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Cosmetic Innovation / Colunistas / Os óleos vegetais nas formulações cosméticas:


conheça suas propriedades e indicações

Os óleos vegetais nas


formulações cosméticas:
conheça suas propriedades e
indicações
quarta-feira, 25 abril 2018 14:02 Written by: Redação

Category: Colunistas Como os óleos vegetais atuam na manutenção da


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barreira cutânea e como podem ser incorporados em
ativos cosméticos
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Os óleos vegetais são utilizados há séculos para diversos
ácido linoleico, ácido
oleico, antioxidant,
motivos, desde culinária, até produtos cosméticos e

antioxidantes, barreira farmacêuticos. Nesse artigo, vamos abordar os mais


cutânea, extrato diversos óleos vegetais utilizados em produtos cosméticos,
córneo, linoleic acid, evidenciando suas propriedades, indicações e
oleic acid, óleos
principalmente como eles influenciam na manutenção da

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vegetais, plant’s oil, barreira cutânea, evitando seu ressecamento e diversas
skin barrier, stratum
doenças, como dermatites atópicas e eczemas. Confira!
corneum

Para melhor entendermos o funcionamento dos diversos


benefícios apresentados pelos óleos vegetais, primeiro
devemos entender um pouco sobre a estrutura da pele.
Vamos começar pelo estrato córneo:

O estrato córneo (EC) atua como uma parede, onde os


corneócitos representam os tijolos e a lamela lipídica
intercelular atua como a “argamassa”, que mantém tanto a
integridade do estrato córneo, quanto a barreira permeável
da pele.

Alguns lipídios (precursores das ceramidas, ácidos graxos


livres e parte do colesterol) são sintetizados nos
queratinócitos, no estrato granuloso, e liberados dos corpos
lamelares na interface estrato granuloso/estrato córneo, e
então são secretados na superfície da pele pelas glândulas
sebáceas.

Os lipídios extracelulares são então enzimaticamente


modificados para se tornarem ligeiramente hidrofóbicos e
organizarem a estrutura lamelar.

A barreira permeável da pele é promovida pela matriz


extracelular lipídica, que é composta de ceramidas, ácidos
graxos livres e colesterol. Além da função de
permeabilidade, essa barreira possui função de proteção
contra patógenos e agentes químicos. Essa propriedade é
atribuída à fraca acidez do pH da superfície da pele, e às
bases esfingóides livres geradas pelas ceramidas
epidermais, e peptídeos antimicrobianos no compartimento
intercelular.

Os componentes do fator natural de hidratação, presentes


nos corneócitos, são essenciais para a manutenção da

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hidratação do EC. A boa hidratação do estrato córneo
mantém a sua integridade, que, por sua vez, mantém a
homeostase da barreira cutânea.

A composição do fator natural de hidratação inclui


aminoácidos livres, ácido carboxílico da pirrolidona (PCA),
ácido lático, ácido urocânico, ácidos orgânicos, peptídeos,
açúcares, ureia, citratos, glicerol, etc. A filagrina, um dos
marcadores de diferenciação terminais da epiderme, é o
fator crucial que determina a hidratação do estrato córneo.

A dermatite atópica

Dermatite atópica (DA) é uma doença crônica muito comum


de inflamação da pele. A patogênese dessa doença é
atribuída tanto pela disfunção da barreira cutânea, quanto
pela inflamação crônica do Th2 na pele. Deteriorações na
função da barreira cutânea estão inevitavelmente presentes
em alguma parte da superfície da pele dos pacientes com
dermatites atópicas, independentemente da aparência da
pele, logo, essa deterioração é considerada um evento
primário na patogênese da DA. É comprovado que os danos
na barreira cutânea favorecem também a sensibilização
alérgica.

Estudos clínicos demonstraram que o uso de sabonetes,


emolientes, e hidratantes apropriados pode impedir o
avanço das dermatites e alergias, pela melhora da
hidratação do estrato córneo.

Pesquisas demonstraram que as citocinas relacionadas com


o Th2 exacerbam os prejuízos da barreira cutânea pela
modificação tanto da diferenciação dos queratinócitos,
quanto da síntese lipídica do compartimento intercelular do
estrato córneo.

Estudos indicam que intervenções com o uso de produtos

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que possam restaurar a hidratação do estrato córneo
(restaurando também as funções da barreira cutânea),
como sabonetes, emolientes e hidratantes, pode tanto
prevenir quanto interromper o progresso de dermatites
atópicas.

