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UNIVEM

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Fundamentos de Engenharia de Produção
Aulas: módulo de usinagem

INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE USINAGEM

Movimento Circular
Propriedades dos materiais
Processo de usinagem

Material didático preparado com o objetivo de introduzir conceitos de usinagem aos alunos
do 1° ano de Engenharia de Produção. O assunto voltará de maneira mais completa na disciplina
Processo de Produção Mecânica no 3° ano do curso.

Prof. Dr. Eng. Sérgio Sartori


Marília, agosto 2010.
INTRODUÇÃO AOS PROCESSOS DE USINAGEM

 O QUE É?

No processo de Usinagem uma quantidade de material é removida com auxílio


de uma ferramenta de corte produzindo o cavaco, obtendo-se assim uma peça com
formas e dimensões desejadas.

Torneamento

 O QUE É?

No torneamento, a matéria prima (tarugo) tem inicialmente a forma cilíndrica. A


forma final é cônica ou cilíndrica. Na operação de corte a ferramenta executa
movimento de translação, enquanto a peça gira em torno de seu próprio eixo.
Cavaco é a porção de material da peça retirada pela ferramenta, caracterizando-
se por apresentar forma geométrica irregular.

Vamos rever os conceitos de movimento rotatório.


Movimento circular

A peça para girar uma volta completa gasta um tempo T. Neste tempo o ponto P
descreve uma trajetória circular e também da uma volta completa. Caminha uma
distância que é o perímetro do circulo (2.π.r). A velocidade linear do ponto é a
velocidade tangencial.

Ela depende do raio da posição do ponto. Pontos em raios diferentes têm


diferentes velocidades tangenciais.
Neste mesmo tempo T o raio r também da uma volta completa e descreve um
ângulo φ de 360° ou de 2.π radianos. O ângulo descrito pelo raio num intervalo de
tempo é a velocidade angular.

Note que todos os raios da peça girarão 360° em uma volta, terão, portanto a
mesma velocidade angular.
Se na fórmula da velocidade V, substituirmos 2π/T por ω, resulta

Em geral a peça dá várias voltas por minuto ou por segundo. Se a peça da n


rotações em um determinado intervalo de tempo, o tempo de uma volta será n vezes
menor.

Se n em rpm (rotações por minuto) e ω em rad/s (radianos por segundo):


 QUANTO CAVACO É REMOVIDO?

Os movimentos relativos entre a peça e a aresta cortante causam a saída de


cavaco. O movimento efetivo de corte é resultante de dois movimentos: o movimento
de corte e o movimento de avanço.
O movimento de corte é o causado pela rotação da peça. Se a ferramenta ficar
parada causa uma única remoção de cavaco correspondente a uma volta da peça.
O movimento de avanço é movimento de translação da ferramenta ao longo do
comprimento da peça. Juntamente com o movimento de corte, origina uma formação
repetida ou contínua de cavaco, durante várias revoluções.
O movimento efetivo de corte é o resultante dos movimentos de corte e de
avanço, realizados ao mesmo tempo.

Além destes, há o movimento de profundidade. É o movimento entre a peça e a


ferramenta, no qual a espessura da camada de material a ser retirada é determinada de
antemão.
A velocidade de corte é a velocidade linear relativa entre a ponta da ferramenta e
a peça em rotação.

Avanço f é a distância percorrida pela ferramenta em cada revolução da peça. A


velocidade de avanço será
A profundidade de corte ap é a espessura ou a profundidade de penetração da
aresta de corte na superfície da peça. Determina a espessura da camada de material a
ser retirada.

A grandeza ap [mm] multiplicada pelo avanço de corte f [mm], origina a área da


secção de corte s [mm²]. Esta é área da secção de cavaco a ser retirado em cada volta
da peça.
O volume do cavaco [mm³] retirado em uma volta será esta área multiplicada
pelo comprimento retirado em uma volta (perímetro da peça).

Onde r é o raio da peça no ponto de trabalho [mm].


Se em uma volta retira esta quantidade então em n voltas retirará n vezes mais.
Se a peça gira n voltas por minuto (rotações por minuto [rpm]) o volume de cavaco
retirado por minuto. [mm³/min] é:

Esta é a taxa de remoção de material – volume de material removido por unidade


de tempo.
 COM QUE ESFORÇO?

Para o cavaco ser removido é preciso que a ferramenta exerça uma força
suficiente para romper o material da peça. Qual força é preciso aplicar para romper?
Quanto um material resiste antes de romper? Para conhecer as respostas é necessário
ensaiar o material e conhecer suas propriedades.

Ensaio de tração
Um corpo de prova é fixado numa máquina de ensaios e submetido a um esforço
crescente que tende a alongá-lo ou esticá-lo até romper. As forças aplicadas e as
deformações correspondentes são medidas pela máquina. Obtém-se o gráfico tensão-
deformação do material.
Em princípio, seria possível estudar a relação F versus ΔL, mas o resultado
ficaria dependente do material e das dimensões do corpo de prova. Para obter
resultados dependentes apenas do material, são usadas grandezas relativas.
No lugar da força, é usada a tensão de tração σ, que é a relação entre força e
área da seção transversal. No ensaio, considera-se apenas a área inicial do corpo.

