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LEGISLAÇÃO APLICADA À PF P/ AGENTE ADMINSTRATIVO - PACOTE

PROFESSOR: MARCOS GIRÃO

AULA – 04

Olá caro aluno e mais do que nunca AGENTE ADMINISTRATIVO DA


POLÍCIA FEDERAL !!

É chegada a nossa última aula dessa grande jornada! Para vocês um


justo alívio, e para mim um sentimento saudoso pelo fim da caminhada com
todos...

Mas a missão ainda não terminou e nela estudaremos duas normas


bastante interessantes e de muita importância para o seu futuro ofício de
Policial Federal. São elas:

Lei nº 10.357/01 – Produtos Químicos: controle e


fiscalização

Lei nº 12.830/13 – Delegados de Polícia e a Investigação


Criminal

Tenho certeza que a essa altura do campeonato você já deve ter lido e
relido inúmeras vezes essas normas. Nosso intuito aqui será o de clarificar
alguns pontos e direcioná-lo objetivamente para resolver e acertar questões de
sua prova sobre esses temas.

Como as normas acima citadas praticamente ainda não foram alvos de


questões em provas de concursos (só achei uma e do Cespe!), tivemos que
mais uma vez acionar a nossa douta banca "Ponto e Marcos Girão" para
elaborar as questões da aula. Mais um conteúdo exclusivo para você, meu
aluno do Ponto!

Bom, vamos direto ao assunto, pois É RETA FINAL e agora, mais do que
nunca, encha-se de fôlego e tome o rumo de mais um passo nesse caminho
para a sua vitória!

Concentração total, foco e objetivo!

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I - LEI Nº 10.357/01 – CONTROLE E FISCALIZAÇÃO DE PRODUTOS


QUÍMICOS

Chegamos ao fim de nossa grande jornada com o estudo dessa última


norma: a Lei nº 10.357/01. Essa Lei estabelece normas de controle e
fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser
destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou
que determinem dependência física ou psíquica.

É uma lei relativamente tranquila, de fácil assimilação e, por isso,


faremos um estudo também simples, bem objetivo e sistematizado.
Particularmente não acredito que haverá em sua prova mais do que duas ou
três assertivas, mas devemos dar o mesmo tratamento e a mesma importância
para a análise desse dispositivo e legal. Afinal de contas, é uma norma
intrinsecamente ligada ao cotidiano de trabalho do Departamento de Polícia
Federal!

E começamos o nosso estudo pela definição de produto químico, dada na


própria Lei nº 10.357/01. Vamos a ele:

Conceito de PRODUTO QUÍMICO

IMPORTANTÍSSIMO

 Considera-se PRODUTO QUÍMICO as substâncias químicas e as


formulações que as contenham, nas concentrações estabelecidas
em PORTARIA, em qualquer estado físico, independentemente
do nome FANTASIA DADO AO PRODUTO e do USO LÍCITO a
que se destina.

É do Ministro de Estado da Justiça (não esqueça jamais!!) a competência


para, de OFÍCIO ou EM RAZÃO DE PROPOSTA do Departamento de Polícia
Federal, da Secretaria Nacional Antidrogas ou da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, definir, em PORTARIA, os produtos químicos a serem
controlados e, quando necessário, promoverá sua atualização, excluindo ou
incluindo produtos, bem como estabelecer os critérios e as formas de
controle.

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 Remessa;

 Transporte;

 Distribuição;

 Importação;

 Exportação;

 Reexportação;

 Cessão;

 Reaproveitamento;

 Reciclagem;

 Transferência e

 Utilização.

Quer um conselho de amigo: memorize essas atividades!

Cabe destacar que também estão incluídas no controle e fiscalização nos


moldes acima descritos as substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que
determinem dependência física ou psíquica que não estejam sob controle
do órgão competente do Ministério da Saúde.

Obrigações impostas às pessoas FÍSICAS e JURÍDICAS

Qualquer uma das 16 atividades acima mencionadas, sujeitas a controle


e a fiscalização, poderá ser exercida por pessoas físicas ou jurídicas. No
entanto, estabelece a Lei nº 10.357/01, em seu art. 4º que, para exercê-las de
forma permanente, a pessoa física ou jurídica deverá se cadastrar e
requerer licença de funcionamento ao Departamento de Polícia
Federal, de acordo com os critérios e as formas a serem estabelecidas na
portaria do Ministério da Justiça, independentemente das demais exigências
legais e regulamentares.

A pessoa jurídica acima mencionada deverá requerer, ANUALMENTE, a


Renovação da Licença de Funcionamento para o prosseguimento de suas
atividades e é obrigada também a fornecer através de documentos ao

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Departamento de Polícia Federal, periodicamente, as informações sobre


suas operações.

IMPORTANTE

 Os documentos que consubstanciam as informações dessas


operações DEVERÃO ser arquivados pelo prazo de 05 anos (NÃO
ESQUEÇA) e apresentados ao Departamento de Polícia Federal
quando solicitados.

A pessoa física ou jurídica que, em caráter EVENTUAL, necessitar


exercer qualquer uma das atividades sujeitas a controle e fiscalização, deverá
também providenciar o seu cadastro junto ao Departamento de Polícia
Federal e requerer AUTORIZAÇÃO ESPECIAL para efetivar as suas
operações.

 Repetindo, para não esquecer:

Atividades sujeitas a controle e fiscalização pelo DPF:

 pessoas FÍSICAS E JURÍDICAS  que as exerçam em caráter


permanente  CADASTRO NO DPF e LICENÇA DE
FUNCIONAMENTO COM RENOVAÇÃO ANUAL

 pessoas FÍSICAS E JURÍDICAS  que as exerçam em caráter


eventual  CADASTRO NO DPF e AUTORIZAÇÃO ESPECIAL

A pessoa física ou jurídica que, por qualquer motivo, suspender o


exercício de atividade sujeita a controle e fiscalização ou mudar de
atividade controlada deverá comunicar a paralisação ou alteração ao
Departamento de Polícia Federal, no prazo de 30 dias a partir da data da
suspensão ou da mudança de atividade.

Se houver qualquer suspeita de desvio de produto químico a pessoa


física ou jurídica que exerça atividade sujeita a controle e fiscalização deverá
informar o fato ao Departamento de Polícia Federal, no prazo máximo de
24 horas.

Bom, vimos às obrigações a que estão sujeitas as pessoas físicas e


jurídicas que exercem atividades sujeitas a controle a fiscalização pelo DPF.
Agora estudaremos as infrações administrativas aplicadas àquelas que
desobedecem as obrigações aqui estudadas.
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Infrações Administrativas

Peço sua especial atenção também a esse tópico, pois estou quase certo
de que a memorização das infrações previstas pela Lei nº 10.357/01 poderá
lhe valer ponto precioso em sua prova. Apesar de serem bastante óbvias,
procurei melhorar mais o estudo, agrupando-as de uma forma que considerei
ser didaticamente a melhor.

