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Aula 00
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Controle na Administração Pública p/ TCE-RS 2018
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Olá pessoal!
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Caso reste alguma dúvida que não tenha sido esclarecida na aula,
não hesite em postá-la no fórum de dúvidas. O mesmo vale para críticas
ou sugestões. A possibilidade de interação com o professor é um dos
diferenciais dos cursos em PDF; portanto, não deixe de utilizar essa
importante ferramenta!
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Enfim, espero que você aproveite o curso, tire suas dúvidas, estude
bastante e, na hora da prova, resolva as questões com tranquilidade e
confiança. Desse modo, todo o esforço empregado nessa fase preparatória
será recompensado com a alegria que acompanha a aprovação, a qual
espero compartilhar com você!
Erick Alves
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AULA 00 (demonstrativa)
SUMÁRIO
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CONCEITO E ABRANGÊNCIA
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CLASSIFICAÇÕES DO CONTROLE
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1Lei 9.494/1997:
Art. 18. Compete ao Gestor do Fundo [Nacional de Desestatização]: (...)
VIII preparar a documentação dos processos de desestatização, para apreciação do Tribunal de Contas da União; (...)
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CONTROLE ADMINISTRATIVO
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CONTROLE JUDICIAL
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CONTROLE SOCIAL
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- propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público
e à moralidade administrativa (CF, art. 5º, LXXIII);
- examinar e questionar a legitimidade das contas de todas as esferas
de governo, as quais ficarão à disposição de qualquer contribuinte no
respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável por sua
elaboração (CF, art. 31, §3º; LRF, art. 49);
- conhecer e acompanhar, em tempo real, em meios eletrônicos de
acesso público, informações pormenorizadas sobre a execução
orçamentária e financeira (LC 131/2009);
- enviar reclamações, sugestões, críticas e informações sobre atos de
agentes públicos sob a jurisdição do TCE-RS ou de serviços por eles
prestados.
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5. (TCE/ES – ACE 2012 – Cespe) Uma das funções precípuas do Poder Judiciário
é realizar o controle de mérito dos atos administrativos do Poder Executivo que
contribuem para o melhor interesse da sociedade.
Comentário: O quesito está errado, uma vez que o controle judicial, ao
contrário do que diz a assertiva, caracteriza-se por não realizar controle de
mérito dos atos administrativos, restringindo-se ao controle de legalidade.
Gabarito: Errado
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7. (TCDF – ACE 2012 – Cespe) Caso não seja empregado o mínimo de recursos
destinados a saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício
com vistas a garantir — mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos
administrativos necessários para o direcionamento dessa parcela do orçamento.
Comentário: Como vimos, o controle judicial deve ser necessariamente
provocado, ou seja, não existe controle judicial de ofício, daí o erro do
quesito.
Gabarito: Errado
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e) finalidade.
Comentário: O caput do art. 70 da CF preceitua que o controle da
Administração Pública será realizado para assegurar legalidade, legitimidade
e economicidade dos atos de gestão. Portanto, somente as alternativas “a” e
“b” podem estar corretas. E daí fica fácil, pois o controle de legitimidade
busca verificar se o ato atende ao interesse público, à impessoalidade e à
moralidade, enquanto o controle de economicidade, gabarito da questão,
procura analisar a relação custo/benefício da despesa pública.
Gabarito: alternativa “b”
11. (CGU – AFC 2012 – ESAF) Nos termos da Constituição Federal, tanto o
Congresso Nacional quanto os sistemas de controle interno de cada Poder podem
exercer fiscalizações da seguinte ordem, exceto:
a) Contábil.
b) Ambiental.
c) Patrimonial.
d) Operacional.
e) Financeira.
Comentário: A natureza da fiscalização exercida pelos sistemas de
controle externo e interno está expressa no art. 70, caput da Constituição
Federal:
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➢ Tribunais de Contas
➢ Auditorias-Gerais
O sistema de Tribunais de Contas ou Conselho de Contas
caracteriza-se por seu caráter colegiado, ou seja, as decisões desses
órgãos são tomadas em conjunto, pelo voto da maioria de seus membros
(decisões colegiadas). Os Tribunais de Contas geralmente possuem
poder para julgar a regularidade da gestão do administrador público (as
chamadas “contas dos responsáveis”). Também, em regra, possuem
competência para punir e emitir determinações compulsórias aos
controlados.
