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LUCRO REAL BÁSICO

05/07/2017

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05/07/2017

Conteúdo programático

1. Conceito de Lucro Contábil x Lucro Fiscal;


2. Pessoas Jurídicas Obrigadas à Tributação com Base no Lucro Real;
3. Códigos de Darfs para Recolhimento;
4. Apuração Anual e Trimestral;
5. Exercícios Práticos.

NOTA SOBRE A AUTORA

Maria Paula Boyadjian Fernandes é Bacharel em Ciências Contábeis, Pós


Graduada em Planejamento Tributário e Administração Contábil e Financeira,
MBA em Contabilidade e Controladoria e mestranda em Contabilidade
Atua na área contábil há 25 anos. É sócia da Boyadjian & Fernandes Serviços
Contábeis Ltda., onde presta serviços de consultoria contábil, fiscal e trabalhista.
É professora universitária, e atua como docente em diversas cursos de
aperfeiçoamento profissional. Além disso, ministra palestras sobre temas
relacionados as áreas contábil e tributária.

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CONTATO:

profpaula2017@uol.com.br

Exercícios:
www.gmail.com
profmariapaulafernandes@gmail.com
Senha: PROFMARIAPAULA

Objetivo

O objetivo principal deste curso, é despertar a necessidade de um


planejamento tributário para as empresas de Lucro Real, fazendo
uma análise entre Lucro Real Anual (estimativa) x Lucro Real
Trimestral (definitivo), a fim de analisar os reflexos causados no fluxo
de caixa, com a finalidade de diminuir legalmente a carga tributária.

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CONCEITO

Art. 61 da IN 1.700/2017.
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração antes da provisão para o IRPJ, ajustado pelas
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do IRPJ.

§ 1º Resultado ajustado é o lucro líquido do período de apuração antes da provisão para a CSLL,
ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação da
CSLL.
§ 2º A determinação do lucro real e do resultado ajustado será precedida da apuração do

CONCEITO

É a forma completa de apuração do Imposto de Renda e da Contribuição


Social sobre o Lucro Líquido.

Para se apurar o lucro real é necessário manter escrituração comercial


regular (DIÁRIO) , incluindo o Livro de Apuração do lucro (ECF)

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Os impostos são calculados com base no lucro tributável apurado com


base no Regulamento do Imposto de Renda.

O Fisco esclarece que a expressão lucro real significa o próprio lucro


tributável, para fins da legislação do imposto de renda.

Das Adições

Art. 62. Na determinação do lucro real e do resultado ajustado serão


adicionados ao lucro líquido do período de apuração:

I - os custos, as despesas, os encargos, as perdas, as provisões, as


participações e quaisquer outros valores deduzidos na apuração do lucro
líquido que, de acordo com a legislação do IRPJ ou da CSLL, não sejam
dedutíveis na determinação do lucro real ou do resultado ajustado; e

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Das Adições

II - os resultados, os rendimentos, as receitas e quaisquer outros valores não


incluídos na apuração do lucro líquido que, de acordo com essa mesma
legislação, devam ser computados na determinação do lucro real ou do
resultado ajustado.

Parágrafo único. O Anexo I apresenta uma lista não exaustiva das adições ao
lucro líquido do período de apuração, para fins de determinação do lucro real e
do resultado ajustado.

Das Exclusões

Art. 63. Na determinação do lucro real e do resultado ajustado poderão ser excluídos do lucro
líquido do período de apuração:

I - os valores cuja dedução seja autorizada pela legislação do IRPJ ou da CSLL e que não tenham
sido computados na apuração do lucro líquido do período de apuração; e

II - os resultados, os rendimentos, as receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração


do lucro líquido que, de acordo com essa mesma legislação, não sejam computados no lucro real
ou no resultado ajustado.

Parágrafo único. O Anexo II apresenta uma lista não exaustiva das exclusões do lucro líquido do
período de apuração, para fins de determinação do lucro real e do resultado ajustado.

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Lucro Líquido do Exercício

É a denominação legal do resultado apurado contabilmente no exercício, por meio da


Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), conforme artigo 187 da Lei 6.404/76.
A DRE evidencia o desempenho de uma entidade em um determinado momento.
Para apurar o resultado contábil do exercício de uma empresa, basta confrontar o
total de despesas com o total de receitas ocorridas em um determinado período.

Importante Nem sempre o lucro fiscal será igual ao lucro contábil.

Da Apuração Anual do Lucro Real e o Resultado Ajustado Lucro


Líquido do Exercício

Art. 66. O IRPJ devido sobre o lucro real de que trata o § 4º do art. 31 será calculado
mediante aplicação das alíquotas previstas no art. 29 sobre o lucro real.

