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agradecimentos
A existência do caderno somente foi possível graças ao professor doutor Mário Hen-
rique Simão D’Agostino, que foi além da figura do orientador, tornando-se, desde a
concepção do projeto até a sua plena realização, um exemplo de comprometimento
e responsabilidade, e, sobretudo considerado um verdadeiro amigo.
Agradecemos ao professor Francisco Homem de Melo e ao amigo Luis Fernando Meyer
pelas precisas contribuições no projeto gráfico.
Relativa as maquetes físicas, aos colaboradores Alexandre Afonso, Emílio Leucádio, Ri-
cardo Domingues, funcionários do LAME, e Regiane Pupo, pesquisadora do LAPAC-
Unicamp.
Pelo apoio e compreensão, Carlos César Corrêa e Norma Ascendino; Alberto Boaven-
tura e Deusa Boaventura; Rita; Iara Mesquita Macedo, José Antônio Barbosa Macedo,
pais dos pesquisadores. Augusto, Carolina, Lucas e Rodolfo, respectivamente.
04
05
PREFÁCIO
ÍNDICE
Vitrúvio e Roma ................................................10
De architectura libri decem ................................................11
PARTE I: Templo ................................................13
Templos e Colunas ................................................14
Coluna: ................................................16
Caneluras ................................................18
Entasis ................................................21
Base ................................................26
Capitel ................................................28
Entablamento ................................................31
Disposição das Colunas ................................................35
Frontão ................................................38
Maquete de Templos ................................................40
Maquete 1 ................................................42
Maquete 2 ................................................44
PARTE II: Teatro ................................................47
Teatros Clássicos ................................................48
Teatro Romano ................................................52
Teatro Grego ................................................59
Maquete do Teatro ................................................62
Procedimentos ................................................64
Bibliografia ................................................68
10
VITRÚVIO E
“[...] a Cidade não foi apenas
engrandecida, através de ti, com as
províncias, mas também a dignidade
do Império foi sublimada pela egrégia
autoridade dos edifícios públicos; [por
isso,] julguei que não deveria adiar,
mas, bem pelo contrário, te deveria
ROMA
apresentar, quanto antes, estes
tica edificatória augustana pode ser
escritos [...]” (Vitrúvio, De Arch., I)
vista na inclusão do estilo toscano à
tríade clássica grega. Não obstante a
todos os distanciamentos entre o
No período conhecido como Pax tratado e as obras de Augusto, o De
Augusta, que pôs fim às guerras architectura termina por fornecer lastro
internas romanas, Augusto iniciou, por teórico à política imperial de exalta-
volta de 28 a.C., um ambicioso empre- ção de valores itálicos em contraponto
endimento de construções urbanas, à helenização dominante desde os
que contava sobretudo com a refor- tempos de Alexandre.
ma de mais de oitenta edifícios de
culto. O tratado De Architectura,
apesar de ter sido dedicado a César
Otaviano, não se relaciona diretamen-
te com esse projeto de renovação ar-
quitetônica. Entretanto, os empreendi-
mentos augustanos, alcançando uma
escala urbana inédita, dinamizaram o
papel do arquiteto, e esse novo estatu-
to profissional repercute em inúmeros
comentários ao longo do tratado, so-
bretudo no capítulo primeiro. Sobre a
atividade arquitetônica de Vitrúvio no
contexto das reformas augustanas,
sabe-se que ele foi responsável pela
concepção de um novo espaço basili-
cal, obra que projetou e cuidou de
erigir na cidade de Fano (ainda sem
vestígios arqueológicos). Uma certa
Manuscrito renascentista do tratado vitruvia-
proximidade entre o tratado e a polí- no De Architectura