A cicatrização

A cicatrização é um processo dinâmico e estritamente


regulado de mecanismos celulares, humorais e moleculares.
Esse processo é dividido em quatro fases: hemostase,
inflamação, proliferação e remodelamento tecidual.

Na fase de hemostase, a cascata de coagulação é


instantaneamente ativada por uma ferida, criando uma
matriz temporária de ferida.

A fase de inflamação consiste em uma resposta imune inata


crucial na degradação e limpeza dos detritos de tecidos e
patógenos no local da ferida. Neutrófilos polimorfonucleares
(NPM) liberam espécies reativas de oxigênio (ERO) e óxido
nítrico, facilitando a degradação de organismos estranhos, e
iniciando a fagocitose dos patógenos. Além disso, os NPM
secretam altos níveis de colagenase, elastase e matrizes de
metaloproteinases, que degradam células danificadas e
matriz extracelular. Macrófagos trabalham na fagocitose de
patógenos e detritos celulares.

A inflamação pode afetar positiva ou negativamente o


processo de cicatrização. Inflamação excessiva e de longa
duração está relacionada com um número maior de
macrófagos, resultando em cicatrizações prejudicadas. Além
disso, níveis excessivos de matrizes de metaloproteinases
que estão relacionadas com NPMs e macrófagos, geram
danos excessivos à matriz extracelular. Isso interfere na
formação de um andaime para que novas células possam
migrar e se proliferar no local das feridas.

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Além disso, os radicais livres e seus produtos de oxidação
presentes nas feridas podem danificar ainda mais o tecido.
Apesar de os EROs serem parte dos circuitos normais de
regulação da função da barreira cutânea, inflamação e
cicatrização sob condições fisiológicas, um excesso de
radicais livres é prejudicial ao processo de cicatrização.

Inflamação e proliferação celular

A pele é diariamente atacada por diversos estímulos


exógenos. Esses estímulos, quando nocivos, resultam em
injúrias e/ou infecções, levando a feridas, dermatoses
inflamatórias, envelhecimento ou carcinogênese da pele. A
inflamação é um mecanismos de resposta a esses danos. A
nível molecular, a resposta inflamatória participa de uma
série de vias de reparo muito complexas, relacionadas à
resposta imune inata, diferenciação e reparo da barreira
cutânea. Inicialmente, sob resposta inflamatória, os
queratinócitos, as células imunes inatas como os leucócitos
(NPMs, macrófagos e linfócitos), mastócitos e células
dendríticas são ativadas.

Citocinas como IL-1α, TNF-α e IL-6 induzem as quimiocinas


de quimiotaxia que atraem as células imunes ao local da
injúria. EROs são produzidos pelos queratinócitos e células
imunes que foram ativadas. As células imunes também
secretam elastases e proteinases.

O microambiente inflamatório contribui com o reparo do


tecido e a prevenção/controle da inflamação. Apesar disso,
as quimiocinas produzidas pelos queratinócitos e células
imunes ativadas são capazes de danificar o tecido da pele
na proximidade do alvo da resposta inflamatória. Assim
sendo, a intensidade da inflamação e o tempo de resolução
são cruciais para evitar ou pelo menos limitar os danos ao
tecido cutâneo.

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Portanto, modular a inflamação é importante na
manutenção da homeostase da pele. Se a resposta aguda
inicial falhar em resolver o fator de causa, então a resposta
inflamatória continuará e o microambiente inflamatório
danificará a homeostase da pele.

Se a desregulação da resposta inflamatória cutânea


persistir, podem surgir dermatoses inflamatórias crônicas
como dermatite atópica e psoríase.

Na epiderme, o metabolismo dos ácidos graxos


poliinsaturados (AGP) é bastante ativo. Ácido linoleico, o
principal AGP n-6 de 18 carbonos da pele normal, é
metabolizado pela via da 15-lipoxigenase em ácido 13-
hidroxioctadecadienóico, que possui propriedades anti-
proliferativas.

Os óleos vegetais

Os óleos vegetais são utilizados há tempos por promoverem


muitos benefícios fisiológicos. Esses óleos podem atuar
formando uma barreira hidrofóbica na pele, que previne e
reduz a perda de água.

Os óleos vegetais de amêndoa, jojoba, soja e abacate,


quando aplicados topicamente, permanecem na superfície
da pele, sem penetrar nas camadas mais profundas do
estrato córneo. Apesar disso, os óleos vegetais reduzem a
perda de água transepidérmica e regulam a proliferação dos
queratinócitos.

Os ácidos graxos livres, como o ácido oleico, têm a


capacidade de penetrar as camadas do estrato córneo,
aumentando a permeabilidade da barreira e permitindo a
penetração dos óleos vegetais.

