Vous êtes sur la page 1sur 37

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Rezende, José Ricardo


Manual completo da lei de incentivo ao esporte : como elaborar
projetos e captar recursos através da Lei n. 11.438/06 /
José Ricardo Rezende. – 4. ed. rev., ampl. e atual. – São Paulo :
All Print Editora, 2012.

Bibliografia.

1. Esportes – Brasil 2. Esportes – Leis e legislação – Brasil


3. Imposto de renda – Deduções – Leis e legislação –
Brasil 4. Incentivos – Brasil I. Título.

09-02383 CDD-34.336.2:796(81)

Índices para catálogo sistemático:


1. Lei de incentivo ao esporte : Direito tributário : Brasil 34:336.2:796(81)
4ª Edição

São Paulo • Brasil


MANUAL COMPLETO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE
Copyright © 2012 by José Ricardo Rezende
O conteúdo desta obra é de responsabilidade
do autor, proprietário do Direito Autoral.
4ª Edição – proibida a reprodução
parcial ou total sem autorização.

Capa e proposta de projeto gráfico:


José Ricardo Rezende

Diagramação, editoração e impressão:

www.allprinteditora.com.br
info@allprinteditora.com.br
(11) 2478-3413
SOBRE O AUTOR

JOSÉ RICARDO REZENDE: Advogado (OAB/SP: 250.917); Pro issional de Educação Física (CREF/SP:
001265/G); pós-graduado em Direito Desportivo e Administração de Marketing; autor de livros na área de
Direito e Desporto; palestrante e consultor de entidades de administração e prática desportiva do setor público
e privado; membro do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo – IBDD, da Comissão Estadual de Direito Des-
portivo da OAB/SP e do Panathlon Club International (Sede Sorocaba/SP).

Site:
www.incentiveprojetos.com.br

Sugestões, críticas e comentários:


rezende@incentiveprojetos.com.br

5
DEDICATÓRIA

Dedico esta obra a todos os colegas da 1ª turma de especialização em Direito Desportivo da Escola Supe-
rior de Advocacia, da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de São Paulo (ESA/OAB/SP), assim como aos
professores e coordenadores do curso.

Também aos companheiros do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo (IBDD) e do Centro Esportivo
Virtual (www.cev.org.br).

À minha esposa Cibele e ilha Mayara, “incentivadoras” de todas as horas, e também à minha sobrinha
Laís H. Rezende, sempre atenta aos meus trabalhos.

Sem a convivência de vocês, certamente não estaria por escrever estas linhas.

Muito obrigado!

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Ao advogado Dr. Heraldo Panhoca, pelo estímulo na elaboração desta obra e gentileza do prefácio à
2ª Edição.

À atleta campeã olímpica (Vôlei de Praia) Jackie Silva, que através de seu Instituto foi pioneira na uti-
lização da Lei de Incentivo ao Esporte (Projeto Atletas Inteligentes) e que gentilmente concedeu a honra do
prefácio da 3ª Edição.

Ao amigo Ricardo Paolucci, administrador e pro issional de educação ísica com destacada atuação na ges-
tão de projetos desportivos incentivados desde o início de vigência da Lei nº 11.438/06, sempre disponível para
compartilhar seu amplo conhecimento sobre o tema e que também me agraciou com o prefácio desta 4ª edição.

7
SUMÁRIO

COMENTÁRIOS À 4ª EDIÇÃO ............................................................................................................................................................................................................................................................................21


PREFÁCIO À 4ª EDIÇÃO .......................................................................................................................................................................................................................................................................................23
PREFÁCIO À 3ª EDIÇÃO .......................................................................................................................................................................................................................................................................................25
PREFÁCIO À 2ª EDIÇÃO .......................................................................................................................................................................................................................................................................................27
REGISTRO HISTÓRICO ........................................................................................................................................................................................................................................................................................29

CAPÍTULO 1
DOS INCENTIVOS AO DESPORTO E SEUS ASPECTOS TRIBUTÁRIOS
1.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................................................................................................................................33
1.1.1. Relações Intersetoriais (1º, 2º e 3º Setor) ........................................................................................................................................................................................................................33
1.1.2. Convergência de interesses ...............................................................................................................................................................................................................................................34
1.1.3. Responsabilidade administrativa ...................................................................................................................................................................................................................................34
1.1.4. Aceleração do crescimento no setor desportivo ......................................................................................................................................................................................................34
1.1.5. Lógica das leis de incentivo ...............................................................................................................................................................................................................................................34
1.1.6. Novos patamares para o esporte ....................................................................................................................................................................................................................................35
1.1.7. Legitimidade da política de incentivo por via do bene ício iscal .....................................................................................................................................................................35
1.1.8. Novos setores bene iciados por via de incentivo iscal .........................................................................................................................................................................................35
1.2. CENÁRIO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE ..............................................................................................................................................................................................................................35
1.2.1. Proponente ...............................................................................................................................................................................................................................................................................35
1.2.2. Apoiadores potenciais .........................................................................................................................................................................................................................................................36
1.2.3. Governo Federal .....................................................................................................................................................................................................................................................................36
1.3. METODOLOGIA DE ESTUDO ADOTADA NESTE MANUAL..........................................................................................................................................................................................................36
1.3.1. Enunciados ...............................................................................................................................................................................................................................................................................36
1.3.2. Reprodução da legislação...................................................................................................................................................................................................................................................36
1.3.3. Comentários pontuais .........................................................................................................................................................................................................................................................36
1.3.4. Normas correlatas .................................................................................................................................................................................................................................................................36
1.3.6. Roteiro para elaboração de projetos desportivos – preenchimento do formulário eletrônico ...........................................................................................................36
1.3.7. Elementos e fases de tramitação do projeto desportivo.......................................................................................................................................................................................36
1.3.8. Estratégias para captação de recursos para projetos aprovados......................................................................................................................................................................36
1.3.9. Texto integral da legislação e demais atos normativos .........................................................................................................................................................................................37
1.4. POSSIBILIDADES DA DESTINAÇÃO DOS INCENTIVOS AO DESPORTO ................................................................................................................................................................................37
1.4.1. Amplitude da legislação ......................................................................................................................................................................................................................................................37
1.5. MODALIDADES ESPORTIVAS BENEFICIADAS.................................................................................................................................................................................................................................37
1.5.1. Liberdade de apresentação ...............................................................................................................................................................................................................................................37
1.5.2. De inição enciclopédica do termo “esporte” na atualidade ................................................................................................................................................................................37
1.6. DIFERENÇA ENTRE PROJETOS DESPORTIVOS E PARADESPORTIVOS................................................................................................................................................................................38
1.6.1. Fortalecimento do conceito e sua importância social............................................................................................................................................................................................38
1.6.2. Esportes adaptados ..............................................................................................................................................................................................................................................................38
1.7. PRAZO, FORMA E PESSOAS AUTORIZADAS AOS DISPÊNDIOS ................................................................................................................................................................................................38
1.7.1. Prazo de validade...................................................................................................................................................................................................................................................................38
1.7.2. Renúncia iscal x Incentivo iscal de dedução............................................................................................................................................................................................................39
1.7.3. Gastos tributários (bene ício tributário).....................................................................................................................................................................................................................39
1.7.4. Pessoas jurídicas (PJs) tributadas com base no lucro real. .................................................................................................................................................................................39
1.7.5. Conceito de lucro real ..........................................................................................................................................................................................................................................................39
1.7.6. Pessoas jurídicas obrigadas à apuração do lucro real ...........................................................................................................................................................................................40
1.7.7. Pessoas jurídicas optantes pela apuração do lucro real .......................................................................................................................................................................................40
1.7.8. Per il das pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real..........................................................................................................................................................................................40
1.7.9. Pessoas jurídicas excluídas do gozo do incentivo iscal ao esporte .................................................................................................................................................................41
1.7.10. Seleção dos possíveis apoiadores PJ/lucro real .....................................................................................................................................................................................................41
1.7.11. Competência do contador para análise da viabilidade da dedução ..............................................................................................................................................................41
1.8. LIMITE DE 1% DE DEDUÇÃO EM FACE DA PESSOA JURÍDICA – PJ .......................................................................................................................................................................................41
1.8.1. Período de apuração anual ou trimestral....................................................................................................................................................................................................................41
1.8.2. Apuração trimestral (de initiva) .....................................................................................................................................................................................................................................41
1.8.3. Dedução do incentivo no imposto apurado de initivamente (trimestral) ....................................................................................................................................................41
1.8.4. Momento da destinação do incentivo e dedução (apuração trimestral) .......................................................................................................................................................42
1.8.5. Não acumulação da dedução na apuração trimestral ............................................................................................................................................................................................42
1.8.6. Apuração anual (por estimativa) ....................................................................................................................................................................................................................................42
1.8.7. Dedução do incentivo no imposto apurado por estimativa (anual) ................................................................................................................................................................43
1.8.8. Acumulação da dedução no período de apuração anual ......................................................................................................................................................................................43
1.8.9. Dedução do incentivo no inal do período de apuração anual ...........................................................................................................................................................................44
1.8.10. Período de apuração excepcional ................................................................................................................................................................................................................................44
1.8.11. Limites da dedutibilidade................................................................................................................................................................................................................................................45
1.8.12. Vedação de dedução em relação ao adicional do imposto de renda .............................................................................................................................................................45
1.8.13. Vedação de dedução em relação a créditos oriundos do exterior..................................................................................................................................................................45
1.8.14. Dedução integral e inexistência de contrapartida ................................................................................................................................................................................................45

9
1.8.15. Comprovação do apoio (doação ou patrocínio).....................................................................................................................................................................................................45
1.9. RESTRIÇÕES RELATIVAS À DEDUÇÃO EM RELAÇÃO À PESSOA JURÍDICA .......................................................................................................................................................................45
1.9.1. Classi icação como despesa operacional não dedutível........................................................................................................................................................................................45
1.9.2. Incentivos iscais de dedução, redução e isenção de imposto............................................................................................................................................................................46
1.10. LIMITE DE 6% DE DEDUÇÃO EM FACE DA PESSOA FÍSICA – PF .........................................................................................................................................................................................46
1.10.1. Declaração completa do IRPF ........................................................................................................................................................................................................................................46
1.10.2. Não interferência em relação às deduções de redução do IRPF (saúde, educação e outras) .................................................................................................................46
1.10.3. Redução da dedução da contribuição patronal (empregador doméstico).................................................................................................................................................47
1.10.4. Momento do apoio x dedução (antecipação do recolhimento).......................................................................................................................................................................47
1.10.5. Cumulatividade da dedução pela pessoa ísica em face de outras formas de incentivo ......................................................................................................................48
1.10.6. Valor do apoio acima do limite de dedução (6%) .................................................................................................................................................................................................48
1.10.7. Importância em instruir corretamente o apoiador pessoa ísica...................................................................................................................................................................48
1.10.8. Comprovação do apoio .....................................................................................................................................................................................................................................................49
1.10.9. Da prestação de informações à Receita Federal do Brasil (RFB) ...................................................................................................................................................................49
1.11. BENEFÍCIO EXCLUSIVO PARA INCENTIVO AO ESPORTE PELA PESSOA JURÍDICA .....................................................................................................................................................49
1.11.1. Exclusividade e não cumulatividade da dedução de incentivo ao esporte. ...............................................................................................................................................49
1.11.2. Solução do con lito entre esporte e cultura .............................................................................................................................................................................................................50
1.11.3. Limites individuais e coletivos dos incentivos em relação ao imposto devido ........................................................................................................................................50
1.11.4. Limite coletivo e limite individual ...............................................................................................................................................................................................................................50
1.11.5. Planejamento tributário das deduções iscais........................................................................................................................................................................................................50
1.11.6. Responsabilidade social e marketing esportivo. ...................................................................................................................................................................................................50
1.11.7. Peça chave da mecânica do incentivo.........................................................................................................................................................................................................................50
1.12. VALOR MÁXIMO ANUAL DAS DEDUÇÕES ......................................................................................................................................................................................................................................51
1.12.1. Valor absoluto anual ..........................................................................................................................................................................................................................................................51
1.13. VINCULAÇÃO DA DEDUÇÃO EM RAZÃO DE MANIFESTAÇÕES DESPORTIVAS ESPECÍFICAS .................................................................................................................................51
1.13.1. Limites por manifestação desportiva .........................................................................................................................................................................................................................51
1.13.2. Valores absolutos de inidos em 2007 e 2008 e sua respectiva vinculação................................................................................................................................................51
1.13.3. Previsão de gastos tributários para 2009-2015 ....................................................................................................................................................................................................52
1.13.4. Quantidade de projetos aprovados e montante de recursos captados........................................................................................................................................................52
1.14. VEDAÇÃO DA DEDUÇÃO EM BENEFÍCIO DE PESSOA VINCULADA AO APOIADOR .....................................................................................................................................................52
1.14.1. Identi icação da vinculação ............................................................................................................................................................................................................................................53
1.14.2. Bene ício direto ou indireto ...........................................................................................................................................................................................................................................53
1.14.3. Bene ício direto....................................................................................................................................................................................................................................................................53
1.14.4. Bene ício indireto ...............................................................................................................................................................................................................................................................53
1.14.5. Bene ício direto de pessoa ísica ..................................................................................................................................................................................................................................53
1.14.6. Bene ício indireto de pessoa ísica ..............................................................................................................................................................................................................................53
1.14.7. Bene ício direto de pessoa jurídica. ............................................................................................................................................................................................................................53
1.14.8. Bene ício indireto de pessoa jurídica .........................................................................................................................................................................................................................54
1.14.9. Síntese das vinculações ....................................................................................................................................................................................................................................................54
1.14.10. Vinculação entre apoiador (PF/PJ) e pessoa jurídica (bene ício direto e indireto) ............................................................................................................................54
1.14.11. Vinculação entre apoiador (PF/PJ) e pessoa ísica (bene ício indireto) ..................................................................................................................................................54
1.14.12. Vinculação da empresa coligada (controladora ou controlada) ..................................................................................................................................................................55
1.14.13. Critério para conceituar o que sejam diretores ou administradores da pessoa jurídica ..................................................................................................................55
1.14.14. Questionário para identi icação das vinculações impeditivas......................................................................................................................................................................55
1.15. QUEM PODE APRESENTAR PROJETOS DESPORTIVOS (PROPONENTE) ..........................................................................................................................................................................57
1.15.1. Pessoas jurídicas de direito público e sua natureza desportiva .....................................................................................................................................................................58
1.15.2. Pessoas jurídicas de direito privado e sua natureza desportiva.....................................................................................................................................................................58
1.15.3. Identi icação das pessoas jurídicas habilitadas para funcionar como proponente ...............................................................................................................................58
1.15.4. ONG, OSCIP, OS .....................................................................................................................................................................................................................................................................59
1.15.5. Pessoas excluídas da condição de proponente ......................................................................................................................................................................................................59
1.16. INEXIGIBILIDADE DE CHANCELA DE CONFEDERAÇÃO/FEDERAÇÃO ESPORTIVA....................................................................................................................................................60
1.16.1. Autonomia das entidades desportivas.......................................................................................................................................................................................................................60
1.17. APOIO DIRETO ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................60
1.17.1. Inexistência de convênio..................................................................................................................................................................................................................................................60
1.17.2. Diferença entre apoio direito e indireto....................................................................................................................................................................................................................61
1.17.3. Lei de incentivo e sua funcionalidade semelhante ao convênio .....................................................................................................................................................................61
1.17.4. Considerações sobre o Decreto nº 6.170/07 e Portaria Interministerial nº 507/11 (SINCOV) ................................................................................................................61
1.18. COMO SE EFETIVA O PATROCÍNIO OU A DOAÇÃO .....................................................................................................................................................................................................................61
1.18.1. Patrocínio (apoio explícito) ............................................................................................................................................................................................................................................62
1.18.2. Patrocinador .........................................................................................................................................................................................................................................................................62
1.18.3. Doação (apoio reservado) ...............................................................................................................................................................................................................................................62
1.18.4. Doador .....................................................................................................................................................................................................................................................................................62
1.18.5. Patrocínio x Doação ...........................................................................................................................................................................................................................................................62
1.18.6. De inição da forma de captação do apoio (patrocínio ou doação) ................................................................................................................................................................62
1.18.7. Patrocínio na forma de numerário ..............................................................................................................................................................................................................................63
1.18.8. Doação na forma de numerário ....................................................................................................................................................................................................................................63
1.18.9. Patrocínio na forma de cobertura de gastos (Condições para dedutibilidade) .......................................................................................................................................63
1.18.10. Patrocínio na forma de utilização de bens, móveis ou imóveis ....................................................................................................................................................................63
1.18.11. Doação na forma de bens (móveis ou imóveis)...................................................................................................................................................................................................64
1.18.12. Doação na forma de serviços.......................................................................................................................................................................................................................................64
1.18.13. Formalização e valoração do apoio na forma de bens e serviços ................................................................................................................................................................64
1.18.14. Vantagem do apoio na forma de bens e serviços ................................................................................................................................................................................................64
1.18.15. Doação na forma de distribuição gratuita de ingresso ....................................................................................................................................................................................64
1.19. CRITÉRIOS RELATIVOS À DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DE INGRESSOS ..............................................................................................................................................................................65