Constitui infração administrativa:

 DEIXAR de cadastrar-se (as permanentes) ou licenciar-se (as


eventuais) no prazo legal;

 EXERCER qualquer das atividades sujeitas a controle e fiscalização,


sem a devida Licença de Funcionamento ou Autorização
Especial do órgão competente;

 EXERCER atividade sujeita a controle e fiscalização com pessoa


física ou jurídica não autorizada ou em situação irregular,
nos termos da Lei;

 DEIXAR DE COMUNICAR ao Departamento de Polícia Federal, no


prazo de 30 dias, qualquer alteração cadastral ou estatutária
a partir da data do ato aditivo, bem como a suspensão ou
mudança de atividade sujeita a controle e fiscalização;

 OMITIR, a pessoa jurídica, as informações sobre suas


operações ou PRESTÁ-LAS com dados incompletos ou
inexatos;

 DEIXAR DE APRESENTAR ao órgão fiscalizador (DPF), quando


solicitado, notas fiscais, manifestos e outros documentos de
controle;

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 DEIXAR DE INFORMAR qualquer suspeita de desvio de produto


químico controlado, para fins ilícitos;

 DEIXAR DE COMUNICAR ao Departamento de Polícia Federal


furto, roubo ou extravio de produto químico controlado e
documento de controle, no prazo de 48 horas;

 IMPORTAR, EXPORTAR ou REEXPORTAR produto químico


controlado, sem autorização prévia;

 DEIXAR DE INFORMAR no laudo técnico, ou nota fiscal, quando for


o caso, em local visível da embalagem e do rótulo, a
concentração do produto químico controlado;

 ALTERAR A COMPOSIÇÃO de produto químico controlado, sem


prévia comunicação ao órgão competente;

 ADULTERAR laudos técnicos, notas fiscais, rótulos e embalagens de


produtos químicos controlados visando a BURLAR o controle e a
fiscalização;

Por fim, a última e mais óbvia de todas:

 DIFICULTAR, de qualquer maneira, a ação do órgão de controle


e fiscalização, ou seja, a ação da Polícia Federal.

Bom, já sei que você deve estar pronto para me fazer as seguintes
indagações:

Ok, professor, já conheço as obrigações das pessoas físicas e jurídicas


que mexem com atividades sujeitas a controle e fiscalização pelo DPF. Acabei
de conhecer as infrações administrativas, mas e daí?? O que acontece com
quem comete essas infrações? A que penalidades estão sujeitas? A Lei nº
10.357/01 prevê algo a respeito?

Pois é...sabia que você ficaria com essas dúvidas...(rsrsrs)

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Caro aluno, a Lei nº 10.357/01 não silenciou não a respeito de possíveis


sanções às pessoas físicas e jurídicas que porventura venham a cometer tais
infrações.

Em seu art. 14, ela estabelece que o descumprimento das normas


estabelecidas nela estabelecidas, independentemente de
RESPONSABILIDADE PENAL, sujeitará os infratores às seguintes medidas
administrativas, aplicadas cumulativa ou isoladamente:

 ADVERTÊNCIA FORMAL;

 APREENSÃO do produto químico encontrado em situação irregular;

 SUSPENSÃO ou CANCELAMENTO de licença de funcionamento;

 REVOGAÇÃO da autorização especial; e

 MULTA de R$ 2.128,20 a R$ 1.064.100,00

Pelo amor de Deus não se esqueça dessas medidas, ok??

Vamos ver como elas são aplicadas!

A aplicação das medidas administrativas

Na dosimetria da medida administrativa, serão considerados OS


SEGUINTES FATORES:

 a situação econômica;

 a conduta do infrator;

 a reincidência;

 a natureza da infração;

 a quantidade dos produtos químicos encontrados em situação


irregular e;

 as circunstâncias em que ocorreram os fatos.

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A pessoa física ou jurídica que cometer qualquer uma das infrações


administrativas terá o prazo de 30 dias, a contar da data da fiscalização,
para sanar as irregularidades verificadas, sem prejuízo da aplicação de
medidas administrativas. Sanadas as irregularidades, os produtos químicos
eventualmente apreendidos serão devolvidos ao seu legítimo proprietário ou
representante legal.

Os produtos químicos que não forem regularizados e restituídos no


prazo e nas condições acima citadas serão destruídos, alienados ou doados
pelo Departamento de Polícia Federal a instituições de ensino, pesquisa ou
saúde pública, após trânsito em julgado da decisão proferida no respectivo
processo administrativo.

Em caso de risco iminente à saúde pública ou ao meio ambiente, o DPF


poderá dar destinação imediata aos produtos químicos apreendidos.

A critério da autoridade competente, o recolhimento do valor total da


multa arbitrada poderá ser feito em até 05 parcelas mensais e
consecutivas.

IMPORTANTÍSSIMO

 Das sanções aplicadas caberá recurso ao Diretor-Geral do


Departamento de Polícia Federal, na forma e prazo estabelecidos
em regulamento.

A Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos

A Lei 10.357/01 institui a Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos


Químicos, cujo fato gerador é o exercício do poder de polícia conferido ao
Departamento de Polícia Federal para controle e fiscalização das atividades
aqui estudadas. São sujeitos passivos dessa taxa as pessoas físicas e
jurídicas que exerçam qualquer uma das atividades sujeitas a controle e
fiscalização aqui estudadas.

Mas há exceções previstas para essa cobrança. A lei estabelece que são
isentos do pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos
Químicos, sem prejuízo das demais obrigações previstas nesta Lei:

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 os órgãos da Administração Pública direta federal, estadual e


municipal;

 as instituições públicas de ensino, pesquisa e saúde;

 as entidades particulares de caráter assistencial, filantrópico e sem


fins lucrativos que comprovem essa condição na forma da lei
específica em vigor.

A lei estabelece, em seu texto, os valores a serem cobrados referentes à


essa Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos. Você deve estar se
perguntando se é necessário, com tanta coisa para estudar, memorizar os
valores e os fatos geradores de cada taxa. Quer um conselho? Não precisa!!
Acho pouco provável que a banca fará essa maldade com tanta coisa melhor
para ser cobrado.

Para concluirmos, enfim, a nossa aula e começarmos a resolver as


questões sobre essa lei, dois destaques:

IMPORTANTE

 Os recursos relativos à cobrança da Taxa de Controle e


Fiscalização de Produtos Químicos, à aplicação de multa e à
alienação de produtos químicos previstas na Lei 10.357/01
constituem RECEITA do Fundo Nacional Antidrogas – FUNAD;

 O Fundo Nacional Antidrogas destinará 80% dos recursos


relativos à cobrança da Taxa, à aplicação de multa e à alienação de
produtos químicos ao Departamento de Polícia Federal, para o
reaparelhamento e custeio das atividades de;

 controle e fiscalização de produtos químicos e;

 repressão ao tráfico ilícito de drogas.

