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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

04 A Competência

04.1 – Introdução

Noções Gerais
Noções Iniciais:
Em razão do grande número de habitantes, da extensão territorial do País e conforme o grau de
complexidade da matéria existe uma repartição da jurisdição entre diversos órgãos encarregados da
aplicação da justiça. Assim, a competência pode ser entendida como a delimitação da jurisdição, ou
seja, a fixação pela lei dos limites que os órgãos jurisdicionais irão exercer a sua função jurisdicional.
A competência é estabelecida segundo critérios estabelecidos em lei. Encontramos as regras sobre a
competência principalmente na Constituição Federal e no Código de Processo Civil.

Além da Constituição e do Código de Processo Civil, pode haver regras sobre a competência
na lei local de organização judiciária e nos regimentos internos dos tribunais. Algumas leis
especiais também dispõem sobre a competência, como a Lei das Desapropriações.

CÓDIGO DE Art. 86 - As causas cíveis serão processadas e decididas, ou simplesmente decididas, pelos órgãos
PROCESSO CIVIL jurisdicionais, nos limites de sua competência, ressalvada às partes a faculdade de instituírem juízo
arbitral.

Questão Prejudicial:
A questão prejudicial ocorre quando uma relação de direito penal condiciona a propositura da ação
na esfera cível. Conforme o art. 110 do CPC, se o conhecimento da lide depender necessariamente da
verificação da existência de fato delituoso, pode o juiz mandar sobrestar o andamento do processo até
que se pronuncie a justiça criminal. Contudo, se a ação penal não for exercida dentro de 30 dias,
contados da intimação do despacho de sobrestamento, cessará o efeito deste, decidindo o juiz cível a
questão prejudicial.

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Perpetuação da Competência
A competência é determinada no momento da propositura da ação e não se altera mais, até o final da
demanda, mesmo que as partes mudem seus domicílios para outras comarcas. Excetuam-se os casos
de supressão do órgão judiciário ou quando ocorra fato que modifique a competência em razão da
matéria ou da hierarquia.

CÓDIGO DE Art. 87 - Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as
PROCESSO CIVIL modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o
órgão judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da hierarquia.

Competência Absoluta e Relativa


A competência pode ser classificada doutrinariamente em absoluta e relativa. A competência
absoluta é aquela estabelecida em favor do interesse público, não sendo passível de modificação pela
vontade das partes, em foro de eleição. São absolutos os critérios de fixação pela matéria, pela pessoa
e o funcional. A competência relativa é estabelecida em favor do interesse privado, na busca de uma
facilitação da defesa, podendo ser derrogada pelo consenso das partes ou renunciada pela parte
beneficiada pela regra legal, mediante a não-arguição da incompetência do juízo no momento
oportuno, que é o da resposta do réu, via exceção de incompetência.

Quadro comparativo
Competência absoluta Competência relativa
interesse público interesse particular

nulidade absoluta nulidade relativa (sanável)

reconhecível de ofício depende de arguição da parte

alegável a qualquer tempo e grau de jurisdição alegável no prazo da resposta do réu, sob pena de prorrogação

não tem forma prescrita em lei forma prescrita em lei (exceção)

Foro de Eleição:
O art. 111 do CPC é expresso ao facultar às partes a alteração da competência relativa, por eleição
em contrato de um foro distinto daquele previsto em lei.

Art. 111 - A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das
CÓDIGO DE partes; mas estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro
PROCESSO CIVIL onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.

§ 1º - O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato escrito e aludir expressamente
a determinado negócio jurídico.

§ 2º - O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.

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04.2 – Determinação da Competência

Competência Internacional
Noções Iniciais:
Uma primeira limitação da jurisdição é em relação ao espaço internacional, com o fim de regular os
possíveis conflitos com as jurisdições de outros países. Essa primeira delimitação dita as linhas
divisórias da jurisdição nacional, também chamada desta forma de competência geral. O sistema
brasileiro de competência internacional ora adota o critério ratione loci ora o critério ratione
materiae.

Competência Concorrente:
Na competência concorrente a justiça brasileira tem competência para o julgamento do caso concreto,
sem exclusão da justiça estrangeira.

Art. 88 - É competente a autoridade judiciária brasileira quando:


CÓDIGO DE I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
PROCESSO CIVIL II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - a ação se originar de fato ocorrido ou de fato praticado no Brasil.