§ 1º Observado o disposto no § 2º do art. 29, para efeitos de determinação do saldo do


imposto a pagar ou a ser restituído ou compensado, a pessoa jurídica poderá deduzir do
IRPJ devido os valores referentes:

I - aos incentivos fiscais de dedução do imposto, observados os limites e prazos fixados


na legislação vigente;

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Da Apuração Anual do Lucro Real e o Resultado Ajustado Lucro


Líquido do Exercício
II - aos incentivos fiscais de redução e isenção do imposto, calculados com base no
lucro da exploração;

III - ao imposto sobre a renda pago ou retido na fonte, incidente sobre receitas
computadas na determinação do lucro real; e

IV - ao imposto sobre a renda calculado na forma prevista nos arts. 33, 39 e 47, e
efetivamente pago mensalmente.

§ 2º Para efeitos de determinação dos incentivos fiscais de dedução do imposto, serão


considerados os valores efetivamente despendidos pela pessoa jurídica.

Da Apuração Anual do Lucro Real e o Resultado Ajustado Lucro


Líquido do Exercício
Art. 67. A CSLL devida sobre o resultado ajustado de que trata o § 4º do art. 31 será
calculada mediante aplicação da alíquota de que trata o art. 30 sobre o resultado ajustado.

Parágrafo único. Para efeitos de determinação do saldo da CSLL a pagar ou a ser


restituída ou compensada, a pessoa jurídica poderá deduzir da CSLL devida os valores
referentes:

I - aos incentivos fiscais de isenção da CSLL, calculados com base no lucro da


exploração;

II - à CSLL paga ou retida na fonte, incidente sobre receitas computadas na determinação


do resultado ajustado;

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Da Apuração Anual do Lucro Real e o Resultado Ajustado Lucro


Líquido do Exercício

III - à CSLL calculada na forma prevista nos arts. 34, 39 e 47, e efetivamente paga
mensalmente; e

IV - ao bônus de adimplência fiscal, nos termos dos arts. 271 a 276 desta
Instrução Normativa

LUCRO TRIBUTÁVEL

LUCRO
ESTIMADO
LUCRO
CONTÁBIL

LUCRO
PRESUMIDO
LUCRO FISCAL

LAIR

LUCRO REAL

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Lucro Líquido do Exercício

É a denominação legal do resultado apurado contabilmente no exercício, por meio da


Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), conforme artigo 187 da Lei 6.404/76.

A DRE evidencia o desempenho de uma entidade em um determinado momento.


Para apurar o resultado contábil do exercício de uma empresa, basta confrontar o total de
despesas com o total de receitas ocorridas em um determinado período.

Importante Nem sempre o lucro fiscal será igual ao lucro contábil.

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Estão obrigadas a optar pelo lucro real as pessoas jurídicas que estiverem
enquadradas em uma das seguintes situações:

1. que tenha receita total, no ano-calendário anterior, seja


superior ao limite de R$ 78.000.000,00, ou proporcional ao
número de meses do período, quando inferior a doze meses
(R$ 6.500.000,00 por mês de atividade) Lei 12.814/2013

2. que tenham atividades de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de


desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio,
distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas
de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada
aberta;

3. que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

4. que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais, relativos à isenção ou
redução do imposto;

5. que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de


estimativa;

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6. que explorem as atividades de prestação cumulativa e


contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica,
gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes
de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços
(factoring);

7. que explorem as atividades de securitização de créditos


imobiliários, financeiros e do agronegócio (Lei 12.249/2010).

Demais Empresas Optantes pelo Lucro Real

Para as pessoas jurídicas que não estão obrigadas a tributação pelo lucro real, é opcional a forma
de tributação, pois às vezes acaba sendo compensatório principalmente para as prestadoras de
serviços que a base tributação é de 32%, conforme lei 9.259/95 art. 15.

Porém esse tipo de opção deve avaliar também o reflexo causado no cálculo do PIS e da COFINS.

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CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO DO IRPJ E CSLL

EMPRESAS OBRIGADAS IRPJ CSLL

TRIMESTRAL 0220 6012

ANUAL 2362 2484

AJUSTE ANUAL 2430 6773

EMPRESAS OPTANTES IRPJ CSLL

TRIMESTRAL 3373 6012

ANUAL 5993 2484


AJUSTE ANUAL 2456 6773

CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO DO PIS E DA COFINS

NÃO CUMULATIVO PIS COFINS

PERCENTUAL 1,65% 7,60%


6912 5856
CÓDIGO DARF 6912 5868

PERMITE-SE TOMAR CRÉDITO

CUMULATIVO PIS COFINS

PERCENTUAL 0,65% 3%

CÓDIGO DO DARF 8109 2172


VETADO A TOMADA DE CRÉDITOS

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Periodicidade

Às pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real é permitido apurar


o lucro real e, consequentemente, determinar o imposto de renda e a
contribuição social efetivamente devido:
 Trimestralmente; ou
 Anualmente.