E, no lugar da deformação absoluta, é usada a deformação relativa ao comprimento


inicial L0:
Em 1 da figura ocorre a tensão máxima e, em 4, a ruptura do corpo de prova. A tensão
σ1 é a tensão máxima, também denominada resistência à tração do material. Em
referências de língua inglesa, esse valor pode ser representado por σU ou SU ("ultimate
strength"). É também comum o uso da expressão "tensile strength" para esse
parâmetro.

A tensão em 4 é a tensão de ruptura σR ou "breaking strength" em inglês.


Depois que o material começa escoar há uma significativa redução da área da seção
transversal e a tensão real continua sempre crescente (em vez de decrescer como na
figura). Mas a engenharia usa a tensão aparente, em relação à área inicial.

A ruptura ocorre quando a tensão de tração se iguala à tensão normal máxima (σmax,
σU) observada em ensaio de tração.

Cisalhamento
Conforme já foi visto, a tensão representa o efeito de um esforço sobre uma
área.
Até aqui tratamos de peças submetidas a esforços normais a seção transversal
da peça. No ensaio de tração as forças atuavam longitudinalmente, na direção do eixo
do corpo de prova. A área que resistia ao esforço (Ao) era perpendicular à direção do
esforço (F).
Temos casos em que a área que resiste ao esforço tem a mesma direção do
esforço (A direção das forças é paralela à área). Nestes casos a tensão desenvolvida
não é mais a tensão normal (σ) e sim a chamada tensão tangencial também chamada
de tensão de cisalhamento.

P: força aplicada (vermelha) – força cortante.


A: área que resiste ao esforço (azul)

Como por exemplo, no caso de duas chapas unidas por um rebite de diâmetro d
e submetida às duas forças P. A área que resiste ao esforço é a secção do rebite.

Outro exemplo:
Ensaio de cisalhamento
Um dispositivo como na figura abaixo (a) é tracionado na máquina de ensaio de
tração (força P). O corpo de prova, um pino como o parafuso no desenho, é tensionado
até romper. O gráfico das tensões e deformações é feito como no caso de ensaio de
tração. A ruptura ocorre quando a tensão tangencial se iguala à tensão máxima
observada em ensaio de cisalhamento.

Neste caso duas áreas (secções) do parafuso resistem à força P.

Vamos retornar a nossa questão sobre a usinagem.

 COM QUE ESFORÇO?

Para o cavaco ser removido é preciso que a ferramenta exerça uma força suficiente
para romper o material da peça. A ferramenta aplica uma força F que exerce pressão
(tensão normal) na secção de corte de área A, resultando uma tensão normal de
compressão σ (vide figura).
A compressão deforma o material na secção de usinagem e faz surgir tensões
tangenciais nas interfaces com áreas vizinhas menos comprimidas e que de certa forma
se opõem a serem deformadas. Quando a tensão de cisalhamento chega ao limite de
ruptura o cavaco se destaca ao longo do plano de cisalhamento.

O valor da tensão σ que provoca o cisalhamento do cavaco é dependente das


tensões de ruptura e de cisalhamento do material da peça. Estes valores são afetados
principalmente pela temperatura que é elevada na região de corte.
A elevação da temperatura é dada pelo balanço entre a geração de calor
provocada pela deformação da raiz do cavaco, atrito entre peça e ferramenta, e atrito
entre cavaco e ferramenta, e pela dissipação de calor pelo cavaco expelido, pela peça,
pela ferramenta e meio ambiente.

5%

75%

2%
18%
Os valores das proporções dissipadas variam com o tipo de usinagem, material
da ferramenta e dapeça, a forma da ferramenta e as condições de usinagem.
É bastante complexo e os valores para o cálculo da força de corte é determinado
experimentalmente.
Tem o formato de nossa fórmula anterior, mas com coeficientes determinados
empiricamente.

Força de corte

No caso de torneamento o cálculo da força é dado por:

Onde kc é pressão específica de corte em [N/mm²].