Pronto! Estudada a lei, agora você tem plenas condições de resolver as


questões elaboradas, inclusive a filha única aplicada recentemente em prova
elaborada pelo Cespe.

Quer ver? Aos trabalhos!

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[PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] De acordo com


a lei que estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos
químicos, julgue os itens a seguir.

01. O Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, de ofício ou em razão


de proposta do Ministro de Estado da Justiça, da Secretaria Nacional
Antidrogas ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, definirá, em
portaria, os produtos químicos a serem controlados e, quando necessário,
estabelecerá sua atualização, excluindo ou incluindo produtos, bem como
estabelecer os critérios e as formas de controle.

02. Ao Departamento de Polícia Federal foi dada a competência de não só


controlar e fiscalizar os produtos químicos, como também aplicar as sanções
administrativas decorrentes.

03. A advertência formal, a apreensão do produto químico encontrado em


situação irregular e a suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento
são medidas administrativas cabíveis à pessoa física ou jurídica que cometem
infrações administrativas previstas na Lei nº 10.357/01.

04. Considera-se produto químico as substâncias químicas e as formulações


que as contenham, em qualquer concentração e em qualquer estado físico,
independentemente do nome fantasia dado ao produto e do uso lícito a que se
destina.

05. As medidas administrativas previstas na Lei nº 10.357/01 podem ser


aplicadas às pessoas físicas ou jurídicas infratoras cumulativa ou isoladamente
e sua aplicação afasta a responsabilidade penal desses infratores.

06. É infração administrativa deixar de comunicar ao Departamento de Polícia


Federal, no prazo de sessenta dias, qualquer alteração cadastral ou estatutária
a partir da data do ato aditivo, bem como a suspensão ou mudança de
atividade sujeita a controle e fiscalização;

07. É terminantemente proibida qualquer alteração da composição de produto


químico controlado.

08. As sanções aplicadas às pessoas físicas e jurídicas que cometem as


infrações previstas na Lei nº 10.357/01 não são irrecorríveis na via
administrativa.

09. O Departamento de Polícia Federal tem competência para dar destinação


imediata aos produtos químicos apreendidos, sempre que assim determinar o
Ministro de Estado de Justiça.

Comentário 01:

Se você leu com bastante atenção a assertiva, certamente percebeu a


pegadinha.
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A questão troca as bolas em relação ao órgão ou pessoa que tem a


competência para definir em portaria quais produtos químicos devam ser
controlados. Quem tem essa competência é o Ministro de Estado da Justiça
em razão de proposta do DPF e não o Diretor-Geral em razão de proposta ao
Ministro da Justiça. Esse é o erro da assertiva!!

Gabarito: Errado

Comentário 02:

Perfeito!! Compete ao Departamento de Polícia Federal o controle e a


fiscalização dos produtos químicos e a aplicação das sanções administrativas
decorrentes. É o que estabelece a Lei 10.357/01 em seu art. 3º.

Gabarito: Certo

Comentário 03:

Também está corretíssima. As medidas administrativas previstas pela Lei


nº 10.357/01 estão elencadas em seu art. 14 e são elas: a advertência formal,
a apreensão do produto químico encontrado em situação irregular, a
suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento, a revogação da
autorização especial e a multa de R$ 2.128,20 a R$ 1.064.100,00.

Gabarito: Certo

Comentário 04:

A assertiva traz o conceito de produto químico segundo o art. 1º, § 2º,


da Lei nº 10.357/01. Pena que trouxe de forma equivocada, pois produtos
químicos são as substâncias químicas e as formulações que as contenham, nas
concentrações estabelecidas em portaria (e não em qualquer
concentração), em qualquer estado físico, independentemente do nome
fantasia dado ao produto e do uso lícito a que se destina.

Gabarito: Errado

Comentário 05:

Não dá pra cair muito na afirmação dessa questão, não é verdade?? Você
não cai porque está bem preparado!! Mas lhe garanto que uma infinidade de
seus concorrentes ficaria na dúvida...Basta não dar a devida atenção a essa
norma!! Não tenha dúvidas: para as pessoas físicas ou jurídicas que infligirem
as disposições da Lei nº 10.357/01, a aplicação das medidas administrativas se
dará independentemente da responsabilidade penal.

Gabarito: Errado

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Comentário 06:

O prazo estabelecido na lei em estudo para que a pessoa jurídica


comunique ao Departamento de Polícia Federal qualquer alteração cadastral ou
estatutária a partir da data do ato aditivo, bem como a suspensão ou mudança
de atividade sujeita a controle e fiscalização é de 30 dias e não de sessenta
como afirma a questão.

Gabarito: Errado

Comentário 07:

Cuidado! Não é qualquer alteração da composição de produto químico


controlado que é proibida, mas, sim, aquelas sem prévia comunicação ao
órgão competente.

Gabarito: Errado

Comentário 08:

É exatamente isso que nos ensina o art. 14, § 3º, da Lei 10.357/01 o
qual estabelece que das sanções aplicadas caberá recurso ao Diretor-Geral do
Departamento de Polícia Federal, na forma e prazos estabelecidos em
regulamento.

Gabarito: Certo

Comentário 09:

Muito cuidado com essa afirmação, pois não é bem isso que nos ensina a
Lei nº 10.357/01 em seu art. 15, §§ 2º e 3º. Confira-os:

Art. 15º (...)

§2º Os produtos químicos que não forem regularizados e


restituídos no prazo e nas condições acima citadas serão
destruídos, alienados ou doados pelo Departamento de Polícia
Federal a instituições de ensino, pesquisa ou saúde pública, após
trânsito em julgado da decisão proferida no respectivo processo
administrativo.

§3º Em caso de risco iminente à saúde pública ou ao meio


ambiente, o órgão fiscalizador (DPF) poderá dar destinação
imediata aos produtos químicos apreendidos.

A assertiva fala em "sempre que assim determinar o Ministro de Estado


de Justiça", o que é diferente do que fora destacado em vermelho logo acima.

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Comentário:

Correta e bastante literal a assertiva, pois respeitou direitinho o texto da


lei em análise. Vamos comentá-la revisando e destacando pontos importantes
da norma:

Art. 1o Estão sujeitos a controle e fiscalização, na forma prevista


nesta Lei, em sua fabricação, produção, armazenamento,
transformação, embalagem, compra, venda, comercialização,
aquisição, posse, doação, empréstimo, permuta, remessa,
transporte, distribuição, importação, exportação, reexportação,
cessão, reaproveitamento, reciclagem, transferência e utilização,
todos os produtos químicos que possam ser utilizados
como insumo na elaboração de substâncias entorpecentes,
psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica.