Parágrafo único - Para o fim do disposto no n.º I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica
estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal.

Competência Exclusiva:
Na competência exclusiva, somente a justiça brasileira tem competência para as causas mencionadas.

Art. 89 - Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:


CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja
estrangeiro e tenha residido fora do território nacional.

Causas Julgadas no Estrangeiro:


As causas julgadas por tribunal estrangeiro não induzem litispendência, nem obsta a que a autoridade
judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas (CPC, art. 90) a não ser que a
sentença tenha sido homologada pela Justiça Brasileira.

Litispendência:
Verifica-se a litispendência quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. Existem
três elementos essenciais e fundamentais que caracterizam a litispendência: as
mesmas partes; a mesma causa de pedir; o mesmo pedido.

Compete ao Superior Tribunal de Justiça a homologação de sentenças estrangeiras (CF, art.


105, I, “i”).

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Competência da Justiça Federal
Conforme o art. 109, I, da Constituição Federal, aos juízes federais compete processar e julgar as
causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na
condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto às de falência, as de acidentes de trabalho e
as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. A exceção prevista pela Constituição faz com
que seja competente a justiça estadual. Havendo na Comarca Vara especializada, é dela a
competência absoluta, em razão da matéria.

SÚMULA Nº 15 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA:


Compete à Justiça Estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho.

É atribuída à Justiça Federal o poder para julgamento das causas relativas a direitos humanos,
quando suscitado pelo Procurador-Geral da República o deslocamento da competência
original, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte.

Critérios de Determinação da Competência


Noções Iniciais:
Dentro da competência interna, há inúmeras delimitações da jurisdição, estabelecidas por critérios
que determinam a competência. O sistema mais aceito sobre os critérios de determinação de
competência foi elaborado por Chiovenda e divide-se em três: territorial, funcional e o chamado
critério objetivo. O critério objetivo é definido em razão da matéria, em razão das pessoas e em razão
do valor da causa.

Giuseppe Chiovenda:
Giuseppe Chiovenda (1872-1937) foi um famoso processualista italiano. Sua carreira
docente transcorreu nas universidades de Parma, Bologna, Nápoles e Roma, como
professor de Direito Processual Civil. Foi responsável por grande reforma nas leis
processuais italianas. É também considerado fundador da moderna ciência processual
civil italiana e suas obras tiveram notada influência na Espanha e América do Sul.

Critério Territorial ou de Foro (Ratione Loci)


Noções Iniciais:
Em um primeiro momento leva-se em conta o critério territorial para a fixação da competência, ou
seja, costuma-se fixar primeiramente o local onde a causa deve ser aforada. O foro comum é o do
domicílio do réu, mas a lei processual estabelece foros especiais, conforme, por exemplo, a situação
da coisa ou o lugar de certos atos ou fatos. Estes casos, previstos nos arts. 95 a 100 do Código de
Processo Civil são chamados de competência territorial especial. Na fixação do foro especial, o
legislador protege um dos litigantes (autor ou réu), significando que há um beneficiário na fixação da
competência.

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Foro:
É a delimitação territorial onde o juiz exerce sua atividade. Esse local é chamado de
comarca (justiça estadual) ou seção judiciária (justiça federal).

Domicílio do Réu:
Na competência pelo critério territorial a regra geral é a fixação da competência pelo domicílio do
réu (competência territorial geral). Conforme o art. 94 do Código de Processo Civil, a ação fundada
em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no
foro do domicílio do réu e tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer
deles. Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer
deles, à escolha do autor (CPC, art. 94, § 4º). Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele
será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do autor (CPC, art. 94, § 2º). Quando o
réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor.
Se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro (CPC, art. 94, § 3º).

Situação da Coisa (Forum Rei Sitae):


Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis, o foro competente é o da situação da coisa. Pode o
autor, entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de
propriedade, vizinhança, servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova
(CPC, art. 95).

Autor de Herança:
Será competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última
vontade e todas as ações em que o espólio for réu, o foro do domicílio do autor da herança, no
Brasil, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro (CPC, art. 96, caput). O foro competente,
porém, será o da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo ou do lugar em
que ocorreu o óbito, se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares
diferentes (CPC, art. 96, parágrafo único).