Data do Recolhimento
 Apuração anual (estimativa) último dia útil do mês subsequente a apuração.
Exemplo: PA: 31.01.2014 Venc.: 28.02.2014

 Apuração trimestral: O recolhimento trimestral é feito tendo por base o


encerramento de cada trimestre onde as contas são encerradas e o imposto
apurado recolhido no último dia do mês subsequente.
Exemplo: PA: 31.03.2014 Venc.: 30.04.2014

O recolhimento através do DARF será efetuado de forma centralizadora, pelo estabelecimento matriz
da pessoa jurídica. (Lei 9.779 de 1999, Art. 15).

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ALÍQUOTA IRPJ E ADICIONAL

O imposto devido em cada mês será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15%
(quinze por cento) sobre a base de cálculo.

É devido mensalmente o adicional do imposto de renda, a alíquota de 10% (dez por cento),
sobre a parcela da base de cálculo apurada que exceder a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).

ALÍQUOTA CSLL

A contribuição social será determinada mediante a aplicação da alíquota de 9% (nove por


cento) sobre a base de cálculo apurada conforme a legislação vigente.

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS PARA AS EMPRESAS TRIBUTADAS PELO


LUCRO REAL

• ECD (ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL)

• ECF (ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL)

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DA ESCRITURAÇÃO

Art. 65. A pessoa jurídica sujeita à tributação do IRPJ com base no lucro real
deverá manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais.

§ 1º A pessoa jurídica sujeita à tributação do IRPJ com base no lucro real é


obrigada a adotar a Escrituração Contábil Digital (ECD) e transmiti-la ao
Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) nos termos da Instrução
Normativa RFB nº 1.420, de 19 de dezembro de 2013.

§ 2º A ECD compreenderá a versão digital dos livros Diário e Razão.

Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR)


A demonstração do lucro real relativa a cada período abrangido pelo
balanço/balancete de suspensão ou redução deverá ser transcrita no Livro de
Apuração do Lucro Real (LALUR) e no Livro de Apuração da CSLL (LACS).

FINALIDADE
O livro de Apuração do Lucro Real existe para assegurar a separação entre a

escrituração comercial e a fiscal, prevista no § 2° do art. 177 da Lei n°6.404/76 (Lei


das S/A).

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ESCRITURAÇÃO
PARTE A

Registra os lançamentos de ajustes do lucro líquido do período-base e à


transcrição da demonstração do lucro real através das adições, exclusões e
compensações de prejuízos fiscais.

PARTE B

Destinado a controlar os valores que devam influenciar a determinação do


lucro real dos períodos-bases futuros e não constem da escrituração comercial.

LIVRO DE APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL


PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - 31/12/2012
HISTÓRICO
1. Prejuízo Líquido antes da CSLL (18.679,36)

2. (+) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 1.000,00


( -) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 500,00

3. Prejuízo após os ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT (18.179,36)

4. Adições

- Doações em 15.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág 50. 9.861,00


- Provisões não dedutíveis em 10.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 54 5.600,00
- Provisões não dedutíveis em 15.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 58 1.500,00
- Multas de Trânsito em 24.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 55 4.000,00
Total das Adições 20.961,00

5. Exclusões
- Resultado Positivo Equiv. Patrimonial em 31.12.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 85, 1.489,70
Total das Exclusões 1.489,70
6. Sub-total 1.291,94

7. (-) Compensação de prejuízo fiscal (30%) (387,58)


8. Lucro Real 904,36

Reconhecemos a exatidão do presente demonstrativo.

São Paulo, 31 de Dezembro de 2.012

--------------------------------- -------------------------------
Representante Legal Contador (a)

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LIVRO DE APURAÇÃO DO IRPJ


PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO - 31/12/2012
HISTÓRICO
1. Prejuízo Líquido antes do IRPJ (18.760,75)

2. (+) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 1.000,00


( -) Ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT 500,00

3. Prejuízo após os ajustes do Regime Tributário de Transição - RTT (18.260,75)

4. Adições
- CSLL 81,39
- Doações em 15.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág 50. 9.861,00
- Provisões não dedutíveis em 10.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 54 5.600,00
- Provisões não dedutíveis em 15.10.2012, conf. Livro diário nº 06, págs. 58 1.500,00
- Multas de Trânsito em 24.04.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 55 4.000,00
Total das Adições 21.042,39

5. Exclusões
- Resultado Positivo Equiv. Patrimonial em 31.12.2012, conf. Livro diário nº 06, pág. 85, 1.489,70
Total das Exclusões 1.489,70
6. Sub-total 1.291,94

7. (-) Compensação de prejuízo fiscal (30%) (387,58)


8. Lucro Real 904,36

Reconhecemos a exatidão do presente demonstrativo.