(...)

Art. 3o Compete ao Departamento de Polícia Federal o


controle e a fiscalização dos produtos químicos a que se refere o
art. 1o desta Lei e a aplicação das sanções administrativas
decorrentes.

Art. 4o Para exercer qualquer uma das atividades sujeitas a


controle e fiscalização relacionadas no art. 1o , a pessoa física
ou jurídica deverá se cadastrar e requerer licença de
funcionamento ao Departamento de Polícia Federal, de
acordo com os critérios e as formas a serem estabelecidas na
portaria a que se refere o art. 2o, independentemente das demais
exigências legais e regulamentares.
Logo, conclui-se que a questão está correta ao afirmar que, para
comercializar produtos químicos que possam ser utilizados como insumo na
elaboração de substâncias entorpecentes, o comerciante deverá ser cadastrado
no Departamento de Polícia Federal e possuir licença de funcionamento,
concedida pelo mesmo departamento.
Dá medo uma questão dessa? De jeito nenhum!

Gabarito: Certo

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II - LEI Nº 12.380/13 – INVESTIGAÇÃO CRIMINAL POR DELEGADOS

2.1. INTRODUÇÃO

Caro aluno, há alguns meses, a investigação criminal foi um tema


bastante discutido, principalmente por conta da tramitação da PEC 37, no
Congresso Nacional. Esta proposta de emenda constitucional tentava
acrescentar o § 10 ao art. 144 da CF/88, no intuito de que a apuração das
infrações penais de que tratam os §§ 1º e 4º deste artigo passassem a
incumbir às Polícias Federal e Civil. Se o texto fosse aprovado, o Ministério
Público perderia a possibilidade de investigação de crimes, o que seria um
grande erro!

Houve um acalorado debate envolvendo, de um lado, os Delegados de


Polícia e, de outro, os membros do próprio Ministério Público, conforme você
deve ter acompanhado pela imprensa ou nas redes sociais. Felizmente,
acatando ao clamor da população, a Câmara dos Deputados arquivou a
proposta da PEC.

No contexto desta discussão, foi aprovada a Lei n.° 12.830/2013, que


não retira a possibilidade de investigação de crimes por parte do Ministério
Público (até porque se o fizesse, por meio de lei, seria inconstitucional), mas
tinha como objetivo firmar a tese de que a decisão final das diligências a
serem realizadas no inquérito policial seria do Delegado de Polícia.

Trata-se de uma norma curtinha, bem simples de se estudar, mas de


grande importância para o cotidiano atual de trabalho dentro das Polícias Civis
e, principalmente, da Polícia Federal.

A partir do tópico a seguir, faremos, portanto, uma análise de cada um


dos dispositivos da lei, tentando buscar neles possíveis armadilhas da banca.
Para facilitar seu entendimento, seguirei uma ordem dos artigos e incisos que
considero ser mais didática, não me prendendo necessariamente à ordem de
dispositivos trazida pela lei, beleza?

Vamos lá!

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2.2. OBJETIVO DA LEI Nº 12.830/13

O objetivo maior da Lei nº 12.830/13 vem expresso em seu art. 1º:

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo


delegado de polícia.

Segundo o entendimento majoritário da doutrina e da jurisprudência, a


investigação de crimes não é uma atividade exclusiva das Polícias Civil e
Federal.

A investigação criminal pode ser realizada por meio de outros órgãos,


como por exemplo: Comissões Parlamentares de Inquérito, Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (COAF), Banco Central, Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE), IBAMA, Ministério Público.

A investigação criminal promovida pela Polícia é feita por meio do


inquérito policial ou por Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), que
tramita sob a presidência do Delegado de Polícia.

Vale ressaltar, para que não fique nenhuma dúvida, que o art. 1º não
está afirmando que a investigação criminal somente pode ser realizada pelo
Delegado de Polícia. De forma alguma! O que diz este artigo é que a presente
Lei regula a investigação feita pelo Delegado (inquérito policial ou TCO).

E quem é o tal Delegado de Polícia? No próximo tópico, a resposta!

2.3. O DELEGADO DE POLÍCIA E SUAS FUNÇÕES

Antes de conhecer o papel do Delegado de Polícia na investigação


criminal, é preciso entender quem é esse Delegado, segundo o que dispõe a
própria norma em estudo.

Em seu art. 3º, a Lei nº 12.830/13 assim estabelece:

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Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em


Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento
protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria
Pública e do Ministério Público e os advogados.

Apesar da sua importante atuação na persecução penal, na prática o


Delegado de Polícia não recebia o mesmo tratamento protocolar dos demais
personagens (magistrados, membros do Ministério Público e Defensoria
Pública). Agora, com a novel Lei, ficou estampada a saudável isonomia. Juízes,
Defensores, Promotores e Delegados são Excelências nas suas funções. Assim,
por exemplo, o pronome de tratamento a ser utilizado quando em
correspondências oficiais aos Delegados passa a ser “Vossa Excelência”.

Eis então o tratamento protocolar a que alude o dispositivo, não


permitindo concluir que ao Delegado se estende garantias outras
constitucionalmente previstas para os demais órgãos.

Art. 1º. (...)

§ 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial,


cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito
policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como
objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria
das infrações penais.

O Código de Processo Penal e a legislação processual extravagante


utilizam, em várias oportunidades, a expressão “autoridade policial”. Vale
ressaltar que até mesmo a CF/88 emprega esta terminologia em uma
oportunidade (art. 136, § 3º, I).

A posição amplamente majoritária da doutrina é no sentido de que a


autoridade policial é o Delegado de Polícia, sendo importante que assim o seja,
pois as atividades por ele desempenhadas exigem conhecimentos jurídicos e
responsabilidade proporcional a este cargo.

Um exemplo de “outro procedimento previsto em lei” é o Termo


Circunstanciado de Ocorrência, previsto pela Lei nº 9.099/95 (Lei dos
Juizados Especiais Criminais) e que tem como objetivo apurar uma infração
penal de menor potencial ofensivo, infrações assim chamadas por suas prever
penas restritivas de liberdades com duração máxima de 02 anos.

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Professor, devo então entender que este dispositivo proíbe que sejam
realizadas investigações criminais por outros órgãos?

Não. Deve-se esclarecer que este § 1º não veda que investigações


criminais sejam conduzidas por outros órgãos. Isso porque este dispositivo
deverá ser interpretado sistematicamente com o art. 4º, caput e parágrafo
único, do Código de Processo Penal (CPP), que continuam em vigor. Confira-
os:

CPP:

Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais


no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a
apuração das infrações penais e da sua autoria.

Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá


a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a
mesma função.

Assim, a correta interpretação do § 1º é a de que o Delegado de Polícia é


a autoridade policial, de forma que, no inquérito policial e nos demais
procedimentos de investigação realizados pela polícia, é ele o responsável pela
condução.

