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Instrumentação Biomédica 1

Universidade Federal de Uberlândia


Faculdade de Engenharia Elétrica
Graduação em Engenharia Biomédica

Segundo Relatório Experimental

Docente:
Alcimar Barbosa Soares

Discentes:
Bianca de Souza Lima 11511EBI005
Henrique Andrade Barbosa 11511EBI008
Paulo Eduardo Alves 11511EBI018
Ruben Avendaño Ferreira 11211EBI042

Uberlândia
Setembro de 2018
1. SUMÁRIO
1. Sumário....................................................................................................... 2
2. Introdução ................................................................................................... 3
3. Objetivo ....................................................................................................... 3
4. Materiais e Métodos .................................................................................... 4
5. Resultados e Discussão.............................................................................. 7
6. Conclusão ................................................................................................. 11
7. Bibliografia ................................................................................................ 11

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2. INTRODUÇÃO
A eletroencefalografia fornece informação que possibilita conhecer e entender o
processo fisiológico relacionado aos processos de despolarização do coração. Essa
despolarização resulta em uma força elétrica que tem uma direção e magnitude,
portanto é um vetor elétrico. Este vetor muda a cada milissegundo da despolarização,
visto que a eletricidade é conduzida em vários ramos diferentes do coração. O sinal
captado pelo eletrodo precisa então de um referencial para que seja possível
diferenciar e entender o vetor de despolarização visualizado.
As interferências possuem componentes de frequência na mesma frequência do
sinal elétrico cardíaco. O movimento dos cabos que ligam os componentes também é
capaz de gerar interferências na frequência em que oscilam. Além da já conhecida
interferência eletromagnética de 60Hz gerado pela rede elétrica. As amplitudes
desses sinais inviabilizam a visualização do sinal eletrocardiográfico.
Muitos instrumentos biomédicos modernos usam amplificadores de
instrumentação. Esses amplificadores são versões avançadas de amplificadores
diferenciais aprimorados com muitas características adicionais desejáveis, como
impedância de entrada muito alta (> 100 MV) para impedir a dissipação dos pequenos
sinais de ECG na pele. (WEBSTER, 2006)
Um buffer faz com que toda a tensão de saída seja realimentada tornando o
ganho unitário. É usado para isolar e conectar um estágio de alta impedância de
entrada a uma carga de baixa impedância de saída (MALVINO, 2016). Já o circuito
subtrator consiste em dois sinais, sendo um na entrada inversora e o outro na entrada
não inversora, para realizar a diferença de potencial entre eles. Dependendo do
conjunto de resistores utilizados para a aplicação pode-se obter um ganho unitário,
ganho no sinal independente das entradas ou ganho na saída.

3. OBJETIVO
Este experimento tem como objetivo a resolução dos problemas encontrados
com ruídos na montagem do experimento anterior e dar continuidade às atividades do
laboratório de Instrumentação Biomédica 1, com o objetivo final de confecção de um
eletrocardiograma.

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Como visto anteriormente o ganho sem filtragem diretamente do eletrodo ligado
ao corpo fornece vários tipos de ruídos intrínsecos a esse tipo de sistema. O corpo
humano absorve as ondas de frequência em 60Hz por indução eletromagnética, os
eletrodos também recebem esse tipo de interferência, com resultantes diferentes do
sinal gerado em contato com a pele, e o osciloscópio utilizado para medição está
ligado diretamente à rede elétrica gerando outros ruídos em 60Hz. Portanto foi
proposto uma montagem utilizando amplificadores com intuito de diminuir o máximo
possível dessas interferências.
Procuramos fazer análises para entender e explicar as diferenças na aquisição
do sinal com as novas configurações de amplificadores comparada com a montagem
do primeiro experimento. Esperava-se que a montagem permitisse visualizar o efeito
elétrico associado ao funcionamento cardíaco.

4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a montagem nesse segundo momento foram utilizados:
2 Resistor de 1KΩ;
2 Resistor de 100KΩ;
4 Capacitores de 100 nF;
1 Amplificador operacional LM324N;
1 Circuito Integrado Regulador de Tensão L7805CV;
1 Circuito Integrado Regulador de Tensão 7905CT;
2 Baterias de 9V;
1 Protoboard;
Jumpers;
Gerador de Funções;
Osciloscópio;
Eletrodo Descarpack para Monitoração Cardíaca Adulto.

O circuito a ser montado proposto em sala nesta semana está representado na


Figura 1 a seguir:

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Figura 1: Circuito Proposto
Após notar que seria necessário a utilização de quatro amplificadores
operacionais (AO) no circuito, pensou-se na utilização de um circuito integrado (CI)
que já contém a quantidade suficiente de AOs para: diminuir o espaço necessário na
protoboard, diminuir a quantidade de fios e não divergir da configuração proposta. Foi
então utilizado um amplificador operacional LM324N, como mostrado na figura abaixo:

Figura 2: Esquemático do AO LM324N

Porém em um primeiro teste notou-se que um amplificador operacional do


circuito integrado estava queimado então o circuito foi modificado, como mostra a
Figura 3, e foi decidido manter assim pois sinal da porta Vout, Figura 1, poderia possuir
um offset que foi adquirido ao entrar no CI, isso impossibilitaria uma melhor
visualização do sinal, devido aos limites baixos de ganho que o sinal poderia ter para
que ele não sature e não cause assim uma perda de parte do sinal. Sendo assim, para

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evitar que esse problema ocorresse, decidiu-se retirar o AO não inversor com ganho
de 100x para a realização dos testes.