Já o sistema de Auditorias-Gerais ou Controladorias-Gerais
caracteriza-se por seu caráter unipessoal. São comandados por um
auditor ou controlador-geral, que é o responsável pelas decisões do órgão
(decisões monocráticas). Em regra, as Auditorias-Gerais pronunciam-se
conclusivamente sobre as contas, mas não as julgam. Suas decisões
geralmente possuem caráter opinativo ou consultivo, emitidas na forma
de pareceres e recomendações, com o objetivo principal de fornecer
subsídios para que o titular do controle externo e a opinião pública
avaliem a gestão.
Em geral, tanto os Tribunais de Contas como as Auditorias Gerais
estão associados ao Poder Legislativo. Há, contudo, países que colocam os
Tribunais de Contas junto ao Poder Judiciário ou as Auditorias-Gerais
junto ao Poder Executivo. Há também casos em que a EFS não está
vinculada a nenhum Poder.
A tarefa tradicional dos Tribunais de Contas é o controle de
legalidade, enquanto que as Auditorias-Gerais priorizam o controle de
eficácia, eficiência e efetividade. Contudo, os Tribunais de Contas têm
progredido nesse aspecto, expandindo sua atuação para além do mero
exame de legalidade, passando a focar aspectos de desempenho e alcance
de resultados.
Os Tribunais de Contas e as Auditorias-Gerais também possuem
características em comum: são órgãos administrativos; são autônomos
em relação ao Poder que os vincula; em geral, possuem previsão
constitucional; e suas decisões não são sujeitas a revisão por outro órgão
ou instância.
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14. (TCU – ACE 2004 – Cespe) Os sistemas internacionais de controle externo têm
em comum a circunstância de que o órgão de controle é invariavelmente colegiado
e ligado ao Poder Legislativo.
Comentário: O órgão de controle (EFS) pode ser constituído na forma de
Tribunais/Conselhos de Contas ou na forma de Auditorias/Controladorias-
Gerais. No primeiro caso, são órgãos colegiados; no segundo, via de regra,
são órgãos monocráticos. Além disso, embora a maioria das EFS pelo mundo
esteja ligada ao Poder Legislativo, como o TCU ou o TCE-RS no Brasil, há
países em que a EFS compõe o Poder Judiciário, como em Portugal; o Poder
Executivo, como no Paraguai e na Bolívia; ou nenhum dos Poderes, como na
França e no Chile.
Gabarito: Errado
15. (TCU – ACE 2006 – ESAF) Na maioria dos países onde existe, o sistema de
controle externo é levado a termo ou pelos Tribunais de Contas (Cortes de Contas)
ou pelas Auditorias-Gerais. Nesse contexto, considerando as principais distinções
entre esses dois modelos de controle, assinale a opção que indica a correta relação
entre as colunas:
1) Tribunais de Contas ( ) São órgãos colegiados.
2) Auditorias-Gerais ( ) Podem ter poderes jurisdicionais.
( ) Podem estar integrados ao Poder Judiciário.
( ) Proferem decisões monocráticas.
a) 1 – 2 – 1 – 2 b) 1 – 1 – 1 – 2 c) 1 – 1 – 2 – 2
d) 2 – 1 – 2 – 1 e) 2 – 2 – 2 – 1
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16. (TCU – ACE 2007 – Cespe) O sistema de controle externo, na maioria dos
países signatários, é levado a termo ou pelas cortes de contas ou pelas auditorias-
gerais. As principais características do sistema de tribunal de contas são as
decisões colegiadas e o poder sancionatório. No Brasil, bem como nos demais
países que adotam esse sistema, os tribunais de contas, quanto à sua organização,
encontram-se ligados à estrutura do Poder Legislativo.
