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FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau

Disciplina: Saneamento I
Professor: Adilson Pinheiro
Curso: Engenharia Civil
Acadêmico: Maykel Artino Campestrini

Tema: Medidas de controle da poluição atmosférica nas atividades profissionais do


Engenheiro Civil na construção civil.

O lançamento de poluição na atmosfera pode ocorrer de duas formas, sendo a primeira e


mais antiga, as ações naturais – eventos naturais como produção do gás CH4 (digestão
animal), atividades vulcânicas e tempestades. A segunda forma de poluição atmosférica
ocorre por ação humana – conhecida como antrópicas.
Dentre as ações antrópicas podem ser citadas a industrialização e seus processos, a
utilização de veículos automotores, estradas de terra, canteiros de obras, pulverização de
pesticidas, queimadas entre outros, sendo esta, segundo resolução do CONAMA (1986), as
maiores causas da introdução de substâncias poluentes à atmosfera, muitas delas tóxicas à
saúde humana e responsável por danos à flora e aos materiais.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) define poluição atmosférica como sendo:
“A poluição atmosférica pode ser definida como qualquer forma de matéria
ou energia com intensidade, concentração, tempo ou características que
possam tornar o ar impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde, inconveniente ao
bem-estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à
segurança, ao uso e gozo da propriedade e à qualidade de vida da
comunidade.”
A Agência Ambiental dos Estados Unidos (USEPA) define a poluição atmosférica
como sendo as mudanças da atmosfera terrestre, que são susceptíveis de causar impacto a
nível ambiental ou de saúde humana, por meio da contaminação por gases, partículas sólidas,
líquidos em suspensão, material biológico ou energia.
Resende (2007) relata que mudanças de pensamento e conscientização ambiental,
levaram ao desenvolvimento e entendimento do termo conhecido hoje como
Desenvolvimento Sustentável. Sendo a construção civil a indústria que mais causa impactos
ambientais (Resende, 2007), esta não poderia ficar de fora desta busca pelo desenvolvimento
sustentável.
Em uma obra os impactos ao meio ambiente são considerados em inúmeros aspectos
como a gerações de resíduos perigosos, a emissão de ruídos, a emissão de vibração, o
lançamento de materiais fragmentados e atualmente é abordada a emissão de material
particulado no canteiro de obras.
O material particular foi classificado pela US-EPA, como sendo a mistura de partículas
sólidas ou líquidas encontradas no ar e esta classificada como poeira ou resíduo, MP2,5
(partículas com 2,5 micrometros ou menos) e MP10 (partículas com diâmetro entre 2,5 a 10
micrômetros). Sendo as partículas menores que MP10 as mais prejudiciais.
Ainda referenciando estudos desenvolvidos pela US-EPA, 13% das emissões de
material particulado vem da Construção Civil. Resende (2007) relata que o canteiro de obra é
um grande responsável pela emissão de partículas em resuspensão.
Desta forma fica clara a importância no desenvolvimento de métodos e técnicas para o
controle da poluição atmosféricas no setor de engenharia civil.
A emissão de material particulado na construção civil, esta diretamente ligada ao ciclo
de vida do produto, sendo que em qualquer etapa deste ciclo (extração, fabricação e

