Vous êtes sur la page 1sur 11

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Centro de Ciência e Tecnologia – CCT


Disciplina: Mecânica dos solos I - Prática

Géssica Giovanélli Marquezini

RELATÓRIO: ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO DO SOLO

Campos dos Goytacazes - RJ


Junho de 2015

1
1. Introdução

Os solos são camadas de materiais inicialmente criadas por fragmentação de


rochas durante o intemperismo, que sofrem adição de novos materiais, perda de
materiais originais e modificação por meio de mistura física e reações químicas.
Na engenharia, é importante classificar os solos para que seja possível estimar
o provável comportamento deste ou, ainda, orientar o programa de investigação
necessário para permitir a adequada análise de alguma eventualidade.
Nestes ensaios, caracterizou-se uma amostra de solo quanto ao tamanho dos
grãos, a umidade higroscópica, a sedimentação, a densidade real dos grãos e aos
limites de Atterberg, que permitiu classificar a amostra.

2. Preparação da amostra e peneiramento grosso

Para os ensaios, foi utilizada uma amostra de solo residual de um aterro. A


quantidade de solo usado tem de ser suficiente para realizar todos os ensaios, assim
como a amostra deve estar úmida.
A amostra passou pelo processo de secagem prévia ao ar, até próximo a
umidade higroscópica, que varia com a temperatura. Então, foi feito o
destorroamento do solo, onde se desmancharam os torrões, evitando quebrar os
grãos, até a mostra estar homogênea. O material que não for pedregulho irá
desmanchar no destorroamento. A amostra tem predominância de silte e areia e
pessui pouca argila.
Assim, a amostra foi passada numa série de peneiras específicas,
determinada pela ABNT, a #4, #8 e #10, com os diâmetros 4,80mm, 2,38mm e
2,00mm, respctivamente e assim poderemos classificar o peneiramento grosso da
amostra em questão. Todo o material retido na peneira #8 deve ser lavado, pois
após esse processo, muitos grãos passarão pela por essa peneira. Após lavar o
material retido, este é colocado para secar na estufa e, posteriormente, é pesado.
Pelas fórmulas, obtemos alguns dados:

 Massa do solo úmido passado na peneira 10:


M#10 = MM.Total – MRetida#10

2
O Fator de Correção é calculado pela fórmula:

100
𝐹𝑐 =
100 + 𝐻

Sendo H, a umidade média higroscópica, em %.

 Massa Total da Amostra Seca Passado na Peneira #10:


MT.Seca#10 = MS.Úmido x Fc

 Massa Total da Amostra Seca:


MT.Seca = MS.Seco + MS.SecoRetido #10

Para fazer o cálculo do peneiramento grosso, utilizam-se as fórmulas abaixo:

 Massa do material Passado:


Mpassado = MS.Seco - Mretida

 Porcentagem de Material Passado (%):


%Metrial Passado = ((Mm. pasado) / (MT. amostra seca)) x 100

Assim, é possível obter os seguintes valores:

Peneiramento grosso
Peneira Diâmetro Massa retida Material passado
nº (mm) (g) Massa (g) % Total
Preparação da amostra 1 ½” 38,1 -
Massa total da amostra úmida (g) 578,3 1” 25,4 -
Massa do solo seco retido na peneira 10 (g) 22,4 ¾” 19 -
Massa de solo úmido passado na peneira 10(g) 555,9 3/8” 9,5 3,5 568,57 99,39
Fator de correção (100/100+h) 0,9888 5/16” 7,93 1,8 566,77 99,07
Massa de solo passado na peneira 10 (g) 549,67 ¼” 6,35 1,1 565,67 98,88
Massa total da amostra seca (g) 572,07 4 4,8 2,4 563,27 98,46
8 2,38 6,3 556,97 97,36
10 2 7,3 549,67 96,08

Tabela 1: Preparação da amostra e peneiramento grosso.

3
3. Umidade Higroscópica (h)

Determina-se a umidade higroscópica para saber qual a densidade do material.


Para isso, utilizam-se duas pequenas amostras do solo úmido em cápsulas
diferentes. Essas amostras são medidas e, posteriormente, levadas à estufa por 24
horas. Após retirar o solo da estufa e esperar esfriar em temperatura ambiente, será
possivel medir a massa do solo seco. As fórmulas utilizadas para cálculo dos
parâmetros para definir a umidade higroscópica são:

 Massa do Solo Seco:


MS.Seco = MS.seco+cápsula - Mcápsula

 Massa do Solo Úmido:


MS. Úmido = MS. úmido+cápsula - Mcápsula

 Massa da água:
Mágua = Msolo úmido – Msolo seco

 Teor de Umidade. (%):

M agua
𝐻= ( ) x100
MS. seco

 Umidade Média (%):

H1+H2
𝐻𝑚 =
2

Obtiveram-se os seguintes valores:

Umidade Higroscópica (h)


Cápsula Nº 133 103
S. úmido + cápsula (g) 69,2 70,7
S. seco + cápsula (g) 68,53 70,13
Massa da cápsula (g) 14,55 14,05
Massa de água (g) 0,67 0,57
Massa de s. seco (g) 53,98 56,08
Umidade (%) 1,24 1,02
Umidade média (&) 1,13

Tabela 2: Umidade higroscópica da amostra.