Comentário: As duas primeiras frases da questão estão corretas.
Ademais, é fato que, no Brasil, os tribunais de contas estão ligados ao Poder
Legislativo. Contudo, há países em que isso não ocorre. Portanto, a
expressão “bem como nos demais países que adotam esse sistema” torna o
quesito errado. Em Portugal e na Grécia, por exemplo, o Tribunal de Contas
situa-se no âmbito do Poder Judiciário. Já na França, a Corte de Contas não
está vinculada a nenhum dos poderes.
Gabarito: Errado
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Contas ordinárias
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Função corretiva
Os Tribunais de Contas exercem a função corretiva ao:
➢ emitir determinações, de caráter compulsório, para corrigir
irregularidades;
➢ fixar prazo para cumprimento da lei, se verificada ilegalidade
(CF, art. 71, IX);
➢ sustar ato impugnado (CF, art. 71, X).
Função pedagógica
Os Tribunais de Contas atuam de forma pedagógica, quando orientam
e informam sobre procedimentos e melhores práticas de gestão, mediante
publicação de manuais e cartilhas, realização de seminários, reuniões e
encontros de caráter educativo ou, ainda, quando recomendam a adoção
de providências para correção de impropriedades, de modo a prevenir a
ocorrências futuras semelhantes.
O caráter educativo surge também quando da aplicação de sanções a
responsáveis por irregularidades ou práticas lesivas aos cofres públicos,
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17. (TCU – ACE 2007 – Cespe) A função judicante é expressa quando o TCU
exerce a sua competência infraconstitucional de julgar as contas de gestão dos
administradores públicos. Entretanto, no tocante às prestações de contas
apresentadas pelo governo federal, compete ao TCU apenas apreciá-las e emitir
parecer prévio, já que compete ao Congresso Nacional julgá-las, com base na
emissão do parecer emitido pela comissão mista permanente de senadores e
deputados.
Comentário: É verdade que o TCU exerce a função judicante ao julgar as
contas de gestão dos administradores públicos. A competência para tanto
está expressa na própria Constituição (art. 71, II), sendo apenas reproduzida
na LO/TCU (art. 1º, I). Portanto, a palavra infraconstitucional torna a questão
errada. Da mesma forma, a função judicante do TCE-RS tem sede
constitucional, eis que o art. 71 da Constituição Estadual estende ao TCE as
4 Apud. Lima (2011, p. 111). NAGEL, José. A fisionomia distorcida do controle externo. Revista do TCE MG,
edição nº 4, 2000.
5 Apud. Lima (2011, p. 111). MEIRELES, H.L. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo, Malheiros
Editores, 1997.
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18. (TCDF – Procurador 2002 – Cespe) Com relação aos tribunais de contas,
entre as inovações introduzidas pela LRF, encontra-se a instituição da função
cautelar de alertar os demais Poderes ou órgãos nas situações que especifique.
Comentário: Como vimos, o rol de funções que estudamos, no total de
nove, não é imperativo ou exaustivo, pois pode-se encontrar na doutrina
sistematizações diferentes para as atribuições dos Tribunais de Contas. A
questão em tela menciona a função cautelar, que incluiria os alertas previstos
na LRF. Na aula, classificamos tais alertas na função informativa. Perceba que
as duas classificações estão corretas, pois a informação prevista na LRF sob
a forma de alerta tem caráter cautelar, preventivo. A mesma atribuição poderia
ser também classificada na função assessoradora, segundo as categorias
consideradas por Hely Lopes Meireles. Portanto, para fins de prova, o
importante é conhecer as competências do Tribunal de Contas e utilizar o
bom senso na hora de responder uma questão que as classifique em alguma
função. No caso de uma questão discursiva em que seja necessário discorrer
sobre as funções dos Tribunais de Contas, creio que a apresentação das nove
funções dadas na aula, seguidas de um ou dois exemplos, sejam suficientes
para uma boa resposta.
Gabarito: Certo
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6 Apud. Lima (2011, p. 111). DI PIETRO, M.S.Z. Direito Administrativo. 19ª edição, Atlas, 2006.