Foro da Ausência:
As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último domicílio, que é também o
competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições
testamentárias (CPC, art. 97).

Incapazes:
A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio de seu representante (CPC, art.
98).

Regras Especiais de Competência Relativa:


Conforme o art. 100 do Código de Processo Civil, é competente o foro:
ƒ da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em
divórcio, e para a anulação de casamento;
ƒ do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
ƒ do domicílio do devedor, para a ação de anulação de títulos extraviados ou destruídos;
ƒ no caso de pessoas jurídicas, do lugar onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa
jurídica; do lugar onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu;
do lugar onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a sociedade, que
carece de personalidade jurídica; e do lugar onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação
em que se lhe exigir o cumprimento;

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ƒ do lugar do ato ou fato para a ação de reparação do dano ou para a ação em que for réu o
administrador ou gestor de negócios alheios.
ƒ do domicílio do autor ou do local do fato nas ações de reparação do dano sofrido em razão de
delito ou acidente de veículos.

Critério Funcional
A competência pelo critério funcional é fixada pelas leis de organização judiciária que, a partir da
Constituição Federal, distribuem as atribuições dos juízes, como a substituição entre os mesmos,
devido a férias, ou a determinação do tribunal que apreciará a causa se houver recurso.

Critério Objetivo
Em Razão da Matéria (Ratione Materiae):
A competência em razão da matéria baseia-se no assunto sobre que versa a lide, ou seja, em relação à
matéria discutida no processo. Assim, temos divisão do judiciário (justiça do trabalho, justiça
eleitoral) e dentro da justiça comum, existem varas especializadas (ex: de família, das execuções).
São órgãos especializados, com juízes possuindo conhecimentos específicos sobre as questões
tratadas.

Em Razão da Pessoa (Ratione Personae):


A Constituição Federal não faz qualquer distinção entre as pessoas, uma vez que todos são iguais
perante a lei, porém há certos casos que, em razão do cargo que ocupam, determinadas pessoas
gozam de foro especial, e então se fala em competência em razão das pessoas.

Em Razão do Valor da Causa:


Toda causa deve ter um valor atribuído na inicial, elemento que pode servir como fator de fixação de
competência. A competência em razão do valor da causa é definida pelo valor do bem pretendido e
estimado em dinheiro (é por exemplo, o caso dos Juizados Especiais Cíveis).

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04.3 – Prevenção, Conexão e Continência

Prevenção
Noções Iniciais:
O vocábulo prevenção vem do latim (praeventione: vir antes, avisar, prevenir) e significa
processualmente o fenômeno pelo qual se firma a competência daquele que em primeiro lugar tomou
o conhecimento da causa. Assim, o juiz que conhecer da causa em primeiro, terá sua jurisdição
preventa e excluirá possíveis competências concorrentes de outros juízes. O ato que firma a
competência e previne a jurisdição é a citação válida (CPC, art. 219). No caso de juízes da mesma
comarca, a prevenção se dará com o primeiro juiz que efetuar o despacho (CPC, art. 106).

Casos de Aplicação do Critério da Prevenção:


1) Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca, determinar-se-á o foro pela
prevenção, estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel (CPC, art. 107).
2) Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer
deles, à escolha do autor, ficando preventa a competência do juiz que primeiro conhecer da causa
(CPC, art. 94, § 4º).
3) Conforme os arts. 108 e 800 do Código de Processo Civil, o ajuizamento da ação cautelar previne
a jurisdição do juiz para o julgamento da ação principal (RT 584/62).

Conexão e Continência
Noções Iniciais:
A competência relativa poderá ser modificada pela conexão ou continência, para que certas ações,
propostas em separado, sejam reunidas e decididas ao mesmo tempo. Dá-se a reunião por dois
motivos: economia processual e preocupação em evitar sentenças contraditórias. A conexão e
continência produzem o mesmo efeito: a reunião de ações análogas propostas em separado, a fim de
que sejam decididas simultaneamente.

Conexão:
Duas ou mais ações são conexas quando tiverem o mesmo objeto ou a causa de pedir (CPC, art. 103).
O objeto da ação (res petitum) é o que o autor pede ao juiz e a causa de pedir (causa petendi) é o
fundamento de fato e de direito da demanda. Exemplo de conexão: ação de despejo por parte do
senhorio e ação de consignação em pagamento dos aluguéis por parte do inquilino, sendo o mesmo
contrato.