São Paulo, 31 de Dezembro de 2.012

--------------------------------- -------------------------------
Representante Legal Contador (a)

PARTE B - CSLL PARTE B - IRPJ

CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO CONTROLE DE VALORES QUE CONSTITUIRÃO AJUSTE DO
LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS LUCRO LÍQUIDO DE EXERCÍCIOS FUTUROS

PREJUIZOS FISCAIS PREJUIZOS FISCAIS

DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO DATA HISTÓRICO DÉBITO CRÉDITO SALDO

31.12.2009 Saldo anterior 150.000,00 31.12.2009 Saldo anterior 150.000,00

31.12.2010 Prejuizo Fiscal compensado 7.628,81 - 31.12.2010 Prejuizo Fiscal compensado 7.628,81 -
no período no período

31.12.2010 Saldo no final do exercício 142.371,19 31.12.2010 Saldo no final do exercício 142.371,19

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Na Determinação do lucro real deverão ser adicionados ao lucro

líquido, custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e

quaisquer outros valores deduzidos na apuração do resultado que, de

acordo com a legislação do Imposto de Renda, não sejam dedutíveis

(art. 249, I e parágrafo único, do RIR/99).

As Adições têm como objetivo AUMENTAR o lucro real da

empresa.

Alguns exemplos de adições:

 Contribuição Social só para IRPJ (indedutível desde 01.01.97);


 Brindes;
 Despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores;
 Resultado negativo da avaliação, pela equivalência patrimonial de investimentos relevantes
em sociedades coligadas ou controladas;
 Multas por transgressões a normas de natureza não tributária (trânsito, vigilância sanitária,
etc.);
 Provisões - exceto: férias, 13 salário, perda de estoque (editoras e distribuidoras de livros),
perdas no recebimento de créditos (desde que obedecido os limites e condições
estabelecidos).
 Doações (fundo dos direitos da criança e do adolescente); etc.

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Alimentação

As despesas com alimentação são regra geral, dedutíveis na apuração do lucro real. No
entanto, é vedada a dedução das despesa com alimentação:

a) De sócios, acionistas e administradores;


b) Quando não fornecida indistintamente a todos os empregados, independentemente de
existência ou não do programa de alimentação do trabalhador;
c) Correspondentes a cestas básicas que não forem fornecidas á todos os empregados.

Nestes casos, estas despesas devem ser adicionadas ao lucro líquido para cálculo do IRPJ e
CSLL.

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Das

Despesas Necessárias

Art. 68. Na determinação do lucro real serão dedutíveis somente as despesas


necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte
produtora.

§ 1º Consideram-se necessárias as despesas pagas ou incorridas para a


realização das transações ou operações exigidas pela atividade da empresa.

§ 2º As despesas admitidas são as usuais ou normais no tipo de transações,


operações ou atividades da empresa.

Art. 69. Serão indedutíveis na apuração do resultado ajustado as despesas


desnecessárias às operações da empresa.

Das Provisões

Art. 70. Na determinação do lucro real e do resultado ajustado somente serão


dedutíveis as provisões:

I - técnicas das companhias de seguro e de capitalização, das entidades de


previdência privada complementar e das operadoras de planos de assistência à
saúde, quando constituídas por exigência da legislação especial a elas aplicável;

II - para perdas de estoques de livros de que trata o art. 8º da Lei nº 10.753, de 30


de outubro de 2003;

III - para o pagamento de férias de empregados; e

IV - para o pagamento de décimo-terceiro salário de empregados.

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Das Perdas no Recebimento de Créditos

Seção I
Da Dedução

Art. 71. As perdas no recebimento de créditos decorrentes das atividades da


pessoa jurídica poderão ser deduzidas como despesas, para determinação do
lucro real e do resultado ajustado, observado o disposto neste artigo.

§ 1º Poderão ser registrados como perdas os créditos:

I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor,


em sentença emanada do Poder Judiciário;

Das Perdas no Recebimento de Créditos

II - sem garantia, de valor:

a) até R$ 15.000,00 (quinze mil reais) por operação, vencidos há mais de 6 (seis)
meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento;

b) acima de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) até R$ 100.000,00 (cem mil reais) por
operação, vencidos há mais de 1 (um) ano, independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu recebimento, mantida a cobrança
administrativa; e

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Das Perdas no Recebimento de Créditos

c) superior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) por operação, vencidos há mais de 1 (um)
ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu
recebimento;

III - com garantia, vencidos há mais de 2 (dois) anos, de valor:

a) até R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação, independentemente de iniciados


os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e

b) superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por operação, desde que iniciados e
mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias;
e

Das Perdas no Recebimento de Créditos

IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou


recuperação judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha
se comprometido a pagar, observado o disposto no § 8º.

§ 2º Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se operação a venda de


bens, a prestação de serviços, a cessão de direitos, e a aplicação de recursos
financeiros em operações com títulos e valores mobiliários, constantes de 1 (um)
único contrato, no qual esteja prevista a forma de pagamento do preço pactuado,
ainda que a transação seja realizada para pagamento em mais de 1 (uma)
parcela.