No torneamento os valores de kc para alguns materiais segundo a norma alemã
AWF-158 são dados na tabela abaixo:
Valores das pressões específicas de corte (AWF – 158)
σr kc [N/mm2]
MATERIAIS [N/mm2] Avanço em [mm/rot]
0,1 0,2 0,4 0,8
(ou dureza)
ST3411, St3711, St4211 (ABNT 1015 a 1025) até 500 3600 2600 1900 1360
ST5011 (ABNT 1030 a 1035) 500 a 600 4000 2900 2100 1520
STR6011 (ABNT 1040 a 1045) 600 a 700 4200 3000 2200 1560
ST7011 (ABNT 1060) 700 a 850 4400 3150 2300 1640
ST 85 (ABNT 1095) 850 a 1000 4600 3300 2400 1720
300 a 350 3200 2300 1700 1240
Aço fundido 500 a 700 3600 2600 1900 1360
> 700 3900 2850 2050 1500
700 a 850 4700 3400 2450 1760
Aço Mn, aços Cr-Ni, aços Cr-Mo e outros aços
ligados 850 a 1000 5000 3600 2600 1850
1000 a 1400 5300 3800 2750 2000
1400 a 1800 5700 4100 3000 2150
Aço inoxidável 600 a 700 5200 3750 2700 1920
Aço ferramenta 1500 a 1800 5700 4100 3000 2150
Aço manganês-duro - 6600 4800 2500 2520
Ferro fundido GG12, GG14 HB até 200 1900 1360 1000 720
Ferro fundido GG18, GG26 HB 200 A 250 2900 2080 1500 1080
Ferro fundido ligado HB 250 A 400 3200 2300 1700 1200
Ferro fundido maleável 2400 1750 1250 920
Ferro fundido duro Shore 65/90 3600 2600 1900 1360
Cobre 2100 1520 1100 800
Cobre com mica (coletores) 1900 1360 1000 720
Latão HB 80/120 1600 1150 850 600
Bronze vermelho (10Sn, 4Zn, 86Cu) 1400 1000 700 520
Bronze de fundição 3400 2450 1800 1280
Ligas de zinco 940 700 560 430
Alumínio puro 1050 760 550 400
Ligas de Al, c/ alto teor de Si (11-13%) 1400 1000 700 520
Ligas p/ Al-Si (11-13,5% Si) (tenaz) 1400 1000 700 520
Pistão G Al-Si (11-13,5% Si) 1250 900 650 480
Outras ligas de alumínio para fundição e trabalho
a frio até 300 1150 840 600 430
300 a 420 1400 1000 700 520
420 a 580 1700 1220 850 640
Ligas de magnésio 580 420 300 220
Borracha dura, ebonite 480 350 250 180
Baquelite, Pertinax, Novotext (massas isolantes
prensadas, isentas de borracha) 480 350 250 180
37.Papel duro 380 280 200 140

Potência de corte
Na física o trabalho é o produto da força exercida sobre um corpo pelo
deslocamento deste corpo na direção desta força.
A potência é uma grandeza física definida como a razão entre o trabalho e o
intervalo de tempo em que ocorreu o deslocamento. É também o produto da força pela
velocidade. A unidade do sistema internacional de unidades (S.I.) é o watt, cujo símbolo
é W.
A potência de corte Nc é a potência disponível no gume da ferramenta e
consumida na operação de remoção de cavacos. É ela que interessa no cálculo de
forças e pressões específicas de corte.
A potência de acionamento Nm é a potência fornecida pelo motor à máquina-
ferramenta. Ela difere da potência de corte pelas perdas que ocorrem por atrito nos
mancais, engrenagens, sistemas de lubrificação e refrigeração, sistema de avanço, etc.
A potência de avanço, embora seja uma parcela utilizada na operação de corte,
é muito pequena em relação à potência de corte, sendo mais prático reuni-la no grupo
das “perdas”.
O rendimento da máquina é dado por:

Valores usuais estão entre 60% e 80%.


A potência será a força de corte multiplicada pela velocidade de corte.

A potência requerida para o motor da máquina será dada por:


Anexo 1
Outra fonte de dados experimentais é a equação de Kienzle. É aplicada aos
demais processos de usinagem como furar, fresar, plainar, etc.
Nos processos de tornear, plainar, furar e brochar a espessura do cavaco h é
constante. No fresar, serrar e dentear engrenagens a espessura h é variável e se utiliza
o valor médio hm.

Equação de Kienzle

Onde,
Fc = força de corte
Vc= velocidade de corte
Nc= potência de corte
Kc= pressão específica de corte (tabela nas páginas seguintes)

Observação

O seno é uma função trigonométrica. Dado um triângulo retângulo com um de


seus ângulos internos igual a α, define-se sen(α) como sendo a proporção entre o
cateto oposto a α e a hipotenusa deste triângulo.
Observando os triângulos na secção de corte, tem-se que:

E daí resultou os valores b e h.

k c = kc 1.1 ⋅ h − mc
Fc = k c1. 1 ⋅ b ⋅ h1−mc
Material DIN ABNT equivalente σr kc1.1 1-mc
[N/mm 2] [N/mm 2]
St 50 1030/1045 520 1990 0,74
St 60 1040/1045 620 2110 0,83
C 22 1020 500 1800 0,83
Ck 45 1045 670 2220 0,86
Ck 60 1060 770 2130 0,82
65 Si 7 9260 960 1270 0,73
100 Cr 6 52100 640 1600 0,71
100 Cr 6 52100 710 2400 0,79
recozido

χ
GG L 14 Fo Fo cinzento com 950 0,79

GG L 18 grafite lamelar 124 750 0,87


GG 26 Fo Fo cinzento HB 200 1160 0,74
GTW, GTS Maleável branco/preto > 400 1200 0,79
GS 45 Aço fundido 300...400 1600 0,83
GS 52 Aço fundido 500...700 1800 0,84
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