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09/09/2018 Alfredo Buzaid – Wikipédia, a enciclopédia livre

Alfredo Buzaid
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alfredo Buzaid (Jaboticabal, 20 de julho de 1914 — Alfredo Buzaid
São Paulo, 10 de julho de 1991)[1] foi um jurista,
advogado, magistrado e professor brasileiro. Foi
ministro da Justiça durante o governo Emílio
Garrastazu Médici e ministro do Supremo Tribunal
Federal indicado pelo presidente João Figueiredo.

Foi um dos principais elaboradores do Código de


Processo Civil de 1973, que ficou conhecido como
"Código Buzaid" e vigorou até 2016.

Índice
Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil
Biografia
Mandato: 30 de março de 1982
Integralismo até 20 de julho de 1984
Direito e docência Nomeação por: João Figueiredo
Governo militar (1964-1985) Antecessor(a): Cunha Peixoto
Referências Sucessor(a): Sydney Sanches
Ministro da Justiça do Brasil
Mandato: 30 de outubro de 1969
até 15 de março de 1974
Biografia Nomeação por: Emílio Garrastazu Médici
Buzaid cursou o primário e o secundário no Ginásio de Antecessor(a): Luís Antônio da Gama e Silva
São Luiz de Jaboticabal, concluído em 1930. Ingressou Sucessor(a): Armando Falcão
Dados pessoais
na Faculdade de Direito de São Paulo, em 1931,
Nascimento: 20 de julho de 1914
bacharelando-se em 1935.[1] Jaboticabal, SP
Falecimento: 10 de julho de 1991 (76 anos)
Além do curso de direito, dedicou-se também ao São Paulo, SP
jornalismo, escrevendo para o jornal “O Combate” da Alma mater: Universidade de São Paulo
cidade natal e, após, para a Gazeta Comercial, da qual
chegou a ser diretor.[1]

Integralismo

“ Nós denunciamos o federalismo como causa de grande parte dos males da 1ª


República. Foi ele que engendrou o caciquismo estadual, outorgando-lhe tais
poderes que todo prestígio da União dependia de seu apoio. Foi ele que permitiu a
existência de Estados milicianos dentro da União, competindo com ele e o
enfraquecendo. Foi ele, finalmente, que desconsiderou as força da unidade
espiritual da Pátria, insinuando, através de ampla autonomia estadual, os germes
do desmembramento nacional."
Alfredo Buzaid para a revista integralista Panorama nº 8[2]

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09/09/2018 Alfredo Buzaid – Wikipédia, a enciclopédia livre

Alfredo Buzaid participou da criação da Sociedade de Estudos Políticos, fazendo parte de um grupo de estudantes da
Faculdade de Direito de São Paulo aglutinados ao redor de Plínio Salgado, dentro dos quais se incluíam Rui Arruda,
Roland Corbisier, Almeida Sales e Ângelo Simões Arruda. Este grupo tendeu a considerar os estudos e debates na SEP
como uma atividade instrumental a serviço da ação.[3] Desta sociedade, foi fundada a Ação Integralista Brasileira, da
qual foi militante,[4] havendo participado da Seção dos Estudantes Integralistas de São Paulo.[2] Buzaid participou
com artigo na primeira publicação do primeiro veículo de imprensa integralista no Brasil, O Integralista, em
novembro de 1932, um mês depois da fundação da AIB.[5] Logo após o congresso integralista de Blumenau em 1935,
disse: "Estamos construindo uma civilização. E não são as palmas deste mundo que nos interessam. São as palmas do
céu. Não é a justiça dos homens que esperamos. É a recompensa do Senhor".[2] Foi dirigente da seção da AIB em seu
município, Jaboticabal, tendo permanecido em suas convicções integralistas até o fim da vida, segundo o historiador e
parlamentar Carlos Giannazi.[6] No velório de Plínio Salgado, em 1975, Buzaid saudava a "herança cristã, política e
social" do Integralismo e o "sincero idealismo" da obra política de seu "Chefe", Plínio Salgado.[7]