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Das Perdas no Recebimento de Créditos

§ 3º No caso de empresas mercantis a operação será caracterizada pela


emissão da fatura, mesmo que englobe mais de 1 (uma) nota fiscal.

§ 4º Para fins de se efetuar o registro da perda os créditos a que se refere o


inciso II do § 1º serão considerados pelo seu valor original acrescido de
reajustes em virtude de contrato, inclusive juros e outros encargos pelo
financiamento da operação e de eventuais acréscimos moratórios em razão da
sua não liquidação, considerados até a data da baixa.

Das Perdas no Recebimento de Créditos

§ 5º No caso de contrato de crédito em que o não pagamento de 1 (uma) ou mais parcelas


implique o vencimento automático de todas as demais parcelas vincendas, os limites a que se
referem as alíneas “a” e “b” do inciso II do § 1º serão considerados em relação ao total dos
créditos, por operação, com o mesmo devedor.

§ 6º Para o registro de nova perda em uma mesma operação, tratando-se dos créditos a que se
refere o inciso II do § 1º, as condições ali prescritas deverão ser observadas em relação à soma
da nova perda àquelas já registradas.

§ 7º Para fins do disposto nesta Instrução Normativa considera-se crédito garantido o


proveniente de vendas com reserva de domínio, de alienação fiduciária em garantia ou de
operações com outras garantias reais.

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Das Perdas no Recebimento de Créditos

§ 8º No caso de crédito com empresa em processo falimentar, em concordata


ou em recuperação judicial, a dedução da perda será admitida a partir da data
da decretação da falência ou do deferimento do processamento da
concordata ou recuperação judicial, desde que a credora tenha adotado os
procedimentos judiciais necessários para o recebimento do crédito.

§ 9º A parcela do crédito cujo compromisso de pagar não houver sido honrado


pela pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial, poderá, também,
ser deduzida como perda, observadas as condições previstas neste artigo.

Das Perdas no Recebimento de Créditos

§ 10. Não será admitida a dedução de perdas no recebimento de créditos


com pessoa jurídica que seja controladora, controlada, coligada ou
interligada, ou com pessoa física que seja acionista controlador, sócio,
titular ou administrador da pessoa jurídica credora, ou parente até o 3º
(terceiro) grau dessas pessoas físicas.

§ 11. Para os contratos inadimplidos até 7 de outubro de 2014 poderão ser


registrados como perdas os créditos:

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Das Retiradas de Administradores

Art. 78. São dedutíveis na determinação do lucro real e do resultado


ajustado, sem qualquer limitação, as retiradas dos sócios, diretores ou
administradores, titular de empresa individual e conselheiros fiscais e
consultivos, desde que escriturados em custos ou despesas operacionais e
correspondam a remuneração mensal e fixa por prestação de serviços.

Parágrafo único. Não são dedutíveis na determinação do lucro real as


percentagens e ordenados pagos a membros de diretorias das sociedades
por ações que não residam no País.

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EXEMPLOS DE EXCLUSÕES

 Lucros e dividendos recebidos de participações societárias não


sujeitam à avaliação pela equivalência patrimonial;
 Reversão de Provisões;
 Resultado positivo da avaliação, pela equivalência patrimonial, de
investimentos relevantes em sociedades coligadas ou
controladas;

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Se a empresa optar pela apuração trimestral, o imposto será apurado e recolhido trimestralmente. Nesse
regime, os períodos de apuração são encerrados em 31 de março, 30 de junho 30 de setembro e 31 de
dezembro.

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1700


Do Pagamento Relativo ao Período Trimestral
Art. 55. O IRPJ e a CSLL apurados ao final de cada trimestre serão pagos em quota única até
o último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.
§ 1º À opção da pessoa jurídica, o IRPJ e a CSLL poderão ser pagos em até 3 (três) quotas
mensais, iguais e sucessivas, vencíveis no último dia útil dos 3 (três) meses subsequentes ao
do encerramento do período de apuração a que corresponderem.

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§ 2º Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) e o imposto ou a
contribuição de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) será pago em quota única, até o
último dia útil do mês subsequente ao do encerramento do período de apuração.
§ 3º As quotas do imposto e da contribuição serão acrescidas de juros equivalentes à taxa
referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do
1º (primeiro) dia do 2º (segundo) mês subsequente ao do encerramento do período de
apuração até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês
do pagamento.
§ 4º A 1º (primeira) quota ou quota única, quando paga até o vencimento, não sofrerá
acréscimos.

Base de Cálculo
O Lucro real do trimestre é à base de cálculo do imposto, determinada segundo a lei
vigente na data de ocorrência do fato gerador.

Integra a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer que seja a
denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie ou de
existência de título ou contrato escrito, que decorram de ato ou negócio que, pela sua
finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do
imposto.