Outros compostos dos óleos vegetais, como compostos

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fenólicos e tocoferóis, atuam como antioxidantes, que
podem modular processos fisiológicos como a homeostase
da barreira cutânea, inflamação e cicatrização.

Os óleos vegetais podem ser divididos em duas categorias:


os óleos essenciais, que são voláteis à temperatura-
ambiente, e os óleos fixos, que não são voláteis à
temperatura ambiente.

Os óleos vegetais prensados a frio tendem a serem mais


nutritivos do que os óleos vegetais extraídos por
refinamento, pois na prensagem a frio não há processos
como o aquecimento ou a modificação química dos
componentes do óleo.

Entre os componentes apresentados pelos óleos fixos,


podemos citar: triglicerídeos, ácidos graxos livres,
tocoferóis, os esteróis, estanóis, fosfolipídeos, ceras,
esqualenos, compostos fenólicos, etc.

Os óleos vegetais também variam de acordo com o tipo e


quantidade de triglicerídeos e ácidos graxos livres, ácidos
graxos saturados (AGS) de cadeia linear e ácidos graxos
insaturados (AGI). A aplicação tópica dos AGS e AGI em
voluntários saudáveis mostrou diferenças na perda de água
transepidérmica e na resposta à irritação cutânea. Já que a
composição e concentração de AGS e AGI é importante em
produtos tópicos, é importante caracterizá-los em cada tipo
de óleo vegetal.

Os AGI, particularmente, mostram diferentes respostas


fisiológicas quando aplicados topicamente. O ácido
linoleico, por exemplo, tem um papel importante na
manutenção da integridade da permeabilidade da água na
barreira cutânea. O metabólito principal do ácido linoleico
na pele é o ácido 13-hidroxioctadecadienoico (13-HODE),
que possui propriedades antiproliferativas. Em contraste, o

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ácido oleico é prejudicial ao funcionamento da barreira
cutânea, causando o seu rompimento da e eventualmente
induzindo à dermatite quando aplicado topicamente de
forma contínua.

Além do seu papel na restauração/rompimento da barreira


cutânea, ácidos graxos livres de óleos vegetais enriquecidos
também têm sido estudado como facilitadores de
penetração da barreira cutânea.

Pesquisas sugerem que óleos compostos principalmente de


ácido oleico monoinsaturado aumenta a permeabilidade
cutânea mais do que óleos contendo uma mistura de partes
iguais de ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados.

A penetração dos lipídios na pele segue a ordem: óleo de


oliva > óleo de coco > óleo de semente de uva > óleo de
abacate.

Ácidos graxos poli e monoinsaturados podem influenciar as


respostas inflamatórias, tanto como mediadores
lipossolúveis, quanto como na forma de fosfolipídios
ancorados na membrana celular.

De acordo com um estudo, a aplicação tópica de ácidos


graxos poli e monoinsaturados pode ter uma influência
terapêutica significativa na cicatrização de feridas através
de seus efeitos modulatórios e na inflamação, apesar dos
seus efeitos na proliferação celular.

Os compostos fenólicos estão presentes em todos os óleos


vegetais em diferentes concentrações. Esses compostos são
muito importantes para a estabilidade oxidativa dos ácidos
graxos poliinsaturados presentes nos óleos vegetais.

Os triterpenos podem ser encontrados em várias espécies


de vegetais, e geralmente estão presentes em pequena

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quantidade nos constituintes dos óleos vegetais. Esse grupo
de componentes contém uma ampla gama de moléculas
que participam em muitas reações biológicas. Os
triterpenos podem induzir a migração celular, proliferação e
deposição de colágeno. Os triterpenos também promovem a
regeneração tecidual pela redução do tempo de cicatrização
e modulando a produção de radicais livres no
microambiente das feridas.

A seguir, vamos ver os principais óleos utilizados na


indústria cosmética e suas principais propriedades:

Óleo de oliva

O óleo de oliva é extraído de frutos das árvores Olea


europaea.

Esse óleo é consistido principalmente de ácido oleico, com


quantidades menores de outros ácidos graxos, como ácido
linoleico e ácido palmítico. Mais de 200 compostos químicos
foram detectados no óleo de oliva, incluindo esteróis,
carotenóides, álcoois triterpênicos e compostos fenólicos.

Fenóis hidrofílicos são os antioxidantes mais abundantes do


óleo de oliva. Esses compostos fenólicos contém
propriedades antioxidantes melhores do que as da vitamina
E.

