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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

05 O Processo

05.1 – Introdução

Processo e procedimento
Noções iniciais:
O processo, do latim procedere (seguir adiante), é uma sequência de atos interdependentes,
destinados a solucionar um litígio, com a respectiva vinculação do juiz e das partes a uma
série de direitos e obrigações. O procedimento é uma simples sucessão de atos processuais,
mas é o modo pelo qual o processo anda, ou seja, a maneira pela qual se encadeiam os atos
do processo (rito, ou o andamento do processo). Não há processo sem procedimento.

Para Chiovenda, o Processo Civil consiste num complexo dos atos coordenados ao objetivo
da atuação da vontade da lei (com respeito a um bem que se pretende garantido por ela), por
parte dos órgãos da jurisdição ordinária.

Trilogia estrutural do processo:


Na verdade, o processo contém em si o procedimento, a jurisdição e a relação jurídica
processual. O procedimento, porém, é a parte visível do processo, referente à sequência
organizada dos atos. A jurisdição é a finalidade, de solucionar um litígio e a relação jurídica
processual corresponde ao envolvimento do juiz e das partes numa progressão de direitos e
obrigações.

Processo = Procedimento + Relação Jurídica Processual + Finalidade Jurisdicional

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Teorias sobre a natureza jurídica do processo
Noções iniciais:
Diversas teorias foram formuladas para explicar a natureza jurídica do processo: o processo
como contrato, como quase contrato, como relação jurídica e como situação jurídica.

1) O processo como contrato:


A ideia romana de processo é privatista – o processo é visto como um pacto entre as partes
–, não havendo assim intervenção do Estado e partindo do pressuposto de que as partes se
submetem voluntariamente ao processo e seus resultados através de um verdadeiro negócio
jurídico de direito privado chamado litiscontestação (litiscontestatio).

2) O processo como quase contrato:


Como o Estado veio a submeter totalmente as partes a sua jurisdição, a noção de processo
como contrato ficou ultrapassada. Na tentativa de enquadrar o processo a todo custo nas
categorias do direito privado, Arnault de Guényveau então sustentou que o processo seria
um quase-contrato.

3) O processo como relação jurídica:


Oskar Von Bulow sistematizou a noção de processo como relação jurídica de direito público.
É sustentada na ideia de que no processo há uma relação entre as partes e o juiz que não se
confunde com a relação jurídica de direito material. Segundo a teoria, há dois planos de
relações: direito material e a de direito processual. Elas se distinguem pelos sujeitos (autor,
réu e juiz), objeto (prestação jurisdicional) e os pressupostos processuais.

Prevalece este entendimento porque o processo não se reduz a mero procedimento, ou mera
sucessão de atos. Processo é uma complexa ligação jurídica entre os sujeitos que nela
desenvolvem atividades.

Relação jurídica processual:


O processo é uma série de atos que resultam de uma relação jurídica entre sujeitos processuais, juiz,
autor e réu. Assim, o processo tem a natureza de uma relação jurídica, ou seja, a relação entre os
sujeitos processuais juridicamente regulada.

4) O processo como situação jurídica:


A teoria da situação jurídica, concebida por Goldschmidt, sustenta-se na concepção de ser o
processo constituído de uma série de expectativas, ônus e possibilidades jurídicas que se
consubstanciariam em situações jurídicas. Neste sentido, não seria o processo constituído
de uma relação jurídica, mas de situações jurídicas, onde as partes se submeteriam
enquanto se espera a decisão final do órgão jurisdicional, portanto, estariam elas diante de
expectativas, possibilidades, ônus, perspectivas, sujeições, isto é, “chances”, nas palavras de
Goldschmidt, diante da marcha processual, objetivando, teleologicamente, o
pronunciamento traduzido pela sentença.

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05.2 – Sujeitos do Processo

Noções gerais
Sendo um instrumento para a resolução imparcial dos conflitos que se verificam na vida
social, o processo apresenta, necessariamente, pelo menos três sujeitos: o autor e o réu, nos
pólos contrastantes da relação processual, como sujeitos parciais; e como sujeito imparcial,
o juiz representando o interesse coletivo orientado para a justa resolução do litígio. Este
quadro simplificado do processo, porém, deixa de contemplar certos aspectos importantes,
os quais são:
ƒ atuam ao lado do juiz, órgãos auxiliares da Justiça;
ƒ é indispensável também a participação do advogado, uma vez que as partes, não o
sendo, são legalmente impedidos de postular diretamente por seus direitos;
ƒ pode haver pluralidade de autores (litisconsórcio ativo), de réus (litisconsórcio
passivo), ou de autores e réus simultaneamente (litisconsórcio misto ou recíproco),
além da intervenção de terceiros em processo pendente, com a consequente maior
complexidade do processo;
ƒ a lei permite a substituição das partes ou acréscimo (intervenção de terceiros), que
pode assumir a forma de oposição, nomeação à autoria, denunciação da lide,
chamamento ao processo ou assistência.

Além de autor e réu, as partes podem ter outras nomenclaturas, dependendo da fase processual
em que se encontram, tais como nos incidentes processuais de exceção (excipiente e excepto),
agravo (agravante e agravado), apelação (apelante e apelado) e embargos (embargante e
embargado). No processo de execução as partes são chamadas de exequente e executado, e,
no processo cautelar, de requerente e requerido. No procedimento de jurisdição voluntária, há
apenas interessados.

As partes
Noções iniciais:
Partes são os sujeitos parciais do processo, ou seja, as pessoas que pedem ou em face das
quais se pede, em nome próprio, a tutela jurisdicional.

Substituto processual:
O substituto processual também é parte. Considera-se substituto processual aquele que é
autorizado a pleitear, em nome próprio, direito alheio (CPC, art. 6°), como o autor de ação
popular, que não pleiteia um direito pessoal, mas coletivo (CF, art. 5°, LXXIII), ou o gestor
de negócios, que age no interesse do gerido (CC, art. 861) A decisão proferida na causa em
que atua o substituto processual faz coisa julgada para este e para o substituído.

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A substituição processual é também chamada de legitimação extraordinária. A legitimação
ordinária para a causa é a do titular do direito material. A extraordinária é a do que foi
autorizada expressamente pela lei a pleitear direito alheio em nome próprio.