11
DE
ARCHITECTURA
LIBRI DECEM
O tratado De architectura libri decem, dade, o que, atualmente, é interpreta-
escrito por Vitrúvio, é uma abrangente do como correta colocação das par-
reflexão feita no século I a.C. sobre a tes tendo em conta as dimensões reais
disciplina da arquitetura e procura, da obra a ser edificada. Symmetria en-
através do seu estudo, requalificar a tende-se como harmonia entre as di-
pratica profissional em voga na Roma versas partes de uma obra calculada
do Imperador César Augusto. Dividido através de uma unidade, eleita como
em dez volumes, o autor descreve o módulo, abrangendo a forma total do
oficio do arquiteto, condenando práti- edifício. Muito próximo ao significado
cas clientelistas e equívocos sobre a ar- do termo anterior, eurythmia, de acor-
te edificatória. O objetivo primeiro do do com D´Agostino, “exacerba a dis-
tratado é registrar as matérias essenci- tância que as especificações quantita-
ais de cada gênero de edificação. Pa- tivas ou abstratas da ordem harmônica
ra isso ele expõe, ainda no primeiro podem guardar da consecução da
livro, as seis partes da boa arquitetura: beleza, sempre a se consumar no do-
ordinatio, dispositio, eurythmia, mínio qualitativo do visível”. O decor
symmetria, decor e distributio. Os ter- compreende a utilização das regras rí-
mos ordinatio e dispositio estão bas- gidas, a escolha adequada das colu-
tante ligados quanto aos seus significa- nas, da conveniente ornamentação,
dos. Vitrúvio define o primeiro como a dos locais salubres e da orientação so-
adequação dos elementos da obra à lar. Distributio, por fim, seria a pondera-
justa medida, tendo como finalidade da distribuição do terreno e dos recur-
obter proporções e simetria. Dispositio sos, sendo de responsabilidade do ar-
entende-se como obtenção de uma quiteto administrar as despesas e os
obra elegante considerando a quali- gastos da obra.
12
13
14
TEMPLOS E
COLUNAS
O TEMPLO
Frontão
Entablamento
Coluna:
Capitel
Fuste
Base
Estilóbata
17
18
A COLUNA
Caneluras
24ª
mediatriz de
C
D AD D C
E G E F
A B F H
a A B
a
divisão em 24
partes
03 04
A COLUNA
Entasis
24ª
A 24ª
B
a
a
C
detalhe
b
A
E
a
B DF
04 05
Divida a circunferência em 24 partes Usando o ponto C encontrado trace a
iguais. Use uma destas para achar o reta b saindo de D . Marque os pontos E
ponto B. Trace a linha a entre AB. e F para detalhe de conclusão do fuste
centro
errado centro correto da
entasis
07
A imagem acima mostra a diferença entre o centro real usado para a entasis e o ponto
encontrado para o detalhe entre a base e o fuste. A figura da página posterior ilustra a
coluna jônica com entasis, segundo as determinações especificadas neste caderno.
entasis
correta
C
detalhe
entre
base e
fuste
08
O desenho acima apresenta os dados mais importantes da reconstituição da entasis.
Do lado esquerdo vê-se o abaulamento do fuste respeitando a medida máxima de
uma canelura. Também vem assinalado o procedimento de transição entre o fuste e a
base da coluna. O ponto C não se refere a entasis, mas ao detalhe inferior.
25
26
A COLUNA
Base
01 02 03
No diâmetro de base Agora divida em três Com o plínto completo,
aumenta-se um quarto partes iguais o módulo o próximo passo será
para ambos os lados, de indicado com a circun- dividir em quatro partes
modo a chegar no ta- ferência, sendo o terço o restante da base,
manho do plínto, com inferior destinado destinado ao Toro
forma quadrada e sem também à altura do inferior, Escócia e Toro
detalhes ornamentais . plínto. superior.
04 05 06
O quarto mais acima se- O restante deve ser Com os espaços delimi-
rá destinado ao toro su- divido ao meio. A me- tados para os listéis (sem
perior. Repare que se tade de baixo destina- prescrição), a escócia é
deve deixar um peque- se ao toro inferior, com obtida a partir de um
no espaço para o listel, extensão de largura se- arco com a parte inferior
que arremata os três melhante à do plínto, extendida até o listel do
componentes. porém sendo este curvo toro.
28
A COLUNA
Capitel
donzela.
Os desenhos perdidos suscitaram, por
séculos, variadas interpretações.
