outra ferramenta
a ser utilizada é a Reclamação ao Supremo, visto que o STF, nessa situação, obrigou-se a lançar mão da
súmula vinculante 14:
“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de Polícia Judi-
ciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.
Além de ter acesso aos autos, o defensor também poderá estar presente no interrogatório do in-
diciado e na produção de provas testemunhais. Não poderá, contudo, fazer reperguntas, dado ao
caráter inquisitivo do Inquérito. A presença do advogado em tais oitivas confere maior valor aos
depoimentos, pois é comum que os réus, após confessarem o crime perante o Delegado, aleguem
em juízo que o documento foi forjado ou que foram forçados a confessar. A presença do defensor no
interrogatório, entretanto, retira a credibilidade dessas afirmações do acusado.

O Delegado, quando entender necessário e não prejudicar a investigação, poderá divulgar infor-
mações à imprensa. No entanto, quando o Juiz decretar o segredo de justiça, absolutamente ninguém
poderá prestar declaração à imprensa, isso para proteger a intimidade, família e vida privada da
vítima.
INDISPONÍVEL: a autoridade policial, ao perceber nas diligências que se trata de uma causa de
exclusão de ilicitude não pode simplesmente desistir do Inquérito, tendo em vista que tal ato deverá
ser finalizado por meio de um Relatório. Sendo assim, toda investigação iniciada deverá ser finaliza-
da e introduzida à autoridade competente (art. 17 do CPP). Da mesma forma, em nenhuma hipótese,
poderá a autoridade policial arquivar o Inquérito, fato cabível apenas ao Juiz.
EXERCÍCIOS
01. O Delegado de Polícia, se estiver convencido da ausência de elementos suficientes para imputar
autoria a determinada pessoa, deverá mandar arquivar o IP, podendo desarquivá-lo se surgir
prova nova.
Certo ( ) Errado ( )
02. Do despacho da autoridade policial que indeferir requerimento de abertura de IP feito pelo
ofendido ou seu representante legal é cabível, como único remédio jurídico, recurso ao Juiz
criminal da comarca onde, em tese, ocorreu o fato delituoso.
Certo ( ) Errado ( )

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03. Por ser o Inquérito sigiloso, quando por imperiosa razão de ordem pública for, fundamentada-
mente, decretado o segredo, o advogado não terá acesso às diligências documentadas nos autos
do Inquérito.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
1 – Errado
2 – Errado
3 – Errado

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