4
4. Peneiramento Fino

Para determinar o peneiramento fino, utilizam-se os mesmos métodos usados


no procedimento do peneiramento grosso. Assim, encontraram-se os seguintes
valores:
Peneiramento fino

Peneira Material passado


Diâmetro (mm) Massa retida (g)
Nº Massa (g) % Parcial %Total
10 2 51,22 96,08 100
20 0,84 6,596 44,624 87,12 83,71
40 0,42 4,689 39,935 77,97 74,91
60 0,25 2,37 37,565 73,34 70,47
100 0,15 1,847 35,718 69,73 67,00
200 0,075 3,43 32,288 63,04 60,57

Tabela 3: Peneiramento fino da amostra.

5. Sedimentação

Para realizar o ensaio de sedimentação, retira-se em torno de 70 gramas da


amostra. A massa seca deve ser colocada em uma proveta com uma solução de
defloculante de hexametafosfato de sódio, que desagrega o material e carbonato de
sódio, que controla o pH, misturados com 1 litro de água destilada. Então, a solução
é colocada no aparelho de dispersão por 15 minutos e, em seguida, colocada na
proveta e agitada por 1 minuto. Assim, os grãos maiores ficarão no fundo da
proveta.
Após esses processos, a proveta deve ser colocada sobre a bancada para
anotar o horário do ínicio da sedimentação. Posteriormente, deve-se utilizar o
densímetro para efetuar a leitura do mesmo, fazendo a primeira leitura após 15, 30,
60 e 120 segundos ate completar 86400 segundos, ou seja, o ensaio tem duração
de 24 horas. Constatou-se que a amostra possui muito silte. Os dados obtidos
pedem ser observados na tabela 4.

5
Massa de amostra úmida (g) = 51,8
Sedimentação
Massa de amostra seca (g) = 51,22 Temperatura (ºC) = 27,0

L. densímetro L. corrigida % Total


Tempo (s) Alt. Queda (cm) D grãos (mm)
(LD) (LC) Passando

15 22,3 20 14,75 0,096717 60,22


30 21 18,7 15,05 0,069081 56,31
60 20,5 18,2 15,15 0,049010 54,80
120 20 17,7 15,26 0,034781 53,30
240 20 17,7 14,32 0,023824 53,30
480 19 16,7 14,53 0,016969 50,29
900 18 15,7 14,73 0,012478 47,27
1800 17 14,7 14,94 0,008886 44,26
3600 17 14,7 14,94 0,006283 44,26
7200 16 13,7 15,15 0,004474 41,25
14400 14,9 12,6 15,36 0,003185 37,94
28800 14 11,7 15,56 0,002267 35,23
86400 12 9,7 15,98 0,001326 29,21

Tabela 4: Sedimentação da amostra.

Foram usadas as seguintes fórmulas para calcular os parâmetros:

 Diâmetro dos Grãos (mm):

1800. 𝜂. 𝑎
ᴓ=√
(𝐺 − 𝐺𝑑). 𝑇

Onde,
η = Viscosidade da Água
G = Densidade Real dos Grãos Média
Gd = Densidade da Água
a = Altura de Queda
T = Tempo

 Porcentagem Total Passando (%):

𝛼. 𝐺. 𝐿𝐶
%𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 =
(𝐺 − 1)𝑀𝑆
Onde,
α = Porcentagem Passante na Peneira 10
6
G = Densidade Real dos Grãos
LC = Leitura do Densímetro Corrigido
MS = Massa da Amostra Seca

70

60

50

Porcentagem Passante (%)


40

30

20

10

0
0.001 0.01 0.1 1
Diâmetro das Partículas (mm)

Figura 1: Curva granulométrica da amostra

6. Densidade real dos grãos

Para determinar a densidade real dos grãos, utiliza-se a equação:

𝑀𝑎
𝐺𝑛 =
𝑀𝑎 + 𝑀𝑏 − 𝑀𝑐

Ma = Massa do solo
Mb = Massa do picnômetro com água
Mc = Massa do picnômetro com solo e água

 Densidade Real dos Grãos Média.

𝐺1 + 𝐺2 + 𝐺3
𝐺=
3
7
Os valores encontrados podem ser observados na tabela abaixo:

Densidade real dos grãos

Picnômetro Nº 4 4

Temperatura (ºC) 20 28
Massa do picnômetro com água (g) 158,4 158,4
Massa do picnômetro com solo e água (g) 164,6 164,6
Massa do solo (g) 10,04 10,04
Densidade real dos grãos 2,66 2,64
Densidade real dos grãos média 2,65

Tabela 4: Densidade real dos grãos.