O capitel da coluna pode ser dividido
em quatro partes principais, das quais
se deve conhecer para o estudo de
suas proporções: o Astrágalo (repre-
A fotografia acima evidencia as colunas sentado com o número 1 na figura ao
jônicas do templo de Erechtheión, localiza- lado), o Equino, que vem logo acima
do na Acrópole de Atenas. (2), as Volutas (3) e o Ábaco (4).
01 02 03
Divide-se o diâmetro em Agora, divida em 9 Uma parte e meia é
18 partes e se acrescen- partes a altura do capi- destinada à altura do
ta uma dessas partes . tel e acrescente meia. ábaco. Em largura, per-
Esse será o comprimen- Essa será a altura do de uma parte de cada
to do capitel. capitel lado.
P P
04 05 06
De cima para baixo, 2 trace uma reta auxiliar Traçar uma circunferên-
partes para o equino e 3 (a), distante uma parte cia de raio igual a meia
para o astrágalo. Não da extremidade do á- parte, que será o ponto
há prescrição de medi- baco para encontrar (P) de partida para a
da para os listéis. na altura três e meio. construção da voluta.
detalhe detalhe
B A B A
C D
C D
07 08 09
marca-se um quadrado Marque os pontos. Linha Com compasso nos fo-
dentro e outro nos pon- saindo de A com 4,5 cos da voluta (A,B,C,D)
tos médios, veja na am- partes, depois 4 saindo trace os segmentos res-
pliação à esquerda. de B, 3,5 de C e 3 de D. pectivos aos pontos.
30
PROCEDIMENTO:
10 11
Repita o processo com Com isso a voluta está
o cuidado de não errar pronta. Ao se repetir o
o centro. Os arcos vão procedimento do outro
concordar. A outra lado, o capitel estará
voluta é espelhada. terminado.
ENTABLAMENTO
cimácio da corona
corona CORNIJA
dentículos
cimácio
friso FRISO
cimácio
superior
faixas média
ARQUITRAVE
inferior
01
A imagem mostra um entablamento Primeiro, divida meio módulo em sete
jônico e suas partes definidas dentro partes. Deixe a sétima parte superior
de três grandes grupos (arquitrave, fri- para a medida do cimácio da arqui-
so e cornija). trave.
02 03
As outras seis partes devem se tornar Divida a metade do diâmetro em 4 par-
doze. As faixas serão divididas em 3 tes criando uma nova modulação. A-
para a inferior, 4 para a média e 5 para crescente três módulos acima para o
a superior. friso. Atenção! Não trocar os módulos.
33
PROCEDIMENTO:
04 05
Divida os módulos do friso ao meio, Divida a altura do dentículo em seis
chegando a seis, deixe a sexta parte partes e acrescente uma para o cimá-
para o cimácio. Acrescente a altura cio. A projeção de todos os cimácios é
dos dentículos (igual a da faixa média) sempre igual às respectivas larguras.
9 partes
8 partes
06 07
No alinhamento do cimácio do friso, Acrescente uma medida igual a faixa
com a medida anterior, use três partes média e a divida em oito partes para a
para a largura de cada dentículo e corona, deixando a oitava para o ci-
duas para o espaço entre eles. mácio e acrescente outras nove partes.
34
PROCEDIMENTO:
Como dito, a medida das projeções é
sempre igual a das suas respectivas al-
turas. Entretanto, a projeção do cimá-
cio da corona possui uma medida es-
pecial.
x A medida horizontal entre o limite do
friso e o limite máximo do entabla-
x mento deve ser igual à medida das al-
turas do friso, dentículos e seus respec-
tivos cimácios. Indicado na figura ao
lado por x que define o quadrado
auxiliar com o rebatimento da
08 projeção limite.
Aqui se mostra em elevação o entablamento completo e seus detalhes, com as linhas de construção
apagadas. Os perfis das projeções não foram descritos por Vitrúvio e seguem o das edificações.
35
DISPOSIÇÃO
DAS
COLUNAS
Antes que se possa prosseguir com o De architectura, será apresentada
frontão é necessário explicar um posteriormente, de modo a embasar a
pouco mais a disposição dos templos elaboração das maquetes de templo,
em relação a um intercolúnio pré- dirigidas ao estudo comparativo das
definido. O eustilo, adotado neste relações proporcionais vitruvianas.
caderno, determina não somente a
altura da coluna (9 módulos e meio),
como também a relação entre as
mesmas, equivalente a dois módulos e
um quarto. No meio do templo o
intercolúnio é de três módulos, como
mostra a imagem ao lado.