10
1.19.1. Operacionalização da distribuição gratuita de ingressos ..................................................................................................................................................................................65
1.19.2. Funcionalidade desta forma de captação .................................................................................................................................................................................................................65
1.19.3. Jogos de exibição (amistosos) .......................................................................................................................................................................................................................................66
1.19.4. Interesse do proponente..................................................................................................................................................................................................................................................66
1.19.5. Critérios de execução do projeto ..................................................................................................................................................................................................................................66
1.20. IMPLICAÇÕES QUANTO À DIVERSIDADE DE FORMAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS .........................................................................................................................................66
1.20.1. Captação ampla e diversi icada (de inição de cotas de patrocínio) ..............................................................................................................................................................67
1.21. PROCEDIMENTOS DISCIPLINADORES DO INCENTIVO AO ESPORTE ...............................................................................................................................................................................67
1.21.1. Atos normativos do Ministério do Esporte ..............................................................................................................................................................................................................67
1.21.2. Atos normativos da Receita Federal do Brasil ........................................................................................................................................................................................................67
1.22. CONTABILIZAÇÃO DO INCENTIVO AO ESPORTE (EMPRESAS) ............................................................................................................................................................................................67
1.22.1. Instruções contábeis..........................................................................................................................................................................................................................................................67

CAPÍTULO 2
DA COMISSÃO TÉCNICA
2.1. COMPETÊNCIA PARA ANÁLISE E APROVAÇÃO DOS PROJETOS DESPORTIVOS ..............................................................................................................................................................69
2.1.1. Órgão especial .........................................................................................................................................................................................................................................................................69
2.1.2. Enquadramento do projeto desportivo........................................................................................................................................................................................................................69
2.1.3. Ato de designação da Comissão Técnica ......................................................................................................................................................................................................................69
2.1.4. Conselho Nacional do Esporte – CNE ............................................................................................................................................................................................................................69
2.2. COMPOSIÇÃO, ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO ...................................................................................................................................................................................................................70
2.2.1. Regulamentação. ....................................................................................................................................................................................................................................................................70
2.3. PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO .................................................................................................................................................................................................................................................................70
2.3.1. Vinculação da presidência aos representantes governamentais ......................................................................................................................................................................70
2.4. PODERES DO PRESIDENTE DA COMISSÃO ......................................................................................................................................................................................................................................70
2.4.1. Voto comum e de qualidade ..............................................................................................................................................................................................................................................70
2.5. ESTRUTURA DE TRABALHO ...................................................................................................................................................................................................................................................................71
2.5.1. Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte ................................................................................................................................................................................................71
2.6. MEMBROS DA COMISSÃO TÉCNICA ....................................................................................................................................................................................................................................................71
2.6.1. Agentes honorí icos ..............................................................................................................................................................................................................................................................71
2.6.2. Responsabilidade penal e administrativa ...................................................................................................................................................................................................................71
2.7. PAGAMENTO DE DESPESAS NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO ..........................................................................................................................................................................................................72
2.7.1. Diárias e passagens...............................................................................................................................................................................................................................................................72
2.8. PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES.......................................................................................................................................................................................................................................................72
2.8.1. Calendário de reuniões, pauta e distribuição ............................................................................................................................................................................................................72
2.8.2. Pauta das sessões ..................................................................................................................................................................................................................................................................72
2.9. DISTRIBUIÇÃO E RELATORIA DOS PROJETOS DESPORTIVOS ................................................................................................................................................................................................73
2.9.1. De inição do relator ..............................................................................................................................................................................................................................................................73
2.10. VOTAÇÃO DOS PROJETOS ......................................................................................................................................................................................................................................................................73
2.10.1. Dinâmica das sessões e situações possíveis ............................................................................................................................................................................................................73
2.10.2. Pedido de vista .....................................................................................................................................................................................................................................................................73
2.10.3. Fixação de prazo de captação ........................................................................................................................................................................................................................................73
2.10.4. Vedação de abstenção .......................................................................................................................................................................................................................................................74
2.10.5. Expedição de requerimento ao proponente............................................................................................................................................................................................................74
2.11. APROVAÇÃO PARCIAL .............................................................................................................................................................................................................................................................................74
2.11.1. Liberdade de Apreciação. ................................................................................................................................................................................................................................................74
2.12. IMPEDIMENTO LEGAL ...........................................................................................................................................................................................................................................................................74
2.12.1. Parte interessada ................................................................................................................................................................................................................................................................74
2.13. QUORUM E AUSÊNCIAS ..........................................................................................................................................................................................................................................................................74
2.13.1. Quorum de reunião ............................................................................................................................................................................................................................................................75
2.13.2. Quorum de aprovação .......................................................................................................................................................................................................................................................75
2.13.3. Ausência do relator ............................................................................................................................................................................................................................................................75
2.14. ATA DA SESSÃO DE VOTAÇÃO E COMUNICAÇÃO DO RESULTADO AO PROPONENTE................................................................................................................................................75
2.14.1. Ata da sessão e liberdade de acompanhamento pelos interessados ............................................................................................................................................................75
2.14.2. Comunicação do resultado..............................................................................................................................................................................................................................................75
2.15. DECISÕES REITERADAS DA COMISSÃO TÉCNICA ......................................................................................................................................................................................................................75
2.15.1. Orientação dos órgãos de controle (TCU e CGU) ...................................................................................................................................................................................................75
2.15.2. Propositura de deliberações ..........................................................................................................................................................................................................................................76
2.15.3. Análise da Consultoria Jurídica do Ministério do Esporte ................................................................................................................................................................................76
2.15.4. Caráter vinculativo das deliberações .........................................................................................................................................................................................................................76
2.15.5. Revisão e avaliação da aplicabilidade das deliberações editadas ..................................................................................................................................................................76

CAPÍTULO 3
DOS PROJETOS DESPORTIVOS
3.1. O QUE É O PROJETO DESPORTIVO.......................................................................................................................................................................................................................................................77
3.1.1. Amplitude de inalidades .........................................................................................................................................................................................................................................................77
3.1.2. Implementação do desporto .............................................................................................................................................................................................................................................77
3.1.3. Prática do desporto...............................................................................................................................................................................................................................................................78
3.1.4. Ensino do desporto. ..............................................................................................................................................................................................................................................................78
3.1.5. Estudo do desporto...............................................................................................................................................................................................................................................................78

11
3.1.6. Pesquisa do desporto ...........................................................................................................................................................................................................................................................78
3.1.7. Desenvolvimento do desporto ............................................................................................................................................................................................................................ 79
3.2. ENQUADRAMENTO ESPECÍFICO QUANTO À MANIFESTAÇÃO ATENDIDA........................................................................................................................................................................79
3.2.1. Manifestações desportivas ................................................................................................................................................................................................................................................79
3.2.2. Enquadramento do projeto em apenas uma manifestação desportiva ..........................................................................................................................................................79
3.2.3. Pertinência do enquadramento e parecer técnico ..................................................................................................................................................................................................80
3.2.4. Enquadramento insatisfatório .........................................................................................................................................................................................................................................80
3.3. DESPORTO EDUCACIONAL......................................................................................................................................................................................................................................................................80
3.3.1. De inição original ..................................................................................................................................................................................................................................................................81
3.3.2. Público bene iciário ..............................................................................................................................................................................................................................................................81
3.3.3. Vinculação com instituição de ensino...........................................................................................................................................................................................................................81
3.3.4. Destinação ................................................................................................................................................................................................................................................................................81
3.3.5. Competições estudantis ......................................................................................................................................................................................................................................................81
3.4. PROJETO DESPORTIVO EDUCACIONAL E COTA MÍNIMA ..........................................................................................................................................................................................................81
3.4.1. Alunos do sistema público de ensino ............................................................................................................................................................................................................................81
3.5. DESPORTO DE PARTICIPAÇÃO ..............................................................................................................................................................................................................................................................82
3.5.1. De inição original ..................................................................................................................................................................................................................................................................82
3.5.2. Caracterização.........................................................................................................................................................................................................................................................................82
3.5.3. Destinação ................................................................................................................................................................................................................................................................................82
3.6. DESPORTO DE RENDIMENTO ................................................................................................................................................................................................................................................................82
3.6.1. De inição original ..................................................................................................................................................................................................................................................................82
3.6.2. Caracterização.........................................................................................................................................................................................................................................................................83
3.6.3. Destinação ................................................................................................................................................................................................................................................................................83
3.6.4. Vinculação ao Sistema Nacional do Desporto ...........................................................................................................................................................................................................83
3.7. PIRÂMIDE DAS MANIFESTAÇÕES DESPORTIVAS..........................................................................................................................................................................................................................83
3.7.1. Encadeamento das manifestações .................................................................................................................................................................................................................................84
3.7.2. Satisfação pessoal x reconhecimento social...............................................................................................................................................................................................................84
3.7.3. Visibilidade das manifestações esportivas .................................................................................................................................................................................................................84
3.8. VEDAÇÃO DE PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO DE ATLETAS PROFISSIONAIS..............................................................................................................................................................85
3.8.1. Remuneração...........................................................................................................................................................................................................................................................................85
3.8.2. Obrigatoriedade de organização de modo pro issional ........................................................................................................................................................................................85
3.8.3. Caracterização do atleta pro issional ............................................................................................................................................................................................................................85
3.8.4. Pagamento de atletas não pro issionais (Bolsa Auxílio).......................................................................................................................................................................................86
3.8.5. Parecer da Consultoria Jurídica do Ministério do Esporte sobre “atleta pro issional” e “competição pro issional” .................................................................86
3.9. VEDAÇÃO DE DESPESAS COM ATIVIDADES DESPORTIVAS PROFISSIONAIS....................................................................................................................................................................86
3.9.1. Manutenção de equipes desportivas pro issionais. ................................................................................................................................................................................................87
3.9.2. Organização de competições pro issionais ................................................................................................................................................................................................................87
3.9.3. Equívocos sobre o pro issionalismo no esporte.......................................................................................................................................................................................................87
3.10. PROJETOS DESPORTIVOS DE AÇÃO CONTINUADA E SEU PRAZO DE EXECUÇÃO .......................................................................................................................................................88
3.10.1. Ação continuada ..................................................................................................................................................................................................................................................................88
3.10.2. Projetos vinculados ao desporto educacional e de participação (02 anos)...............................................................................................................................................88
3.10.3. Projetos vinculados ao desporto de rendimento (04 anos). ............................................................................................................................................................................88

CAPÍTULO 4
DO CADASTRAMENTO DOS PROPONENTES E DA APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS
4.1. CADASTRAMENTO ELETRÔNICO .........................................................................................................................................................................................................................................................89
4.1.1. Inserção das informações ..................................................................................................................................................................................................................................................89
4.1.2. Login, nº de cadastro e senha de acesso ......................................................................................................................................................................................................................89
4.1.3. Informações adicionais .......................................................................................................................................................................................................................................................89
4.1.4. Informações requeridas no cadastramento eletrônico .........................................................................................................................................................................................90
4.1.5. Regularidade cadastral........................................................................................................................................................................................................................................................91
4.1.6. Atualização dos dados .........................................................................................................................................................................................................................................................91
4.1.7. Entidade desportiva com mais de um CNPJ ...............................................................................................................................................................................................................91
4.1.8. Usuário inativo........................................................................................................................................................................................................................................................................91
4.1.9. Cadastramento de pessoas jurídicas de direito público .......................................................................................................................................................................................91
4.1.10. Cadastramento de pessoas jurídicas inabilitadas .................................................................................................................................................................................................91
4.2. COMPOSIÇÃO DO PROJETO DESPORTIVO E SEU FORMULÁRIO OFICIAL ..........................................................................................................................................................................91
4.2.1. Estruturação do projeto desportivo ..............................................................................................................................................................................................................................92
4.2.2. Documentação obrigatória ................................................................................................................................................................................................................................................92
4.2.3. Comprovação de funcionamento do proponente há, no mínimo, 1 ano ........................................................................................................................................................92
4.3. DEFINIÇÃO DO CUSTO DO PROJETO PELA MÉDIA DOS ORÇAMENTOS .............................................................................................................................................................................93
4.3.1. Comprovação de preços e parâmetros de valores (documentação necessária).........................................................................................................................................93
4.3.2. Orçamento de inido até pela média dos valores apresentados .........................................................................................................................................................................93
4.3.3. Outros critérios para de inição de preços dos itens do projeto ........................................................................................................................................................................93
4.4. COMPROVAÇÃO DA CAPACIDADE TÉCNICA OPERATIVA DO PROPONENTE ....................................................................................................................................................................94
4.4.1. Aptidão do proponente para execução do projeto ..................................................................................................................................................................................................94
4.4.2. Informações anexas ..............................................................................................................................................................................................................................................................94
4.4.3. Atividades regulares e habituais do proponente (capacidade presumida)..................................................................................................................................................94
4.5. EXIGÊNCIAS ADICIONAIS QUANTO À OBRA OU SERVIÇO DE ENGENHARIA ...................................................................................................................................................................94
4.5.1. Documentação técnica.........................................................................................................................................................................................................................................................95
4.5.2. Construção, reforma ou ampliação ................................................................................................................................................................................................................................95
4.5.3. Elementos constitutivos obrigatórios do projeto básico de obras de engenharia ....................................................................................................................................95

12
4.5.4. Documentação complementar .........................................................................................................................................................................................................................................95
4.5.5. Sequência de procedimentos............................................................................................................................................................................................................................................96
4.5.6. Estudos técnicos preliminares (viabilidade e anteprojeto) ................................................................................................................................................................................96
4.5.7. Projeto básico ..........................................................................................................................................................................................................................................................................96
4.5.8. Exigência posterior de alvarás, autorizações e licenças (projeto executivo) ...............................................................................................................................................96
4.5.9. Recomendações do Tribunal de Contas da União (Cartilha de Obras Públicas) ........................................................................................................................................96
4.5.10. Elementos do projeto básico ..........................................................................................................................................................................................................................................97
4.5.11. Outros requisitos a serem observados no projeto básico .................................................................................................................................................................................97
4.5.12. Detalhamento do custo global da obra ......................................................................................................................................................................................................................97
4.5.13. De inição do custo com base no SINAPI ....................................................................................................................................................................................................................97
4.5.14. Projetos de pequeno e médio porte ............................................................................................................................................................................................................................97
4.5.15. Projeto básico de iciente..................................................................................................................................................................................................................................................98
4.5.16. Reavaliação e acompanhamento da Caixa Econômica Federal .......................................................................................................................................................................98
4.5.17. Manual de Obras Públicas do Ministério do Planejamento ..............................................................................................................................................................................98
4.5.18. Projeto desportivo exclusivo para obras de engenharia ....................................................................................................................................................................................98
4.5.19. Destinação do imóvel após investimento público.................................................................................................................................................................................................99
4.6. COMPROVAÇÃO DA PROPRIEDADE DO IMÓVEL EM CASO DE CONSTRUÇÃO OU REFORMA E PREVISÃO DA SUA UTILIZAÇÃO PÚBLICA.........................................99
4.6.1. Título de propriedade e certidão de registro de imóveis .....................................................................................................................................................................................99
4.6.2. Cláusula de inalienabilidade .............................................................................................................................................................................................................................................99
4.6.3. Consequências da extinção da entidade proponente de natureza privada ...............................................................................................................................................100
4.6.4. Cessão de uso de terreno público ................................................................................................................................................................................................................................100
4.6.5. Bene ício social (educacional, de participação ou rendimento) ....................................................................................................................................................................100
4.7. VEDAÇÃO DE PROJETO DESTINADO À AQUISIÇÃO DE IMÓVEL .........................................................................................................................................................................................100
4.7.1. Bloqueio de análise ............................................................................................................................................................................................................................................................100
4.7.2. Doação de imóveis..............................................................................................................................................................................................................................................................100
4.8. PARECER DE ENGENHEIRO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL ...........................................................................................................................................................................101
4.8.1. Viabilidade do projeto ......................................................................................................................................................................................................................................................101
4.9. ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DA EXECUÇÃO DA OBRA .............................................................................................................................................................................101
4.9.1. Previsão de despesa ..........................................................................................................................................................................................................................................................101
4.9.2. Despesas de acompanhamento e monitoramento da execução da obra ....................................................................................................................................................101
4.10. DOCUMENTAÇÃO COMPLEMENTAR PARA PROJETOS EM GERAL ..................................................................................................................................................................................102
4.10.1. Lei nº 9.615/98, art. 18 .................................................................................................................................................................................................................................................102
4.10.2. Sistema Nacional do Desporto – SND ......................................................................................................................................................................................................................102
4.10.3. Lei nº 9.615/98, art. 23 .................................................................................................................................................................................................................................................102
4.11. DESPESAS ADMINISTRATIVAS.........................................................................................................................................................................................................................................................102
4.11.1. Atividade-meio x Atividade- im (como identi icar corretamente uma despesa) .................................................................................................................................103
4.11.2. Mapeamento das despesas. .........................................................................................................................................................................................................................................103
4.11.3. Previsão especí ica e conjunta das despesas administrativas no orçamento do projeto .................................................................................................................104
4.11.4. Despesas estritamente para manutenção da entidade desportiva.............................................................................................................................................................104
4.12. ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS ........................................................................................................................................................................................................................................104
4.12.1. Custos indiretos ................................................................................................................................................................................................................................................................104
4.12.2. De inição de encargos sociais .....................................................................................................................................................................................................................................104
4.12.3. De inição de encargos trabalhistas ..........................................................................................................................................................................................................................105
4.12.4. Cálculos....................................................................................................................................................................................................................................................................................................105
4.12.5. Contrato de trabalho a prazo determinado ..........................................................................................................................................................................................................105
4.13. SERVIÇOS DE PRODUÇÃO (ELABORAÇÃO DE PROJETOS E CAPTAÇÃO DE RECURSOS)........................................................................................................................................105
4.13.1. Contratação de pro issionais especializados .......................................................................................................................................................................................................105
4.13.2. Práticas de mercado .......................................................................................................................................................................................................................................................106
4.13.3. Escalonamento da remuneração dos serviços de produção .........................................................................................................................................................................106
4.13.4. Divisão dos recursos entre elaboração e captação ............................................................................................................................................................................................106
4.13.5. Cálculo do montante dos serviços de produção .................................................................................................................................................................................................106
4.13.6. Excepcionalidade dos projetos de engenharia (serviços de produção) ...................................................................................................................................................107
4.13.7. Captação exclusiva junto às pessoas ísicas ..........................................................................................................................................................................................................107
4.14. PROIBIÇÃO DE PAGAMENTO DE INTERMEDIAÇÃO ...............................................................................................................................................................................................................108
4.14.1. Intermediação ...................................................................................................................................................................................................................................................................108
4.14.2. Serviços de elaboração de projetos ou captação de recursos.......................................................................................................................................................................108
4.15. PROIBIÇÃO DE DESPESAS COM PUBLICIDADE EM MEIOS DE COMUNICAÇÃO.........................................................................................................................................................108
4.15.1. Despesas com mídia. ......................................................................................................................................................................................................................................................108
4.15.2. Material promocional, de divulgação e internet .................................................................................................................................................................................................109
4.16. RECEITAS DO PROJETO DESPORTIVO ..........................................................................................................................................................................................................................................109
4.16.1. Previsão de receitas ........................................................................................................................................................................................................................................................109
4.16.2. Omissão de receitas ........................................................................................................................................................................................................................................................109
4.17. COBRANÇA DE VALOR PECUNIÁRIO EM FACE DOS BENEFICIÁRIOS ............................................................................................................................................................................109
4.17.1. Princípio da gratuidade .................................................................................................................................................................................................................................................109
4.17.2. Prática de atividade regular desportiva. ................................................................................................................................................................................................................109
4.17.3. Contrapartida dos projetos com cobrança de ingresso ...................................................................................................................................................................................109
4.18. CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE ..................................................................................................................................................................................................................................................109
4.18.1. Pessoas idosas ...................................................................................................................................................................................................................................................................110
4.18.2. Pessoas com de iciência ................................................................................................................................................................................................................................................110
4.18.3. Demonstração do atendimento (obrigatoriedade) ...........................................................................................................................................................................................110
4.18.4. Projetos paradesportivos .............................................................................................................................................................................................................................................110
4.19. DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO AOS PROJETOS DESPORTIVOS ......................................................................................................................................................................................110
4.19.1. Espírito de coletividade.................................................................................................................................................................................................................................................110