Direito e docência
Iniciou a carreira de advogado em Jaboticabal e, em 1938, retornou a São
Paulo, onde continuou se dedicando à advocacia.[1]

Foi aluno de Enrico Tullio Liebman em curso de especialização que


frequentou na Faculdade de Direito de São Paulo em 1935,[4] vindo a ser
um dos integrantes da "Escola Paulista de Direito Processual" e amigo
pessoal de Liebman.[1]

Em 1945 apresentou a monografia de livre-docência Do Agravo de Petição


no Sistema do Código de Processo Civil. Em 1953, tomou posse na cátedra
de direito judiciário civil da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
com a monografia Do Concurso de Credores no Processo de Execução.[1]

Em 1958 tomou posse na cátedra de direito judiciário civil da Faculdade de


Direito da USP, com a monografia Da Ação Renovatória de Contrato de
Locação de Prédio Destinado a Fins Comerciais ou Industriais. Nesse
Em 1971 (Arquivo Nacional).
mesmo ano, juntamente com Luís Eulálio de Bueno Vidigal, José Frederico
Marques, Candido Rangel Dinamarco e Galeno Lacerda, fundou o Instituto
Brasileiro de Direito Processual Civil, onde foi secretário-geral.[1]

Em 1960 foi nomeado pelo Governo Federal para elaborar o Anteprojeto do Código de Processo Civil, o qual acabou
sendo apresentado por ele 4 anos depois.[1]

Em 1966 assumiu o cargo de diretor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo após ter o nome figurado
em lista tríplice para a aprovação do Reitor, segundo regras estabelecidas pelo regime ditatorial vigente, sucedendo a
Luís Eulálio de Bueno Vidigal.[8] Em 1969, foi nomeado vice-reitor da Universidade de São Paulo.[1]

Governo militar (1964-1985)


Segundo Zuenir Ventura, em seu livro 1968 - O ano que não terminou, Alfredo Buzaid teria participado da reunião
ocorrida no Palácio do Planalto em fins de 1968 na qual foi arquitetado o AI-5, sendo um de seus principais
defensores. Segundo o autor, o AI-5 teria sido ainda mais rígido se aprovado nos moldes defendidos por Buzaid.

Em outubro de 1969, Buzaid foi nomeado Ministro da Justiça, sendo um dos mentores intelectuais do Código de
Processo Civil que entrou em vigor em 1974. Permaneceu no Ministério da Justiça até 14 de março de 1974.[1]

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De 1971 a 1972, liderou um grupo de remanescentes integralistas visando a


implantação do corporativismo no Brasil, realizando numerosos
pronunciamentos e discursos. Essa ofensiva integralista teve ampla
simpatia da imprensa, ao passo que foi vigorosamente combatida pela
Ordem dos Advogados do Brasil. Teve seu fim abrupto com a subida do
General Ernesto Geisel à Presidência da República.[9][10]

Em 1973, ingressou na Academia Paulista de Letras.

Durante sua gestão como Ministro da Justiça, seu filho Alfredo Buzaid
Alfredo Buzaid discursando no
Júnior foi suspeito de estar envolvido em um crime de grande repercussão
velório do líder integralista Plínio
ocorrido em Brasília. Trata-se do chamado Caso Ana Lídia, em que uma
Salgado, em 1975.
menina de apenas 7 anos foi sequestrada, torturada e estuprada, sendo
assassinada em 11 de setembro de 1973. Na ocasião, Ana Lídia tinha sido
levada a um sítio situado em Sobradinho, que era propriedade de Eurico Resende, então vice-líder da Arena no Senado
Federal. Apesar da participação de Eduardo Ribeiro Rezende (filho do senador) no episódio, a maior suspeita é a de
que o crime hediondo tenha sido cometido por Alfredo Buzaid Júnior, razão pela qual o caso se tornou mais um
exemplo de impunidade em Brasília.

Também enquanto era ministro da justiça, foram sequestrados os embaixadores da Suíça e dos Estados Unidos,
ambos os casos ocorridos no Rio de Janeiro.