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22. (TCU – AUFC 2015 – Cespe) A competência do sistema de controle interno nos
poderes da União restringe-se ao exercício do controle sobre entidades da
administração pública direta, indireta, fundacional e autárquica.
Comentário: O item está errado. O sistema de controle interno também
pode fiscalizar a aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado, conforme prevê o art. 74, II da CF:
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração
federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado;
Gabarito: Errado
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26. (CGU – AFC 2012 – ESAF) Nos termos da Constituição Federal, tanto o
Congresso Nacional quanto os sistemas de controle interno de cada Poder podem
exercer fiscalizações da seguinte ordem, exceto:
a) Contábil.
b) Ambiental.
c) Patrimonial.
d) Operacional.
e) Financeira.
Comentário: A natureza da fiscalização exercida pelos sistemas de
controle externo e interno está expressa no art. 70, caput da Constituição
Federal:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de
controle interno de cada Poder.
Portanto, a Constituição não prevê que os órgãos de controle interno e
externo realizem fiscalização “ambiental”, de modo que somente a alternativa
“b” está errada. Não obstante a previsão constitucional, atualmente vê-se que
os Tribunais de Contas estão também adentrando nessa seara da auditoria
ambiental. Porém, mesmo nesse tipo de fiscalização, o objetivo do órgão de
controle externo deve ser sempre a proteção ao erário.
Gabarito: alternativa “b”
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d) proporcionalidade;
e) finalidade.
Comentário: O caput do art. 70 da CF preceitua que o controle da
Administração Pública será realizado para assegurar legalidade, legitimidade e
economicidade dos atos de gestão. Portanto, somente as alternativas “a” e “b”
podem estar corretas. E daí fica fácil, pois o controle de legitimidade busca
verificar se o ato atende ao interesse público, à impessoalidade e à
moralidade, enquanto o controle de economicidade, gabarito da questão,
procura analisar a relação custo/benefício da despesa pública.
Gabarito: alternativa “b”
Por isso, ainda que seu objetivo seja algum Tribunal de Contas Estadual,
é importante conhecer bem os artigos 70 a 75 da Constituição Federal, dos
quais derivam as regras aplicáveis aos demais entes da federação.
Quanto às alternativas, perceba que apenas a opção “a” apresenta
princípios expressos no art. 70 da Constituição do RS. Todas as demais
alternativas, ao contrário, apresentam pelo menos um princípio que não se
encontra expresso no referido dispositivo constitucional.
Gabarito: alternativa “a”
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32. (TRE/RS – AJ 2010 – FCC) Está correto afirmar que, o controle administrativo
a) é exercido por meio de fiscalização hierárquica, apenas.
b) dos atos do Poder Executivo é exercido pelo Poder Legislativo.
c) permite a anulação dos atos administrativos por conveniência e oportunidade.
d) deriva do poder-dever de autotutela que a Administração tem sobre seus próprios
atos e agentes.
e) não pode ser exercido pelos Poderes Judiciário e Legislativo.
Comentário: Como vimos, controle administrativo, judicial e legislativo
constituem espécies do gênero controle da Administração. O controle
administrativo é o poder de fiscalização e correção que o Estado-
administrador efetua sobre sua própria atuação, nos aspectos de legalidade e
mérito, seja por iniciativa própria ou por provocação. Portanto, correta a
alternativa “d”. Os demais itens estão incorretos. Vejamos a razão.
Na letra “a”, além do controle administrativo hierárquico, exercido tipicamente
no âmbito de uma mesma estrutura organizacional - seja da Administração
Direta seja da Indireta - há também o controle finalístico, não hierárquico,
exercido pela Administração Direta sobre a Indireta.
Na letra “b”, o controle do Legislativo sobre o Executivo é chamado de
controle parlamentar ou legislativo, e não de controle administrativo.
Na letra “c”, o desfazimento dos atos administrativos por conveniência e
oportunidade dá-se por meio da revogação, e não da anulação.