Substituição das partes (sucessor processual):


De um modo geral, não se admite a substituição de partes, conforme dispõe o art 41 do
Código de Processo Civil: “só é permitida, no curso do processo, a substituição voluntária
das partes nos casos expressos em lei”. Há duas situações, entretanto, que fogem à regra:
quando o bem litigioso for alienado e parte contrária consentir que seja substituído o
alienante ou cedente (CPC, art. 42, § 1°) e quando da morte de qualquer das partes, pois que
a relação processual não pode prosseguir desta forma.

É oportuno destacar a diferença entre substituto processual e sucessor processual. No primeiro


caso, já se viu que o direito que se defende pertence a outrem. O sucessor processual, no
entanto, ao ser admitido no processo, irá defender direito próprio.

Pluralidade de partes:
Normalmente participam do processo apenas duas partes, um autor e um réu. Muitas vezes,
porém, ocorre o litisconsórcio, com mais de um autor ou mais de um réu. Além disso, existe
a intervenção de terceiros, em que certas pessoas ingressam no processo para auxiliar ou
excluir as partes.

Os procuradores
Noções iniciais:
A postulação é promovida privativamente pelo advogado em nome de seu cliente. A
Constituição Federal de 1988 prescreve em seu art. 133 que: “o advogado é indispensável à
administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da
profissão, nos limites da lei”. A presença do advogado em juízo é imprescindível para que se
realize o contraditório plenamente, já que já exigência de conhecimentos técnicos e
científicos especiais para se postular em juízo, por isto o Código estabelece que a parte será
representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Será lícito a parte, no entanto,
postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo, no caso de falta de
advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver (CPC, art. 36).

Mandato:
Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a postular em juízo. Poderá,
todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem
como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado
se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de
15 dias, prorrogável até outros 15, por despacho do juiz. (CPC, art. 37)

Procuração geral:
A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado
pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber
citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar

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ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso. (CPC, art.
38)

Litisconsórcio
Litisconsórcio:
Denomina-se litisconsórcio a ocorrência processual onde duas ou mais pessoas litigam, no
mesmo processo, e do mesmo lado, no pólo ativo ou passivo da ação (art. 46 CPC), ou seja,
quando há mais de um autor ou mais de um réu, havendo comunhão de interesses, conexão
de causas ou afinidade de questões. Litisconsórcio, portanto, significa consórcio na lide.

CLASSIFICAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO
Quanto à posição das partes ativo: mais de um autor;
passivo: mais de um réu;
misto ou recíproco: mais de um autor e mais de um réu.
Quanto ao momento em que inicial: a pluralidade é verificada no início da ação;
se estabelece a sua formação ulterior: a pluralidade é verificada em momento posterior
da ação.
Quanto aos efeitos da decisão simples: é aquele em que a decisão pode ser diferente
para cada um dos litisconsortes;
unitário: é aquele em que o juiz tem de decidir a questão
de modo igual para todos os autores e todos os réus, não
podendo a sentença ser procedente para uns e
improcedente para outros.
Quanto à obrigatoriedade da facultativo: é o que pode ser adotado voluntariamente
formação pelas partes; subdivide-se em facultativo unitário e
facultativo simples;
necessário: é aquele em que a ação só pode ser
proposta por duas ou mais pessoas ou contra duas ou
mais pessoas, por não ser possível a formação da relação
processual sem a pluralidade de partes; a obrigatoriedade
do litisconsórcio deriva da lei ou da natureza da relação
jurídica (ex.: dissolução de sociedade, em que devem ser
citados todos os sócios); subdivide-se também em unitário
e simples.

Regimes do litisconsórcio:
Conforme o tipo de litisconsórcio, diverso será o seu regime jurídico e as consequencias que
poderão advir para as partes. Por isso, é necessário lembrar sempre a distinção entre as
modalidades de litisconsórcio.

Regime do litisconsórcio simples:


No litisconsórcio simples, os litisconsortes são independentes e autônomos entre si. Os atos
de um não prejudicam nem favorecem os outros (art. 48 CPC). Cada um tem de fazer a sua
defesa e apresentar suas provas.

Regime do litisconsórcio unitário:


No litisconsórcio unitário, tanto facultativo como necessário, a sentença será igual para
todos. Por isso, os atos úteis, praticados por um, beneficiam os demais, ou seja, a todos os
litisconsortes aproveita a defesa de um só, a exceção oposta por um só, a prova oferecida por

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um só. Também o recurso de um só a todos aproveita (CPC, art. 509). Por outro lado, em
regra, os atos prejudiciais de um não atingem a comunidade dos co-litigantes. A confissão
de um só, por exemplo, é inoperante, vez que apenas será válida a confissão coletiva (CPC,
art. 302, I).

Litisconsórcio facultativo:
Disposição contida no art. 46 do CPC estabelece as hipóteses em que duas ou mais pessoas
podem (é uma faculdade) litigar conjuntamente no mesmo processo, ativa ou passivamente.
Essa possibilidade pode ocorrer:
ƒ entre elas houver comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide;
ƒ os direitos ou as obrigações derivarem do mesmo fundamento de fato ou de direito;
ƒ entre as causas houver conexão pelo objeto ou pela causa de pedir;
ƒ ocorrer afinidade de questões por um ponto comum de fato ou de direito.

Regime do litisconsórcio necessário:


No litisconsórcio necessário, a ação não se instaura validamente sem a participação de todos
(art. 267, VI, CPC). Observando o juiz a ocorrência de litisconsórcio necessário na
demanda, porém, ainda não integrado a ela, ordenará que o autor promova a citação de
todos os litisconsortes necessários dentro de prazo determinado. Mas o disposto legal
mencionado só se aplica no caso de citação de litisconsorte necessário passivo. No pólo
ativo, se faltar um litisconsorte necessário, a ação simplesmente não poderá ser proposta,
não sendo caso de se citar o autor faltante. Isso porque ninguém pode ser obrigado a ser
autor de uma ação ou a aderir a pedido alheio.

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05.3 – Intervenção de Terceiros

Noções gerais
Em princípio, a sentença só produz efeito entre as partes. Em certos casos, porém, ainda que
de modo indireto, esse efeito pode recair sobre os interesses de pessoas estranhas ao
processo. Por isso, em dadas circunstâncias, a lei permite ou determina o ingresso de
terceiros no processo, para ajudar as partes ou para excluí-las. Estes terceiros passam então
a ser também partes no processo. Essa chamada intervenção de terceiros pode assumir a
formas de:
ƒ assistência;
ƒ oposição;
ƒ nomeação à autoria;
ƒ denunciação da lide;
ƒ chamamento ao processo.