IMPORTANTE

 A Lei confirma aquilo que a doutrina já ensinava: é possível a


investigação realizada por meio de outros órgãos, no entanto, a
presidência do inquérito policial (ou de outros procedimentos
investigatórios da polícia) é incumbência do Delegado de
Polícia.

Aproveitando então o dispositivo do CPP acima citado, vamos a um bem


semelhante trazido pela Lei nº 12.830/13:

Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais


exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica,
essenciais e exclusivas de Estado.

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Vamos explicar esse art. 2º por partes:

 Natureza jurídica

A tal natureza jurídica consiste em uma importante conquista para a


classe de Delegados de Polícia. Havia alguns entendimentos no sentido de que
as funções desempenhadas pelo Delegado não poderiam ser classificadas como
jurídicas, considerando que seriam atividades materiais de segurança pública,
conforme previsão do art. 144 da CF/88.

Tratava-se, contudo, de conclusão muito estreita, tendo em vista que o


cargo de Delegado de Polícia é privativo de bacharel em Direito e muitas
das funções por ele desempenhadas são atividades de aplicação concreta das
normas jurídicas aos fatos apresentados, como é o caso do indiciamento, da
representação por medidas cautelares e da elaboração do relatório.

 Essenciais e exclusivas

A atividade policial é essencial em um Estado de Direito, sendo


também exclusiva do Poder Público, considerando que, mesmo em sistemas
liberais com modelos de Estado mínimo, não se chegou ao ponto de conceber a
possibilidade de transferência das funções policiais para a iniciativa privada.

Agora, quando o art. 2º utiliza a palavra “exclusivas”, ele não está


afirmando que a apuração de infrações penais, por qualquer meio, é uma
atribuição apenas do Estado. O que se preconiza é que a função de apuração
de infrações penais exercida por meio do aparato estatal e conduzida por
Delegado de Polícia não pode ser transferida à iniciativa privada.

Em suma, veda-se a “terceirização” ou “privatização” da


atividade investigativa estatal.

Não se pode concluir, ao extremo, que somente o Poder Público possa


apurar crimes. A imprensa, os órgãos sindicais, a OAB, as organizações não
governamentais e até mesmo a defesa do investigado também podem
investigar infrações penais. Qualquer pessoa (física ou jurídica) pode investigar
delitos, até mesmo porque a segurança pública é “responsabilidade de todos”
(art. 144, caput, da CF/88).

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Obviamente que a investigação realizada por particulares não goza dos


atributos inerentes aos atos estatais, como a imperatividade, nem da mesma
força probante, devendo ser analisada com extremo critério, não sendo
suficiente, por si só, para a edição de um decreto condenatório (art. 155 do
CPP). Contudo, isso não permite concluir que tais elementos colhidos em uma
investigação particular sejam ilícitos ou ilegítimos, salvo se violarem a lei ou a
Constituição.

 A função de POLÍCIA JUDICIÁRIA

Aqui cabe um questionamento: qual é a abrangência da expressão


“polícia judiciária”?

Bom, se você ainda não sabe, as Polícias Civil e Federal exercem duas
funções principais:

 investigar infrações penais, coletando provas sobre autoria e


materialidade;

 auxiliar o Poder Judiciário, cumprindo ordens judiciais, como o


mandado de prisão, a busca e apreensão, a condução coercitiva,
entre outros.

Caro aluno, para uma primeira corrente da doutrina, a expressão “polícia


judiciária” abrange as Polícias Civil e Federal no exercício da investigação de
infrações penais ou no auxílio do Poder Judiciário. Em suma, para essa
corrente, a polícia judiciária é a Polícia Civil ou Polícia Federal desempenhando
quaisquer de suas atribuições. Esta posição está baseada na interpretação do
art. 4º, caput, do CPP, que não faz distinção ao utilizar o termo:

CPP:

Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais


no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a
apuração das infrações penais e da sua autoria.

Para uma segunda corrente, a Polícia Civil e a Polícia Federal podem ser
“polícia judiciária” ou “polícia investigativa”, a depender da função que estejam
exercendo. Assim, a expressão “polícia judiciária” não abrange todas as
atribuições da Polícia, mas apenas parte delas.

Para essa corrente, é preciso, portanto, diferenciar:

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“Polícia judiciária” é a Polícia Civil ou Polícia Federal quando estiver


praticando atos no auxílio do Poder Judiciário.

Por outro lado, ela é “polícia investigativa” quando a Polícia atuar na


investigação e coleta de provas sobre a autoria e materialidade de infrações
penais. Esta posição encontra fundamento no art. 144, § 1º, I, da CF/88, que,
diferencia a função de “polícia judiciária” da atribuição da Polícia de apurar
infrações penais. Veja:

CF/88:

Art. 144 (...)

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,


organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-
se a:

I - apurar infrações penais (...);

IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da


União.

Professor, mas por que eu preciso saber de tudo isso?

Primeiro porque considero que assim fica mais bem entendido o


dispositivo em estudo. Em segundo lugar, porque apesar da primeira posição
ser majoritária na doutrina e na jurisprudência, percebe-se, claramente, que o
art. 2º da Lei n.° 12.830/2013 adotou a segunda corrente, que representa o
entendimento prevalente entre os Delegados de Polícia.

Continuando:

Art. 2º. (...)

§ 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia


a requisição de perícia, informações, documentos e dados que
interessem à apuração dos fatos.

Para que o Delegado de Polícia possa realizar a atividade investigatória é


indispensável que detenha meios de coleta das provas. O CPP traz, em seus
arts. 6º e 7º, um rol de diligências investigatórias que podem ser
determinadas pela autoridade policial (Delegado de Polícia).

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Na verdade, sempre se defendeu que o Delegado pode, diretamente,


requisitar quaisquer provas necessárias à investigação, ressalvadas aquelas
diligências cuja CF/88 exige autorização judicial (cláusula de reserva de
jurisdição), tais como interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário e
fiscal, busca apreensão etc.

Desse modo, o dispositivo apenas reforça o entendimento da doutrina e


da jurisprudência, não consistindo propriamente uma inovação no mundo
jurídico.

Art. 2º. (...)

§ 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por


ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que
deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.

A previsão deste § 6º faz constar, em lei, algumas características do


indiciamento que já eram consagradas na doutrina:

“O indiciamento é o ato resultante das investigações policiais


por meio do qual alguém é apontado como provável autor de
um fato delituoso. Cuida-se, pois, de ato privativo da
autoridade policial que, para tanto, deverá fundamentar-se em
elementos de informação que ministrem certeza quanto à
materialidade e indícios razoáveis de autoria.” (LIMA, Renato
Brasileiro de. Curso de Processo Penal. Niterói: Impetus, 2013,
p. 111).

