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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Fundamentos de Engenharia de Produção
Aulas: módulo de usinagem
Movimento Circular
Propriedades dos materiais
Processo de usinagem
Material didático preparado com o objetivo de introduzir conceitos de usinagem aos alunos
do 1° ano de Engenharia de Produção. O assunto voltará de maneira mais completa na disciplina
Processo de Produção Mecânica no 3° ano do curso.
O QUE É?
Torneamento
O QUE É?
A peça para girar uma volta completa gasta um tempo T. Neste tempo o ponto P
descreve uma trajetória circular e também da uma volta completa. Caminha uma
distância que é o perímetro do circulo (2.π.r). A velocidade linear do ponto é a
velocidade tangencial.
Note que todos os raios da peça girarão 360° em uma volta, terão, portanto a
mesma velocidade angular.
Se na fórmula da velocidade V, substituirmos 2π/T por ω, resulta
Para o cavaco ser removido é preciso que a ferramenta exerça uma força
suficiente para romper o material da peça. Qual força é preciso aplicar para romper?
Quanto um material resiste antes de romper? Para conhecer as respostas é necessário
ensaiar o material e conhecer suas propriedades.
Ensaio de tração
Um corpo de prova é fixado numa máquina de ensaios e submetido a um esforço
crescente que tende a alongá-lo ou esticá-lo até romper. As forças aplicadas e as
deformações correspondentes são medidas pela máquina. Obtém-se o gráfico tensão-
deformação do material.
Em princípio, seria possível estudar a relação F versus ΔL, mas o resultado
ficaria dependente do material e das dimensões do corpo de prova. Para obter
resultados dependentes apenas do material, são usadas grandezas relativas.
No lugar da força, é usada a tensão de tração σ, que é a relação entre força e
área da seção transversal. No ensaio, considera-se apenas a área inicial do corpo.
A ruptura ocorre quando a tensão de tração se iguala à tensão normal máxima (σmax,
σU) observada em ensaio de tração.
Cisalhamento
Conforme já foi visto, a tensão representa o efeito de um esforço sobre uma
área.
Até aqui tratamos de peças submetidas a esforços normais a seção transversal
da peça. No ensaio de tração as forças atuavam longitudinalmente, na direção do eixo
do corpo de prova. A área que resistia ao esforço (Ao) era perpendicular à direção do
esforço (F).
Temos casos em que a área que resiste ao esforço tem a mesma direção do
esforço (A direção das forças é paralela à área). Nestes casos a tensão desenvolvida
não é mais a tensão normal (σ) e sim a chamada tensão tangencial também chamada
de tensão de cisalhamento.
Como por exemplo, no caso de duas chapas unidas por um rebite de diâmetro d
e submetida às duas forças P. A área que resiste ao esforço é a secção do rebite.
Outro exemplo:
Ensaio de cisalhamento
Um dispositivo como na figura abaixo (a) é tracionado na máquina de ensaio de
tração (força P). O corpo de prova, um pino como o parafuso no desenho, é tensionado
até romper. O gráfico das tensões e deformações é feito como no caso de ensaio de
tração. A ruptura ocorre quando a tensão tangencial se iguala à tensão máxima
observada em ensaio de cisalhamento.
Para o cavaco ser removido é preciso que a ferramenta exerça uma força suficiente
para romper o material da peça. A ferramenta aplica uma força F que exerce pressão
(tensão normal) na secção de corte de área A, resultando uma tensão normal de
compressão σ (vide figura).
A compressão deforma o material na secção de usinagem e faz surgir tensões
tangenciais nas interfaces com áreas vizinhas menos comprimidas e que de certa forma
se opõem a serem deformadas. Quando a tensão de cisalhamento chega ao limite de
ruptura o cavaco se destaca ao longo do plano de cisalhamento.
5%
75%
2%
18%
Os valores das proporções dissipadas variam com o tipo de usinagem, material
da ferramenta e dapeça, a forma da ferramenta e as condições de usinagem.
É bastante complexo e os valores para o cálculo da força de corte é determinado
experimentalmente.
Tem o formato de nossa fórmula anterior, mas com coeficientes determinados
empiricamente.
Força de corte
Potência de corte
Na física o trabalho é o produto da força exercida sobre um corpo pelo
deslocamento deste corpo na direção desta força.
A potência é uma grandeza física definida como a razão entre o trabalho e o
intervalo de tempo em que ocorreu o deslocamento. É também o produto da força pela
velocidade. A unidade do sistema internacional de unidades (S.I.) é o watt, cujo símbolo
é W.
A potência de corte Nc é a potência disponível no gume da ferramenta e
consumida na operação de remoção de cavacos. É ela que interessa no cálculo de
forças e pressões específicas de corte.
A potência de acionamento Nm é a potência fornecida pelo motor à máquina-
ferramenta. Ela difere da potência de corte pelas perdas que ocorrem por atrito nos
mancais, engrenagens, sistemas de lubrificação e refrigeração, sistema de avanço, etc.
A potência de avanço, embora seja uma parcela utilizada na operação de corte,
é muito pequena em relação à potência de corte, sendo mais prático reuni-la no grupo
das “perdas”.
O rendimento da máquina é dado por:
Equação de Kienzle
Onde,
Fc = força de corte
Vc= velocidade de corte
Nc= potência de corte
Kc= pressão específica de corte (tabela nas páginas seguintes)
Observação
k c = kc 1.1 ⋅ h − mc
Fc = k c1. 1 ⋅ b ⋅ h1−mc
Material DIN ABNT equivalente σr kc1.1 1-mc
[N/mm 2] [N/mm 2]
St 50 1030/1045 520 1990 0,74
St 60 1040/1045 620 2110 0,83
C 22 1020 500 1800 0,83
Ck 45 1045 670 2220 0,86
Ck 60 1060 770 2130 0,82
65 Si 7 9260 960 1270 0,73
100 Cr 6 52100 640 1600 0,71
100 Cr 6 52100 710 2400 0,79
recozido
χ
GG L 14 Fo Fo cinzento com 950 0,79