Assistência
Noções iniciais:
Alguém que tenha interesse jurídico na vitória de um dos litigantes pode entrar no processo
para prestar colaboração a uma das partes, como assistente ou colocando-se ao lado do
autor, ou ao lado do réu, para auxiliá-lo. A assistência poderá ser:
ƒ simples: quando o direito do assistente não estiver diretamente envolvido no
processo, como da hipótese de um fiador que intervenha em auxílio do devedor (CPC,
art. 50);
ƒ litisconsorcial: se a sentença tiver de ser uniforme, envolvendo diretamente também
o direito do assistente, como no caso de um condômino em coisa indivisa que
intervenha em auxílio de outro condômino (CPC, art. 54).

Assistência simples Interesse jurídico indireto

Assistência litisconsorcial Interesse jurídico direto

A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da


jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra. (CPC, art. 50,
parágrafo único)

Procedimento:
O procedimento é previsto nos artigos 51 a 53 do Código de Processo Civil. Não havendo
impugnação dentro de 5 dias, o pedido do assistente será deferido. Se qualquer das partes

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alegar, no entanto, que carece ao assistente interesse jurídico para intervir a bem do
assistido, o juiz:
ƒ determinará, sem suspensão do processo, o desentranhamento da petição e da
impugnação, a fim de serem autuadas em apenso;
ƒ autorizará a produção de provas;
ƒ decidirá, dentro de 5 dias, o incidente.
O assistente atuará como auxiliar da parte principal, devendo exercer os mesmos poderes e
sujeitar-se aos mesmos ônus processuais que o assistido. Sendo revel o assistido, o
assistente será considerado seu gestor de negócios. A assistência não obsta a que a parte
principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação ou transija sobre direitos
controvertidos; casos em que, terminando o processo, cessa a intervenção do assistente.

Eficácia da coisa julgada e sua extensão:


Conforme o art. 55, transitada em julgado a sentença, na causa em que interveio o
assistente, este não poderá, em processo posterior, discutir a justiça da decisão, salvo se
alegar e provar que:
ƒ pelo estado em que recebera o processo, ou pelas declarações e atos do assistido, fora
impedido de produzir provas suscetíveis de influir na sentença;
ƒ desconhecia a existência de alegações ou de provas, de que o assistido, por dolo ou
culpa, não se valeu.

Oposição
Noções iniciais:
A oposição consiste na intervenção de um terceiro para excluir uma das partes, ou ambas, e
para pleitear para si, no todo ou em parte, a coisa ou o direito discutido no processo.
Exemplos:
ƒ A move uma ação de cobrança contra B, C intervém como opoente e alega que o
crédito é dele e não de A;
ƒ A e B litigam sobre uma gleba de terras, C intervém como opoente e alega que a gleba
não é de nenhum dos dois, mas dele.

CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL
Art. 56 - Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e
réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos.

O Código de Processo Civil atual (art. 56) não se refere mais à necessidade de exclusão de
ambas as partes, para a admissão da oposição, como fazia o antigo Código. O opoente age
para fazer valer direito próprio incompatível com o direito das partes ou de uma delas. Deve-
se advertir, porém, que há doutrinadores e julgados que não admitem a oposição que exclua
um só dos litigantes.

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Procedimento:
O procedimento da oposição é previsto nos artigos 57 a 61 do Código de Processo Civil:
ƒ O opoente deduzirá o seu pedido, observando os requisitos exigidos para a propositura
da ação (arts. 282 e 283). Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos
citados, na pessoa dos seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo
comum de 15 dias. (art. 57)
ƒ Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o
opoente. (art. 58)
ƒ A oposição, oferecida antes da audiência, será apensada aos autos principais e correrá
simultaneamente com a ação, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. (art. 59)
ƒ Oferecida depois de iniciada a audiência, seguirá a oposição o procedimento ordinário,
sendo julgada sem prejuízo da causa principal. Poderá o juiz, todavia, sobrestar no
andamento do processo, por prazo nunca superior a 90 (noventa) dias, a fim de julgá-
la conjuntamente com a oposição. (art. 60)
ƒ Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação e a oposição, desta conhecerá em
primeiro lugar. (art. 61)

Nomeação à autoria
Noções iniciais:
A nomeação à autoria é uma modalidade de intervenção cujo objetivo é introduzir no
processo pessoa que deveria estar originariamente na demanda procurando assim corrigir a
legitimidade passiva da ação. O intuito é trazer para o processo o verdadeiro proprietário,
possuidor ou responsável, excluindo ou diminuindo a responsabilidade daquele que possui
ou age em nome de outrem. Exemplo: A, como inquilino, é acionado pela Prefeitura, para
demolir parte da edificação. A deve, obrigatoriamente, nomear a autoria o proprietário B.

Hipóteses:
São duas hipóteses:
ƒ Dá-se a nomeação à autoria quando, proposta a demanda sobre uma coisa, o réu alegar
que não a possui em nome próprio, mas em nome alheio, indicando o respectivo
proprietário ou possuidor, contra quem deveria voltar-se a ação. (CPC, art. 62)
ƒ Aplica-se também a mesma solução no caso de quem causa um prejuízo e alega que
praticou o ato por ordem, ou em cumprimento de instruções de terceiro. (CPC, art. 63)

Procedimento:
O procedimento é previsto nos artigos 64 a 68 do Código de Processo Civil:
ƒ Nas duas hipóteses de nomeação à autoria, o réu requererá a nomeação no prazo para
a defesa; o juiz, ao deferir o pedido, suspenderá o processo e mandará ouvir o autor no
prazo de 5 dias. (CPC, art. 64)
ƒ Aceitando o nomeado, ao autor incumbirá promover-lhe a citação; recusando-o, ficará
sem efeito a nomeação. (CPC, art. 65)
ƒ Se o nomeado reconhecer a qualidade que lhe é atribuída, contra ele correrá o
processo; se a negar, o processo continuará contra o nomeante. (CPC, art. 66)

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ƒ Quando o autor recusar o nomeado, ou quando este negar a qualidade que lhe é
atribuída, assinar-se-á ao nomeante novo prazo para contestar. (CPC, art. 67)
ƒ Presume-se aceita a nomeação se: (CPC, art. 68)
a) o autor nada requereu, no prazo em que, a seu respeito, lhe competia manifestar-
se;
b) o nomeado não comparecer, ou, comparecendo, nada alegar.

Responsabilidade:
Responderá por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação: (CPC, art. 69)
ƒ deixando de nomear à autoria, quando lhe competir;
ƒ nomeando pessoa diversa daquela em cujo nome detém a coisa demandada.