Na letra “e”, o controle administrativo é exercido no âmbito de todos os
Poderes, afinal, no Brasil, todos os Poderes administram. Assim, os Poderes
Judiciário e Legislativo exercem controle administrativo quando do
desempenho da sua função atípica de administrar.
Gabarito: alternativa “d”
*****
Bem, por ora é só. Espero que tenha curtido esse “aperitivo”. Não
deixe de dar uma olhada ainda no Resumão que vem logo em seguida.
No próximo encontro, iniciaremos a todo vapor o estudo dos
dispositivos constitucionais sobre o controle da Administração Pública e
ainda veremos uma série de questões comentadas.
Vejo você lá! Bons estudos!
Erick Alves
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RESUMÃO DA AULA
Controle da gestão pública: faculdade de vigilância, orientação e correção que um poder, órgão ou autoridade
exerce sobre a conduta funcional do outro.
➢ Classificações do controle:
Externo: exercido por um ente que não integra a mesma estrutura organizacional
do órgão fiscalizado (na CF, somente o exercido pelo Legislativo).
Posicionamento do
Interno: exercido por órgão especializado, porém pertencente à mesma estrutura
órgão controlador
do fiscalizado.
➢ Controle Judicial: exercido pelos órgãos do Poder Judiciário sobre os atos administrativos dos Poderes
Executivo, do Legislativo e do próprio Judiciário, quando realiza atividades administrativas.
Necessariamente provocado. Controle a posteriori. Restrito ao controle de legalidade, adentrando no
mérito do ato administrativo apenas em caso de ilegalidade ou ilegitimidade. Pode anular, mas não
revogar o ato.
➢ Controle Social: exercido diretamente pelo cidadão, ou pela sociedade civil organizada. Ex: denúncia aos
órgãos de controle externo, ação popular, ouvidoria do TCU, etc.
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Entidades Fiscalizadoras Superiores (EFS): órgãos técnicos de controle externo, de caráter administrativo, de
maior estatura em cada país (Brasil = TCU). Podem se vincular a qualquer Poder ou a nenhum deles.
Decisões colegiadas;
Tribunais de Contas ou Poder sancionatório e determinações compulsórias;
Conselhos de Contas Função fiscalizadora ou jurisdicional.
Decisões monocráticas;
Auditorias-Gerais ou
Recomendações sem caráter coercitivo;
Controladorias Gerais
Função fiscalizadora, opinativa, consultiva.
Funções Exemplos
Judicante Julgar as contas dos administradores públicos ou daqueles que causarem dano ao erário.
Consultiva Emitir parecer prévio sobre as contas do Chefe do Executivo; responder a consultas.
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1. (TCU – ACE 2004 – Cespe) Tendo em conta o momento no qual a atividade de controle
se realiza, o controle externo, analogamente ao que ocorre com o controle de
constitucionalidade, pode ser classificado em prévio (a priori) ou posterior (a posteriori).
2. (TCU – ACE 2006 – ESAF) Desenvolva um texto argumentando sobre o seguinte tema:
Prévio, concomitante ou a posteriori: como caracterizar o controle exercido pelo TCU?
5. (TCE/ES – ACE 2012 – Cespe) Uma das funções precípuas do Poder Judiciário é realizar
o controle de mérito dos atos administrativos do Poder Executivo que contribuem para o
melhor interesse da sociedade.
7. (TCDF – ACE 2012 – Cespe) Caso não seja empregado o mínimo de recursos
destinados a saúde e educação no DF, poderá ocorrer o controle judicial de ofício com
vistas a garantir — mediante medida cautelar — a ocorrência dos atos administrativos
necessários para o direcionamento dessa parcela do orçamento.
8. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Nos termos da Constituição da República, pode o TCU, em
certos casos, apreciar elementos de discricionariedade envolvidos nos atos da
administração pública e aspectos ligados à gestão das respectivas entidades e ao
desempenho das funções destas; não precisa sempre ater-se unicamente à conformidade
desses atos com as normas jurídicas aplicáveis, sob o prisma da legalidade.