13
CAPÍTULO 5
DA ANÁLISE E APROVAÇÃO DOS PROJETOS
5.1. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS DO PROJETO DESPORTIVO ..................................................................................................................................................................................111
5.1.1. Regulamentação pelo Ministério do Esporte..........................................................................................................................................................................................................111
5.1.2. Portarias Ministeriais ....................................................................................................................................................................................................................................................................111
5.1.3. Histórico de regulamentação.........................................................................................................................................................................................................................................111
5.2. ENCAMINHAMENTO DOS PROJETOS DESPORTIVOS (FORMULÁRIO IMPRESSO) ......................................................................................................................................................112
5.2.1. Protocolo direto no Ministério do Esporte ..............................................................................................................................................................................................................112
5.2.2. Remessa pelo Correio .......................................................................................................................................................................................................................................................112
5.2.3. Informações sobre o projeto ..........................................................................................................................................................................................................................................112
5.3. PERÍODO PARA PROTOCOLO DE PROJETOS.................................................................................................................................................................................................................................114
5.3.1. Atenção ao prazo.................................................................................................................................................................................................................................................................114
5.3.2. Pautas anuais de analise dos projetos .......................................................................................................................................................................................................................114
5.4. TRAMITAÇÃO INICIAL DOS PROJETOS PROTOCOLADOS .......................................................................................................................................................................................................114
5.4.1. Avaliação preliminar (análise de admissibilidade)..............................................................................................................................................................................................114
5.5. INADIMPLEMENTO NO SIAFI E/OU APRESENTAÇÃO INCORRETA DA DOCUMENTAÇÃO ......................................................................................................................................114
5.5.1. Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) ........................................................................................................................................114
5.5.2. Apresentação incorreta da documentação (arquivamento imediato).........................................................................................................................................................115
5.5.3. Conferência da documentação ......................................................................................................................................................................................................................................115
5.6. PARECER DA ÁREA TÉCNICA ..............................................................................................................................................................................................................................................................115
5.6.1. Criação de grupo técnico especializado ....................................................................................................................................................................................................................115
5.6.2. Viabilidade técnica .............................................................................................................................................................................................................................................................115
5.6.3. Viabilidade orçamentária................................................................................................................................................................................................................................................115
5.6.4. Atestamento de capacidade técnico-operativa ......................................................................................................................................................................................................116
5.6.5. Determinação de diligências..........................................................................................................................................................................................................................................116
5.6.6. Pronunciamento complementar ..................................................................................................................................................................................................................................116
5.7. TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA ................................................................................................................................................................................................................................................................116
5.7.1. Declaração de apoio (patrocínio ou doação) ..........................................................................................................................................................................................................116
5.7.2. Calendário esportivo o icial ...........................................................................................................................................................................................................................................117
5.7.3. Renovação de projeto executado ou em execução................................................................................................................................................................................................118
5.8. DILIGÊNCIAS ..............................................................................................................................................................................................................................................................................................118
5.8.1. Obstrução no andamento do projeto .........................................................................................................................................................................................................................118
5.8.2. Não cumprimento de diligência ...................................................................................................................................................................................................................................118
5.9. PARÂMETROS PARA ANÁLISE DOS PROJETOS............................................................................................................................................................................................................................118
5.9.1. Parâmetros de não concentração ................................................................................................................................................................................................................................119
5.9.2. Não concentração por proponente .............................................................................................................................................................................................................................119
5.9.3. Não concentração por modalidade desportiva ......................................................................................................................................................................................................119
5.9.4. Não concentração por manifestação desportiva ...................................................................................................................................................................................................119
5.9.5. Não concentração por regiões geográ icas nacionais .........................................................................................................................................................................................119
5.9.6. Capacidade técnico-operativa do proponente .......................................................................................................................................................................................................119
5.9.7. Inexistência de outro patrocínio, doação ou bene ício especí ico .................................................................................................................................................................120
5.10. INCLUSÃO SOCIAL POR MEIO DO ESPORTE ..............................................................................................................................................................................................................................120
5.10.1. Atendimento às comunidades em situações de vulnerabilidade social ...................................................................................................................................................120
5.11. LIMITAÇÕES QUANTO AO NÚMERO DE PROJETOS POR PROPONENTE .......................................................................................................................................................................120
5.11.1. Seis projetos por ano-calendário ..............................................................................................................................................................................................................................120
5.12. MOTIVOS DETERMINANTES PARA A NÃO APROVAÇÃO DE PROJETOS ........................................................................................................................................................................120
5.12.1. Destinados a circuitos privados .................................................................................................................................................................................................................................120
5.12.2. Seleção de atletas .............................................................................................................................................................................................................................................................121
5.12.3. Comprovada capacidade de atrair investimentos..............................................................................................................................................................................................121
5.13. PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO.......................................................................................................................................................................................................................................................121
5.13.1. Recurso administrativo .................................................................................................................................................................................................................................................121
5.13.2. Prazo para interposição ................................................................................................................................................................................................................................................121
5.13.3. Análise do pedido de reconsideração .....................................................................................................................................................................................................................122
5.13.4. Irrecorribilidade do julgamento do pedido de reconsideração ...................................................................................................................................................................122
5.13.5. Alteração no projeto original ......................................................................................................................................................................................................................................122
5.14. DEVOLUÇÃO DOS PROJETOS ............................................................................................................................................................................................................................................................122
5.14.1. Atendimento tempestivo de diligência ...................................................................................................................................................................................................................122
5.14.2. Indeferimento do projeto ou do pedido de reconsideração ..........................................................................................................................................................................122

CAPÍTULO 6
DA CAPTAÇÃO DE RECURSOS
6.1. EFICÁCIA DA APROVAÇÃO E PUBLICAÇÃO ...................................................................................................................................................................................................................................123
6.1.1. Projeto aprovado e autorizado para captação (Noti icação pelo Ministério do Esporte) ...................................................................................................................123
6.1.2. Comprovação da aprovação do projeto.....................................................................................................................................................................................................................123
6.1.3. Valor autorizado para captação ....................................................................................................................................................................................................................................123
6.1.4. Especi icação se patrocínio ou doação ......................................................................................................................................................................................................................123
6.1.5. Período de captação ..........................................................................................................................................................................................................................................................124
6.1.6. Exemplo de publicação de autorização no Diário O icial da União ...............................................................................................................................................................124
6.1.7. Veri icação da correta publicação do extrato .........................................................................................................................................................................................................124
6.2. VEDAÇÃO DE CAPTAÇÃO EXCEDENTE AO VALOR AUTORIZADO .......................................................................................................................................................................................125
6.2.1. Controle dos depósitos pelo proponente .................................................................................................................................................................................................................125

14
6.2.2. Mecanismos de controle pelos bancos ......................................................................................................................................................................................................................125
6.3. NECESSIDADE DE PLENA REGULARIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA DO PROPONENTE............................................................................................................................................125
6.3.1. Previsão de certidões ........................................................................................................................................................................................................................................................125
6.3.2. Prazo para apresentação das certidões ....................................................................................................................................................................................................................125
6.4. INÍCIO DA CAPTAÇÃO .............................................................................................................................................................................................................................................................................125
6.4.1. Período autorizado ............................................................................................................................................................................................................................................................125
6.4.2. Plano de captação ...............................................................................................................................................................................................................................................................126
6.5. CONTA CORRENTE PARA CAPTAÇÃO DOS RECURSOS ............................................................................................................................................................................................................126
6.5.1. Vinculação a bancos com controle acionário da União ......................................................................................................................................................................................126
6.5.2. Valores não dedutíveis por procedimento irregular de depósito ..................................................................................................................................................................126
6.6. RESPONSABILIDADE PELA ABERTURA DAS CONTAS CORRENTES ..................................................................................................................................................................................126
6.6.1. Obrigação do Ministério do Esporte...........................................................................................................................................................................................................................126
6.6.2. Indicação do banco e agência no formulário eletrônico ....................................................................................................................................................................................126
6.6.3. Tipos de agência e prioridade ao Banco do Brasil ...............................................................................................................................................................................................127
6.7. CONTA CORRENTE BLOQUEADA E DE LIVRE MOVIMENTAÇÃO ........................................................................................................................................................................................127
6.7.1. Procedimento de regularização da conta bloqueada ..........................................................................................................................................................................................127
6.7.2. Autorização de acesso exclusivo do Ministério do Esporte à conta bloqueada .......................................................................................................................................127
6.7.3. Delegação de competência .............................................................................................................................................................................................................................................128
6.7.4. Efetivação da abertura da conta corrente de livre movimentação................................................................................................................................................................128
6.7.5. Destinação de saldo ao inal da execução do projeto ..........................................................................................................................................................................................128
6.8. COMUNICAÇÃO SOBRE A CAPTAÇÃO DE RECURSOS ...............................................................................................................................................................................................................128
6.8.1. Prazo e forma de comunicação pelo proponente (recibo eletrônico) .........................................................................................................................................................128
6.8.2. Cadastramento prévio dos dados do apoiador (doador ou patrocinador)................................................................................................................................................129
6.8.3. Cadastramento eletrônico dos recibos (informações necessárias) ..............................................................................................................................................................130
6.8.4. Remessa do recibo cadastrado ao Ministério do Esporte .................................................................................................................................................................................132
6.8.5. Situação dos recibos cadastrados ................................................................................................................................................................................................................................133
6.8.6. Declaração de recebimento de incentivo (Recibo provisório) ........................................................................................................................................................................133
6.8.7. Obrigação subsidiária dos bancos ...............................................................................................................................................................................................................................133
6.9. INÍCIO DE EXECUÇÃO COM CAPTAÇÃO PARCIAL E/OU CONTRATO DE PATROCÍNIO ..............................................................................................................................................134
6.9.1. Execução com captação parcial ....................................................................................................................................................................................................................................134
6.9.2. Execução com captação vinculada a Contrato de Patrocínio ...........................................................................................................................................................................134
6.9.3. Execução com captação parcial para projetos de ação continuada ..............................................................................................................................................................135
6.9.4. Regras para o ajuste do Plano de Trabalho .............................................................................................................................................................................................................135
6.9.5. Tramitação e modelo do pedido de início de execução com captação parcial .........................................................................................................................................135
6.10. ENCERRAMENTO DO PERÍODO DE CAPTAÇÃO E POSSIBILIDADES DE PRORROGAÇÃO......................................................................................................................................136
6.10.1. Pedido de prorrogação de prazo ...............................................................................................................................................................................................................................136
6.10.2. Período não autorizado .................................................................................................................................................................................................................................................136
6.10.3. Modelo de o ício solicitando prorrogação do prazo de captação................................................................................................................................................................136
6.11. TERMO DE COMPROMISSO ...............................................................................................................................................................................................................................................................137
6.11.1. Finalização da captação e requerimento de início de execução ..................................................................................................................................................................138
6.11.2. Desbloqueio de recursos ..............................................................................................................................................................................................................................................138
6.11.3. Sequência de procedimentos ......................................................................................................................................................................................................................................138
6.11.4. Cronograma de Execução Físico-Financeiro (Desembolso mensal do projeto) ...................................................................................................................................139
6.11.5. Plano Básico de Identidade Visual do projeto aprovado ................................................................................................................................................................................140
6.11.6. Rescisão voluntária do Termo de Compromisso (desistência do proponente) ....................................................................................................................................140
6.11.7. Rescisão motivada do Termo de Compromisso (pelo Ministério do Esporte) ......................................................................................................................................140
6.11.8. Foro judicial competente ..............................................................................................................................................................................................................................................140
6.11.9. Modelo do Termo de Compromisso .........................................................................................................................................................................................................................140
6.11.10. Renovação de projetos ................................................................................................................................................................................................................................................142

CAPÍTULO 7
DA EXECUÇÃO DOS PROJETOS
7.1. MOVIMENTAÇÃO DOS RECURSOS FINANCEIROS EM CONTA EXCLUSIVA ......................................................................................................................................................................143
7.1.1. Movimentação especí ica ................................................................................................................................................................................................................................................143
7.1.2. Gestão vinculada através da conta de livre movimentação ..............................................................................................................................................................................143
7.2. PAGAMENTO APENAS DAS DESPESAS AUTORIZADAS ............................................................................................................................................................................................................143
7.2.1. Operações bancárias .........................................................................................................................................................................................................................................................144
7.2.2. Vedação de saques em dinheiro ...................................................................................................................................................................................................................................144
7.2.3. Restrição de remanejamento.........................................................................................................................................................................................................................................144
7.3. APLICAÇÃO DOS RECURSOS NO MERCADO FINANCEIRO .....................................................................................................................................................................................................144
7.3.1. Aplicação dos recursos da conta bloqueada ...........................................................................................................................................................................................................144
7.3.2. Utilização do rendimento da conta bloqueada ......................................................................................................................................................................................................144
7.3.3. Aplicação dos recursos da conta de livre movimentação..................................................................................................................................................................................144
7.3.4. Planilhas de controle inanceiro...................................................................................................................................................................................................................................145
7.3.5. Liberdade relativa para destinação dos rendimentos ........................................................................................................................................................................................145
7.3.6. Restrições para destinação dos rendimentos.........................................................................................................................................................................................................145
7.4. CONCILIAÇÃO BANCÁRIA DA CONTA DE LIVRE MOVIMENTAÇÃO....................................................................................................................................................................................145
7.4.1. Comprovação de sua regular destinação ..................................................................................................................................................................................................................145
7.4.2. Cópia de extratos ................................................................................................................................................................................................................................................................145
7.4.3. Gestão inanceira responsável do projeto desportivo ........................................................................................................................................................................................145
7.5. REALIZAÇÃO DE DESPESAS .................................................................................................................................................................................................................................................................145
7.5.1. Vedação de pagamento de despesas pré-existentes ............................................................................................................................................................................................146