Figura 3: Circuito modificado para a montagem.

Atribuímos aos AOs 1 e 4 o papel de buffer e ao AO 3 o papel de amplificador


subtrator com ganho de 100x.
Para este experimento foi utilizado um circuito de acordo com a Figura 4 para
obter o ganho de 100x na saída do sinal. Essa configuração utilizada tem como intuito
eliminar ruídos contidos nos sinais U1 e U2, que são as respostas em tensão dos
buffers conectados cada um com um eletrodo diferente. Para obter ganho no sinal de
saída é preciso obedecer a esta configuração na qual seu valor é dado pela relação
R2/R1. Utilizamos então os resistores de 1KΩ para as configurações de R1 e os
resistores de 100KΩ para as configurações de R2.

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Figura 4: Circuito Típico Subtrator

Os eletrodos foram posicionados da seguinte forma:

Figura 5: Posicionamento dos Eletrodos

A montagem realizada tem como intuito captar o vetor de despolarização


gerado no coração com sentido de V1 para V2, assim, o circuito subtrator é
responsável por eliminar os ruídos da rede e do osciloscópio com frequência em 60Hz,
e fornecer o ganho de 100x para melhor visualização deste sinal.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Inicialmente foi realizada a medição de offset do AO utilizado, para futura
comparação com o valor escrito no datasheet, normalmente de 2mV. Obteve-se então
o valor de 0,5mV, já que a saída amplificada em 100x mostrou uma resposta de 50mV.
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Figura 6: Tensão de Offset do Sistema

Em seguida realizou-se a medição do sinal eletrocardiográfico em duas


pessoas, fazendo uso do buffer nas entradas do sinal e fazendo a subtração do sinal
de saída destes para a eliminação dos sinais de modo comum, ruídos, e obteve-se os
seguintes resultados:

Figura 7: Sinal resultante com offset.

Analisando o sinal obtido da primeira pessoa observa-se um ritmo cardíaco em


torno de 80 bpm, uma amplitude de sinal próxima de 240 mV e uma frequencia de
aproximadamente de 1.3 Hz. Como o ganho foi de 100, pode-se dizer que a amplitude

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do sinal vinda do eletrodo foi de 2,4 mV, esses valores condizem com o esperado
apesar dos ruídos presentes interferirem na análise.
Pode-se observar também que o offset da Figura 7 foi maior que o do circuito
integrado medido anteriormente, figura 6, e isso é devido ao nivel DC vindo do próprio
eletrodo, esse sinal DC não é eliminado no subtrador pois cada eletrodo é único e esta
numa região diferente do corpo fazendo com que cada um transmita níveis DC
diferentes.
Em um segundo teste com outa pessoa foi ajustado o osciloscópio para um
acoplamento AC, para uma melhor analise da forma de onda devido ao offset.

Figura 8: Sinal Resultante em 5Hz

Mesmo com ruídos é possível estimar a amplitude do complexo QRS em


aproximadamente 150mV e amplitude da onda T próxima de 25mV, valores que ainda
diferem da literatura, levando a acreditar que as amplitudes dos ruídos interferem de
forma significativa, desacreditando esses valores para análises precisas.

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Figura 9: Sinal Resultante em 10Hz
Fazendo análise da onda em 10Hz podemos notar que a duração do complexo
QSR se aproxima de 100ms, que tem um valor de 80ms segundo a literatura.

Figura 10: Sinal Resultante em 10Hz e FFT

Podemos perceber que os resultados mostrados estão mais próximos do sinal


esperado em ECG comparado com o último experimento, mas ainda não é um sinal
aceitável para análise clínica, por exemplo, já que não foi possível remover por
completo o ruído em 60Hz devido ao efeito capacitivo da protoboard e dos cabos.
Para tentar diminuir esse ruído devido ao crosstalking dos cabos o circuito foi
remontado diminuindo o número e o tamanho de cabos utilizados.

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Ainda assim foi possível eliminar boa parte dos ruídos em relação ao
experimento passado, facilmente notada com a análise da função de transformada
rápida de Fourier (FFT) do osciloscópio.

6. CONCLUSÃO
Os problemas encontrados estão na tensão DC do offset que é obtida do CI, e o
ruído de 60Hz que está sendo adquirido pelo ambiente devido ao efeito de indução
eletromagnética.
Foi fácil notar que utilizar o sistema seguidor de tensão com saída para um
sistema de subtração de sinais gerou uma componente resultante com grande
atenuação da amplitude dos ruídos anteriormente encontrados. A amplitude do vetor
cardíaco de despolarização foi maior do que os ruídos na saída do AO subtrator, fato
que possibilitou a visualização dos complexos QRS e onda T.

7. BIBLIOGRAFIA
PERTENCE JUNIOR, Antonio. Eletrônica Analógica: Amplificadores
operacionais e filtros ativos. 6 ed. [S.L.]: Bookman, 2003.

MALVINO, Albert. Eletrônica. 8 ed. [S.L.]: AMGH, 2016.

WEBSTER, John G. Encyclopedia of Medical Devices and Instrumentation.


2 ed. Vol. 3: John Wiley & Sons, Inc., Hoboken, New Jersey, 2006.

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