7. Limites de Atterberg

O ensaio de Limite de Atterberg, ou Limites de consistência, é realizado com


uma amostra passada na peneira #40. Assim, é determinado o limite da zona fluída,
encontrando-se o Limite de Liquidez (LL), o Limite de Plasticidade (LP) e o Índice de
Plasticidade (IP). O ensaio de fluidez determina o limite da zona fluída e o ensaio de
contração, o limite da zona sólida. O ensaio para determinar o limite de liquidez
começa com 10 golpes, nunca com 0 e este limite corresponde a 25% no número de
golpes, assim como o limite da zona fluída é 25 golpes.
Para encontra o Limite de Liquidez é adicionado água na amostra e feita uma
homogeneização da mesma. Quanto mais homogenia estiver, melhor a
trabalhabilidade e melhor a coesão. O ensaio é realizado no aparelho de
Casagrande, com 15 golpes. Obtiveram-se os dados da tabela abaixo:

Limite de Liquidez
Cápsula Nº 102 182 41 87 98
Peso da tara +solo+água
12,87 13,58 12,08 11,87 11,91
(g)
Peso da tara+solo (g) 10,34 10,69 9,48 9,38 9,32
Peso da água (g) 2,53 2,89 2,6 2,49 2,59
Peso da tara (g) 6,06 6,42 5,89 6,11 6,12
Peso do solo seco (g) 4,28 4,27 3,59 3,27 3,2
Umidade (%) 59,11 67,68 72,42 76,15 80,94
Número de golpes 46 26 19 14 10

Tabela 5: Limite de liquidez

8
90

80

70

60
Umidade (%)

50

40

30

20

10

0
10 100
Número de golpes

Figura 2: Limite de liquidez.

Neste gráfico foi determinado, aos 25 golpes, o limite de liquidez. Calculado


pela média e acrescido o valor de 5% do valor encontrado, o limite de liquidez
encontrado foi de 68,5%.

Depois de realizado o ensaio para se encontrar LL, utilizo a mesma amostra


para o ensaio de Limite de Plasticidade. É adicionada água destilada na fração de
solo para verificar a coesão. Deve-se fazer uma bolinha com o solo e esticá-la ao
máximo, fazendo um “rolinho” de 10 centímetros, moldando a amostra úmida em
uma placa porosa, até retirar toda sua umidade, ou seja, elas ficam secas e
quebram. Quando as amostras se quebram, elas não se deformam. Isso ocorre
devido à porosidade da superfície e o calor de nossas mãos ao moldarem as
amostras. Posteriormente, as amostras são pesadas e secadas para descobrir o LP,
que é dado pela equação:

LP= Mágua/Msolo seco

Os dados encontrados podem ser observados na tabela 6:

9
Limite de Plasticidade
Cápsula Nº 145 9 55 55 53
Peso da tara +solo+água(g) 7,75 7,82 7,84 7,25 7,16
Peso da tara+solo(g) 7,32 7,42 7,42 6,91 6,69
Peso da água (g) 0,43 0,4 0,42 0,34 0,47
Peso da tara (g) 6,07 6,19 6,19 5,86 5,43
Peso do solo seco (g) 1,25 1,23 1,23 1,05 1,26
Umidade (%) 34,4 32,52 34,15 32,38 37,30
Umidade média (%) 34,15

Tabela 6: Limite de plasticidade

Calculado pela média e acrescido o valor de 5% do valor encontrado, o limite


de plasticidade encontrado foi de 33,5%.
O Índice de Plasticidade da amostra é dado pela seguinte equação:
IP = LL – LP
IP = 68,5 – 33,5
IP = 35,2 %

8. Classificação do solo

De acordo com os ensaios realizados e os resultados obtidos, pode-se


classificar o solo, contendo:
4% de pedregulho
16% de areia grossa
12% de areia média
12% de areia fina
27% de silte
29% de argila

Dessa forma, o solo é areia fina grossa argilosa, com silte, ressaltando que a
amostra possui 40% de areia.

10
9. Conclusão

Através dos procedimentos descritos pelo peneiramento grosso e


peneiramento fino, obteve-se a curva granulométrica, que permitiu classificar o solo
como argila arenosa de alta plasticidade.

10. Referências Bibliográficas

NBR 7181 – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Solo – Análise


Granulométrica. 1984.

PINTO, Carlos de Souza. Curso Básico de Mecânica dos Solos. 2ª Edição.


São Paulo: Oficina de Textos, 2002.

DAS, Braja M. Fundamentos de Engenharia Geotécnica. São Paulo:


Thomson Learning, 2007.

11

Vous aimerez peut-être aussi