Houve, no entanto, uma evolução no tratamento do tema ao se exigir, de


forma textual, que o ato de indiciamento seja motivado, o que não era
feito em uma grande quantidade de casos.

Vale ressaltar que, mesmo antes desta previsão legal, alguns Estados
possuíam atos normativos infralegais determinando que o ato de indiciamento,
realizado pela autoridade policial, deveria ser fundamentado. Saiba, caro aluno
que, no âmbito da Polícia Federal, mesmo antes da Lei, o ato de
indiciamento já era obrigatoriamente motivado, por força da Instrução
Normativa n.° 11/2001.

Assim, cabe destacar o seguinte:

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IMPORTANTE

 Sendo o ato de indiciamento privativo do Delegado de Polícia, é


equivocado e inadmissível que o juiz, o membro do Ministério
Público ou a CPI requisitem o indiciamento de qualquer suspeito.

Esse era o entendimento da doutrina antes da Lei e que agora é


reforçado com este § 6º.

Art. 2º (...)

§ 4º O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso


somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior
hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de
interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos
previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da
investigação.

Vamos analisá-lo por partes também:

 Inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei

Atualmente, as duas únicas formas típicas de investigação criminal


previstas em lei e conduzidas por Delegado de Polícia são o inquérito policial
(IP) e o termo circunstanciado (TC).

 Avocar e Redistribuir

A avocação ocorre quando o superior hierárquico retira o Delegado da


condução do IP ou do TC e passa ele próprio a dirigir o procedimento. A
redistribuição, por sua vez, ocorre quando o superior hierárquico retira o
Delegado da condução do IP ou do TC e designa outro Delegado para dirigir o
procedimento.

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As hipóteses nas quais poderá haver a avocação ou a redistribuição são


as seguintes:

 motivo de interesse público;

 se o Delegado descumprir os procedimentos previstos em


regulamento da corporação que prejudique a eficácia da
investigação.

E é exatamente o despacho fundamentado exarado pelo superior


hierárquico o instrumento por meio do qual o procedimento pode ser
avocado.

Professor, e quem é esse tal superior hierárquico?

 Superior Hierárquico

O superior hierárquico é definido pela lei orgânica de cada Polícia e pelos


demais atos normativos internos. A título de curiosidade, temos os seguinte:

 Polícia Civil: o superior hierárquico com poderes para avocar ou


redistribuir os procedimentos é o Delegado-Geral.

 Polícia Federal: a função de superior hierárquico é exercida pelo


Superintendente-Regional.

Pronto. Quer ver como agora fica fácil de entender a regra! Repetindo: o
inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente
poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante
despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou ainda nas
hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da
corporação que prejudique a eficácia da investigação.

Beleza? Sigamos em frente com a última regra da Lei nº 12.830/13: a


que trata da remoção dos Delegados de Polícia!

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2.4. A REMOÇÃO DO DELEGADO DE POLÍCIA

Sobre a remoção dos Delegados de Polícia, a Lei nº 12.830/13 assim


estabelece:

Art. 2º. (...)

§ 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á SOMENTE por ato


fundamentado.

É extremamente salutar a previsão expressa de que a remoção do


Delegado precisa ser um ato fundamentado como forma de minimizar
favorecimentos e perseguições decorrentes do trabalho de tais profissionais.

Professor, e a remoção acima mencionada abrange apenas a


transferência para cidades diferentes?

Não, não! O objetivo da norma é o de resguardar o Delegado de Polícia


de remoções motivadas por razões espúrias. Esta previsão traz a garantia de
que a autoridade policial não será afastada das atividades que está exercendo
sem que haja um motivo justificado. Assim, a transferência do Delegado
de uma Delegacia para outra deverá também ser fundamentada.

Professor, outra pergunta: com esta nova previsão, o Delegado de Polícia


passou a gozar da garantia da inamovibilidade?

Também não. Favor não confundir alhos com bugalhos para não cair em
gracinha da nossa banca!

Preste bem atenção: a inamovibilidade é uma garantia constitucional,


conferida aos membros da Magistratura (art. 95, II), do Ministério Público (art.
128, § 5º, I, “b”) e da Defensoria Pública (art. 134, § 1º), por meio da qual se
assegura aos integrantes dessas carreiras que eles não serão removidos do
juízo ou ofício onde atuam nem afastados dos processos em que funcionam,
salvo se, por vontade própria, ou por motivo de interesse público.

Quando é assegurada a inamovibilidade aos membros de determinada


carreira, isso significa que a regra é a impossibilidade de remoção ex officio.
Excepcionalmente, admite-se por motivo de interesse público.

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No caso dos Delegados de Polícia, não há uma regra constitucional


impedindo a remoção ex officio. A previsão do § 5º simplesmente afirma que a
remoção do Delegado de Polícia, seja voluntária ou de ofício, deve ser
motivada (como, aliás, todos os atos administrativos).

Ok, fim de linha! Sobre a Lei nº 12.830/13, eis tudo o que você
precisava saber (e um pouquinho mais!). Agora é hora de exercitarmos com as
últimas questões de nosso curso.

Vamos lá!

[PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] De acordo com


a Lei Federal nº 12.830/13, que estabelece regras para Delegados de
Polícia, julgue os itens a seguir.

12. São de natureza jurídica, especiais e exclusivas de Estado as funções de


polícia judiciária exercidas pelo delegado de polícia.

13. Cabe ao delegado de polícia, durante a investigação criminal, a requisição


de informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. Já
a requisição de perícias para esses casos incumbe privativamente a membros
do Ministério Público.

14. Com os ditames trazidos pela Lei nº 12.830/13, os delegados de polícia


passaram a gozar do mesmo tratamento protocolar que recebem os
magistrados e os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público.

15. Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a


condução da investigação criminal exclusivamente por meio de inquérito
policial.

17. Para que alguém possa concorrer a cargo de delegado de polícia, deve
comprovar, dentre outros requisitos, ser bacharel de Direito.

18. A lei em comento, por ser federal, dispõe sobre investigações criminais
conduzidas apenas por delegados de polícia federais.

19. Com o novo dispositivo legal, ficou garantido que a remoção de delegados
federais, seja qual for a espécie, só poderá acontecer se mediante ato
fundamentado.

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Comentário 12:

Caro aluno, muitíssimo cuidado com a leitura rápida da questão!

O erro dela está no uso do termo "especiais", inexistente na Lei nº


12.830/13. Em seu art. 2º, caput, a referida norma estabelece que as funções
de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado
de polícia são de natureza jurídica, essenciais (e não especiais!) e exclusivas
de Estado.

Gabarito: Errado

Comentário 13:

De jeito nenhum! A Lei nº 12.830/13 não diz que a requisição de perícias


durante a investigação criminal incumbe privativamente a membros do
Ministério Público. Segundo o seu art. 2º, §2º, durante a investigação criminal,
cabe ao delegado de polícia a requisição de perícias, informações,
documentos e dados que interessem à apuração dos fatos.