9. (TCE/AC – ACE 2009 – Cespe) A CF, ao estender aos tribunais e conselhos de contas
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios as disposições aplicáveis no âmbito da
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União, destacou, como um dos aspectos objeto do controle, a legitimidade, que envolve
diversos critérios. Não faz parte dessas considerações o exame da
a) conveniência.
b) legalidade.
c) prioridade.
d) pertinência.
e) oportunidade.
11. (CGU – AFC 2012 – ESAF) Nos termos da Constituição Federal, tanto o Congresso
Nacional quanto os sistemas de controle interno de cada Poder podem exercer fiscalizações
da seguinte ordem, exceto:
a) Contábil.
b) Ambiental.
c) Patrimonial.
d) Operacional.
e) Financeira.
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b) o controle da legalidade.
c) o controle de conveniência política e oportunidade administrativa.
d) o controle de resultados, de cumprimento de programa de trabalho e de metas.
e) o controle de fidelidade funcional dos agentes da Administração responsável por bens e
valores públicos.
14. (TCU – ACE 2004 – Cespe) Os sistemas internacionais de controle externo têm em
comum a circunstância de que o órgão de controle é invariavelmente colegiado e ligado ao
Poder Legislativo.
15. (TCU – ACE 2006 – ESAF) Na maioria dos países onde existe, o sistema de controle
externo é levado a termo ou pelos Tribunais de Contas (Cortes de Contas) ou pelas
Auditorias-Gerais. Nesse contexto, considerando as principais distinções entre esses dois
modelos de controle, assinale a opção que indica a correta relação entre as colunas:
1) Tribunais de Contas ( ) São órgãos colegiados.
2) Auditorias-Gerais ( ) Podem ter poderes jurisdicionais.
( ) Podem estar integrados ao Poder Judiciário.
( ) Proferem decisões monocráticas.
a) 1 – 2 – 1 – 2 b) 1 – 1 – 1 – 2 c) 1 – 1 – 2 – 2
d) 2 – 1 – 2 – 1 e) 2 – 2 – 2 – 1
16. (TCU – ACE 2007 – Cespe) O sistema de controle externo, na maioria dos países
signatários, é levado a termo ou pelas cortes de contas ou pelas auditorias-gerais. As
principais características do sistema de tribunal de contas são as decisões colegiadas e o
poder sancionatório. No Brasil, bem como nos demais países que adotam esse sistema, os
tribunais de contas, quanto à sua organização, encontram-se ligados à estrutura do Poder
Legislativo.
17. (TCU – ACE 2007 – Cespe) A função judicante é expressa quando o TCU exerce a sua
competência infraconstitucional de julgar as contas de gestão dos administradores públicos.
Entretanto, no tocante às prestações de contas apresentadas pelo governo federal, compete
ao TCU apenas apreciá-las e emitir parecer prévio, já que compete ao Congresso Nacional
julgá-las, com base na emissão do parecer emitido pela comissão mista permanente de
senadores e deputados.
18. (TCDF – Procurador 2002 – Cespe) Com relação aos tribunais de contas, entre as
inovações introduzidas pela LRF, encontra-se a instituição da função cautelar de alertar os
demais Poderes ou órgãos nas situações que especifique.
19. (TCE/ES – Procurador Especial de Contas 2009 – Cespe) Na CF, o controle externo
foi consideravelmente ampliado. Nesse sentido, as funções que os TCs desempenham
incluem a
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a) sancionatória, quando se aprovam as contas dos dirigentes e responsáveis por
bens e valores públicos.
b) de julgamento, quando se emite parecer prévio sobre as contas anuais dos chefes
de poder ou órgão.
c) de ouvidor, quando se respondem e esclarecem as dúvidas de servidores sobre a
aplicação da legislação orçamentária e financeira.
d) corretiva, quando se aplicam multas e outras penalidades aos responsáveis por
irregularidades.
e) de fiscalização financeira, quando se registram os atos de admissão do pessoal
efetivo.