Continência:
A continência é uma espécie de conexão. Ocorre quando as partes e causa de pedir são idênticas, mas
o objeto de uma das ações, por ser mais amplo, abrange o das outras (CPC, art. 104). Exemplo de
continência: um credor propõe contra o mesmo devedor, duas ações distintas, numa cobrando um
empréstimo e noutra os juros sobre o mesmo empréstimo.

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04.4 – Incompetência

Noções Gerais
Incompetência Absoluta:
A incompetência pode ser absoluta ou relativa. A incompetência absoluta deve ser declarada de
ofício pelo juiz e pode ser alegada pelas partes a qualquer tempo e grau de jurisdição,
independentemente de exceção. Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios
serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz competente.

Incompetência Relativa:
A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício pelo juiz. Compete ao réu levantar a
questão, através de peça própria, em separado, chamada exceção de incompetência.

Art. 112 - Argui-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.


CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL
Parágrafo único: A nulidade da cláusula de eleição de foro, em contrato de adesão, pode ser
declarada de ofício pelo juiz, que declinará de competência para o juízo de domicílio do réu.

Oposição:
A exceção de incompetência deverá ser proposta no prazo de 15 dias, contados do fato que ocasionou
a incompetência. A incompetência relativa, quando não arguida pela parte, prorroga a competência
do juiz, que, de incompetente, adquire competência para processar e julgar a causa.

Prorrogação da Competência
A prorrogação da competência é o fenômeno processual pelo qual o juiz, a princípio incompetente
relativamente, torna-se competente para apreciar o feito, por ausência de oposição do réu via
exceção, no prazo legal de resposta. Conforme o art. 114 do Código de Processo Civil, prorrogar-se-á
a competência se dela o juiz não declinar na forma do parágrafo único do art. 112 ou o réu não
opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais.

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04.5 – Conflito de Competências

Noções Gerais
Noções Iniciais:
Conflito de competência é a controvérsia acerca da qual, dentre dois ou mais juízos, todos tem
atribuições para decidir determinada lide. Será positivo, se dois ou mais juízos se declararem
competentes (CPC, art. 115, I) e negativo, se nenhum se considerar competente (CPC, art. 115, II).
Há também conflito de competência no caso de controvérsia sobre reunião ou separação de processos
(CPC, art. 115, III). O conflito pode ser levantado por qualquer das partes, pelo Ministério Público ou
pelo juiz (CPC, art. 116), e será decidido pelo tribunal (CPC, art. 122). O Ministério Público será
ouvido em todos os conflitos de competência, mas terá qualidade de parte naqueles que suscitar.

Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção de incompetência. O
conflito de competência não obsta, porém, a que a parte, que o não suscitou, ofereça exceção
declinatória do foro (CPC, art. 117).

Procedimento:
O conflito será suscitado ao presidente do tribunal pelo juiz (de ofício) ou pela parte/Ministério
Público (através de petição). O ofício e a petição serão instruídos com os documentos necessários à
prova do conflito. Após a distribuição, o relator mandará ouvir os juízes em conflito, ou apenas o
suscitado, se um deles for suscitante; dentro do prazo assinado pelo relator, caberá ao juiz ou juízes
prestar as informações. Poderá o relator, de ofício, ou a requerimento de qualquer das partes,
determinar, quando o conflito for positivo, seja sobrestado o processo, mas, neste caso, bem como no
de conflito negativo, designará um dos juízes para resolver, em caráter provisório, as medidas
urgentes. Decorrido o prazo, com informações ou sem elas, será ouvido, em 5 dias, o Ministério
Público; em seguida o relator apresentará o conflito em sessão de julgamento. Ao decidir o conflito, o
tribunal declarará qual o juiz competente, pronunciando-se também sobre a validade dos atos do juiz
incompetente. Os autos do processo, em que se manifestou o conflito, serão remetidos ao juiz
declarado competente.

No conflito entre turmas, seções, câmaras, Conselho Superior da Magistratura, juízes de


segundo grau e desembargadores, será observado o que dispuser a respeito o regimento
interno do tribunal (CPC, art. 123).

Conflito de Atribuições:
Conforme o art. 124 do Código de Processo Civil, os regimentos internos dos tribunais regularão o
processo e julgamento do conflito de atribuições entre autoridade judiciária e autoridade
administrativa.