Gabarito: Errado

Comentário 14:

Perfeito! O art. 3º da Lei n ] 12.830/13 passou a garantir aos delegados


de polícia o mesmo tratamento protocolar dispensado aos magistrados, aos
membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e também aos
advogados.

Professor, mas a questão não estaria errada por não ter citado os
advogados?

De jeito nenhum! Leia novamente a assertiva e você vai perceber que ela
não usa nenhuma expressão restritiva do tipo "somente" ou "apenas" ao se
referir aos magistrados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério
Público. Assim, o fato de ter omitido os advogados do rol de pessoas previstas
pelo art. 3º acima citado, a questão não comete erro. Está certa ainda assim!

Gabarito: Certo

Comentário 15:

Errada a questão! Vamos corrigir: ao delegado de polícia, na qualidade de


autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de
inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como
objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das
infrações penais (art. 2º,§1º).

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Gabarito: Errado

Comentário 16:

Essa está bem simples e certinha, não é mesmo? Pois ela traz
exatamente a primeira parte do art. 3º da Lei nº 12.830/13, o requisito
principal para alguém exercer o cargo de delegado de polícia. Nunca é demais
revisar:

Art. 3o O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel


em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento
protocolar que recebem os magistrados, os membros da
Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados.

Gabarito: Certo

Comentário 17:

Pegadinha boba capaz de derrubar o candidato que faz uma leitura


rápida da assertiva!

O fato de a Lei nº 12.830/13 ser uma norma federal, não significa que a
norma abranja apenas delegados policiais federais. Ela é uma norma de
alcance geral, apesar de ter sido votada por meio de processo legislativo
federal e, por isso, suas regras devem ser obedecidas por todos os
delegados policiais brasileiros, sejam eles dos quadros da Polícia Federal
ou de qualquer uma das Policiais Civis estaduais (art. 1º).

Não caia nessa, beleza?

Gabarito: Errado

Comentário 18:

Exatamente! Seja a remoção ex officio (por motivo da administração) ou


a pedido, ela só poderá ser efetivada se mediante ato fundamentado. Não
esqueça:

Art. 2º. (...)

§ 5o A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por


ato fundamentado.

Gabarito: Certo

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19. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Tício,


Delegado de Polícia Federal, indiciou Mércio por crime de lesão corporal
culposa, por ter este atropelado uma criança de forma negligente. O
indiciamento se deu por ato fundamentado e após análise técnico-jurídica do
fato, que possibilitou a indicação da autoria, da materialidade e das
circunstâncias do referido crime. Pode-se afirmar, com isso, que Tício seguiu
corretamente regra estabelecida pela Lei nº 12.830/13, norma que dispõe
sobre a investigação criminal conduzida por delegados de polícia.

Comentário:

Corretíssima a assertiva!

Tício seguiu direitinho os procedimentos previstos no art. 2º, § 6º, da Lei


nº 12.830/13. Revisando:

Art. 2º (...)

§ 6o O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á


por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato,
que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.

Gabarito: Certo

20. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Mélvio,


Delegado de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, avocou, mediante despacho
fundamentado, inquérito policial que estava sendo conduzido por outro colega
seu, o Delegado Augusto. Apesar de não ser superior hierárquico de Augusto,
Mélvio alegou motivo de interesse público para proceder com a avocação,
apontando a Lei nº 12.830/13 como o normativo que lhe conferiu tal direito.
Diante da situação hipotética, pode-se afirmar que Mélvio agiu corretamente,
respeitando os ditames legais.

Comentário:

Não é bem assim! Segundo o que estabelece a Lei nº 12.830/13, em


seu art. 2º, § 4º, o inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em
curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior
hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse
público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em
regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação.

A questão afirma que o Delegado Mélvio não é superior hierárquico do


Delegado Augusto. Assim, jamais Mélvio poderia ter avocado qualquer
inquérito policial conduzido por Augusto, mesmo que alegando motivo de
interesse público e utilizando despacho fundamentado para tal fim.

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Gabarito: Errado

[PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Julgue os itens


subsecutivos, segundo a Lei nº 12.830/13, que dispõe sobre a
investigação criminal realizada por delegados de polícia.

21. Atualmente, são consideradas de natureza jurídica não só as funções de


polícia judiciária, como também a apuração de infrações penais exercidas pelos
delegados de polícia.

22. A garantia constitucional da inamovibilidade dos delegados de polícia


justifica a exigência de que a remoção destes agentes deva ser efetivada
somente por ato fundamentado.

Comentário 21:

Exato! Já analisamos em outra questão o caput do importante art. 2º da


Lei nº 12.830/13, mas de tão importante que é, vamos revê-lo e constatar o
quão correta está a questão:

Art. 2o As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações


penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza
jurídica, essenciais e exclusivas de Estado.

Gabarito: Certo

Comentário 22:

Questão sem nenhum nexo! Vimos em aula que a inamovibilidade não é


garantia constitucional de delegados de polícia e sequer foi citada na Lei nº
12.830/13!

Logo, equivoca-se totalmente a assertiva ao afirmar que a garantia


constitucional da inamovibilidade dos delegados de polícia justifica a exigência
de que a remoção destes agentes deva ser efetivada somente por ato
fundamentado. Nada a ver!

A remoção dos delegados de polícia deve ser efetivada somente por ato
fundamentado simplesmente porque assim prevê o art. 2º, § 5º, da lei em
estudo, e não por causa da tal garantia de inamovibilidade.

Gabarito: Errado

***

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Caro aluno, chegou para mim a hora mais triste de nossa caminhada... O
fim de nosso curso!

Espero sinceramente ter podido contribuir da melhor forma possível para


sua preparação. Durante todo esse tempo, não poupei esforços para tentar
oferecer-lhes o que há de melhor a respeito da parte que nos cabia do
programa para o cargo de Agente Administrativo da Polícia Federal. Dias
e noites, madrugadas a fio, estudando e pesquisando o melhor material e a
melhor forma de tornar sua caminhada mais tranquila, segura e eficaz.

A preocupação não foi só a de trazer-lhe os conhecimentos técnicos de


que necessitavas, mas também a visão e as apostas de alguém que, como
você, já gastou horas e horas de estudo para enfrentar concursos e, modéstia
a parte, tem angariado experiências a respeito das manhas e pegadinhas de
provas de concursos na área. Com a aula de hoje, você teve acesso a mais de
200 questões (de provas de concursos e inéditas), inclusive a quase todas
elaboradas pelo Cespe sobre os nossos temas!

Desejo a você todo o sucesso possível e, acima de tudo, que o Senhor


Jesus possa abençoá-lo ricamente no dia de sua prova.