Vitrúvio descreve sete gêneros
diferentes de templos, estabelecendo
relações entre as colunas, o frontispício
e a cela. São classificados como:
In antis, prostilo, anfiprostilo, períp-
tero, díptero, pseudodíptero e hípetro.
O objetivo deste item é mostrar as
relações proporcionais próprias a
alguns gêneros de templos, tomando
por referência, como dito, o
intercolúnio eustilo.
Uma exposição mais detalhada sobre Disposição das colunas dórica e jônica, tal
a classificação feita no livro terceiro do como prescritas nos livros Terceiro e Quarto
36
PROCEDIMENTO:
2 e 1/4
3 módulos módulos
colunas
01
O templo eustilo possui intercolúnio
central com três módulos e inter-
colúnio das demais colunas com dois e
um quarto.
02 03
Para Vitrúvio, os templos têm propor- O templo períptero, com cela envolta
ção 2:1, respeitando os intercolúnios e por colunata, possui 6 colunas no fron-
não o número de colunas. Por exem- tispício e 11 na largura. Sucessão lógica
plo: perípetro 6 x 11 colunas. do Anfiprostilo (frontispício 4 colunas).
37
PROCEDIMENTO:
04 05
Para fazer o templo díptero somente é O pseudodítero é ainda mais fácil.
necessário duplicar mais uma fileira de Deve-se retirar a fileira de colunas do
colunas, acrescida àquela do períp- interior, mantendo as 8 do frontispício e
tero. A cela continua a mesma. as15 laterais.
38
06
O FRONTÃO
Oratore escrito por Cícero em meados
do século I a.C. Para o autor, as obras
em maior medida úteis eram ao
mesmo tempo as mais dignas e belas.
Considerava o frontão do templo do
Capitólio uma obra em que a
dignidade tinha se unido de tal modo a
O modelo evidencia uma elevação de uma utilidade que, se fosse construído no
das fachadas de um templo, com notória céu, onde não chove, sem frontão,
presença do frontão acima do entablamento pareceria privado de dignidade.
altura do frontão
01
Para o Frontão, o cimácio da corona deve ser desconsiderado. Divida o entablamento
em nove partes, e use uma para a altura do frontão.
02
Faça o cimácio da corona seguir a inclinação do frontão. Vitrúvio não prescreve a
Estilóbata, na imagem os três degraus têm uma medida aproximada.
40
06
MAQUETES
DE TEMPLOS
tes templos, determinando através da
colocação das colunas qual será mon-
tado. Após o arremate do entabla-
mento será necessário definir a cela,
para, só então, concluir o telhado.
A segunda maquete propõe o estudo
das variações dos templos de acordo
O modelo eletrônico representa um templo com o intercolúnio, fixando o gênero
jônico em diastilo, possuindo três módulos de pseudodíptero. As possibilidade de
intercolúnio e oito módulos e meio de altura. montagem referem-se as comodula-
Acima as imagens apresentam as bases usadas nas duas maquetes de templos. À esquerda,sobre
gêneros de templo; à direita sobre os diferentes intercolúnios.
Modelo do templo hípetro, com dez colunas no frontispício e todos os outros membros iguais ao dípte-
ro, com exceção da cela, que na parte interna recebe uma seqüência de colunas no esquema
ordem sobre ordem, ou seja, sobrepostas. Estas colunas suportam um segmento de teto, de modo a
permitir que a maior parte da cela esteja a céu aberto.
Este modelo evidencia os sete gêneros de templos possíveis de se vizualizar na primeira maquete. Os
círculos representam os lugares passiveis de se colocarem colunas. Em cinza estão os inutilizados, ao
passo em que os coloridos representam os necessários para cada gênero. São eles, da esquerda
para a direita: In antes, prostilo, anfiprostilo, períptero, díptero, pseudodíptero e hípetro.
Da esquerda para direita, templos: prostilo, Comparação dos tempos prostilo, anfiprostilo
anfiprostilo, e in antis e in antis com o hípetro.