Denunciação da lide
Noções iniciais:
A denunciação da lide é um instituto guiado pelo princípio da economia processual.
Consiste em chamar terceiro (denunciado) que tem um vínculo de direito com uma das
partes da relação jurídica processual (denunciante) para que responda pela garantia do
negócio jurídico, caso o citado denunciante saia vencido na demanda originária. Na citação
de terceiro, que o autor ou o réu considerem como sendo garante de seu direito, no caso de
perderem a demanda. A sentença poderá decidir sobre a relação e a responsabilidade do
denunciado para com o denunciante. Daí ter a denunciação da lide um caráter de ação
paralela incidental entre denunciante e denunciado. Deve-se sublinhar que o denunciado só
pode ser condenado em relação ao denunciante e não em relação à outra partem perante a
qual é terceiro alheio à lide.

Obrigatoriedade:
Diz o art. 70 que a denunciação da lide é obrigatória em três casos:
ƒ na garantia advinda da evicção (art. 70, I);
ƒ na garantia devida pelo possuidor indireto para com o possuidor direto (art. 70, II);
ƒ na garantia daquele que, por via de regresso, deva indenizar o prejuízo de quem perder
a demanda (art. 70, III).

A palavra “obrigação” do art. 70, não é empregada no sentido que tem no Direito Civil, mas
no sentido de ônus processual.

Alguns acreditam que a não denunciação acarreta em todos os casos a perda do direito de
regresso. Outros autores, porém, entendem que essa perda só ocorre no caso da evicção (art.
70, I), face ao respaldo dado pelo art. 1.116 do Código Civil. Nas demais hipóteses, previstas
no art. 70, II e III, não ocorre a perda do direito de regresso, mesmo que não haja
denunciação da lide. O que ocorre, na não denunciação, nestes casos, é apenas a perda de
uma oportunidade, qual sejam a de ver desde logo regulada, na mesma sentença, a situação
entre denunciante e denunciado.

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Outra questão que também causa dúvida é o exato alcance do art. 70, III (direito regressivo
de indenização). A leitura do texto sugere que o juiz deva deferir a denunciação de toda e
qualquer pessoa que responda regressivamente (interpretação literal e ampla). Alguns,
porém, adotam uma interpretação restritiva, entendendo a denunciação cabível somente
nas hipóteses em que tenha havido transmissão de direito real ou pessoal, ficando o
transmitente com a obrigação de garantir a transmissão realizada. Na verdade, essa corrente
restritiva, embora com o louvável fim de agilizar o processo, termina por reduzir todas as
hipóteses a uma só, admitindo a denunciação da lide somente no caso da evicção ou de
situação assemelhada, de garantia própria. De acordo com a corrente restritiva, se o
segurado, por imprudência, causou danos a alguém, não se aceita que ele denuncie à lide a
sua seguradora.

Procedimento:
O procedimento é previsto nos artigos 71 a 76 do Código de Processo Civil:
ƒ A citação do denunciado será requerida, juntamente com a do réu, se o denunciante
for o autor; e, no prazo para contestar, se o denunciante for o réu. (CPC, art. 71)
ƒ Ordenada a citação, ficará suspenso o processo. (CPC, art. 72)
ƒ A citação do alienante, do proprietário, do possuidor indireto ou do responsável pela
indenização far-se-á:
a) quando residir na mesma comarca, dentro de 10 dias;
b) quando residir em outra comarca, ou em lugar incerto, dentro de 30 dias.
ƒ Não se procedendo à citação no prazo marcado, a ação prosseguirá unicamente em
relação ao denunciante.
ƒ Para os fins do disposto no art. 70, o denunciado, por sua vez, intimará do litígio o
alienante, o proprietário, o possuidor indireto ou o responsável pela indenização e,
assim, sucessivamente, observando-se, quanto aos prazos, o disposto no artigo
antecedente. (CPC, art. 73)
ƒ Feita a denunciação pelo autor, o denunciado, comparecendo, assumirá a posição de
litisconsorte do denunciante e poderá aditar a petição inicial, procedendo-se em
seguida à citação do réu. (CPC, art. 74)
ƒ Feita a denunciação pelo réu: (CPC, art. 75)
a) se o denunciado a aceitar e contestar o pedido, o processo prosseguirá entre o
autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o denunciante e o denunciado;
b) se o denunciado for revel, ou comparecer apenas para negar a qualidade que lhe
foi atribuída, cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até final;
c) se o denunciado confessar os fatos alegados pelo autor, poderá o denunciante
prosseguir na defesa.
ƒ A sentença, que julgar procedente a ação, declarará, conforme o caso, o direito do
evicto, ou a responsabilidade por perdas e danos, valendo como título executivo. (CPC,
art. 76)

Chamamento ao processo
Noções iniciais:
Trata-se da faculdade atribuída àquele que está sendo demandado pelo pagamento de
determinada dívida, de chamar ao processo os outros devededores ou aquele(s) a quem
estava(m) incumbido(s) de forma principal o pagamento, de modo a torná-los também réus

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na ação. Chamamento ao processo é o ato pelo qual o devedor, quando citado como réu,
pede a citação também de outro co-obrigado, a fim de que se decida, no processo, a
responsabilidade de todos. A sentença que julgar procedente a ação, condenado os
devedores, valerá como título executivo, em favor do que satisfizer a dívida, para exigi-la,
por inteiro, do devedor principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota, na
proporção que lhes tocar (art. 80). Só o réu pode fazer o chamamento ao processo. Não cabe
na execução.

Hipóteses legais:
É admissível o chamamento ao processo: (CPC, art. 77)
ƒ do devedor, na ação em que o fiador for réu;
ƒ dos outros fiadores, quando para a ação for citado apenas um deles;
ƒ de todos os devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns deles,
parcial ou totalmente, a dívida comum.

Procedimento:
O procedimento é previsto nos artigos 78 a 80 do Código de Processo Civil:
ƒ Para que o juiz declare, na mesma sentença, as responsabilidades dos obrigados, a que
se refere o artigo antecedente, o réu requererá, no prazo para contestar, a citação do
chamado. (CPC, art. 78)
ƒ O juiz suspenderá o processo, mandando observar, quanto à citação e aos prazos, o
disposto nos arts. 72 e 74. (CPC, art. 79)
ƒ A sentença, que julgar procedente a ação, condenando os devedores, valerá como título
executivo, em favor do que satisfizer a dívida, para exigi-la, por inteiro, do devedor
principal, ou de cada um dos co-devedores a sua quota, na proporção que lhes tocar.
(CPC, art. 80)

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05.4 – Formação, Suspensão e Extinção do Processo

Formação do processo
A formação do processo tem início com o despacho da petição inicial, ou com a sua
distribuição, mas a relação jurídica processual (vínculo entre autor, juiz e réu) só se
complete com a citação válida (art. 263). A formação do processo é, portanto, gradual. Após
a citação, o autor não pode mais modificar o pedido, nem seu fundamento, salvo se houver
concordância do réu (art. 264).