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componentes, transporte, execução das obras, operações de edifícios, demolição e destinação
ou reciclagem de resíduos), pode ocorrer a emissão de material particulado.
Essas muitas etapas do ciclo de vida possuem características específicas de emissão e
controle destes poluentes, onde cada etapa varia de obra para obra, apresentando
características diferentes de obras anteriores para a mesma categoria. As variações vão desde
(concentração produzida, tamanho de partícula, composição de partícula, tempo de emissão,
entre outros). (Resende, 2007)
Devido a esta grande diferenciação, cada situação é tratada diferenciadamente, sendo
necessária uma variedade de medidas de controle adaptáveis às inúmeras situações
encontradas, como por exemplo, o local da obra (variação ambiental) e o tempo de execução,
o que resulta em um maior ou menor tempo de exposição.
A forma de emissão preponderante em um canteiro de obras esta relacionada à emissão
primária de material particulado como: atividades de escavação, serragem de materiais
diversos, perfuração, raspagem, movimentação de veículos em áreas não pavimentadas,
produção de concretos e argamassas, limpeza, estocagem de agregados e outros materiais,
demolições e muitos outros serviços que serão vistos mais à frente, são produzidas emissões
diretas de material particulado na atmosfera, que se caracterizam por emissões primárias. A
emissão secundária se apresenta em menor quantidade e se relaciona à emissão de gases da
queima de combustíveis de veículos e equipamentos ou queima de madeira.
As partículas relacionadas ao canteiro de obras, por serem em sua maioria, oriundas de
emissões primárias, limitam-se, em sua grande maioria às partículas de fração grossa. Quanto
a sua composição química, a mesma se apresenta diversificada. (Resende, 2007)
Devido a grande variedade de atividades com potencial de emissão de material
particulado, Resendo (2007) separou em três grupos:
– demolição;
– movimentação de terra e serviços preliminares, e;
– serviços de construção.
Como cada grupo apresenta características em comum foi necessário ainda, classificar
em mais dois grupos:
– transporte, armazenagem e remoção de materiais e resíduos, e;
– veículos e equipamentos de produção e transporte.
O grupo da demolição, embora seja uma atividade que ocorra, normalmente, em um
espaço curto de tempo, apresenta significativa emissão de material particulado. Como forma
de minimizar a emissão pode ser substituída a demolição por explosivos pela demolição
manual ou por meio de maquinas, avaliação de reaproveitamento de materiais ou separação
para reciclagem, colocação de telas como barreira física, aspersão de água, observação da
velocidade do vendo evitando a demolição quando for muito alta. Materiais biológicos
devem ser removidos da obra, queimadas devem ser evitadas e os materiais devem ser
acondicionados de forma correta. Quando na utilização de maçaricos deve ser empregada a
utilização de exaustores. A rota de veículos deve ser constantemente umedecida.
O segundo grupo, as atividades de movimentação de terra estão, segundo Resende
(2007), entre as maiores fontes geradoras de material particulado na atmosfera, incluem desde
corte e aterro, tipo de material movimentado, carregamento e descarregamento, deslocamento
até a observação de material aderido ao rodado do caminhão, que após seco se transforma em
uma importante fonte geradora de aerossóis.
Como forma de controle podem ser implantadas medidas como: realizar a retirada da
vegetação de forma parcial, evitar a execução de serviços em períodos muito secos e com
ventos fortes, a remoção do material deve ocorrer, preferencialmente, após sua
escavação/movimentação, umedecer o solo periodicamente aplicar barreiras físicas, se
possível cobrir a área de escavação nos períodos de paralisação, controle a altura de
lançamento de terra nos trabalhos de carga e descarga, efetuar o descarregamento lentamente
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reduzindo a formação da nuvem de poeira. Assim que ocorrer o termino da movimentação de
terra, sempre que possível aplicar vegetação sobre o solo, aplicar pavimentação ou umidificar
o solo de forma periódica ou aplicar estabilizadores químicos. Quando no estoque de terra
umedecer e cobrir o material, no transporte cobrir os caminhões e lavar os pneus antes de
saírem do canteiro de obras.
O terceiro grupo, emissão e controle nos serviços de construção, trata da obra
propriamente dita, de serviços que vão desde a concepção das formas, amarração,
concretagem, revestimentos internos e externos, até cobertura, impermeabilização, paisagismo
e aplicação de sistemas prediais. Todos, serviços que incluem atividades geradoras de
material particulado, como cortes com serra de disco e serra bancada, perfuração, utilização
de material pulverulento e aspersão de partículas líquidas, queima, utilização de
maçaricos/soldas até limpeza com varrição e escavação manual.
Devido a grande quantidade de fontes geradoras fica mais adequado a análise e controle
individual dos serviços ainda em fase de projeto, visando racionalizar ou industrializar
serviços e mecanizar processos a fim de alterar seu potencial de emissão ou perdas
desnecessárias de material.
Ainda podem-se realizar os serviços de construção em local isolado da ação de ventos,
fazer uso de dispositivos de aspiração ou varrição evitando acúmulo de partículas,
corte/perfuração com água, corte com serrote e em caso de grande volume de corte e
perfuração deve ser elaborado um plano de corte e perfuração de forma a racionalizar a
atividade, utilização de barreiras físicas a fim de evitar o lançamento de materiais em locais
indesejados.
Todas essas medidas visam à redução dos impactos causados pela emissão de partículas
ao meio ambiente e ecossistemas como a interferência na fotossíntese, alteração de pH, danos
ao crescimento das plantas, poluição de solo e água, redução de visibilidade e danos a
edificações, e impactos a população, levando a problemas a níveis de saúde pública como
problemas cardíacos e respiratórios, irritações nos olhos e pele entre outros.

RESENDE, Fernando. Poluição atmosférica por emissão de material particulado:


avaliação e controle nos canteiros de obras de edifícios. 2007. 232 fl. Dissertação de
Mestrado - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 001/1986. Dispõe sobre


critérios básicos e diretrizes gerais para a avaliação de impacto ambiental. Disponível em: .
Acesso em: 15 ago 2018.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução Nº 005/1989. Dispõe sobre o


Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar – PRONAR.

Disponível em <http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/qualidade-do-ar> Acesso


em 09/08/2018

Disponível em <https://www.epa.gov/ebtpages/airairpollutants.html> Acesso em


09/08/2018

https://www.aecweb.com.br/cont/n/os-verdadeiros-impactos-da-construcao-civil_2206

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