44
06
MAQUETE 2:
O mesmo templo, porém agora feito em ae- Variação de altura para cada tipologia de
rostilo. Note como é grande a diferença. templo.
45
MAQUETE 2:
O modelo elucida os cinco gêneros de templos possíveis de se construirr na segunda maquete. A le-
genda dos círculos é a mesma da imagem da página anterior. Dessa vez, os intercolúnios variam en-
quanto o templo pseudodíptero é constante. As alturas dos templos também são fatores que se alte-
ram ao longo desses gêneros. Da esquerda para a direita: picnostilo, sistilo, eustilo, diastilo e aerostilo
Representação feita da elevação das relações de altura e intercolúnio apresentadas pela segunda
maquete. Da esquerda para a direta: Picnostilo, sistilo, eustilo, diatilo e aerostilo.
46
47
48
TEATROS
CLÁSSICOS
Vista geral de um teatro criado em computador seguindo passos deste caderno e as prescrições de
Vitrúvio no tratado De architectura.
scaenaefrons
01 02
Traça-se uma circunferência Inscre- A aresta do triângulo que estiver mais
vendo nela quatro triângulos eqüilá- perto da cena determina o local onde
teros, cada qual com intervalos de ficará a fachada do palco ou scaenae
trinta graus. frons.
orquestra
cena (2D)
03 04
Divida a circunferência em duas me- Os três vértices além da linha da scae-
tades, demarcando o palco e a or- nae frons (cena) definirão as portas:
questra. A largura da cena será duas régia (no centro) e dos hóspedes
vezes o diâmetro da orquestra. (laterais).
53
PROCEDIMENTO:
versura versura
05 06
Ao lado das portas dos hóspedes es- Fechando a cena, abertas para o
tão os periaktoi, mecanismos giratórios palco, ficarão as versuras, ou seja, as
triangulares, com um cenário em ca- portas que darão acesso aos basti-
da face (satírico, cômico ou trágico). dores.
07 08
Os dois acessos para a orquestra estão Dos doze vértices dos triângulos
alinhados com as extremidades do inscritos na circunferência, sete são
palco, com altura igual à sexta parte destinados à platéia, indicando os
do diâmetro da orquestra. acessos e as escadas.
54
PROCEDIMENTO:
acessos
escadaria
acessos
porta
orquestra
ingresso
palco orquestra
09
1/5C
3/4B (C)
1/2b
1/5B
3/4A (B)
1/2a (b)
1/5A
1/4D (A)
1/12D (a)
10
Na scaenea frons, são prescritos três níveis sobrepostos de colunas adossadas ao muro.
Para o primeiro nível, as colunas deverão se apoiar em Pódios. Sua altura será equiva-
lente à duodécima parte do diâmetro da orquestra. A altura das colunas terá a quarta
parte do mesmo diâmetro citado. Os entablamento deverão, a quinta parte da altura
das colunas. Nos níveis superiores, deverão estar os pedestais, metade da altura do
pódio. O segundo nível terá altura equivalente a três quartos da das colunas inferiores.
Da mesma forma, o entablamento deverá ter, a quinta parte da altura das colunas. O
terceiro, seguirá o mesmo modelo do nível anterior.
56
PROCEDIMENTO:
03
11
Elevação da arcada exterior do Teatro Romano.
12
Plana do Teatro Romano. É possível observar, na composição da sacenae frons, o uso
das colunas adossadas para a elaboração da fachada. Além disso, observa-se
também a estrutura de colunas que compõem o pórtico que cobre o passeio do último
nível de arquibancada.
57
PROCEDIMENTO:
13
Corte Longitudinal do Teatro Romano.
14
Corte transversal do Teatro Romano.A diferença de nível entre o palco e a orquestra
não deverá ultrapassar cinco pés. Desta maneira, todos que estiverem na orquestra
poderão, sem maiores problemas, observar plenamente os atores em cena. Alinhado
à altura da cena, no último nível de arquibancada, haverá um pórtico com passeio.