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Exemplo do Cálculo do IRPJ


CALCULO DO IRPJ TRIMESTRAL (JANEIRO A MARÇO)
LUCRO REAL DO TRIMESTRE R$ 100.000,00
(%) IMPOSTO DE RENDA DEVIDO 15 %
(=) IMPOSTO DE RENDA DEVIDO (a) R$ 15.000,00
ADICIONAL DO IRPJ = 100.000.00 (-) 60.000,00 (*) R$ 40.000,00
(%) ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDA 10%
(=) ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDA (b) R$ 4.000,00
(=) IRPJ A RECOLHER EM 31.04. XX (a) + (b) R$ 19.000,00

(*) O valor de R$ 60.000,00 é igual, o limite mensal de R$ 20.000,00, multiplicado pela quantidade de
meses do trimestre, ou seja, três meses. (R$ 20.000,00 x 3 = R$ 60.000,00)

Exemplo do Cálculo da CSLL

CALCULO DA CSLL TRIMESTRAL (JANEIRO A MARÇO)

LUCRO REAL DO TRIMESTRE R$ 100.000,00

(%) CSLL 9%

(=) CSLL A RECOLHER EM 31.04. XX R$ 9.000,00

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Art. 4º (IN nº 1.515 de 24.11.2014) À opção da pessoa jurídica, o imposto poderá ser pago sobre
base de cálculo estimada.
No caso de exploração diversificada, será aplicado sobre a receita bruta de cada atividade o
respectivo percentual.
Esses percentuais são aplicados sobre a receita bruta.

Receita Bruta
A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia.

Exclusões
Conforme art. 5, § 1º, da IN SRF n.º93/97, da receita bruta serão excluídas as vendas canceladas, as
devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos, IPI.

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Acréscimos

Art. 5º Serão acrescidos à base de cálculo, no mês em que forem auferidos, os


ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de
receitas não compreendidas na atividade, inclusive:

Esses acréscimos são adicionados à base de cálculo. Entre eles destacamos:


 Os ganhos de capital auferidos nas alienações de bens e direitos do Ativo
Permanente;
 As variações monetárias ativas;

 A receita de locação de imóvel, quando a pessoa jurídica não exercer a atividade de


locação de imóveis, deduzida dos encargos necessários a sua percepção;

 Receita de aplicação financeira somente quando não tiverem sido submetida à


incidência do IR/Fonte ou ao recolhimento mensal em separado. Apenas para a base
de cálculo do imposto de renda. Para a contribuição social estas receitas entram na
base de cálculo estimada.

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Dos Valores Não Integrantes da Base de Cálculo

Art. 6º Ressalvado o disposto no inciso I do § 12 do art. 4º, não integram a base de cálculo do
imposto sobre a renda mensal, de que trata este Capítulo:
I - os rendimentos e ganhos líquidos produzidos por aplicação financeira de renda fixa e de renda
variável;
II - as receitas provenientes de atividade incentivada, na proporção do benefício de isenção ou
redução do imposto a que a pessoa jurídica, submetida ao regime de tributação com base no lucro real,
fizer jus;
III - as recuperações de créditos que não representem ingressos de novas receitas;
IV - a reversão de saldo de provisões anteriormente constituídas;

Dos Valores Não Integrantes da Base de Cálculo

V - os lucros e dividendos decorrentes de participações societárias avaliadas pelo custo de


aquisição em empresas domiciliadas no Brasil;
VI - a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentos avaliados pelo método
da equivalência patrimonial;
VII - os juros sobre o capital próprio auferidos;
VIII - O ganho proveniente de compra vantajosa de que trata o § 9º do art. 92, que integrará
a base de cálculo do imposto no mês em que houver a alienação ou baixa do investimento;

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Dos Valores Não Integrantes da Base de Cálculo

IX - as receitas de subvenções para investimento de que trata o art. 112 e as receitas relativas a
prêmios na emissão de debêntures de que trata o art. 113, desde que os registros nas respectivas
reservas de lucros sejam efetuados até 31 de dezembro do ano em curso, salvo nos casos de apuração
de prejuízo previstos no § 3º do art. 112 e no § 3º do art. 113.
Parágrafo único. Os rendimentos e ganhos a que se refere o inciso I do caput deste artigo serão
considerados na determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda mensal quando não
houverem sido submetidos à incidência na fonte ou ao recolhimento mensal previstos nas regras
específicas de tributação a que estão sujeitos.

Deduções
Para efeito de pagamento, poderá se deduzir do IRPJ devido:
O IR pago ou retido na fonte sobre as receitas que integram a base de cálculo, inclusive o IR
retido nos pagamentos efetuados por órgãos públicos, fundações e autarquias (art. 64 da Lei
9.430/96).