Art. 262 - O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial.
CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL Art. 263 - Considera-se proposta a ação, tanto que a petição inicial seja despachada pelo juiz, ou
simplesmente distribuída, onde houver mais de uma vara. A propositura da ação, todavia, só
produz, quanto ao réu, os efeitos mencionados no art. 219 depois que for validamente citado.

Art. 264 - Feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o
consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei.

Parágrafo único - A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida
após o saneamento do processo.

Suspensão do processo
O art. 265 do CPC relaciona várias hipóteses em que o processo pode ser suspenso, como a
morte de parte ou de seu procurador, convenção das partes, força maior etc. Durante a
suspensão não podem ser realizados atos processuais, salvo em caso de urgência, para evitar
dano irreparável (art. 266). Suspende-se o processo:
ƒ pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
ƒ pela convenção das partes: neste caso, a suspensão nunca poderá exceder 6 meses;
findo o prazo, o escrivão fará os autos conclusos ao juiz, que ordenará o
prosseguimento do processo;
ƒ quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem
como de suspeição ou impedimento do juiz;
ƒ quando a sentença de mérito (o período de suspensão nunca poderá exceder 1 ano e
findo este prazo, o juiz mandará prosseguir no processo):
a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou
inexistência da relação jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo
pendente;
b) não puder ser proferida senão depois de verificado determinado fato, ou de
produzida certa prova, requisitada a outro juízo;
c) tiver por pressuposto o julgamento de questão de estado, requerido como
declaração incidente;
ƒ por motivo de força maior;

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ƒ nos demais casos, que este Código regula.

No caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, ou de seu


representante legal, provado o falecimento ou a incapacidade, o juiz suspenderá o processo,
salvo se já tiver iniciado a audiência de instrução e julgamento; caso em que:
a) o advogado continuará no processo até o encerramento da audiência;
b) o processo só se suspenderá a partir da publicação da sentença ou do acórdão.
No caso de morte do procurador de qualquer das partes, ainda que iniciada a audiência de
instrução e julgamento, o juiz marcará, a fim de que a parte constitua novo mandatário, o
prazo de 20 (vinte) dias, findo o qual extinguirá o processo sem julgamento do mérito, se o
autor não nomear novo mandatário, ou mandará prosseguir no processo, à revelia do réu,
tendo falecido o advogado deste.

Durante a suspensão é defeso praticar qualquer ato processual; poderá o juiz, todavia,
determinar a realização de atos urgentes, a fim de evitar dano irreparável (CPC, art. 266).

Extinção do processo
Noções iniciais:
O processo extingue-se com a sentença, que é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo,
decidindo ou não o mérito da causa.

Extinção do processo sem resolução de mérito:


Conforme o art. 267 do CPC, extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
ƒ quando o juiz indeferir a petição inicial;
ƒ quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
ƒ quando, por não promover os atos e diligências que lhe competir, o autor abandonar a
causa por mais de 30 (trinta) dias;
ƒ quando se verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento
válido e regular do processo;
ƒ quando o juiz acolher a alegação de perempção, litispendência ou de coisa julgada;
ƒ quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a
legitimidade das partes e o interesse processual;
ƒ pela convenção de arbitragem;
ƒ quando o autor desistir da ação;
ƒ quando a ação for considerada intransmissível por disposição legal;
ƒ quando ocorrer confusão entre autor e réu;
ƒ nos demais casos prescritos neste Código.

Nova ação:
A extinção do processo sem julgamento do mérito não impede que o autor volte a propor
novamente a ação, salvo no caso de:
ƒ perempção: perda do direito de ação, em virtude de três extinções do processo por
abandono;

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ƒ litispendência: ocorre quando é proposta uma ação idêntica a outra já existente (duas
ações são idênticas quando têm as mesmas partes, o mesmo pedido e o mesmo
fundamento jurídico);
ƒ coisa julgada: é a questão já decidida por sentença, da qual não cabe mais recurso.

Resolução do mérito:
Conforme o art. 269 do Código de Processo Civil, haverá resolução de mérito:
ƒ quando o juiz acolher ou rejeitar o pedido do autor;
ƒ quando o réu reconhecer a procedência do pedido;
ƒ quando as partes transigirem;
ƒ quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;
ƒ quando o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação.

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05.5 – Nulidades

Noções gerais
Sistema de nulidade do Código de Processo Civil:
Assim como os atos jurídicos em geral, os atos processuais também estão subordinados às
mesmas condições de validade. Os atos processuais podem ser inexistentes, nulos ou
anuláveis. Os atos inexistentes são aqueles que não possuem os mínimos requisitos de
subsistência. A nulidade absoluta é aquela decorrente da prática de ato processual que
não leva em conta determinado fator que a lei considera indispensável, ocasionando a
impossibilidade da sua correção e, consequentemente, a nulidade do processo, seja a
requerimento da parte, seja mediante o reconhecimento de ofício pelo juiz. O ato nulo,
todavia, perdura, até que o juiz lhe proclame o vício e o invalide. Isto quer dizer que o ato,
mesmo absolutamente nulo, não prejudicará a validade da relação processual como um
todo. Daí poder-se afirmar que, pelo princípio da instrumentalidade dos atos processuais,
como regra geral, predominam as nulidades relativas no processo. Por outro lado, a
nulidade relativa, como o próprio nome já diz, visa tutelar, primordialmente, o interesse
das partes, representando desse modo, o ato com vício sanável, ou passível de convalidação.

À luz do princípio da instrumentalidade das formas e dos atos processuais, a tendência


moderna do Processo Civil, perfilhada pelo Código, é a de relativizar as nulidades,
condicionando sua decretação à demonstração do prejuízo e da não consecução de sua
finalidade.