Estudos mostram que o uso concomitante do óleo de oliva


com outros óleos tem efeitos positivos na pele.

Óleo de semente de girassol

O óleo de semente de girassol é extraído das sementes de


Helianthus annus.

Seus principais componentes são os ácidos oleico e


linoleico.

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O óleo de semente de girassol contém quantidades maiores
de ácido linoleico quando comparado ao óleo de oliva. Essa
propriedade faz com que esse óleo seja bastante
interessante para produtos cosméticos, devido às boas
propriedades do ácido linoleico.

Foi demonstrado que esse óleo vegetal ajuda a preservar a


integridade do estrato córneo e melhorar a hidratação da
pele adulta sem induzir eritema, além de estimular o reparo
da barreira cutânea.

Óleo de semente de uva

O óleo de semente de uva é extraído das sementes da Vitis


vinifera.

Esse óleo é rico em compostos fenólicos, ácidos graxos livre


e vitaminas, que podem atuar como excelentes
antioxidantes. Além disso, contém resveratrol, que é um
bom agente antimicrobiano. Quando aplicado topicamente,
o resveratrol promove a produção de catelicidinas, que
também são bons agentes antimicrobianos, em peles
normais.

Além disso, esse óleo vegetal é um bom agente


cicatrizante.

Óleo de coco

O óleo de coco é extraído da polpa de cocos maduros da


palmeira Cocos nucifera. Esse óleo é composto de muitos
ácidos graxos livres, incluindo o ácido láurico (49%), ácido
tetradecanóico (18%), ácido palmítico (8%), ácido caprílico
(8%), ácido cáprico (7%), ácido oleico (6%), ácido linoleico
(2%) e ácido esteárico (2%).

Esse óleo vegetal é eficiente e seguro quando aplicado em


hidratantes. Em um estudo com pacientes pediátricos com

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dermatite atópica leve ou moderada, aplicações tópicas de
óleo de coco virgem mostraram ser eficientes em diminuir a
severidade da doença e melhorando a funcionalidade da
barreira cutânea, além de promoverem a cicatrização.

A monolaurina, um monoglicerídeo derivado do ácido


láurico, é um composto de alta importância presente nesse
óleo vegetal. Ela compreende aproximadamente 50% do
conteúdo graxo do óleo de coco. Esse composto é um
antimicrobiano muito eficiente contra microorganismos
lipofílicos, pois degrada suas membranas lipídicas. A
monolaurina também exibe atividades antifúngicas e
antivirais.

Óleo de argan

O óleo de argan é extraído dos caroços da Argania spinosa


L.

Esse óleo vegetal é composto de ácidos graxos


monoinsaturados (80%) e saturados (20%).

Ele contém polifenóis, tocoferóis, esteróis, esqualenos e


álcoois triterpenos. Tradicionalmente, o óleo de argan é
utilizado no tratamento de infecções cutâneas e em
produtos para pele e cabelos.

Aplicações tópicas diárias de óleo de argan demonstraram


melhorar a elasticidade e hidratação da pele, pois ajuda na
restauração da funcionalidade da barreira cutânea e na
manutenção da capacidade de retenção de água da pele.
Além disso, aplicações tópicas desse óleo vegetal
promoveram um efeito relaxante e de maciez na pele, além
de facilitar a difusão de medicamentos via cutânea.

Óleo de abacate

O óleo de abacate é extraído do fruto da Persea americana.

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Esse óleo é rico em ácido linoleico (6,1 a 22,9%), ácido
linolenico (0,4 a 4,0%) e ácido oleico (31,8 a 69,6%). Além
disso, contém β-sitosterol, β-caroteno, lecitina, minerais e
vitaminas A, C, D e E.

Esse óleo vegetal é bastante recomendado para peles


secas, danificadas ou quebradiças. Estudos demonstraram
que a aplicação tópica do óleo de abacate em ratos causou
um aumento na síntese de colágeno e diminuiu o número
de células inflamatórias durante o processo de cicatrização.

Óleo de borage

O óleo de Borage é extraído das sementes da Borago


officinalis.

Esse óleo vegetal contém altos níveis de ω-6, ácidos graxos


essenciais que são importantes na estrutura da pele e sua
função.

A alta quantidade de ácido linoleico no óleo de borage


contribui para suas ações contra a dermatite atópica.

Aplicações tópicas do óleo de borage em crianças com


dermatite seborréica ou dermatite atópica demonstraram
normalizar a função da barreira cutânea.

Óleo de jojoba

O óleo de jojoba é extraído da Simmondsia chinensis.