15
7.5.2. Vedação expressa da antecipação do pagamento dos serviços de produção ...........................................................................................................................................146
7.5.3. Vedação de antecipação de pagamento.....................................................................................................................................................................................................................146
7.6. AQUISIÇÃO DE BENS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS POR ENTIDADES DE NATUREZA PRIVADA ....................................................................................................................146
7.6.1. Busca da melhor proposta ..............................................................................................................................................................................................................................................146
7.6.2. Princípios da impessoalidade, moralidade e economicidade..........................................................................................................................................................................147
7.7. COTAÇÃO PRÉVIA DE PREÇOS ............................................................................................................................................................................................................................................................147
7.7.1. Procedimentos especí icos .............................................................................................................................................................................................................................................147
7.7.2. Exemplo de processo de Cotação de Preços............................................................................................................................................................................................................147
7.8. DISPENSA DA COTAÇÃO PRÉVIA DE PREÇOS ..............................................................................................................................................................................................................................149
7.8.1. Casos excepcionais .............................................................................................................................................................................................................................................................149
7.8.2. Serviços técnicos pro issionais especializados......................................................................................................................................................................................................149
7.8.3. Cessão de direitos patrimoniais pelo autor.............................................................................................................................................................................................................149
7.9. PADRONIZAÇÃO DO CONTRATO CELEBRADO ENTRE PROPONENTE E FORNECEDORES .....................................................................................................................................150
7.9.1. Vinculação ao resultado da cotação prévia de preços ........................................................................................................................................................................................150
7.10. FORMALIZAÇÃO DE CADA PROCESSO DE COMPRA...............................................................................................................................................................................................................150
7.10.1. Comprovação de regularidade procedimental ....................................................................................................................................................................................................150
7.11. CONTEÚDO DOS DOCUMENTOS EM LÍGUA PORTUGUESA .................................................................................................................................................................................................151
7.11.1. Materiais e equipamentos importados...................................................................................................................................................................................................................151
7.12. CONSIDERAÇÕES SOBRE O PREGÃO ELETRÔNICO................................................................................................................................................................................................................151
7.12.1. Leilão reverso ....................................................................................................................................................................................................................................................................151
7.12.2. Não obrigatoriedade em face do proponente de natureza privada............................................................................................................................................................151
7.13. AQUISIÇÃO DE BENS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS POR ÓRGÃOS E ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..............................................................................151
7.13.1. Pregão eletrônico e licitação para entes públicos ..............................................................................................................................................................................................151
7.14. EMISSÃO DOS COMPROVANTES DE PAGAMENTO EM NOME DO PROPONENTE .....................................................................................................................................................152
7.14.1. Identi icação dos documentos iscais......................................................................................................................................................................................................................152
7.14.2. Pagamento de autônomos (RPA)...............................................................................................................................................................................................................................152
7.14.3. Carimbos dos documentos...........................................................................................................................................................................................................................................153
7.14.4. Quitação ...............................................................................................................................................................................................................................................................................153
7.15. REMANEJAMENTO DE RECURSOS .................................................................................................................................................................................................................................................154
7.15.1. Plano de trabalho ajustado ..........................................................................................................................................................................................................................................154
7.15.2. Aprovação prévia pela Comissão Técnica ..............................................................................................................................................................................................................154
7.15.3. Instruções para remanejamento (Tutorial)..........................................................................................................................................................................................................154
7.16. PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE EXECUÇÃO DO PROJETO.....................................................................................................................................................................................................155
7.16.1. Pedido fundamentado....................................................................................................................................................................................................................................................155
7.16.2. Aditamento do Termo de Compromisso ................................................................................................................................................................................................................155

CAPÍTULO 8
DO ACOMPANHAMENTO, AVALIAÇÃO, PRESTAÇÃO DE CONTAS E FISCALIZAÇÃO
8.1. SIGILO BANCÁRIO RELATIVO .............................................................................................................................................................................................................................................................157
8.1.1. Monitoramento ....................................................................................................................................................................................................................................................................157
8.2. QUALIDADE DE RECURSO INCENTIVADO .....................................................................................................................................................................................................................................157
8.2.1. Depósito vinculado ............................................................................................................................................................................................................................................................157
8.3. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO .....................................................................................................................................................................................................................................................157
8.3.1. Compromisso público .......................................................................................................................................................................................................................................................158
8.3.2. E iciência na utilização dos recursos .........................................................................................................................................................................................................................158
8.4. DELEGAÇÃO DAS ATIVIDADES DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO TÉCNICA .....................................................................................................................................................158
8.4.1. Avaliação “in loco” ..............................................................................................................................................................................................................................................................158
8.5. PERÍODO DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO TÉCNICA.................................................................................................................................................................................................158
8.5.1. Sujeição à iscalização do TCU ......................................................................................................................................................................................................................................158
8.6. PERÍCIA NOS PROJETOS DESPORTIVOS .........................................................................................................................................................................................................................................158
8.6.1. Vistoria de especialistas ..................................................................................................................................................................................................................................................159
8.7. OBRIGAÇÃO DE PRESTAR CONTAS AO MINISTÉRIO DO ESPORTE ....................................................................................................................................................................................159
8.7.1. Previsão constitucional ....................................................................................................................................................................................................................................................159
8.7.2. Prazo para apresentar a prestação de contas inal ..............................................................................................................................................................................................159
8.8. PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL ....................................................................................................................................................................................................................................................159
8.8.1. Necessidade de prestação de contas parcial...........................................................................................................................................................................................................159
8.8.2. Responsável pelo encaminhamento ...........................................................................................................................................................................................................................159
8.8.3. Documentos exigidos na prestação de contas parcial ........................................................................................................................................................................................160
8.8.4. Instruções para prestação de contas parcial ..........................................................................................................................................................................................................160
8.8.5. Condicionamento da parcela subsequente..............................................................................................................................................................................................................160
8.9. PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAL..........................................................................................................................................................................................................................................................160
8.9.1. Procedimentos gerais .......................................................................................................................................................................................................................................................161
8.9.2. Repercussão do projeto ...................................................................................................................................................................................................................................................161
8.9.3. Arquivamento dos documentos originais ................................................................................................................................................................................................................161
8.9.4. Recolhimento do saldo residual ...................................................................................................................................................................................................................................161
8.9.5. Instruções especí icas para prestação de contas inal ........................................................................................................................................................................................161
8.9.6. Saldo residual do projeto (Guia de Recolhimento da União – GRU) .............................................................................................................................................................161
8.10. FORMULÁRIOS OFICIAIS PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS....................................................................................................................................................................................................162
8.10.1. Formulários o iciais ........................................................................................................................................................................................................................................................162
8.11. LAUDO DE AVALIAÇÃO ........................................................................................................................................................................................................................................................................162

16
8.11.1. Aspecto técnico .................................................................................................................................................................................................................................................................163
8.11.2. Aspecto inanceiro ...........................................................................................................................................................................................................................................................163
8.12. PRAZO MÁXIMO PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS .....................................................................................................................................................................................................................164
8.12.1. Prazo complementar ......................................................................................................................................................................................................................................................164
8.13. INADIMPLÊNCIA NA PRESTAÇÃO DE CONTAS .........................................................................................................................................................................................................................164
8.13.1. Cadastramento no SIAFI ...............................................................................................................................................................................................................................................164
8.13.2. Demais consequências...................................................................................................................................................................................................................................................164
8.14. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL .....................................................................................................................................................................................................................................................165
8.14.1. Apuração de irregularidades e seus responsáveis ............................................................................................................................................................................................165
8.14.2. Dever funcional de instauração da tomada de contas especial....................................................................................................................................................................165
8.15. SITUAÇÕES DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL .....................................................................................................................................................................................................................165
8.15.1. Encaminhamentos ...........................................................................................................................................................................................................................................................165
8.16. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL NO ÂMBITO DO TCU ..........................................................................................................................................................................................................165
8.16.1. Tribunal de Contas da União – TCU..........................................................................................................................................................................................................................166
8.17. FISCALIZAÇÃO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL ................................................................................................................................................................................................................166
8.17.1. Disciplinamento do tratamento tributário ...........................................................................................................................................................................................................166
8.18. DEFINIÇÃO DAS INFRAÇÕES ............................................................................................................................................................................................................................................................166
8.18.1. Desvio de inalidade........................................................................................................................................................................................................................................................167
8.18.2. Adiamento, antecipação ou cancelamento, sem justa causa .........................................................................................................................................................................167
8.19. PENALIDADES .........................................................................................................................................................................................................................................................................................167
8.19.1. Responsabilidade solidária do proponente ..........................................................................................................................................................................................................168
8.20. DIFICULTAÇÃO DA FISCALIZAÇÃO GOVERNAMENTAL ........................................................................................................................................................................................................168
8.20.1. Colaboração na iscalização .........................................................................................................................................................................................................................................168
8.21. TRANSPARÊNCIA ADMINISTRATIVA ............................................................................................................................................................................................................................................168
8.21.1. Divulgação pelo TCU .......................................................................................................................................................................................................................................................168
8.22. DIVULGAÇÃO DOS PROJETOS PELO MINISTÉRIO DO ESPORTE.......................................................................................................................................................................................168
8.22.1. Divulgação no site do Ministério do Esporte .......................................................................................................................................................................................................168
8.23. IDENTIDADE VISUAL DOS PROJETOS DESPORTIVOS............................................................................................................................................................................................................169
8.23.1. Critérios de inserção.......................................................................................................................................................................................................................................................169
8.23.2. Alcance a projetos culturais e de produção audiovisual .................................................................................................................................................................................169
8.23.3. Manual de Identidade Visual ......................................................................................................................................................................................................................................169
8.23.4. Plano Básico de Divulgação da Identidade Visual .............................................................................................................................................................................................170
8.23.5. Dúvidas ou divergências sobre os modos de aplicação ...................................................................................................................................................................................170
8.23.6. Regra de proporcionalidade de inserções .............................................................................................................................................................................................................170
8.23.7. Proibição de modi icação das logomarcas o iciais ............................................................................................................................................................................................171
8.23.8. Vedações quanto ao título dos projetos .................................................................................................................................................................................................................171
8.23.9. Reiteração de condutas violadoras das normas de identidade visual ......................................................................................................................................................171
8.23.10. Relatório de cumprimento das especi icações de identidade visual ......................................................................................................................................................171
8.23.11. Comprovação da regular identidade visual do projeto .................................................................................................................................................................................171
8.24. MONITORAMENTO DO VOLUME DE RECURSOS DESTINADOS A PROJETOS DESPORTIVOS ..............................................................................................................................171
8.24.1. Declaração de bene ícios iscais ................................................................................................................................................................................................................................172
8.25. RELATÓRIOS OFICIAIS PARA O CONGRESSO NACIONAL.....................................................................................................................................................................................................172
8.25.1. Informações sobre a utilização dos recursos incentivados ...........................................................................................................................................................................172
8.25.2. Comando válido também para a Lei de Incentivo à Cultura ..........................................................................................................................................................................172

CAPÍTULO 9
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DESPORTIVOS POR MEIO ELETRÔNICO
9.1. GUIA PRÁTICO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DESPORTIVO ........................................................................................................................................................................................173
9.1.1. Passo a passo ........................................................................................................................................................................................................................................................................173
9.1.2. Montagem do projeto desportivo ............................................................................................................................................................................................................173
9.1.3. Importância da juntada de informações em anexo ..............................................................................................................................................................................................173
9.1.4. Formulários eletrônicos (Sistema da Lei de Incentivo ao Esporte) ..............................................................................................................................................................173
9.1.5. Inovação tecnológica .........................................................................................................................................................................................................................................................174
9.1.6. Estrutura do formulário eletrônico ............................................................................................................................................................................................................................174
9.1.7. Adequação quanto à forma de apresentação do projeto ...................................................................................................................................................................................174
9.1.8. Manutenção da avaliação técnica e orçamentária ................................................................................................................................................................................................175
9.1.9. Contingenciamento de projetos formulados precariamente ...........................................................................................................................................................................175
9.1.10. Vantagem do sistema modular eletrônico.............................................................................................................................................................................................................175
9.1.11. Levantamento da documentação obrigatória e necessária ...........................................................................................................................................................................175
9.2. COMO ACESSAR O SISTEMA DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE (SISTEMA LIE) .....................................................................................................................................................175
9.2.1. Cadastramento eletrônico do proponente ...............................................................................................................................................................................................................176
9.2.2. Acesso à área restrita ........................................................................................................................................................................................................................................................176
9.2.3. Login e senha ........................................................................................................................................................................................................................................................................177
9.2.4. Usuário inativo.....................................................................................................................................................................................................................................................................177
9.2.5. Gerenciador de Sistemas do Ministério do Esporte.............................................................................................................................................................................................177
9.2.6. Ambiente do gerenciador do Sistema LIE ................................................................................................................................................................................................................178
9.2.7. Navegação pelo sistema ...................................................................................................................................................................................................................................................178
9.2.8. Alteração do cadastro do proponente (Dados Secretária e Coordenador)................................................................................................................................................178
9.2.9. Responsável legal do proponente ................................................................................................................................................................................................................................178
9.2.10. Cadastramento de substituto legal ...........................................................................................................................................................................................................................178
9.2.11. Cadastro de patrocinadores e doadores ................................................................................................................................................................................................................179

17
9.2.12. Cadastro e emissão dos recibos de captação de recursos ..............................................................................................................................................................................179
9.3. COMO CADASTRAR PROJETOS PELO SISTEMA LIE...................................................................................................................................................................................................................179
9.3.1. Central de informações dos projetos cadastrados pelo proponente ............................................................................................................................................................180
9.4. CADASTRAR IDENTIFICAÇÃO .............................................................................................................................................................................................................................................................181
9.4.1. Novos projetos .....................................................................................................................................................................................................................................................................181
9.4.2. Título do projeto .................................................................................................................................................................................................................................................................182
9.4.3. Objetivo resumido ( inalidade e destinação)..........................................................................................................................................................................................................182
9.4.5. Período de execução (início e duração) ....................................................................................................................................................................................................................183
9.4.6. Projetos de execução atemporal ..................................................................................................................................................................................................................................183
9.4.7. Indicação da forma de captação (exclusiva de pessoas ísicas) ......................................................................................................................................................................183
9.4.8. Indicação se o projeto é relativo a obras (serviço de engenharia) ................................................................................................................................................................183
9.4.9. Declaração de patrocínio ou doação...........................................................................................................................................................................................................................183
9.4.10. Local(is) de execução do projeto...............................................................................................................................................................................................................................183
9.4.11. Cadastro de local(is) de execução .............................................................................................................................................................................................................................184
9.4.12. Campo “Evento Esportivo” ...........................................................................................................................................................................................................................................184
9.4.13. Tipo de evento ...................................................................................................................................................................................................................................................................185
9.4.14. Quando assinalar a opção “sim” para “evento esportivo”...............................................................................................................................................................................185
9.4.15. Incluir/retirar evento.....................................................................................................................................................................................................................................................185
9.4.16. Campo “Núcleo” ................................................................................................................................................................................................................................................................185
9.4.17. Quando assinalar a opção “sim” para “núcleos” .................................................................................................................................................................................................186
9.4.18. Incluir/retirar núcleos...................................................................................................................................................................................................................................................186
9.4.19. Campo “manifestação esportiva” ..............................................................................................................................................................................................................................187
9.4.20. Campo “desportivo” e “paradesportivo”: Vide item 1.6 deste Manual. .....................................................................................................................................................187
9.4.21. Campo “modalidade” ......................................................................................................................................................................................................................................................187
9.4.22. Campo “breve descrição do público bene iciário” .............................................................................................................................................................................................187
9.4.23. Público Alvo (bene iciários diretos do projeto desportivo) ..........................................................................................................................................................................187
9.4.24. Estudantes (bene iciários obrigatórios de projetos educacionais)............................................................................................................................................................188
9.4.25. Informações da conta corrente do projeto ...........................................................................................................................................................................................................188
9.5. CADASTRAR OBJETIVOS........................................................................................................................................................................................................................................................................189
9.5.1. Objeto do projeto ................................................................................................................................................................................................................................................................189
9.5.2. Devida adequação à manifestação desportiva citada .........................................................................................................................................................................................189
9.5.3. Exemplos ................................................................................................................................................................................................................................................................................189
9.5.4. Delimitação e especi icação dos atendidos .............................................................................................................................................................................................................190
9.5.5. Exemplos ................................................................................................................................................................................................................................................................................190
9.5.6. Coerência das informações relativas ao público bene iciário .........................................................................................................................................................................191
9.5.7. O que se pretende alcançar com seu desenvolvimento (resultados esperados).....................................................................................................................................191
9.5.8. Exemplos ................................................................................................................................................................................................................................................................................191
9.6. CADASTRAR METODOLOGIA ..............................................................................................................................................................................................................................................................192
9.6.1. Procedimentos, técnicas e instrumentos a serem utilizados ...........................................................................................................................................................................192
9.6.2. Viabilidade e aprovação do plano de trabalho .......................................................................................................................................................................................................192
9.6.3. Detalhamento das fases de execução .........................................................................................................................................................................................................................192
9.6.4. Exemplo ..................................................................................................................................................................................................................................................................................192
9.6.5. Arquivos em anexo de caráter obrigatório ..............................................................................................................................................................................................................195
9.6.6. Informações sobre os tipos de arquivo anexo ........................................................................................................................................................................................................196
9.7. CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES SOBRE OS OBJETIVOS E A METODOLOGIA ..................................................................................................................................................197
9.7.1. Quadro de horário dos pro issionais e suas atribuições....................................................................................................................................................................................197
9.7.2. Critérios para seleção dos pro issionais envolvidos (contratação de pessoal) .......................................................................................................................................197
9.7.3. Contratação de pessoa certa e determinada ...........................................................................................................................................................................................................197
9.7.4. Carta de vínculo (anuência) ...........................................................................................................................................................................................................................................197
9.7.5. Contratação direta x contratação terceirizada.......................................................................................................................................................................................................198
9.7.6. Contratação de estagiários .............................................................................................................................................................................................................................................198
9.7.7. Calendários dos eventos a participar ou a executar ............................................................................................................................................................................................198
9.7.8. Critérios para seleção dos participantes (bene iciário direto do projeto) ................................................................................................................................................198
9.7.9. Políticas públicas para o esporte .................................................................................................................................................................................................................................198
9.7.10. Doutrina e manifestos em prol do esporte ...........................................................................................................................................................................................................198
9.7.11. Acordos de cooperação e reservas de locação (modelo de o ício) .............................................................................................................................................................198
9.7.12. Projetos de engenharia..................................................................................................................................................................................................................................................199
9.8. CADASTRAR JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................................................................................................................................................200
9.8.1. Por que se propõe o projeto e sua importância para o desenvolvimento do esporte...........................................................................................................................200
9.8.2. Projetos de interesse educacional desportivo........................................................................................................................................................................................................201
9.8.3. Projetos de interesse social desportivo ....................................................................................................................................................................................................................201
9.8.4. Uso de indicadores estatísticos (cenário de intervenção). ...............................................................................................................................................................................201
9.8.5. Projetos de interesse de rendimento esportivo ....................................................................................................................................................................................................201
9.8.6. Uso de indicadores esportivos ......................................................................................................................................................................................................................................201
9.8.7. Atlas do esporte no Brasil ...............................................................................................................................................................................................................................................201
9.8.8. Dicionário Enciclopédico Tubino do Esporte .........................................................................................................................................................................................................202
9.8.9. Conveniência de utilização de apoio inanceiro com recursos da Lei nº 11.438/06 ............................................................................................................................202
9.8.10. Exemplos .............................................................................................................................................................................................................................................................................202
9.8.11. Demonstração da capacidade técnico-operativa................................................................................................................................................................................................203
9.8.12. Resumo sequencial..........................................................................................................................................................................................................................................................203
9.8.13. Exemplo de relatório de capacidade técnica operativa ...................................................................................................................................................................................203
9.9. CADASTRAR METAS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS.........................................................................................................................................................................................................204
9.9.1. Metas ........................................................................................................................................................................................................................................................................................204
9.9.2. Metas qualitativas relacionadas ao público bene iciado ...................................................................................................................................................................................204
9.9.3. Metas quantitativas relacionadas ao público bene iciado ................................................................................................................................................................................205