Princípio do interesse de agir:


Quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta não
pode ser requerida pela parte que lhe deu causa (CPC, art. 243). Assim, só poderá ter
interesse em arguir a nulidade a parte por ela prejudicada. A nulidade não pode ser arguida
pela parte que lhe houver dado causa. Este princípio se aplica até a casos de nulidade
absoluta.

Princípio da finalidade:
Estabelece o art. 244 do CPC que quando a lei prescrever determinada forma, sem
cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe
alcançar a finalidade. Desta forma, não se proclama a nulidade, se o ato defeituoso tiver
permitido a consecução da finalidade buscada pela lei. Diferentemente do que ocorre no
Direito Civil, um ato processual nulo pode ser convalidado pelo juiz.

Preclusão:
A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar
nos autos, sob pena de preclusão (CPC, art. 245). Não se aplica esta disposição às nulidades
que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão, provando a parte legítimo
impedimento (CPC, art. 245, parágrafo único).

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Ausência de intimação do Ministério Público:
É nulo o processo, quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em
que deva intervir (CPC, art. 246). Se o processo tiver corrido, sem conhecimento do
Ministério Público, o juiz o anulará a partir do momento em que o órgão devia ter sido
intimado (CPC, art. 246, parágrafo único).

Nulidade das citações e das intimações:


As citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições
legais (CPC, art. 247).

Causalidade:
Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os subsequentes, que dele dependam;
todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam
independentes (CPC, art. 248). Assim, a decretação da nulidade só contamina os atos que
dependam daquele anulado, subsistindo válidos os dele independentes. Nesse sentido,
dispõe o art. 249, caput, do CPC, que o “o juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos
são atingidos, ordenando as providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou
retificados”.

Prejuízo:
Não se proclama a nulidade de que não tenha resultado prejuízo à parte em favor da qual foi
estabelecida. Dispõe o § 1° do art. 249 do CPC que “o ato não se repetirá nem se lhe suprirá a
falta quando não prejudicar a parte”. Igualmente o § 2°, do mesmo dispositivo: “quando
puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o juiz
não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta”. Há casos de nulidade
absoluta, todavia, em que a lei faz presumir o prejuízo, independentemente de
demonstração.

Aproveitamento dos atos processuais:


O artigo 250 dispõe sobre o aproveitamento dos atos processuais em que se desatendeu à
forma do procedimento legal. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação
dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a
fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais (CPC, art. 250). Dar-se-á o
aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa (CPC, art. 250,
parágrafo único).

Conhecimento das nulidades na apelação:


O artigo 515 do Código de Processo Civil estabelece que a nulidade que possa ser retificada
ou repetida deve ser conhecida de ofício pelo tribunal quando do julgamento da apelação
(CPC, art. 515, § 4°). Considerando-se a insanabilidade das nulidades absolutas, o
dispositivo se refere às nulidades relativas e às anulabilidades. Conforme os doutrinadores
Nelson Nery Junior e de Rosa Maria de Andrade Nery “o relator, na qualidade de juiz
preparador do recurso de apelação, poderá determinar a realização de diligência, a fim de
sanar-se eventual irregularidade existente no processo. Caso os autos estejam em
julgamento, o tribunal poderá converter o julgamento em diligência para a sanação de
irregularidade. Cumprida a diligência e sanada a nulidade, o julgamento da apelação deverá
prosseguir no tribunal. A diligência autorizada pela norma comentada não poderá ser
adotada no caso de nulidade insanável”.

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Introdução Processo:
Sequência de atos interdependentes destinados a solucionar um litígio.
Processo = procedimento + relação jurídica processual + finalidade
jurisdicional.

Teorias sobre a natureza jurídica do processo:


a) o processo como contrato;
b) o processo como quase contrato;
c) o processo como relação jurídica;
d) o processo como situação jurídica.

Sujeitos do Partes:
São os sujeitos parciais do processo, ou seja, as pessoas que pedem ou em
Processo face das quais se pede, em nome próprio, a tutela jurisdicional.

Procuradores:
É o advogado, que age em nome de seu cliente.

Litisconsórcio:
É a ocorrência processual onde duas ou mais pessoas litigam, no mesmo
processo, e do mesmo lado, no pólo ativo ou passivo da ação.
O litisconsórcio pode ser facultativo ou necessário, simples ou unitário e
cada um deles possui um regime especial.

Intervenção de São modalidades de intervenção de terceiros:


a) assistência;
Terceiros b) oposição;
c) nomeação à autoria;
d) denunciação da lide;
e) chamamento ao processo.

Formação, Formação: o processo começa a se formar com o despacho da petição


inicial e se completa com a citação válida.
Suspensão e
Extinção do Suspensão: o processo pode ser suspenso em certos casos, como a
Processo morte da parte ou de seu procurador, convenção das partes, força maior,
etc.

Extinção: o processo se extingue com a sentença, ato pelo qual o juiz põe
termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa.

Nulidades O ato processual, praticado com infração a qualquer das condições da lei,
torna-se passível de ser anulado sempre que a violação resultar em
prejuízo para qualquer das partes ou para o próprio processo.

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Questões de Concursos

Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Magistratura/AC – 2007) Acerca das nulidades no processo civil, assinale a opção correta.
( ) a) As nulidades absolutas insanáveis, que não podem ser supridas por outro ato de igual
feito, acarretam a nulidade do processo, ainda que o ato processual tenha atingido a
sua finalidade. No entanto, o juiz poderá considerá-las para efeito de acolhimento de
uma pretensão, ampliando, assim, os limites objetivos da demanda.
( ) b) Quando o ato processual praticado sem a observação da forma prescrita em lei, sem a
cominação expressa de nulidade, não atingir o direito material discutido na lide nem
causar prejuízos às partes, o juiz deverá decretar apenas a nulidade do ato viciado e
não, de todo o processo.
( ) c) A nulidade que possa ser retificada ou repetida deve ser conhecida de ofício pelo
tribunal quando do julgamento da apelação. Reconhecida a nulidade, o tribunal deve
pronunciá-la, ordenando as providências necessárias para a realização ou a renovação
do respectivo ato processual. Cumprida a diligência e sanada a nulidade, o julgamento
da apelação deverá prosseguir.
( ) d) A anulação dos atos processuais que contenham vícios sanáveis será requerida por
qualquer das partes, inclusive por aquela que lhe deu causa, na primeira oportunidade
em que se manifestar nos autos, sob pena de o juiz, de ofício, pronunciar a nulidade e
determinar a repetição dos referidos atos.