Esse óleo vegetal exibe uma alta estabilidade oxidativa e


resistência à degradação. O óleo de jojoba é muito utilizado
em fórmulas cosméticas como protetores solares e
hidratantes, além   de ter demonstrado ser eficiente na
absorção de medicamentos tópicos.

O alto conteúdo de ésteres de ceras faz o óleo de jojoba ser

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uma opção para dermatoses com barreiras cutâneas
alteradas, como dermatites seborréicas, eczemas, dermatite
atópica e acne. Esse óleo vegetal também tem efeitos
antiinflamatórios, com uso potencial em várias condições,
que incluem infecções, envelhecimento e cicatrização.

Óleo de aveia

O óleo de aveia é extraído da Avena sativa.

Esse óleo vegetal é constituído de 36 a 46% de ácido


linoleico e 28 a 40% de ácido oleico.

Aveia, em sua forma coloidal, é utilizada há séculos em


tratamentos tópicos para diversos problemas de pele, como
eritemas, queimaduras, coceiras e eczema. Apesar do ácido
oleico ter a capacidade de danificar a barreira cutânea, a
alta porcentagem de ácido linoleico contribui para o efeito
final de reparação da barreira cutânea.

Extratos da aveia coloidal exibem atividade antioxidante e


antiinflamatória, o que pode explicar a eficácia de loções
contendo esse extrato.

Avenantramidas são compostos fenólicos presentes na


aveia, que reduzem a inflamação, inibindo as citoquinas.

Estudos in vitro demostraram que o óleo de aveia pode


regular a expressão dos genes de diferenciação (como a
transglutaminase 1) e os genes de processamento das
ceramidas nos queratinócitos. Além disso, estudos com o
óleo de aveia nos queratinócitos demonstraram ter
aumentado significativamente (70%) os níveis de
ceramidas.

Óleo de sementes de romã

O óleo de sementes de romã é extraído das sementes da

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Punica granatum.

Esse óleo vegetal é uma ótima fonte de ácidos graxos


essenciais, compostos fenólicos, fitosteróis e frações
lipossolúveis, contendo 63% de ácidos graxos insaturados,
incluindo o ácido linoleico (29%) e ácido oleico (10%).

O óleo de semente de romã é muito conhecido pelas suas


propriedades antioxidantes e antiinflamatórias.

Um creme emulsionado com óleo de semente de romã e


resina de extrato de C. lechleri pode ser útil na prevenção
ou melhora de modificações cutâneas associadas a estrias.
Estudos demonstraram que esse óleo vegetal é um
potencial quimiopreventivo contra o câncer de pele.

Óleo de amêndoas

O óleo de amêndoas é extraído da Oleum amygdalae.

Esse óleo vegetal tem propriedades emolientes e


esclerosantes, que podem ser utilizadas para melhorar a
complexidade e o tom da pele. Estudos demonstraram que
massagens com óleo de amêndoa podem melhorar a
aparência de estrias e prevenir o aparecimento de novas
estrias.

Esse óleo demonstrou ter capacidades de prevenir os danos


estruturais causados pela radiação UV.

Manteiga de karité

A manteiga de karité é extraída dos caroços da Vitellaria


paradoxa.

Esse óleo vegetal é composto de triglicerídeos com ácidos


graxos, como o ácido oleico, esteárico, linoleico e palmítico,
e é frequentemente utilizado em cosméticos devido à sua

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alta porcentagem de frações insaponificáveis (triterpenes,
tocoferóis, fenóis e esteróis), e por conter potentes
atividades antiinflamatórias e antioxidantes. Estudos
mostraram que cremes contendo manteiga de karité
tiveram a mesma eficácia do que produtos com precursores
de ceramidas.

Espero que você tenha gostado do artigo, e aproveitado os


ensinamentos sobre a pele e sua barreira, os óleos vegetais,
suas propriedades e usos no mercado cosmético. Deixe sua
opinião nos comentários e compartilhe o artigo em suas
redes sociais, marcando um amigo que possa se interessar
pelo assunto!

O objetivo desse artigo é contribuir para a elevação do nível


técnico de profissionais da área. Para qualquer orientação
procure sempre um profissional habilitado como um
dermatologista ou farmacêutico.

Referências:

Tzu-Kai Lin, Lily Zhong, Juan Luis Santiago. [Anti-


Inflammatory and Skin Barrier Repair Effects of Topical
Application of Some Plant Oils] Int. J. Mol. Sci., 2018.
Disponível em: <http://www.mdpi.com/1422-0067/19
/1/70/htm>. Acesso em 29 de janeiro de 2018.

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