20. (TCE/RN – Assessor Técnico de Controle e Administração 2009 – Cespe) Uma das
funções de competência dos TCs, como definido na CF, é a de ouvidor, caracterizada pelo
recebimento de denúncias de irregularidades ou ilegalidades formuladas tanto pelos
responsáveis pelo controle interno como por qualquer cidadão, partido político, associação
ou sindicato.
21. (TCE/AC – ACE 2008 – Cespe) Considerando as funções dos tribunais de contas,
assinale a opção correta.
a) A função opinativa dos tribunais de contas se reveste de conteúdo vinculativo.
b) A função sancionadora ocorre quando os tribunais de contas, por exemplo, efetuam
recolhimento da multa proporcional ao débito imputado.
c) A função de fiscalização dos tribunais de contas compreende as ações relativas ao
exame e à realização de diligências relacionadas a recursos de alienação dos ativos.
d) O julgamento das contas dos responsáveis por bens e valores públicos constitui função
corretiva dos tribunais de contas.
e) Assiste aos tribunais de contas o poder regulamentar, também chamado de normativo,
que, em certos casos, pode ir além de sua competência e jurisdição.
22. (TCU – AUFC 2015 – Cespe) A competência do sistema de controle interno nos
poderes da União restringe-se ao exercício do controle sobre entidades da administração
pública direta, indireta, fundacional e autárquica.
23. (TJRO – Técnico Judiciário 2012 – Cespe) O abuso de poder é conduta comissiva,
que afronta, dentre outros, o princípio da legalidade e o da moralidade, e se sujeita,
portanto, ao controle judicial, que se sobrepõe ao controle administrativo.
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25. (INPI – Analista 2013 – Cespe) O controle administrativo, que consiste no
acompanhamento e fiscalização do ato administrativo por parte da própria estrutura
organizacional, configura-se como controle de natureza interna, privativo do Poder
Executivo.
26. (CGU – AFC 2012 – ESAF) Nos termos da Constituição Federal, tanto o Congresso
Nacional quanto os sistemas de controle interno de cada Poder podem exercer fiscalizações
da seguinte ordem, exceto:
a) Contábil.
b) Ambiental.
c) Patrimonial.
d) Operacional.
e) Financeira.
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30. (TCE/PI – Assessor Jurídico 2002 – FCC, adaptada) Dentre os princípios
constitucionais estaduais expressos, a serem observados pelo Tribunal de Contas do
Estado do Rio Grande do Sul no exercício do controle externo destacam-se os da:
a) legalidade, legitimidade e economicidade.
b) isonomia, responsabilidade objetiva do Estado e motivação.
c) legalidade, razoabilidade e prevalência do interesse público.
d) legalidade, equilíbrio financeiro do contrato e publicidade.
e) motivação, legitimidade e igualdade.
32. (TRE/RS – AJ 2010 – FCC) Está correto afirmar que, o controle administrativo
a) é exercido por meio de fiscalização hierárquica, apenas.
b) dos atos do Poder Executivo é exercido pelo Poder Legislativo.
c) permite a anulação dos atos administrativos por conveniência e oportunidade.
d) deriva do poder-dever de autotutela que a Administração tem sobre seus próprios atos e
agentes.
e) não pode ser exercido pelos Poderes Judiciário e Legislativo.
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GABARITO
2) - 3) E 4) a
1) C
6) E 7) E 8) C
5) E
10) b 11) b 12) a
9) b
14) E 15) b 16) E
13) c
18) C 19) e 20) C
17) E
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo. 13ª ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2007.
Aguiar, A. G. Aguiar, M. P. O Tribunal de Contas na ordem constitucional. 2 ed. Belo
Horizonte: Fórum, 2008.
Aguiar, U.D. Albuquerque, M.A.S. Medeiros, P.H.R. A administração Pública sob a
perspectiva do controle externo. Belo Horizonte: Fórum, 2011.
Chaves, F.E.C. Controle externo da gestão pública: a fiscalização pelo Legislativo e
pelos Tribunais de Contas. 2 ed. Niterói: Impetus, 2009.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 20ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2007.
Lima, L.H. Controle externo: teoria, jurisprudência e mais de 500 questões. 4 ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2011.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 35 ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
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