18
9.9.4. Outras metas .........................................................................................................................................................................................................................................................................205
9.9.5. Projetos desportivos educacionais .............................................................................................................................................................................................................................205
9.9.6. Metas de acessibilidade ...................................................................................................................................................................................................................................................205
9.9.7. Re lexos em outros públicos ou regiões do País....................................................................................................................................................................................................205
9.9.8. Projetos de engenharia ....................................................................................................................................................................................................................................................205
9.9.9. Projetos de organização de eventos esportivos.....................................................................................................................................................................................................205
9.9.10. Projetos de participação em eventos esportivos ................................................................................................................................................................................................205
9.9.11. Exemplos .............................................................................................................................................................................................................................................................................205
9.9.12. Mais exemplos e metas de acessibilidade .............................................................................................................................................................................................................207
9.9.13. Monitoramento e avaliação .........................................................................................................................................................................................................................................209
9.10. CADASTRAR ORÇAMENTO ................................................................................................................................................................................................................................................................209
9.10.1. Per il das despesas (Atividade im, atividade meio, elaboração e captação) .........................................................................................................................................210
9.10.2. Etapa 1 – Atividade Fim ................................................................................................................................................................................................................................................210
9.10.3. Cadastramento das ações .............................................................................................................................................................................................................................................211
9.10.4. Mapeamento das ações .................................................................................................................................................................................................................................................211
9.10.5. Previsão de início da ação / retardo do início .....................................................................................................................................................................................................212
9.10.6. Previsão de duração da ação .......................................................................................................................................................................................................................................212
9.10.7. Previsão da fonte de inanciamento da ação ........................................................................................................................................................................................................212
9.10.8. Indicação das outras fontes de recursos ................................................................................................................................................................................................................213
9.10.9. Execução do projeto com inanciamento exclusivo pela Lei nº 11.438/06 ............................................................................................................................................213
9.10.10. Detalhamento dos outros recursos e receitas...................................................................................................................................................................................................213
9.10.11. Vinculação da ação com núcleo ou evento .........................................................................................................................................................................................................213
9.10.12. Etapa 1 – Detalhamento das ações cadastradas como atividade im......................................................................................................................................................214
9.10.13. Detalhamento da ação (Título) ...............................................................................................................................................................................................................................214
9.10.14. Resumo do detalhamento (Evite indicação genérica de item de despesa) ..........................................................................................................................................214
9.10.15. Vedação da indicação de marca...............................................................................................................................................................................................................................215
9.10.16. Quantidade / Unidade de medida ..........................................................................................................................................................................................................................215
9.10.17. Duração..............................................................................................................................................................................................................................................................................215
9.10.18. Valor Unitário..................................................................................................................................................................................................................................................................215
9.10.19. Resumo do processo de preenchimento do formulário “orçamento” ....................................................................................................................................................215
9.10.20. Outros exemplos de preenchimento .....................................................................................................................................................................................................................216
9.10.21. Etapa 2 – Detalhamento das ações cadastradas como Atividade Meio..................................................................................................................................................217
9.10.22. Conferência das ações / sub-ações cadastradas ..............................................................................................................................................................................................217
9.10.23. Etapa 3 – Elaboração e Captação ............................................................................................................................................................................................................................217
9.11. CADASTRAR AÇÕES ..............................................................................................................................................................................................................................................................................218
9.11.1. Justi icativa das ações / sub-ações relacionadas no formulário “orçamento” .......................................................................................................................................218
9.11.2. Exemplos .............................................................................................................................................................................................................................................................................218
9.11.3. Detalhamento de todas as ações ...............................................................................................................................................................................................................................219
9.12. FINALIZAÇÃO DO PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO ELETRÔNICO ........................................................................................................................................................................220
9.12.1. Correta inalização e bloqueio do projeto .............................................................................................................................................................................................................220
9.12.2. Numeração SLIE ...............................................................................................................................................................................................................................................................221
9.12.3. Protocolo do projeto impresso e sua documentação obrigatória ...............................................................................................................................................................221
9.12.4. Especi icações do projeto impresso.........................................................................................................................................................................................................................221
9.12.5. Liberação para alterações (reformulação)............................................................................................................................................................................................................221
9.13. OBSERVAÇÕES RELATIVAS AO ORÇAMENTO E AÇÕES .........................................................................................................................................................................................................221
9.13.1. Despesas com alimentação (complementação x suplementação)..............................................................................................................................................................221
9.13.2. Despesas na área de medicina....................................................................................................................................................................................................................................222
9.13.3. Compensação ambiental ...............................................................................................................................................................................................................................................222
9.13.4. Ação de capacitação e promoção de seminários, congressos e a ins ........................................................................................................................................................222
9.13.5. Memória de cálculo .........................................................................................................................................................................................................................................................222
9.13.6. Detalhamento do item ou serviço que será contratado / utilizado............................................................................................................................................................222
9.13.7. Classi icação das despesas (correntes/custeio x de capital/investimentos) .........................................................................................................................................222
9.13.8. Despesas com ações paralelas (não desportivas) ..............................................................................................................................................................................................223
9.13.9. Itens importados ..............................................................................................................................................................................................................................................................224
9.13.10. Despesas com identi icação visual.........................................................................................................................................................................................................................224
9.13.11. Material promocional de divulgação do projeto ..............................................................................................................................................................................................224
9.13.12. Despesas compostas (kits)........................................................................................................................................................................................................................................224
9.13.13. Pagamento de taxas......................................................................................................................................................................................................................................................224
9.13.14. Previsão de despesas por estimativa ....................................................................................................................................................................................................................224
9.13.15. Defasagens no orçamento apresentado...............................................................................................................................................................................................................224
9.13.16. Comprovação de preços compatíveis com o mercado...................................................................................................................................................................................224
9.13.17. Regra da apresentação de três orçamentos .......................................................................................................................................................................................................224
9.13.18. Exceção à regra de três orçamentos ......................................................................................................................................................................................................................225
9.13.19. Locação x aquisição ......................................................................................................................................................................................................................................................225
9.13.20. Passagens aéreas ...........................................................................................................................................................................................................................................................225
9.13.21. Despesas de expediente do projeto desportivo ...............................................................................................................................................................................................225
9.13.22. Enquadramento nos parâmetros estabelecidos pelo Ministério do Esporte ......................................................................................................................................225
9.13.23. Validade dos orçamentos apenas para composição do custo do projeto ..............................................................................................................................................225
9.13.24. Viabilidade orçamentária ..........................................................................................................................................................................................................................................225
9.13.25. Planilha de preços pesquisados (comparativo de orçamentos) ...............................................................................................................................................................226
9.14. RESUMO DO FORMULÁRIO ELETRÔNICO ..................................................................................................................................................................................................................................226
9.14.1. Campos a serem preenchidos .....................................................................................................................................................................................................................................226
9.15. DISFUNÇÕES MAIS FREQUENTES REPORTADAS NAS DILIGÊNCIAS..............................................................................................................................................................................230
9.16. RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DO ESPORTE PARA EXECUÇÃO DOS PROJETOS ............................................................................................................................................231
9.16.1. Aquisição de bens e contratação de serviços .......................................................................................................................................................................................................231

19
9.16.2. Despesas de ação com recursos humanos ............................................................................................................................................................................................................231
9.16.3. Contratação de autônomos ..........................................................................................................................................................................................................................................231
9.16.4. Despesas com diárias e passagens ...........................................................................................................................................................................................................................232
9.16.5. Despesas com hospedagem .........................................................................................................................................................................................................................................232
9.16.6. Comprovação das despesas .........................................................................................................................................................................................................................................232
9.16.7. Obrigatoriedade de identi icação do projeto nos comprovantes de despesas ......................................................................................................................................232
9.16.8. Documentos iscais válidos..........................................................................................................................................................................................................................................232
9.16.9. Documentos iscais inválidos......................................................................................................................................................................................................................................232
9.16.10. Abrangência da prestação de contas (parcial e inal)....................................................................................................................................................................................232
9.16.11. Aplicação dos recursos ...............................................................................................................................................................................................................................................232
9.16.12. Observações inais (Sobre cheques e demonstrativo de rendimentos).................................................................................................................................................232

CAPÍTULO 10
ELEMENTOS E FASES DE TRAMITAÇÃO DO PROJETO DESPORTIVO
10.1. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES ........................................................................................................................................................................................................................................................233
10.1.1. Protocolo e correta apresentação dos documentos ..........................................................................................................................................................................................233
10.1.2. Viabilidade técnica e orçamentária..........................................................................................................................................................................................................................233
10.1.3. Atestamento da capacidade técnico-operativa ...................................................................................................................................................................................................233
10.2. CONFERÊNCIA DO ATENDIMENTO DE TODOS OS REQUISITOS PARA REMESSA DO PROJETO ........................................................................................................................233
10.2.1. Check-list .............................................................................................................................................................................................................................................................................233
10.3. DETALHAMENTO DA TRAMITAÇÃO DO PROJETO DESPORTIVO (PRÉ-APROVAÇÃO) ............................................................................................................................................236
10.4. INSTRUÇÕES DO MINISTÉRIO DO ESPORTE APÓS A APROVAÇÃO DO PROJETO .....................................................................................................................................................236
10.4.1. Coordenação Geral de Gestão da Lei de Incentivo ao Esporte......................................................................................................................................................................236
10.5. PAGAMENTO DE BOLSA AUXÍLIO PARA ATLETAS NÃO PROFISSIONAIS ......................................................................................................................................................................239
10.5.1. Fixação do valor da Bolsa Auxílio .............................................................................................................................................................................................................................239
10.5.2. Critérios para seleção dos atletas bene iciados ..................................................................................................................................................................................................239
10.6. FLUXOGRAMA DE TRAMITAÇÃO DO PROJETO DESPORTIVO ............................................................................................................................................................................................240

CAPÍTULO 11
ESTRATÉGIAS PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA PROJETOS APROVADOS
11.1. REGRAS DE IDENTIDADE VISUAL DO PROJETO ......................................................................................................................................................................................................................241
11.1.1. Critérios formais ..............................................................................................................................................................................................................................................................241
11.1.2. Cotas de patrocínio .........................................................................................................................................................................................................................................................241
11.2. ABORDAGEM DOS APOIADORES ....................................................................................................................................................................................................................................................241
11.2.1. Cópia da publicação no Diário O icial da União ..................................................................................................................................................................................................241
11.2.2. Conta corrente de captação .........................................................................................................................................................................................................................................241
11.2.3. Cópia do projeto aprovado...........................................................................................................................................................................................................................................242
11.2.4. Reunião das informações .............................................................................................................................................................................................................................................242
11.3. MEIOS DE DIVULGAÇÃO DO PROJETO .........................................................................................................................................................................................................................................242
11.3.1. Apresentação através de meio impresso ...............................................................................................................................................................................................................242
11.3.2. Distribuição de informação por e-mail e mídia eletrônica (CD)..................................................................................................................................................................243
11.3.3. Publicação em site ...........................................................................................................................................................................................................................................................243
11.3.4. Apresentação em PowerPoint ....................................................................................................................................................................................................................................243
11.3.5. Divulgação na mídia........................................................................................................................................................................................................................................................243
11.3.6. Mobilização política ........................................................................................................................................................................................................................................................244
11.3.7. Contato com pro issionais especializados em captação .................................................................................................................................................................................244
11.3.8. Inscrição em processos de seleção ...........................................................................................................................................................................................................................244
11.3.9. Aproximação junto aos Conselhos da Criança e do Adolescente.................................................................................................................................................................244
11.3.10. Contato com setores representativos da área empresarial.........................................................................................................................................................................244
11.3.11. Observação quanto ao período de captação e realidade dos apoiadores .............................................................................................................................................244
11.3.12. Prêmio Empresário amigo do esporte .................................................................................................................................................................................................................244
11.4. MODELO DE DECLARAÇÃO DE HABILITAÇÃO PARA CAPTAÇÃO DE RECURSOS ......................................................................................................................................................245
11.4.1. Responsabilização do proponente ...........................................................................................................................................................................................................................245
11.5. MODELO PARA OBTENÇÃO DE CADASTRO DE DADOS DO INCENTIVADOR...............................................................................................................................................................246
11.5.1. Dados para emissão do Recibo eletrônico de captação de recursos..........................................................................................................................................................246

CONCLUSÃO............................................................................................................................................................................................................................................................................................................247
LEI Nº 11.438, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2006 ...................................................................................................................................................................................................................................249
DECRETO Nº 6.180, DE 3 DE AGOSTO DE 2007..................................................................................................................................................................................................................................253
PORTARIA Nº 120, DE 3 DE JULHO DE 2009ȍ*Ȏ..................................................................................................................................................................................................................................262
PORTARIA Nº 152, DE 12 DE AGOSTO DE 2010 .................................................................................................................................................................................................................................275
RESOLUÇÃO Nº 1, DE 22 DE MAIO DE 2012 .........................................................................................................................................................................................................................................278
INSTRUÇÕES PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIAL ...................................................................................................................................................................................................................279
INSTRUÇÕES PARA PRESTAÇÃO DE CONTAS FINAL .........................................................................................................................................................................................................................281
MODELO DE RECIBO .........................................................................................................................................................................................................................................................................................291
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................................................................................................................................................................................293
PORTARIA Nº 86, DE 21 DE JULHO DE 2011 ........................................................................................................................................................................................................................................295
MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL.............................................................................................................................................................................................................................................................297

20
COMENTÁRIOS À 4ª EDIÇÃO

De sonho antigo a realidade presente a Lei de Incentivo ao Esporte vem se irmando com uma das prin-
cipais fontes de inanciamento público do esporte brasileiro praticado de modo “não pro issional”.

Segundo o Ministério do Esporte: “A quantidade de empresas que investem no esporte por meio da lei só
aumenta: em 2011, foram 1.503, mais que o dobro de 2009 (645). O número de entidades que apresentam pro-
jetos e conseguem captar os recursos disponibilizados pela Lei de Incentivo dobrou nos últimos dois anos. Em
2011, foram 349; 172 em 2009; e 12 em 2007. Desde que entrou em vigor, a Lei de Incentivo já destinou R$ 650
milhões a 1.852 projetos. Só em 2011, foram R$ 219,5 milhões, 20% a mais que em 2010 (R$ 191,9 milhões), o
dobro de 2009 (R$ 110,8 milhões) e 331% a mais que o primeiro ano, 2007 (R$ 50,9 milhões)”.

Em 2013 certamente será ultrapassada a casa de 1 bilhão de reais destinados através da Lei nº 11.438/06.

Avaliando a quantidade de projetos protocolados e aprovados, bem como o montante de captação, ano
após ano, percebe-se claramente que as entidades desportivas estão evoluindo em seus métodos de planeja-
mento e gestão, ao passo que os contribuintes do imposto de renda – especialmente as grandes empresas – vêm
incorporando o uso da Lei de Incentivo ao Esporte em suas ações de marketing e responsabilidade social.