02 - (Magistratura/MG – 2005) Feita a denunciação da lide pelo réu, se o denunciado for revel:
( ) a) cumprirá ao denunciante prosseguir na defesa até o final.
( ) b) haverá o julgamento antecipado da lide.
( ) c) o processo prosseguirá entre o autor, de um lado, e de outro, como litisconsortes, o
denunciante e o denunciado.
( ) d) o processo prosseguirá entre o autor, de um lado, e de outro, o denunciado.

03 - (Magistratura/MG - 2000) O litisconsórcio necessário forma-se, de regra, no início da lide,


podendo ocorrer que ele venha a surgir em fases ulteriores do processo. Tal situação pode
se verificar na hipótese de
( ) a) sucessão de parte, a título singular ou universal.
( ) b) cumulação de ações.
( ) c) oposição de terceiro.
( ) d) assistência por terceiro sem interesse jurídico de que a sentença seja favorável a uma
das partes.
( ) e) mera semelhança de questões de fato e sem existir ponto comum de fato entre as
partes.

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04 - (Magistratura/PR - 2007) Assinale a alternativa correta:
( ) a) o chamamento ao processo deve ser feito àquele que estiver obrigado, pelo contrato, a
indenizar em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda;
( ) b) a nomeação à autoria é admissível nos casos em que, havendo vários fiadores, for
citado apenas um deles;
( ) c) a denunciação da lide só pode ser utilizada quando estiver em jogo a transferência de
domínio;
( ) d) a oposição é ação do opoente contra autor e réu, quando o opoente pretender a coisa
ou direito, objeto de controvérsias entre os opostos.

05 - (Magistratura/PR - 2006)
Em tema de litisconsórcio e intervenção de terceiros, no sistema
processual civil brasileiro, assinale a alternativa incorreta:
( ) a) O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes,
quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido
de limitação interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão.
( ) b) Efetivada a denunciação da lide, cria-se uma cumulação objetiva eventual de
demandas no processo (principal e secundária), uma vez que se concebem duas ações
no processo, onde a segunda somente será apreciada, caso a principal venha a resultar
em prejuízo para o denunciante.
( ) c) Cabe pedido de assistência com base em interesse econômico ou moral do assistente.
( ) d) Responde por perdas e danos aquele a quem incumbia a nomeação à autoria e deixa de
fazê-lo.

06 - (Magistratura/SP - 176) Analise as proposições e indique a alternativa correta.


I - O juiz poderá antecipar os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial caso se
convença da verossimilhança da alegação e estiver caracterizado o manifesto propósito
protelatório do réu.
II - Exigindo prova inequívoca da causa de pedir e da existência de fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação, a tutela antecipatória objetiva assegurar a viabilidade da
realização do direito afirmado pelo autor.
III - Em se tratando de ação que verse sobre direito indisponível, o juiz pode conceder de
ofício a antecipação dos efeitos da tutela.
IV - A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, desde que
isso ocorra por decisão fundamentada.
São verdadeiras apenas as proposições da alternativa
( ) a) I e III.
( ) b) II e III.
( ) c) I e IV.
( ) d) II e IV.

07 - (Magistratura/SP – 2006) Em uma ação de divórcio, o falecimento de uma das partes acarretará
( ) a) extinção do processo, sem julgamento do mérito.
( ) b) improcedência da ação, por ausência de interesse processual.
( ) c) suspensão do processo, para habilitação dos herdeiros interessados.
( ) d) carência, por falta de uma das condições da ação.
( ) e) indeferimento da inicial por causa superveniente.

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08 - (Magistratura/SP - 173) Substituição no processo e litisconsórcio
( ) a) Na substituição processual, que é espécie de legitimação extraordinária, o substituto
defende, em nome próprio, direito alheio; na sucessão processual o sucessor defende,
em nome próprio, direito próprio.
( ) b) Ocorrendo a alienação da coisa litigiosa no curso do processo, por ato entre vivos, e
não havendo concordância da outra parte com a sucessão, a situação processual do
alienante permanece a mesma, mas como substituto processual, ou seja, defendendo,
em nome próprio, direito alheio.
( ) c) Condôminos que ajuízam ação para reivindicar coisa comum formam um
litisconsórcio, que não é simples, que não é recusável, que não é obrigatório, nem
unitário facultativo.
( ) d) Na ação pauliana há formação de litisconsórcio passivo necessário entre alienante e
adquirente, sendo nulo o processo que assim não observar.

09 - (Magistratura/SP - 173) Denunciação à lide. Assinale a alternativa correta.


( ) a) O fato de a parte ter mencionado, em sua petição, que estava deduzindo chamamento
ao processo em caso típico de denunciação da lide, não inibe o juiz de determinar o
procedimento correto, pois o co-réu pode denunciar a lide ao litisconsorte passivo.
( ) b) Verificando-se, a teor da contestação, menção a fatos atribuídos a terceiro, e como a
denunciação à lide é obrigatória nas hipóteses indicadas no CPC, sendo o caso, nada
impede que a citação daquele, como denunciado, seja determinada de ofício pelo juiz.
( ) c) No procedimento sumário, a contestação deve ser deduzida na audiência, razão pela
qual é nesse momento que o demandado deve denunciar à lide o terceiro, impondo-se
a suspensão do processo para a citação do denunciado.
( ) d) Diz o CPC, para os casos que menciona, ser obrigatória a denunciação à lide, mas se o
juízo da ação principal for absolutamente incompetente para julgar a ação de
denunciação da lide, o processo será deslocado para o juízo competente.

10 - (Ministério Público/MG – 43) Com relação às nulidades, assinale a opção incorreta:


( ) a) quando a lei prescreve determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz
considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade;
( ) b) é nulo o processo quando o Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito
em que deva intervir;
( ) c) anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito os subsequentes, que dele dependam,
todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam
independentes;
( ) d) quando a lei prescrever determinada forma, sob pena de nulidade, a decretação desta
pode ser requerida pela parte que lhe deu causa;
( ) e) o comparecimento espontâneo do réu no processo supre a falta de citação.

11 - (Ministério Público/SP – 82) São casos de intervenção de terceiros, provocada


( ) a) a oposição, a denunciação da lide e o chamamento do processo.
( ) b) a denunciação da lide, a assistência simples e litisconsorcial e o chamamento do
processo.
( ) c) a nomeação à autoria, a oposição e a denunciação da lide.
( ) d) a denunciação da lide, a nomeação à autoria e o chamamento ao processo.
( ) e) a assistência, a oposição e o recurso de terceiro prejudicado.