Base de Cálculo
A base de cálculo do Imposto de Renda a ser pago mensalmente é o resultado do somatório
de um percentual aplicado sobre a receita bruta do mês, acrescido de ganhos de capital,
demais receitas e resultados positivos. Os percentuais aplicáveis sobre a receita bruta
variam, dependendo do ramo de atividade da pessoa jurídica e constam no art.15 da lei n.º
9.249/95 e artigo 22 da Lei 10.684/03 (CSLL).

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Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

§ 1º A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante a aplicação do


percentual de 8% (oito por cento) sobre a receita bruta definida pelo art. 3º, auferida na
atividade, deduzida das devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais
concedidos.

§ 2º Nas seguintes atividades o percentual de que trata este artigo será de:
I - 1,6% (um inteiro e seis décimos por cento) sobre a receita bruta auferida na revenda, para
consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;
o § 1º.

Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

II - 8% (oito por cento) sobre a receita bruta auferida:


a) na prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia
clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e
análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos, procedimentos
endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica,
desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade
empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);

b) na prestação de serviços de transporte de carga;

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Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

c) nas atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária,


construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou
adquiridos para revenda; e

d) na atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais


indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra;

III - 16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta auferida:


a) na prestação dos demais serviços de transporte; e

Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

b) nas atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos


de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras
de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

IV - 32% (trinta e dois por cento) sobre a receita bruta auferida com as atividades de:

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Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

a) prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada;


b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza;
d) construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com
emprego parcial de materiais;
e) construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no
caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego
parcial ou total de materiais;

Percentuais Estimados de IRPJ e CSLL

f) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão


de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);
g) prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada neste parágrafo.
§ 3º Conforme disposto no art. 3º, os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que
trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, incluem-se na receita bruta a
que se refere o § 1º.
§ 4º Os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o § 3º, apropriados como
receita financeira no mesmo período de apuração do reconhecimento da receita bruta, ou em
outro período de apuração, não serão incluídos na base de cálculo estimada.

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§ 5º As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral, mencionados nas


alíneas “b”, “c”, “d”, “f” e “g” do inciso IV do § 2º, cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento
e vinte mil reais), poderão utilizar, na determinação da parcela da base de cálculo do imposto sobre a
renda de que trata o § 1º deste artigo, o percentual de 16% (dezesseis por cento).
§ 6º A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de que trata o § 5º para o pagamento
mensal do imposto, cuja receita bruta acumulada até determinado mês do ano-calendário exceder o
limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita ao pagamento da diferença do imposto
postergado, apurada em relação a cada mês transcorrido.
§ 7º Para efeitos do disposto no § 6º, a diferença deverá ser paga até o último dia útil do mês
subsequente àquele em que ocorrer o excesso.
§ 8º Quando paga até o prazo previsto no § 7º, a diferença apurada será recolhida sem acréscimos.

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Art. 10. (IN nº 1515) A pessoa jurídica poderá:

I - suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o valor do imposto devido,
calculado com base no lucro real do período em curso, é igual ou inferior à soma do imposto sobre
a renda pago, correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se
refere o balanço ou balancete levantado;

II - reduzir o valor do imposto ao montante correspondente à diferença positiva entre o imposto


devido no período em curso, e a soma do imposto sobre a renda pago, correspondente aos meses
do mesmo ano-calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado.

A suspensão ou redução do pagamento é aplicável inclusive sobre o imposto de


janeiro. Assim, se no mês de janeiro a empresa teve prejuízo fiscal, não há imposto a
ser recolhido.

A empresa que suspender ou reduzir o pagamento por estimativa, deverá também


escriturar a parte A do LALUR, em cada mês que efetuou a suspensão ou redução do
imposto conforme art. 13 da IN 1515 :

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Art. 13. A demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços ou balancetes a
que se referem os arts. 10 a 12, deverá ser transcrita no Lalur, observando-se o seguinte:
I - a cada balanço ou balancete levantado para fins de suspensão ou redução do imposto sobre a
renda, o contribuinte deverá determinar um novo lucro real para o período em curso,
desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendário;
II - as adições, exclusões e compensações, computadas na apuração do lucro real, correspondentes
aos balanços ou balancetes, deverão constar, discriminadamente, na Parte A do Lalur, para fins de
elaboração da demonstração do lucro real do período em curso, não cabendo nenhum registro na
Parte B do referido Livro.

“Reduzir o valor do imposto ao montante correspondente à diferença


REDUÇÃO
positiva entre o imposto devido no período em curso, e a soma do
imposto de renda pago correspondente aos meses do mesmo ano-
calendário, anteriores àquele a que se refere o balanço ou balancete
levantado.”

“Suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre que o


valor do imposto devido, calculado com base no lucro real do período SUSPENSÃO
em curso, é igual ou inferior à soma do imposto de renda pago,
correspondente aos meses do mesmo ano-calendário, anteriores
àquele a que se refere o balanço ou balancete levantado”

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Art. 21. O saldo do imposto apurado em 31 de dezembro, pelas pessoas jurídicas referidas no § 6º do art. 2º:

I - se positivo, será pago em quota única, até o último dia útil do mês de março do ano subsequente, observado
o disposto no § 1º;
II - se negativo, poderá ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74 da Lei nº 9.430, de
27 de dezembro de 1996.
§ 1º O saldo do imposto a pagar de que trata o inciso I do caput será acrescido de juros calculados à taxa
referencial do Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir de 1º de fevereiro até o
último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento.

§ 2º O prazo a que se refere o inciso I do caput não se aplica ao imposto relativo ao mês de dezembro, que
deverá ser pago até o último dia útil do mês de janeiro do ano subsequente.

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EXERCÍCIOS

1- Assinale verdadeiro ou falso:

a) ( ) O lucro líquido do exercício é o lucro apurado antes das adições e


exclusões;
b) ( ) Uma empresa pode apurar lucro contábil e prejuízo fiscal
c) ( ) O lucro líquido do exercício é o lucro apurado após as adições e
exclusões;
d) ( ) Podemos afirmar que o lucro real é o lucro apurado para fins fiscais;
e) ( ) A empresa que apurar o lucro contábil, fica obrigada a apurar o resultado
fiscal;
f) ( ) A empresa poderá apurar o resultado fiscal sem apurar o resultado
contábil.

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2- Apure o resultado contábil com base nos saldos das contas contábeis abaixo:
Despesa com água 150,00
Caixa 300,00
Receita de venda de mercadoria 1.200,00
Fornecedores 300,00
Adiantamento a fornecedores 300,00
Despesa com material 120,00
Ganho na venda de ativo imobilizado 8.000,00
Adiantamento de clientes 500,00
O encerramento das contas de resultado demonstra que houve:

a) ( ) 800,00 de lucro
b) ( ) 8.930,00 de lucro
c) ( ) 930,00 de lucro
d) ( ) 7.730,00 de lucro
e) ( ) 800,00 de prejuízo
f) ( ) 930,00 de prejuízo

APURAÇÃO DO RESULTADO CONTÁBIL

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3- Uma empresa iniciou suas atividades em maio de 2016. Sua receita total, no ano de
2016 foi de R$ 55.000.000,00. Está empresa estará obrigada ao lucro real em 2017?
Justifique sua resposta?

4- Quais as empresas são obrigadas ao regime de tributação pelo lucro real?

a. Que tenham sócios residentes ou domiciliados no exterior;


b. Receita bruta no ano anterior, acima de R$ 71.000.000,00;
c. Empresa do setor comercial e industrial que exporta seus produtos;
d. Empresa que no decorrer do ano-calendário tenha efetuado pagamento por
estimativa;
e. A alternativa a e d estão corretas.

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5- A apuração do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas é em períodos:

a) Mensais
b) Anuais
c) Trimestrais, exceto em relação à opção pelo pagamento por estimativa no lucro
real, caso em que será anual
d) Nenhuma das anteriores

6- Indique quais despesas/custos deverão ser escrituradas no LIVRO DE APURAÇÃO


DO LUCRO REAL:

a) ( ) Provisão de férias
b) ( ) Despesas de alimentação dos diretores
c) ( ) Resultado negativo da equivalência patrimonial
d) ( ) Multas sobre infrações fiscais
e) ( ) Depreciação acelerada
f) ( ) Multa de mora

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7- Calcule o IRPJ a pagar e a CSLL a pagar conforme dados abaixo:

1º Trim. - Prejuízo fiscal de R$ 500.000,00


2º Trim. - Lucro real de R$ 100.000,00
3º Trim. - Lucro real de R$ 120.000,00
4º Trim. - Lucro real de R$ 55.000,00

Informações adicionais: A Empresa possui um saldo mensal de IRRF de R$ 750,00

8- Calcule o IRPJ e a CSLL a pagar por Estimativa, considerando o que segue:

Venda de mercadoria no mês: R$ 500.0000,00


Receitas de Aplic. Financ. , tributadas pelo IRF: R$ 20.000,00
Vendas canceladas no mês: R$ 18.000,00
Ganho de Capital de Venda de um Caminhão: R$ 10.000,00

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9- Calcule o ajuste do IRPJ a pagar em 31.03.2017:

Lucro Real apurado no LALUR de 31.12.2016: R$ 1.400.000,00


IRPJ Pago por Estimativa Mensal: R$ 290.000,00
IR Fonte sobre Aplicações Financeiras: R$ 9.750,00
Resolução:

Bibliografia

Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99)


Manual das Sociedades por Ações – Fipecafi
Imposto de Renda das Empresas – Hiromi Higuchi
www.receita.fazenda.gov.br
www.planalto.gov.br
www.iobonline.com.br
www.fiscosoft.com.br
Instrução Normativa 1515

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