De sua parte o Ministério do Esporte, diante da forte demanda dos proponentes vem estruturando um
grande Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte, inclusive com sede própria e dezenas de funcionários
destacados para análise dos projetos, acompanhamento de execução, avaliação da prestação de contas e dos
resultados alcançados.

Toda essa movimentação revela que a Lei de Incentivo ao Esporte, em princípio de caráter transitório (vá-
lida até 2015), deve ter seus efeitos ampliados para novos períodos, além da possibilidade de aumento do percen-
tual de dedução pelas empresas, sendo que propostas neste sentido já tramitam pelo Congresso Nacional.

Em nosso ponto de vista a Lei de Incentivo ao Esporte merece realmente ser prorrogada e ainda ter am-
pliada a possibilidade de dedução pelas empresas, pois representa a forma mais ampla e democrática de inan-
ciamento público do desporto já viabilizada pelo Governo Federal, seja no âmbito educacional, de participação
ou de rendimento (não pro issional).

Naturalmente que ainda temos muito a evoluir em termos de consolidação dos procedimentos para
acesso aos recursos incentivados, bem como dos processos de gestão, iscalização e prestação de contas.
A inal, trata-se de mecanismo novo que vem sendo implantado, por meio do qual se promove uma inédita
articulação do Governo Federal diretamente com centenas e centenas de entidades desportivas espalhadas
por todo o país, tendo ainda o desa io adicional de construir um padrão de atendimento que contemple suas
diferentes realidades, estruturas, métodos e áreas de atuação no segmento esportivo. E como se sabe essa
engrenagem entre o setor público e as entidades desportivas ainda requer a vinculação dos apoiadores (pes-
soas ísicas e jurídicas), aos quais cabe a escolha e destinação de recursos para que os projetos aprovados
possam ser efetivamente executados.

Pois todas essas vias de acesso, pontes e canais de comunicação estão sendo construídos nestes primei-
ros anos de execução da Lei de Incentivo ao Esporte e estão se fortalecendo. Se na 1ª edição deste Manual a ir-
mamos que há muito se esperava do Governo Federal medidas voltadas para o incentivo ao esporte, cabendo às

21
entidades do setor fazer o melhor proveito de suas possibilidades, certo é que centenas de projetos desportivos
já foram ou estão sendo executados com o alcance de excelentes resultados. E nessa direção temos que seguir.

Nesta 4ª edição do Manual Completo, continuamos irme em nosso propósito, estimulando a propositura
de novos projetos, capacitando gestores e disseminando o conhecimento da Lei de Incentivo ao Esporte, para
que todos que desejam realizar bons projetos para o esporte brasileiro possam alcançar êxito de aprovação e
captação de recursos, bem como tenham e iciência na execução e segurança na prestação de contas.

Que muitas vitórias possam continuar sendo alcançadas através da Lei de Incentivo ao Esporte, ainda
com mais frequência e intensidade, assegurada a igualdade de oportunidades a todos os proponentes, fazendo
da Lei nº 11.438/06 um instrumento efetivo para democratização do acesso e universalização da prática des-
portiva em nosso país.

José Ricardo Rezende

22
PREFÁCIO À 4ª EDIÇÃO

Lembro-me que, em 2008, quando assumi o cargo de gestor do Departamento de Recursos Incentiva-
dos do Esporte Clube Pinheiros – maior clube formador de atletas do Brasil e um dos pioneiros contempla-
dos com a LIE – Lei de Incentivo ao Esporte – meu receio inicial dizia respeito à falta de informações claras
e precisas sobre a Lei 11.438/06 e sua respectiva regulamentação pelo Decreto 6.180/07. Tudo era muito
novo e, exceto pelo próprio texto da Lei, não havia muitas referências nem modelos que pudessem nortear o
trabalho do dia a dia.

É claro que a experiência adquirida na gestão esportiva – na qual atuo desde 1996 – me ajudou a cons-
truir alguns modelos de controle. Porém, ainda não eram su icientes, face à imensa responsabilidade que temos
quando atuamos com recursos públicos. Mais do que o simples preenchimento de formulários e planilhas i-
nanceiras, a LIE exige dos responsáveis o entendimento preciso e correto de todos os seus artigos.

Diante desse cenário e após muito trabalho de pesquisa em bibliotecas e sites na internet, encontrei a
“recompensa”: o Manual Completo da Lei de Incentivo ao Esporte, ainda em sua 1ª edição (2007). Junto dele,
havia o contato do autor da obra: Dr. José Ricardo Rezende. Advogado brilhante, pro issional de educação ísica,
palestrante, escritor com destacada atuação no direito desportivo, Dr. Rezende ainda hoje é, sem dúvida, umas
das principais referências nos assuntos relacionados à LIE.

Não foram poucas as vezes que encaminhei minhas dúvidas sobre determinados procedimentos e iz
consultas sobre como deveria agir em situações que não eram tão claras na Lei. Nesse prisma, revelou-se outra
característica marcante em sua conduta: um ser humano extremamente generoso, que jamais se furtou em
compartilhar seus conhecimentos.

Com o passar do tempo e natural aproximação pro issional, ainda tive o privilégio de acompanhá-lo em
cursos e treinamentos às mais diversas entidades de administração e prática desportiva do País, como o Comi-
tê Olímpico Brasileiro (COB); Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB); Confederação Brasileira de Tiro com Arco
(CBTARCO), dentre outras.

Pois eis que, decorridos seis anos da promulgação da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, esta obra – em
sua 4ª edição – continua sendo leitura obrigatória àqueles que desejam atuar no segmento de projetos espor-
tivos incentivados. A publicação de novas portarias, resoluções, pareceres e instruções, ora agregados nesta
edição, faz do Manual Completo da Lei de Incentivo ao Esporte um instrumento indispensável de atualização
sobre o tema. Sem contar que a maneira didática, aliada à riqueza de exemplos e detalhes pertinentes ao assun-
to, torna o texto mais leve e sua compreensão muito mais fácil aos pro issionais de todas as áreas.

Desnecessário dizer que, desde o primeiro momento, o manual tem sido meu livro de cabeceira, colega
de trabalho, companheiro de viagens, en im, um guia de ajuda para qualquer dúvida. O mais fascinante é que,
mesmo depois de tantas leituras e consultas, sempre consigo descobrir algo novo.

Durante muitos anos, aguardamos por uma legislação que contemplasse o esporte não pro issional – e
ela chegou. O momento é mais do que favorável e o esporte, literalmente, é a “bola da vez”, pelo menos até 2016.
Por isso, cabe a todos nós, pro issionais e apaixonados pelo esporte, zelarmos pelo bom uso desses recursos.

23
Por im, deixo registrado meu agradecimento ao escritor e amigo – Dr. José Ricardo Rezende -, não somente
por nos brindar com esta nova edição, mas, também, pela honra de ser escolhido para escrever este prefácio.

Boa leitura e ótimos projetos a todos!

RICARDO PAOLUCCI
Gestor dos Projetos Incentivados do Esporte Clube Pinheiros.
Premiado como “Gestor Esportivo de 2009”, pela Confederação Brasileira de Clubes – CBC;
Pro issional de Educação Física; Graduado em Administração e Negócios; Pós-graduado em
Administração e Marketing Esportivo e Mestre em Administração.

24
PREFÁCIO À 3ª EDIÇÃO

Com nove anos de idade comecei a jogar vôlei e com dezesseis já trabalhava dando aulas desta modali-
dade esportiva na minha escolinha. Durante aquele tempo ouvia muito a queixa de que não existia uma Lei de
Incentivo Fiscal para o esporte, a exemplo do que acontecia na área da cultura.

Muitos anos se passaram, e então como atleta olímpica, participei juntamente com outros desportistas
da luta em Brasília, para que o esporte obtivesse o direito de usufruir também de uma Lei de Incentivo.

Sem esta Lei, o esporte foi administrado, durante muito tempo, quase sempre por dirigentes empre-
sários. Aos atletas, ex-atletas e professores, na maior parte das vezes, cabia apenas o contato direto com as
atividades do esporte na linha de frente. Poucos tinham conhecimento da parte administrativa e, entre esses,
me incluo.

No entanto, ainda que distintas, essas atividades – a esportiva propriamente dita e a administrativa –
não sobrevivem isoladamente. Uma está a serviço da outra, e só assim o esporte tem seu lugar assegurado
na sociedade.

Para quem já trabalhou com números e planilhas, sabe o quanto é assustador a primeira tentativa. Pelo
menos, essa foi minha reação inicial quando me deparei com a necessidade de trabalhar com essa parte buro-
crática. Entretanto, embora di ícil, terminou sendo para mim uma experiência muito valiosa. E é por conhecer,
hoje, de perto, as responsabilidades relacionadas com a gestão de projetos, que exalto a importância de nos
aprofundarmos no conhecimento da Lei de Incentivo e dar nossa contribuição para o esporte, envolvendo-nos
também com seu aspecto administrativo, articuladamente e com suporte de pro issionais das áreas a ins (con-
tabilidade, jurídico, marketing, etc.).

Embora a elaboração dos projetos que faço seja antes de tudo norteada pelo meu amor ao esporte, não
posso negar que o conhecimento pormenorizado da Lei me deixa muito mais segura na elaboração das propos-
tas, na apresentação dos objetivos, justi icativas, metas e metodologia de ação. Certa vez, um dirigente, conver-
sando comigo me disse que “o problema dos atletas é que eles não conhecem as Leis”. Essa assertiva a mim já
não diz respeito. Pelo contrário, me faz ver que estou no caminho certo.

Por outro lado, nessa época tão importante para nós brasileiros, quando obtivemos a vitória de sediar
em breve a Copa do Mundo de Futebol (2014) e as Olimpíadas (2016), me impressiona ainda a visão de cada
segmento da área esportiva. Assistindo a algumas entrevistas, pude perceber como a maneira de olhar o es-
porte é vista através de diferentes lentes. Enquanto os administradores do esporte estão dando literalmente
pulos de alegria, a outra parte dos pro issionais, que faz realmente o esporte existir, aparece como verdadeiros
pedintes, implorando apoio e continuidade de seus projetos.

Ora, a Lei de Incentivo foi criada, exatamente, para diminuir essa desigualdade. E, para que isso aconteça,
é necessário que todos os pro issionais do esporte tenham profundo conhecimento dessa legislação e façam
como o pessoal da área da cultura, que quando se viram ameaçados nos seus direitos, partiram com garra para a
defesa do seu patrimônio. Ajamos como eles, sobretudo, porque nossa Lei ainda é muito nova. Precisamos lutar
para mudar toda essa estrutura arcaica que ainda não desapareceu de todo de dentro do esporte. E, isto só se
conseguirá, através de um conhecimento de causa, que permita brigarmos pelas oportunidades e dividirmos
mais democraticamente tudo que o esporte está proporcionando.

25
MANUAL COMPLETO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE | 4ª Edição – José Ricardo Rezende

O meu conselho, portanto, é que todos se entreguem de corpo e alma ao desenvolvimento do Esporte e
aprendam a trabalhar com a Lei de Incentivo, porque ainda há muito o quê fazer e mudar.
Façamos então bom uso desse primoroso MANUAL COMPLETO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE, com
que nos brinda mais uma vez o nosso querido professor de educação ísica e advogado especialista em Direito
Desportivo, José Ricardo Rezende.

Obra realmente de grande valor para todos nós desportistas, sobretudo para aqueles que estão no co-
mando das atividades, exercendo funções administrativas e envolvidos com todo seu aspecto burocrático, ex-
tenuante em sua realização, mas que permite alcançar objetivos de enorme signi icado. E para que tenhamos
sucesso quanto aos resultados esperados, necessário se faz que sejamos realmente bem orientados quanto ao
correto encaminhamento dos projetos desportivos e das outras demandas que lhe são peculiares.

Seguindo as orientações do Manual Completo da Lei de Incentivo ao Esporte, mais segura e e iciente
se torna a tarefa de elaboração e validação dos projetos, pelo correto preenchimento e encaminhamento
dos formulários, instruindo também sobre as formas de captação e aplicação de recursos, bem como da
prestação de contas, sendo que tudo deve ser realizado com muita competência, para plena consecução dos
objetivos pretendidos.

Não podemos esquecer quão di ícil foi a luta para conseguirmos, inalmente, ter os nossos direitos as-
segurados por Lei. Claro que todo direito traz consigo a contrapartida relacionada aos deveres. E entre todos
os nossos deveres, o mais nobre, o mais importante, está na obrigação primeira de trabalharmos em favor da
conscientização da importância do esporte para a sociedade, demonstrando através do nosso trabalho, do nosso
empenho, os inúmeros bene ícios que qualquer modalidade esportiva (vôlei, futebol, natação, surf, entre tantas)
exerce na vida das pessoas, no que diz respeito à saúde, à sociabilidade, à mente. Com relação à sociabilidade, não
podemos esquecer a importância de projetos voltados, sobretudo, para as comunidades carentes, propiciando a
elas oportunidades de inclusão cada vez maiores. E esta é, incontestavelmente, uma das metas primeiras desse
Manual, ajudar-nos a elaborar projetos consistentes, ousados e de grande valia para a sociedade.

Que este Manual se torne nosso livro de cabeceira, nosso guia, e assim orientados, prossigamos em nossa
caminhada como atletas e como dirigentes, elevando o esporte cada vez mais alto, assegurando-lhe assim o
lugar de proa que deve ter dentro da sociedade pelo bem enorme que a ela faz.

Parabéns Jose Ricardo, por mais esta iniciativa. Que bom podermos contar com pessoas como você, em-
penhado no crescimento de todos, em especial no segmento esportivo, que precisa, cada vez mais, do compar-
tilhamento de informações e de conhecimento.

[Outono de 2010]

JACKIE SILVA
Atleta Campeã Olímpica – Vôlei de Praia
Jogos Olímpicos de Atlanta (EUA) | 1996
www.jackiesilva.com.br

26
PREFÁCIO À 2ª EDIÇÃO

O “Desporto” integra o patrimônio cultural brasileiro, preservá-lo é preservar o próprio homem.

De forma salutar em 1988, o legislador constituinte determinou, pela primeira vez, que a prática do des-
porto é um direito de todos os indivíduos, cabendo ao Estado o dever de fomentá-la.

Decorridos 20 anos da norma constitucional, o Estado cumpre com o preceito e coloca a disposição do
universo desportivo nacional a Lei de Incentivo ao Esporte, pela qual resgata sua obrigação constitucional
de fomentá-lo.

Entretanto, nestes 20 anos desde a promulgação pela Constituição até a sanção da Lei de Incentivos,
estudos foram realizados para se identi icar a forma como haveria de se estabelecer o fomento, de modo a
respeitar o direito de acesso de cada um, principalmente pelas dimensões continentais e desequilíbrios que o
Brasil apresenta.

E por meio da parceria Estado e Entidades sem ins lucrativos com natureza desportiva, resolveu-se a
equação da correta e equânime distribuição, pelo princípio em que todos são iguais perante a lei.

Assim, nenhum indivíduo ou conjunto de indivíduos poderá ser alijado do recebimento do necessário
fomento à pratica da atividade desportiva em todas as suas manifestações. A sociedade civil desportiva organi-
zada será o elo entre o Estado e o bene iciário do direito, tendo em vista que restaria impossível a presença do
Estado em cada região ou atividade localizada.

Esta mudança drástica na legislação de distribuição do fomento à prática do desporto, encontrou a socie-
dade brasileira com a insegurança e momentânea incapacidade de tratar diretamente com o Governo Federal,
principalmente pelas normas da responsabilidade da gestão dos recursos e repasses públicos.

O autor José Ricardo Rezende, advogado brilhante, professor de educação ísica, pós-graduado em Direi-
to Desportivo pela ESA-OAB-SP com larga experiência na atividade desportiva, quer na orientação dos educan-
dos e atletas em formação, quer na produção didática de outros temas desportivos, percebendo esta di iculdade
da sociedade desportiva brasileira, esmerou-se na especialização do tema, oferecendo nesta obra os melhores
ensinamentos e caminhos práticos para que o projeto desportivo ideal possa ser produzido e lograr êxito na
atividade proposta.

Outro ponto de qualidade e diferenciação na obra do autor, provém de sua atuação como gestor e admi-
nistrador das atividades desportivas do Município de Sorocaba, o que lhe assegura um diferencial na aborda-
gem do tema referente a utilização de recursos públicos e trato com o destinatário do direito.

E, neste mister, o autor, profícuo estudioso da pedagogia como ciência da reflexão e da crítica, conju-
gada com a prática da ordenação e sistematização do processo educativo desportivo, associado aos profun-
dos conhecimentos da Educação Física e do Direito Desportivo, aborda com competência o tema da Lei de
Incentivos ao Desporto, elucidando as questões legais e doutrinárias, bem como apresentando uma gama
de exercícios práticos.

27
MANUAL COMPLETO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE | 4ª Edição – José Ricardo Rezende

Com absoluta certeza, o autor José Ricardo Rezende com esta obra alcançou e colocou à disposição do
leitor não só a melhor didática, como também a técnica perfeita, clara e precisa para a elaboração e apresenta-
ção de projetos perante o Ministério do Esporte, facilitando sobremaneira a busca do correto enquadramento
do postulante, da inalidade e da aprovação inal.