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12 - (Procurador/SC – 2005) Acerca do litisconsórcio, assinale a alternativa correta, de acordo com o
Código de Processo Civil:
( ) a) Os litisconsortes possuem, sempre, prazos em dobro para contestar e recorrer.
( ) b) O juiz poderá limitar o litisconsórcio necessário quanto ao número de litigantes.
( ) c) Há litisconsórico necessário quando ocorrer afinidade de questões por um ponto
comum de fato ou de direito.
( ) d) Extingue-se o processo se o autor não promover, no tempo assinado pelo juiz, a
citação de todos os litisconsortes necessários.

13 - (Procurador/S. Paulo – 2002) No que concerne às intervenções de terceiro,


( ) a) a oposição, apesar de se constituir em uma demanda autônoma, é julgada
simultaneamente com a demanda principal.
( ) b) a consequência da procedência da nomeação à autoria é a decretação de carência de
ação pelo magistrado.
( ) c) impossível a denunciação da lide ao comodante, no caso de demanda promovida
contra o comodatário.
( ) d) o chamamento ao processo se procede mediante simples notificação, dando a devida
ciência.
( ) e) a nomeação à autoria é facultativa ao demandado no processo, que poderá fazê-lo no
prazo de 5 (cinco) dias da citação.

14 - (Procurador/S. Paulo – 2002) Quanto às nulidades processuais,


( ) a) o controle incidental é feito no curso do processo.
( ) b) incabível a arguição realizada após o trânsito em julgado.
( ) c) as nulidades absolutas, por ausência dos pressupostos de existência, estão
expressamente previstas no CPC.
( ) d) a nulidade relativa não comporta convalidação.
( ) e) a constatação de nulidade relativa enseja imediata extinção do processo sem
julgamento do mérito.

15 - (Delegado/DF - 2004) Sobre as partes e as modalidades de intervenção de terceiros, é correto


afirmar que:
( ) a) a nomeação à autoria, modalidade de intervenção de terceiros, é admissível nas ações
fundadas em contrato de arrendamento rural ou parceria agrícola;
( ) b) caso a parte, ou um terceiro que de qualquer forma participe do processo, crie
embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final, o
juiz poderá aplicar-lhe multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da
conduta, desde que não seja superior a 20% do valor da causa;
( ) c) se o autor não formar, no pólo passivo, o litisconsórcio que a lei considera necessário,
deverá o juiz, de plano, indeferir a petição inicial por inepta, uma vez que não poder
prosseguir o processo sem a citação de todos os litisconsortes;
( ) d) oferecendo Aníbal oposição em ação possessória onde litigam Jorge e Bruno, forma-se
uma nova ação, tendo de um lado Aníbal e de outro, em litisconsórcio facultativo,
Jorge e Bruno, devendo o juiz, ao proferir sua sentença, primeiro decidir a ação
possessória, e depois, na mesma sentença, a oposição;
( ) e) a assistência simples só é admissível até o juiz proferir a sentença.

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16 - Reputa-se litigante de má-fé aquele que
I. alterar a verdade dos fatos;
II. provocar incidentes manifestamente infundados;
III. empregar expressões injuriosas nos escritos apresentados no processo;
IV. interpuser recursos com intuito manifestamente protelatório.
São corretas as assertivas:
( ) a) I, II e III.
( ) b) I, II e IV.
( ) c) I, III e IV.
( ) d) II, III e IV.

17 - Chamar terceiro, que mantém vínculo de direito com a parte requerida no processo, para vir
responder pela garantia do negócio jurídico, caso a requerida saia vencida, esta figura é:
( ) a) chamamento ao processo;
( ) b) denunciação da lide;
( ) c) nomeação a autoria;
( ) d) oposição.

18 - Assinale a alternativa correta:


( ) a) a suspensão do processo por convenção das partes pode se dar na fase do
conhecimento, mas não na execução;
( ) b) morrendo uma das partes, o processo deve ser extinto sem resolução do mérito, se os
seus sucessores não se habilitarem nos autos no prazo de 30 (trinta) dias;
( ) c) quando a sentença de mérito depender do julgamento de outra causa, o processo será
suspenso, caso em que a suspensão não poderá exceder um ano;
( ) d) a exceção de suspeição suspende o processo, porém a exceção de incompetência não o
suspende;
( ) e) a suspensão do processo não impede que as partes pratiquem qualquer ato processual.

19 - Assinale a alternativa correta:


I – O processo é uma série de atos ordenados com a finalidade de compor o litígio. Já o
procedimento é a maneira como se dá essa sucessão de atos. A forma material com que o
processo se realiza.
II – Não há qualquer distinção entre processo e procedimento, havendo absoluta sinonímia
entre os dois termos.
III – É correto falar em procedimento de cognição e procedimento cautelar mas não em
processo cautelar e processo de cognição.
IV – A relação jurídico-processual é dependente da relação jurídica material.
V – Inexiste a relação jurídico-processual sem a intervenção do Estado.
( ) a) todas as proposições estão erradas;
( ) b) só a V está certa;
( ) c) todas estão corretas;
( ) d) só a I e a V estão corretas;
( ) e) só a II e a IV estão corretas.

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20 - Assinale a alternativa incorreta:
( ) a) A alienação da coisa litigiosa, a título particular, por ato entre vivos, altera a
legitimidade das partes.
( ) b) A morte de qualquer das partes é caso de substituição processual.
( ) c) A oposição ocorre quando terceiro pretende a coisa ou o direito sobre o qual
contendem autor e réu.
( ) d) A assistência é instituto processual que tem lugar quando um terceiro tem interesse
jurídico que a sentença seja favorável a uma das partes e pode se dar em qualquer tipo
de procedimento ou grau de jurisdição.
( ) e) O assistente recebe o processo no estado em que se encontra.

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Gabarito

01.C 02.A 03.A 04.D 05.C 06.C 07.A 08.C 09.A 10.D

11.D 12.A 13.A 14.A 15.B 16.B 17.B 18.C 19.D 20.A

Bibliografia

„ Direito Processual Civil Brasileiro „ Lições de Processo Civil


  Vicente Greco     Ana Maria Duarte Amarante Brito 
Editora: Saraiva Editora: Fortium

„ Primeiras Linhas de Direito Processual „ Resumo de Direito Processual Civil


Civil    Maximiliano Cláudio Américo 
   Moacyr Amaral Santos  Editora: Malheiros
Editora: Saraiva

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Processo Civil
05 – O Processo

Atualizada em 10.12.2011

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