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UNIVERSIDADE DE ARARAQUARA – UNIARA

Edilson Brambila Fioramonte

RESENHA DO DOCUMENTÁRIO
ENCONTRO COM MILTON SANTOS,
SILVIO TENDLER, 2006

BACHARELADO EM DESIGN DIGITAL

Araraquara
2017
O documentário Encontro com Milton Santos: O mundo global visto do lado de cá, de
Silvio Tendler (2006), que também dirigiu o documentário Privatizações: a distopia da capital
(2014), é um diálogo entre os pensamentos do cineasta e do geógrafo brasileiro Milton Santos
(1926-2001), que levanta questões sobre a sociedade, a construção de um novo mundo e as
consequências da globalização.

Tendler procura passar sua mensagem com uma narrativa que apresenta suas próprias
ideias sendo narradas, falas do próprio Santos na entrevista e em outras ocasiões, e também
com falas de outras personalidades. Além disso, Tendler insere diversas cenas duras do dia a
dia de milhões de pessoas, sendo elas da América Latina e da África. Dessa maneira ele busca
trazer um pensamento provocador aos seus espectadores sobre a globalização.
No documentário é apresentado diversos acontecimentos que demonstram as causas do
mundo capitalista, que tem por objetivo o lucro de qualquer maneira, sendo por privatizações
de empresas estatais, exploração de mão de obra e apropriação de bens naturais. Mas nem
sempre essas ações são aceitas pela população da classe baixa, levando essas pessoas para as
ruas como grandes rebeliões, tendo como o resultado o atendimento ou não das reivindicações,
sem contar com as mortes que podem haver.

Falar de globalização é tratar de uma moeda de duas faces, onde há um lado bom e o outro
ruim; podendo-se dizer que as vantagens de um mundo globalizado seriam as conexões de
diferentes povos, culturas, conhecimentos, geração de empregos em empresas multinacionais e
entre outros. Já suas desvantagens ficam evidente na pobreza gerada pela falta de oportunidade
para todas as pessoas, a poluição e outras consequências.
No Brasil e em outros países do terceiro mundo, a maior causa do capitalismo é a má
distribuição de renda e assim a fome. Visando o lucro, as empresas procuram mecanizar suas
produções, deixando milhares de pessoas desempregadas, que buscam qualquer trabalho para
poder se sustentar e também sustentar sua família. Um grande exemplo de privatização aqui no
Brasil é da empresa mineradora Vale do Rio Doce em maio de 1997, “[...] por um valor irrisório
em relação ao seu patrimônio e ao seu potencial”, segundo o documentário Privatizações: a
distopia da capital de Tendler.

A obra de Tendler mostra o verdadeiro poder da mídia em massa de controlar, ocultar ou


distorcer notícias para convencer a população de algo que não é real. A mídia também é capaz
de formar opiniões da maneira que ela quiser, tornando as pessoas alienadas e fechadas para
qualquer outra coisa. Cabe a cada um dos espectadores se policiarem e saber realmente o que é
ou não verdade.

Ao mesmo tempo, a mídia serve para dar voz para a população, como citado no
documentário o poeta e cineasta argentino Carlos Pronzato, que com uma câmera amadora é
capaz de mostrar aquilo que a mídia em massa não pode ou não quer mostrar, e o mesmo vale
para as populações indígenas ganharem liberdade de se expressarem para a população fora da
aldeia.
Santos defende a ideia de que deve-se construir uma nova globalização, que seja menos
perversa com a classe baixa, na qual ela se apresenta hoje. O mundo passou a girar em torno do
dinheiro, deixando de lado qualquer relação humana, pessoas se tornaram monstros e são
capazes de fazer qualquer coisa por um pedaço de papel. Mesmo assim demonstra a esperança
de um mundo melhor e mais justo.
REFERÊNCIAS

FILMOGRÁFICAS

TENDLER, Silvio. Encontro com Milton Santos: O mundo global visto do lado de cá.
Brasil: Caliban, 2006.

TENDLER, Silvio. Privatizações: a distopia da capital. Brasil: Caliban, 2014.

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