Indica caminhos, abordagens e convencimentos na busca do investidor e doador inal dos recursos, parte
de suma importância no contexto real do projeto, realçados pela inclusão social, como também pela formação
pro issionalizante através do desporto.

Os ensinamentos ofertados sobre o mecanismo de distribuição do fomento governamental colocados


à disposição da sociedade desportiva pelo autor, deverão nortear doravante as discussões sobre os inúmeros
temas e possibilidades ofertadas pela lei em questão, sendo certo que a competência, o labor, a dedicação e o
entusiasmo do autor são dignos de nossa maior admiração e respeito.

[Verão de 2009]

HERALDO PANHOCA
Advogado
Professor na cadeira de Direito Desportivo
– Faculdade Trevisan – São Paulo-SP
– Escola Superior de Advocacia – ESA – OAB-SP
Membro da Comissão de Estudos Jurídicos Desportivos do
Conselho Nacional do Esporte, órgão vinculado ao Ministério do Esporte

28
REGISTRO HISTÓRICO

Chegou a vez do esporte?

Após muitos anos de espera, grande expectativa e um longo processo de convencimento e reivindicação
dos desportistas brasileiros, en im o Governo Federal aprovou uma LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE – Lei nº
11.438/2006 (L.I.E).

Trata-se de um instrumento legal que abre uma possibilidade nova e diferenciada de captação de recur-
sos para o fomento, estímulo e promoção de atividades de caráter desportivo, cuja mecânica será detalhada-
mente estudada neste Manual.

Pois saibam que a tramitação do Projeto de Lei (PL) nº 1367/03, que lhe originou, foi demorada e mar-
cada por muitos embates e apresentação de substitutivos que versavam sobre o modelo a ser adotado, tendo
como marco que lhe imprimiu velocidade e “destravou” sua tramitação no Congresso Nacional o encaminha-
mento, pelo Presidente da República, de um texto substitutivo (PL nº 6999/06), por ocasião da abertura da II
Conferência Nacional do Esporte, em maio de 2006.

Ao inal prevaleceu este modelo apresentado pelo Governo, cujo procedimento é muito semelhante ao
incentivo à cultura (Lei nº 8.313/91 – L.I.C, também conhecida como Lei Rouanet) e, exatamente neste sentido,
já trouxe embutida uma grande polêmica, decorrente da “rota de colisão” estabelecida em face dessa própria
lei, posto que o texto legal adaptado para bene ício ao esporte previa a mesma forma de captação e percentual
de dedução iscal para as pessoas jurídicas (PJ), cumulativamente (ao incentivo cultural), inaugurando assim
uma concorrência entre os setores. Ou seja, nos moldes como estava colocada, as empresas (PJ) passariam a ter
a possibilidade de optar pelo incentivo à cultura ou ao esporte, sem descartar, evidentemente, a possibilidade
de distribuição dos recursos na proporção que melhor lhes conviesse, por exemplo: esporte 4% x 0% cultura;
esporte 3% x 1% cultura (e vice-versa), ou ainda 2% x 2% para cada um.

Tal fato incomodou muito a classe artística.

Essa situação, que criava uma franca concorrência por recursos incentivados entre a cultura e o esporte,
foi vista como uma perigosa, senão terrível ameaça ao sistema de inanciamento público de projetos culturais,
provocando, ainda que tardiamente (após a 1ª votação do Projeto de Lei em plenário na Câmara dos Deputados,
em 28/11/06), forte reação e mobilização de representantes do cenário artístico nacional, querendo evitar que
se estabelecesse a disputa por tais bene ícios iscais, circunstância que poderia comprometer suas iniciativas e
trazer instabilidade e insegurança a um setor que já estava devidamente apaziguado, constituído e organizado.
Sendo assim, artistas de grande relevância vieram a público, especialmente através da televisão, manifestar sua
“preocupação” quanto aos acontecimentos relatados. Buscaram também apoio político no Governo Federal,
em especial no Ministério da Cultura, à época comandado por um integrante da classe artística (Gilberto Gil) e
junto ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Além disso, foram ao Congresso Nacional, para sensibilizar os parlamentares da inconveniência da apro-
vação do referido Projeto de Lei na forma como estava, alcançando êxito no Senado Federal, onde, na votação
do PL, no dia 13/12/06, foram apresentadas duas emendas, propostas pela Senadora Idelli Salvati (PT/SC), que
modi icava a vinculação do incentivo, deixando de existir a concorrência entre os setores, por via da colocação
do incentivo ao esporte, no que toca às Pessoas Jurídicas (PJ), na faixa de investimentos em alimentação do

29
MANUAL COMPLETO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE | 4ª Edição – José Ricardo Rezende

trabalhador e inovações tecnológicas (vide item 1.11), sendo a proposta apressadamente referendada por re-
presentantes do Governo Federal e assim aprovadas por unanimidade quando da votação em plenário naquela
Casa Legislativa, sem maiores indagações.

Ao que tudo parecia resolvido, com a acomodação dos ânimos (que estavam por exaltar-se entre artistas
e esportistas, em que pese o resguardo da “diplomacia” nos discursos e no trato da questão), os últimos dias do
mês de dezembro de 2006 ainda reservaram inesperados acontecimentos, haja vista que, para surpresa geral,
quando o Projeto de Lei retornou à Câmara para 2ª votação (em razão das emendas aprovados pelo Senado),
no dia 20/12/06, os deputados decidiram pela rejeição das emendas, em vista de diferentes circunstâncias
políticas, das quais merecem registro:

1. A Câmara dos Deputados sentiu-se “desprestigiada”, “alijada” do acordo celebrado exclusivamente


dentro do Senado, em conjunto com a Casa Civil, o Ministério do Esporte e o Ministério da Cultura,
tanto mais pelo fato de tratar-se de um tema que envolvia grandes iguras do cenário nacional (atle-
tas e artistas);

2. As emendas propostas pelo Senado vinculavam, em parte, o incentivo ao esporte aos recursos desti-
nados ao PAT (Plano de Alimentação do Trabalhador) e os Deputados representantes da ala sindical
vociferaram sob tal circunstância, vista como uma ameaça aos direitos do trabalhador;

3. O Projeto de Lei retornou para 2ª votação na última sessão do ano da Câmara dos Deputados
(20/12/2006) e, se não fosse votado naquela ocasião inviabilizaria sua entrada em vigor no exer-
cício iscal seguinte (2007) – por questões de ordem tributária / orçamentária -, fato que frustraria
toda comunidade esportiva brasileira, trazendo consigo o evidente desgaste político, além do que,
2007 era um ano de forte apelo na área do esporte, em razão da realização dos Jogos Pan-ameri-
canos no Rio de Janeiro e da consolidação da candidatura do País para sede da Copa do Mundo de
Futebol de 2014. Logo, o PL teria que ser votado naquele dia, impreterivelmente;

4. Nessa mesma sessão legislativa havia outros Projetos de Lei de grande interesse e que também
necessitavam ser votados para entrar em vigor no ano seguinte, ou seja, existia diversidade de inte-
resses e excessivo volume de trabalho naquele dia, trazendo grande agitação e enorme di iculdade
na condução das votações pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Nessas condições, inexistia
possibilidade de maiores articulações, pareceres, consultas e re lexão, en im, haveriam de ser apro-
vadas ou rejeitadas as emendas proposta pelo Senado “a toque de caixa”, sem uma avaliação mais
profunda de suas prováveis consequências políticas (rompimento do acordo construído no Senado
Federal, “costurado” com a participação do Governo e aprovado por unanimidade);

5. Por sua vez, era inal de legislatura no Congresso Nacional, em razão das eleições ocorridas naquele
ano de 2006. Logo, não se tinha grande preocupação política com a consequência da derrubada das
emendas, além do que muitos deputados frustraram êxito de reeleição, de forma que ocorreria, em
seguida, uma recomposição de forças dentro do Congresso Nacional.

En im, era um momento de di ícil articulação política e diante dessa conjuntura o improvável aconte-
ceu, com a “derrubada” das emendas, trazendo novamente à tona, e desta feita sob maior pressão (em razão
de exíguo tempo), o embate sobre a matéria, com os artistas voltando à carga e os esportistas na retaguarda,
tentando defender o que foi aprovado. Desta feita, não mais no Congresso Nacional, e sim diante do Presidente
da República, que haveria de sancionar ou vetar, total ou parcialmente, o texto da Lei aprovado pela Câmara dos
Deputados em votação inal.

Por certo, o veto traria consigo a frustração da comunidade esportiva, já a sanção representaria uma
ameaça à sistemática de incentivo ao meio cultural.

30
REGISTRO HISTÓRICO

Sem tempo para buscar uma solução negociada (ou renegociada) e de avaliar alternativas do ponto de
vista tributário/orçamentário (estávamos na última semana do mês de dezembro/2006) decidiu o Presidente
da República por uma saída inusitada, qual seja, sancionou a Lei da forma como foi aprovada na Câmara dos
Deputados e, logo em seguida, utilizou-se de uma Medida Provisória (MP) para modi icar seu texto, afastando
o con lito de interesses, porém, reduzindo a possibilidade de dedução em bene ício do esporte de 4% para 1%,
no que toca as pessoas jurídicas, ou seja, a partir de 2007 as empresas poderiam deduzir até 4% do Imposto de
Renda devido para investimentos em projetos culturais + 1% para projetos esportivos (total = 5%).

Tudo aconteceu “no limite”, através da Lei nº 11.438/06, seguida da Medida Provisória nº 342/06, publi-
cadas no Diário O icial da União de 29/12/06 e 02/01/07, respectivamente.

Acompanhei atentamente todos esses fatos por meio da imprensa (rádio, jornal, TV, internet), especial-
mente através da TV Câmara e TV Senado, além de participar de debates no Centro Esportivo Virtual (www.cev.
org.br, listas: CEVLeis – Legislação Esportiva e CEVGestão – Gestão Esportiva), poderoso instrumento de inte-
gração da comunidade esportiva, de acesso e inscrição gratuita, bastando apenas um e-mail para recebimento e
envio de mensagens. E, diante de tantos sobressaltos, movimentos e acontecimentos inesperados, não poderia
deixar de narrá-los, para que ique registrado o momento histórico e todos saibam como foi di ícil o processo
legislativo que antecedeu e norteou a tão esperada gênese da Lei de Incentivo ao Esporte.

Registre-se, também, que toda essa epopéia foi efetivamente acompanhada por parte de nossos atletas e
dirigentes esportivos, do setor público e privado, que, articuladamente ou não, mas na medida de suas possibili-
dades, buscaram exercer seu papel de in luenciar na tramitação da matéria, em especial nos momentos em que
tudo parecia que iria refutar, tanto mais pelo “ataque” inesperado, desmedido e poderoso que sofreu na fase inal
de encaminhamento legislativo, pelos representantes do setor da cultura, em que pese seus legítimos interesses.

Finalizando este registro histórico, anote-se que em 02/05/07, a MP nº 342/06 foi convertida na Lei nº
11.472, sendo publicada no Diário O icial da União de 03/05/07, sacramentando seus efeitos de reduzir o per-
centual de dedutibilidade de 4% para 1% em razão das pessoas jurídicas, dos valores despendidos (gastos) em
bene ício de projetos desportivos. Por sua vez, no dia 06/08/07 foi publicado o Decreto nº 6.180, regulamen-
tando a Lei nº 11.438/06, permitindo, en im, o início da operacionalização de seus mecanismos. Não obstante,
seguidas Portarias Ministeriais dispõem sobre os procedimentos administrativos do incentivo ao esporte.

Diante de tudo isso, referido conjunto normativo será objeto de detalhado estudo neste Manual Comple-
to da Lei de Incentivo ao Esporte, visando integrá-lo e assim deslindar caminhos e procedimentos, visto que
é de fundamental importância conhecer todos os detalhes e exigências legais para que o encaminhamento dos
projetos e a posterior captação e utilização dos recursos ocorram dentro da mais absoluta legalidade, associado
à plena e iciência, sem descurar da impessoalidade, moralidade e publicidade dos atos, consagrando seus ver-
dadeiros desígnios, de estimular a prática desportiva por todo o nosso País.

É de se notar que, de nada adiantará todo o esforço aqui narrado, que antecedeu a criação da Lei de In-
centivo ao Esporte, se este instrumento de fomento não for efetiva e amplamente utilizado.

Pelo que, nossa missão, de agora em diante, é enfrentar as formalidades legais (burocracia) exigida no
trato de recursos públicos (e não pode ser diferente, sob pena de malversação, desvios e conluios). Assim, não
podemos deixar intimidar pelas exigências da lei (que não são poucas), mas resignadamente cumpri-las, de
modo iel e rigoroso, objetivando colocar em execução inúmeros projetos em favor do esporte brasileiro.

O momento é de ação, de tal sorte que sem demora devemos elaborar bons projetos e trabalhar pela
captação dos recursos incentivados, demonstrando a todos – e em bene ício de todos – o poder transformador
do esporte na vida das pessoas, em todos os níveis e diferentes formas e situações, com atenção prioritária aos
menos favorecidos e excluídos de um modo geral (sejam pessoas, modalidades, regiões, etc.).

31
MANUAL COMPLETO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE | 4ª Edição – José Ricardo Rezende

Da mesma forma que os verdadeiros atletas não medem esforços na busca do melhor resultado, chegou
o momento dos verdadeiros dirigentes desportivos entrarem em campo, colocando-se diante de formulários,
planilhas, textos e cálculos, mobilizando pessoas e formando equipes de trabalho para planejamento e organi-
zação de projetos desportivos, isolando os “resmungões”, acomodados e derrotistas de plantão, a inal, recursos
foram disponibilizados, e temos que ter competência e agilidade em captá-los, vencendo mais este desa io, que
permitirá concretizar muitos de nossos sonhos, seja ele direcionado à educação para (e pelo) o esporte, à par-
ticipação comunitária ou ao rendimento dos talentos esportivos.

Vamos à ação.

Nosso jogo começa agora.

En im, chegou a vez do esporte!

O autor [Primavera de 2007]

32
CAPÍTULO 1
DOS INCENTIVOS AO DESPORTO
E SEUS ASPECTOS TRIBUTÁRIOS

1.1. INTRODUÇÃO
A Lei nº 11.438/06 – Lei de Incentivo ao Esporte (L.I.E), regulamentada pelo Decreto nº 6.180/07, prevê
a possibilidade de pessoas ísicas e jurídicas destinarem uma parcela do imposto de renda devido em bene ício
de projetos desportivos elaborados por entidades do setor, após aprovados por uma Comissão Técnica com-
posta por representantes governamentais e membros do setor desportivo e paradesportivo. Con igura-se, pois,
como uma forma alternativa de recolhimento do imposto de renda (IR), ou seja, ao invés de recolher todo o
montante devido pelas vias tradicionais, os contribuintes poderão destinar um percentual deste valor (PJ = 1%
e PF = 6%) “diretamente” em bene ício de projetos desportivos previamente aprovados, por uma das formas
prevista em Lei (patrocínio ou doação), conforme veremos, e, em seguida, abater os valores gastos no momento
do recolhimento, ou, em sendo o caso, obter sua restituição; servindo como mais uma estratégia (política pública)
para o desenvolvimento do esporte brasileiro.

Fig. 1.1 – Esquema zação da mecânica de funcionamento da Lei de Incen vo ao Esporte.

1.1.1. Relações Intersetoriais (1º, 2º e 3º Setor): De se notar que o mecanismo da Lei de Incentivo ao


Esporte, para que funcione a contento, necessita da ação de três diferentes partes e que, curiosamente, envolvem
os três setores, conforme a divisão clássica sociológica, quais sejam: na condição de “fomentador” do incentivo
o Primeiro Setor, ou Setor Público (Estado/Governo), pelo bene ício iscal trazido no bojo da Lei nº 11.438/06
e pelo papel que desempenha na análise, aprovação e iscalização dos projetos; na qualidade de “apoiador” o
Segundo Setor, ou Setor Privado (sociedades empresárias e contribuintes pessoas ísicas), habilitados para a
fruição do incentivo, e; na condição de “proponente” (executor) o Terceiro Setor, que engloba as associações
de ins não econômicos, na qual estão inseridas as entidades desportivas, que também podem ser classi icadas
como “entidades não governamentais” (ONG’s), pois, em que pese não integrarem o Setor Público, cumprem

33
MANUAL COMPLETO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE | 4ª Edição – José Ricardo Rezende

função de interesse social, no caso, com ações na área do desporto, pelo que, iguram como bene iciárias do apoio
autorizado pela legislação em comento, para ins de execução de projetos destinados ao fomento do desporto,
fechando o ciclo de relações necessárias e que confere efetividade à Lei nº 11.438/06. Desta forma, para que
a Lei de Incentivo ao Esporte surta os efeitos desejados, será preciso: (1) que as entidades habilitadas para o
encaminhamento de projetos (proponentes) o façam com intensidade e qualidade; (2) que o Governo Federal,
através do Ministério do Esporte / Comissão Técnica, tenha agilidade na tramitação e aprovação dos projetos
que atendam as exigências da legislação; (3) que os apoiadores (pessoas ísicas e jurídicas) façam a destinação
dos recursos em bene ício dos projetos aprovados; (4) de posse dos recursos, que os proponentes executem
iel e rigorosamente o objeto previsto, e; (5) inalmente, seja feita a devida prestação de contas e avaliação dos
resultados alcançados, demonstrando a regularidade no manejo dos recursos de origem pública e os bene ícios
trazidos para o desporto brasileiro.