 Confie em Jesus Cristo e saiba que Ele sempre tem e terá o


MELHOR para você! O verdadeiro e fiel amigo de todas as
horas, sejam elas as mais fáceis e as mais difíceis e cansativas!

Esteja certo de que o tempo gasto com seus estudos foi um verdadeiro
investimento!

Mande-me notícias sobre a sua prova e o seu sucesso e fique à vontade


para tirar todas as suas dúvidas em nosso fórum. Tenha seu professor como
um amigo e, porque não, seu futuro COMPANHEIRO DE SERVIÇO
PÚBLICO!

Você pode me encontrar nos contatos abaixo:

marcosgirao@pontodosconcursos.com.br

Facebook: Marcos Girão

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Desta vez, ao invés de falar “até a próxima aula”, direi: até à sua
comemoração! Aguardarei o convite para o churrasco, ok?

Grande abraço e desejo, desde já, que tenha uma excelente prova!

Que Deus o abençoe em seus sonhos e projetos!

***

QUESTÕES DE SUA AULA

[PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] De acordo com


a lei que estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos
químicos, julgue os itens a seguir.
01. O Diretor-Geral do Departamento de Polícia Federal, de ofício ou em razão
de proposta do Ministro de Estado da Justiça, da Secretaria Nacional
Antidrogas ou da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, definirá, em
portaria, os produtos químicos a serem controlados e, quando necessário,
estabelecerá sua atualização, excluindo ou incluindo produtos, bem como
estabelecer os critérios e as formas de controle.
02. Ao Departamento de Polícia Federal foi dada a competência de não só
controlar e fiscalizar os produtos químicos, como também aplicar as sanções
administrativas decorrentes.
03. A advertência formal, a apreensão do produto químico encontrado em
situação irregular e a suspensão ou cancelamento de licença de funcionamento
são medidas administrativas cabíveis à pessoa física ou jurídica que cometem
infrações administrativas previstas na Lei nº 10.357/01.
04. Considera-se produto químico as substâncias químicas e as formulações
que as contenham, em qualquer concentração e em qualquer estado físico,
independentemente do nome fantasia dado ao produto e do uso lícito a que se
destina.
05. As medidas administrativas previstas na Lei nº 10.357/01 podem ser
aplicadas às pessoas físicas ou jurídicas infratoras cumulativa ou isoladamente
e sua aplicação afasta a responsabilidade penal desses infratores.
06. É infração administrativa deixar de comunicar ao Departamento de Polícia
Federal, no prazo de sessenta dias, qualquer alteração cadastral ou estatutária
a partir da data do ato aditivo, bem como a suspensão ou mudança de
atividade sujeita a controle e fiscalização;
07. É terminantemente proibida qualquer alteração da composição de produto
químico controlado.

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08. As sanções aplicadas às pessoas físicas e jurídicas que cometem as


infrações previstas na Lei nº 10.357/01 não são irrecorríveis na via
administrativa.
09. O Departamento de Polícia Federal tem competência para dar destinação
imediata aos produtos químicos apreendidos, sempre que assim determinar o
Ministro de Estado de Justiça.

10. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] A empresa


Quimio Product, atuante no ramo de fabricação de produtos químicos
controlados e devidamente regularizada junto ao Departamento de polícia
Federal decidiu, por motivos financeiros, suspender suas atividades no Brasil a
partir do dia 06/01/14. Seus responsáveis legais, atentos à disciplina legal
brasileira sobre controle e fiscalização de produtos químicos afirmam que tem
até o dia 05/02/14 para comunicar a paralisação ao Departamento de Polícia
Federal. Segundo o que regulamenta a Lei 10.357/01, a afirmação dos donos
da referida empresa está equivocada, pois essa comunicação tem que ser
imediata.

11. [CESPE – ESCRIVÃO DE POLÍCIA - POLICIA FEDERAL – 2013] Para


comercializar produtos químicos que possam ser utilizados como insumo na
elaboração de substâncias entorpecentes, o comerciante deverá ser cadastrado
no Departamento de Polícia Federal e possuir licença de funcionamento,
concedida pelo mesmo departamento.

[PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] De acordo com


a Lei Federal nº 12.830/13, que estabelece regras para Delegados de
Polícia, julgue os itens a seguir.
12. São de natureza jurídica, especiais e exclusivas de Estado as funções de
polícia judiciária exercidas pelo delegado de polícia.
13. Cabe ao delegado de polícia, durante a investigação criminal, a requisição
de informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. Já
a requisição de perícias para esses casos incumbe privativamente a membros
do Ministério Público.
14. Com os ditames trazidos pela Lei nº 12.830/13, os delegados de polícia
passaram a gozar do mesmo tratamento protocolar que recebem os
magistrados e os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público.
15. Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a
condução da investigação criminal exclusivamente por meio de inquérito
policial.
16. Para que alguém possa concorrer a cargo de delegado de polícia, deve
comprovar, dentre outros requisitos, ser bacharel de Direito.
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17. A lei em comento, por ser federal, dispõe sobre investigações criminais
conduzidas apenas por delegados de polícia federais.
18. Com o novo dispositivo legal, ficou garantido que a remoção de delegados
federais, seja qual for a espécie, só poderá acontecer se mediante ato
fundamentado.

19. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Tício,


Delegado de Polícia Federal, indiciou Mércio por crime de lesão corporal
culposa, por ter este atropelado uma criança de forma negligente. O
indiciamento se deu por ato fundamentado e após análise técnico-jurídica do
fato, que possibilitou a indicação da autoria, da materialidade e das
circunstâncias do referido crime. Pode-se afirmar, com isso, que Tício seguiu
corretamente regra estabelecida pela Lei nº 12.830/13, norma que dispõe
sobre a investigação criminal conduzida por delegados de polícia.

20. [PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Mélvio,


Delegado de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, avocou, mediante despacho
fundamentado, inquérito policial que estava sendo conduzido por outro colega
seu, o Delegado Augusto. Apesar de não ser superior hierárquico de Augusto,
Mélvio alegou motivo de interesse público para proceder com a avocação,
apontando a Lei nº 12.830/13 como o normativo que lhe conferiu tal direito.
Diante da situação hipotética, pode-se afirmar que Mélvio agiu corretamente,
respeitando os ditames legais.

[PONTO E MARCOS GIRÃO – POLICIA FEDERAL – 2013] Julgue os itens


subsecutivos, segundo a Lei nº 12.830/13, que dispõe sobre a
investigação criminal realizada por delegados de polícia.
21. Atualmente, são consideradas de natureza jurídica não só as funções de
polícia judiciária, como também a apuração de infrações penais exercidas pelos
delegados de polícia.
22. A garantia constitucional da inamovibilidade dos delegados de polícia
justifica a exigência de que a remoção destes agentes deva ser efetivada
somente por ato fundamentado.

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