58
IMAGENS:
01 02
Na circunferência inicial, inscrevem-se A linha que divide o palco da
três quadrados seguindo o mesmo orquestra é delimitada pela aresta do
pensamento dos triângulos do Teatro quadrado que é paralela e mais
Romano. próxima de onde ficará a cena.
03 04
A linha da cena será traçada paralela Para a largura, toma-se os dois pontos
a anterior, sendo esta tangente à linha das extremidades. Com compasso,
da circunferência. Traça-se outra pa- traça-se dois arcos, com as pontas nos
ralela, pelo centro da circunferência. pontos anteriormente determinados.
60
acesso
escadaria
acesso
orquestra
palco
A altura do palco não deverá ter menos de dez pés, nem mais de doze. Assim como no
teatro romano, os acessos da arquibancada serão determinados pelos vértices dos
quadrados inscritos, assim, oito vértices se dedicam a este papel. Neste caso, serão
alternados com as escadarias internas da arquibancada.
O exemplo ao lado se trata do teatro grego situado em Segesta, na Sicília.
61
62
MAQUETE
DO TEATRO
Para o estudo do Teatro Antigo, tal mano, três quadrados no caso grego),
como descrito por Vitrúvio, foi elabo- e, a partir de seus vértices, na localiza-
rado um modelo capaz de compre- ção de cada componente do edifício.
ender detalhes fundamentais para se Na maquete, as duas figuras sobrepos-
edificar tanto o teatro romano quanto tas somam vinte e quatro vértices e
o grego. No Livro V de seu tratado fornecem o desenho da peça funda-
sobre Arquitetura, Vitrúvio faz claras mental para a construção de todo o
prescrições de como deveriam ser Teatro.
elaborados tais edifícios. A maquete
tem por objetivo evidenciar a dife-
renças entre as duas tipologias, além
disso, deixa claro o método construtivo
baseado no rigor geométrico e na
proporção das partes. Espera-se que
as diretrizes citadas a seguir se
apresentem como simples material de
consulta, tendo em vista que o modelo
foi concebido para permitir a apreen-
são dos princípios vitruvianos durante a
sua montagem. O ideal é reconhecer
as idéias do romano a partir do simples
manuseio do modelo.
A planta dos Teatros Antigos se baseia,
como visto, na inscrição das figuras
geométricas na circunferência (qua- Perspectiva da maquete física do teatro ro-
tro triângulos eqüiláteros no caso ro- mano.
63
PROCEDIMENTOS:
64
PROCEDIMENTOS:
01 02
Esta peça, base da maquete, se apre- A primeira encaixe é o da figura matriz,
senta com várias fendas, pertinentes girando-a encontrará raias corres-
aos encaixes das demais partes do pondentes aos vértices dos triângulos e
edifício. quadrados.
03 04
Encaixe os apoios da arquibancada, Duas peças do apoio à arquibancada
que variam de acordo com os são de perfil e tamanho distintos e
gêneros de teatro grego e romano, correspondem às paredes de acesso à
como evidencia a maquete. orquestra.
65
PROCEDIMENTOS:
05 06
Com todos os apoios encaixados na As peças das extremidades da
base, a próxima etapa consiste em arquibancada apresentam configu-
colocar as partes da arquibancada, ração distinta das demais, graças à
em número de seis. adaptação aos acessos da orquestra.
07 08
Para o palco, a peça a ser utilizada Para fechar a caixa que delimita a
possui uma semicircunferência com os área atrás do palco, deve-se
quatro triângulos inscritos, coincidente encaixar, em primeiro lugar, as peças
com o diâmetro da peça matriz. laterais.
66
TEATRO ROMANO:
09 10
Em seguida, deve-se fixar a peça que A instalação das peças das Versuras,
encerra a caixa, identificada por ser a portas nas paredes laterais do palco,
maior. Na construção real, todo o exte- deverá se localizar nas extremidades
rior recebia tratamento de colunas. da cena, delimitando-a.
11 12
A cena ou scaenae frons possui seus Encaixe a fachada no palco, de mo-
elementos de encaixe que devem ser do a respeitar a posição das portas.
fixados corretamente, conforme as Assim, o teatro romano está devida-
demarcações na peça principal. mente edificado.
67
MAQUETE FINALIZADA:
68
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