1.1.2. Convergência de interesses: Chama atenção também que, diante da relação complexa decorren-
te do envolvimento desses três setores sociais, cujas premissas e cultura organizacional naturalmente se assen-
tam em bases distintas, é preciso que haja um trabalho de articulação das partes, promovido pelo condutor do
processo (proponente), de modo que além de suas expectativas, consiga atender a dos demais setores (governo
e apoiadores), e dessa fusão de interesses legítimos se opere a viabilidade do projeto. Por outras palavras, o
proponente, que inicia o ciclo de relações e interage perante o governo e os apoiadores, deve ter habilidade para
identi icar demandas de interesse mútuo (relevantes) e, nesta direção, elaborar e propor projetos que sejam
factíveis à sua realidade e capacidade de ação, atento às formalidades legais, buscando com isso sua aprovação
integral perante o governo (Comissão Técnica); de outro lado, precisa identi icar apoiador(es) que valorize(m)
atributos que marcam o projeto, notadamente pelo apelo de marketing esportivo ou de responsabilidade social.

1.1.3. Responsabilidade administrativa: Para tanto, é preciso conhecer profundamente a legislação


da matéria, pelo que, neste Manual, é nosso desejo detalhar todas as disposições previstas, inclusive nas Por-
tarias Ministeriais especí icas e outras normas que lhe sejam relacionadas, sempre de forma integrada, siste-
mática e didática, procurando esclarecer todos os seus aspectos e nuances, permitindo àqueles que pretendam
captar recursos incentivados elaborar projetos da forma segura, adequada e, sobretudo, responsável, conscien-
tes de que estarão pleiteando recursos que são de origem pública (havidos em razão da renúncia de arrecada-
ção direta), logo, devem estar comprometidos em obter a máxima e iciência associada a total transparência,
sempre aptos para o atendimento de ações de iscalização e preparados para a prestação de contas na forma e
tempo determinado.

1.1.4. Aceleração do crescimento no setor desportivo: Espera-se que o incentivo iscal ao esporte


seja realmente signi icativo (efetivo), capaz de promover a tão desejada “aceleração do crescimento” no setor
desportivo brasileiro, alavancando ações em diferentes segmentos (educacional, de participação e de rendi-
mento). Entretanto, é certo que a captação di icilmente atingirá seu teto máximo nos primeiros anos de vigên-
cia, visto que será necessário todo um período de capacitação dos gestores desportivos, que permita estabele-
cer uma dinâmica de planejamento, organização, direção e controle de ações que concretizem a conexão entre
aqueles que poderão deduzir valores de seu imposto de renda devido (apoiadores diretos) e os que poderão
encaminhar os projetos desportivos (proponentes/executores), passando pela necessária avaliação e aprova-
ção da Comissão Técnica intergovernamental (com membros do governo e do setor desportivo).

1.1.5. Lógica das leis de incentivo: Rea irme-se, portanto, a própria lógica das leis de incentivo, que
é de alçar determinado segmento a novos patamares, adquirindo uma feição mais pujante e penetrando de
forma mais signi icativa na vida das pessoas e que, pela “musculatura” alcançada no período, tenha condições
de seguir adiante – independente de incentivos iscais – sob uma condição renovada, em face da estruturação
que se lhe permitiu no período bene iciado. Seu escopo não é de constituir-se em uma política pública perma-
nente, pois, neste sentido, correta seria a formulação de uma própria política de Estado, ou seja, que o Governo
assumisse o comando das ações que pretende ver implementadas por via da “renúncia iscal condicionada”. De
outro lado, o mecanismo de incentivo faz com que as iniciativas sejam modeladas pelo próprio setor desportivo,
invertendo a polaridade Governo – Sociedade, isto é, a destinação dos recursos será pautada por iniciativa das

34
DOS INCENTIVOS AO DESPORTO E SEUS ASPECTOS TRIBUTÁRIOS – Capítulo 1

entidades desportivas combinada com a fruição de apoio pelos contribuintes, cabendo ao Governo Federal /
Ministério do Esporte (Comissão Técnica) avaliar o enquadramento e adequação dos projetos encaminhados
(interesse público) e a regularidade da entidade proponente, acompanhando sua execução e iscalizando a uti-
lização dos recursos. Sendo assim, permite avançar sob rumos determinados pela Sociedade, reduzindo forças
e in luências políticas.

1.1.6. Novos patamares para o esporte: Portanto, coloca-se sob a responsabilidade dos dirigentes
desportivos a participação na construção de novos patamares para o desporto brasileiro, e só o tempo dirá da
su iciência e bom aproveitamento de tais recursos, inclusive da eventual necessidade de serem ampliados e/
ou estendidos por novos períodos. Fato semelhante ocorre com a Lei de Fomento à Atividade Audiovisual (Lei
nº 8.685/93), cujo período de validade inicial alcançava o ano de 2003, e que vêm sendo prorrogado seguidas
vezes (atualmente a Lei nº 12.375/10 estendeu seus efeitos até o exercício iscal de 2016, inclusive).

1.1.7. Legitimidade da política de incentivo por via do beneϐício ϐiscal: A legitimidade para institui-
ção da Lei 11.438/06 encontra-se na própria Constituição Federal, que prevê como sendo um “dever do Estado
fomentar práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um” (art. 217), com a destinação de
recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos especí icos, para o desporto
de alto rendimento (inciso II) e o incentivo ao lazer, como forma de promoção social (§ 3º). Não menos, dispõe a
Lei nº 9.615/98, em seu art. 2º, inciso V, que o desporto é um DIREITO INDIVIDUAL E SOCIAL. Mais adiante, em
seu art. 56, determina que: Os recursos necessários ao fomento das práticas desportivas formais e não-formais
a que se refere o art. 217 da Constituição Federal serão assegurados em programas de trabalho especí icos
constantes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além dos provenientes
de: (V) incentivos iscais previstos em lei.

1.1.8. Novos setores beneϐiciados por via de incentivo ϐiscal: A política de incentivo iscal de dedução
para estímulo de setores especí icos da sociedade tem sido implementada com vigor nos últimos anos pelo Gover-
no Federal. Após a publicação da Lei 11.438/06 veri icou-se a instituição de instrumento semelhante em bene ício
dos Fundos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso, através da Lei nº 12.213, de 20 de janeiro de 2010, e, ainda,
em apoio à atenção da saúde de pessoas com de iciência, por via da Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012.
Não obstante tramitam no Congresso Nacional outros projetos destinados a conceder incentivos iscais com base
no imposto sobre a renda para setores diversos, como, por exemplo: para apoio a projetos de preservação do meio
ambiente (PL 5974/2005). Não obstante o próprio incentivo ao esporte tem sido objeto de proposituras visando
ampliar seu prazo de vigência bem como o limite de dedução do imposto de renda devido pela pessoa jurídica (de
1% para até 4%). Logo, é preciso manter-se constantemente atualizado sobre as mudanças e inovações na legis-
lação tributária nacional, especialmente quando afetam os limites globais de dedução do imposto de renda (vide
subitem 1.10.5 e 1.11.3), garantindo segurança jurídica na fruição dos incentivos.

1.2. CENÁRIO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE


É fator decisivo, para ins de utilização da Lei de Incentivo ao Esporte, saber contextualizar e identi icar
os melhores caminhos a serem seguidos, aproveitando oportunidades e compreendendo as ameaças e di i-
culdades, a im de minimizá-las. En im, é preciso ter claro o papel de cada um para que esta Lei produza seus
efeitos, especialmente identi icando:

1.2.1. Proponente: Qual sua missão enquanto entidade desportiva; quais seus objetivos de curto, mé-
dio e longo prazo (planejamento); qual é sua capacidade de ação própria (condição ísica, material, humana e
inanceira); seu histórico de atuação (realizações); suas alianças estratégicas (parcerias); seu papel no cená-
rio desportivo (local, regional, estadual, nacional e/ou internacional); seu segmento de atuação (entidade de
administração e/ou prática do desporto); seu foco quanto à natureza e inalidade do desporto (educacional,
participação ou rendimento); qual/is modalidade/s contempla; que faixa socioeconômica alcança, dentre ou-
tros fatores relevantes.

35
MANUAL COMPLETO DA LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE | 4ª Edição – José Ricardo Rezende

1.2.2. Apoiadores potenciais: Localização; proximidade e a inidades com o proponente; formas de aces-


so às pessoas com poder de decisão no caso de empresas (departamento próprio, através de seus diretores, me-
canismos de seleção de projetos); seu enquadramento para fruição do incentivo; o montante estimado passível
de destinação; situação iscal (não impedimento para dedução do incentivo); forma de apuração do imposto (tri-
mestral ou anual); mercado de atuação (segmento, alcance geográ ico, público consumidor); histórico de ações de
marketing e de responsabilidade social (identi icação da vocação de apoio); fruição de outros incentivos (cultura,
audiovisual, fundo da criança e do adolescente); canais de comunicação (internet, telefone, e-mail); concorrentes.

1.2.3. Governo Federal: Sua expectativa em relação aos projetos, quais estão sendo aprovados, rejei-
tados, em execução (região, inalidade, valor, proponente); quais os motivos determinantes para aprovação ou
rejeição (análise das atas); calendário das reuniões; tempo médio de tramitação interna; setor encarregado
da pré-análise; meios de comunicação com seus responsáveis (telefone, e-mail, pessoalmente); informações
disponibilizadas pelo site o icial (www.esporte.gov.br). Consciente do ambiente de atuação pode o proponente
buscar os melhores caminhos e soluções, sendo a proposta deste Manual facilitar toda essa trajetória.

1.3. METODOLOGIA DE ESTUDO ADOTADA NESTE MANUAL


Este Manual foi elaborado tendo por base e sequência lógica a Lei nº 11.438/06 e sua regulamentação
advinda do Decreto nº 6.180/07, assim como das Portarias que lhe são especí icas e demais procedimentos edi-
tados pelo Ministério do Esporte, de tal sorte que esse conjunto normativo será analisado pontualmente, artigo
por artigo, parágrafo por parágrafo, conforme técnica relacionada nos subitens a seguir.

1.3.1. Enunciados: Antes de abordar um tópico da legislação é feito um enunciado destacando seu


objeto principal, seguido da referência legislativa.

1.3.2. Reprodução da legislação: Em seguida, reproduzimos a norma em comento, na sua íntegra,


consorciando, quando for o caso, o texto da Lei nº 11.438/06, do Decreto nº 6.180/07 e das Portarias especí i-
cas, visando promover uma integração normativa consistente e a ixação de seu conteúdo, permitindo ainda a
análise crítica do leitor quanto à abordagem que fazemos.

1.3.3. Comentários pontuais: Por im, a norma é fragmentada e comentada nos seus detalhes, visando
extrair seu melhor entendimento e consolidando sua compreensão.

1.3.4. Normas correlatas: Sempre que o texto da legislação izer referência expressa a outra norma,
procurar-se-á também abordá-la, evitando dúvidas e incompreensões. Da mesma forma, havendo correlação do
tema em análise com outras leis, decretos, portarias ou atos normativos, buscar-se-á estabelecer tal vinculação,
permitindo sua abordagem de forma integrada (não isolada).

1.3.5. Ilustrações: Para facilitar a compreensão dos elementos da legislação e mesmo visando sua me-
morização, determinados temas serão expostos também em forma de quadros, grá icos e luxogramas ( iguras).

1.3.6. Roteiro para elaboração de projetos desportivos – preenchimento do formulário eletrônico:


Capítulo exclusivo com técnicas e recomendações para preenchimento dos formulários o iciais, com vasta gama
de exemplos.

1.3.7. Elementos e fases de tramitação do projeto desportivo: Mapeamento das fases de tramitação


do projeto desportivo dentro de uma visão geral (elaboração, cadastramento, encaminhamento da documenta-
ção, pré-análise, aprovação, captação, execução e prestação de contas), também disposto em capítulo próprio.

1.3.8. Estratégias para captação de recursos para projetos aprovados: Dicas de como obter suces-
so nas solicitações de doação e patrocínio para projetos em fase de captação (Capítulo 11).

36
DOS INCENTIVOS AO DESPORTO E SEUS ASPECTOS TRIBUTÁRIOS – Capítulo 1

1.3.9. Texto integral da legislação e demais atos normativos: Ao final do Manual encontra-se o texto
integral da legislação em análise, incluídas as Portarias do Ministério do Esporte sobre o tema; modelo de reci-
bo; formulários para prestação de contas e Manual de Identidade Visual. Tenha-se em conta que os exemplos,
cálculos e projeções que iremos apresentar são de caráter meramente ilustrativo, sendo que cada caso requer
uma análise particularizada, diante de aspectos como: perfil do proponente, finalidade do projeto, período de
aprovação e de captação, situação fiscal do apoiador, legislação tributária em vigor. Igualmente, este Manual
é dirigido de forma prioritária a dirigentes desportivos, profissionais e estudantes de educação física, atletas,
consultores, advogados, gestores públicos e, subsidiariamente, a contadores, pelo que, estão realçadas inter-
pretações e explicações sobre a Lei e sua regulamentação complementar no plano geral, e não especificamente
orientadora de seus aspectos contábeis, que exigem técnica e linguagem diferenciada.

1.4. POSSIBILIDADES DA DESTINAÇÃO DOS INCENTIVOS AO DESPORTO


Adquiradaseu
1.4.1. Amplitude exemplar
legislação: com preço
A Lei de Incentivo promocional
ao Esporte em
não estabelece limites quanto às possi-
bilidades de destinação dos recursos, mas parâmetros de enquadramento, cabendo ao proponente demonstrar
www.incentivoaoesporte.com.br
a viabilidade de seu projeto e a compatibilidade com as finalidades da lei, estabelecidas no sentido da: imple-
mentação, prática, ensino, estudo, pesquisa e desenvolvimento do desporto; nas suas vertentes: educacional,
de participação e de rendimento (não profissional), como veremos em detalhes neste Manual. Neste amplo
contexto, poderão ser apresentados projetos visando desde a construção e reforma de instalações esportivas,
passando pela aquisição de equipamentos, materiais e contratação de serviços relacionados à prática desporti-
va, alcançando inclusive a promoção de eventos de natureza desportiva ou o custeio da atividade de atletas ou
equipes de rendimento (não profissionais), até programas de práticas desportivas regulares (núcleos e centros
de treinamento), dentre outras ações do gênero.

1.5. MODALIDADES ESPORTIVAS BENEFICIADAS


1.5.1. Liberdade de apresentação: Não existe qualquer restrição quanto às modalidades esportivas
que podem ser atendidas através da Lei de Incentivo, admitindo-se o encaminhamento de projetos vinculados
a qualquer uma delas (projetos especializados) ou mesmo destinados à promoção de mais de uma modalidade
(projetos poliesportivos, ecléticos), com exceção daquelas praticadas de modo profissional. Destaque-se, tam-
bém, que não há na Lei qualquer elemento que remeta ou restrinja os benefícios a uma determinada categoria de
modalidade esportiva, portanto, todos os segmentos podem buscar os recursos incentivados (individual, coletiva,
terrestre, aquática, aérea, hípica, motorizada, intelectiva, radical, de aventura, olímpica, não-olímpica, paralímpi-
ca, tradicionais, novas, derivadas, etc.). Pois bastará que se demonstre que o objeto do projeto é, de fato, relacio-
nado a uma atividade considerada desportiva, para que se habilite aos benefícios da Lei (vide subitem 9.4.21).
Neste aspecto, é certo que muitas modalidades são imediatamente reconhecidas como práticas do gênero, como:
futebol, vôlei, basquete, handebol, atletismo, esgrima, natação, dentre tantas outras. Mas não se descarte, de outro
lado, que existe controvérsia quanto a determinadas práticas, isto é, se realmente podem ser reconhecidas como
modalidades esportivas, como, por exemplo: os jogos de vídeo (videogame); os jogos virtuais (via web), os jogos
mecatrônicos (entre robôs), dentre outros gêneros de competição. Caberá, pois, ao proponente, demonstrar que
o objeto de seu projeto é efetivamente uma prática desportiva, restando à Comissão Técnica decidir pelo seu re-
conhecimento ou não, em parecer fundamentado, admitido um pedido de reconsideração (vide item 5.13).

1.5.2. Definição enciclopédica do termo “esporte” na atualidade: Segundo Manoel Gomes Tubino


(1939-2008), um dos maiores intelectuais da área de nossa época, em sua inigualável obra “Dicionário Enci-
clopédico Tubino do Esporte” (1ª Ed. Senac Editoras, RJ, 2007), define o termo “esporte contemporâneo” pela
seguinte descrição: “Fenômeno sociocultural cuja prática é considerada direito de todos e que tem no jogo o seu
vínculo cultural e na competição seu elemento essencial, o qual deve contribuir para a formação e aproximação
dos seres humanos ao reforçar o desenvolvimento de valores como a moral, a ética, a solidariedade, a fraternida-
de e a cooperação, o que pode torná-lo um dos meios mais eficazes para a convivência humana (Tubino, 2003)”.

37

Vous aimerez peut-être aussi