O conflito entre autoridade judiciária e autoridade administrativa, ou só entre autoridades


administrativas, chama-se conflito de atribuições e não conflito de competência.

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Questões de Concursos

Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Magistratura/TRF 3ª Região - 11) No que respeita à competência, está incorreta a afirmação:


( ) a) embora seja determinada a competência no momento em que a ação é proposta, a
alteração do domicílio do réu é relevante para fins de modificação da competência;
( ) b) o juiz da comarca desmembrada onde se situa o imóvel é competente para processar e
julgar causa pendente que verse sobre direito da propriedade, pois nesta matéria a
competência do “forum rei sitae” é absoluta, tornando-se inaplicável o princípio da
“perpetuatio jurisdictionis”;
( ) c) no caso de litisconsórcio facultativo, com o desmembramento de um processo em
vários, o juiz que determinou a medida é competente para o julgamento de todos os
processos desmembrados;
( ) d) a ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz litispendência, da mesma forma
que não veda a autoridade judiciária brasileira de conhecer a mesma causa e as que lhe
são conexas.

02 - (Magistratura/RS - 2003) Considere as assertivas sobre competência:


I - Argui-se, por meio de exceção, a incompetência relativa.
II - Declarada a incompetência absoluta, somente os atos decisórios serão nulos.
III - Prorroga-se a competência se o réu não opuser exceção declinatória de foro e de juízo,
no caso e prazo legais.
Quais são corretas?
( ) a) Apenas I
( ) b) Apenas II
( ) c) Apenas III
( ) d) Apenas II e III
( ) e) I, II e III

03 - (Magistratura/RS - 2000) O autor cumula no mesmo processo ação de ressarcimento de danos


materiais contra a União e o Estado do Rio Grande do Sul. A demanda é ajuizada na Justiça
Federal, circunscrição do Rio Grande do Sul. Neste contexto, o Juiz
( ) a) determina o processamento de ambas as ações cumuladas.
( ) b) indefere a inicial por não ser admissível a cumulação.
( ) c) determina tome o autor as providências necessárias para sanear o processo.
( ) d) determina o prosseguimento apenas da ação contra a União.
( ) e) extingue o processo por não estarem presentes os pressupostos processuais.

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04 - (Procurador/RR – 2006) A respeito da competência no processo civil, considere as seguintes
afirmações:
I – A incompetência em razão da matéria é absoluta e deve ser arguida como preliminar na
contestação.
II – A competência fixada exclusivamente em razão do valor, pode ser derrogada pelas
partes.
III – A eleição de foro em determinado contrato nunca obriga os herdeiros e sucessores dos
contratantes.
IV – A incompetência em razão do território é relativa e deve ser arguida mediante
exceção.
V – A incompetência em razão da hierarquia não pode ser reconhecida de ofício pelo juiz.
Somente estão corretas as afirmações
( ) a) I, II e III.
( ) b) I, II e IV.
( ) c) I, IV e V.
( ) d) II, III e IV.
( ) e) II, III e V.

05 - (Procurador/S. Paulo - 2002) Assinale a alternativa correta, relativamente à competência.


( ) a) A distribuição da competência é feita exclusivamente pelo Código de Processo Civil.
( ) b) A competência em razão do valor classifica-se em absoluta, não podendo ser
prorrogada.
( ) c) A competência ratione personae deve ser arguida por procedimento autônomo e
acessório.
( ) d) A competência em razão da matéria é inderrogável pelas partes, enquanto a
estabelecida em razão do valor ou território pode ser modificada por convenção.
( ) e) A competência funcional, no plano horizontal, é chamada de competência hierárquica.

06 - Falecendo uma pessoa estrangeira, com último domicílio no seu país de origem, o imóvel a
ela pertencente, situado no Brasil, será inventariado e partilhado no:
( ) a) Brasil;
( ) b) país de origem da pessoa falecida, mas o imposto de transmissão deverá ser pago aqui;
( ) c) país de origem da pessoa falecida, mas o imposto de transmissão deverá ser pago aqui
e a sentença homologatória de partilha deverá ser submetida ao Supremo Tribunal
Federal;
( ) d) país de origem da pessoa falecida e no Brasil, pois a sucessão hereditária pode
obedecer a critérios totalmente diferentes nos dois países.