Em 22 de março de 1982, Buzaid foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal. Sua indicação enfrentou
violenta oposição da Ordem dos Advogados do Brasil.[4] Tomou posse no dia 30 de março e permaneceu no cargo por
pouco mais de dois anos, sendo aposentado compulsoriamente em 20 de julho de 1984, ao atingir a então idade limite
de 70 anos. Retornou, então, à advocacia e à produção acadêmica.[1]

Faleceu em decorrência de um câncer, em sua residência em São Paulo em 9 de julho de 1991, dias antes de completar
setenta e sete anos.[1]

Seu acervo - contendo mais de 25 mil obras - foi adquirido pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita
Filho (Unesp) e hoje se encontra na biblioteca do campus de Franca (SP).

Referências
1. «Alfredo Buzaid» (http://www.stf.jus.br/portal/ministro/verministro.asp?periodo=stf&id=18). Supremo Tribunal
Federal. Consultado em 23 de junho de 2016.
2. RAMOS, Alexandre Pinheiros (2015). Intelectuais, carisma e Ação Integralista Brasileira (https://books.google.co
m.br/books?id=cVRSDwAAQBAJ&pg=PT90&dq=buzaid+integralismo&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj96Zupw5
LaAhXJGJAKHZ4SCQcQ6AEIKDAA#v=onepage&q=buzaid%20integralismo&f=false). Rio de Janeiro: Garamond.
Consultado em 29 de março de 2018.
3. «INTEGRALISMO» (http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/integralismo). CPDOC - FGV.
Consultado em 29 de março de 2018.
4. Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy (29 de setembro de 2013). «Alfredo Buzaid, processualista e ministro de
Médici» (http://www.conjur.com.br/2013-set-29/embargos-culturais-alfredo-buzaid-processualista-ministro-medici).
Consultor Jurídico. Consultado em 23 de junho de 2016.
5. Histórias da política autoritária (https://books.google.com.br/books?id=0jH2DQAAQBAJ&pg=PT429&dq=buzaid+i
ntegralismo&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwj96Zupw5LaAhXJGJAKHZ4SCQcQ6AEIQTAF#v=onepage&q&f=fals
e). Porto Alegre: EDIPUCRS. 2016. Consultado em 29 de março de 2018.
6. GIANNAZI, Carlos (2014). Marcha contra o saber: O Golpe militar de 1964 e o AI-5 na Universidade de São
Paulo (https://books.google.com.br/books?id=8gPzBgAAQBAJ&pg=PT103&dq=buzaid+integralismo&hl=pt-BR&s
a=X&ved=0ahUKEwj96Zupw5LaAhXJGJAKHZ4SCQcQ6AEISDAG#v=onepage&q=buzaid%20integralismo&f=fal
se). [S.l.]: Global. Consultado em 29 de março de 2018.
7. «Plínio Salgado (1895-1975)» (https://acervo.veja.abril.com.br/index.html#/edition/380?page=24&section=1&word
=Pl%C3%ADnio%20Salgado%20Buzaid). VEJA: 23. 17 de dezembro de 1975. Consultado em 29 de março de
2018.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfredo_Buzaid 3/4
09/09/2018 Alfredo Buzaid – Wikipédia, a enciclopédia livre

8. Institucional (1966). «Crônica Universitária: Prof. Dr. Alfredo Buzaid - Diretor da Faculdade de Direito» (https://ww
w.revistas.usp.br/rfdusp/article/download/66571/69181). RFD USP. Consultado em 2 de junho de 2018.. Cópia
arquivada em 2 de junho de 2018 (https://archive.li/JL1Nv). “Download automático do arquivo.”
9. SKIDMORE, Thomas. The Politics of Military Rule in Brazil, 1964-1985 (https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&id=b0kpyNx8sVwC&q=Integralist#v=snippet&q=Integralist&f=false). [S.l.: s.n.] p. 105, 109
10. PEDREIRA, Fernando (1975). Brasil Política. São Paulo: DIFEL. pp. 279–281

Precedido por Ministro da Justiça do Brasil Sucedido por


Luís Antônio da Gama e Silva 1969 — 1974 Armando Falcão

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