07 - Sobre a competência, é correto afirmar que


( ) a) a incompetência absoluta deve ser declarada de ofício pelo juiz.
( ) b) quando tratar de regra territorial, nunca deve ser declarada de ofício pelo juiz.
( ) c) a incompetência relativa é arguida através de exceção de incompetência, e a absoluta,
em preliminar de contestação.
( ) d) as partes podem dispor a respeito de regra de competência relativa, e o juiz deve
declarar a incompetência se se tratar de contrato de adesão.

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08 - A ação fundada em direito pessoal será proposta no domicílio do réu, segundo regra do
artigo 94 do Código de Processo Civil. Diante desse dispositivo legal, é possível assertar
que:
( ) a) tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles;
( ) b) sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele somente poderá ser demandado
no foro do seu curador nomeado em processo de declaração de ausência;
( ) c) quando o réu não tiver domicílio no Brasil, ele será demandado no país onde estiver
domiciliado ou, se esse país não tiver relações diplomáticas com o Brasil, no foro do
seu último domicílio;
( ) d) havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro do
domicílio do autor da ação.

09 - A respeito da competência, assinale a alternativa correta.


( ) a) A competência absoluta é pressuposto processual de validade; não pode ser
modificada pela vontade das partes; pode ser examinada de ofício pelo juiz e arguida
por qualquer das partes, independentemente de exceção, a qualquer tempo e grau de
jurisdição; não está sujeita à preclusão e enseja o juízo rescisório.
( ) b) A competência relativa pode ser modificada por convenção das partes ou por inércia
do réu; não pode ser declarada de ofício pelo juiz; não enseja nulidade dos atos
processuais; todavia, permite o juízo rescisório.
( ) c) A competência é determinada no momento em que a ação é proposta, de maneira que a
criação de uma nova Vara na Comarca, com competência privativa para família e
sucessões, não importa modificação da competência pré-existente.
( ) d) Proposta a ação de execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do executado
desloca a competência já fixada.

10 - Caio, alegando que perdeu uma de suas mãos enquanto operava uma prensa na empresa em
que trabalhava, propôs demanda com objetivo de obter o pagamento dos benefícios
previdenciários a que tem direito. Essa demanda deverá ser julgada pela:
( ) a) Justiça do Trabalho;
( ) b) Justiça Comum Federal;
( ) c) Justiça Comum Estadual, por Vara da Fazenda Pública, nas comarcas em que esta
existir;
( ) d) Justiça Comum Estadual, por Vara Cível, se não existir vara especializada.

11 - Assinale a alternativa incorreta:


( ) a) A incompetência relativa argúi-se como preliminar, na contestação. A incompetência
absoluta só poderá ser arguida por meio de exceção.
( ) b) Declarada a incompetência, o juiz remeterá os autos ao juiz competente.
( ) c) A incompetência em razão do lugar é relativa. Em razão da pessoa ou da matéria, é
absoluta.
( ) d) O julgamento dos crimes contra a organização do trabalho é da competência da Justiça
Federal Comum.
( ) e) É da competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal o julgamento das infrações
penais comuns e crimes de responsabilidade cometidos pelos membros do Tribunal de
Contas da União.

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12 - Assinale a alternativa incorreta:
( ) a) ocorre a conexão entre ações quando houver identidade das partes e da causa de pedir,
mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o da outra;
( ) b) a conexão deve ser alegada na defesa, como preliminar, antes da discussão do mérito
da causa;
( ) c) poderá haver mudança de competência territorial, por conexão;
( ) d) havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das
partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que sejam
decididas simultaneamente;
( ) e) correndo em separado ação conexas, perante juízes que têm a mesma competência
territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar.

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Gabarito

01.A 02.E 03.D 04.B 05.D 06.A 07.D 08.A 09.A 10.D

11.A 12.A

Bibliografia

„ Alterações do Código de Processo Civil „ Direito Processual Civil Brasileiro


J. E. Carreira Alvim Vicente Greco
Impetus Editora Saraiva

„ Primeiras Linhas de Direito Processual Civil „ Teoria Geral do Processo


Moacyr Amaral Santos Antonio Carlos de Araújo Cintra, Ada
Editora Saraiva Pellegrini Grinover e Cândido R. Dinamarco
Revista dos Tribunais

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Direito Processual Civil


04 - A Competência

Atualizada em 10.12.2011

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